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SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................ 3
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NOSSA HISTÓRIA
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Introdução
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A multiprofissionalidade diz respeito à atuação conjunta de várias
categorias profissionais. O processo avaliativo, então, requer uma ação
articulada nas diferentes áreas do conhecimento: Pedagogia, Psicologia,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Serviço Social e áreas médicas, utilizando
instrumentos padronizados e técnicas específicas. (LUZ, 2009).
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Fatores Psíquicos: a relação entre ambiente e biológico
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durante o período neonatal, microcefalia, malformações e infecções congênitas
como outros fatores de risco biológico. No entanto, neste trabalho, optou-se por
abordar a prematuridade, pois, é o fator biológico preponderante nos estudos
encontrados nesta revisão bibliográfica.
Entretanto, sabe-se que estes bebês estão sob maior risco para déficits
no desenvolvimento em relação aos bebês a termo porque podem ser
identificados sinais de vulnerabilidade na criança prematura. O aumento da
sobrevida dos recém-nascidos prematuros nas últimas décadas provocou um
interesse crescente na predição do desenvolvimento global de longo prazo
dessas crianças. A partir desse interesse, vários autores têm detectado sinais
neurológicos anormais durante o primeiro ano de vida desses recém-nascidos,
embora tenha sido difícil prever se estes sinais serão transitórios ou definitivos.
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prematuridade como valor preditivo para o atraso no desenvolvimento motor e
cognitivo.
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O risco socioeconômico, isto é, a baixa renda familiar, configura-se como
um dos mais preocupantes para o desenvolvimento da criança, já que limita e,
muitas vezes, priva estas crianças e sua família da aquisição de bens e serviços,
de saneamento básico, moradia, alimentação e outros elementos que são
imprescindíveis para um desenvolvimento adequado e sem intercorrências.
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vista cognitivo, social e linguístico. Para realizar satisfatoriamente esta tarefa, a
mãe como principal cuidadora, deve estar emocionalmente estável. No entanto,
há um grande número de mães que apresentam sintomas depressivos que
comprometem sua competência para exercer sua função dificultando, assim, o
estabelecimento do vínculo mãe-filho.
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em especial a materna, exercida de modo não suficientemente bom dificultam a
evolução linguística e psíquica da criança. No processo de interação, adulto e
criança são parceiros e as relações familiares têm papel fundamental para a
aquisição da linguagem pela criança, pois, ao dedicar seu olhar e escuta para a
criança, o cuidador, convoca-a para um lugar enunciativo, faz dela um endereço,
um que pode escutar. Ao interpretar suas manifestações, sejam verbais ou não-
verbais, reconhece a autoria da produção infantil e engendra o lugar de um eu
para a criança.
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transtornos psicossociais na vida adulta havendo uma significante associação
entre estresse materno e problema de saúde mental infantil.
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especialmente quando se trata do primeiro filho. Neste caso, os pais necessitam
ajustar seu sistema conjugal, criando um espaço para os filhos. Além disso, é
preciso aprender a unir as tarefas financeiras e domésticas com a educação dos
filhos.
A formação do vínculo/apego
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O apego, vínculo emocional recíproco entre um bebê e seu cuidador,
constrói-se baseado em relacionamentos preliminares estabelecidos ainda com
o feto e com a criança imaginada pelos pais, antes mesmo do seu nascimento.
Após o nascimento, o bebê, para sobreviver, precisa de alguém que cuide dele
e que assegure que suas necessidades físicas (alimentação, limpeza, cuidado,
proteção, entre outras) e psicossociais (de se sentir seguro, amado, protegido,
valorizado) sejam atendidas.
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O desenvolvimento da função parental
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profissionais de saúde devem lhes disponibilizar grupos de apoio que promovam
a aquisição de habilidades na formação da parentalidade (DEMOTT, 2006).
A participação paterna
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Para isso, é fundamental que o pai/cuidador seja visto também como um
indivíduo responsável pelo bem-estar da criança nas diversas fases da sua vida,
devendo ser incorporado às atividades rotineiras realizadas pelas equipes de
saúde, para que, por exemplo, tenha direito a uma voz ativa nas consultas
realizadas pelos profissionais de saúde. Por tal motivo, os serviços de saúde da
Rede SUS podem e devem criar estratégias criativas que objetivem ampliar a
participação e a responsabilização paterna na promoção do crescimento
saudável das crianças.
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sobre a sua frequência e transitoriedade, o estímulo à manifestação de
sentimentos e a aceitação de apoio (CORRÊA FILHO; CORRÊA; FRANÇA,
2002).
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vez que isso resulta em interação positiva na relação mãe-bebê (DEMOTT,
2006). Cabe aos profissionais de saúde identificar pessoas que possam oferecer
suporte à família, destacando-se os próprios membros familiares, como avós,
tios, primos e também amigos, companheiros, vizinhos. Tais redes poderão
oferecer suporte de diversas formas: apoio material ou financeiro, executando
pequenas tarefas domésticas, cuidando dos outros filhos, orientando, prestando
informações e oferecendo suporte emocional (PEREIRA, 2008).
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Em meio à complexidade do mundo contemporâneo, cada vez mais a
criança em desenvolvimento é exposta a fatores biológicos, cognitivos e
psicossociais que as tornam vulneráveis. O ambiente escolar também é palco
onde os diversos comportamentos se manifestam, e são percebidos pelos
profissionais que ali atuam.
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A psicologia do desenvolvimento evidencia alguns fatores de natureza
biológica que tornam um indivíduo vulnerável, tais como: a prematuridade,
desnutrição, baixo peso, lesões cerebrais, atraso no desenvolvimento. Mostra
também, fatores de natureza psicossocial, como a família desestruturada, o
desemprego, a pobreza, a dificuldade de acesso à saúde e educação e ressalta
ainda os fatores de risco de natureza genética: pais com desordens afetivas,
esquizofrenia, desordens antissociais, hiperatividade, déficit de atenção e
isolamento, que tornam as crianças potencialmente vulneráveis aos eventos
estressores, consideradas, portanto, crianças em situação de risco que
acarretam problemas ao desenvolvimento.
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de riscos como “variáveis ambientais”, “eventos estressantes da vida”,“
condições ou situações “associadas à alta probabilidade de ocorrência, negativa
ou indesejável, que podem comprometer a saúde, o bem-estar ou o desempenho
social do indivíduo, inibindo de certa forma as possibilidades de desenvolvimento
integral.
O termo risco tem sido utilizado no campo da saúde mental, também, com
o significado de estressor ou fator que predispõe a um resultado negativo ou
indesejado segundo Cowan, & Schulz(1996).
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A legislação pertinente à proteção à infância - Estatuto da Criança e do
Adolescente (1990) que resguarda os direitos conquistados democraticamente
e concebe a criança como cidadã de direitos, veio ampliar o interesse pelas
pesquisas na área dos riscos sociais e os fatores de risco passaram a serem
vistos numa dimensão psicossocial e interdisciplinar , visto que as várias ciências
se preocupam com os fatores de riscos o que demonstra os pesquisadores
Graziela Sapienza & M. Pedromônio (2003) desde a década de 80 quando
associaram fatores de risco à diversidade em qualquer etapa do ciclo vital
,mudando a direção do desenvolvimento
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As pesquisas na área da Saúde, da Psicologia e da Terapia Ocupacional
mostram que a prontidão da criança durante os primeiros anos de vida, num
período denominado sensível ou crítico do desenvolvimento é crucial para a
aquisição de informações sociais, afetivas e cognitivas e levam a uma
estabilização e maior proliferação de determinadas sinapses em detrimento de
outras. Se a mãe falha em prover ao bebê a proteção e estímulo adequados, as
chances de prejuízo dos processos do desenvolvimento neurobiológico e
psicológico aumentam significativamente, tendo repercussão no processo
desenvolvi mental a médio e longo prazo.
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fortaleza, já que é recorrente a ideia de que há indivíduos mais suscetíveis ou
vulneráveis a esses eventos estressantes, quando comparados a outros na
mesma situação de risco, por diferenças fisiológicas ou psicológicas .denotam
comportamentos diversos .
Ferreira & Marturano, 2002; Horowitz, 1992; Melo 1999) afirmam que a
exposição aos fatores de risco afeta negativamente o desenvolvimento da
criança trazendo problemas, principalmente de comportamento. Explicam ainda,
que os riscos psicossociais, principalmente quando combinados, tendem a
modelar “o repertório” infantil tanto no desenvolvimento de problemas
comportamentais e emocionais quanto na aquisição de comportamentos
adequados..
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Hutz (2007p.35), que assim se expressa “[...] os fatores de risco são eventos
negativos de vida que, quando presentes, aumentam a probabilidade do
indivíduo apresentar problemas físicos e emocionais”.
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escola, de professor, convivência com situações novas e novas figuras que
exercem autoridade na escola.
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envolve reações físicas, psicológicas, mentais e hormonais frente a qualquer
evento que seja interpretado pela pessoa como desafiante.
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Diversos autores têm trabalhado os fatores desencadeadores e
mantenedores da violência intrafamiliar através de pesquisas bibliográficas
realizadas na década de 90 em revistas brasileiras Gomes (2002) e apontou
que os principais fatores de risco observados foram a reprodução de
experiências de violência familiar vividas na infância se perpetuando nos maus
tratos em diferentes gerações e a presença de desajustes familiares ,psíquicos
e do alcoolismo levam aos aspectos sociais ,econômicos e culturais acentuados
pela desigualdade , dominação de gênero e a relação intergeracional.
Ainda ser refere a outro aspecto destacado que são as práticas parentais
e valores na vida adulta, pertinentes às relações entre experiências de criação
no ambiente familiar e o estilo parental que focalizam a relação fraterna , pois
são mediadas pela calorosidade ou pela restritividade .
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