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​CURSO AURICULOTERAPIA INTEGRATIVA

1
SUMÁRIO

O QUE É AURICULOTERAPIA? 3

TEORIA YIN E YANG 4

TEORIA DOS 5 ELEMENTOS 5

ANATOMIA AURICULAR 6

CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS AURICULARES 10

DIAGNÓSTICO AURICULAR 11

TÉCNICA DA AURICULOTERAPIA 13

Terapia com agulha filiforme (sistêmica) 14

2. Terapia com agulha semipermanente (agulha auricular) 15

3. Terapia por agulha akabani 16

4. Eletroauriculoterapia 16

5. Terapia com ponto semente, esfera e cristais 17

6. Sangria Auricular 18

7. Magnetoterapia Auricular 20

8. Terapia de LASER Auricular (Laserpuntura) 21

9. Moxabustão Auricular 22

10. Massagem auricular 22

CUIDADOS 23

PRINCÍPIOS PARA SELEÇÃO DE PONTOS AURICULARES 24

REAÇÕES NORMAIS 25

CONTRA-INDICAÇÕES 26

 
 
Material bibliográfico realizado pela prof. Renata Vieira - e-mail: acus.cursos​@gmail.com​.
É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila sem a devida autorização.
 
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O QUE É AURICULOTERAPIA?

A Auriculoterapia é uma técnica de tratamento em que usa o pavilhão


auricular para efetuar estímulos aproveitando o reflexo que a aurícula exerce sobre
o Sistema Nervoso Central. Na qual estimula pontos, situados na orelha, que
correspondem à órgãos, funções e partes do corpo.
Ao se efetuar a estimulação desses pontos, o cérebro recebe um impulso
que desencadeia uma série de fenômenos físicos, relacionados com a área do
corpo, produzindo equilíbrio e assim prevenindo e tratando diversas doenças físicas
e emocionais.
É uma técnica completa, econômica, de rápida aplicação. Seu resultado é
rápido, produzindo o alívio de dores, ansiedade, stress, desintoxicação, depressão,
problemas de coluna entre outros.
Em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a
Auriculoterapia como terapia de microssistema para benefício, promoção e
manutenção da saúde e no tratamento de diversas enfermidades.

BASES DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (BMTC)

Na filosofia chinesa, o Universo é resultante da conjugação da Consciência


Suprema e do Qi (energia). O Qi serve de veículo à Consciência. Por sua vez, o Qi
é a base e origem de todas as formas de energia como também de matéria, pois
matéria, a ciência o afirma, não passa de energia condensada.
Este Qi universal manifesta-se, individualizado, em todo ser (animado ou
inanimado), inclusive no ser humano. Ele permeia, envolve, nutre e controla não
somente nosso corpo, mas nossa mente, estruturando-os, dinamizando-os,
fazendo-os viver.
Quando tal energia abandona o corpo, este morre. Quando escasseia, se
enfraquece. Quando se desarmoniza, cria-lhe a doença.

 
 
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O Qi semelhantemente à eletricidade se polariza (Yang = positivo, Yin =
negativo); e pode ser acumulado, transformado e conduzido.

TEORIA YIN E YANG

Os fenômenos científicos devem ser, de início, minuciosamente observados,


para que, mais tarde, seja possível desenvolver grandes teorias.
Esses processos constam comumente de cinco etapas: 1) observação; 2) análise;
3) suposição; 4) comprovação e 5) conclusão.
A Teoria Yin-Yang também passou pelo mesmo processo. Na China antiga,
as primeiras observações efetuadas levaram à conclusão de que a estrutura básica
do ser humano era a mesma do universo. Então, todos os fenômenos da natureza
foram classificados em dois polos opostos: o Yin (negativo) e o Yang (positivo).
Aqueles que apresentam como características força, calor, claridade,
superfície, grandeza, dureza, peso etc. pertencem ao Yang.
Ao contrário, os que apresentam características opostas as mencionadas,
pertencem ao Yin.

Natureza Corpo Humano Características


das doenças

YANG sol, dia, céu, superfície (externa), região agitada, forte,


homem, verão, dorsal, porção quente, seca,
calor, sul, norte supradiafragmática e hiperfuncionante,
vísceras energéticas aguda

YIN lua, noite, terra, profundo (interno), região calma, fraca, fria,
mulher, inverno, central, porção úmida,
frio, leste, oeste infradiafragmática, órgãos, hipofuncionante,
sistema sanguíneo crônica

No corpo humano há órgãos de constituição mais fraca que necessitam da


proteção das vértebras e das costelas. Eles são: coração, pulmão, rins e
baço-pâncreas. Eles pertencem ao Yin. Ao contrário, as vísceras menos protegidas
e de constituição mais forte como estômago, intestino delgado, intestino grosso,
bexiga, vesícula biliar são de natureza Yang.

 
 
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TEORIA DOS 5 ELEMENTOS

Os antigos chineses perceberam a influência da natureza na vida do homem


e nas suas inter-relações e agruparam todos esses fenômenos nos elementos:
Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água onde desenvolveram a Teoria dos 5 elementos.
Segundo a concepção chinesa, os 5 elementos não são considerados
substâncias materiais, mas as cinco fases de transformação que universalmente
ocorrem em todos os fenômenos, sejam na química, física, biologia, psicologia etc.
Na verdade, o nome original ou tradução mais correta seria 5 transformações ou 5
movimentos. Todas as coisas do Universo transformam-se por meio de ciclos, por
exemplo, as estações do ano, os ciclos da lua, a gestação de um bebê, o ciclo
menstrual, as marés etc.

5 ELEMENTOS NA NATUREZA E NOS SERES VIVOS


MADEIRA FOGO TERRA METAL ÁGUA

ÓRGÃO (Zang) Fígado Coração, Baço- Pulmão Rim


Pericárdio (ou Pâncreas
Circulação-Se
xo)

VÍSCERA Vesícula Intestino Estômago Intestino Bexiga


(Fu) Biliar Delgado, Grosso
San Jiao (ou
Triplo-
Aquecedor)

SENTIDO Visão Fala Gustação Nariz Orelha


Olhos Língua Boca Olfato Audição
Tato Paladar Ouvidos
Esfíncteres Uretra

CORPO Músculo Vasos: Tecido Pele Ossos


(tendão) artérias, veias Conjuntivo Pelos Dentes
e linfa Músculo Medula
(parte Cérebro
cárnea)

 
 
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ORNAMENTOS Olhos Língua Boca Nariz Orelhas
Face Lábios Pêlos Cabelos

SECREÇÃO Lágrima Suor Saliva Muco Urina

SENTIMENTO Raiva Euforia Preocupação Tristeza Medo


Irritação Alegria Reflexão Melancolia Insegurança
Reatividade Obsessão Ansiedade Fobias

EXPRESSÃO Grito Riso Canto Pranto Suspiro

PROCESSO Nascer Crescer Transformar Colher Armazenar

ESTAÇÃO Primavera Verão Final de cada Outono Inverno


estação

CLIMA Vento Calor Umidade Secura Frio

COR Verde Vermelho Amarelo Branco Escuro

SABOR Azedo Amargo Adocicado Picante Salgado

SOM/VOZ Grito Riso Canto Soluço Gemido

ANATOMIA AURICULAR

Ramificações nervosas derivadas dos nervos espinhais e cranianos ligam os


pontos auriculares a regiões cerebrais que estão ligadas através da rede nervosa
aos órgãos e partes do corpo.
Assim qualquer alteração em um determinado órgão ou parte do corpo
poderá ser detectada e tratada pelo pavilhão auricular.
Existem dois tipos de inervação, uma cranial e outra, espinhal. Essa rede
nervosa está entrelaçada por praticamente todo o pavilhão auricular, mas os nervos
de origem craniana predominam na região central ou interna da orelha, ao passo

 
 
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que os nervos espinhais predominam nas regiões externas ou periféricas da
aurícula.

Nervos Cranianos

- Nervo auriculotemporal: provém de um ramo sensitivo do trigêmeo, chega até


a borda em que a orelha se une a face e ramificação internamente pelo
conduto auditivo. Pelo seu trajeto na face e abrangência auricular, esse nervo
pode estar envolvido com as sensações de zumbido e obstrução do ouvido,
dor e ardor na garganta, língua, ATM, face e a sensação de obstrução nasal.
- Ramo auricular do vago: também chamado de pneumogástrico, que
acompanha as veias cervicais, penetra na orelha após se ramificar com o
nervo glossofaríngeo e com algumas fibras do nervo facial, abrangendo a
face central e interna da orelha. É responsável pela inervação parassimpática
de praticamente todos os órgãos abaixo do pescoço, exceto parte do
intestino grosso (colo transverso e descendente) e órgãos sexuais.

Nervos Espinhais

Constituídos pelo nervo auricular maior, nervo occipital menor e do segundo


e terceiro pares do plexo cervical. Chegam até a orelha através de sua face
posterior, onde possuem maiores ramificações. Na face anterior do pavilhão,
abrangem a região externa ou periférica. Possuem polaridade simpática e abrangem
todas as estruturas musculoesqueléticas representadas no pavilhão auricular.

Vasos Linfáticos

Os linfáticos da parte anterior da hélix e do trago se relacionam ao gânglio


parotídeo pré-auricular e os da face anterior e posterior são oriundos dos gânglios
mastóideo, parotídeo e subesternomastóideo.

 
 
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Músculos

Dividem-se em extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos são os


músculos auriculares anterior, superior e posterior. Os músculos intrínsecos se
estendem desde a cartilagem até a pele do pavilhão auricular ou unem duas partes
da cartilagem.
- músculo maior da hélix
- músculo menor do hélix
- músculo do trago
- músculo do antitrago
- músculo transverso e oblíquo

Segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e conforme seus antigos


escritos, os 12 meridianos reúnem-se na orelha. A orelha também é uma das
principais zonas onde o Yang e o Yin se inter-relacionam.
O pavilhão auricular guarda estreita relação com os órgãos. E conhecido
como o palácio do rim, que tem sua porta de entrada através do ouvido. Além disso,
ambos apresentam claramente a mesma forma anatômica.
Quando algum meridiano e obstruído e a circulação do sangue e energia perde seu
fluxo, aparecem pontos dolorosos na orelha como uma reação reflexa do local
obstruído.

Correspondência auricular

O pavilhão auricular possui um formato ovóide que se assemelha a forma de


um feijão, de um rim e a figura de um feto em posição encefálica, conforme
descreve Paul Nogier.
Sua morfologia acidentada, composta por um conjunto de sulcos e
eminências, é a primeira referência para a localização dos pontos auriculares.
Dessa forma, cada estrutura do relevo auricular representa uma região do corpo,
presente nas duas orelhas.

 
 
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NOMENCLATURA ANATÔMICA

A face anterior e posterior da orelha apresentam saliências e depressões


onde situam pontos ou áreas correspondentes à anatomia e a algumas funções do
organismo.
A distribuição dos pontos auriculares tem relação com o feto na posição
cefálica.

DEPRESSÕES

Fossa Escafóide: ​membros superiores


Fossa Triangular:​ região pélvica e órgãos genitais internos
Concha Superior: ​pontos da cavidade abdominal
Concha Inferior:​ pontos da cavidade torácica
Incisura do Intertrago: ​glândulas endócrinas

SALIÊNCIAS

Anti-hélice: ​coluna cervical, dorsal, lombar (ramo inferior: sacra, coccígea), região
glútea, membros inferiores (ramo superior)
Anti-trago: ​cérebro
Trago: ​laringe, faringe, nariz interno e externo
Raiz da hélice:​ diafragma, e em torno da raiz, o sistema digestivo
Lóbulo:​ região cefálica e facial

FACE ANTERIOR DO PAVILHÃO AURICULAR

Hélice – é o contorno da orelha.

Tubérculo auricular – pequena proeminência na parte superior do hélice.

Raiz da hélice – protuberância que divide a concha central da orelha em duas partes
(concha superior e concha inferior).

 
 
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Anti-hélice – proeminência superior que se divide em duas partes ficando entre elas
uma região em forma de triângulo.

Fossa triangular – A região entre as divisões da anti- hélice, chamada de raiz


superior e inferior da anti-hélice.

Fossa escafóide- sulco formado entre a hélice e a anti-hélice.

Trago- proeminência localizada sobre o meato auditivo, em geral é triangular ou


arredonda e em algumas pessoas se divide em duas partes.

Supra-trago – incisura superior do trago.

Anti-trago – estrutura semelhante ao trago mas do lado contrário no início do hélice.

Incisura intertrágica – depressão formada pelo trago e o antitrago.

Concha superior (cimba) – é a metade superior da concha central da orelha.

Concha inferior (cava) – é a metade inferior da concha central da orelha.

Lóbulo – porção carnosa na parte inferior da orelha.

Observando a morfologia do pavilhão auricular, podemos notar que existe um


antagonismo entre seu relevo anterior e posterior, assim como todo sulco anterior se
torna uma eminência posterior. Também é possível observar que a face anterior do
pavilhão auricular possui um relevo mais significativo e que seu verso evidencia
praticamente liso.
Por essa razão, o relevo anterior é a principal referência não só para a
localização dos pontos anteriores, como para a localização das estruturas e pontos
posteriores, motivo pelo qual a avaliação auricular é feita principalmente pela região
anterior.
Conforme os estudos da Dra. Huang Li Chun, a importância do dorso
auricular está no tratamento de disfunções musculoesqueléticas, onde se produz
melhores resultados.

 
 
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CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS AURICULARES

Os pontos auriculares foram classificados e denominados de acordo com a


anatomia, fisiologia dos Zang Fu(órgãos e vísceras) e Jing Luo, Sistema Nervoso,
Sistema Endócrino, funções específicas dos pontos, etc.

PONTOS REFERENTES AOS 5 ELEMENTOS

São doze pontos que representam os órgãos e vísceras.


Órgãos: coração, fígado, baço, pâncreas, pulmão, rim.
Vísceras: intestino grosso, intestino delgado, vesícula biliar, bexiga,
estômago e San Jiao.
Estes doze pontos também podem ser denominados como pontos da zona
correspondente mas diferem, no fato de que os mesmos representam não só a
anatomia do Zang ou do Fu, como também, sua função energética e fisiológica.
Por exemplo, o ponto Pulmão além de tratar e diagnosticar as doenças
próprias deste órgão, também é usado no diagnóstico e tratamento de doenças
dermatológicas, do nariz, garganta etc. Isto corresponde a teoria dos cinco
elementos.

DIAGNÓSTICO AURICULAR

O pavilhão auricular está ligado ao corpo através dos Canais de Energia, pelo
Sangue e pelo Sistema Nervoso. Portanto, as alterações sistêmicas irão provocar
alterações energéticas, funcionais ou orgânicas na orelha, que são utilizadas como
meio de diagnóstico.

Os pontos auriculares estão localizados em regiões específicas da orelha que


tornam-se reativos quando um Órgão ou Víscera, ou uma parte do corpo apresenta
uma doença.

O diagnóstico em Auriculoterapia consiste na identificação e localização de


pontos ou regiões alteradas no pavilhão auricular. Indica apenas o local porém não

 
 
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indica a causa. Além disso, podem indicar alterações apenas energéticas com
doença não manifestada.

Essas alterações são chamadas de pontos ou áreas reagentes e são


localizadas por meio de inspeção, palpação e detectores eletrônicos.

TERAPÊUTICA EFICAZ = BOM DIAGNÓSTICO +


TÉCNICA CORRETA DE APLICAÇÃO

ASPECTO FUNDAMENTAL = LOCALIZAÇÃO EXATA DOS


PONTOS AURICULARES

Inspeção

É importante lembrar que nessa fase da avaliação o pavilhão auricular ainda


não foi tocado, portanto ainda não foi limpo, evitando qualquer alteração na sua
superfície que possa mascarar ou produzir qualquer alteração que prejudique esse
exame.

Alteração Diagnóstico

Pontos avermelhados Disfunções agudas, dor ou excessos

Pontos esbranquiçados+protuberância Disfunções crônicas ou deficiência


sebácea fixa

Pontos acinzentados tumor

Vasos vermelhos Dor ou disfunções circulatórias

Vasos azulados Disfunções crônicas, antigas

Descamações ponto patológico, dermatite ou má


assimilação orgânica

Cordões Disfunções articulares

Nódulos Disfunções crônicas e degenerativas

 
 
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Palpação

A palpação tem como objetivo localizar pontos que sejam reagentes a dor e
observar possíveis marcas deixadas pelo método. Além de verificar a presença de
cordões, nódulos, descamações ou através da alteração na impedância da pele
(detector eletrônico).
Podemos utilizar apalpadores com ponta arredondada com ou sem mola.

Pesquisa com R.A.C.

Toque suavemente o ponto auricular controlando o pulso radial, se o ponto


for ​importante para o corpo do paciente a intensidade irá aumentar ou diminuir ou
a ​frequência ​do pulso irá variar de 4 a 10 batimentos.

TÉCNICA DA AURICULOTERAPIA

Antes da aplicação é importante firmar que, a forma de aplicação chinesa


usa-se o MENOR número possível de agulhas ou pontos semente, esferas ou
cristais (até 6 pontos numa mesma sessão).
Em caso de dor, coloca na orelha do mesmo lado da dor, mas o ideal é
alternar a cada semana.
Em caso de tratamento geral, por exemplo stress, obesidade etc usar a
orelha do lado dominante do paciente.
Alternar a orelha, por exemplo, coloca-se as agulhas e/ou pontos auriculares,
na orelha direita numa sessão, na próxima coloca-se os pontos na orelha esquerda
exceto pontos que pertencem somente a orelha direita como o ponto Fígado e
Vesícula Biliar e pontos que pertencem somente a orelha esquerda como o ponto
Baço e Pâncreas.
Ao aplicar as diversas agulhas e/ou pontos nas duas orelhas ao mesmo
tempo, na semana seguinte as duas orelhas podem estar sensíveis, tratando-se de
ponto de dor, você não vai saber se os pontos na orelha precisam ser tratados,
porque doem ou estão sensíveis por ter sido aplicado recentemente. Sendo assim o
melhor é intercalar, enquanto aplica-se numa orelha a outra descansa.

 
 
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Após a retirada das agulhas sistêmicas, pode-se aplicar as agulhas
semipermanentes, esferas ou ponto sementes de mostarda. Entretanto, ao remover
a agulha sistêmica se o ponto sangrar, limpe o local com algodão seco, e não
aplique a semente, por tratar-se de material orgânico em contato com o sangue,
pode deteriorar e causar infecção.
Existem pessoas que tem grandes desequilíbrios e não sentem dor alguma.
Essas pessoas possuem uma deficiência grande no meridiano do rim, nesse caso é
preciso tonificar primeiro o ponto do rim com moxa na agulha, aguardar uns 5
minutos e aí palpar novamente os supostos pontos em desequilíbrio. Não deve-se
tonificar pontos do rim se houver um problema grave no órgão como nefrite ou
grandes cálculos renais.

MÉTODOS DE APLICAÇÃO

1. Terapia com agulha filiforme (sistêmica)

Podemos usar esse tipo de agulha para tratar qualquer tipo de desequilíbrio.
Desinfete a orelha, estabilize a orelha com a mão esquerda, segure a agulha na
mão direita, coloque a agulha no ponto, insira rapidamente a quase 0,1 tsun, gire a
agulha no ​sentido horário (tonificação) ou no ​sentido anti-horário (sedação) ou
alternando (harmonização) a 180 graus, tendo certeza de não atravessar a orelha.
Em geral, perfure ​profundamente para síndromes de calor e ​excesso​;
perfure ​superficialmente para síndromes de frio e de ​deficiência e doenças
crônicas.
O ângulo de inserção pode ser decidido de acordo com os outros pontos
usados.
O tempo de permanência varia até ​15 min (tonificação)​, de ​20 a 40 min
(sedação).

 
 
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Sensação de inserção da agulha

A sensação da inserção da agulha refere-se à sensação de “picada”,


entorpecimento, peso, distensão, calor etc., é chamada de a “chegada do Qi”,ou “Te
Qi”, o que deve ser explicado claramente ao paciente antes do tratamento.
Em geral são usados ​2 a 7 pontos em cada tratamento. Podem ser inseridos
uni ou bilateralmente.

2. ​Terapia com agulha semipermanente (agulha auricular)

Desinfete a orelha, use uma agulha auricular de 1,0 mm para tonificar; 1,5
mm para harmonizar; 1,8 mm ou 2,0 mm para sedar. Estabilize a orelha com a mão
esquerda e use uma pinça ou braçadeira para segurar o cabo da agulha auricular
com a mão direita.
Rapidamente insira a agulha no ponto e depois fixe a agulha auricular no
lugar com fita adesiva (micropore, esparadrapo ou transpore).

Precauções
Peça aos pacientes que mantenham os pontos secos, evitando molhá-los
durante o banho para prevenir infecção. Se o paciente tiver dor na área, a orelha
deve ser examinada para detectar o mais precocemente possível se a fita adesiva
caiu ou a direção da agulha auricular mudou.

Geralmente, o tempo de permanência das agulhas auriculares é de 7 dias, se


após 3 dias não houver desconforto pode deixá-la até 15 dias. Se houver dor, calor,
fisgadas fortes intermitentes, extrair as agulhas imediatamente.

Em pacientes que transpiram muito, trocar as agulhas auriculares toda


semana.
O paciente deve secar a orelha sem esfregar a toalha na orelha.
Qualquer outra dor que surja, exceto no primeiro dia quando os pontos
podem estar sensíveis pode significar:

 
 
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- agulha solta: dor quando encosta na agulha
- inflamação: reação do organismo
- infecção: a agulha deve ser retirada imediatamente, é muito grave no
pavilhão auricular.

3. ​Terapia por agulha akabani

Uma forma de potencializar alguns tratamentos é utilizando as agulhas


akabani ou uma agulha sistêmica 0,25x25mm que é melhor de ser manipulada, para
potencializar o tratamento de alguns desequilíbrios, ligamos dois pontos com a
mesma agulha.
A forma mais correta dessa aplicação é introduzir a agulha em um
determinado ponto e seguir até atingir outro ponto, como se fosse uma farpa na
pele.

4. ​Eletroauriculoterapia

Selecionar 1 a 2 pares de pontos principais, conecte os fios do equipamento


eletroestimulador ao cabo da agulha filiforme e selecione o padrão de onda
terapêutica apropriada.

Eletro​tonificação Eletros​sedação

até 40 Hz até 100 Hz

intensidade da corrente menor intensidade da corrente maior


(voltagem) (voltagem)

largura de pulso menor largura de pulso maior

intervalo entre pulsos maiores intervalo entre pulsos menores

eletrodo catódio (aquele que apresenta eletrodo anódio (aquele que apresenta
maior estímulo) menor estímulo)

tempo de aplicação até 15 min tempo de aplicação 20 a 40 min

 
 
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Doenças Crônicas e Síndromes Dolorosas = onda alta ou onda baixo-alta


Doenças Agudas = frequência baixa de onda alternada

Precauções

Antes de ligar o aparelho, tenha certeza de que todas as saídas estejam na


posição 0. Selecione o padrão de onda necessário e gire o interruptor. Depois,
ajuste-o para que o paciente se sinta confortável com a sensação do estímulo.
Antes de desligar, retorne os mostradores do equipamento ao 0, então desligue.
Tome cuidado para a corrente ser começada e interrompida gradualmente para não
ferir o paciente.

Contra-indicações da Eletroauriculoterapia

- Gestantes
- Pacientes com marcapasso
- eletroestimulação em áreas com peças endotissulares
- pacientes sensíveis à eletroestimulação
- pacientes cardiopatas
- pacientes com próteses ou peças metálicas

5. ​Terapia com ponto semente, esfera e cristais

Atualmente, é usada com mais frequência a semente de vacaria (mostarda)


que tem como função desobstruir e ativar canais de energia.
As esferas podem ser de prata (sedação), de ouro (tonificação), de aço
inoxidável (harmonização) ou de cristal (harmonização).
Todos os pontos semente, esfera e cristal devem permanecer por até 7 dias,
mas se houver algum tipo de lesão o ponto semente de mostarda não deve ser
utilizada por tratar-se de material orgânico que pode causar algum tipo de infecção.
O paciente deve pressionar cada ponto auricular 3 a 4 vezes ao dia com
cuidado pois pode causar lesões ao exceder a pressão.

 
 
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6. ​Sangria Auricular

Utilizada para eliminar calor e ativar a circulação de Qi e Xue (sangue), o que


libera as estagnações e acalma a dor. Neste procedimento, retira-se em média de
três a cinco gotas de sangue em qualquer ponto auricular. Recomenda-se o uso
prévio de massagem auricular para aumentar a circulação e potencializar seus
efeitos.
O ponto mais utilizado para a sangria é o ápice da orelha, que é o encontro
da artéria e veia auricular posterior com a artéria e veia temporal superficial no
ponto mais alto do pavilhão.
Por essa razão, a sangria efetuada nesse ponto age em todo o
microssistema da orelha, beneficiando todas as regiões auriculares.
Nesse ponto está indicada a retirada de cinco a vinte gotas de sangue,
conforme a gravidade do problema.

Indicações da Sangria

A Medicina Tradicional Chinesa indica a sangria, principalmente para casos de


estagnação de Qi (energia vital) e Xue (Sangue), mas também existem várias outras
indicações para o uso desta técnica:

• Antipirética, no combate das enfermidades febris.

• Síndromes de calor do tipo Shi (excesso), causadas por fatores patogênicos


exógenos e excesso de Yang.

• Auxiliar na eliminação da dor ocasionada pela obstrução de algum canal de


energia, da estase de Xue (sangue) e do Qi (energia);

• Apresenta propriedades estimulantes ao coração, pois incita a circulação


sangüínea, sendo por isso, indicada em alguns casos de insuficiência cardíaca.

• ​Antiinflamatória.

 
 
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• Descongestionante.

• Depressão

• Síndrome do Pânico

• Anti-hipertensiva, reduz o calor e acalma a hiperatividade do Yang do fígado; nos


casos em que a pressão arterial sobe repentinamente, a sangria constitui um
método terapêutico de emergência muito eficaz.

• Desintoxicante, nos envenenamentos provocados por monóxido de carbono, álcool


e infecções;

• ​Tranqüilizante, pois auxilia no combate da inquietação e ansiedade, promovendo a


comunicação entre os principais canais de energia.

Regularizadora do equilíbrio geral do paciente, já que promove o ajuste energético


entre a circulação do Tchi (bioenergia) e do sangue (Xue), acalmando o fígado e
eliminando a estagnação.
• Auxilia no combate ao inchaço patológico (tumefação).

• Excelente para asma e doenças alérgicas

Contraindicações da Sangria:

- hipotensão, gravidez, hemofilia, uso de antiplaquetário, diabetes mellitus e


debilidade excessiva.

Para realizar a sangria é necessário o uso de luva descartável, algodão e


lanceta de sangria, as mesmas utilizadas para teste de glicose, colesterol etc.

Método - sangria auricular

Primeiramente massageie a orelha para ativar a circulação de sangue da


região escolhida.

 
 
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O procedimento é realizado com uma das mãos realizando contenção firme
da região auricular. Dessa forma é criada uma área isquêmica que minimiza não só
a dor da lanceta como o risco de sangramento imediato. Assim o procedimento
torna-se seguro e quase indolor.
A sangria ocorre propriamente quando a mão de contenção é liberada, e a
massagem é realizada novamente, sempre com ênfase nas áreas reagentes, para
que algumas gotas de sangue sejam retiradas, geralmente de cinco a vinte gotas,
conforme a gravidade dos sintomas. Depois, deve-se secar o ponto com uma bola
de algodão esterilizada.
Em casos de sangramento excessivo, quando não cessa espontaneamente
após vinte gotas, ou presença de edema local, é indicada a contensão por bola de
algodão seguido de pressão sobre o ponto. Além de estancar o sangramento,
diminui o risco de hematoma.

7. ​Magnetoterapia Auricular

Os magnetos servem tanto para sedar como tonificar depende do lado que
esteja em contato com a pele, ou seja, todo magneto de ferrite tem uma marca, o
lado arredondado ou com uma marca é sempre o lado ​norte​, este lado ​seda​, o lado
reto e liso é​ sul​,​ tonifica. ​Existem as fitas de magneto bipolares que harmonizam.
A magnetoterapia é reconhecida pelo FDA ​(Food And Drug Administration) e
recomendada pela OMS(Organização Mundial da Saúde).
Os magnetos tem um efeito muito mais potente e deve ser aplicado com
cuidado. ​Geralmente são usadas esferas com ferrite liso com intensidade de 200 a
500 Gauss e devem ter no máximo 3mm de diâmetro.
O método de aplicação é semelhante ao utilizado na terapia com sementes.

 
 
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8. ​Terapia de LASER Auricular (Laserpuntura)

O LASER usado em pontos é o hélio neon de baixa intensidade. Para tratar


deve-se alinhar o laser no ponto a ser tratado, irradiando cada ponto por 1 a 5 min.
Apresenta efeitos fotoelétrico e de aquecimento; promove resolução da
inflamação, acelera a cura de úlceras, ajusta o metabolismo orgânico e acelera a
recuperação.
LASER intermitente por 10 seg tonifica
LASER contínuo por 30 a 60 seg seda
LASER alternado até 30 seg harmoniza

Precauções

É especialmente indicado quando há inflamação na orelha, porém não


produz efeito terapêutico em superfície auricular lesada.
Tome muito cuidado para a região ocular, proteja os olhos do paciente e do
terapeuta ao usar o laser. A fonte do laser não deve ser olhada diretamente a
menos que se esteja usando óculos protetores.

9. ​Moxabustão Auricular

Moxa também tonifica e tem várias formas de utilização:


a) com moxa palito​: acenda o bastão de moxa palito e segure a uma distancia
da orelha que permita uma sensação de calor suportável.
Tempo: até formar hiperemia.
Cuidado com pacientes com diminuição ou ausência de sensibilidade
periférica, como pode ocorrer com pacientes que tenham distúrbios neurológicos.
b) com agulha aquecida: ​acenda o bastão de moxa palito e encoste no corpo da
agulha até o paciente sentir uma sensação de calor suportável.

 
 
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c) com moxa botão ou stiks que pode ser cortado no tamanho ideal; a forma de
utilizar é inserir a moxa na cabeça da agulha sistêmica(FONSECA, 2013).
NUNCA APLIQUE MOXA DIRETAMENTE NA ORELHA DO PACIENTE.

10. ​Massagem auricular

Massagem da orelha inteira


O terapeuta (ou o paciente depois de ser instruído) esfrega ambas as mãos juntas
para gerar calor, depois massageia a região anterior e posterior da orelha com a
palma até sentir as duas orelhas mornas.

Massagear a hélice
Massagem ao longo da hélice e da antihélice, para cima e para baixo, de um lado
para outro com o dedo polegar e o indicador até que a hélice fique vermelha e
morna.

Massagem erguendo e puxando


Beliscar levemente e puxar o lóbulo da orelha com dedos polegares e dedos
indicadores de ambas as mãos, usando força leve e pesada, 1 vez pela manhã e 1
vez à noite durante 3 a 5 min por vez.

Massagem no ponto auricular


Utilizar uma ponta arredondada para massagear o ponto com pressão suportável
pelo paciente alternando os sentidos horários e anti-horário ou de forma alternada.

A massagem da orelha pode estimular os pontos auriculares e desobstruir e


ativar os canais e colaterais. Essa técnica pode curar resfriado, dor de cabeça,
insônia, convulsão infantil e febre. A massagem diária pode aumentar a imunidade e
evitar resfriados.

 
 
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Precauções

A massagem não deve ser praticada quando a orelha estiver ferida ou


inflamada. Uma vez que o paciente aprenda como massagear a orelha, isso deve
ser praticado regularmente por um longo período para adquirir um bom efeito.

YIN YANG

TIPO DE DOR puntiforme de difícil região sensível, grande e


caracterização irradiante
aumenta com a pesquisa diminue com a pesquisa

PIORA COM movimento repouso

TRATAMENTO tonificar sedar

CUIDADOS

É necessário fazer assepsia rigorosa com álcool 70 para evitar infecção e


deformar a cartilagem auricular. A inserção da agulha é contraindicada em grávidas
e em mulheres que tiveram abortos espontâneos.
Caso necessário, crianças com constituições fracas, pacientes debilitados ou
os que sofrem de doenças graves devem descansar antes e depois da
Auriculopuntura.
Não devemos dar estímulos fortes com agulha em pessoas muito fracas,
apáticas e com anemia.
Se houver reações como palidez, tontura, suor frio ou lipotímia retirar as
agulhas e fazer o tratamento com o paciente deitado.
O ponto Shen Men é usado em todos os tratamentos exceto em pacientes
maníaco depressivos ou com depressão profunda pois causa prostamento
(FONSECA, 2013).
No tratamento de um paciente com entorse ou desequilíbrio motor nas
extremidades, após a agulha ter provocado calor devido à congestão no pavilhão
auricular, é necessário pedir ao paciente para mover o membro afetado, ou efetuar
massagem ou moxabustão na parte afetada de forma a aumentar o efeito
terapêutico.

 
 
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A auriculoterapia é um tratamento que pode ser realizado 2 vezes ou 1 vez
por semana. Depende da gravidade da doença e da reação do organismo do
paciente.
Nunca dispensar os cuidados médicos.

PRINCÍPIOS PARA SELEÇÃO DE PONTOS AURICULARES

1) Seleção de pontos de acordo com a teoria dos 5 elementos, do Zang Fu e dos


meridianos.
Exemplo: o ponto Pulmão pode ser selecionado para doenças de pele porque o
pulmão domina a pele; o ponto do Intestino Delgado para palpitação, uma vez que o
coração está externa e internamente relacionado com o intestino delgado;
o ponto San Jiao para edemas e constipação intestinal; o ponto da Vesícula Biliar
para a dor de cabeça temporal, visto que a região temporal é alimentada pelo
meridiano da Vesícula Biliar.

2) Seleção de pontos de acordo com a região acometida.


Exemplo: ponto do Estômago para gastralgia, ponto do ombro para dor no ombro.

3) Seleção dos pontos nos termos da medicina moderna


Exemplo : ponto nervo Simpático para dor abdominal; ponto adrenal para quadros
inflamatórios.

 
 
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REAÇÕES NORMAIS

Na orelha
- calor e adormecimento: sinal de boa punção, ocorre em 80% dos pacientes
- dor: quanto mais exata é a punção, maior é a dor que tem características
diferentes da dor normal. É uma sensação de queimação em pontadas de
dentro para fora, cessando em poucos minutos além de o paciente se sentir
energizado e bem estar geral.
No corpo
- calor e adormecimento: ocorre em quase todos os pacientes com doenças
crônicas
- pontadas: significa êxito nas doenças dos nervos e vai diminuindo a medida
em que o tratamento avança
- dor: na região dos órgãos e estruturas afetados, reagindo nos primeiros
minutos da punção
- peso: sensação que aparece nos membros
- vazio total: sensação experimentada pelos hipertensos
- movimentos peristálticos: nas doenças do aparelho digestivo

REAÇÕES SECUNDÁRIAS

- tonturas, palidez, suor frio ou lipotímia : evitar colocando o paciente deitado.

INDICAÇÕES

- Doenças com sintomas contínuos, como dores reumáticas, enurese noturna


etc
- acalma ansiedade e angústia
- previne tonturas, náuseas e vômitos em viagem
- pacientes com medo da acupuntura sistêmica
- reforça o tratamento da acupuntura sistêmica prolongando seu efeito
- tratamento coadjuvante da obesidade, fumo, alcoolismo e drogas
- trata doenças em geral (físicas e emocionais)

 
 
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CONTRA-INDICAÇÕES

- mulheres grávidas com menos de 5 meses


- mulheres com história de aborto espontâneo
- do quinto ao nono mês, pontos proibidos: rim, ovário, útero, secreção
glandular, abdômen e pélvis (podem desencadear contrações uterinas).

 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Andrei, 1995.

2. AUTEROCHE, B.; NAVAILH, P.; MARONNAUD, P.; MULLENS, E.; - Acupuntura em


ginecologia e obstetrícia.São Paulo, Andrei, 1985. 375p.

3. Baldry, Peter E., Acupuntura, Pontos-Gatilho e Dor Musculoesquelética.Ed Roca

4. BASTOS, Sohaku. HONNO, A essência da medicina Oriental.

5. CAMPIGLIA, Helena. Psique e Medicina Tradicional Chinesa. Rio de janeiro, Roca,


2004.

6. CHAU, Phan,Q. Acupuntura em pediatria. Editora Andrei.

7. CHENGGU, Ye. Tratamento das Doenças Mentais por Acupuntura e Moxabustão

8. CHIRALI, Ilkay Zihni. Ventosaterapia - Medicina Tradicional Chinesa.

9. CHUNCAI, Zhou. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo.

10. CLAVEY, Steven. Fisiologia e Patologia dos Fluidos na Medicina Tradicional


Chinesa.

11. GARCIA, Ernesto G. Auriculoterapia. São Paulo: Roca Ltda, 1999; 440p.

12. FARBER,P. & TIMO-IARIA,C. - Acupuntura e sistema nervoso. JBM., 67:125-31,


1994.

13. FARBER, P. - A medicina do século XXI - a união definitiva entre a medicina


ocidental e a oriental. São Paulo, ROCA, 1997. 183p

14. Filshie, J. Acupuntura Médica. Um enfoque científico do ponto de vista ocidental. Ed


Roca.

 
 
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15. Gongwang, Liu, Tratado Contemporâneo de Acupuntura e Moxibustão - Pontos e
Meridianos. Editora Roc

16. KIKUCHI, Tomio. Moxabustão – Filosofia da Medicina Oriental Tratamento Aplicado.


São Paulo: Musso Publicações LTDA, 1979.

17. Erich, Kitzinger, Acupuntura em ortopedia.editora Andrei

18. MARINS Atílio. Elementos de Acupuntura.Global editora.

19. LEE, Eu Won. Auriculo Acupuntura. São Paulo: ícone, 2005

20. Lyttleton, Jane.Tratamento da Infertilidade pela Medicina Chinesa

21. Yun-tao. Acupuntura para Controle da Dor - Um Enfoque Integrado. Ed Roca

22. MACIOCIA, Giovanni. Fundamentos da Medicina tradicional chinesa. São Paulo,


Roca. 1996.

23.MACIOCIA, Giovanni Diagnóstico na Medicina Chinesa - Um Guia Geral

24.MARINS, Atílio. Elementos de Acupuntura. Rio de janeiro: Global, 1979.

25.ODOUL, Michel. Diga-me onde dói, que te direi por quê: Os gritos do corpo são as
mensagens das emoções. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

26.REQUENA, Y. Acupuntura e Psicologia. São Paulo: Andrei, 1990.

27.ROSS,J. Zang-Fu. Saõ Paulo, Roca, 2003.

28. SANTOS, José Francisco. Auriculoterapia e Cinco Elementos. São Paulo, Ícone,
2003.

29.SOUZA, M. P. Tratado de Auriculoterapia. Brasília, Ed Méd center 2001.

 
 
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MINI CURRÍCULO DRA RENATA VIEIRA
Fisioterapeuta especialista em Acupuntura e Auriculoterapia
Avançada, formada pela Universidade Santa Cecília e Unidade de
Terapias Alternativas.
Atua no atendimento ambulatorial assistencial e didático,
coordena cursos na área da Medicina Oriental (Acupuntura,
Auriculoterapia Chinesa, Ventosaterapia, Moxabustão, Cromopuntura,
LaserAcupuntura, Magnetoterapia, Eletroacupuntura e Acupuntura
Estética).
Trabalho voluntário internacional nos E.U.A. pela Atlantic Physical
Therapy. Atuante em consultório particular e atendimento domiciliar há
mais de 15 anos.
É uma entusiasta pelo ensino, principalmente envolvendo
Acupuntura e as técnicas da Medicina Tradicional Chinesa, buscando
sempre formas de aprendizado mais efetivas para os alunos.
CURSOS ACUS
▶ Acupuntura & MTC
▶ Acupuntura Estética Facial
▶ Acupuntura Estética Corporal
▶ Acupuntura nas mãos
▶ Auriculoterapia Chinesa
▶ Canais de Energia Principais e Colaterais
▶ Cromopuntura
▶ Diagnóstico Oriental (Pulsologia Chinesa, Inspeção da Língua,
Interrogatório)
▶ Dietoterapia Chinesa
▶ Eletropuntura
▶ Florais de Saint Germain
▶ Laserpuntura
▶ Magnetoterapia
▶ Moxabustão
▶ Reflexologia Podal
▶ Ventosaterapia

 
 
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