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(módulo I)

Marcos Antonio Pereira Brito


MESTRE em Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do Paraíba
(UNIVAP). Graduado em Fisioterapia pelo UNISALESIANO de Lins (1997).
Formação em Osteopatia – Instituto Fisio - 2015.
Formação em Vários Cursos de Terapias Manuais.
Atua, desde 2002, como docente em cursos de Graduação e Pós-graduação.
Atividades atuais: Centro Universitário de Adamantina - UNIFAI: - Docente e
Coordenador do Curso de Graduação em Fisioterapia. Centro Universitário
Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba – UNISALESIANO: - Docente do
Curso de Graduação em Fisioterapia.
Introdução

Introdução ao Sistema Visceral


Diagnóstico das Disfunções
Viscerais
Abordagem Visceral

• Mobilidade
Adesão/fixação/visceroespasmo/
ptose visceral
• Motilidade
Introdução
Patologias
Quando a estrutura desses tecidos é
modificada, um foco de tensão
mecânica é criada.

Cicatrízes
Na densidade tecidual;
Na maleabilidade tecidual;
Da mobilidade e/ou motilidade;

Atração por forças centrípetas ao foco de tensão

Na linguagem Das Terapias Manuais: Disfunção.


Introdução

Cada tecido corporal deverá ser sentido de uma determinada


maneira, mas o olhar sempre será na Disfunção e nunca na
Doença ou Lesão.
Introdução
O sistema visceral apresenta relações
com todos os outros sistemas corporais.

Sistema Fascial Sistema Nervoso


(contínuo anatômico e fluídico) (contínuo anatômico e integração
de sistemas)

Sistema Músculo Esquelético


Introdução
Integração dos Sistemas
Introdução
Cadeias Lesionais:
“Pode-se tentar rastrear esta cadeia indo do sintoma para a causa. Mas tome
cuidado com os exercícios intelectuais que fornecem uma agradável
explicação contextual para tudo. Não seria útil rastrear uma cadeia lesional
do quinto metatarso à sela túrcica por várias rotas diferentes, cada uma mais
lógica e atrativa que a outra. Seria melhor para você e seu paciente, se você
seguisse com uma palpação cuidadosa e uma ausculta do tecido ao invés de
se deixar levar por estratégias teóricas decoradas.”
Jean-Pierre Barral
Introdução
Mobilização Visceral
No final do século XIX, o sueco Thure Brandt desenvolveu um
método manual para tratar disfunções de mobilidade das
vísceras. Esse método adotado pela Osteopatia está
direcionado ao bom funcionamento do corpo. Trata-se de
técnicas de manipulações aplicadas sobre os órgãos e fáscias
em disfunções.
Introdução
Jean Pierre Barral
O método avaliativo e terapêutico das vísceras foi
desenvolvido pelo osteopata e fisioterapeuta francês,
considerado o pai da manipulação visceral por sua
dedicação de mais de 30 anos de estudos clínicos e
dessecativos.

Ele percebeu que as manipulações da coluna


alteravam o funcionamento dos órgãos e se propôs a
estudar o caminho contrário.

Começou a ministrar cursos de Manipulação Visceral


em 1985.
Hierarquia das disfunções
SNA
Arterial Sistema Neuro-Vegetativo

Sistema Neural
Tônico
Visceral
Postural
Articular
Sistema Neuro-Meníngeo
Muscular
Movimentos Viscerais
⮚Sistema Nervoso Somático.

⮚Sistema Nervoso Autonômico.

⮚Ritmo Craniossacral.

⮚Motilidade Visceral.
Movimentos Viscerais
⮚Sistema nervoso somático:
▪ Influencia as vísceras pelo sistema motor 🡪 movimentos voluntários
amplos que causam movimentos passivos nas vísceras 🡪 mobilidade.

⮚Sistema nervoso autonômico:


▪ Influencia direta e indiretamente as vísceras pelos movimentos do:
✔Diafragma;
✔Cardíaco;
✔Peristáltico.
Movimentos Viscerais
⮚Sistema nervoso autonômico:
▪ Diafragma:
▪ 22.000 movimentos por dia;
▪ Separa a cavidade torácica da cavidade abdominal;
▪ Cria a dinâmica entre as 2 cavidades por diferença de pressão.
▪ Isso faz com que as vísceras tenham uma mobilidade nos 3
planos (sagital, frontal e transversal).
▪ Perda de mobilidade em um dos planos 🡪 “disfunção
visceral”.
Movimentos Viscerais
⮚Diafragma:

Inspiração Pressão abdominal > torácica

Abdome se deforma no Se há perda de Disfunção Visceral


sentido ântero-posterior mobilidade das com sintomas
para acomodar as vísceras variados
vísceras
🡪 Vísceras não sentem dor por pressão, somente
por distensão (isquemia).
Movimentos Viscerais
⮚ Sistema nervoso autonômico:

▪ Cardíaco:

120.000 movimentos por dia;

▪ Influencia pulmões, esôfago, mediastino e diafragma.

▪ Diafragma transmite a vibração para o abdome junto com seu mov. de pistão;

▪ A onda causada pelo mov. do sangue também é propagada em todos os tecidos.

Ex.: alterações posturais por pequenos estímulos duradouros é > que grandes estímulos por
curta duração, além de causar compensações/adaptações generalizadas à distância.
Movimentos Viscerais
⮚Sistema nervoso autonômico:

▪ Peristáltico:

✔Ondas de contração que envolve os órgãos ocos;


✔Está sob influência de nervos, químicos e hormônios;
✔Gera menos influência na mobilidade do que os anteriores.

🡪 Lei de Arndt-Shultz: estímulos sutis ativam as reações fisiológicas, os


moderadamente fortes as favorecem, os fortes as retardam e os muito fortes as
bloqueiam.
Movimentos Viscerais
⮚ Ritmo craniossacral:

▪ Aproximadamente 14.500 movimentos por


dia do LCR por todo o tubo dural, crânio e
sacro.

Esses mov. influenciam todos os ossos


do corpo, sendo em F/E e RE/RI
Movimentos Viscerais
⮚ Motilidade:
▪ Movimento intrínseco ativo de cada víscera.
▪ Adquirido na embriogênese, no momento em
que os órgãos se formam e tomam seu local.
▪ Possuem os movimentos de “Inspir” e
“Expir”, onde o primeiro é >.
▪ Ritmo de 7-8 ciclos por minuto.
Movimentos Viscerais
⮚ Motilidade:
▪ Provado pelo método de reprodutibilidade:
vários observadores percebendo o mesmo
movimento na mesma pessoa;
Uma técnica produzindo o mesmo resultado
em várias pessoas diferentes.

Influenciado também
Motilidade Vitalidade do órgão pelo ciclo circadiano
Anatomia Topográfica

Anatomia
topográfica do
Sistema Visceral
Topografia – Quadrantes
abdominais
Hipocôndrio direito (hepático): lobo
direito do fígado, vesícula biliar, flexura
hepática do colo;
Epigástrica: lobo esquerdo do fígado e
parte do estômago;
Hipocôndrio esquerdo (esplênico): parte
do estômago, cauda do pâncreas. flexura
esplênica do colo;
Topografia – Quadrantes
abdominais
Região lateral direita (lombar): colo
ascendente;
Umbilical (mesogástrica): colo transverso,
duodeno, cabeça do pâncreas e alças intestinais;
Região lateral esquerda (lombar): colo
descendente e alças intestinais;
Fossa ilíaca direita: ceco, junção ileocecal, tuba
uterina e ovário direito;
Hipogástrica: alças intestinais, útero e bexiga;
Fossa ilíaca esquerda: alças intestinais, colo
sigmoide, tuba uterina e ovário esquerdo.
Articulações Viscerais
As articulações viscerais possuem, em comum com as
articulações esqueléticas, uma superfície de
deslizamento:
Pleura
Peritônio
Pericárdio
Meninges
E essas superfícies se articulam com as membranas
viscerais, através de um sistema de inserções, com
líquido seroso entre elas.
O Peritônio
⮚ É uma dupla membrana serosa, contínua, lisa e
escorregadia.

⮚ Reveste a cavidade abdominal e recobre as vísceras.

⮚ Dividido em: - Peritônio Parietal e Visceral.

⮚ Encontra-se em contato de um lado, com a face interna da


cavidade abdominal e na face externa dos órgãos.

⮚ O mesotélio secreta o líquido seroso da cavidade peritoneal


🡪 facilitando os movimentos dos órgãos e o deslizamento
entre os peritônios parietal e visceral.
O Peritônio

O peritônio possui funções:

• Redução do atrito
• Resistência à infecções
• Armazenamento de gordura.
Peritônio Parietal
Peritônio
Limite superior 🡪 diafragma
Parietal

superior
⮚ Limite inferior 🡪 assoalho pélvico

⮚ Limite anterior 🡪 musculatura Peritônio


abdominal Parietal
anterior
⮚ Limite posterior 🡪 fáscia iliolombar,
onde é mais espesso e reveste sua Peritônio Mesocólo
Parietal n
porção profunda com tecido
inferior transverso
subperitoneal.
Peritônio Visceral e Parietal
Relação entre Peritônio e as Vísceras
De acordo com a situação em relação ao
peritônio, os órgãos intra-abdominais
podem ser divididos em:
intraperitoneais e retroperitoneais.

Intraperitoneais: estômago, fígado, baço,


jejuno, íleo, cólon transverso e sigmóide.


retroperitoneais:
• rins, glândulas
suprarrenais /adrenais, pâncreas,
duodeno, cólon ascendente e
descendente.
Cavidade Peritoneal
A cavidade é selada em toda
sua volta, exceto nas
mulheres, onde se comunica
com as tubas uterinas por
meio do óstio abdominal.

É dividia em duas porções


pelo mesocólon transverso:
Supramesocólico

Inframesocólico
Vascularização do Peritônio
⮚ O Peritônio não tem seu próprio
sistema vascular, usa vasos do órgãos
vizinhos.
⮚ Possui vasos linfáticos próprios ligados
a membrana serosa peritoneal.
⮚ Tronco Celíaco: curto e largo da qual
emergem as 3 principais artérias dos
órgão abdominais:

• Artéria Gástrica esquerda,

• Artéria Hepática Comum,

• Artéria Esplênica.
Inervação do Peritônio
Inervado pelo Plexo
Celíaco e Plexo Lombar.

E recebe fibras
sensoriais do n. frênico
e vago.
Articulações viscerais
Inserções:

Sistema de camada dupla.

Sistema ligamentar. Ordem de importância no


Turgidez e pressão papel de sustentação e
intracavitária.
fixação dos órgãos.
Sistema mesentérico.

Sistema omental.
Articulações viscerais
⮚Inserções:
▪ Sistema de camada dupla:

✔Deslizamento de uma camada sobre


a outra;

ex.: 2 vidros com água no meio,


criando um efeito de sucção;

✔Lei da pressão relativa, não se


separam, só deslizam.

Ex.: articulações viscerais


pulmonares, cardíaca, peritoneais
e cérebro-espinhais.
Articulações viscerais
⮚Inserções:

▪ Sistema ligamentar:
✔São dobras de pleura ou peritônio que
ligam um órgão - parede da cavidade, ou
órgão – órgão;
✔Sua função é manter/conter a víscera
em seu lugar;
✔Geralmente avasculares, mas ricamente
inervados (zonas reflexogênicas).
Articulações viscerais
⮚ Inserções:
▪ Turgidez:
✔Capacidade de órgãos ocos intraperitoneais ocuparem a
quantidade máxima de espaço disponível para ele;
✔Isso permite às vísceras se manterem sua massa e ainda
continuarem unidas.

▪ Pressão intracavitária:
✔Essa pressão deve estar sempre em equilíbrio com as pressões
extracavitárias (peso, pressão atmosférica e a tensão da parede
muscular);
✔Isso cria um mecanismo que mantém os órgãos abdominais
unidos.
Articulações viscerais
⮚ Tronco é formado por 2 cavidades,
separadas pelo diafragma;

⮚ Pressão do tórax (-5cm H2O) <


pressão do abdome (+5cm H2O) 🡪
conteúdo abdominal fique suspenso pelo
diafragma.

Abertura do diafragma 🡪 órgão migra


superior 🡪 ex.: hérnia de hiato.
Articulações viscerais
⮚ Inserções:

▪Sistema mesentérico:

✔Dobra de peritônio frouxo, que liga o


trato digestivo ao peritônio;

✔Mínima função de contenção;

✔Rica em redes de vasos sanguíneos


e nervos 🡪 nutrição.
Articulações viscerais
⮚ Mesentério
✔Quando o peritônio parietal Mesocólon
Transverso
posterior se prolonga em direção
ao peritônio visceral das alças do Mesentério
intestino delgado, recebe o nome
de MESENTÉRIO.
Esse ponto de convergência é

Mesocólon
Sigmóide
chamado de raiz do mesentério, e
se estende da válvula ileocecal
até a junção duodeno jejunal.
Articulações viscerais
Estruturas associadas com a raiz do
mesentério:
• -aorta abdominal;
• -veia cava inferior;
• -ureter D;
-Fáscia de Told à D (contato com o cólon

ascendente e peritônio posterior);


• -Rim D;
• -Ovário D;
• -psoas D.
OBS: Uma hipertonia do psoas D, pode ser uma
restrição na raiz do mesentério, que pode ser
acompanhado de uma disfunção no rim D.
Articulações viscerais
Mesocólon Transverso
Quando o peritônio parietal posterior se prolonga em Mesocoóon
direção ao peritônio visceral do cólon transverso, Transverso
recebe o nome de MESOCÓLON TRANSVERSO.
Mesentério
O mesocólon transverso divide a cavidade peritoneal
em 2 espaços:

Supramesocólica: fígado, estômago, baço,


ligamento falciforme, omento menor e parte do Mesocólon
Sigmóide
omento maior.

Submesocólico: subdividida em direita e esquerda


pela raiz do mesentério, preenchido pelas alças
jejunais e ileais, emolduradas pelos 3 cólons.
Articulações viscerais
Mesocólon Sigmóide
Mesocólon
Transverso
Quando o peritônio parietal
Mesentério
posterior se prolonga em
direção ao peritônio visceral
Mesocólon
Sigmóide
do colo sigmoide, recebe o
nome de mesocólon
sigmóide.
Articulações viscerais
⮚ Inserções:

▪ Sistema omental:

✔Dobra de peritônio, que liga dois


elementos do trato digestivo;

✔Mínima função de suspensão;

✔Função neurovascular importante.


Articulações viscerais
OMENTO MENOR: tem forma
de uma folha quadrilátera. Ao
longo de sua trajetória está em
contato com:
O bordo direito do esôfago

abdominal;
A
• curvatura menor do De uma forma mais detalhada, o omento menor
estômago; possui duas extensões: O ligamento
hepatogástrico e o ligamento hepatoduodenal.
A face superior e posterior da

Este último, em formato tubular, envolve e protege


primeira porção do duodeno; a chamada tríade hepática/portal (veia porta,
ducto biliar comum e artéria hepática).
Articulações viscerais
OMENTO MAIOR: Origina-se
do peritônio visceral do estômago
ao nível da curvatura maior e se
une ao:
Peritônio visceral do bordo inferior

da primeira parte do duodeno;


Peritônio
• visceral do colón
transverso
Ao nível do cólon transverso se

denomina ligamento gastrocólico.


Este ligamento se insere no O Omento Maior se prolonga para baixo e recobre as
peritônio visceral posterior por uma alças intestinais. É formado por duas lâminas com duas
raiz ao nível da face anterior do folhas cada uma, que no adulto contém uma quantidade
pâncreas. Esta raiz continua com a importante de gordura. Seu bordo inferior é livre.
raiz do mesocólon transverso. Localiza-se por trás da parede abdominal anterior.
Inervação Visceral
Nn. Esplâncnicos
Simpático abdominopélvicos
Recebem Inervação Parassimpático Nn. Esplâncnicos
dos sistemas: pélvicos e n.
vago
Entérico

Lembrar das diversas


relações estruturais
Relações Funcionais das Vísceras

Relação Víscero - Metamérica

Devemos considerar
durante nossa avaliação !
Inervação
Inervação Simpática das Vísceras
Nervos esplâncnicos abdominopélvicos:
- Nervo esplâncnico maior: provém de T5 a T9;
- Nervo esplâncnico menor: provém de T10 e
T11;
- Nervo esplâncnico imo: provém de T12;

- Nervo esplâncnico lombar: provém de L1-L3.

Estes nervos perfuram os pilares


diafragmáticos correspondentes e direcionam-
se aos gânglios e plexos pré-vertebrais:
- Plexo celíaco
- gânglio mesentérico superior e inferior
- gânglios aorticorrenais.
Inervação Parassimpática das Vísceras

Nervo Vago
(X par craniano)

Nn. Esplâncnicos
pélvicos
(plexo pélvico)
Sistema Nervoso Entérico
Plexo
submucoso

Plexo
mioentérico

Sistema nervoso associado ao trato gastrointestinal para controlar suas


funções (plexos nervosos); modulado pelo SNA Simpático e Parassimpático.
Sistema Nervoso Entérico
Plexos Nervosos:
O plexo mioentérico:
Está entre as 2 camadas mais externas.
Exerce um controle sobre a motilidade do trato digestivo (tônus, velocidade
e intensidade).

O plexo submucoso:
Está nas camadas mais internas.
Sua função principal é detectar o ambiente dentro do lúmen, regular o fluxo
sanguíneo gastrointestinal, secreções digestivas e hormonais do trato
gastrointestinal.
Além dos plexos nervosos entéricos maiores, existem plexos menores embaixo da
serosa, dentro do músculo liso circular e na mucosa.
Sistema Nervoso Entérico
• Tipos de neurônios dos plexos:
– Os neurônios sensoriais:
• Respondem a estímulos mecânicos, térmicos, osmóticos e químicos.
• Os receptores sensoriais no músculo respondem ao alongamento e à tensão.
– Os neurônios motores:
• Controlam a motilidade e secreção gastrointestinal, e possivelmente a
absorção.
• Atuam diretamente sobre um grande número de células efetoras, incluindo o
músculo liso, as células secretoras.
– Os neurônios internos:
• Responsáveis por integrar a informação dos neurônios sensoriais e de
proporcioná-la aos neurônios motores entéricos. ("programadores").
Relação entre SNE e as Emoções:
⮚Uma relação entre intestino-cérebro seria pelo papel da serotonina e como os níveis
de serotonina no nosso corpo podem afetar o nosso estado de ânimo e sono.

⮚A serotonina é um neurotransmissor produzido pelo nosso cérebro e pelo trato


gastrointestinal, sendo este último o maior produtor de serotonina.

⮚Aproximadamente, 80-90% da serotonina do nosso corpo é produzida no nosso trato


gastrointestinal.

⮚Foram encontrados níveis baixos de serotonina em pessoas com depressão;


Serotonina 🡪 "hormônio da felicidade".

⮚Além disso, o nosso cérebro usa serotonina para produzir melatonina, um hormônio
fundamental para ajudar-nos a dormir;
Melatonina 🡪 qualidade e quantidade do seu sono.
O Hipotálamo
• O Hipotálamo é um centro neural muito importante para a manutenção da
homeostase do organismo.
– Organiza comportamentos motivados como defesa, comportamento
alimentar e sexual; sendo responsável pela sobrevivência do indivíduo
e manutenção da espécie. (Luta ou fuga)
• Responsável pela manutenção da homeostase através da sua influência:
– O sistema nervoso autônomo para ajustes rápidos;
– E através do sistema neuroendócrino para ajustes a longo prazo.
Inervação Aferente Nociceptiva
As sensações de dor que surgem acima da linha
de dor pélvica, seguem as fibras simpáticas
ascendentes através dos plexos hipogástricos,
aórticos, nervos esplâncnicos até alcançarem os
níveis medulares correspondentes.
As sensações dolorosas das vísceras abaixo à
linha de dor pélvica, seguem as fibras
parassimpáticas retrogradamente, através dos
plexos pélvicos, hipogástrico inferior, nervos
esplâncnicos pélvicos, alcançando os níveis S2-S4.

As sensações dolorosas viscerais também


podem ser transmitidas pelo nervo frênico
Tipos de Dor
• Dor somática parietal: resulta de impulsos nervosos aferentes,
originários da pele, dos músculos e do peritônio parietal,
que são levados por neurônios integrantes dos nervos espinais
até a raiz posterior da medula, onde se localizam seus corpos
celulares.
• Dor visceral: é aquela percebida quando os estímulos nocivos
atuam em terminações sensitivas, específicas, situadas nas
vísceras e no peritônio visceral. As características da dor são
comumente descritas como: dor arrastada, enjoativa, de início
gradual e mal definida, que pode ser acompanhada de
náuseas, vômitos, palidez e sudorese.
• Esse tipo de dor é provocada pela contração ou distensão da
víscera, uma vez que, cortar ou rasgar diretamente uma víscera
não produz dor.
• Dor referida visceral: projeção dolorosa à distância da víscera
acometida.
Dor Referida
Nervo Frênico (C3-C5)
O nervo frênico inerva várias estruturas através de
fibras sensitivas:
• pleura parietal;
• pleura mediastinal;
• Pericárdio;
• peritônio superior;
ligamentos triangulares;

Cápsula de Glisson (fígado);


• fáscia da vesícula biliar;


• cápsula da suprarrenal;
• plexo celíaco;
• peritônio anterior – do esterno ao umbigo.
E sua fibra motora: diafragma.
Nervo Frênico (C3-C5)

O nervo frênico se
anastomosa com outros
vários nervos também:

• Gânglio Simpático –
cervical superior (C1 – C4).
Nervo Frênico (C3-C5)
O nervo frênico se
anastomosa com outros
vários nervos também:
• Nervo acessório (XI par);
• Nervo hipoglosso (XII par);
• Nervo vago (X par);
• Nervo auricular magno (maior);
• Nervo occipital menor;
• Nervos supraclaviculares.
Conceitos Fundamentais
⮚ As vísceras apresentam dois tipos de movimentos para a
acomodação postural e fisiológica. Esses movimentos ocorrem
nos três planos do espaço e são conhecidos por:

⮚ MOBILIDADE E MOTILIDADE.
Conceitos Fundamentais

MOBILIDADE

• É o movimento passivo das vísceras em resposta aos movimentos

voluntários do corpo (movimentos amplos de se abaixar, andar, correr,...);

• É também o movimento passivo das vísceras causado pelo movimento do

diafragma e as mudanças de pressão intratorácica e intra-abdominal.

• Esses movimentos são sempre nos 3 planos: sagital, frontal e transversal.


Conceitos Fundamentais
MOTILIDADE
• Refere-se aos movimentos ativos e intrínsecos das vísceras.
A teoria da embriogênese sustenta que durante o desenvolvimento fetal, as

células seguem padrões de alinhamento e organização harmônica ditada por


memórias inscritas, pelo menos em parte, em suas moléculas primordiais, que
carregam a informação genética.
Por essa teoria, os eixos e reações da motilidade visceral são caracterizados pela

oscilação entre a acentuação do movimento embriológico e o retorno à posição


original da víscera em questão.
Estes movimentos foram apresentados por Jean Pierre Barral D.O. que os

denominou INSPIR e EXPIR.


Conceitos Fundamentais
Dessa forma, o movimento inerente em que a víscera se
afasta da linha média é chamado INSPIR.

O movimento em que esta retorna, aproximando-se da linha


média é chamado de EXPIR.

Nas vísceras localizadas na linha média do corpo como o útero e


a bexiga, a motilidade ocorre em torno de um eixo
transversal (frontal), sendo o INSPIR o movimento anterior e
inferior da víscera e o EXPIR o movimento posterior e superior.

O ciclo normal da motilidade acontece entre 7 a 8


movimentos por minuto.
Patologias dos Movimentos Viscerais
Cada víscera movimenta-se em direções e eixos específicos. Alterações nestes
movimentos podem resultar da variação dos eixos e amplitudes, podendo envolver
a motilidade ou a mobilidade.
Essas alterações podem gerar:
• uma patologia com sintomas locais;
• uma patologia inicial com sintomas referidos;
• uma sequela local de uma patologia antiga, na qual o indivíduo está bem adaptado;
• uma patologia em outra víscera que apresente relações "articulares";
uma patologia em uma estrutura distante, que apresenta relações fasciais, neurais

ou vasculares.
Patologias dos Movimentos Viscerais
Cadeias lesionais são formadas pela combinação de quaisquer
ligações entre víscera, músculo, fáscia e osso.

O peritônio é um meio de ligação entre todas as vísceras e


estruturas relacionadas

A disfunção em Inspir significa que a fase de Inspir predomina sobre a


fase de Expir. Contrário é verdadeiro.
Patologias dos Movimentos Viscerais
Restrições Articulares:
Perda da mobilidade e/ou motilidade de um órgão, devido à ineficiência
das propriedades deslizantes deste órgão em relação às estruturas ou
órgãos vizinhos.

Aderência Visceral Redução da Motilidade e Mobilidade normal

Ptose Visceral

Fixação Visceral Redução da Motilidade e Mobilidade juntas


Patologias dos Movimentos Viscerais
Restrições Articulares:
•As fixações:
– Restrição articular parcial 🡪 modifica o eixo de motilidade.
– Restrição articular total 🡪 inibem a motilidade.

Cicatriz:
– Estado permanente de irritação mecânica 🡪 mov. das vísceras 🡪
espasmos locais/distância 🡪 circulação sanguínea e linfática 🡪 estase
🡪 órgão fica propício à patologias de parâmetro maior.

– Além de poder causar compensação ou adaptações posturais.


Patologias dos Movimentos Viscerais
Restrições Articulares:
• Ptose (lassidão ligamentar):
– Mais comum em pessoas com pouca gordura corporal e/ou com
frouxidão ligamentar.

– A idade avançada diminui a elasticidade dos tecidos;


– Obesidade;
– A depressão diminui o tônus geral e o peso corporal (gordura).

* A gordura possui um papel importante no fenômeno de sustentação (ex.:


gordura perirrenal).
Caso: P.J.
Patologias dos Movimentos Viscerais
Restrições Articulares:
•Espasmo visceral:

– Mais comum em órgãos ocos;


Músculo liso espasma 🡪 estase do órgão 🡪 inicialmente
motilidade; a mobilidade é apenas quando as inserções dos órgãos
são afetadas.

Inserções: Sistema de camada dupla, Sistema ligamentar, Turgidez e


pressão intracavitária, Sistema mesentérico e Sistema omental.
Cirurgias são causa frequente de
problemas intraperitoneais

Inflamação/irritação do peritônio

Aumenta secreção de líquido peritoneal

Aderências e/ou fixações


Líquido se espessa (mais comum perturbar a mobilidade)
O Olhar Global
Entender como uma disfunção visceral pode levar a
tensões anormais de tecido conjuntivo em outras
partes do organismo.
Essas disfunções podem colocar outros tecidos em
tensão e sofrimento, sendo capazes de modificar
eixos de rotação ou fixar um esquema corporal
vicioso (alteração postural).
Quando isso ocorre estamos diante de uma
disfunção visceral que produz um segmento
lesional, formando um padrão oculto, sendo um
elemento importante formador de uma doença ou
sintoma que pode estar distante na disfunção
visceral.
Tratamento das Disfunções Viscerais
As técnicas do tratamento
visceral osteopático visam
devolver a mobilidade e
motilidade visceral
(comunicação), eliminando
influências primárias e
secundárias destas disfunções,
promovendo a saúde global do
indivíduo.
Tratamento das Disfunções Viscerais
⮚ Qual pressão devo exercer sobre a víscera?
⮚ Entre 15-35g vencemos a zona elástica, onde os
tecidos se relaxam e podemos sentir os movimentos.

⮚ Quando aprofundamos de mais a palpação podemos


chegar a zona de rejeição do corpo, onde ele “expulsa”
nosso contato e não conseguimos sentir mais nada,
podendo gerar dor/desconforto para o paciente. Zona Superficial

⮚ Entre essas duas zonas temos a zona de trabalho, Zona de Trabalho


região onde devemos procurar para avaliarmos e
aplicarmos a maioria das técnicas visceral. Zona de Rejeição
Tipos de técnicas Viscerais
• Parâmetro de restrição estrutural: vetor
de força aplicado ativamente no sentido da
maior resistência tecidual;

• Parâmetro de restrição funcional: vetor


de força aplicado ativamente no sentido da
menor resistência tecidual (facilidade).

• Em ambos os parâmetros pode-se fazer


o empilhamento dos tecidos.
Técnicas
TÉCNICAS DIRETAS (estruturais)
• As técnicas diretas são caracterizadas pela ação ativa do terapeuta, que impõe
um vetor de força, utilizando direções determinadas pelos parâmetros de
restrição.
• Recoil ou rebote: liberação súbita do vetor de força aplicado a uma víscera
objetivando o relaxamento das tensões musculares e membranosas ao seu
redor;
• Viscoelasticidade: vetor compressivo com liberação lenta e gradual da força
sobre uma víscera maciça. Tem grande efeito circulatório de drenagem e sobre
o parênquima visceral;
• Recurso adicional: pode-se utilizar alavancas longas, que são movimentos
do tronco ou membros introduzidos pelo terapeuta ou pelo próprio paciente
durante a técnica local, com a intenção de intensificar o vetor de correção.
Tipos de Técnicas
TÉCNICAS INDIRETAS (funcionais)

• Indução: técnica aplicada para o tratamento da disfunção da Motilidade. O


osteopata segue a motilidade em disfunção de determinada víscera e aplica uma
leve acentuação ao final do ciclo predominante.

• Desenrolar fascial local: o osteopata acompanha o movimento sutil do tecido


enquanto estiver em direções aleatórias.

• Desenrolar fascial global (Global Unwinding): durante o desenrolar local,


poderá ocorrer a ampliação desse movimento para o restante do corpo,
tornando-se global.
Sinais de liberação
Estes sinais são indicativos imediatos da eficiência da técnica
realizada, e são divididos em sistêmicos e locais:

• Sistêmicos: suspiros respiratórios, movimentos involuntários e


tremores.
• Locais: onda de calor e principalmente a sensação de
"amolecimento" do tecido (redução na densificação ou no tônus
tecidual).
Efeitos e contra-indicações
CONTRA-INDICAÇÕES
EFEITOS TERAPÊUTICOS
• Inflamações e enfermidades febris;
Restabelecimento
• da Formação espontânea de hematomas;
mobilidade e motilidade

Infecções agudas;
Redução das tensões tissulares

locais e a distância; • Tumores;


Tromboses;
Melhora da circulação de

fluídos; • Aneurismas abdominais;

• Estimulo linfático; • Tuberculose;


Fraturas;
Normalização do metabolismo

(química e hormonal); • Gravidez;

Melhora
• os espasmos • Cálculos renais e vesicais;
musculares e esfincterianos; Corpos estranhos implantados: DIU, marca-

passo, stents.
Diagnóstico Visceral

• Anamnese .
• Inspeção.
• Testes.
• Palpação Auscultatória.
Palpação Auscultatória Geral
• As PAs são de grande utilidade prática para o
terapeuta, pois poderá indicar a(s)
disfunção(ões) primária(s) e também o sistema
correlacionado responsável pela positividade
daquela palpação.

• A disfunção primária indica aquela com maior


potencial desequilibrante do sistema no
momento atual.

• Poderá ainda, mostrar a direção da cadeia


disfuncional.
Palpação Auscultatória em Pé

• O terapeuta faz um apoio leve sobre o


vértex craniano (dedo médio acompanha a
sutura sagital),

• Realiza pequenas pressões axiais, solicita


que o paciente feche os olhos e permita que
o corpo siga uma possível oscilação.
Palpação Auscultatória Geral
• INTERPRETAÇÃO:
• Se for anterior, anterolateral, póstero-lateral ou lateral isoladamente 🡪
tensão visceral na direção indicada, mostrando ainda sua localização acima
ou abaixo do diafragma.
• Se for posterior 🡪 tensão no tubo dural.
• Uma atração superficial e anterior 🡪 tensão craniofacial.
• Uma atração em inclinação lateral da cabeça que não projeta para o tórax
🡪 tensão na região do ombro e suas estruturas relacionadas (plexo,
suspensório da pleura, artt.,...)
• Oscilação mínima, atração para a mão superior 🡪 tensão craniossacral.
• Se a oscilação for de grande amplitude, podendo perder o equilíbrio 🡪
emocional.
Palpação Auscultatória Sentado
Realizada com o paciente de olhos fechados,

permite acentuar a sensação de uma restrição


na zona abdominal ou torácica ou isolar os MMII
da avaliação, seguindo os mesmos critérios de
análise da palpação em pé.
Caso a PA sentada apontar alguma direção

diferente da apontada pela ausculta em pé, o


problema indicado estará em alguma região
do membro inferior, com o lado determinado
pela PA em pé.
Palpação Auscultatória Local
Palpação Auscultatória Local
Suprapúbica: bexiga, ureter, lig. puboprostáticos, reto, peritônio inferior,

gânglio hipogástrico inferior...

Infraumbilical e umbilical: útero e seus ligg., intestino delgado, trompas,


ovário, gânglio hipogástrico superior, sigmóide, ceco, raiz do mesentério...

Supraumbilical: rins, plexos, raiz do mesentério, duodeno, pâncreas, gânglio


mesentérico superior e inferior, esfíncter de Oddi e flexura duodeno jejunal...

Infraxifoide/xifoide: fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, estômago, cárdia,


flexuras hepática e esplênica, colon transverso, piloro, plexo celíaco...


Palpação Auscultatória Local
• Hipocôndrio direito: lobo direito do fígado, vesícula biliar, flexura hepática;

• Epigástrio: lobo esquerdo do fígado, parte do estômago;

• Hipocôndrio esquerdo: parte do estômago, baço, cauda do pâncreas, flexura esplênica;

• Lombar direita: colon ascendente, fáscia de Told;

• Mesogástrio: cólon transverso, duodeno, cabeça do pâncreas, alças intestinais;

• Lombar esquerdo: cólon descendente, fáscia de Told, alças intestinais;

• Ilíaco direito: ceco, válvula ileocecal, tuba uterina, ovário direito;

• Hipogástrio: alças intestinais, bexiga, útero, ligamentos uterinos e prostáticos;

• Ilíaco esquerdo: alças intestinais, cólon sigmoide, tuba uterina, ovário esquerdo.
Direção, Amplitude e Profundidade da Palpação
• Direção: indica para onde vai a tensão;
• Amplitude: ao realizar uma Palp. Ausc. na
linha central e a lesão se encontrar próxima
do ponto da ausculta, teremos uma
amplitude de tração curta, se a lesão estiver
distante teremos uma amplitude de tração
longa.
• Profundidade: A linha de tensão se move
no sentido posterior, significa que uma
tensão se encontra em um órgão mais
profundo ou retroperitoneal;
• Inibição visceral: confirmar a tensão
primária inibindo a víscera que a palpação
auscultatória local indicou.
Teste Muscular de Relevância
Teste de localização - mudança de
tônus e força isométrica nos indica e
confirma um problema (disfunção)
visceral relacionado.
Tal disfunção pode ter origem
nutricional, inflamatória, infeccioso,
tóxico ou perceptivo.
Teste de Mobilidade Visceral
Devem ser utilizados para complementar a
avaliação.

Os testes de mobilidade de cada uma das


vísceras serão conhecidos em cada módulo
correspondente.

A apreciação da motilidade visceral fornece ao


terapeuta indícios sobre o envolvimento vital da
víscera.

Realiza-se em duas etapas:

• Ausculta localizatória da víscera em disfunção;

• Ausculta da motilidade visceral (inspir e expir).


Tratamento Visceral
Considerando a importância da abordagem
visceral no tratamento do indivíduo como
um todo, inicialmente serão abordadas,
neste módulo, estruturas que estabelecem
relações GLOBAIS entre as vísceras.
Assim, serão descritos o tratamento direto
para todas as vísceras abdominais, como
também o peritônio parietal (e também
através de suas ligações com os omentos,
mesos e alguns ligamentos), dos plexos
neurais e nervo frênico e dos esfíncteres
gastrointestinais
Tratamento do Peritônio Parietal Anterior
Objetivo da Técnica
Apreciar a mobilidade do peritônio parietal anterior e executar uma técnica de tratamento

direta (com parâmetros isolados ou empilhados) ou funcional para sua liberação.


Posição do paciente
• Em decúbito dorsal com os joelhos em semiflexão
Posição do terapeuta
• Em pé ao lado do paciente.
Parâmetros de palpação
• Contatos amplos das mãos, lateral e abaixo ao umbigo.
Execução da técnica
Nessa posição, o osteopata pode executar a palpação auscultatória passiva e aplicar a

indução ou criar os vetores diretos ou funcionais relativos aos sentidos da restrição


encontrada na palpação ativa, e aguardar os sinais de liberação.
Tratamento da Raiz do
Objetivo da Técnica
Mesentério
Liberar a raiz do mesentério e suas influências sobre o intestino delgado e à

distância.
Posição do paciente
• Em decúbito dorsal com os joelhos fletidos.
Posição do terapeuta
• Em pé, à direita do paciente, na posição de finta anterior.
Parâmetros de palpação
• Técnica aplicada em dois locais:
• Contato 1: com os dedos polegares na margem superior da raiz do mesentério;
Contato 2: com os demais dedos abraçar a margem inferior do mesentério. Com

estes contatos é possível avaliar e tratar as duas folhas (superior e inferior).


Tratamento do Mesocolo Transverso
Objetivo da Técnica
• Liberar o mesocolo transverso e suas influências locais e a distância.
Posição do paciente
Em decúbito dorsal com os joelhos fletidos.
Posição do terapeuta
• Em pé, por sobre a cabeça ou sobre o ombro direito do paciente.
Parâmetros de palpação
Contatos com polegares e região tênar das mãos sobre a margem superior do colo

transverso.
Execução da técnica
O osteopata aplica o vetor caudal, seguindo o desenrolar tecidual ou os sinais de

liberação.
Tratamento do Mesocolo Sigmóide
Objetivo da Técnica
• Liberar o mesocolo sigmóide e suas influências locais e a distância.
Posição do paciente
• Em decúbito dorsal com os joelhos fletidos.
Posição do terapeuta
• Em pé, à direita do paciente, na posição de finta anterior.
Parâmetros de palpação
• Técnica aplicada em dois locais:
• Contato 1: com os dedos entre o cólon sigmóide (borda inferior) e a asa ilíaca;
• Contato 2: com os dedos acima da borda superior do cólon sigmóide.
Execução da técnica
• O osteopata aplica o vetor cranial, seguindo o desenrolar tecidual ou os sinais de liberação.
Por que Tratar do Ligamento Redondo e os Umbilicais?
• Acima do umbigo, o Peritônio é elevado
pelo ligamento redondo do fígado.

• Em seguida ele forma o ligamento falciforme, e


em seguida se junta ao ligamento coronário.

• Abaixo do umbigo, o Peritônio é apoiado


por três pregas:
• Lig. umbilical mediano
• Lig. medial direito e esquerdo
• Os ligamentos abaixo do umbigo então
intimamente ligados ao sistema visceral da
pelve menor, como a Bexiga.
Tratamento do Ligamento Redondo
Objetivo da Técnica
• Liberar o ligamento redondo e suas influências locais e à distância.
Posição do paciente
• Em decúbito dorsal com os joelhos fletidos.
Posição do terapeuta
• Em pé, à direita do paciente.
Parâmetros de palpação
• Contato proximal: 3º e 4º dedos na margem direita do processo xifóide;
• Contato distal: acima da cicatriz onfática (umbigo).
Execução da técnica
O osteopata aplica o vetor caudal pelo contato distal, seguindo o desenrolar tecidual ou os

sinais de liberação. Esta técnica também pode ser realizada alternativamente com o
paciente sentado e o terapeuta atrás, criando o vetor de tensão pela extensão do tronco.
Tratamento dos Ligamentos Umbilicais Mediano e Mediais
Objetivo da Técnica
• Liberar os ligamentos umbilicais e suas influências locais e à distância.
Posição do paciente
• Em decúbito dorsal com os joelhos fletidos.
Posição do terapeuta
• Em pé, à direita do paciente.
Parâmetros de palpação
• Contato proximal: abaixo da cicatriz onfática;
Contato distal: imediatamente acima da sínfise púbica para manipular o ligamento umbilical mediano e 1cm

lateralmente à direita ou à esquerda da linha média para manipular o ligamento umbilical medial direito ou
esquerdo respectivamente.
Execução da técnica
O osteopata aplica o vetor cranial pelo contato proximal, segundo o desenrolar tecidual ou os sinais de

liberação. Esta técnica também pode ser realizada alternativamente com o paciente sentado e o terapeuta
atrás.
Tratamento Do Peritônio parietal anterior e Omento Maior
• Objetivo da Técnica
• Liberar o omento maior e sua influência sobre o peritônio
parietal.
Posição do paciente
• Em pé, com o tronco inclinado, mãos ou antebraços
apoiados na maca e com o abdome relaxado. O paciente
também pode estar em posição de quatro apoios como
posição alternativa.
Posição do terapeuta
• Em pé ao lado do paciente, a altura de sua pelve.
Parâmetros de palpação
• Contatos com os talos das mãos apoiados abaixo ao
umbigo e acima da sínfise púbica.
• Execução da técnica
• O osteopata aplica o vetor nesta posição em direção
anterior, seguindo o desenrolar tecidual e/ou aguardando
os sinais de liberação.
Tratamento do Peritônio Parietal Posterior e Anterior
Objetivo da Técnica
Liberar a porção posterior e inferior do peritônio e suas influências

locais e à distância.
Posição do paciente
• Em decúbito dorsal com os joelhos fletidos.
Posição do terapeuta
• Sentado, ao lado a ser tratado.
Contato anterior: talo da mão entre a sínfise púbica e a asa ilíaca;
Contato posterior: com os dedos fletidos, fazer contato na região
lombo-sacra.
Execução da técnica
Contato A mão do contato anterior aplica um vetor cranial até que essa
percepção atinja o contato da mão posterior. Neste ponto, segue o
desenrolar ou aguarda os sinais de liberação. Repete o procedimento,
agora introduzindo o vetor cranial pelo contato da mão posterior, que
deverá ser sentido pela mão do contato anterior.
Durante o Tratamento do Peritônio Parietal Posterior
Complementando o tratamento do Peritônio Parietal Posterior:

Observar as seguintes estruturas:


– Rins.

– Músculo psoas.

– Fáscia de Told.

– Diafragma.

– Costelas inferiores.

– Torácicas inferiores e lombares altas.


Esfíncteres Gastrointestinais
Abordaremos 5 esfíncteres
para o tratamento visceral:

• Válvula íleo-cecal (VIC);


• Esfíncter de Oddi (EO);
• Junção duodeno-jejunal (JDJ);
• Válvula piloro (VP); E. Oddi
• Válvula cárdia (VC). V.I.C
Esfíncteres
• São zonas de transição de um órgão para outro. São conhecidos como
áreas críticas, e quando manipuladas melhoram zonas do abdome que se
encontram espasmadas.
• Respondem ao estresse psicológico (escape).
• Possuem um movimento em rotação:
• rotação horária (Expir) 🡪 ação parassimpática (abertura do
esfíncter)
• anti-horária (Inspir) 🡪 ação do simpático (fechamento do esfíncter)
Trabalhar os esfíncteres, é trabalhar de forma reflexa no SNA (zonas
reflexogênicas), assim aumentamos a circulação e diminuímos os
“Se eu fosse forçado a escolher apenas duas áreas para trabalhar na
espasmos. liberação do abdome de um paciente, eu escolheria, sem hesitar, o esfíncter
de Oddi e a junção ileocecal.” Jean-Pierre Barral
Esfíncteres
Cárdia (junção gastroesofágica

VIC ( válvula ileocecal)


Piloro
Oddi Junção duodeno-jejunal
Tratamento dos Esfíncteres
VIC ( válvula ileocecal)
Localização: 1/3 na linha entre a EIAS direita e a cicatriz umbilical.
Cárdia (junção gastroesofágica)
Localização: 1 cm acima do processo xifoide , na 7ª junção esterno-
condral E.
Junção duodeno-jejunal
Localização: Uma linha que vai da do meio da clavícula E até a
cicatriz umbilical 2-3 cm acima do umbigo.
Oddi
Localização: Uma linha que vai da do meio da clavícula D até a
cicatriz umbilical 2-3 cm acima do umbigo.
Piloro
Localização: 6-7 cm acima da cicatriz umbilical ( 4 dedos). Obs: pode
ser mais à D ou E da linha média.
Tratamento dos esficteres

V.IC J.DJ E.Oddi V.P

V.C
Tratamento do Nervo Frênico
Objetivo da Técnica
• Liberar o nervo frênico e suas influências nos quadros álgicos viscerais e cervicais.
Posição do paciente
• Em decúbito dorsal com os joelhos fletidos.
Posição do terapeuta
• Sentado, acima do paciente.
Parâmetros de palpação
• Contato distal: dedo indicador no triangulo de Sedillot.
• Contato proximal: nas apófises espinhosas de C4/C5.
Execução da técnica
A mão do contato proximal aplica um vetor cranial ate que essa percepção atinja o contato distal.

Neste ponto, aplica um vetor caudal muito delicado no outro contato, seguindo o desenrolar ou
aguardando os sinais de liberação. Note que a técnica necessita ser precisa e delicada.
Gânglios Aórtico-Abdominais
Gânglios Celíacos (T5-T9)
Gânglios Mesentéricos Superior (T10 e T11) e inferior
(L1 – L3)
Contatos:

Apoio tênar ou hipotênar 2 a 3 centímetros abaixo da 7ª margem


costal, ligeiramente à direita da linha média (à meia distância entre
o processo xifóide e o umbigo).

Harmonizar movimentos de rotação horária/ anti-horária com


indução (aproximadamente 3 segundos cada cicio). Na técnica
direta, após apreciar os vetores estruturais e funcionais, o
osteopata pode aplicar o vetor escolhido isoladamente ou em
empilhamento sobre cada gânglio, aguardando os sinais de
liberação.
Técnica de Inibição dos Plexos Segundo Kuchera
A técnica direta de Kuchera é aplicada na zona de referência dos gânglios aorticoabdominais.

• Objetivo da Técnica

Reduzir a atividade, a tensão e o desconforto dos gânglios aorticoabdominais.

• Posição do paciente

Em decúbito dorsal com os joelhos fletidos.

• Posição do terapeuta

Em pé, ao lado do paciente.

• Parâmetros de palpação

Fazer o contato com os dedos de ambas as mãos em paralelo, no espaço entre o processo xifóide e
o umbigo.
Fígado
• Maior glândula digestiva do corpo. Suas funções são muito
diversas e incluem: metabolismo, síntese e armazenamento de
nutrientes, desintoxicação, equilíbrio dos níveis hormonais,
produção de calor e síntese e secreção da bile.
• É um órgão pesado e tem normalmente entre 1 e 2,5 kg.
Altamente vascularizado, podendo chegar a 1,5 litros de sangue
passando por ele, por minuto. Junto com os Rins é um
importante centro e fonte da nossa energia de vida.
• Além disso, a psique e o fígado trabalham juntos: o fígado serve
de veículo para descartar fortes emoções.
IMPRESSÕES ANATÔMICAS
Articulações Viscerais do Fígado
Informações Gerais do Fígado
• Vascularização:
artéria: tronco celíaco – artéria hepática
Vaia: veia hepática – veia cava inferior
• Inervação:
Simpática: T7 – T9 – nervo esplâncnico maior – Plexo celíaco – plexo hepático
Parassimpática: nervo vago
Sensitiva: impulsos aferentes através do nervo Frênico – nível C4-C5
• Ausculta Geral:
Flexão lateral à direita, acompanhada de uma ligeira rotação esquerda sobre o
eixo que passa nas 9ª e 10ª costelas à direita.
• Ausculta Local:
Com a mão sobre o abdome do paciente, dedo médio ao longo da linha média e
palma sobre o umbigo, a mão é puxada para o hipocôndrio direito rodando em
sentido horário e movendo-se superiormente.
Restrições esqueléticas associadas
• C4 – C5 do lado direito ou bilateral
• Escápula direita
• Periartrite glenoumeral direita
• Plexo cervical/braquial e fáscias relacionadas
• T7 – T10
• 7ª à 10ª costelas – costelas inferiores e articulações costovertebrais à direita.
• Restrições da base craniana – lado direito
• Articulação fronto/nasal – lado direito
• Ciatalgia esquerda – origem venosa hepática
• Ciatalgia direita – relacionada restrições de: fáscia hepática, rim direito e colo
ascendente.
• Ossos parietal direito, temporal e esfenóide.
FISIOLOGIA
O fígado recebe aproximadamente 25% do débito cardíaco total, o que lhe permite
realizar numerosas funções vitais, essenciais à manutenção da homeostasia
corporal.
Destaca-se a regulação do peritônio metabolismo de diversos nutrientes, papel
imunológico, síntese proteica e de outras moléculas, armazenamento de vitaminas e
ferro, degradação hormonal e a inativação e excreção de drogas e toxinas.

O fígado é o segundo local mais importante de armazenamento de ferro, estoca


também diversas vitaminas, principalmente as vitaminas A, D e B12 com o objetivo
de proteger o corpo da ingestão insuficiente das mesmas.

O armazenamento excessivo de substâncias geralmente maléfico ao fígado pode


ocasionar patologias, como a hemocromatose e a doença de Wilson (por acúmulo de
ferro e cobre, cujo principal local de depósito é o fígado).
SUPRIMENTO SANGUÍNEO
• 30% artéria hepática, 70% veia porta
• Artéria hepática: transporta sangue arterial
para o fígado
• Veia Porta: transporta sangue venoso
contendo os produtos da digestão
absorvidos no trato gastrointestinal
• As veias hepáticas drenam para a veia
cava inferior, imediatamente abaixo do
diafragma
• Obs: fluxo sanguíneo faz a vascularização
do fígado pelas ramificações e no trajeto
ascendente... E a drenagem do mesmo
será para veia hepática ... o fluxo da bile
faz sentido descendente e oposto, saindo
pela porta do fígado.
Topografia
MOVIMENTOS DO FÍGADO
MOBILIDADE
O fígado exibe mobilidade em três planos:
• Eixo transversal, plano sagital: a borda anterior se dirige para
frente e para baixo;
• Eixo vertical, plano horizontal: a porção direita se dirige para
frente e para a esquerda;
• Eixo ântero-posterior: a parte direita, dirige-se para baixo.
Motilidade:
• Fase Expir correspondem aos movimentos da inspiração
diafragmática, ou seja, o órgão se move em direção a linha
média, nos três planos de movimento.
• Fase Inspir, os movimentos são compatíveis com a expiração
diafragmática, realizando assim, movimentos de afastamento
da linha média nos três planos de movimento.
Tratamento do Fígado
1- Lift do Fígado – Técnica de avaliação e tratamento
2- Avaliação e tratamento da mobilidade do fígado – Plano
transversal
3- Avaliação e tratamento da mobilidade do fígado – Plano coronal
(frontal)
4- Avaliação e tratamento da mobilidade do fígado – Plano sagital
5- Avaliação e Tratamento da Motilidade do Fígado

Ps* Todas Avaliações e Tratamentos estão nas Vídeo-aulas.


Estômago – Anatomia e Generalidades
Omento e Ligamento
• Ligamentos: Relações:
• Hepatogástrico – do fígado para o • anteriormente – diafragma + lobo
estômago; hepático esquerdo + parede
• Gastrocólico – do estômago para o anterolateral do abdome;
cólon transverso; • posteriormente – bolsa omental +
pâncreas;
• Gastrolienal / gastroesplênico – do
• superiormente – diafragma;
estômago para o baço;
• inferiormente – cólon transverso;
FISOLOGIA
Funções do estômago
Motora
• Armazenamento e mistura do alimento com o
suco gástrico.
• Regulação da peristalse.
Endócrina
• Liberação de gastrina (estímulo a produção de
HCl) e somatostatina ( inibição e liberação de
gastrina).
Secretora
• Secreção de Ac. Clorídrico, pepsinogênio, muco,
bicarbonato e fator intrínseco.
Função secretora
O esvaziamento estomacal depende:
O tubo digestivo é responsável por suprir
Reflexos nervosos
o organismo de água, eletrólitos e
Distensão da parede gástrica desencadeia
nutrientes.
reflexos vagais e mioentéricos locais, que
Para desempenhar esta função é necessário:
excitam acentuadamente as atividades da
• - Movimento do alimento ao longo do tubo bomba pilórica e ao mesmo tempo, inibem
digestivo;
ligeiramente o pilaro.
• - Secreção de sucos digestivos e a digestão de Reflexos hormonais
alimentos;
A presença de determinados tipos de
• - Absorção dos produtos digestivos, da água e alimentos principalmente carne, estimula a
dos vários eletrólitos; liberação da gastrina a partir da mucosa
• - Circulação do sangue pelos órgãos antral, A gastrina aumenta a secreção de
gastrointestinais para transportar as substâncias suco gástrico pelas glândulas fúndicas do
absorvidas;
estômago e também excita a bomba pilórica,
• - Controle de todas essas funções pelo sistema tendo influência desta forma no
nervoso e pelo sistema hormonal;
esvaziamento gástrico.
• - Cada parte do aparelho está adaptada para
desempenhar funções específicas.
Anatomia Topográfica
Inervação
Inervação Autônoma Simpática
**
• T5 a T9 – nervos esplâncnicos através **

do plexo celíaco

Inervação Autônoma Parassimpática


• Tronco vagal anterior (vago esquerdo)
e tronco vagal posterior (vago direito).
Sistema Vascular Arterial
Artérias gástricas originam-se
do tronco celíaco:
• Artéria gástrica esquerda,
• Artéria gástrica direita,
• Artéria gastromental esquerda,
• Artéria gastromental direita,
• Artérias gástricas curtas.
Sistema Vascular Venoso
• Veias gástricas são paralelas as
artérias em posição e trajeto;
• Veias gástricas direita e esquerda
drenam para a veia porta;
• Veias gástricas curtas e veias
gastromental esquerda drenam para a
veia esplênica, que se une à veia
mesentérica superior para formar a
veia porta do fígado;
• Gastromental direita esvazia-se na
mesentérica superior.
Mobilidade
Fase de inspiração o estômago possui
o movimento em três planos:
• O estômago desce.
• Roda no sentido horário.
• Roda medialmente.

⮚polo superior desloca-se no sentido anterior.


⮚tendo como seu principal ponto pivô o
omento menor.
Motilidade
O movimento de
motilidade respeita os
mesmos planos da
mobilidade durante o
movimento de expir.
Sintomatologia
Sintomas Típicos: Sintomas Atípicos:
• Dor epigástricas Dor escapulo-umeral, geralmente à esquerda;
Cervicobraquialgias, geralmente à esquerda.
• Náuseas
Dor interescapular ou no ângulo escapular
• Sensação de plenitude e de pressão
superior esquerdo.
abdominal, que piora após alimentação.
Flexão antálgica superior do tronco para
• Sensação de asfixia no pescoço.
contrair o estômago distendido
• Mal-estar após inspirações e expirações
profundas.
• Saciedade precoce durante a alimentação ou
sensação de fome logo após a alimentação.
• Cefaleias após grandes alimentações.
• Intolerância ao decúbito ventral ao dormir.
Informações Gerais do estômago
• Ausculta Geral: Paciente vai em flexão anterior de tronco; se o piloro é
primário poderá haver uma ligeira inclinação lateral para a direita e uma
ligeira rotação a esquerda.
• Ausculta Local: Sua mão vai para superior e para esquerda, movendo-
se em direção a borda costal inferior. Dependendo da área primária
envolvida, sua mão será puxada para o local anatômico
correspondente, ex: com uma ptose sua mão será puxada em direção a
região púbica ; se há alteração na junção gatroesofágica sua mão será
puxada em direção ao processo xifóide.
Restrições esqueléticas associadas
• Vértebras cervicais – lado esquerdo, com a articulação esternoclavicular
esquerda.
• T6 – T11.
• Articulação costovertebral de T6 á esquerda (dermátomo do estômago).
• Articulação costovertebral de T11 à esquerda (região hiatal).
• 7ª costela esquerda.
• T12 – L3 (pilar do Diafrágma).
• Articulação saro-ilíaca (lado esquerdo relacionado a L1).
• Periartrite Glenoumeral – lado esquerdo.
• C7 – T1 e 1ª costela (em casos mais severos).
Indicações e Contra indicações
Indicações para tratamento Contra indicações
osteopático Cicatrizes recentes.
• Aderências. Febre.
• Ptoses. Gânglio de Virchow (adenopatia palpável
• Espasmos. na porção medial da clavícula).
• Hérnias de hiato. Quando o tratamento visceral promove
• Dores escapuloumerais, reflexos neurovegetativos intensos:
geralmente à esquerda. Crises de suor.
• Cervicobraquialgias, geralmente à Dor intensa com defesa.
esquerda. Náusea com vômito.
• Cefaleias. Tonturas.
Tendências ao desmaio.
Taquicardia.
Disfunções estruturais associadas (cadeia lesional)
AVALIAÇÃO

• Ausculta Geral.
• Ausculta Local.
• Testes de mobilidades.
Teste de Mobilidade do Estômago
Avaliar mobilidade
e definir as restrições

Execução da Técnica
Realizar o teste para apreciação das restrições
lateral, medial, inferior e superior, rotação horária
e rotação anti-horária
Tratamento do Estômago
• Avaliação e tratamento Movimento Transversal/ Vertical Combinados.
• Avaliação e Tratamento – Restrição na Região do Fígado e do Omento
Menor.
• Avaliação e Tratamento – Restrições inferiores (ptose Gástrica)
• Avaliação e Tratamento da Mobilidade – Movimento Vertical (Hérnia de
Hiato).
• Avaliação e tratamento da mobilidade – movimento transversal.

• Avaliação e Tratamento da Motilidade do estômago.


Duodeno
Duodeno
O intestino delgado consiste em DUODENO, JEJUNO E ÍLIO.
Estende-se do piloro até a junção ileocecal.

Está localizado centralmente na cavidade abdominal e faz contato


direto com grande parte dos órgãos do abdômen.

O duodeno, a primeira e menor parte do intestino delgado, segue


um formato de “C” ao redor da cabeça do pâncreas.

Começa no piloro do lado D e termina na junção duodeno jejunal


do lado E.

Tem em média 25 cm de comprimento e se divide em quatro


partes: D1, D2, D3 e D4. (superior, descendente, horizontal e
ascendente).
O duodeno é onde a bile e o ducto pancreático leva o suco
pancreático.
Duodeno
• Os primeiros 02 cm da parte
superior do duodeno possuem
mesentério e são móveis.

• Os 03 cm distais da parte superior e


o restante do duodeno não possuem
mesentério e são retroperitoneais e
imóveis.
Parte superior (Bulbo ou Ampola)
• Inicia-se no piloro e termina na Flexura
Superior do Duodeno.
• É peritonizada e móvel (movimenta-se
juntamente com a parte pilórica do
estômago).
• Esta parte relaciona-se com o pâncreas, com
o ducto colédoco e com a veia porta.
• O bulbo é a única porção do duodeno que se
encontra em posição peritoneal. Tem
coloração rosa clara e não possui pregas,
tendo uma mucosa finamente vilosa.
Parte Descendente
• Toda retroperitoneal.

• Possui várias pregas circulares (de Kerckring).

• Anteriormente estão: fígado, vesícula biliar, cólon


transverso e alças intestinais.

• Recebe em sua parede posterior e medial o ducto


colédoco e pancreático que se unem para formar a
ampola hepatopancreática.

• No caso de existir um ducto pancreático acessório, ele


desemboca na papila duodenal menor (de santorini),
localizada 2 a 3 cm acima da maior.
Parte Horizontal
• Projeta-se para a esquerda e cruza a
veia cava inferior.
• Aorta.
• Músculos psoas maior direito e
esquerdo.
• Vasos testiculares ou ováricos direito.
Parte Ascendente
• Curva-se anteriormente para continuar-se
no jejuno, na flexura duodenojejunal.

• A flexura é sustentada pela fixação do


músculo suspensor do duodeno (ligamento
de Treitz). Este músculo passa
posteriormente ao pâncreas e se insere ao
diafragma.
Sistema Nervoso
• Inervação parassimpática
Nervo vago (X par craniano).

• Inervação simpática
Provém dos segmentos de T5 à
T9 - nervos esplânicos através
do plexo celíaco.
Sistema Vascular
Sistema arterial
As artérias duodenais
originam-se no tronco
celíaco e da artéria
mesentérica superior.
Sistema Vascular
Sistema Venoso
As veias duodenais seguem as
artérias e drenam para a veia
porta do fígado, algumas diretas
e outras indiretamente, através
das veias mesentéricas
superiores e esplênica.
Mobilidade
• A mobilidade do duodeno não é tão fácil de ser apreciada como no estômago
ou no fígado.

• Devido a sua disponibilidade em forma de "C”; quando ocorre o movimento de


inspiração diafragmática, juntamente com o fígado, 01 move-se
inferomedialmente, proporcionando o fechamento de seus ângulos.

• No entanto, as técnicas de manipulação em piloro, esfíncter de Oddi e flexura


duodenojejunal são de extrema importância.
Motilidade
Devido a flexura duodenojejunal ser bem
fixada, D4 quase não se movimenta durante a
motilidade. Em consequência disso, durante o
movimento de Expir as três porções proximais
do duodeno se aproximam da linha média,
realizando um movimento horário. No
movimento de Inspir acontece o movimento
inverso, ou seja, rotação anti-horária.
Sintomatologia
• Dor epigástrica, que pode estender-se até a
região para umbilical.
• Dor melhora com a ingestão de alimentos.
• Dor na junção toracolombar, levando a
disfunções estruturais recidivantes.

Contraindicações:
Indicações para tratamento osteopático: -Cicatrizes recidivantes.
Espasmos. -Inflamações agudas como
úlcera aguda ou colecistite.
Aderências e fixações. -Se o tratamento gera reações
Estase biliar. neurovegetativas.
Disfunções estruturais associadas
Restrições Esqueléticas Associadas

• T12 – L1 (mais frequente lado direito).


• Sexta articulação costovertebral direita.
Avaliação
• Ausculta Geral:
Flexão anterior com ligeiras variações, dependendo do local do problema.
• Ausculta local:
Sua mão é atraída para projeção anatômica anterior do duodeno.
Diferencie entre a flexura duodeno jejunal e o rim esquerdo. O rim esquerdo
puxará sua mão para perto do umbigo.
Diferencie do esfíncter de Oddi e rim direito. O rim direito puxará mais profundo.
Topografia do Duodeno
• Ver vídeo-aula
Tratamento
1- Tratamento de estiramento de D1.
2- Tratamento de estiramento de D2.
3- Tratamento de estiramento de D4/ ligamento de Treitz.
4- Motilidade.

Ps* Assistir todas as técnica nas viodeo-aulas


Vesícula Biliar
ANATOMIA
INTRODUÇÃO

Vesícula biliar é um órgão em forma de saco.

A vesícula biliar situa-se na face visceral do


fígado na junção dos lobos direito e esquerdo,
tem 5 a 7 cm e capacidade de armazenar até
50ml de bile.

O peritônio envolve completamente o fundo da


vesícula e liga seu corpo e colo ao fígado.
ANATOMIA
A vesícula biliar pode ser dividida em três
partes:
• Fundo: projeta-se a partir da margem inferior do fígado
e normalmente está localizada na ponta da 9"
cartilagem costal direita, na linha medioclavicular.

• Corpo: faz contato com a parte visceral do fígado,


cólon transverso e parte superior do duodeno.

• Colo: é estreito e projetado para a porta hepática. O


colo da vesícula faz uma curva em forma de "S" e se une
ao ducto cístico.
FISIOLOGIA
• A principal função da vesícula biliar é armazenar a bile. Durante
a digestão ocorre a contração da vesícula biliar, fazendo com
que a bile entre em contato com o duodeno através do ducto
colédoco.
• A bile sai do fígado pelo ducto hepático que em seu trajeto até o
intestino se une ao ducto cístico proveniente da vesícula biliar.
Juntos, os canais cístico e hepático formam o ducto colédoco.
Quando o bolo alimentar alcança o duodeno, primeira porção do
intestino delgado, provoca um estímulo na vesícula biliar, que se
contrai e joga a bile na luz do duodeno para facilitar a digestão
das gorduras.
• O fígado produz cerca de 1 litro de bile por dia. A vesícula
biliar é capaz de armazenar 20-50 ml de bile. A função da
bile é auxiliar a digestão das gorduras.
FISIOLOGIA
• A bile possui função emulsificadora ou
detergente sobre as partículas de gordura,
realizado pela liberação do hormônio
Colecistocinina (CCK), produzido pelas
paredes duodenais quando chega uma
substância gordurosa (sobre estimulação
parassimpática).

• Promove a neutralização do quimo ácido do


estômago pela presença de íons bicarbonato.
Na ausência de sais biliares, 40% dos lipídeos
são perdidos nas fezes.
RELAÇÕES TOPOGRÁFICAS
• VER VÍDEO AULA – TOPOGRAFIA DA VESÍCULA
INERVAÇÃO
• Simpática: nível medular T7-T9;
nervo esplâncnico maior para o
plexo celíaco, que se comunica
com o plexo cístico.

• Parassimpática: nervo vago (X


par craniano).
VASCULARIZAÇÃO
• Arterial: a artéria cística supre a
vesícula biliar e o ducto cístico; é
proveniente da artéria hepática, no
ângulo entre o ducto hepático comum
e o ducto cístico.
• Venosa: as veias císticas drenam os
ductos biliares e o colo da vesícula. As
veias provenientes do fundo e corpo
passam diretamente para a face
visceral do fígado e drenam para o
sinusóides hepáticos.
MOVIMENTOS FISIOLÓGICOS

Motilidade / Mobilidade
Mobilidade da vesícula biliar é um movimento de
gangorra póstero-medial (em direção à linha média)
durante o Expir e ântero-lateralmente durante o Inspir.
SINTOMATOLOGIA
SINTOMATOLOGIA
Dor referida
● Digestão lenta.
● Fezes claras (bilirrubina). ● Dores no ombro (n. Frênico).
● Urina escura. ● Dor interescapular noturna
● Dores abdominais (hipocôndrio
(ciclo circadiano).
direito).
● Mudanças na pele (icterícia, ● Dor na região do hipocôndrio
contusão, eritema palmar). direito e epigástrio.
● Náuseas e vômitos.
● Dor na região lombar à direita.
● Edema e oligúria.
● Tremores musculares. ● Dor cervical à esquerda.
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
INDICAÇÕES AO TRATAMENTO
CONTRAINDICAÇÕES AO
VISCERAL
TRATAMENTO VISCERAL
• Pós-cirurgias.
• Má digestão. ● Cálculos na vesícula.
• Dores neurológicas ● Tumores.
(Cervicobraquialgias e ● Ascite (acumulo anormal de
isquiáticas).
fluido seroso na cavidade
• Edemas.
peritoneal).
• Sensação de plenitude do
abdome. ● Anorexia.
CORRESPONDENTES VERTEBRAIS PARA A VESÍCULA BILIAR
DISFUNÇÕES ASSOCIADAS
Metamérica
T8.

Mecânicas
T10-T11-T12-L1 e costelas direita
correspondentes.

Distância
C3-C4-C5 para o nervo frênico
Nervo vago.
AVALIAÇÃO
• Ausculta Geral:
O paciente flexiona anteriormente com uma leve rotação para esquerda e
inclinação lateral direita.
• Ausculta Local:
Com a mão sobre o abdome do paciente, o dedo médio ao longo da linha
média e palma da mão sobre o umbigo, a mão se move em direção à área
onde o fundo da vesícula biliar projeta-se na superfície. Na cartilagem costal
direita, na intersecção da margem costal com a linha médio clavicular-
umbilical. Depois a mão é puxada mais profundamente, em direção à vesícula
biliar.
Restrições Associadas
• C4 – C6 – lado esquerdo.
• Processo transverso de C4.
• Articulações costovertebrais T7 – T9 à direita.
• Região fronto-temporal esquerda.
Tratamento
1- Liberação das tensões nos tecidos ao redor da
vesícula biliar.
2- Drenagem da vesícula biliar.
3- Estiramento do ducto colédoco.
4- Motilidade da vesícula biliar.
Ps* Ver vídeo-aulas de todas as técnicas
Intestino Grosso
• O intestino grosso é a parte distal do tubo digestivo.

• Responsável pelo processo de absorção de água, o que


determina a consistência do bolo fecal e eletrólitos.

• Possui rica flora bacteriana, atua na formação, no


armazenamento e na eliminação das fezes.

• Apresenta em média 1,5 m de comprimento e 6,5 cm de


diâmetro.

• É chamado de intestino "grosso" por causa de seu


diâmetro comparado ao do intestino delgado.
Intestino Grosso
• O intestino grosso começa na extremidade do íleo no
quadrante inferior direito do abdome. Dirigindo-se
superiormente, cruza então para a esquerda e desce para
o interior da pelve, terminando no ânus.
• O intestino grosso é dividido em ceco, colos, reto e canal
anal.
• O ceco é uma bolsa dilatada posicionada ligeiramente
abaixo da papila ileal.
• Apêndice vermiforme está fixa à margem ínfero-medial do
ceco.
FISIOLOGIA
Hormônios neuropeptídios
⮚A regulação do sistema gastrointestinal também envolve vários hormônios peptídicos que podem agir
local ou a distância.
⮚Gastrina:hormônio que estimula as secreções e motilidade gástrica, é secretada principalmente pelas
na mucosa do antro do estômago.

Sua secreção é iniciada por:


• Distensão do antro após uma refeição;
• Impulsos do nervo vago, como aqueles desencadeados pelo cheiro ou visão do alimento;
• Presença de secretados no antro, como proteínas parcialmente digeridas, bebidas alcoólicas
fermentadas (vinho), cafeína.
❖A gastrina se liga a receptores nas células parietais e células liberadoras de histamina para estimular o
ácido gástrico, a receptores nas células principais para liberar pepsinogênio e a receptores na
musculatura lisa para aumentar a mobilidade gástrica.
FISIOLOGIA ⮚Colecistocinina (CCK): hormônio multifuncional, liberado
• Secretina: estimula o pâncreas a
primariamente em resposta à presença das proteínas e
secretar água e bicarbonato de gorduras.
sódio no duodeno e inibe a Os receptores de CCK estão nas
células pancreáticas acinares, nas ilhotas pancreáticas,
secreção de ácido gástrico e
células musculares lisas e S.N.C.
esvaziamento.
As principais funções da CCK são:
Estimular o pâncreas liberar enzimas;
• A neutralização da acidez protege Estimular a contração da vesícula biliar;
a mucosa duodenal contra Aumentar a mobilidade do cólon e reto;
exposição prolongada ao ácido e Retardar o esvaziamento gástrico;
Aumentar a saciedade.
fornece um ambiente apropriado
A motilina, que é liberada pelas células do intestino delgado
para a atividade das enzimas superior em resposta à bile e a secreções pancreáticas no
pancreáticas e intestinais. duodeno, aumenta a taxa de esvaziamento gástrico e estimula
a mobilidade do trato gastrointestinal.
RELAÇÕES TOPOGRÁFICAS
• Ceco - Situado na fossa ilíaca direita, 1/3 da
distância da EIPS com a cicatriz umbilical.
• Cólon Ascendente.
• Flexura Hepática - nível da 10ª costela.
• Cólon Transverso - sua extremidade
esquerda é mais alta que a direita.
• Flexura Esplênica - no nível da 8ª costela.
• Cólon Descendente - mais posterior e é mais
curto quando comparado com o cólon
ascendente.
INERVAÇÃO
⮚ S.N.A.S. – Simpático
– T10-T12 através dos nervos esplâncnicos menor e maior;
– T10-T11 através do gânglio mesentérico superior;
– T12-L2 através do gânglio mesentérico inferior.

⮚ S.N.A.S. – Parassimpático

– Nervo vago (termina no gânglio


mesentérico superior);
– Inervação vagal procedente de
S2-S4 através de:
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
• O trato gastrintestinal possui um
Este sistema é formado por dois
plexos:
sistema nervoso próprio, denominado
⮚ 1. Plexo externo: situado entre as
de sistema nervoso entérico. Este camadas musculares longitudinal e circular,
sistema situa-se na parede das denominado também de plexo mioentérico.
Sua função é de controlar os movimentos
estruturas que compreendem o trato
gastrintestinais;
(começa no esôfago e estende-se até
o ânus). ⮚ 2. Plexo interno: denominado de plexo
submucoso, localizado na região
• Sua função envolve o controle dos
submucosa.
movimentos e secreções Sua função é controlar as, secreções
gastrintestinais. gastrintestinais e o fluxo sanguíneo local.
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
• O sistema nervoso entérico pode funcionar sem depender da ação do sistema nervoso autônomo,

• O processamento de informações pode ocorrer na parede do próprio órgão - cérebro do órgão).

• Certas condições, conexão dessas estruturas com as fibras simpáticas e parassimpáticas, o sistema autonômico pode agir ativando
ou inibindo as funções gastrintestinais.

Efeitos dos estímulos sobre os plexos:


O plexo mioentérico quando estimulado causa os
seguintes efeitos:
• Aumento da contração tônica da parede intestinal;

• Maior intensidade das contrações rítmicas;

• Ligeiro aumento na frequência do ritmo de contração;


VASCULARIZAÇÃO
Sistema arterial
• Artérias mesentéricas superior e inferior,
ambas ramificações da artéria aorta
(abdominal).
• A artéria mesentérica superior irriga o
intestino delgado (exceto uma parte do
duodeno), o ceco, o apêndice vermiforme, o
cólon ascendente e dois terços proximais do
cólon transverso.
• A artéria mesentérica inferior supre o terço
distal do cólon transverso, o cólon
descendente, sigmoide e reto.
VASCULARIZAÇÃO
SISTEMA VENOSO

É formado pelas veias


mesentéricas superior e
inferior, ambas drenam na
veia porta do fígado.
MOVIMENTOS FISIOLÓGICOS
Mobilidade/Motilidade
Os movimentos de mobilidade dos cólons estão associados com o movimento
diafragmático. Durante as contrações diafragmáticas acontecem os seguintes
movimentos.
Flexuras
Cólon Cólon transverso:
Ceco: Desce, hepática/esplênica: Pelos
ascendente/descen Rotação ântero-
pendula e roda dente: Desce e roda
movimentos dos cólons
inferior, principalmente ocorre um fechamento das
medialmente. medialmente. no terço médio. flexuras e Sigmóide
Flexura Flexura
Hepática Esplênica
SINTOMATOLOGIA
– Diarreia;
– Meteorismo;
– Transtornos digestivos;
– Constipação;
– Ruídos intestinais;
– Espasmos intestinais;
– Alterações de sensibilidade na coxa e nos testículos (aumento da
pressão intra-abdominal sobre o nervo femoral e genitofemoral);
– Fadiga constante dos MMII.
DOR REFERIDA
– Dores na charneira toracolombar e
lombossacra;
– Dores sacroilíaca;
– Espasmos de psoas e tensor da fáscia
lata.
Indicações ao tratamento
visceral Contraindicações ao
• Constipações intestinais; tratamento visceral
• Ptoses Viscerais;
• Varizes (congestão da veia porta do ● Tumores intestinais;
fígado); ● Inflamações / infecções
• Pós-operatório: abdominoplastia,
agudas;
lipoaspiração, cesarianas;
• Dores lombares recidivantes. ● Sangue nas fezes.
DISFUNÇÕES ESTRUTURAIS ASSOCIADAS
Relações Anatômicas
O intestino grosso articula-se com
outras vísceras e com o aparelho
locomotor, possibilitando que uma
disfunção em um determinado tecido
possa repercutir
(sintomatologicamente) à distância,
graças às comunicações anatômicas.
Musculares
– Diafragma: T12 a L3 (C3-C5,
nervo frênico).
– Parede abdominal.
AVALIAÇÃO
• Ausculta Geral:
O paciente realiza uma flexão anterior com pequena variação dependendo do local do problema. Se o
problema estiver nas flexuras, uma flexão lateral é adicionada. Para a flexura hepática há uma leve rotação
à esquerda. Para a flexura esplênica há uma leve rotação à direita.
• Ausculta Local:
Avalie de acordo com as estruturas subjacentes. Por exemplo, com sua mão plana sobre o abdome, dedo
médio na linha, calcanhar da mão cefalicamente ao umbigo.
  Para a flexura hepática sua mão moverá obliquamente para superior, na direção da flexura.
  Para o colo ascendente sua mão moverá lateralmente, em direção a área de projeção na superfície do colo
ascendente.
  Para o ceco sua será atraída em direção à EIAS direita, sobre a área de projeção na superfície do ceco.
  Para o colo sigmóide sua mão moverá em direção à EIAS esquerda, e depois fará uma lateralização em
direção ao cólon sigmóide.
Tratamento
1- Avaliação e Tratamento de Mobilização do ceco.
2- Avaliação e Motilidade do ceco.
3- Avaliação e Tratamento de mobilidade do cólon ascendente.
4- Avaliação e Tratamento de mobilidade do cólon descendente.
5- Avaliação e Tratamento de mobilidade do cólon transverso.
6- Avaliação e Tratamento de Mobilidade do cólon Sigmóide.
7- Avaliação e Tratamento de mobilidade do mesocólon sigmóide.
8- Avaliação e Tratamento de mobilidade da Raiz do Mesentério
9- Avaliação e Tratamento de mobilidade da flexura hepática
10- Avaliação e Tratamento de mobilidade da flexura esplênica.
11- Avaliação e Tratamento de Motilidade do intestino grosso.
Ps* Ver todas as técnicas nos video-aulas
INTESTINO DELGADO – JEJUNO E ÍLEO
INTRODUÇÃO
• O intestino delgado constitui em
duodeno, jejuno e íleo, estende-se do
piloro até a junção ileocecal, onde o
íleo une-se à primeira porção do
intestino grosso.

• É responsável pela absorção de água


e digestão de nutrientes,
principalmente, proteínas,
carboidratos, gorduras e glicose.
ANATOMIA
O jejuno começa na flexura duodenojejunal e o íleo na
junção ileocecal, juntos, o jejuno e o íleo medem de 6 a
7 metros de comprimento,jejuno constituído
aproximadamente 2/5 e íleo 3/5.

⮚ Possui em torno de 15 a 16 alças, dispostas de 2


formas:
• Superior esquerda: predomínio horizontalmente
• Inferior direita: predomínio vertical.
• A maior parte do jejuno situa-se no quadrante
superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo
situa-se no quadrante inferior direito.
CONEXÃO VISCERAL - MESENTÉRIO
• O mesentério fixa o jejuno e o íleo à parede Mesocolo
abdominal posterior. Transverso
Mesentério
• A raiz do mesentério está direcionada oblíqua
e inferiormente para a direita. Mesocolo
Sigmóide

• Se estende da junção duodenojejunal no lado


esquerdo da vértebra L2 até a junção
ileocecal e articulação sacroilíaca a direita.

• Entre as duas camadas do mesentério estão


os vasos mesentéricos superiores, linfonodos,
uma quantidade variável de gordura e nervos.
FISIOLOGIA
• O intestino delgado é o principal órgão do sistema
digestivo devido absorção de nutrientes: água,
carboidratos, proteínas e gorduras.

• Os produtos de digestão são absorvidos


rapidamente através do revestimento epitelial da
mucosa intestinal e também possui 6-7 metros de
comprimento com presença de pregas circulares,
vilos intestinais e microvilos.

• A absorção ocorre principalmente no jejuno,


embora também ocorra no duodeno e no íleo.
RELAÇÕES ANATÔMICAS
Anatomicamente o jejuno localiza-se ao redor da
cicatriz umbilical e o íleo na região hipogástrica e
pélvica. Está disposto mais a esquerda recobrindo
todo o cólon descendente.
⮚ Topograficamente, relacionam-se com o
intestino delgado:
• Posteriormente: órgãos retroperitoneais (rins,
ureteres, vasos, cólon ascendente e
descendente);
• Anteriormente: omento maior;
• Superiormente: cólon transverso e mesocolon;
• Inferiormente: órgãos pélvicos.
INERVAÇÃO
• Simpática: nível medular T5-T11,
especialmente (T9-T10), nervos
esplâncnicos maior e menor pelos
gânglios celíaco e mesentérico superior.

• Parassimpática: nervo vago (X par).


VASCULARIZAÇÃO
Arterial: Venoso:
A artéria mesentérica superior supre o jejuno Veia mesentérica superior -> Veia porta.
e o íleo.
MOVIMENTOS FISIOLÓGICOS
• Mobilidade: a mobilidade do intestino delgado
(jejuno-íleo) não é muito definida, devido ação
diafragmática move-se em diversas direções,
sobretudo por não ter um eixo fixo definido e
pelo seu comprimento.

• Motilidade: a motilidade do jejuno-íleo é


inspirada pelo movimento visto na formação do
mesentério, seguindo sentido horário durante a
fase de Expir, no Inspir ocorre o inverso.
SINTOMATOLOGIA DOR REFERIDA
● Sensibilidade à pressão na região ● Dores na região da charneira
do umbigo (roupas apertadas);
toracolombar;
● Intestino lento;
● Transtornos digestivos; ● Dores ao nível da articulação
● Mal-estar em algumas horas após sacroilíaca direita;
as refeições; ● Espasmos dos músculos psoas e
● Diarreia;
paravertebrais.
● Dificuldades expiratórias que
não;melhoram em decúbito supino;
● Vômitos/náuseas.
INDICAÇÕES AO TRATAMENTO CONTRAINDICAÇÕES AO
VISCERAL TRATAMENTO VISCERAL

• Constipação intestinal; ● Apendicite;


• Sensação de plenitude do abdome; ● Tumores;
• Pós-operatório de cirurgias:
● Gestantes;
abdominoplastia, lipoaspiração;
• Dor lombar recidivantes;
● Oclusão intestinal;
• Pós-inflamações ou infecções. ● Sangue nas fezes.
DISFUNÇÕES ASSOCIADAS
AVALIAÇÃO
• Ausculta Geral:
Uma flexão anterior com pequenas variações dependendo da localização do problema
primário. Se for na parte superior do intestino delgado normalmente ocorre um pouco
de rotação para a esquerda. Se for na parte inferior do intestino delgado, haverá maior
grau de flexão anterior.
• Ausculta Local:
Este órgão é tão grande e flexível que a habilidade de ausculta local do intestino
delgado requer muita prática. Se o intestino delgado todo estiver envolvido, sua mão
será puxada suavemente para dentro e seus dedos se afastarão. Sua mão também
poderá ser levada para direita ou para esquerda dependendo da área afetada.
Restrições Esqueléticas
• T10 – L2.
• Lombalgia aguda ou crônica.
• Ciatalgia – esquerda (problema na circulação
venosa).
• Dor articular nos membros inferior.
Tratamento

1- Avaliação e tratamento da Raiz do mesentério.


2- Avaliação e tratamento da mobilidade das alças
do intestino delgado.
3- Avaliação e tratamento da Motilidade.
Ps* Assistir as técnicas de tratamento nos video-aulas.
BAÇO
ANATOMIA e GENERALIDADES
• O Baço é o maior dos órgãos linfáticos, é um
órgão móvel e varia de tamanho, peso e forma;
• Mede cerca de 12 cm de comprimento e 7 cm
de largura aproximadamente, tamanho e forma
de uma mão fechada.

Descrito com o sistema digestório:


A) Se desenvolve no mesogástrio dorsal
B) Seu sangue venoso é drenado para a veia porta
C) Se trata de um órgão visceral abdominal,
topograficamente, relacionado com diversos
órgãos digestórios.
ANATOMIA e GENERALIDADES
• O Baço faz parte de um sistema circulatório e por
isso é chamado de reservatório sanguíneo, que em
alguns casos, pode diminuir seu tamanho a ponto de
liberar sangue para outras áreas da circulação.

• É totalmente envolvido por peritônio exceto no hilo,


onde os ramos esplênicos da artéria e veia
esplênica entram e saem.

• Está associado posteriormente com as costelas


esquerdas 9° a 11°, e separado delas pelo
diafragma e recesso costodiafragmático, a extensão
semelhante a uma fenda da cavidade pleural entre o
diafragma e a parte inferior da caixa torácica.
Face visceral
Subdivisões:
• Gástrica.
• Renal.
• Cólica.
• Pancreática.

# Hilo esplênico.
#Cauda do pâncreas.
Face diafragmática

A face diafragmática do baço é


curvada convexamente para
ajustar-se a concavidade do
diafragma.
ANATOMIA RELACIONAL DO BAÇO

• Anteriormente com o estômago.


• Posteriormente com a parte esquerda
do diafragma.
• Inferiormente com a flexura esquerda
do cólon.
• Medialmente com o rim esquerdo.
FISIOLOGIA
Funções:
• Hematopoese;

• Armazenamento de sangue ;
• Destruição de hemácias e
plaquetas velhas;
• Filtragem do sangue;
• Produção de bilirrubina;
• Anticorpos.
LIGAMENTOS
INERVAÇÃO
• Simpático de T5-T9: através
do nervo esplâncnico maior,
que faz sinapse com o plexo
solar.

• Parassimpático: nervo vago


(X par craniano).
Nervos simpáticos em vermelho;
Nervos parassimpáticos em azul;
Plexos (parassimpático e simpático) em amarelo.
Sistema Vascular
Sistema Vascular Arterial
• Feito pela Artéria esplênica,
• Através do maior ramo do tronco celíaco,
• Segue um trajeto sinuoso,
• Posterior à bolsa omental,
• Anterior ao rim esquerdo e ao longo da
margem superior do pâncreas,
• Entre as lâminas do ligamento esplenorrenal,
• Artéria esplênica se divide em cinco ou mais
ramos que entram no hilo.
Sistema Vascular
Sistema Vascular Venoso
• Feito pela veia esplênica, que emergem do
hilo.
• Ela é incorporada pela veia mesentérica
inferior posterior ao corpo e cauda do
pâncreas através de todo o seu trajeto.
• A veia esplênica une-se à veia mesentérica
superior posterior ao colo do pâncreas para
formar a veia porta do fígado.
Mobilidade e Motilidade
É influenciada por:
• Mudanças no volume do estômago;
• Alterações de volume do cólon;
• Movimentos respiratórios.

Devido à sua relativa falta de anexos, o baço é


móvel no seu compartimento
• Tendência a seguir os movimentos do diafragma. Durante a
inalação, que se move para baixo medialmente.
• Quando uma pessoa se senta, se curva, a posição do baço
também é deslocada.
• Quando o estômago está cheio, ele é movido anteriormente. Motilidade
• Cólon transverso distendido também afeta a sua posição
Inspir: superior/posterior/lateral.
Expir: inferior/anterior/medial.
SINTOMATOLOGIA
• Sintoma relativo a esplenomegalia, pois não existe uma disfunção típica do baço.
relacionado a uma fixação, ptose ou espasmo.
• Possibilidade de disfunções estruturais da 9ª e 10ª costela esquerdas estarem
associadas a ao baço.
Os sintomas atípicos a seguir podem ser explicados por meio de cadeias osteopáticas ou
se deduzem da anamnese do paciente:
• -Dor pontiaguda no hipocôndrio esquerdo.
• -Debilidade do sistema imune.
• -Dores referidas do baço não têm grande especificidade, algumas literaturas relatam
que a mesma se encontrará na região.
torácica esquerda e ombro esquerdo.
Indicações e Contraindicações
Indicações: Contraindicações:
• O tratamento do baço é Esplenomegalia;
indicado para estimular Hiperesplenismo.
o sistema imunológico.
Disfunções estruturais associadas
AVALIAÇÃO
• Ausculta Geral:
Flexão anterior e flexão lateral esquerda.
• Ausculta Local:
Entre a 9ª e 12ª costelas, posterior a linha axilar
média esquerda.
Restrições Esqueléticas Associadas
• T9 – T10 principalmente a esquerda.
• Costelas de T8 a T10, principalmente do lado esquerdo.
• Coluna cervical inferior, à esquerda.
• Dor escápulo-umeral à esquerda.
• Restrição da 1ª costela esquerda.
• Repetidos entorses, estiramentos musculares e inflamações
capsulares/sinoviais.
Tratamento

1- Localização do baço.
2- Tratamento do Baço com estruturas associadas –
Diafragma/Rim/estômago.
3- Avaliação e Tratamento da Motilidade.
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PÂNCREAS
Pâncreas
O Pâncreas é uma glândula digestiva acessória alongada, situa- se
retroperitoneal e transversalmente através da parede abdominal posterior,
atrás do estômago entre o duodeno à direita, e o baço à esquerda. O mesocólon
transverso fixa- se à sua margem anterior.
Ducto Pancreático – Principal e acessório
• Começa na cauda do pâncreas até a cabeça.
• Está intimamente relacionado com o ducto colédoco.
• O ducto pancreático principal e o ducto colédoco se unem para formar uma ampola
hepatopancreática, que se abre na parte descendente do duodeno.
• Músculo esfíncter do ducto pancreático (em torno da parte terminal do ducto pancreático),
• O músculo esfíncter do ducto colédoco (em torno da terminação do ducto colédoco)
• Músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (esfíncter de oddi),
• Em torno da ampola hepatopancreática - são esfíncteres musculares lisos que controlam o
fluxo da bile e suco pancreático para o duodeno.
• Ducto acessório: drena o processo uncinado e a parte inferior da cabeça do pâncreas e se abre
no duodeno no ápice da papila menor do duodeno.
• Ducto acessório conduz a maior parte do suco pancreático
Pâncreas
O Pâncreas produz:
• Secreção exócrina (suco pancreático
proveniente das células acinares) que entra
no duodeno através dos ductos
pancreáticos principal e acessórios.

• Secreção endócrina (glucagon e insulina


provenientes das ilhotas pancreáticas de
Langherans) que entra no sangue.
FISIOLOGIA
• O Pâncreas é uma glândula digestiva, dividido em porção endócrina e porção
exócrina.
• A porção endócrina é composta por grupos de células chamadas Ilhotas pancreáticas
(ilhotas de Langherans)
Contêm três tipos celulares principais:
• Alfas secretam o glucagon;
• Betas secretam insulina e amilina;
• Deltas secretam Somatostatina.
• Os hormônios produzidos pelas ilhotas pancreáticas são lançados diretamente na
corrente sanguínea e não para o duodeno.

• A porção exócrina do pâncreas participa na digestão secretando enzimas digestivas


(que estão presentes no suco pancreático
FISIOLOGIA
Secreção pancreática – Porção exócrina
A secreção pancreática contém múltiplas enzimas para digerir todos
os três principais grupos de alimentos:
• Proteínas, carboidratos e gorduras.
• Contém também grande quantidade de íons bicarbonato que
contribuem para a neutralização da acidez do quimo transportado do
estômago para o duodeno.
Enzimas pancreáticas
• Tripsina, quimotripsina e a carboxipolipeptidase: responsáveis pela
digestão de proteínas, peptídeos e aminoácidos.

• Amilase pancreática: digestão de carboidratos (hidrolisa amido,


glicogênio e outros carboidratos, para formar dissacarídeos e
trissacarídeos.

• Lipase pancreática: hidrolisa gorduras neutras a ácidos graxos e


monoglicerídeos; a colesterol esterase, hidrolisa ésteres de colesterol; e a
fosfolipase, que cliva os ácidos graxos dos fosfolipídios.
Sistema Vascular Arterial
Artérias Pancreáticas

• Derivam principalmente dos ramos da


artéria esplênica,
• As artérias pancreaticoduodenais
superiores anterior e posterior,
• Ramos da artéria gastroduodenal,
• Artérias pancreaticoduodenais inferiores
anterior e posterior,
• Ramos da artéria mesentérica superior.
Sistema Vascular Venoso
Veias Pancreáticas:
As correspondentes são tributárias
das partes esplênica e mesentérica
superior da veia porta do fígado;
contudo, a maioria delas esvazia-se
na veia esplênica.
Vasos linfáticos
• Os vasos linfáticos pancreáticos seguem os
vasos sanguíneos.

• A maioria dos vasos terminam nos linfonodos


pancreaticoduodenais ao longo da artéria
esplênica, mas alguns vasos terminam nos
linfonodos pilóricos.

• Vasos eferentes provenientes destes


linfonodos drenam para os linfonodos
celíacos, hepáticos e mesentéricos superiores.
Secreção pancreática – Porção Endócrina
• O pâncreas, além de suas funções digestivas, secreta dois hormônios importantes,
insulina e glucagon. Importantes para a regulação normal do metabolismo da
glicose, dos lipídeos e das proteínas.

Insulina e suas funções:


• Um dos efeitos mais importantes da insulina é o de fazer com que a maioria da
glicose absorvida após refeição, seja armazenada quase imediatamente no fígado
sob a forma de glicogênio.
• Quando o nível da glicose sanguínea começa abaixar entre as refeições, o pâncreas
reduz a secreção de insulina e o glicogênio hepático é de novo convertido em
glicose, que é liberada de volta ao sangue.
Glucagon e suas funções:
• O glucagon, possui funções que são opostas às da insulina. A mais importante
das funções é a de aumentar a concentração da glicose sanguínea provocando
glicogenólise no fígado em período de minutos.
• Em concentrações elevadas aumenta a força do coração.
• Aumenta o fluxo do sangue para alguns tecidos, especialmente os rins.
• Aumenta a secreção de bile.
• Inibe a secreção de ácido gástrico.
• Inibe o armazenamento de triglicerídeos no fígado, o que impede esse órgão de
remover os ácidos graxos do sangue; isso disponibiliza quantidades adicionais de
ácidos graxos para outros tecidos do organismo.
INERVAÇÃO
• Simpático de T5- T9: através
do nervo esplâncnico maior,
que faz sinapse com o plexo
solar.

• Parassimpático: nervo vago.

Nervos simpáticos em vermelho;


Nervos parassimpáticos em azul;
Plexos (parassimpático e simpático) em amarelo.
Mobilidade e Motilidade
Mobilidade
• A mobilidade do pâncreas é inexistente em virtude do
sistema de pressão e tração ao qual está sujeito e ao seu bom
ancoramento aponeurótico no espaço retroperitoneal.

Motilidade
A motilidade do pâncreas se dá em um movimento que
segue a orientação horizontal do órgão.
• Expir inicia-se na região da cabeça pancreática, propagando-
se como uma onda até a cauda.
• Inspir tem direção latero-medial com a mesma sensação de
onda.
Sintomatologia
• Dor abdominal em forma de cinturão acima do umbigo.
• Distúrbios epigástricos após as refeições (náuseas, sensações de plenitude e pressão.
• Cansaço.
• Posição antálgica em ligeira flexão anterior.
• Icterícia.
• Fezes de coloração clara.
• Flatulência.
• Perda de peso.
• Dor lombossacral.
• Dor lombar superior à esquerda.
• Dor escapular esquerda.
• Dificuldades respiratórias, principalmente após as refeições.
• Hipersensibilidade a odores, especialmente a perfumes fortes.
• Preferencia por comidas muito condimentadas ou ácidas.
Indicações Contraindicações
Pancreatite aguda.
• Relacionadas ao tratamento
Icterícia.
da sintomatologia citada
Tumores.
anteriormente.
Infecções.
Febre.
• Devemos tratar órgãos Quando o tratamento
associados, como fígado, pancreático gera reações
vesícula e duodeno. neurovegetativas (náusea,
vômito, tonturas...).
Disfunções estruturais associadas
AVALIAÇÃO
• Ausculta Geral:
Flexão anterior, depois flexão lateral esquerda e rotação direita.
• Ausculta Local:
Sua mão é atraída para dentro e, no final do percurso, faz uma
leve rotação horária/ anti horária ao nível do ducto pancreático,
semelhante a ausculta do esfíncter de Oddi. A diferença para o
pâncreas é que a mão se move ligeiramente em direção a cauda do
pâncreas no final do movimento.
Restrições Esqueléticas Associadas
• T9.
• Dorsalgia T9 – T11, principalmente a esquerda.
• Articulação Gleno-umeral esquerda.
• Articulação sacro-ilíaca esquerda.
• Dor na inserção do músculo levantador da escápula,
geralmente no lado esquerdo. (pode ser atribuído a uma
irritação do nervo Frênico). Este ponto é simetricamente
oposto ao ponto da vesícula biliar, na escápula direita.
Topografia do Pâncreas
• Ver vídeo aula
Tratamento Pâncreas

1- Localização do pâncreas.
2- Avaliação e Tratamento da Motilidade do
Pâncreas.
Rim
• Os rins retiram o excesso de água, sais e resíduos desses processos metabólicos
do sangue, enquanto devolvem nutrientes e substâncias químicas ao sangue.

• Os rins são um dos veículos de excreção do organismo. Assim o


sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação e excreção
da urina: os rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.

• É um órgão par, abdominal, situado posteriormente ao peritônio parietal.

• Devido à fáscia renal não possuir fusão firme inferiormente para resistir à
gravidade, as ptoses renais são relativamente comuns.
Rim
• Sintomas das ptoses renais: dores lombares, ciáticas, inguinais, joelho e até
mesmo desconfortos abdominais após a ingestão de líquidos ou alimentos.

• Suas disfunções podem ter grande repercussão, com alcance local ou às vezes
sistêmico como:
– hipertensão arterial, problemas com os órgãos reprodutores e ainda
disfunções circulatórias nos MMII, disfunções associadas com os ureteres,
bexiga, estômago, intestinos, entre outras vísceras.

• São órgãos extremamente móveis, alcançando cerca de 3 cm de deslocamento


vertical durante a respiração diafragmática e em movimentos como passar da
posição de decúbito dorsal para a posição ortostática.
ANATOMIA
• Os rins estão situados retroperitonealmente na
parede abdominal posterior a cada lado da coluna
vertebral no nível das vértebras de T11 a L3.

• A massa do rim no homem adulto varia entre 125-


170g, já na mulher adulta, entre 115-155g.

• Apresentam a forma de um grande grão de feijão,


coloração marrom-avermelhada e medem
aproximadamente 10-12 cm de comprimento, 6-7
cm de largura e 2,5-3cm de espessura.
ANATOMIA
• O rim direito é habitualmente mais baixo que o rim
esquerdo, devido à presença do fígado, posteriormente
se aloja na 11ª e 12ª costela.

• O plano transpilórico passa através do pólo superior do


rim direito que está aproximadamente 2 cm mais
baixo que o esquerdo.

• O hilo do rim esquerdo situa-se próximo ao plano


transpilórico aproximadamente 4cm do plano mediano.
FASCIAS RENAIS
• Superiormente, a fáscia renal é contínua com a fáscia
na face inferior do diafragma (fáscia diafragmática).
Assim, a fixação primária das glândulas suprarrenais
é no diafragma.
• Inferiormente as duas lâminas são apenas unidas
frouxamente.
• Cada rim está rodeado por uma cápsula fibrosa, que
por sua vez é envolta por uma cápsula adiposa. Ao
redor da cápsula adiposa se encontra a cavidade
renal, formada por duas lâminas:
– lâmina posterior e lâmina anterior.
FASCIAS RENAIS
• A lâmina posterior está inserida
superiormente no diafragma por meio do
Lig. renofrênico e inferiormente está fixado
na fáscia ilíaca, na aponeurose dos Mm.
quadrado lombar e transverso do
abdômen.

• Ressalta-se que entre a lâmina posterior e


a parede abdominal posterior se interpõe
uma gordura pararrenal por onde passa o
XII nervo intercostal e os nervos ílio-
hipogástrico ilioinguinal e genitofemoral.
FASCIAS RENAIS
• A lâmina anterior está inserida
superiormente no diafragma e se une a
lâmina posterior.

• Inferiormente, está fixada na fáscia ilíaca


do peritônio parietal posterior.

• Para alguns anatomistas, as duas fáscias se


unem por debaixo dos rins e formam uma
cavidade fechada.

• Para outros, a cavidade está aberta, o que


pode permitir favorecer as ptoses renais.
FASCIAS RENAIS
• A lâmina anterior do rim direito está em contato
com
alguns órgãos:
– O fígado: Entre o rim e o fígado se encontra o
peritônio
parietal posterior, que forma um saco chamado
Lig. hepatorrenal.
– A segunda porção do duodeno: onde está
separado pela
fáscia retro pancreática, denominada fáscia de
Treitz.
– O ângulo cólico direito: a esse nível, a
aderência entre o
peritônio parietal posterior e a lâmina anterior da
cavidade renal se denomina fáscia de Told.
FASCIAS RENAIS
A lâmina anterior do rim esquerdo se encontra
atrás do peritônio parietal posterior e está
unida com:

• A parede musculoaponeurótica abdominal


superior.

• A parede musculoaponeurótica posterior.

• As fáscias de aderências dos órgãos abdominais.


FASCIAS RENAIS
• Superiormente, a face posterior dos rins repousam no diafragma e no seu Lig.
arqueado, uma extensão do M. psoas e tecido fibroso que se estende entre 11ª
e 12ª costela.
• Este aspecto renal corresponde ao seio costodiafragmático pleural que se
estende para baixo até a parte superior de L 1.
FASCIAS RENAIS
• Inferiormente, o rim repousa com a face posterior sobre os tecidos moles entre a 12ª costela
e a crista ilíaca (o rim esquerdo também entra em contato com a 11ª costela).

• O contato também ocorre com o M. psoas e sua fáscia ilíaca lateralmente, e com o M.
quadrado lombar e sua aponeurose medialmente. O último é separado pela lâmina posterior
da fáscia renal pelo corpo pararrenal, que é atravessado pelos Nn. subcostais, ilio-
hipogástrico e ilioinguinal.

• Isso explica porque problemas renais são sempre acompanhados de dores irradiadas para
virilha, trocanteriana, coxa e até no joelho.

• Músculos da parede abdominal, especialmente o M. transverso abdominal, interagem com o


rim póstero-lateralmente. A lombar e o quadrilátero de Grynfelt (ponto mais frágil da parede
iliocostal) são encontradas nessa área.
ARTICULAÇÕES VISCERAIS
FISIOLOGIA
• Sistema renina angiotensina aldosterona:
– A renina é uma enzima liberada pelos rins quando a pressão arterial (PA) chega
em níveis muito baixos.
– A renina é sintetizada e armazenada em sua forma inativa (chamada de pró-
renina), nas células justaglomerulares dos rins.
– A renina atua sobre o angiotensinogênio –(produzido pelo fígado), e esse
substrato faz liberar a angiotensina I, um vasoconstritor leve.
– A angiotensina I começa a ser convertida
nas células endoteliais dos capilares pulmonares em angiotensina II pela enzima
conversora de angiotensina.
– A angiotensina II produz uma vasoconstrição rápida e intensa, principalmente
nas arteríolas, fazendo assim com que a resistência periférica se eleve, e
consequentemente a PA também.
FISIOLOGIA
• Sistema renina angiotensina aldosterona:
– Ela também atua diretamente sobre os rins, diminuindo a excreção tanto de sal quanto de
água. Esse processo aumenta lentamente o volume de líquido extracelular, o que também
acaba elevando a PA por várias horas e dias.
– A Angiotensina estimula a secreção de aldosterona pelas glândulas supra renais. A
aldosterona por sua vez, aumenta a reabsorção de sal e água pelos túbulos renais mantendo
a PA elevada por mais tempo.
– O efeito mais importante é a constrição das arteríolas renais, diminuindo assim o fluxo de
sangue
pelos rins. Consequentemente menos líquido é filtrado pelos glomérulos para os túbulos.
– A constrição também faz com que o fluxo
sanguíneo nos capilares peritubulares seja mais lento, o que permite uma reabsorção
osmótica de líquido a partir desses túbulos.
FISIOLOGIA
• Sistema renina angiotensina aldosterona:
• Há ainda uma ação moderada sobre as células tubulares, que faz aumentar a reabsorção tubular de sódio
e água.
• Esses três motivos fazem com que menos urina seja produzida, causando diminuição do débito urinário
por até quatro a seis vezes.
• A angiotensina é um dos fatores mais potentes de controle da secreção de aldosterona.
• Quando o sistema angiotensina-aldosterona é ativado, a intensidade de secreção de aldosterona aumenta
ao mesmo tempo.
• A função mais importante do sistema renina-angiotensina é permitir que um indivíduo faça ingestões
grandes ou pequenas de sal, sem que sua PA sofra grandes alterações.
• A ingestão de sal aumenta o volume de líquido extracelular fazendo com que a PA se eleve. Esse aumento
da PA faz com que os níveis de renina e de angiotensina se abaixem, diminuindo assim a retenção de sal e
água pelos rins.
• Ou seja, o sistema atua de forma reversa também.
RELAÇÕES TOPOGRÁFICAS
• Esquelético: os rins estão situados ao nível de T11 a
L3 e na 11ª e 12ª costelas.
• Muscular: os rins estão situados em um sulco
formado pelos Mm. psoas e quadrado lombar (uma
disfunção renal pode influenciar estes músculos e
vice versa).
• O M. psoas tem relação com as vértebras
lombares e com a articulação sacroilíaca.
• Os rins estão situados em uma fáscia
perirrenal que une o diafragma ao osso ilíaco.
• O diafragma tem inserção do seu pilar
esquerdo e direito nas vértebras de T12 a L3 e
inervação do N. frênico.
INERVAÇÃO
• Ocorre a partir dos plexos aorticorrenais,
hipogástrico superior e inferior.
• As fibras aferentes viscerais retomam a
medula espinal nos níveis de T10 a T12.
• A inervação simpática é procedente de T10-
T12 por meio do N. esplâncnico torácico
menor e N. esplâncnico Imo.
• A inervação parassimpática é procedente do
N. vago através do plexo solar (celíaco),
sendo que também recebe influência dos Nn.
esplâncnicos pélvicos (S2- S4) por meio do
plexo hipogástrico superior.
VASCULARIZAÇÃO
Arterial:
Aa. renais: ramo da aorta, originado no nível do disco
intervertebral entre as vértebras L1-L2,
aproximadamente 1 nível abaixo da artéria
mesentérica superior.

Aa. segmentares são distribuídas:


- Artéria do segmento superior (apical): irriga o
seguimento superior (apical).
- Artéria do segmento anterior superior e do segmento
anterior inferior: irriga os segmentos ântero-
superiores e ântero-inferiores.
- Artéria segmentar posterior: origina-se de um ramo
posterior da A. renal e irriga o segmento posterior do
rim.
VASCULARIZAÇÃO
Venoso:
V. renal: V. renal direita e esquerda, sendo a esquerda mais
larga que a direita.
-Estão situadas à frente das artérias renais e ambas
desembocam na V. cava inferior. A drenagem venosa se
dá por meio da veia renal direita e esquerda, que se
situam anteriormente as Aa. Renais direita e esquerda.
-A veia renal esquerda é mais longa e vai receber a veia
suprarrenal esquerda, V. gonadal (testicular ou ovárica
esquerda) e também vai apresentar uma comunicação
com a V. lombar ascendente.
-Todas as Vv. renais são drenadas para a veia cava
inferior.
RITMO CIRCADIANO

• Função Máxima: 17h-19h.

• Função Mínima: 05h-07h.


MOVIMENTOS FISIOLÓGICOS
Mobilidade:
• Em inspiração diafragmática
acontece o descenso e lateralização
do polo inferior com balanceio
anterior do polo superior.
MOVIMENTOS FISIOLÓGICOS
Motilidade:

• Inspir: inferior e lateral.

• Expir: superior e medial.


SINTOMATOLOGIA
• Dor renal gerada pela distensão da cápsula renal é
percebida na região lombar e dos flancos;

• Parênquima renal muitas vezes é insensível. A dor é


geralmente descrita como uma sensação profunda,
pesada, de intensidade variável, fixa e persistente,
que piora na posição ereta e se agrava no fim do
dia;

• Esse tipo de dor pode estar presente na síndrome


nefrótica, glomerulonefrite aguda, nefrite
intersticial e pielonefrite aguda.
SINTOMATOLOGIA
• A cólica renal ou nefrítica é a dor resultante
da obstrução do trato urinário alto, com dilatação súbita
da pelve renal destas estruturas.
• No início pode haver apenas uma sensação de
desconforto na região lombar ou flanco, irradiada para o
quadrante inferior do abdome do mesmo lado.
• Rapidamente evolui para dor lancinante (em pontadas
agudas), de grande intensidade, acompanhada de mal-
estar geral, inquietação, sudorese, náuseas e vômitos.
• O desaparecimento súbito da dor, ocasionado pela
resolução natural da obstrução, é importante no
diagnóstico diferencial.
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
INDICAÇÕES AO TRATAMENTO VISCERAL
• Síndromes infecciosas recorrentes do trato CONTRAINDICAÇÕES AO
urinário. TRATAMENTO VISCERAL
• Ptoses da bexiga.
• Ptose renal.
● CA renal.
• Varicoceles (mais comum em MIE).
• Diminuição da libido. ● Infecções agudas.
• Impotência.
• Alterações no lábio e vulva à esquerda.
• Dismenorreia à esquerda.
• Lombalgia.
• Ciatalgia.
DISFUNÇÕES ASSOCIADAS
PTOSE RENAL
Causas da ptose renal: • Colites, por associação a espasmos
• Rápida perda de peso - perda tecido adiposo intestinais, causando alterações na mobilidade
e motilidade.
perirrenal.
• Depressão nervosa e outros fatores que • Disfunções intra uterinas, afetando mais
afetam o tônus normal. frequentemente o rim esquerdo (observações
• Sedentarismo ou condições de trabalho clínicas).
adversas (sentado ou em pé durante todo o
dia). • Trauma (ex.: tosses crônicas e grandes
• Tempo excessivo gasto viajando (carro ou vibrações).
avião).
• Alterações congênitas que afetam o formato
• Intervenção cirúrgica, com resultado de atonia do compartimento renal ou relação anatômica
abdominal e cicatrizes. desfavorável (ex.: aumento do fígado).
• Infecções urinárias e cálculos renais, que
podem provocar ptose por mecanismo reflexo. • Traumas diretos, particularmente em cóccix e
costelas.
PTOSE RENAL
GRAUS DE PTOSE SEGUNDO A SEVERIDADE
• Grau 1
O rim tem um leve direcionamento inferior. Neste ponto ele pode
irritar o nervo subcostal, que se encontra entre o corpo renal, a
aponeurose do quadrado lombar e a lâmina posterior.
• Grau 2
O rim continua o trajeto ao longo do trilho do M. psoas. Sua borda
inferior se torna mais anterior e roda externamente. Irrita os
nervos ílio-hipogástricos e ilioinguinal, e mais raramente o N.
cutâneo lateral da coxa, que passa perto do corpo pararrenal.
Considerando a distribuição nervosa nesta área a migração
do rim pode irritar também os Nn. femoral e obturatório. A
hiperestesia pode mais tarde dar lugar à dormência. Através da
urografia excretora é possível detectar a rotação externa do rim,
pois as Aa. e Vv. renais tornam-se mais visíveis.
PTOSE RENAL
• Grau 2 RESUMO:
A rotação externa também pode gerar tensão e torcer os ureteres, 1º somente desce leve
gerando tensão abdominal 15min após beber água. Isso pode ser um fator
para a formação de cálculos.
2º desce e vai lateral e
• Grau 3
não volta
O rim torna-se subluxado e perde toda a sua continuidade com o fígado ou
diafragma, irritando o n. femoral. Ex.: pacientes com hipersensibilidade na
coxa homolateral, acompanhada pela dor na cápsula do joelho. 3º desce e vai medial e
A dor na cápsula interna aumenta quando o joelho está fletido. Neste grau não volta
de pstose o polo inferior do rim está muito baixo e anterior (rim pélvico).
Entretanto, está em rotação interna, pois não está mais recebendo
influência do m. psoas.
Neste grau, o paciente tem menos sintomas que o primeiro e segundo
grau, e a motilidade pode encontrar-se normal. Entretanto pode tornar a
pessoa mais suscetível a infecções.
AVALIAÇÃO
Ausculta Geral:
O paciente realiza primeiro uma lateroflexão para o lado do rim restrito e depois faz
uma rotação para o mesmo lado e uma flexão anterior.
Ausculta Local:
Com o paciente em decúbito dorsal, posicione o calcanhar da sua mão
imediatamente acima do umbigo, com o dedo médio na linha média. Quando há
um problema renal, a palma da mão é puxada profundamente para posterior e
depois lateralmente para a esquerda ou direita, dependendo do rim afetado; e
depois há uma ligeira tração para superior e medial.
• Motilidade (aferir grau de ptose).
TESTE DE MOBILIDADE
• Objetivo da técnica:
Testar a mobilidade dos rins.

• Posição do paciente:
Em decúbito dorsal, membros inferiores flexionados.

• Posição do terapeuta:
Em pé ou sentado ao lado do paciente, olhando para sua face.

• Execução da técnica:
Colocar ambas as mãos na região dos rins, primeiro seguir o movimento com o diafragma e
depois testar ativamente a mobilidade dos rins.
TESTE DE MOTILIDADE
• Objetivo da técnica:
Testar a motilidade dos rins.

• Posição do paciente:
Em decúbito dorsal, membros inferiores esticados.

• Posição do terapeuta:
Em pé ou sentado ao lado do paciente, olhando para sua face.

• Execução da técnica:
Colocar a mão dominando sobre o rim que pretende avaliar, sentir o Inspir e Expir.
Tratamento
1- Rim - Técnica combinada – Perna em abdução RE e
Adução RI.
2- Rim – Técnica com contração e relaxamento do psoas.
3- Rim – Técnica Triangulo de Grynfeltt rim direito e
esquerdo.
4- Avaliação e Tratamento da Motilidade do rim.
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