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Paula Noronha e

Marcos Noronha
Guia completo para avaliação
da coluna lombar
8 passos para avaliação completa da coluna lombar

Paula Noronha e
Marcos Noronha
Guia completo para
avaliação da coluna
lombar
Paula Noronha e
Marcos Noronha
SUMÁRIO

Introdução --------------------------------- 5
Técnica de avaliação global em pé ------------- 7
Teste de mobilidade global da coluna lombar ---- 10
Teste de dorsiflexão dos tornozelos ------------- 12
Teste de tração dos pés --------------------- 13
Palpação do pulso da artéria tibial posterior ----- 14
Teste da elasticidade da pele ----------------- 15
Teste de mobilidade específico da coluna lombar 16
Lift visceral -------------------------------- 17
Conclusão --------------------------------- 18
GUIA COMPLETO PARA AVALIAÇÃO
DA COLUNA LOMBAR

Não existe tratamento eficiente sem um bom


processo de avaliação. Isso mesmo, um processo.

Não existe fórmula mágica ou conversa única, ou


uma técnica infalível que te dará todas as informações
que você precisa para realizar o tratamento do paciente.

Será um processo de coleta de dados, mas não


apenas dados informados ativamente durante a
anamnese.

O segredo está em ouvir a mensagem que o corpo


quer e precisa transmitir.

Primeiramente, vamos refazer o raciocínio: O lugar


da dor normalmente, quase sempre, exceto em traumas
diretos, não é a causa do problema.

Dor remete às regiões de hipermobilidade


reacional, ou seja, SINTOMAS. Devemos buscar a causa
da disfunção, isto é, a região de hipomobilidade.

Depois, é preciso considerar o conceito de


hierarquia: o corpo irá proteger estruturas vitais.
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Quais seriam essas estruturas? Vísceras, nervos e
principalmente os vasos.

A própria osteopatia fala sobre isso e tem a lei da


artéria que diz: Um tecido só pode funcionar bem se
estiver vascularizado.

O corpo irá proteger a alta hierarquia às custas do


sistema musculoesquelético, de alterações posturais e
de dores à distância.

Feita essa introdução, vamos para parte prática.

Siga o passo a passo e pratique, confie na sensação


das suas mãos e tenha em mente que: “uma técnica não
tão bem executada no local correto (hipomobilidade),
tem muito mais efeito que uma técnica excepcional
realizada no local errado (hipermobilidade reacional).”

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1-TÉCNICA DE AVALIAÇÃO GLOBAL EM PÉ.

Apesar de poder ser utilizada por qualquer


profissional de saúde em suas terapêuticas, quem
desenvolveu essa avaliação e a elevou em altíssimo nível
como método de diagnóstico foi Jean-Pierre Barral, DO,
francês, criador da Manipulação Visceral.

JP Barral diz que “o corpo abraça a lesão”, e o


corpo faz isso para proteger a vascularização e diminuir
a tensão no tecido.

Onde há diminuição de vascularização, há estase


circulatória, há maior densidade dos tecidos e nossa
mão é atraída para essa região.

Segundo Rollin Becker, DO, “somente os tecidos


sabem”, mas os pacientes sempre irão induzir o
terapeuta a tratar o local da sua dor, e já sabemos que
onde dói não é causa, mas consequência do problema.

Por isso, a técnica de ausculta, ao mostrar a maior


hipomobilidade do corpo naquele momento, permite ao
terapeuta encontrar a região de maior densidade, maior
tensão e maior prioridade para ser tratada.

Como fazer? Paciente de pé, descalço, sem relógio


e relaxado.

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Terapeuta de pé, atrás do paciente, caso seja mais
baixo que o paciente, use um banquinho.

Terapeuta usa sua mão


dominante com região tenar
e hipotenar na parte mais
alta da cabeça (vértex) do
paciente.

Faça uma pequena


compressão para despertar o
sistema proprioceptivo e
apenas sinta para onde o
corpo se desloca.

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O que devo perceber?

O corpo vai para frente ou para trás?

Para a direita ou para esquerda?

O movimento é longo ou curto?

Quanto mais curto, mais próximo do crânio e


extremidade superior.

Quanto mais longo, mais se refere ao abdômen e


aos membros inferiores. “Sinta primeiro e pense depois”-
JP Barral.
A primeira sensação da sua mão geralmente é a
correta.

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2-TESTE DE MOBILIDADE GLOBAL DA COLUNA LOMBAR.

Paciente de pé, terapeuta de pé atrás do


paciente.

Solicitar movimentos de flexão/ extensão,


lateroflexão direita/esquerda e rotação
direita/esquerda.
Importante perceber em qual amplitude os
tecidos do corpo não permitem deslizamento e
movimento completo.

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Peça flexão da coluna e
busque zonas de perda de
continuidade, elas também
revelam regiões de
hipomobilidade.

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3- TESTE DE DORSIFLEXÃO DOS TORNOZELOS.

Paciente em decúbito
dorsal, o terapeuta realiza uma
flexão plantar bilateralmente e
libera gradativamente a tensão
do movimento.

Temos que observar o


retorno do movimento, qual
tornozelo realiza a dorsiflexão
mais rapidamente.

O lado que voltar mais rápido provavelmente


será o lado de maior tensão no corpo.

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4- TESTE DE TRAÇÃO DOS PÉS.

Paciente em decúbito
dorsal, terapeuta do seu lado
dominante, vai tracionar
bilateralmente os pés do
paciente e observar qual perna
volta mais rapidamente.

Também teremos
informação de qual lado
teremos maior tensão, direito
ou esquerdo.

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5- PALPAÇÃO DO PULSO DA ARTÉRIA TIBIAL
POSTERIOR.

Paciente em decúbito
dorsal, terapeuta se coloca aos
pés do paciente e palpa o pulso
da artéria na região posterior do
maléolo medial.

Uma diminuição do
pulso comparado ao outro
lado também informa sobre
tensões neste lado.

Todas as artérias são rodeadas por plexos do


sistema nervoso autônomo, caso um órgão e/ou um
vaso não esteja funcionando bem, teremos a
diminuição do pulso em relação ao outro lado.
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6 - TESTE DA ELASTICIDADE DA PELE

Paciente em decúbito ventral, terapeuta de pé,


do seu lado dominante.

Vai deslizar os polegares ao lado


dos processos espinhosos das
vértebras lombares em busca de
áreas em que a pele apresente
disfunções.

Pode ser um aspecto de casca de


laranja, uma dificuldade em se
despregar, uma alteração na
coloração.

A pele altera profundamente as


vértebras lombares, pois há uma
conexão deste tecido com o nervo
sinus vertebral de Luschka .

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7- TESTE DE MOBILIDADE ESPECÍFICO DA COLUNA
LOMBAR.

Paciente em decúbito
ventral, terapeuta de pé, do
seu lado dominante, mão com
toma em bico de pato e realiza
uma compressão de L1 até L5.

Aprecie a qualidade do movimento: duro, elástico,


aceita a compressão?

Compare as sensações
entre as vértebras. Você irá
perceber que a região de L4-L5
e L5-S1 tem muito mais
mobilidade que os outros
níveis.

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8- LIFT VISCERAL.

Após encontrar a região


de maior tensão no corpo e
ainda restar dúvidas, faça um
lift visceral (um levantamento
do órgão).

No caso da lombar: podemos testar ceco,


sigmóide, útero ou alguma cicatriz.

Quando você “levanta” a


víscera, a tensão em torno do
órgão diminui e
temporariamente as
informações nervosas se
equilibram.

Assim, teremos uma mudança na amplitude


de movimento e da dor do paciente.
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Este é o passo a passo da avaliação avançada da
coluna lombar, use esse e-book sem moderação!

Imprima e leve para o consultório, para ir se


familiarizando com o novo conteúdo, mas não deixe-o
na gaveta.

A prática e a repetição é que trarão clareza para o


raciocínio e para as mãos.

Grande abraço,
Marcos e Paula.

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