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Psicopedagogia e a liderança militar entende-se como um campo do saber que se constrói a partir
de saberes e práticas, quais sejam a pedagogia (conjunto de saberes que precisamos adquirir e
manter de modo a desenvolver uma boa educação), a psicologia (ciência que se propõe a investigar
descrever e explicar os factos do comportamento) e a liderança militar (como um processo de
influência do comportamento humano com enfase no exercício do poder e influência). O campo
dessa mediação recebe também influências de outras ciências das quais estes saberes se relacionam.
O termo factos do comportamento está relacionado com os processos mentais, que segundo
Davidoff pag6, inclui formas de cognição ou formas de conhecimento: dentre elas, perceber,
participar, lembrar, relacionar e resolver problemas. Sonhar, fantasiar, desejar, ter esperança e
prever são também processos mentais.
Quantas vezes no nosso dia-a-dia ouvem o termo psicologia? A impressão com que ficamos é que
cada um entende alguma coisa sobre ela, poderemos até pensar que de “psicólogo’’ cada um tem
um pouco e é verdade, porque de uma maneira geral, cada um tem a sua psicologia.
Usamos o termo psicologia no nosso quotidiano, com vários sentidos, por exemplo: quando
interpretamos fenómenos relacionados com o comportamento das crianças ou mesmo adultos
recorrendo a nossa experiencia dizemos que estamos a usar a psicologia.
Este facto só pode ser naturalmente explicado e percebido, uma vez que uma das formas de
aquisição de conhecimentos é a experiencia que se adquire no dia-a-dia, vendo os fenómenos os
resultados dos mesmos com o tempo.
O que acontece na realidade é que todos nós usamos na nossa vida quotidiana o que é chamado de
psicologia de senso comum.
Como podemos observar esta forma de aquisição de conhecimentos que tem como fonte única a
experiencia é considerado conhecimento empírico.
De forma sistemática, podemos definir o conhecimento empírico como aquele que se adquire com
base na experiencia e está relacionada aos conhecimentos práticos.
Significa, que observamos e tentamos explicar o nosso próprio comportamento e dos outros,
tentamos predizer quem fará o quê e quando e muitas vezes sustentamos opiniões sobre como
adquirir controlo sobre a vida – o melhor método para criar os filhos, fazer amigos, impressionar as
pessoas e dominar o método com base nos acontecimentos do dia-a-dia.
Significa, que os seres humanos comuns tendem a passar a vida buscando apoio para as crenças que
já tem não considerando ou ignorando, aspectos negativos.
A psicologia do senso comum é aquela que se adquire informalmente e que é muito útil no nosso
quotidiano. E produto de várias fontes de informação sobre a natureza humana, tais como
provérbios, mitos, generalizações, experiencia pessoal. Ajuda na orientação de nossa conduta, ela
também é depositária de grandes preconceitos e falsos saberes.
A psicologia como ciência autónoma tem o seu objecto e método, objectivos e princípios de uma
pesquisa psicológica.
Vamos agora, referir-nos ao objecto da psicologia, para tal é importante que façamos um breve
resumo de como a psicologia chegou a objecto que hoje apresenta.
De acordo com Rocha e Fidalgo no início do século XIX, os fisiologistas europeus começaram a
estudar o funcionamento do cérebro dos animais através de operações cirúrgicas e observando
alterações nos comportamentos de pessoas com lesões cerebrais causadas por acidentes de toda
espécie.
Na primeira metade do século XIX, pioneiros como fisiólogo Herman Helmhotz (1821-1824), o
anatomista Ernest (1795-1878) começaram a responder através das suas investigações sobre o
corpo humano, a questão onde surgia pela primeira vez de forma articulada, a ligação entre a
fisiologia e o comportamento.
Este facto criou condições para que fosse criado na Alemanha o primeiro laboratório de psicologia
aplicada, laboratório este que foi fundado por Wilhelm Wundt (1832-1920), que era assistente de
Helmoholtz.
De acordo com Rocha e Fidalgo, a psicologia como ciência não constitui uma acumulação de
observações empíricas e de alguns factos, procurando delinear leis e teorias que tenham sido
formulados ao longo da sua história.
Mas importa referir, que as informações psicológicas do dia-a-dia, obtidas através da experiência
social e individual, constituem os conhecimentos psicológicos.
Estas informações são bastantes vastas, podem contribuir para orientar na conduta das pessoas e
corresponder a realidade.
A psicologia (deriva da palavra grega que significa o estuda da mente ou da alma). E hoje definida
como a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais (Davidoff: 1983 p.5).
Significa que a psicologia hoje, propõe-se a investigar descrever e explicar (objectivos da pesquisa
psicológica). Os factos do comportamento, dedicando-se ao estudo de assuntos como, as bases
fisiológicas que são: comportamento, aprendizagem, a percepção, a consciência, a inteligência, a
personalidade, o ajustamento, o comportamento normal e anormal.
Portanto, o objecto do estudo científico da psicologia são os factos concretos da vida psíquica
(factos psicológicos) e leis psicológicas. Por exemplo muitos factos psicológicos verificam-se
quando existem as respectivas condições, isto é, o seu surgimento obedece a uma lei natural.
Por isso, a tarefa da psicologia, inclui não só o estudo das leis e dos factos psicológicos mas
também o estabelecimento de mecanismos da actividade psíquica.
Objectivos da psicologia
O objectivo final da psicologia é a explicação das condutas em função dos factores e variáveis que
as condicionam e determinam.
Previsão – os psicólogos procuram ser precisos de diferentes maneiras e são metódicos para o
alcance dos seus objectivos.
Objectividade – o conhecimento cientifico, pela sua própria natureza, ultrapassa o âmbito de cada
experiencia vivida individualmente e tem tendência de eliminar todo o elemento subjectivo, isto é,
tudo que reflita a personalidade do cientista – sua opinião seus gostos, suas preferências, etc.
Determinismo – refere-se a tese de que todos acontecimentos têm causas naturais. Os psicólogos
acreditam que os actos das pessoas são determinados por enorme numero de factores alguns de
Elaborado: Tenente Coronel Aquilino M. Cumaio (MA)
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Tentativas – os psicólogos esforçam-se por conservar o espírito aberto, aceitando críticas e pontos
a reavaliar suas palavras; eles consideram suas descobertas tentativas.
Assim sendo, o objecto do estudo científico da psicologia são os factos concretos da vida psíquica
(factos psicológicos) e leis psicológicas. Por exemplo muitos factos psicológicos verificam-se
quando existem as respectivas condições, isto é, o seu surgimento obedece a uma lei natural.
Por isso, a tarefa da psicologia, inclui não só o estudo das leis e dos factos psicológicos mas
também o estabelecimento de mecanismos da actividade psíquica.
Ramos da Pedagogia
1. Conceito da Pedagogia
Pedagogia, etimologicamente, vem do grego, paidagogia, arte de instruir e educar as crianças; mais
precisamente: paidós = criança + ago = dirigir + logia = ciência, significando, portanto, ciência de
dirigir crianças.
A Pedagogia, hoje pode ser considerada como o estudo, sob todos os aspectos, do fenómeno da
educação, não só da criança, mas também da criatura humana, através de todas as suas fases de
vida. (Nérici 1989:25)
2. Objecto da Pedagogia
A Pedagogia é de facto uma ciência porque tem o seu objecto de estudo – ciência sobre a educação,
a instrução e ensino. Estuda o surgimento da educação e desenvolvimento, estilos de educação, os
Aspectos pedagógicos da instrução e do ensino, as leis, os princípios e as regras da educação bem
como a organização e métodos de educação.
A Pedagogia esclarece quais são os meios e métodos de ensino e de educação que podem ser mais
efectivos na formação de conhecimentos necessários e qualidades da personalidade.
O nosso dicionário de termos militares não contém o termo liderança. Mas nele encontramos as
definições dos seguintes termos relacionados com o conceito que aquele termo exprime:
Comando, como autoridade conferida por lei regulamentos acompanhada pela correspondente
responsabilidade, a qual não pode ser delegada.
Chefia, como arte de influenciar e dirigir subordinados, tendo em vista alcançar-se um fim
determinado, de uma maneira tal que se consiga da parte daqueles a confiança, o respeito, a
coordenação leal e a obediência.
O certo é que o termo liderança, tanto por influência das doutrinas militares dos nossos aliados da
OTAN (sobretudo os EUA), como pelo que ocorre nas esferas empresarial e politica, tem vindo,
nas nossas forças armadas, a substituir, progressiva e irreversivelmente, o termo chefia,
acrescentando-lhe uma vertente cientifica que a definição de “chefia” do nosso dicionário não
contempla.
A definição de liderança, contudo, ainda não é hoje pacífica, surgindo abordada de forma muito
diversa na literatura académica mais recente. Ralph Stogdill, professor da universidade de Ohio,
define a liderança como função das características pessoais ou dos quadros de comportamento;
pela referência à interação entre o líder e o subordinado (os seguidores); pela incidência no
cumprimento dos objectivos dos grupos; pela diferenciação entre algo designado como funções;
enfim, pela enfase do exercício do poder e influência.
No seu sentido mais simples, liderança pode ser definida como um processo de influência do
comportamento humano, isto é, motivar indivíduos a adotarem um comportamento que de outro
modo eles não adotariam.
Será então licito, definir a liderança como o processo de influenciar, para além do que seria
possível através do uso exclusivo da autoridade investida, o comportamento humano com vista ao
Elaborado: Tenente Coronel Aquilino M. Cumaio (MA)
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cumprimento das finalidades, metas e objectivos concebidos e prescritos pelo líder organizacional
designado.
Uma liderança eficiente cria empenhamento ao nível individual, coesão ao nível da pequena
unidade e o espirito de servir em toda a instituição. A obtenção de excelência é necessário em
qualquer dos níveis.
Teoria do traços (ou características) “se imitar um grande líder, também eu posso ser um grande
líder”.
Teoria da situação preconiza que os aspectos situacionais são determinantes para eficácia dos
líderes e das organizações que eles lideram: “virtualmente, qualquer pessoa pode ser um líder num
apropriado quadro de circunstâncias”.
Teorias transacionais dado que elas consideram a liderança essencialmente como uma transação
entre os subordinados e o líder. Estas teorias baseavam-se na noção de observação e mudança de
comportamento.
“A liderança é intangível e portanto nenhuma arma alguma vez concebida pode substitui-la ”.
Factores de liderança
Estes factores estão sempre presentes em qualquer accao de liderança, antes e durante o seu
desenvolvimento, mas a sua influência ou importância relativa é variável.
Ao líder compete criar e manter um clima que encoraje os seus subordinados a participar
activamente e a querer ajuda-lo no cumprimento da missão recebida. Os elementos-chave para este
relacionamento essencial são o conhecimento mutuo, o respeito e a confiança.
“O conhecimento dos homens que tem que dirigir é para o líder tao necessário como o
conhecimento da missão para a qual lhe compete orienta-lo” Gaston Courtois – Arte de ser chefe.
O segundo factor geral da liderança é o próprio líder. O líder tem que ter conhecimento honesto de
si próprio: do que é, do que sabe e do que pode fazer; das suas capacidades e limitações. Só assim
poderá controlar-se, disciplinar-se e liderar os seus subordinados de forma eficiente.
O líder deve assegurar, em permanência, que cada um dos subordinados é tratado com dignidade e
respeito.
“O líder é aquele que transforma o pensamento em accao e propaga esta energia a sua volta”
Para determinar qual a melhor accao de liderança a adotar, haverá que ter em conta, em primeiro
lugar, os meios ou recursos disponíveis e os factores do estudos da situação, para, em seguida,
considerar o nível de aptidão, motivação e empenhamento dos subordinados para executar a tarefa
ou missão. Numa determinada situação, o líder poderá ter que superintender de perto e dirigir a
acção dos subordinados; noutra situação, será mais indicado delegar num subordinado ou num
grupo de subordinados a autoridade para apreciação de um problema e para consequente tomada de
decisão.
O factor situação inclui, também, a oportunidade das acções de liderança. O líder deve ser capaz de
identificar e pensar através da situação, por forma a poder desenvolver a acção adequada no tempo
certo.
O líder deve saber aprender dos seus próprios erros, bem como dos erros alheios. Ao errar, o líder
terá que voltar a analisar a situação, tomar rapidamente acção corretiva e continuar.
“Todas as situações são diferentes; as acções de liderança que resultaram numa determinada
situação podem não resultar numa outra”.
A comunicação poderá verificar-se por recurso a uma combinação de todas estas modalidades.
A forma de comunicar em diferentes situações ee importante. A escolha das palavras, o tom de voz
e a atitude assumida influenciam as reações dos subordinados. A liderança é mais que dar exemplo
e comandar com bravura em combate. A aptidão para dizer o que deve ser dito, da parte importante
da liderança. Aquilo que o líder comunica e a forma como o faz, podem reforçar ou enfraquecer o
seu relacionamento com os subordinados.
O líder deve saber ouvir sabe ouvir, atento, quer o que é dito, quer ao como é dito, líder ouvir os
seus subordinados estes não deixarão de o ouvir.
“Uma comunicação de qualidade permite garantir uma melhor compreensão mutua e a adesão
das tropas”.
REQUISITOS DA LIDERANÇA
O exercício necessita de líderes com aptidão para olhar para além das preocupações do tempo de
paz e capazes de executarem suas missões de guerra mesmo depois de longos períodos de paz. As
actividades administrativas são importantes em tempo de paz, mas não devem, de forma alguma,
ser consideradas prioritárias em relação ao treino realista combate. Os líderes têm que instruir e
treinar as suas tropas numa perspectiva de guerra.
“A forma como os líderes treinam os seus soldados e as suas unidades é a forma como eles
deverão actuar em operações”.
Este objectivo é alcançado através de um dinâmico sistema de desenvolvimento dos líderes apoiado
em três pilares:
“Em todos os níveis, o líder superior é responsável pela criação de programas visando o
desenvolvimento profissional dos líderes seus subordinados”.
A aptidão era desenvolver equipas de liderança resulta essencial para o sucesso em operações de
guerra. A doutrina operacional actual exige que a liderança, para além do seu sentido tradicional de
esforço de influência individual, seja ainda considerada em termos de equipas de liderança.
Uma equipa de liderança consiste de um líder e dos subordinados necessários para planear e
executar operações. Por exemplo, uma equipa de liderança de pelotão consistirá, usualmente, do
oficial comandante do pelotão e dos sargentos-chefes de secção. As equipas de liderança reagem
com rapidez devido ao seu conhecimento comum dos requisitos da missão.
Elaborado: Tenente Coronel Aquilino M. Cumaio (MA)
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“Os líderes devem desenvolver uma equipa que antecipe requisitos e que exerça iniciativa de
acordo com a intenção do comandante”.
Descentralizar
1. Ao líder compete criar um clima que encoraje os seus subordinados a participar ativamente
e a querer ajuda-lo no cumprimento da missão recebida. Quais os elementos chaves para o
relacionamento?
2. Quando se pode classificar uma comunicação líder-subordinado de “efectiva”?
3. Quais os “pilares” em que se apoia o sistema de desenvolvimento de líderes?
4. O que se entende por “desenvolver equipas de liderança”?
5. Quando o líder executa regularmente tarefas que competem ao seus subordinados, qual o
requisito de liderança que poe em causa?
O líder que executa regularmente tarefas que competem aos seus subordinados, nega a estes
últimos toda a possibilidade de desenvolvimento; a si mesmo nega também a possibilidade de
beneficiar das suas capacidades.
Enquanto os sociólogos concentram a sua atenção nos grupos, processos grupais e forças sociais, os
psicólogos sociais concentram-se nas influências que os grupos e a sociedade exercem sobre os
indivíduos e a sociedade exercem sobre os indivíduos. A ênfase da psicologia está no ser humano
como individuo enquanto que a Sociologia preocupa se com estudo do homem integrado na
sociedade e estudo dos comportamentos sociais produzidos pelos indivíduos.
O psicólogo psicométrico ou quantitativo, desenvolve e avalia testes, projecta pesquisas para medir
as funções psicológicas como a inteligência, usando os conhecimentos matemáticos.
Os psicólogos formularam tarefas que a ciência psicológica enfrenta e de cuja solução depende a
resolução dos mais importantes problemas psicológicos.
Hoje não é possível compreender a doença sem avaliar a contribuição das causas psicológicas para
sua génese. Fala-se da medicina psicológica, quando se quer pôr em evidência que tratar um doente
é cuidar do sofrimento que acompanha a sua doença física.
Tudo o que acabamos de dizer torna evidente que a psicologia moderna se encontra numa posição
intermediaria entre várias ciências, embora em todos os ramos conserve o seu objecto de estudo, os
seus princípios teóricos e as suas vias de estudo desta matéria.
A multivariedade dos problemas psicológicos, reside no facto do centro das atenções dos
psicólogos ser sempre o homem.
RAMOS DA PSICOLOGIA
Psicologia pedagógica – estuda as leis psicológicas do ensino e da educação do homem. Ela estuda
a formação dos raciocino dos alunos, os problemas do governo do processo de assimilação dos
meios e dos hábitos, revela os factores psicológicos que influenciam o processo de aprendizagem as
relações entre o pedagogo e os alunos e as relações dentro da colectividade dos alunos, as
diferenças psicológicas individuais do aluno, as particularidades psicológicas da educação e do
ensino das crianças com o desenvolvimento psíquico anormal, a especificidade psicológica de
adultos.
Para dizer que a hereditariedade e o meio ambiente interagem continuamente para influenciar o
desenvolvimento. O termo ambiente abrange uma miríade de influências. Algumas poderiam ser
classificadas de químicas; por exemplo, drogas, alimentos e hormônios. Tanto antes como depois
Elaborado: Tenente Coronel Aquilino M. Cumaio (MA)
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Uma vez que a maturação é influenciada por experiencias únicas e também pela herança genética, é
de esperar que as pessoas atinjam pontos de maturação em diferentes idades.
O cérebro humano, como matéria mais alta e complexa, possui uma qualidade de reflexo, isto é, a
capacidade de responder a influência em conformidade com o carácter desta influencia e forma de
existência da matéria.
Os hábitos são acções dos animais que tem como base ligações condicionadas e que funcionam
automaticamente.
Os elementos motores que fazem parte dos hábitos dos animais podem incluir tanto os movimentos
inatos que reproduzem as experiências da espécie, como movimento adquiridos no processo de
repetição de provas motoras casuais.
Os hábitos adquiridos por um animal podem ser transferidos também para uma nova situação.
Portanto, os hábitos podem deferir duma maneira essencial um do outro; em alguns casos eles
aproximam-se quanto ao seu automatismo, dos instintos, em outros aproximam-se das
manifestações do intelecto.
O resultado de aprendizagem é uma mudança no sentido mais extenso de tal modo que se pode
organizar e controlar melhor a sua acção e comportamento, de acordo com a norma da sociedade.
Concluindo, aprendizagem significa preparação para as exigências e tarefas futuras. Primeiramente
definimos aprendizagem como mudança a acção e comportamento devido a experiencia.
Por outro lado, para o seu desenvolvimento a que ter em conta determinadas premissas biológicas,
isto é, com o crescimento anatómico do organismo, com a maturação do organismo, com as formas
e compressibilidade dos mecanismos funcionais e com a sua actividade na classe posterior.
Contudo, destas mudanças situam-se aquelas que são devidas a maturação, crescimento por altura, a
puberdade, a doença e perturbações do comportamento, a oligofrenia ou a danos físicos.
Da forma mais restrita, a aprendizagem é um processo intencional e consciente, que está na base do
surgimento de todas actividades do homem. Portanto, é um processo abrangente na medida em que
surge em todas as tarefas do desenvolvimento do homem e em todas as actividades.
Neste sentido restrito, a aprendizagem seria a principal actividade do aluno, sendo uma actividade
sistemática cujo objectivo principal é aquisição de conhecimentos, habilidades, aptidões e
qualidades do carácter.
Ainda neste sentido a aprendizagem caracteriza-se: por ser organizada intencionalmente ou efetuar-
se sob a direcção de um profissional e pode realizar-se nas instituições de ensino apropriados com
aplicações de programas e exigindo uma planificação específica.
Tipos de Aprendizagem
2) Aprendizagem Indirecta – caracteriza-se pela colocação de tarefas que não são objectivos
directos da aprendizagem, na medida em que o objectivo da aprendizagem aparece incluído na
tarefa.
Processos psíquicos
Dinâmicas de grupos
8.1. Sensações
A Sensação é o processo psíquico mais simples que consiste em reflectir diversas propriedades dos
objectos e dos fenómenos do mundo material, assim como estados internos do organismo nas
condições de influência directa de excitantes materiais sobre os respectivos receptores.
Tomamos conhecimento da riqueza do mundo em redor, dos sons, das cores, dos cheiros, da
temperatura, do tamanho e de muitas outras coisas graças aos órgãos dos sentidos. Por meio dos
órgãos dos sentidos o organismo humano recebe, seleciona, acumula a informação sobre o estado
do meio interno e externo e transmite para o cérebro que recebe e transforma a cada instante um
volume imenso e inesgotável desta informação. Em resultado disso surge o reflexo adequado do
mundo circundante e do estado do próprio organismo.
Os órgãos dos sentidos são os únicos canais através dos quais o mundo exterior penetra na
consciência humana.
Estes órgãos dos sentidos permitem ao homem orientar-se no mundo através das informações que
permanentemente recebe sobre o meio.
A especialização dos órgãos dos sentidos no reflexo de diversos tipos de energia, de certas
propriedades dos objectos e dos fenómenos da realidade é um produto da sua adaptação às
influências do meio externo e, por isso são adequados quanto a sua estrutura e propriedade.
8.2. Percepção
Ao contrário das sensações que refletem diversas propriedades do excitante, a percepção reflecte o
objecto em geral, em todo conjunto das suas propriedades.
Resumindo, pode-se dizer que a percepção é um processo activo durante o qual o homem realiza
inúmeras acções preceptivas para formar uma imagem adequada do objecto.
A percepção depende não só da excitação mas também do próprio sujeito que percebe. Quem
percebe não é o olho isolado, nem o ouvido por si só, mas uma pessoa viva concreta e a percepção é
sempre influenciada duma ou outra maneira pelas particularidades da personalidade de quem
percebe, pela sua atitude em relação ao objecto percebido, pelas suas necessidades, interesses,
aspirações, desejos e sentimentos.
8.3. Memória
A mais importante particularidade do psiquismo consiste em que o reflexo das influências externas
é utilizado permanentemente pelo individuo na sua posterior conduta.
Nenhuma acção actual é possível fora dos processos da memória, mesmo as mais elementares,
pressupõe obrigatoriamente a retenção a fim de reproduzir posteriormente.
O desenvolvimento seria impossível sem aptidão para este encadeamento - o homem continuaria
eternamente na situação de recém-nascido. A memória, que é a mais importante característica de
todos os processos psíquicos, assegura a unidade e a integridade da personalidade humana.
8.4. Pensamento
O pensamento surge com base na actividade prática e na interação social, provindo da cognição
sensorial mas ultrapassa de longe os seus limites.
O individuo ao pensar descobre por conta própria, algo novo e desconhecido (embora esta
descoberta seja pequena e feita apenas para si próprio e não para a humanidade).
Portanto, o pensamento começa onde resulta insuficiente ou, inclusive, impotente a cognição
sensorial.
O pensamento humano seja qual for a sua forma – é impossível sem a linguagem. Quanto mais
profundo e bem ponderado é um certo pensamento, tanto mais clara e precisa será a sua expressão
em palavras, na linguagem oral e escrita. E pelo contrário, quanto mais perfeita e precisa for a
formulação verbal duma certa ideia, mais clara e compressível será a própria ideia.
8.5. Imaginação
A imaginação ou fantasia, da mesma forma que o pensamento, pertence aos processos cognitivos
superiores, no qual se revela claramente o carácter especificamente humano da actividade. Não se
pode dar início a um trabalho sem antes criar imagens do seu resultado final.
A imaginação orienta o homem no processo da sua actividade, criando modelos psíquicos dos
produtos intermédios e do produto final do trabalho, o que contribui para a sua encarnação material.
A imaginação está ligada estritamente ao pensamento. Da mesma forma que o pensamento permite
prever o futuro e, surge numa situação problemática, isto é, nos casos em que é necessário procurar
novas soluções; da mesma forma a imaginação é motivada pelas necessidades da personalidade.
Portanto, numa situação problemática, existem dois sistemas de adiantamento pela consciência dos
resultados desta actividade: um sistema organizado de imagens (com base na imaginação) e um
sistema organizado de noções (com base no pensamento).
Se os dados iniciais de uma dada tarefa, por exemplo, dum problema científico são conhecidos, o
processo da sua resolução está subordinado sobretudo as leis do pensamento. Um quadro diferente,
recorremos a imaginação quando verifica-se que a situação problemática se caracteriza por uma
grande incerteza e a análise precisa dos dados iniciais.
Processos Sociais são as formas pelas quais os indivíduos se relacionam uns com os outros, ou
seja, as formas de estabelecer as relações sociais.
Os processos sociais estão presentes em toda sociedade, por exemplo quando um grupo de pessoas
se organiza para limpar uma casa; quando uma pessoa assimila, mesmo que inconscientemente a
forma de falar de outra; quando um país entra em guerra com outro, etc.
Se partirmos do pressuposto de que cada individuo é singular, ou seja, cada um possui as suas
crenças, valores e ideologias em relação a tudo ao seu redor, concluímos que os tipos de processos
sociais estabelecidos entre pessoas irão depender de cada um. A tendência natural dos seres vivos é
de se associarem conforme seus interesses.
Acomodação é um processo no qual um individuo se contenha, sem satisfação, com a situação que
é imposta por um outro individuo ou pela sociedade.
A competição é a disputa de interesses entre indivíduos ou grupos sociais, regulada por “normas”
não havendo formas de violência ou força bruta.
Diferentemente da competição, que não usa de meios violentos para conquista do objectivo; o
Conflito é o processo que ocorre quando a competição ganha um grau de alta tensão social,
podendo haver, inclusive, violência ou ameaça de violência.
Dinâmica de Grupo é uma ferramenta de estudo de grupos e também um termo geral para
processos de grupo.
Em psicologia, um grupo são duas ou mais pessoas que estão mutuamente conectadas por
relacionamentos sociais, por interagir e influenciarem-se mutuamente. Os grupos desenvolvem
vários processos dinâmicos, o que os separam de um conjunto aleatório de indivíduos.
Aplicação
A dinâmica de grupo forma a base da terapia de grupo frequentemente com abordagem terapêutica,
como na terapia familiar e na terapia expressiva. Políticos e vendedores podem lançar mão do
conhecimento de princípios de dinâmica de grupo para seu próprio benefício.
É muito utilizada pelos recursos Humanos na selecção de candidatos a emprego. Além disso, tem
despertado interesse crescente por conta da inteiração social viabilizada pela Internet.
A terapia em grupo, método de psicoterapia que usando como base a teoria de acção racional, a
sessão de terapia em grupo visa investigar a congruências entre as atitudes das pessoas participantes
da reunião.
As pessoas reunidas ouvem depoimentos uns dos outros e se manifestam contando como e por que
iniciaram e convivem com problemas, como por exemplo a dependência química, pois é o
momento em que ele assume o problema e adquiri a convicção de que necessita de ajuda para
retomar a sociedade.
A terapia familiar é um tipo de terapia que se aplica a casais ou famílias, onde os membros
possuem algum nível de relacionamento familiar.
Desse modo, os relacionamentos familiares são considerados como um factor determinante para a
saúde mental e os problemas familiares são vistos mais como resultado das interacções sistémicas,
do que como uma característica particular do individuo.
Através da percepção, um individuo organiza, interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir
significado ao meio.
A percepção surge com base na inteiração do individuo com o mundo que nos rodeia através das
informações sensoriais que recebemos obtidas pelos órgãos dos sentidos.
Percepção social é o estudo das influencias sociais sobre a percepção individual. E um processo
que está na base das inteirações sociais. Consiste na formação de impressões acerca de outros.
Há que ter em conta que as mesmas qualidades podem produzir impressões diferentes, pelo facto
de interagirem entre si duma forma dinâmica.
As impressões contam com uma certa estrutura, onde há qualidades centrais e qualidades
periféricas. Cada parte forma um todo; omitir ou acrescentar uma qualidade altera a percepção
global.
O modo como percepcionamos as situações sociais e o comportamento dos outros orienta o nosso
próprio comportamento.
A percepção social está muito relacionado com os grupos sociais, com o contexto em que a pessoa
esta inserida.
Percepção e cultura: A forma como percepcionamos o mundo varia com a cultura, o contexto
cultural (é diferente o modo como um chines e um indiano representam o mundo).
Existe diversos efeitos que alteram a percepção. Dependendo do valor do estimulo, pode ocorrer a
acentuação perceptiva (quando o valor de um estimulo é grande, este é percebido como sendo
maior do que realmente é) ou ainda o efeito Halo (se uma pessoa é vista de forma positiva em
alguma das suas característica, tenderá a distorcer a percepção que tem de si e ver-se de forma
positiva noutras características.).
De acordo com o significado emotivo do estimulo, pode provocar perspicácia perceptiva (perante
estímulos que possam satisfazer uma necessidade ou trazer algum beneficio).
A função do líder numa organização visará estreitar o intervalo ou corrigir o desvio entre a
realização individual e os requisitos organizacionais. Para isso, os líderes, para além de influência
motivadora sobre os subordinados, podem procurar convencer os líderes superiores da necessidade
de alterar os requisitos organizacionais. Esta dupla responsabilidade do líder tem sido designada
como dilema da liderança. Aos líderes compete a resolução deste dilema para que a organização e
os subordinados recebam mutuamente benefícios aceitáveis.
Ao líder confrontado com o dilema da liderança competirá, como responsável pela motivação dos
seus subordinados e, ao mesmo tempo, como responsável pelo seu empenhamento eficiente e eficaz
no cumprimento das metas organizacionais, saber escutar, em permanência e com humanidade os
seus anseios e necessidades e com eles discuti-los com clareza e coragem as suas propostas de
conciliação sempre que excedam as suas competências. É que, como exemplifica Fushan Yuan, um
dos grandes mestres da china “humanidade sem clareza e como ter um terreno arável e não cultiva-
lo” e “coragem sem humanidade é como saber colher mas não saber semear”.
A profissão militar
Conforme demostra Max Weber, o conceito de profissão como vocação, dever e realização terrena,
encontra-se ligado aa cultura protestante e a implantação do capitalismo nas sociedades ocidentais.
O termo vocação (ou chamamento) refere-se ao acto de servir e cumprir uma missão em nome de
uma causa.
Professar é, segundo Veiga Mestre (pag.21), “aceitar uma fé e prometer uma entrega perfeita e
apaixonada de tudo o que em nós existe, ao serviço de valores sagrados que não devem parecer”.
Para o mesmo autor, a doutrinação do militar profissional, fundamentada nos postulados de uma
ética específica, inclui “um tecnicismo apoiado e animado por um ideal que visa o bem-comum”.
Para Huntington carreira militar (pag. 22) a carreira militar é uma profissão completamente
desenvolvida, porque nela se verificam as três características principais do tipo ideal de profissão:
Destreza (no caso militar, para o manejo dos meios de coação do Estado), o espirito corporativo
(uma consciência esclarecida da identidade que liga todos militares) e responsabilidade (na
designação dos militares mais capazes para ocupar os cargos de direção). Apenas os militares
directamente empenhados no domínio da administração (gestão) da violência são membros da
profissão militar.
Assim, o profissional militar é, nomeadamente: obediente e leal para com a autoridade do Estado;
competente nos assuntos militares; dedicado na utilização da sua capacidade para proporcionar
segurança ao Estado; política e moralmente neutral. O seu sentido de compromisso profissional é
confirmado por uma ética militar que reflete um conjunto, cuidadosamente inculcado, de valores e
atitudes que constituem uma singular perspectiva profissional (ou mentalmente militar)
caracterizada como “realista e conservadora”.
Instituição Militar
A Condição militar
A Deontologia militar
A deontologia militar é a ciência que trata da aplicação das regras gerais da moral no caso concreto
da profissão das armas, descrevendo e justificando a conduta do bom soldado, não porem ao nível
das prescrições legais, mas sim das exigências da sua natureza de homem. Em síntese, a
deontologia militar será a ciência dos deveres morais dos militares.
No âmbito da deontologia militar integram-se a ética militar, como conjunto de questões filosóficas
(aspectos críticos ou especulativos), e a moral militar, como o conjunto das regras de conduta
(especto descritivo ou pratico). No entanto, os termos ética e moral tem a serem usados
indistintamente para significar o mesmo.
O militar, antes de ser profissional das armas, é um homem e um cidadão. Os valores da profissão
militar tem que ser consistente com os valores morais, espirituais e sociais, tais como, a verdade, a
justiça, a honestidade, a dignidade humana, a imparcialidade, a igualdade e a responsabilidade
pessoal.
1. Sentimentos
2. Emoções
3. Vontade
O homem não só conhece a realidade por meio dos processos psíquicos (percepção, memoria,
imaginação e pensamento), ao mesmo tempo ele adopta uma certa atitude em relação a diversos
factores da vida.
Os sentimentos são uma das formas específicas de reflexo da realidade. Os processos cognitivos
reflectem os objectos e os fenómenos da realidade, enquanto que sentimentos reflectem a atitude do
sujeito.
A satisfação ou não das necessidades provoca no homem emoções especificas que adquirem
diversas formas:
Emoções – é uma sensação temporal directa de algum sentimento mais constante, uma perturbação
ou movimento de espírito. Ex: O estado de admiração que a pessoa sente quando experimenta algo.
Afecto – processo emocional que domina o homem rapidamente e que passa duma forma
impetuosa.
Os afectos caracterizam-se por grandes mudanças da consciência, por perturbação do controle sobre
as acções, pela perda do auto domínio e por alterações em toda a actividade vital do organismo. Ex:
A respiração agitada ou dificultada constitui quadro comum da intensidade do afecto.
Humor (estado de espírito) - é o estado emocional geral que dá, durante um período de tempo, um
determinado colorido a toda conduta do homem.
2. Emoções e Ajustamento
Embora as emoções podem levar as pessoas a se sentirem fora de si durante algum tempo, elas não
determinam efectivamente o comportamento, mas aumentam o incitamento, a reactividade ou a
irritabilidade.
Aquilo que aprendemos no passado e o ambiente social influenciam a conduta que se segue. Não
obstante, muitas pessoas reagem a estímulos na forma de acções, palavras ou pensamentos e
parecem perturbadas, irracionais ou desorganizados.
A nossa historia sugere que as emoções tem diversos componentes. Ex.: um militar quando é
tomado pelo pânico pode experimentar mudanças fisiológicas, tremor e sensações de fraqueza.
Os pesquisadores encontram evidências de que pelo menos seis emoções são experimentadas no
mundo inteiro: alegria, raiva, desagrado, medo, surpresa e tristeza. Varias outras emoções – dentre
elas interesses, vergonha, desprezo e culpa – podem também serem universais.
Seres humanos do mundo inteiro rotulam essas emoções de muito parecida. Além disso todos os
seres humanos movimentam os mesmos músculos faciais para expressarem essas emoções.
Componentes subjectivos (pessoais) – os aspectos mais vividos das emoções provavelmente são
sentimentos, sensações e pensamentos.
Expressões faciais – têm a ver com o tamanho do sorriso ou a intensidade – pela experiência. Os
músculos faciais são mais expressivas as emoções.
Pesquisas indicam que existe diferenças de padrões fisiológicas para diferentes emoções e são
influenciadas pela hereditariedade, tendências físicas e são também moldadas pela experiência.
O sofrimento – é um estado emocional negativo relacionado com uma informação verídica ou que
parece real, que acaba de ser recebida, a respeito da impossibilidade de satisfação de uma
necessidade vital que ate ao momento parecia provável.
A cólera – é um estado emocional negativo que se realiza sob forma de afecto, causado pelo
surgimento inesperado de um obstáculo que impede a satisfação duma necessidade importante para
o sujeito.
O desprezo – é um estado emocional negativo que surge nas relações interpessoais, provocado pela
divergência entre posições vitais, concepção e conduta do objecto deste sentimento.
O medo – é um estado emocional negativo que surge quando o sujeito recebe informação sobre um
possível prejuízo para o seu bem-estar ou sobre um perigo real ou imaginário que o ameaça.
3. Vontade
A vontade surge na actividade laboral do homem e pode ser alterada de acordo com as suas
exigências.
A função estimuladora é assegurada pela actividade do homem, que provocada a acção por força
da especificidade dos estados internos do homem, que se revelam no próprio momento de acção
condicionada por um objectivo conscientemente colocado.
A função inibidora e estimuladora da vontade permitem na sua unidade vencer as dificuldades que
impedem a consecução do objectivo.
A base da vontade e da actividade do sujeito em geral é constituída pelas suas necessidades que
provocam a motivação.
A motivação estimula a actividade ligada a satisfação das necessidades do individuo; explica qual é
o objectivo da actividade e porque foi escolhida precisamente esta forma de conduta e não uma
outra. Ai, os motivos são a causa que determina a escolha da orientação da conduta. Finalmente, a
motivação é o meio de auto regulação da conduta e da actividade do homem.
A vontade como organização consciente e auto regulação da actividade, com vista a superar as
dificuldades internas, representa, antes de mais, o poder sobre si próprio, sobre os seus próprios
sentimentos e acções.
É de conhecimento geral que o grau de expressão deste poder varia de pessoa para pessoa.
Um homem que possui a força de vontade forte, saberá vencer qualquer dificuldade que se
encontrar na via que conduz ao seu objectivo dando provas de qualidades volitivas como a decisão,
a coragem, a valentia, a resistência, etc.
Pessoas com vontade fraca recuam perante as dificuldades, não manifestam a devida firmeza e
persistência, não sabem conter-se e esmagar os estímulos do presente instante em prol de motivos
mais altos e moralmente justificados de conduta e actividade.
A preguiça, assim como as outras manifestações da fraqueza – a covardia, a indecisão, etc. – são
graves defeitos do desenvolvimento da personalidade.
— Medo ao Combate
Uma fobia consiste basicamente num medo intenso, incontrolável e por vezes insuportável à pessoa
que o experimenta, sendo desproporcional em relação aos elementos que o causam.
Desta forma, há indivíduos com fobias de altura, escuridão, lugares fechados, lugares abertos,
aviões, água, elevadores, etc.
Uma reacção fóbica ocorre de forma instantânea, automática, diante de um estímulo externo (o
elemento causador da fobia).
O indivíduo poderá experimentar taquicardia (coração batendo acelerado), falta de ar, transpiração
excessiva ("suar frio"), dentre outros sintomas.
O medo em geral não pode ser explicado pelo indivíduo, que conscientemente não entende por que
o sente e talvez até o considere ilógico. Isto porque o medo está associado a experiências
traumáticas passadas (ou, às vezes, a experiências traumáticas projectadas no futuro) que estão fora
da consciência do indivíduo.
Para compreender o aspecto aparentemente ilógico de uma fobia, imaginemos um homem forte,
corajoso, um que esteve em grandes teatros de guerra, que, todavia, se vê totalmente aniquilado
quando entra num elevador. A cena seria incompreensível: como um homem tão forte pode ter
medo de algo tão inofensivo? Contudo, trata-se de uma reacção intensa aprendida no passado,
talvez na infância, quando o homem associou o medo ao elevador, ou por ter passado por uma
experiência traumática envolvendo elevadores, ou mesmo por tê-la apenas imaginado.
Note-se que as fobias muitas vezes se formam na infância porque este é um período em que há
poucos recursos, poucas vivências em relação à experiência traumática. A fobia também pode ter
início em outros momentos da vida, nos quais o indivíduo está temporariamente sem recursos,
fragilizado, experimentando uma emoção muito forte (como por exemplo um assalto, a perda de
alguém muito próximo). Da mesma forma que um determinado aroma ou uma música nos lembram
uma pessoa, ou um momento de nossas vidas, uma fobia também é uma associação entre uma
sensação e um estímulo.
A generalização acontece em virtude de que o indivíduo vai apresentar a reacção fóbica sempre que
estiver diante do objecto causador da fobia, em todas as situações e ambientes.
As reações fóbicas em geral acontecem quando as pessoas formam imagens da situação que causou
a fobia como se estivessem nelas, associadamente (ainda que não se dê conta disso).
Quando uma pessoa se recorda de um fato estando associada nele, seus sentimentos estão contidos
no próprio fato. Porém quando as pessoas vêm a si mesmas passando pela experiência,
dissociadamente, como se assistissem a um filme, têm sentimentos sobre o que vê. Neste caso, há
uma certa distância entre o indivíduo e o fato.
Imagine, por exemplo, a experiência de estar andando numa montanha-russa - se já esteve numa
antes - ou outra experiência pela qual já tenha passado. Passe um filme da situação de forma que
possa se ver passando pela experiência.
A dissociação, quando se lembrar de fatos desagradáveis, evitando assim passar pela situação
novamente e sentir-se mal em consequência disto. A associação para recuperar sensações
agradáveis.
O medo não pode ser explicado racionalmente. Os indivíduos fóbicos não têm controle voluntário
de seu medo, e evitam a situação ou objecto para controlar o medo. A ansiedade surge quando os
Medo e evitação de uma situação ou objecto não significam que a pessoa tenha um transtorno
fóbico. Por exemplo, uma pessoa pode evitar o contacto com estímulos que desencadeiem
ansiedade sem que este facto prejudique sua vida social ou profissional.
No entanto, ao ser obrigada a defrontar-se com tais estímulos, como no caso de um militar que por
força da sua profissão de que enfrentar o mato e a noite ou outro que em virtude de sua posição
tenha que falar em público com frequência, tais pessoas poderão desenvolver um quadro fóbico
propriamente dito, necessitando de tratamento, sob pena de sofrerem prejuízos significativos.
Quase todas as crianças tem medo irracionais de situações ou objectos comuns como escuridão,
alturas , animais, espaços fechados e tempestades. A maioria das crianças supera estes medos, ou
mais precisamente, não desenvolve medos persistentes que possam se tornar fobias. Uma criança
que fique confinada em um espaço fechado durante uma brincadeira aprende a temer espaços
restritos dos quais possa ser difícil escapar.
Fobias de insectos e outros animais geralmente começam na infância, bem como as fobias de
tempestades e outros estímulos ambientais, túneis e pontes. Fobias de situações também se
desenvolvem em adultos como por exemplo fobia de voar após um voo particularmente turbulento
e aterrorizante. Fobias sociais geralmente se desenvolvem nas adolescências, algumas vezes após
um episódio social embaraços. No entanto, muitas pessoas com fobias sociais relatam um
sentimento geral de desconforto em várias situações sociais durante toda s
Esse sentimento de medo é, em geral, acompanhado de sintomas físicos determinados pelo Sistema
Nervoso Autónomo (daí o nome sintomas autonómicos) que evolvem alterações na frequência
cardíaca, no ritmo respiratório, sensação de falta de ar, extremidades frias, boca seca, etc.
Quando tal medo é desproporcional à ameaça, quando até a pessoa que o sente considera
ser irracional, quando se acompanha de expressivos sintomas autonómicos e é seguido de evitação
das situações que o causaram, é chamado de Fobia. Há quem considere a Fobia um Ataque de
Pânico desencadeado por situações específicas. Pelo menos os sintomas são muito parecidos.
O distúrbio do medo patológico pode se apresentar como Fobia Específica, quando o pavor tem um
objectivo certo, como por exemplo, medo de animais, de escuridão, de água, altura, etc. Pode ainda
se apresentar como Fobia Social, na qual o horror é de sentir-se objecto de observação e avaliação
pelo outros como, por exemplo, falar em público, escrever diante da observação dos outros, comer
em público, etc.
Pode também surgir sob a forma de Ataques de Pânico, onde o paciente passa a ser acometido, de
uma hora para outra, de sintomas físicos terríveis, sem que saiba identificar exactamente o que o
ameaça.
O medo, mais precisamente, o medo patológico e que limita de alguma forma a vida das pessoas,
vem aparecendo com frequência cada vez maior em consultórios psiquiátricos e clínicas
psicológicas. Esse medo patológico se diferencia do medo normal por várias razões:
Em suas manifestações mais agudas, tanto as Fobias quanto o Pânico são altamente limitantes e
quase sempre expõem os pacientes a todo tipo de vexames. O medo de elevador pode fazer com
que uma pessoa simplesmente se recuse a trabalhar ou morar em edifícios, o de avião impede
passeios (de toda família), o de dirigir é muito mais problemático ainda.
Além da sensação de medo, propriamente dita, que aparece durante a circunstância que dá a fobia, a
ainda o medo antecipatório, como por exemplo, fazendo a pessoa suar frio só de pensar em se
sentar à direcção de um carro.
Na Fobia Social, por exemplo, faz com que a pessoa seja incapaz de conversar com o chefe, de
trocar opiniões com os colegas de trabalho ou expor suas ideias numa reunião.
Como nosso corpo reage globalmente em situações de ameaça (real ou imaginária), ou seja, no
medo
A maioria dos indivíduos recorre à evitação para evitar a ansiedade. Eles encontram maneiras de
conviver com as limitações impostas pelos medos, quase sempre com sucesso. Se este sucesso é
mantido, eles não precisam procurar ajuda. Quando forçadas a superar suas limitações, a ansiedade
surge, e eles podem procurar tratamento. Uma pessoa com medo de voar pode se tornar
francamente fóbica quando obrigada a fazê-lo por razões profissionais. Ela pode então se ver
obrigada a procurar assistência.
Quando as fobias são discutidas em jornais, revistas, programas de rádio ou televisão, os indivíduos
fóbicos aprendem mais sobre seus problemas e sobre os tratamentos disponíveis.
Eles usualmente sentem-se envergonhados por serem aterrorizados por coisas que não causam
medo à maioria das pessoas. Portanto, normalmente são necessárias pressões externas para motivar
o paciente a procurar tratamento.
Pessoas com mais de uma fobia específica, e ataque de pânico em resposta ao estímulo fóbico são
mais propensas a procurar tratamento do que aquelas com uma fobia única e ansiedade menos
intensa. Ansiedade intensa, estímulo familiar, e campanhas de esclarecimento ajudam as pessoas
com transtornos fóbicos a superar a vergonha e a procurar tratamento.
TRATAMENTOS
TEMA:14 PERSONALIDADE
A Psicologia designa por Personalidade uma qualidade social sistemática adquirida pelo individuo
no processo de actividade material e de contacto e que caracteriza o nível e a qualidade da
representação das relações sociais no indivíduo.
O homem destacou-se do mundo animal graças ao trabalho. Ele desenvolve-se na sociedade, realiza
uma certa actividade juntamente com as outras pessoas e mantêm contacto com elas. Tudo isso
forma gradualmente a sua personalidade.
Individuo e Personalidade
A noção de Individuo encarna no facto da pessoa pertencer ao género humano. Portanto, quem diz
a respeito duma pessoa concreta que ela é um individuo, diz muito pouco. Na verdade, isto constata
apenas que ele é potencialmente um homem.
O homem que vem a luz como individuo, obtêm qualidades sociais tornando se personalidade
através da sua incorporação no sistema de relações sociais existente no momento de seu
nascimento.
Personalidade e Individualidade
A personalidade de cada homem possui uma combinação exclusiva de traços e particularidades que
formam a sua individualidade.
Formação da Personalidade
A atitude pedagógica pressupõe a necessidade de esclarecer de que maneira deve ser formada a
personalidade para que ela corresponda as exigências socialmente condicionadas pela sociedade.
A tarefa da psicologia consiste em estudar o nível inicial de formação das qualidades pessoais em
determinadas colectividades (estudantis, profissionais, familiares, etc.), em esclarecer os resultados
do trabalho de educação, isto é, o que foi realmente formado e o que continua a ser uma tarefa por
resolver, que transformações reais da personalidade foram produtivas e são socialmente valiosas, e
Elaborado: Tenente Coronel Aquilino M. Cumaio (MA)
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A atitude pedagógica e psicológica para com a formação da personalidade não são idênticas mas
forma uma unidade indissolúvel.
1. Temperamento
2. Carácter
3. Capacidades
1. Temperamento
As manifestações dinâmicas do homem podem depender em grande parte, como é óbvio, das
orientações e hábitos educativos, das exigências da situação, etc. é evidente que as diferenças
individuais de que se trata possuem também base inata.
Tipos de temperamento
Uma pessoa com uma actividade psíquica notável que reage rapidamente aos acontecimentos em
sua volta, que procura alterar rapidamente as situações, que se emociona relativamente pouco com
os fracassos e desgostos, é viva, ágil e expressiva, chama-se sanguíneo.
Um homem muito energético, capaz de se empenhar na sua causa com uma paixão especial, rápido
e impetuoso, predisposto a eclosões emocionais tempestuosas, mudanças bruscas do estado de
espírito e a movimentos impetuosos chama-se colérico.
Um homem impressionável, com emoções profundas, vulnerável, mas que reage debilmente aos
acontecimentos em seu torno, com movimentos comedidos e fala baixa é chamado melancólico.
É evidente, que nem todas as pessoas se inserem num destes quatro tipos. Porém, os tipos que
acabamos de mencionar podem ser considerados básicos.
2. Carácter
A individualidade do homem caracteriza-se não só por aquilo que ele faz mas também pela maneira
como o faz.
Os homens actuam em prol dos interesses comuns e das convicções compartilhadas por todos e
aspiram na vida a objectivos comuns. Mas a sua conduta social, nas suas acções e feitos podem
revelar-se certas particularidades individuais diferentes e, às vezes contrárias.
O carácter depende das relações sociais que determinam a orientação da personalidade humana.
De acordo com o desenvolvimento das relações inter pessoais dentro deste grupo, um individuo
pode adquirir em alguns casos qualidades como a fraqueza, a rectidão, a coragem, a fidelidade, a
firmeza de carácter, etc. enquanto que num outro caso, a dissimulação, a falsidade, a covardia, o
conformismo e o carácter fraco.
Uma vez conhecido o carácter da personalidade, pode – se prever como ela se irá comportar em
diversas circunstancias e, por conseguinte, orientar a sua conduta.
Tipo extrovertido caracteriza-se pela excitação emocional, pelo desejo veemente de manter
contactos e de actuar mesmo nos casos em que esta actividade não é necessária e valiosa,
loquacidade, inconstância nas paixões, as vezes, ares de gabarolas, tendência para a superficialidade
e conformismo.
A formação do carácter que se realiza na colectividade cria condições favoráveis para desenvolver
nos coléricos uma atitude mas comedida e autocrítica, nos sanguíneos, a assiduidade e nos
fleumáticos, a actividade.
3. Capacidades – Aptidões
As aptidões constituem uma possibilidade, enquanto que em determinado nível de habilidade num
certo oficio constituem uma realidade.
As aptidões revelam-se não só nos conhecimentos, hábitos e habilidades como tais, mas no
dinamismo da sua aquisição, isto é, na capacidade de dominar, desde que as demais condições
sejam iguais, duma forma profunda, fácil e sólidos os conhecimentos e as habilidades
essencialmente importantes para actividade dada.
Se uma outra pessoa, encontrando-se nas mesmas condições, não corresponde as exigências desta
actividade, pode-se supor que ela não possui as respectivas qualidades psicológicas ou, por outra
palavras, aptidões.
As aptidões, como particularidades psicológicas individuais, não podem ser contrapostas as outras
qualidades e propriedades da personalidade – qualidades do intelecto, particularidades da memória,
traços do carácter, propriedades emocionais, etc. mas devem ser colocados em pé de igualdade com
eles.
A estrutura do conjunto das qualidades psíquicas que representam uma aptidão, é determinada,
pelas exigências da actividade concreta que é diferente para diversos tipos de actividade.
TEMA: 16 ATITUDES
Atitude tendência ou predisposição adquirida e relativamente estável para agir, pensar ou sentir de
uma determinada forma (positiva ou negativa) face a um objecto, pessoa, grupo social instituição
conceito ou valor.
Atitude tendência psicológica que se expressa mediante avaliação de uma entidade (objecto)
concreto com certo grau de favorabilidade ou desfavorabilidade.
Estimulo que
denota o objecto
Atitude
Resposta Respostas
Resposta Afectiva
Cognitiva Comportamentais
Nossas atitudes são aprendidas. As pessoas não vêm ao mundo com elas. Ao mesmo tempo que elas
são relativamente persistentes – permanecem connosco por longo período.
Para sobrevivermos, precisamos de bons critérios que nos permitam identificar em quem podemos
confiar e quem devemos temer.
s preconceitos estão relacionados com as atitudes. Um preconceito é uma atitude que transmite
sentimentos negativos (ou positivos) sobre uma pessoa ou grupo de pessoas, com base em
estereótipo. Frequentemente os preconceitos estão ligados a descriminação. Conduta tendenciosa
contra (ou a favor) de uma pessoa ou grupo, pelo facto de participar do grupo, e não por méritos
individuais.
O componente crença de uma atitude é apenas uma das inúmeras influências sobre o que as pessoas
fazem. Portanto, não se deveria esperar que as crenças por si mesmas predigam o comportamento.
Deve-se levar em conta as experiências passadas, as percepções das normas, as cognições, os
contextos e os objectivos.
Formação de atitudes
Mesmo que as consequências de uma questão não sejam importantes, a aprovação ou desaprovação
de pessoas totalmente estranhas pode influenciar as atitudes de uma pessoa.
Quando uma determinada atitude é associada repetidamente a certa emoção, as pessoas tendem a
unir as duas virtudes do condicionamento clássico ou respondente.
Deparamo-nos com o princípio da exposição quando sobre a atracão e o gostar de outros mostram
que, quando mais contacto as pessoas têm com algum objecto ou pessoa, mais afeição elas sentem
pelo objecto ou pessoa.
“O militar deve, em todas as situações, pautar o seu procedimento pelos princípios éticos e pelos
ditames da virtude da honra”. Estatuto dos militares das Forças Armadas.
Os padrões éticos numa organização são aceites porque são considerados legítimos e praticáveis e
são, consequentemente, interiorizados como tendo autoridade útil sobre o comportamento ou
porque são reforçados pela ameaça ou uso de punições e de outras sanções externas. Qualquer
violação destes padrões constitui comportamento antiético.
Aos líderes militares compete manter os padrões éticos da sua profissão através, não só da sua
própria conduta, mas também da conduta daqueles que eles lideram. Uma regra universal da
fraternidade militar diz-nos que os soldados seguem o comportamento e os padrões dos seus
comandantes. Torna-se assim, indispensável que os lideres militares exerçam a sua acção segundo
padrões éticos perfeitamente definidos.
O ponto de partida da ética da profissão militar é o seu imperativo funcional, isto é, a prestação de
serviço ao Estado com risco da própria vida.
O nosso Estatuto das Forças armadas prescreve que “o militar deve completa e prontamente as leis
e regulamentos militares e as determinações que de uma e outras derivam, bem como as ordens e
instruções dimanadas de superior hierárquico, dadas em assuntos de serviço desde que o seu
cumprimento não implique a prática de crime”.
A agressão é um comportamento que geralmente acompanha a raiva. Definimos raiva como uma
emoção caracterizada por fortes sentimentos de contrariedade, os quais são accionados por ofensas
reais ou imaginarias.
Definimos agressão como qualquer acto praticado com o fim de ferir ou prejudicar uma vitima
involuntária (zillmann, 1979)
Agressão redireccionada
6. descontar a raiva em outras pessoas que não o ofensor, isto é, agressão (física, verbal, ou
outra) dirigida a um individuo não relacionado com a instigação.
7. descontar a raiva em ou atacar um objecto inanimado não relacionado com a instigação. (6 e
7 agressão redireccionada)
A frustração surge quando um obstáculo impede as pessoas de fazer algo que desejam, de atingir
um objectivo ou satisfazer uma necessidade, um desejo ou uma expectativa.
A frustração costuma gerar raiva, que frequentemente é seguida de agressão. Dentre as situações
comuns de frustração estão as seguintes: violação de expectativas ou desejos pessoais,
comportamento socialmente inaceitável, negligencia ou indiferença, falta de visão e prejuízo da
auto-estima ou orgulho pessoal (Averrill, 1982,1983).
Nem sempre a raiva e a agressão estão relacionadas. As pessoas podem sentir raiva mas lidar com
ela de forma não agressiva, como podem também ser agressivas em decorrência de incentivos
(eventos que incitam a acção). A obediência pode ser um incentivo a agressão.
Durante a guerra, os soldados matam para obedecer ordens, pelo menos em parte. As pressões
sociais, outro incentivo, podem estimular actos hostis na vida. Dinheiro é outro incentivo.
Sobre as influência biológicas na agressão, Sgmund Freud (1909-1957) acreditava que os seres
humanos tem instintos agressivo. Segundo ele as “pessoas não são criaturas gentis e amistosas que
desejam ser amadas e que simplesmente se defende quando são atacadas. Se os indivíduos não
encontram um escape, os instintos agressivos acumulam-se e finalmente explodem, rompendo em
violência.
Influências ambientais sobre a agressividade: uma vez que os seres humanos são soberbos
aprendizes, as experiências influenciam quase todo o comportamento humano.
Em algumas culturas, a agressão é bem aceite. Pessoas que aceitam agressão provavelmente a
ensinam a seus filhos. Alguns pais dão instruções explícitas de como brigar para que seus filhos e
filhas possam defender-se. Sair vitorioso de uma briga pode significar aprovação ou elogio. Mas
provavelmente a maior parte da aprendizagem é indirecta e inconsciente. Quanto mais condições
favoráveis à agressão na vida da criança, tanto mais provável será a agressão.
Condições sociais: certas condições sociais aumentam a probabilidade de agressão; dentre elas, o
anonimato, a disponibilidade de armas e pobreza.
A sobrecarga sensorial e cognitiva resulta em um clima impessoal. Pelo facto de as pessoas urbanas
filtrarem seus relacionamentos, a grande maioria delas – mesmo em áreas geográficas pequenas não
se conhecem. O resultado é que durante a maior parte do tempo os indivíduos sentem-se anónimos,
carentes de identidade pessoal, tornando se destrutivos, uma vez que ficam menos propensos a se
pautar por padrões morais e sociais e mais propensos a ser influenciados pela situação e por
emoções e motivos imediatos.
A disponibilidade de armas: o facto de possuir uma arma é visto como forma conveniente de
resolver um problema. Muito além da conveniência, as armas parecem estimular a agressão.
Pobreza: a pobreza e competição andam lado a lado. Por definição, a pobreza significa recursos e
oportunidades limitadas. A escassez aumenta a necessidade de um estilo agressivo. Se você não
agarrar o que puder, outra pessoa o fará. A competição gera hostilidade. A competição entre
crianças, por exemplo, logo engendra muita raiva e agressividade.
As condições de alta densidade associadas com a pobreza tendem a ser irritantes: desconforto
físico, competição, movimentos restringidos, odores incómodos, calor e congéneres.
Altruísmo é uma consideração desinteressada pelo bem-estar dos outros. É um dos exemplos mais
fortes de inteiração social “positiva”.
Uma americana foi esfaqueada e estupradas em frente do seu prédio, enquanto gritava por ajuda os
vizinhos abriram as janelas mas nada fizeram.
1. Notar o incidente
2. Interpreta-lo como emergência
3. Assumir a responsabilidade por ajudar.
Em qualquer destas etapas, a presença de outros pode interferir com a decisão de ajudar.
Uma pessoa caída na rua que seja ignorada por todos transeuntes provavelmente vai despertar em
nós a ideia de que esteja simplesmente bêbada.
No caso da americana, as pessoas notaram o incidente, entenderam como emergência mas nem
assim assumiram a responsabilidade.
As expectativas sociais também influenciam a ajuda através da norma de reciprocidade. Ela diz que
devemos retribuir a ajuda, ao invés de agredir a quem nos agride.
Com relação a quem não pode retribuir ao que lhe damos, aprendemos a norma da
responsabilidade. Ela afirma que devemos ajudar a quem precisa mesmo que os custos superam os
benefícios.
“Se se quiser fazer grandes coisas, é indispensável colocar-se no meio dos homens e não acima
deles”. Mosquiteu
“Quando mais mecânicas se tornam as armas com as quais combatemos, menos mecânico deve ser
o espirito que as controla” J.F.C. Fuller
TRAÇOS DA LIDERANÇA
Os estudos realizados sobre a personalidade dos grupos de líderes de sucesso tem permitido
identificarem um certo número de traços ou características comuns aa maioria daqueles líderes.
A apresentação (aparência) de um líder é uma designação global que em si integra o seu aspecto,
porte, comportamento e conduta. O aspecto, incluindo as condições do seu uniforme e
equipamento, deve ser exemplar; o porte deve ser aprumado; o comportamento e conduta devem
reflectir vivacidade, energia competência e segurança.
A dignidade é também um elemento essencial da apresentação do líder que não deve ser descuidado
e que exige, em permanência, o controlo das suas próprias acções e emoções para não perder
respeito dos seus homens.
A coragem é uma qualidade mental que reconhece o medo ao perigo ou ao criticismo, mas que
permite a uma pessoa proceder, face a eles, com calma e firmeza. A coragem existe tanto no sentido
moral como no físico. A coragem moral significa compreender e bater-se por aquilo que é justo,
verdadeiro ou correcto, perante o desfavor popular.
Um líder moralmente corajoso admitirá os seus próprios erros, mas reforçará a sua própria decisão
quando se encontrar seguro das razoes das opções que tenha selecionado.
Contudo, o líder deve ser ponderado no seu processo de pensar e ter o cuidado de não exagerar face
a adversidade.
A confiança (segurança) a certeza da execução correcta do dever, é uma qualidade que o líder
deve desenvolver. A um líder confiante pode atribuir qualquer missão ou tarefa para cuja execução
exige muito empenhamento esclarecido e, por isso, determinado.
A capacidade de resistência o vigor mental e físico, avaliada pela aptidão para resistir a dor, a
fadiga, stress e a privação, surge estritamente ligada a coragem. O líder que merecer o respeito dos
Elaborado: Tenente Coronel Aquilino M. Cumaio (MA)
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subordinados não pode deixar de atender esta importante qualidade de liderança. Uma quebra de
resistência pode comprometer a sua imagem tanto junto dos subordinados como dos seus
superiores.
A iniciativa, ou o desencadear a accao na ausência de ordens ee, muitas vezes, exigida ao líder. Os
subordinados respeitam e confiam no líder que enfrenta novas e inesperadas situações numa atitude
de acções pronta.
Ligado a iniciativa surge a capacidade de improviso, isto é, a capacidade de enfrentar uma situação
na ausência de recursos ou métodos normais. Nas condições de combate o inesperado acontece com
frequência.
O líder militar confere recompensas e aplica punições de acordo com os méritos dos casos em
questão. A imparcialidade ee indispensável em todas situações que requerem julgamento. Os juízos
de qualquer tipo são inadmissíveis. Cada decisão tomada pelo líder é um teste para o seu espirito
de justiça que é observado por subordinados e, também, por superiores. Um simples erro pode
destruir uma reputação de justiça que levou anos a estabelecer. O líder que recorre apenas a
punições destrói rapidamente o moral da unidade.
O líder deve desenvolver um programa de formação própria de moda a manter actualizada a sua
competência com a evolução, técnica e táctica, da sua arma/serviço e das suas especializações.
O bom líder não permite que a sua opinião pessoal interfira com a execução da missão atribuída,
nem dá a impressão de desacordo com as ordens recebidas quando as transmite aos seus
subordinados.
Elaborado: Tenente Coronel Aquilino M. Cumaio (MA)
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O tacto é a aptidão para tratar os outros de maneira respeitosa. O líder que manifesta tacto no
tratamento com superiores e subordinados encoraja nestes o tratamento cortês para consigo.
Sob condições de tensão, o tacto torna-se mais difícil de aplicar. Usualmente, uma aproximação
calma, cortes e firme ee susceptivel de prevenir contra reações negativas ou desfavoráveis.
A generosidade o líder generoso (abnegado e com espirito de sacrifício) ee aquele que evita
providenciar pelo seu próprio conforto e beneficio pessoal em prejuízo dos outros.
“O profissional de carreira das armas deve ter o zelo destas duas dignidades: a profissão e a da
pessoa”. Capitão Capelao Luis Cupertino
“Exerce com vigor tudo aquilo que é correcto e detém com firmeza tudo aquilo que é errado.
Jamais mudes a tua determinação em função da dificuldade ou da facilidade”, Mestre Zhenjing
Temos assim três elementos fundamentais numa tomada de decisão: a selecção, a consciência e a
orientação dirigida a uma meta ou objectivo definido.
A maioria das tomadas de decisão tornam-se fáceis para os líderes porque correspondem a
operações de rotina e são designadas administrativas ou programadas, dado que seguem um plano
ou programa estabelecido. Outras tomadas de decisão são difíceis, exigindo investigação e
considerável ponderação da parte do líder e são designadas não programadas.
Em caso de existir uma M/A o líder obviamente não terá necessidade de decidir. Contudo, isto não
significa que “não fazer nada” não constitua em si uma M/A. Ao contrario, esperar e acompanhar
atentamente o desenvolvimento de uma situação ou aguardar mais informações será, muitas vezes,
uma inteligência M/A.
A tomada de decisão tem que ser um processo consciente, a fim de evitar que não sejam tomados
em conta factores importantes susceptiveis de afectarem a decisão. Além disso, as decisões devem
ser orientadas no sentido do cumprimento de uma meta ou objectivo credíveis. Se assim não for,
poderá acontecer que os recursos disponíveis venham a ser consumidos na execução de decisões
que não contribuam para o cumprimento das missões da unidade.
Na fase de preparação, uma vez identificado o problema (esta identificação nem sempre é fácil),
passa-se a pesquisa e a recolha de dados necessário a resolução do problema, considerando todos os
factores influentes. Deverá, aqui, o líder selecionar apenas os dados informativos aplicáveis ao
problema especifico e ter em atenção que as atitudes pessoais são susceptiveis de alterar as
informações produzidas.
A fase de decisão inclui o desenvolvimento das M/A, a sua analise e a selecção daqueles que
melhor resolva o problema, o desenvolvimento das M/A exige uma analise das informações
disponíveis afim de determinar se todas elas são exequíveis. Uma vez desenvolvidas as M/A, passa-
se a apreciação de cada uma delas a fim de determinar as suas potencialidades e vulnerabilidade por
forma a permitir fazer uma melhor avaliação.
Em fim, a aplicação do processo de decisão não pode isolar “mecanicamente” uma área de
preocupações do conjunto da situação sem atender as outras acções em via de execução. Cada uma
das decisões tem de ser tomada a luz da situação global vivida na unidade.
Depois da decisão tomada, compete aos subordinados apoia-la com empenhamento total.
O exemplo clássico do comandante que em situações de combate tem que decidir sem consultar,
representa um caso extremo das decisões não programadas. Contudo. Quando o factor tempo não ee
importante, e a qualidade e a aceitação das decisões não constituem critérios critico, o mesmo
comandante pode recorrer, e como regra procederá, a participação de subordinados para o assistir
no processo de tomada de decisão
Questões de reflexão
Enquanto processo de socialização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social,
seja para a adequação do individuo à sociedade, do individuo ao grupo ou dos grupos à sociedade.
Neste sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e endoculturação, mas não se
resume a estes. A prática educativa formal que ocorre nos espaços escolarizados, de forma
intencional e com objectivos determinados, como no caso das escolas. No caso especifico da
educação formal exercida na escola, pode ser definida como Educação Escolar.
No que se refere a educação exercida para a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos
instrumentos e ferramentas de uma determinada comunidade, dá-se o nome de Educação
Tecnológica.
A aprendizagem ocorre sempre em qualquer lado. Tudo é aprendizagem, o que varia é o modelo
pelo qual essa aprendizagem decorre. Os modelos presentes no dia-a-dia são:
Educação Formal – a que ocorre nas instituições oficiais sob tutela do Ministério de Educação.
Compreende o sistema educativo institucionalizado, cronologicamente graduado e
hierarquicamente estruturado. Depende de uma diretriz educacional centralizada como currículo. É
aquela que se obtêm nas escolas oficiais (publicas ou particulares), cujos cursos são reconhecidos
pelo MEC e comprovados através de certificados e diplomas.
Educação Informal – a que ocorre fora das instituições vocacionadas para o efeito. É o oposto da
educação formal uma vez que aqui se realiza fora das escolas, com professores particulares e aulas
individuais, ou mesmo pela experiência da vida e a forma como ela é veiculada, ocorre
simplesmente a partir de conversas que não obedecem nenhum plano estrutural, não há previsão do
que vai acontecer, Exemplo: comentários entre grupos sociais na escola, emprego, etc., faz parte do
nosso «modus vivendo « sem ela a vida não teria sentido. Educação informal é um processo
diluído, circunstancial que se desenrola no decurso de encontros, leituras e acontecimentos.
Recebida no decurso do quotidiano através Mídias, leituras, contactos com grupos sociais,
actividades de tempos livros.
Educação Não Formal – a que se realiza directamente nas instituições não do ministério da
educação. Este modelo abrange técnicas que operam na realidade educacional sem obedecer
diretrizes tituladas pelo MEC. Temos exemplo o educador social. Toda a actividade educacional
organizada, sistematizada, executada fora do quadro do sistema formal para oferecer tipo
seleccionado de ensino a determinados grupos da população. Com objectivos explícitos de
formação ou instrução, que não estão directamente dirigido à provisão de graus próprios do sistema
educativo regular.