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Técnico em

Enfermagem
Módulo I
PSICOLOGIA APLICADA
À ENFERMAGEM
Psicologia

 A Psicologia é derivada de palavras gregas que significam


"estudo da mente ou da alma". Hoje em dia é comumente
definida como a ciência que estuda o comportamento
humano.
Estudo a Psicologia

 Os profissionais desta área estudam os mais variados temas


do comportamento humano, tais como o desenvolvimento,
as bases fisiológicas do comportamento, a aprendizagem, a
percepção, a consciência, a memória, o pensamento, a
linguagem, a motivação, a emoção, a inteligência, a
personalidade, o ajustamento, o comportamento anormal,
o tratamento do comportamento anormal, as influências
sociais, o comportamento social, etc.
Aplicações da Psicologia

 A psicologia é freqüentemente aplicada na indústria, na


educação, na engenharia, na saúde, em assuntos de consumo e
em muitas outras áreas. Você é um profissional da área da saúde
e, portanto, lidará com pessoas e irá se interagir com o ser
humano. O profissional de saúde deve sentir-se bem consigo
mesmo se pretende fazer alguém sentir-se bem. Ele não é um
robô, nem tampouco o são as pessoas com quem trabalham
pacientes, médicos, supervisores, enfermeiras, auxiliares de
enfermagem e familiares dos pacientes, cada um é um ser
humano, semelhante e ao mesmo tempo diferente dos demais
seres humanos.
Psicologia do senso comum

 O conhecimento do senso comum é intuitivo, espontâneo, de


tentativas e erros. É um conhecimento importante porque sem
ele a nossa vida no dia-a-dia seria muito complicada. O senso
comum é o tipo de conhecimento que vamos acumulando no
nosso cotidiano.
Psicologia como ciência

 A ciência proporciona diretrizes lógicas para avaliar a evidência e


técnicas bem raciocinadas para verificar seus princípios. Quando
buscamos definir, descrever e prever comportamentos estamos
fazendo ciência. São observações sistematizadas, conhecimento
metodológico, experimentado, testado, comprovado.
Psicologia como ciência

 Características que descrevem a Psicologia como ciência:


• Objeto específico de estudo = homem (no sentido mais
amplo).
• Linguagem precisa e rigorosa = não utiliza termos do senso
comum sem preocupação conceitual.
• Métodos e técnicas específicas = entrevistas estruturais,
testes, técnicas de terapia.
• Processo cumulativo do conhecimento = Um novo
conhecimento é produzido sempre a partir de algo
anteriormente desenvolvido.
• Objetividade = possibilidade de verificação com o máximo de
isenção de emoção possível.
Psicólogos, Psiquiatras e Psicanalistas

 Psicólogo
O psicólogo está voltado para trabalhar aspectos
emocionais. Ele faz uma faculdade de Psicologia com
duração média de 5 anos. Ou seja, o interesse do psicólogo,
é observar e compreender o comportamento, que é um
conjunto de atividades que podem ser observadas por
outra pessoa, com ou sem ajuda de instrumentos.

A metodologia, para codificar os comportamentos, pode se


dividida em: observação naturalista, testes, método
experimental e método clínico.
Psicólogos, Psiquiatras e Psicanalistas

 Psiquiatra
O psiquiatra é um médico que, após ter concluído sua
formação em Medicina, opta por estudar os transtornos
mentais e por isso pode receitar medicamentos.

 Psicanalista
O psicanalista é o
profissional que utiliza um
método de tratamento
baseado na teoria
psicanalítica desenvolvida
por Sigmund Freud.
Áreas da Psicologia

 Psicologia Biológica;
 Psicologia Experimental;
 Psicologia Social;
 Psicologia Clínica;
 Psicologia Escolar ;
 Psicologia Educacional;
 Psicologia Organizacional;
 Psicologia do Esporte;
 Psicologia da Saúde e Hospitalar.
Processos Psicológicos

 Comportamento - Conjunto de respostas do indivíduo em


decorrência de estímulos do meio social em que vive.

 Comportamento Inato (natural) - Aquele apresentado por


todos os seres da mesma espécie diante de uma estimulação.

 Comportamento Adquirido (aprendido) - Ocorre através de


aprendizado.

 Cognição - É o ato ou processo de conhecer, que envolve


atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação,
pensamento e linguagem.
Processos Psicológicos

 Sensação - Captação das informações através dos sentidos


(audição, visão, tato, olfato, paladar, sentido cenestésico e
vestibular).

 Percepção - Consiste na aquisição, interpretação, seleção e


organização das informações obtidas pelos sentidos.

 Aprendizagem - Significa mudança relativamente permanente


no comportamento, que resulta da prática. Existem 4 espécies
de aprendizagem: Habituação, Condicionamento Clássico,
Condicionamento Operante, Aprendizagem Complexa.
Processos Psicológicos

 Memória - A memória é a capacidade de reter, recuperar,


armazenar e evocar informações disponíveis, seja
internamente, no cérebro (memória humana), seja
externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial).

 Inteligência - A capacidade mental de raciocinar, planejar,


resolver problemas, abstrair ideias, compreender ideias,
linguagens e aprender.

 Pensamento - Um processo mental que permite aos seres


modelarem o mundo e com isso lidar com ele de uma forma
efetiva e de acordo com suas metas, planos e desejos.
Processos Psicológicos

 Raciocínio - Fazer juízo de algo pelo uso da razão.

 Motivação - São fatores que energizam e direcionam o


conhecimento lhe dando um rumo.

 Linguagem - É qualquer e todo sistema de signos que serve de


meio de comunicação de ideias ou sentimentos. Os elementos
constitutivos da linguagem são os gestos, sinais, sons,
símbolos ou palavras, usados para representar conceitos de
comunicação, ideias, significados e pensamentos.
Processos Psicológicos

 Emoções - A palavra emoção provém do Latim emotionem


"movimento, comoção, ato de mover". São reações
psicofisiológicas básicas experimentadas ao longo da vida,
podendo ser provocados por situações previstas ou
inesperadas. As reações orgânicas que acompanham as
emoções são batimento cardíaco, tremor, riso, choro, lágrima,
expressões faciais.

 Sentimentos - São reações afetivas onde não existem tantas


reações fisiológicas quanto nas emoções. Além disso, os
sentimentos se mostram muito mais duradouros, além de
infinitamente mais numerosos.
Principais teorias da psicologia moderna

 Teoria Behaviorista - Tem como nome principal John Watson


e desenvolveu-se de forma grandiosa nos Estados Unidos. Em
função de suas aplicações práticas, tornou-se importante por
ter definido o fator psicológico, a partir da noção de
comportamento (behavior).

 Teoria Gestaltista (Gestalt - Psicologia Da Forma) - Postulou a


necessidade de se compreender o homem como uma
totalidade. A gestalt é a tendência teórica mais ligada à
filosofia.
Principais teorias da psicologia moderna

 Teoria Psicanalítica - Método de associação livre, no qual, o


paciente é instruído a dizer tudo o que lhe vier a mente, assim
se pode detectar temas mais consistentes, manifestações de
desejos inconscientes. Para Freud, a maioria dos eventos
psicológicos é causada, por impulsos insatisfeitos e desejos
inconscientes.
Estrutura da personalidade por Freud

 São três os sistemas principais que regem o


comportamento humano:

 Id - É a instância mais primitiva da personalidade, a partir


dele o ego e o superego desenvolvem-se. Consiste em
impulsos biológicos básicos, como: comer, beber, eliminar
resíduos e obter prazer (sexual).No id, habitam tanto
sentimentos amorosos quanto agressivos, o id opera sobre
o princípio do prazer.
Estrutura da personalidade por Freud

 Ego - Obedece ao princípio da realidade e é um mediador


das demandas do id, às realidade do mundo e às exigências
do superego.

 Superego - Julga se as ações são corretas ou não. É a


internalização das regras sociais. Os verbos que regem os
princípios são: ID (Gratificar), EGO (Adiar) e SUPEREGO
(Julgar).
Dinâmica da personalidade

 Mecanismos de defesa psíquica


• Recalque - Exclusão da consciência de tudo que é doloroso.
• Racionalização - Designar motivos para o que fez.
• Formação Reativa - Reação contrária à realidade.
• Projeção - Colocar no outro qualidades indesejáveis que não
gostamos em nós mesmos.
• Intelectualização - Ter uma explicação intelectualizada para
tudo.
• Negação – Negar um acontecimento real como por exemplo
os pais de uma criança terminal recusa-se a admitir, que há
algo errado com seu filho.
• Deslocamento - A raiva de alguém é dirigida a um objeto ou
outra pessoa.
Fases do desenvolvimento humano

 Pré-natal
 Infância - de zero a 12 anos
 Adolescência - dos 12 aos 18 ou 21 anos
 Idade adulta - dos 21 aos 60 anos
 Velhice - dos 60 ou mais.
Fases do desenvolvimento humano

 Maturidade emocional - Diz respeito à expressão e ao controle


das emoções nas diversas idades. Parte fundamental da vida
humana.

 Maturidade social - Compreende a evolução da sociabilidade,


no sentido de superação do egocentrismo infantil, na
contribuição para o bem-estar social e a participação nas
decisões de interesse social.

 Maturidade física - Engloba o desenvolvimento das


características físicas, estatura, peso, sexo, ser canhoto, etc.

 Maturidade intelectual - Refere-se à maneira como a pessoa vai


conhecendo a si mesma e ao mundo que a cerca.
O desenvolvimento mental

 Estabeleceu para cada estágio um período


correspondentes à idade cronológica:

• Estágio da Inteligência Sensório-Motor: até dois anos.


• Estágio da Inteligência Simbólica ou Pré-Operatória: de
2 a 7-8 anos.
• Estágio da Inteligência Operatória Concreta: de 7-8
anos a 11-12 anos.
• Estágio da Inteligência Operatória Formal: a partir de
12 anos com patamar de equilíbrio por volta dos 14-15
anos.
Fatores que Influenciam o
Desenvolvimento Humano
 Hereditariedade - A carga genética estabelece o potencial
do indivíduo, que pode ou não se desenvolver. A
inteligência pode desenvolver-se de acordo com as
condições do meio em que se encontra.

 Crescimento orgânico - Refere-se ao aspecto físico.

 Maturação neurológica - É o que torna possível


determinado padrão de comportamento.

 Meio - Conjunto de influências e estimulação ambientais


que altera os padrões de comportamento do indivíduo.
Aspectos do Desenvolvimento Humano

 Aspecto;
 Aspecto intelectual;
 Aspecto afetivo-emocional;
 Aspecto social.
Problemas Sociais e a Área de Saúde

 SAÚDE
É um processo da existência humana, relacionado à
consciência individual e coletiva e às condições de vida. Se
expressa histórica, social e culturalmente de forma
singular, subjetiva e objetiva na interação dos indivíduos e
da coletividade com o ambiente. Caracteriza-se pela
capacidade do ser humano em realizar seus objetivos vitais
durante sua existência, em condições sociais, culturais e
ambientais diversas.
Problemas Sociais e a Área de Saúde

 SAÚDE
É um processo da existência humana, relacionado à
consciência individual e coletiva e às condições de vida. Se
expressa histórica, social e culturalmente de forma
singular, subjetiva e objetiva na interação dos indivíduos e
da coletividade com o ambiente. Caracteriza-se pela
capacidade do ser humano em realizar seus objetivos vitais
durante sua existência, em condições sociais, culturais e
ambientais diversas.
Problemas Sociais e a Área de Saúde

 DOENÇA
Do latim dolentia, cujo significado é dor. Ao longo dos anos
o conceito de doença evoluiu dentro do critério
estritamente organicista para uma visão psicossocial, onde
a influência da própria natureza humana é levada em
consideração. A doença é vista pelo indivíduo como uma
ameaça do destino. Ela modifica a relação do paciente com
o mundo e consigo mesmo. Desencadeia uma série de
sentimentos como impotência, desesperança,
desvalorização, temor, apreensão.
Postura das instituições de saúde

 Apatia - Quando o prestador assume baixo interesse pelo


usuário, não demonstrando empenho em satisfazê-lo.

 Dispensa - Ocorre quando o profissional demonstra a


intenção de não assumir o cliente, excluindo-se de
procurar solução imediata para seu caso.

 Frieza - É o trato impessoal, frio e formal, gerando


distanciamento entre o usuário e os profissionais de saúde.

 Condescendência - Tratar o cliente com atitude


paternalista mesclada de certa irresponsabilidade.
Postura das instituições de saúde

 Automatismo - Apesar de personalizado, cada cliente na


maioria das vezes é tratado como apenas mais um caso.

 Passeio - É entendido como transferência de


responsabilidades, principalmente quando “jogam” o
paciente de um médico a outro ou de um hospital a outro,
como forma acobertar deficiências no atendimento que
levam a falhas no diagnóstico
Fatores determinantes da saúde

 Biologia humana
 Ambiente
 Estilo de vida
 Atenção primária à saúde
Níveis possíveis de atuação profissional

 Atenuação;
 Compensação;
 Reabilitação;
 Recuperação;
 Prevenção;
 Manutenção;
 Promoção.
A instituição hospitalar

 Devido a alta competitividade do mercado de saúde, a


velocidade das informações e mudanças acompanha esta
realidade, o ambiente hospitalar inserido neste contexto, além
de atender aspectos físicos, deverá principalmente estar atento
ao aspecto humano como hospitalidade e qualidade no
atendimento para ter maior êxito no mercado globalizado. O
ambiente hospitalar é, sem dúvida, difícil.

 Portanto, Amenizar a dor e o sofrimento, através de mudanças


na Arquitetura e atendimento; podem tornam o tempo de
internação mais agradável para pacientes e familiares. Esse
atendimento envolve mudanças no elemento humano.
Comportamento do paciente com
problemas emocionais
 Paciente depressivo – sintomas:
• Tristeza persistente.
• Sentimento de desesperança, pessimismo.
• Sentimento de culpa, inutilidade, desamparo.
• Perda de interesse ou prazer em atividades que
anteriormente eram sentidas como prazerosas, incluindo a
atividade sexual.
• Insônia ou sonolência excessiva.
• Perda do apetite e/ou ganho consideravelmente significativo
- 5% do peso anterior, em um espaço de tempo de 1 mês.
• Diminuição de energia, desânimo.
• Inquietação, irritabilidade.
• Ideias de morte ou tentativas de suicídio.
Comportamento do paciente com
problemas emocionais
 Paciente ansioso:
Quando a ansiedade torna-se frequente pode se transformar
em um transtorno com sintomas como :
• fadiga, tensão muscular, arrepios,
• boca seca, dores, insônia, mãos úmidas, frio,
• falta de ar ou sensação de sufoco,
• picadas nas mãos e nos pés, confusão,
• instabilidade ou sensação de desmaio,
• dores no peito e palpitações, afrontamentos,
• Suores e/ou contrações ou tremores incontroláveis,
• necessidade urgente de defecar ou urinar,
• dificuldade em engolir,
• sensação de ter um "nó" na garganta,
• dificuldades para relaxar e/ou dormir.
Comportamento do paciente com
problemas emocionais
 Paciente estressado:
Quando a ansiedade torna-se frequente pode se transformar
em um transtorno com sintomas como :
• Fadiga; tensão muscular; arrepios;
• boca seca; dores; insônia; mãos úmidas, frio;
• falta de ar ou sensação de sufoco;
• picadas nas mãos e nos pés; confusão;
• instabilidade ou sensação de desmaio;
• dores no peito e palpitações; afrontamentos;
• Suores e/ou contrações ou tremores incontroláveis;
• necessidade urgente de defecar ou urinar;
• dificuldade em engolir;
• sensação de ter um "nó" na garganta;
• dificuldades para relaxar e/ou dormir.
Pacientes infantis

 Efeitos da hospitalização em crianças:


• Negação da doença ;
• Distúrbios neuróticos; Revolta;
• Comportamento esquizoide;
• Culpa e sensação de punição;
• Frustração de sonhos e projetos;
• Ansiedade;
• Privação de realização; Depressão;
• Regressão e busca de proteção;
• Projeção;
• Intolerância emociona; Solidão;
• Intensificação do sofrimento físico;
• Medo do desconhecido; Negativismo.
Pacientes infantis

 Efeitos da privação materna


Angústia, carência afetiva, sentimento de vingança, culpa
e depressão, distúrbios emocionais, sensação de
abandono, personalidade instável, inapetência, perda de
peso, falta de iniciativa apatia, distúrbio do sono,
diminuição da vocalização, depressão, tristeza, atraso no
desenvolvimento, regressão no processo de maturação
afetiva, agressividade, manifestação psicossomática.
Pacientes infantis

 Preparo para a hospitalização de crianças


• O preparo deve ser realizado pelos pais, pois são
considerados pessoas mais importantes e significativas para
o paciente, para isto devem receber apoio e preparo para o
desempenho de determinada tarefa.
• As informações devem ser reais e fornecidas de acordo com
o nível de entendimento, sendo necessário repeti-la quantas
vezes for necessário.
• Esclarecer sobre o aspecto temporário da situação e incluir
preparação para a volta para casa.
• Franqueza sobre o aspecto da dor, da separação e das
visitas.
• Em crianças maiores de 5 anos, é importante realizar esta
tarefa com ajuda de figuras, desenhos e dramatização
Pacientes infantis

 A enfermagem e a criança hospitalizada


• Especialização;
• Compreender as etapas de vida que a criança está vivendo;
• Ter visão global, criança-família;
• Propiciar reconhecimento do ambiente;
• Possibilitar acesso à recreação;
• Deixar a criança em posição confortável;
• Utilizar linguagem e tom de voz adequados;
• Evitar manuseio desnecessário;
• Evitar esquecimentos dos horários de medicação.
Pacientes infantis

 Reações da equipe na relação com uma criança terminal


• Identificação com a morte e o sofrimento;
• Culpa pelo “sofrimento administrado”;
• Impotência;
• Afastamento;
• Negação/ “Conspiração do Silêncio”;
• Agressividade e autoritarismo como defesa;
• Comportamentos estereotipados;
• Superproteção como remissão da culpa.
Pacientes infantis

 Efeitos da hospitalização em adolescentes


• Consciência da transformação do próprio corpo, timidez
pela falta de privacidade do ambiente hospitalar.
• Reações descontroladas em relação à própria doença e a
dos outros.
• Dificuldade de relacionamento, por conta da ociosidade
física e da imobilização causada pela doença.
Paciente Adultos

 Sua reação à doença dependerá:

• Da natureza da doença;
• Da significação da doença;
• Do medo do desconhecido;
• Da interpretação do diagnóstico.
Paciente Adultos

 Comportamento do adulto hospitalizado


• Por tornar-se dependente dos cuidados dos outros, o
adulto poderá regredir em suas reações, considerando
a interrupção forçada a sua vida habitual. As regressões
podem se apresentar como:

 Passividade e dependência, não fazendo nada por


si, exigindo atenção permanente.
 Comportamento de irritação e irracionalidade.
 Hiper ansiedade e temores.
Paciente Adultos

 Comportamento do adulto hospitalizado


• Há duas teorias que reconhecem o processo de
envelhecimento:
 Reconhece como etapa final da vida.
 Concebe como uma fase da sabedoria, da
maturidade e da serenidade.
Paciente Adultos

 Comportamento do adulto hospitalizado


• Existem dois tipos de paciente idoso:
 Amado e preservado por seus familiares é levado
ao médico ou hospital, ao mínimo sinal de doença.
Os parentes ainda permanecem atentos a sua
evolução e participam efetivamente de sua
melhora.
 A família quer se livrar, interna ou abandona na sala
de emergência e só aparece dias depois. Ao
perceberem a rejeição de seus familiares,
frequentemente entregam-se a doença ou mesmo
à morte.
Paciente Adultos

 O conflito com a doença do idoso


• Conflito consigo mesmo - Tudo perde o sentido para o
paciente, porque a situação é vista como uma situação
de perigo.
• Conflito com o seu meio ambiente - É necessário dizer
ao doente toda a verdade sobre sua doença, mas não
se deve esconder o fim que se aproxima.
• Conflito com o leito - O leito não convida, há sempre o
cheiro de cânfora dos medicamentos ou pior, nem a
água de colônia consegue retirar.
• Conflito com seu corpo - Seu corpo torna-se frágil e
inerte, é um objeto preso pela doença.
Abordagem assistencial
holística aos pacientes
 O cliente por sua vez, ao ser hospitalizado, sente-se
alienado e sensibilizado, pois fica afastado de seu
ambiente familiar e comunidade, sofre a dor física, o medo
da morte, a inquietude pelos entes queridos, preocupação
pelo futuro, sentimentos de inferioridade, além de tornar-
se frágil e vulnerável.

 Assim, surge a necessidade do enfermeiro estabelecer


metas em sua prática assistencial que viabilizem integrar
todas as dimensões do cliente, necessárias para
proporcionar qualidade de vida durante o processo de
hospitalização.
Abordagem assistencial
holística aos pacientes
 Freud, em 1914, em seu livro "Sobre o Narcisismo: uma
introdução", já definia bem o sentimento de um indivíduo
atormentado pela dor: "deixa de se interessar pelas coisas
do mundo externo porque não dizem respeito ao seu
sofrimento; (...) enquanto sofre, deixa de amar".

 A doença é vista pelo indivíduo como uma ameaça do


destino. Ela modifica a relação do paciente com o mundo e
consigo mesmo. Desencadeia uma série de sentimentos
como impotência, desesperança, desvalorização, temor,
apreensão, etc.
Abordagem assistencial
holística aos pacientes
 É uma dolorosa ferida no sentimento de onipotência e de
imortalidade. É claro que o tipo e intensidade das reações
vão variar de acordo com uma série de características da
doença e do próprio indivíduo:

• Caráter breve e duradouro da doença e seu


prognóstico;
• Personalidade e capacidade de tolerância a frustrações
do indivíduo ;
• Relação com o médico e demais membros da equipe
de saúde.
Abordagem assistencial
holística aos pacientes
 Pode-se dizer que tais reações variam em torno de três
possibilidades:

• Pacientes que se entregam à doença, à dor e ao


desespero; são aqueles que não lutam;
• Pacientes que tratam a doença como se fosse banal,
mesmo sendo grave;
• Pacientes que promovem mudanças em sua vida,
tentando se adaptar à situação adversa.
Abordagem assistencial
holística aos pacientes
 Apesar de todo esse sofrimento provocado pelo fato de se
estar doente, pode-se dizer que os pacientes têm certos
"ganhos":
• Gratificações primarias: refere-se ao conflito inicial (interno)
que gerou o sintoma psíquico. Evitando o contato com a
ansiedade que o conflito gera, a pessoa "desenvolve" o
sintoma e concentra sua atenção nele (e não no conflito e
na ansiedade).

• Gratificações secundárias: relacionam-se aos ganhos


externos que a pessoa recebe em consequência da doença:
mais atenção, afastamento do trabalho ou de alguém,
ganhos materiais, etc.
Abordagem assistencial
holística aos pacientes
 Assim, independente dos "ganhos" obtidos, todo processo
de adoecer ativa mecanismos fisiológicos para restabelecer
a homeostase e mobiliza defesas psicológicas no paciente.
Entre as possíveis reações emocionais podemos destacar:
• Regressão;
• Negação;
• Minimização;
• Raiva e Culpa;
• Depressão;
• Doctor Shopping;
• Rejeição;
• Pensamento mágico;
• Aceitação;
Abordagem assistencial
holística aos pacientes
 Paradigma do holismo:
A solidariedade e a benevolência para com o próximo são
imprescindíveis para a valorização do ser humano,
estabelecendo, dessa forma, uma relação de ajuda e
empatia, fazendo com que a humanização seja a base da
profissão de enfermagem.
Competência emocional nas situações
de crise, perda e morte
 Aspectos são fundamentais para o estabelecimento de
uma relação de vínculo terapêutico:

• Empatia: saber se colocar no lugar do outro (percebê-lo


segundo seu ponto de vista).
• Comunicação afetiva no que se refere a aspectos
verbais, visuais e não-verbais.
• Administração adequada das emoções: tristeza, alegria,
raiva, ansiedade.
• Administração adequada dos conflitos e frustrações.
Paciente terminal e morte

 Também chamados de “desenganados”, são aqueles portadores


de uma doença incurável e que o levará a morte.

 Na maioria das vezes, a conduta médica é de protestos e


negativas. Os médicos alegam que ocultar do paciente esta
informação é um “ato de caridade”, ou então que sua atitude o
levará mais rapidamente à morte, podendo até induzi-lo ao
suicídio.

 Isso acontece principalmente por conta do desconhecimento da


realidade psicológica do paciente terminal. Comunica-lo de que
está com uma doença que vai levá-lo óbito existe toda uma
responsabilidade e apoio que não deve ser negado.
Paciente terminal e morte

 Elisabeth Kubler-Ross observa que ao receberer a notícia


de que estão com uma doença incurável, o paciente passa
por 5 fases:
• Negação;
• Raiva;
• Negociação;
• Interiorização;
• Aceitação.
Paciente terminal e morte

 Fatores relacioandos a atmosfera curativa:

• Intenção e vontade de viver.


• Propósito de viver, algo que valide o viver.
• Disposição para si voltar para dentro de si e resgatar a
sabedoria interna.
• Pensamentos positivos.
• Autoaprovação e auto aceitação.
• Vivência do tempo presente e libertação dos
ressentimentos.
Paciente terminal e morte

 É importante ressaltar que todo ser vivo precisa ser


cuidado, alimentado afetivamente, pois essa é a essência
da vida humana e o cuidado afetivo é aquele, no qual as
inteligências intra e interpessoal são continuamente
estimuladas, proporcionando uma melhora daquele que
cuida e daquele que é cuidado.
Humanização e assistência

 Para o dicionário, humanização é o ato de humanizar, que


por sua vez significa:
• Tornar humano; dar condição humana a; humanar.
• Tornar benévolo, afável, tratável; humanar.
• Fazer adquirir hábitos sociais polidos; civilizar.
• Amansar (animais).
• Tornar-se humano; humanar-se.
Humanização e assistência

 O compromisso com a pessoa que sofre depende de alguns


(ou todos) tipos de motivação:

• Compaixão piedosa por quem sofre;


• Ideia de que assim contribuímos para o bem comum e
para o bem-estar em geral;
• Paixão pela investigação científica;
• Motivação de compromisso pode resultar da
solidariedade genuína.
Humanização e motivação

 Hierarquia da satisfação, segundo Maslow:

• Necessidades básicas e fisiológicas;


• Necessidade de segurança;
• Necessidades sociais;
• Necessidade do ego;
• Necessidade de auto realização.
Humanização e motivação

 Pirâmide de Maslow:
Humanização e motivação

 Alguns comportamentos observados em terapia podem ser


indicadores do nível de motivação:

• Concordar com o terapeuta


• Expressar vontade de mudar ou ser ajudado
• Estar incomodado com sua situação pessoal
• Seguir os conselhos do terapeuta.
Humanização e ética

 Na relação da administração com os trabalhadores


 Dos trabalhadores entre si
 Dos trabalhadores com os pacientes.
Humanização no hospital

 A humanização no hospital deve partir do princípio de que


cada paciente necessita continuar vivendo como ser
humano;

 Faz parte da humanização


hospitalar a criação de
condições que respeitem o
direito das pessoas a um
ambiente humano propício
a viver com dignidade e a
morrer com tranqüilidade,
quando a hora chegar.
Humanização e enfermagem

 A tecnologia se faz essencial, desejável e necessária à


modernização do atendimento aos pacientes no centro
cirúrgico, tornando-se útil para prolongar a vida e diminuir
o sofrimento de muitas pessoas.

 É importante considerar que não se deve deixar o paciente


de lado dando prioridade aos aparelhos, “de nada adianta
ser um humanista e observar o homem que morre por
falta de tecnologia, nem ser rico em tecnologia apenas
para observar os homens que vivem e morrem
indignamente”.
Considerações importantes sobre o
profissional de saúde
 Analisar os aspectos psicológicos da relação do enfermeiro
com o paciente, familiar/cuidador e equipe profissional.
 Atuar considerando as dificuldades e possibilidades
emocionais do paciente e família.
 Identificar a reação do paciente mediante o
encaminhamento para uma unidade de cuidados
paliativos.
 Discutir o papel do técnico de enfermagem na evolução da
doença do paciente (metástase).
Considerações importantes sobre o
profissional de saúde
 Participar junto à família no processo, da trajetória de
perdas (físicas, sociais, espirituais).
 Conhecer o histórico da Tanatologia (o lidar com a morte).
 Avaliar a importância do envolvimento familiar no
tratamento do paciente oncológico.
 Discutir o impacto que o câncer causa nos profissionais
que lidam diretamente com o paciente oncológico.
Dificuldades do acolhimento em saúde

 Falta de recursos humanos;


 Falta de medicações, principalmente a de uso crônico
(aumenta a procura no acolhimento devido às
intercorrências pela falta do medicamento);
 Equipe com pouco envolvimento com o trabalhador do
acolhimento (o profissional do acolhimento não tem
liberdade para discutir casos, condutas e dúvidas);
 Falta de supervisão do enfermeiro (quando o responsável
pelo acolhimento é o auxiliar de enfermagem);
 Falta de infraestrutura (sala de espera e sala de
acolhimento);
Dificuldades do acolhimento em saúde

 A inexistência de vagas para os casos agudos que chegam


no acolhimento (ou sistema de referenciamento);
 A organização de agendas que não permitem a marcação
de primeira consulta para casos não agudos, mas que
necessitam de consulta médica;
 Profissional não preparado para a escuta do paciente;
 Falta de rodízio diário no acolhimento entre todos que o
executam, pois o acolhimento é um espaço de conflitos,
escuta permanente do sofrimento humano e um espaço
de afetividade para alguns usuários (com o rodízio diário
ou até mais de uma vez ao dia pode-se atenuar este
estresse para o trabalhador do acolhimento);
Dificuldades do acolhimento em saúde

 Abordando a postura profissional e ética. Podendo utilizar


trechos do código de deontologia da enfermagem e outros
textos que abordem principalmente o processo de
trabalho.
 Processo de escuta onde se deve garantir:
 Que os usuários se expressem abertamente.
 Saber que segundo os grandes pensadores 50% de uma
pergunta é a resposta. Portanto, antes de tomar as
decisões, deve-se escutar o paciente sobre sua sugestão de
conduta, e finalmente, ver sua operacionalização no
serviço.
Dificuldades do acolhimento em saúde

 O acolhimento é um espaço onde se pode utilizar o


processo educativo e muitas informações podem ser dadas
ao paciente, contribuindo para a vigilância a saúde. O real
interesse em estar resolvendo as questões que são
colocadas pelo o usuário ou reconhecimento que necessita
de ajuda para resolver ou encaminhar de acordo com a
necessidade.
 Ter prazer e estar satisfeito em estar executando o
acolhimento (não ser um espaço de sofrimento ou
conflitos).
 Escutar, escutar e escutar.
 Repensar como se está fazendo o acolhimento (refletir/
agir-refletir/agir...).
Dificuldades do acolhimento em saúde

 Saber administrar problemas e conflitos.


 Cuidar de si mesmo, reconhecendo quando não estiver bem
ou com impossibilidade de executar o acolhimento.
 Ser gentil, tratar o usuário como a si mesmo ou com
empatia.
 Respeitar a fala do usuário e lembrar que existe o subjetivo
das pessoas e que nem tudo é dito e que existem as
urgências subjetivas e individuais que diferem das nossas.
Por exemplo: uma dermatite pode não ser um caso de
urgência para nós, mas para o usuário pode o ser e, a partir
de uma frustração por não conseguir solução para seu
problema, pode gerar conflito. Devemos esclarecer bem as
condutas com o usuário e quando necessário, justificá-las.
Dificuldades do acolhimento em saúde

 Ampliar a percepção, sair do limite (ter uma mente


aberta).
 Estabelecer uma relação de confiança com usuário e de
respeito.
 Ter garantido também um espaço de fala (reuniões onde se
pode falar abertamente, inclusive dos erros e sucessos e
avaliar as atividades de enfermagem como um todo; as
reuniões de equipe de enfermagem).
Ambiente hospitalar

 A complexidade do relacionamento humano;


 O poder da sua comunicação;
 Saber trabalhar com pessoas diferentes;
 O enfrentamento de situações conflituosas;
 Atitudes proativas levam ao reconhecimento profissional;
 A sintonia com os objetivos da empresa;
 Desenvolver seu marketing de relacionamento;
 A importância de fazer e pensar criativamente;
 Estar motivado a trabalhar, apesar de problemas pessoas;
 Busca constante pela qualidade de vida.
Postura profissional na área de saúde

 A primeira impressão que uma pessoa tem dos profissionais


de saúde é imprescindível para a continuidade do
atendimento.

 Na atualidade o profissional não deve ser comum. Se ele for


comum, não estará fazendo seu trabalho, que é atender.

 Quando pensamos em atendimento, logo pensamos em


servir, estiver à disposição, ser solícito.

 Entre as pessoas que não atendem bem, encontramos


várias razões. Geralmente é desconhecimento ou falta de
treinamento adequado.
Dificuldade do trabalho grupal no
ambiente hospitalar
 Falta de habilidade técnica para executar os
procedimentos.
 Não ter segurança, confiança e autonomia para o
desenvolvimento de um trabalho competente.
 Falta de habilidade para manter um relacionamento
harmonioso com o colega.
 Perda de tempo necessário aos cuidados com o paciente,
em decorrências de fofocas inúteis.
 Irresponsabilidade e falta de sensibilidade com os
problemas alheios.
Dificuldade do trabalho grupal no
ambiente hospitalar
 Disputa pela atenção de superiores.
 Incapacidade para solicitar ajuda do colega por atitude
orgulhosa.
 Não gostar do que faz e colocar a responsabilidade pela
insatisfação pessoal e profissional no colega de trabalho.
 Invejar a estrutura de vida dos colegas de trabalho.
 Ser antiético.
Gestão de conflitos

 Se quer uma resolução objetiva do problema;


 Há ambiente de confiança;
 Quando há interesse de manter relacionamentos futuros
 Confronto com diálogo aberto;
 Promoção de resoluções definitivas para o problema em
questão.
 Convencer e ser convencido de que não há derrotados;
 Juntos todos lucram mais.
Disposições do enfermeiro ao
exercer a liderança
 Conhecer o significado de liderança atribuído pelos
enfermeiros.
 Identificar as dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros
no exercício da liderança.
 É preciso que todos os enfermeiros/líderes tenham
consciência das responsabilidades que lhe são atribuídas
na função de liderança. O cenário para os profissionais da
saúde, onde predomina uma liderança autocrática, é
extremamente complexo e exige dos enfermeiros/líderes
capacidade de reflexão para entender os problemas de
cada membro da equipe de trabalho.
Comunicação e assistência
humanizada
 A comunicação verbal é a expressão da fala e a fala é a
ponte entre o coração e o outro. O modo da fala reflete,
também, a relação que ela está construindo com o
profissional da saúde: Se for arrogante, submisso, sedutor,
isolado, agressivo, defendido ou participativo.

 No processo de trabalho a comunicação passa a ser um


instrumento utilizado pelos profissionais de enfermagem
como um meio para realizar suas tarefas em equipe,
mesmo porque este trabalho fundamenta-se na interação
coletiva entre os seus integrantes.
Perfil do técnico em enfermagem

 Realização de procedimentos da área da saúde - Em sua


formação, o técnico de enfermagem aprende a realizar uma
série de procedimentos que podem ser estritamente
necessários à saúde do idoso, como aferição da pressão arterial,
verificação de sinais vitais, realização de testes de glicemia,
administração de medicamentos (especialmente injetáveis), dar
banho de leito, cuidar de diferentes tipos de sondas, fazer
curativos, cuidar de possíveis úlceras de pressão (as temíveis
escaras) e principalmente prevenir para que as mesmas
apareçam, em caso de necessidade cuidar do soro ou do
equipamento de oxigênio.
Perfil do técnico em enfermagem

 Postura ética - Além de aprender procedimentos técnicos, o


técnico de enfermagem também aprende a agir segundo os
pressupostos éticos expressos no Código de Ética do Profissional
da Enfermagem, por exemplo, resguardando a intimidade do
paciente em procedimentos que o exponha, mantendo sigilo
quanto a informações referentes ao paciente, agindo com
respeito, competência e integridade. Isto é essencial, pois este
profissional pode vir a trabalhar no domicílio e assim ter um
contato muito direto não apenas com a privacidade do paciente
como também da intimidade de toda a família, o que não pode
ser repassado a outras pessoas.
Perfil do técnico em enfermagem

 Agir de maneira humanizada com o paciente e a família -


Buscando não atender apenas o órgão do idoso que está
doente, mas o ser humano como um todo, tratando-o pelo
nome, não o infantilizando, sendo cuidadoso, agindo para
diminuir seu sofrimento e melhorar sua qualidade de vida,
sendo criativo para atender às suas necessidades e lidar com
seus devaneios. No trato com a família também é necessário ser
muito humano, lembrando-se sempre que problemas de saúde
podem afastar os membros de uma família, causar estresse e
sofrimento entre os familiares do adoentado.

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