Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Funcional
Faculdade CNI
A Faculdade CNI é mais uma peça importante do Grupo CNI. Já a mais de 25
nossos colaboradores para lhe entregar o mais seleto conhecimento para a sua tão
sonhada profissão, você com toda certeza terá ótimos resultados, não só em nossas
verdadeiro profissional.
entregar aos estudos e ao conhecimento oferecido aqui. Não esqueça que, através do
seu portal, você poderá ter acesso ao recurso “Professor Online” e também, sempre
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 50
4
1.1 Introdução
A neuropsicologia ou neurociência cognitiva pode ser definida como a ciência
que investiga a relação sistema nervoso, comportamento e cognição. Suas raízes são
milenares, mas foi apenas no século XIX que o paradigma materialista emergente se
2005/2006, p.5).
ou pacientes.
substituída pela ambiental (empírica), que admitia que a aprendizagem era sempre
aprendizagem ocorria na mente da criança e que esta não tinha nada a ver com o seu
corpo.
segunda divisão da meiose), data do século XIX. Antes disso e por milhares de anos, a
explicações para o fato do porque os filhos se parecem mais com os pais do que com
Sangue (os filhos se parecem com os pais porque recebem destes, via sangue, uma
vida ao novo ser; a mulher é um mero receptáculo onde se semeia o germe da vida),
ambas inatistas ou inativistas, pois admitem que o indivíduo "já nasce pronto",
6
podendo-se aprimorar um pouco aquilo que ele é ou inevitavelmente virá a ser, pois
Estas concepções têm até hoje inúmeros adeptos, em grande parte por
41; a sua influência pode ser percebida facilmente no cotidiano através do uso de
expressões do tipo "está no sangue", "é a voz do sangue", "João é inteligente porque
herdou a inteligência do pai e/ou da mãe", "filho de peixe peixinho é", entre outras.
Caracteres Adquiridos; esta em síntese admite que as condições a que os pais estão
dado caráter, por exemplo, a inteligência, admite-se que ela resulta da interação dos
chamada mesencéfalo; como não se modifica muito, continua sendo chamada assim.
metencéfalo (que por sua vez originará o cerebelo e a ponte) e ao mielencéfalo (que
ocorre, por outro lado, concomitantemente com a que origina o sistema nervoso
periférico (SNP); neste caso, a maioria de suas estruturas (gânglios e nervos) surge a
partir das cristas neurais que se formam nos dois lados do tubo neural, quando este
se fecha.
9
células-mãe (precursoras) que, por sua vez originam todos os tipos de neurônios e de
gliócitos (células glias ou gliais) do sistema nervoso. (KOLB; WHISHAW, 2002, p.243-
244).
no hipocampo e nos bulbos ofatórios. (GAGE, 2003, p.43). Embora ainda não se
conheça qual a função prática da neurogênese adulta, Lent (2001, p. 40), admite que
conhecimento sobre o papel dos gliócitos cresceu muito nas últimas décadas;
esta capacidade mesmo na vida adulta; a maioria das precursoras neurais, contudo,
uterina, com o surgimento dos gliócitos radiais que fornecem sustentação para o
muitos neuroblastos migram para regiões do SNC onde não foram evidenciadas fibras
radiais.
Até o final do quinto mês se completa a maior parte da migração do que será
o futuro córtex cerebral, mas o processo de continua (agora mais lento) até o
que serão utilizados para gerar, receber e transmitir informações. (LENT, 2001, p.42-
meio intra e extra-celular e por isso, embora todos os neurônios tenham os mesmos
1.4.5 Sinaptogênese
A especialização morfo-químico-funcional permite a formação de conexões
muscular).
significativa para os educadores - ela busca destacar o fato de que não basta ter
neurônios; por mais especializado que o neurônio seja enquanto célula (e ele é, de
não é nada. É fundamental que os neurônios estabeleçam conexões entre si, pois
somente a partir da formação das redes neurais torna-se possível o aprendizado (em
qualquer nível, desde o que resulta de comportamentos inatos, como sugar, chorar,
neural.
Isto explica porque, mesmo antes de nascer o ser humano já perde neurônios;
(inclui todas as células e pode acontecer a qualquer momento, sendo contida por
necrose as mortes neurais são entendidas como patológicas por serem decorrentes
de fatores externos tais como traumas, produtos tóxicos, bactérias ou vírus. E como
intensifica após o nascimento (por volta dos dois anos), e prossegue às vezes até a
terceira década (REED, 2005, p.395). Nem todos os neurônios, contudo, são
mielinizados.
gliócitos; estas células se enrolam em torno dos axônios, formando uma bainha
informação. Dessa forma, o processo de mielinização tem uma relação direta com a
aprendizagem.
que pode, em parte, explicar a maior habilidade destes em tarefas que envolvem o
processamento vísuo-espacial).
Segundo Reed (2005, p.398), contudo, a linguagem não parece tão dependente
pessoas não deixam de aprender quando amadurecem, mas perdem um pouco das
cerebral nem sempre deve ser entendida como adaptativa, no sentido de facilitar e/ou
17
melhorar a vida da criança. A plasticidade pode ter aspectos negativos, por exemplo,
220).
corticais ou núcleos. Estes, por sua vez, interligam-se de modo a formar sistemas e
As principais consequências desse arranjo, segundo Damásio (1996, p.53) são: o que
adequados fatores ambientais para a interação das regiões cerebrais e para promover
forma, os cérebros de crianças em idades diferentes não podem ser comparados. Tais
entender nuances da interação social, permite deduzir que tais habilidades devem ser
cerebral quanto o comportamental (por exemplo, uma lesão cerebral – neste caso,
o desenvolvimento comportamental).
biológica (que define a macroestrutura) sob a forma de potencial; sobre ela agem os
de seu aluno.
da criança.
20
Anotações
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
21
2.1 Introdução
Com casos demonstrativos da sua experiência em Ressonância Magnética
arrebatadores estudos que têm sido realizados no que respeita à emoção, às doenças
afetivas, à ativação encefálica na dor, aos efeitos farmacológicos das mais Todos os
vem substituindo métodos mais complexos, agressivos e onerosos, como a PET, cada
identificação da região perirrolândica e do sulco central (figura 1), que nos permite
a sua localização em relação a áreas eloquentes, que deverão ser preservadas no ato
cirúrgico.
ressecção é segura, ao passo que quando se situa entre 1 a 2 cm, 33%dos doentes
2.3 Linguagem
A Linguagem é, na opinião de vários autores, uma função complexa,
eu pense, logo exista, quer exista, logo pense (que se entendam Descartes e
execução da fala e movimentos de escrita, designada por área de Broca (1861), e uma
construção de palavras.
nomes.
diferentes áreas com ela relacionadas, como na avaliação da relação das mesmas com
linguagem são:
muitas mulheres (mas não os homens) têm também áreas motoras da fala nas
funcionais, que alteram a sua localização para outra área anatómica (anatomic shift).
Pode até haver deslocamento de uma área eloquente para o hemisfério oposto.
superior, na sua face dorsal, logo atrás da circunvolução de Heschl e adiante do gyrus
léxico-semântico da linguagem.
Segundo este modelo, a informação segue de cima para baixo, das regiões
a aspectos simples do sinal auditivo (córtex auditivo primário), aos lábios do sulco
de memória de trabalho e de resposta motora, que podem induzir uma série de áreas
de ativação, pelo que devem ser utilizados paradigmas baseline de subtração, nas
32
fases de repouso, para evitar uma colorida e confusa ativação de múltiplas áreas
paradigmas.
(figura 11):
3 O GYRUS ANGULARIS.
ventral do pré-cúneo.
33
anterior).
e no timing correto.
34
Os doentes com lesões específicas desta área mantêm uma boa percepção da
músculos.
2.4 Audição
Intimamente ligado à Linguagem funciona o Sistema Auditivo.
contralateral.
corpo trapezoide.
tálamo.
36
subtraídos por uma estimulação sonora de baseline, nas fases de repouso (por
Se uma surdez pode resultar da ablação bilateral do A1 (por exemplo, num caso
de enfartes bilaterais das artérias cerebrais médias), ela está, contudo, mais
bilateral dos A1, mas é muito menos acentuada a disparidade entre a extensão de
A visão é uma modalidade sensorial complexa que se divide num certo número
de subfunções ligadas à detecção da cor dos objetos, do seu contraste, da sua forma
ou do seu movimento, não esquecendo a memória visual, que são tratadas por
localizada nos lábios da cisura calcarina, na face medial do lobo occipital (córtex
se numa relação dinâmica (e não estática) com as diferentes áreas visuais, enviando-
será estimulada uma área do V1, se se tratar de um estímulo dinâmico, diferente será
a área ativada.
visual de associação. A sua relação com as diferentes áreas visuais é dinâmica e não
40
momentâneas.
discussão.
estudados no macaco, mas recentes estudos com PET e RMF têm identificado áreas
equivalentes no homem.
do movimento, no cérebro.
o reconhecimento (forma) dos objetos. Neste sistema destaca-se o V4, que recebe
sem qualquer anomalia dos cones, na retina. Resulta de uma lesão occipito-temporal,
41
sem atingimento do V1, do GGL ou da retina. Está também associada a uma certa falta
Um pouco entre estes dois sistemas, a área V5 MT, assim designada por ter
movimento.
parietal.
percepção do movimento, incluindo V5, V3A, córtex parietal, ínsula posterior e mesmo
nem toda a ativação do V5 produz uma ativação paralela de V1, havendo assim uma
rápidos (sacádicos), podendo ser ativadas áreas corticais relacionadas com o controle
sistema implicado nos movimentos oculares, de modo que alguns paradigmas que
realizando-se ulterior DTI, para averiguar eventuais lesões das radiações ópticas.
2.6 Memória
De todas as funções que falámos, a MEMÓRIA é talvez a mais complexa e a
lobos frontais, mas também o diencéfalo, os lobos parietais e o cerebelo (figura 18). É
armazenados.
através dos órgãos dos sentidos, que se pode converter em memória de trabalho,
para a qual têm importância os lobos frontais (córtex pré-frontal) mas também o
córtex parietal, em que as informações podem ser retidas por determinado período,
mais ou menos curto. Estas informações podem ser esquecidas ou ser armazenadas
são codificadas, armazenadas nas respectivas pastas ou gavetas, onde se vão buscar
Por sua vez a memória declarativa pode-se dividir em memória episódica (Ex.:
mapeamento.
Anotações
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
49
Anotações
____________________________________
____________________________________
A massa branca recebe esse nome por causa da
____________________________________
mielina, que isola os axônios e aumenta a velocidade dos
____________________________________ impulsos elétricos.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
50
REFERÊNCIAS
BEIGUELMAN, Bernardo. Saiba mais sobre clones. Revista Ciência Hoje, São Paulo,
v.23, n.137, p.39-43, abr. 1998.
DEL NERO, Henrique S. O sítio da mente. São Paulo: Collegium Cognitio, 1997.
FRACKOWIAK RSJ, FRISTON KJ, FRITH CD, RJDOLAN, MAZZIOTTA JC: Human Brain
Function, Academic Press, 1997
GAGE, Fred H. A recuperação cerebral. Scientific American Brasil, São Paulo, ano2,
n.17, p.41-47, out. 2003.
JACKSON GD, DUNCAN JS: MRI Neuroanatomy, a new angle on the brain, Churchill
Livingstone, 1996
NAIDICH TP, YOUSRY TA, MATHEWS VP: Neuroimaging Clin North Am 2001;11(2):
ROSE, Steven. O cérebro consciente. São Paulo: Alfa-Omega, 1984. (Coleção Ciência
Aberta, v.1).
SHEPHERD, Gordon M. Neurobiology. 3.ed. Nova York: Oxford University Press, 1994.