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Introdução
A actividade mental do cérebro que todos os seres humanos realizam é chamada de
cognição. Cognição consiste no conhecimento humano e animal sob diferentes formas:
percepção, aprendizagem, memória, consciência, atenção e inteligência. Segundo Marc
Richelle, cognição é o conjunto de mecanismos pelos quais um organismo adquire
informação, a trata, a conserva, a explora; designa também o produto mental destes
mecanismos, quer seja encarado de um modo generalizado quer a propósito de um caso
particular. Portanto, no presente trabalho ira-se desenvolver os processos cognitivos.
1.1 Objectivo geral:
Compreender os processos cognitivos.
1.2 Objectivos específicos:
Definir os conceitos de sensação, percepção, memória, atenção e pensamento;
Descrever os mecanismos que desencadeiam os processos cognitivos;
Estabelecer a diferença e relação entre os processos cognitivos.
1.3 Metodologia
O seguinte trabalho foi realizado através da consulta de vários documentos, cujas
referências encontram-se citadas na página das referências bibliográficas.
Os mecanismos que desencadeiam os processos cognitivos
Cognição
A cognição é a habilidade que temos para assimilar e processar os dados que nos chegam de
diferentes vias (percepção, experiência, crenças...) para convertê-los em conhecimento. A
cognição engloba diferentes processos cognitivos como a aprendizagem, a atenção, a memória,
a linguagem, o raciocínio, a tomada de decisões, etc... que formam parte do desenvolvimento
intelectual e da experiência.
Processos cognitivos
Podemos entender os processos cognitivos como os procedimentos que utilizamos para
incorporar os novos conhecimentos e tomar decisões em função disso. Estes processos
intervêm em várias funções cognitivas: a percepção, a atenção, a memória, o raciocínio... Todas
estas funções cognitivas trabalham conjuntamente para integrar o conhecimento e criar uma
interpretação do mundo que nos rodeia.
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interocepção (que é a percepção de como estão os órgãos do nosso corpo, e é o que nos
permite saber quando temos sede ou fome). Uma vez recebidos, o nosso cérebro
integra toda esta informação, criando um novo conhecimento.
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b) A impressão provocada pelo excitante nas terminais, a condução pelos nervos sensitivos
aos centros nervosos cerebrais e a recepção da impressão no cérebro;
c) A sensação que se produz no término de todo este processo, constitui fenómeno psíquico.
As sensações podem classificar-se em:
i. Externas
São aquelas que reflectem as propriedades e fenómenos que se encontram no mundo exterior
(visuais, auditivas, olfactivas…) em que temos um estimulo em que o receptor é um órgão do
sentido;
ii. Internas
Reflectem os movimentos de partes isoladas do nosso corpo e o estado dos órgãos internos.
Subdividem-se em:
Motoras (receptores nos músculos e tendões)
Equilíbrio (receptores no ouvido interno e avisam-nos sobre a posição do corpo)
Proprioceptivas (receptores na face interna das vísceras, como estômago, intestinos,
pulmões…)
Percepção
É o reflexo na consciência do homem dos objectos e dos fenómenos em conjunto que actuam
sobre os órgãos dos sentidos. A percepção está ligada à sensação, pensamento, análise síntese e
comparação. Este processo tem o carácter material consciente, íntegro e activo.
A percepção pode ser condicionada e ou influenciada por vários aspectos, como por exemplo:
Influências pessoais, sociais e situacionais:
O estado do ânimo, o estado emocional;
A motivação;
A experiencia da vida e a memória. Se uma pessoa passou por um certo trauma de um
determinado órgão sensorial por exemplo, se for colocado sob mesmo estímulo desse receptor
sensorial com uma pessoa sã podem ter percepções diferentes.
Memoria
É a capacidade que a mente tem de conservar, reproduzir, reconhecer, localizar e evocar estados
de consciência já experimentados, ou seja, faculdade mental de conservar e readquirir imagens
ou ideias vividas.
Tipos de memória:
Memória de curto prazo
Como o nome sugere, é aquela que tem curta duração de armazenamento. Esta capacidade
embora seja limitada, ela não é fixa, ou seja, com a aplicação de certas estratégias, pode se
ultrapassar limites e fazer um certo facto ou conceito sair da memória de curto prazo para a
de longo prazo.
Memória de longo prazo
Tem duração de dias, meses e anos.
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Esta divide-se em 3:
a. Memória episódica
É a recordação de acontecimentos pessoalmente vividos e enquadrados nas suas
experiencias. Normalmente é a ultima a desenvolver-se na infância e a primeira a deteriorar-
se na velhice.
b. Memoria semântica
É como uma enciclopédia mental do conhecimento organizado que a pessoa tem sobre palavras,
a língua, os factos gerais, a sabedoria. Esta tende a aumentar até cerca dos 40 anos, estabilizar até
os 60 e diminuir a partir de então.
c. Memória procedimental
Constitui as capacidades perceptivas e motoras que no decurso do tempo e com pratica se
transformam em rotinas e hábitos. Esta se mantem intacta a medida que a pessoa envelhece.
Processos da Memória
Aquisição: consiste no contacto com a informação.
Fixação: para a fixação exige além da adequada aquisição, a repetição.
Evocação ou reprodução: consiste na lembrança do material fixado. É a reaparição na
consciência de um fenómeno passado. As informações armazenadas tentam a ser
evocadas junto das informações falsas.
Reconhecimento: identificação e uso de informações correctas, e as que vierem unidas
são rejeitadas. Consiste em referir ao passado as nossas lembranças, enquadrando-as num
Contexto de factos da nossa experiência pessoal.
Localização: consiste em situar as recordações no trama da nossa história interior, em
Dispô-los umas aos outros, de forma a marcar-lhes o local próprio no tempo e no espaço, para
estabelecer a sua cronologia íntima e pessoal.
A fixação e a evocação serão tanto maiores quanto maior for o significado do material.
Diferentes partes da matéria devem ser relacionadas, matérias diferentes devem ser articuladas.
- A memória é condição do progresso intelectual: não haveria evolução dos nossos
conhecimentos se à medida que os adquiríssemos, os perdêssemos;
- A linguagem seria impossível sem a memória, porque para falar é necessário reter as palavras e
o seu sentido;
- Permite aperfeiçoar os nossos actos;
- A personalidade não existiria sem memória, pois é ela que conserva o nosso passado
e permite incorporar no “eu” o que se vai leccionando, para organização da personalidade.
Pensamento
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Conceito
É uma ideia, definição que se tem sobre um objecto, ser ou evento.
Juízo
Faculdade intelectual que compara, julga e afirma conveniência ou não relação entre dois ou
mais conceitos;
Raciocínio
Refere-se a operação intelectual discursiva, pela qual, da afirmação de dois ou mais conceitos,
passamos a afirmar ou não, outra virtude de conexão necessárias, ou seja, é o encadeamento de
juízos e argumentos.
Linguagem
É o processo de comunicação dos homens entre si através da língua. Ela é uma actividade do
pensamento. Estes dois processos têm como elemento comum a palavra e o gesto.
A externa serve de meio para comunicar, os pensamentos a outras pessoas de forma oral e
escrita.
Atenção
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Relações e diferenças entre os processos cognitivos
Percepção como actividade cognitiva depende de outros factores, tas com linguagem,
memória, processamento de informação, atenção
Percepção e a Memória
A percepção e a Memória são relacionados através dos órgãos dos sentidos, que nos permite
recebemos informações sobre o mundo exterior os objectos e os fenómenos.
Linguagem e Percepção
Atenção é percepção
Ex.: Os conteúdos complexos podem dificultar a percepção dos alunos dado que seria
necessário uma capacidade se apreensão maior de todos os elementos constituintes do
objecto.
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A linguagem e memória estão presentes no pensamento facilitando este processo(pensar) .
Em suma todos os processos cognitivos estão relacionados através dos órgãos de sentidos.
Para perceber uma imagem ou objecto tenho de prestar atenção, puxar a memória, pensar, e
por fim mim expressar.
Os processos cognitivos são diferenciado por não actuarem da mesma forma, sendo que cada
um depende do outro para fazer se sentir ao mundo exterior.
Linguagem pode ser um conjunto de sinais usados pelos seres humanos para se
comunicar(falar).
Com base nessas definições os processos cognitivos mostram nos as suas diferenciações no
campo de actuação (individuo). Porem cada um diz respeito a sua cognição no mesmo
individuo.
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Referências bibliográficas
BRUNNER, Richard; ZELTNER. Dicionário de Psicopedagogia e psicologia
educacional.
Chicote, Luísa Lopes, Abacar, Mussa e Huó, Sérgio S. Psicologia Geral.
Módulos para cursos de bacharelato semi-presencial. Nampula, 2007
Petopólis: Editora vozes,1994.
LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Editora Progresso,
1978.
ALÍPIO, Jaime da Costa. VALE, Manuel Magirição. Universidade Pedagógica,
Rua comandante Augusto Cardoso nº 135
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