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■ JULIO ABUCHAM
DEFICIÊNCIA DE GH (DGH)
Adenomas hipofisários
Craniofaringeomas
Meningeomas
Glioma óptico
Cordoma
Metástases
2 | Cirurgia da região selar
5 | Apoplexia tumoral
6 | Hipofisites
7 | Granulomatoses
Sarcoidose
Wegener
8 | Infecções
Tuberculose
Micoses
Abscessos
9 | Traumatismo cranioencefálico
10 | Hemorragia subaracnóidea
12 | Outras
Hemocromatose
Sela vazia
Idiopática
Na idade neonatal, a criança com DGH congênito pode apresentar hipoglicemia,
convulsão e icterícia, sobretudo se associada ao hipossuprarrenalismo central.
Após o 1o ano de vida, a DGH se manifesta com baixa velocidade de crescimento
e, com o passar do tempo, baixa estatura. Na idade escolar, a criança com DGH
está abaixo da altura esperada para a idade cronológica e/ou para a altura dos
pais e apresenta velocidade de crescimento baixa (< 4 cm/ano) e maturação
esquelética (idade óssea ou IO) aquém da idade cronológica (IC). Adultos com
DGH frequentemente apresentam fadiga, intolerância ao exercício, distúrbios do
sono, alterações emocionais, como humor depressivo, ansiedade, labilidade
emocional e isolamento social. A composição corporal mostra aumento da massa
gorda, sobretudo visceral, e diminuição da massa magra, o que elevaria o risco de
doença cardiovascular.
HIPOSSUPRARRENALISMO CENTRAL
ATENÇÃO!
DEFICIÊNCIA DE PROLACTINA
TRATAMENTO
DEFICIÊNCIA DE GH
Faz-se com GH humano recombinante via SC. Na infância, a dose é de
35 μg/kg/dia (equivalente a 0,1 UI/kg/dia), e o monitoramento da resposta se faz
principalmente pela velocidade de crescimento (VC). A dosagem de IGF-1 pode
ser útil para indicar se a dose é excessiva ou insuficiente. Os efeitos colaterais,
relativamente raros, incluem hiperglicemia e hipertensão intracraniana. A criança
com DGH devidamente tratada com GH geralmente atinge a estatura-alvo.
Cessado o crescimento, a dose deverá ser reduzida de forma a manter a dosagem
de IGF-1 no centro da normalidade. Em crianças com diagnóstico de DGH isolada
idiopática (RM de sela turca normal), o tratamento deve ser descontinuado para
reavaliar a reserva de GH por meio da IGF-1 e de um teste de estímulo. Nesses
pacientes, a IGF-1 e a resposta do GH ao teste de estímulo frequentemente
estarão normais, e o diagnóstico anterior pode ser reinterpretado como
falso-positivo ou DGH transitória.
Em adultos, a reposição de GH deve ser iniciada com doses baixas e mantida com
a menor dose efetiva, já que efeitos colaterais como artralgia, edema, síndrome do
canal carpeano, mialgia e hiperglicemia, são relativamente frequentes e
dose-dependentes. Muito raramente, fibrilação atrial e ginecomastia têm sido
observadas durante o tratamento com GH em adultos. A resposta ao GH é
altamente individual, sendo os obesos e idosos mais sensíveis e as mulheres mais
resistentes, sobretudo se estiverem recebendo estrogênios VO. Inicia-se o
tratamento com 150 µg/dia (homens) ou 300 µg/dia (mulheres), correspondentes a
cerca de 0,5 UI/dia e 1 UI/dia de GH, respectivamente. Em seguida, as doses
podem ser modificadas a cada 30 dias conforme parâmetros clínicos e
bioquímicos (IGF-1 e glicemia).
HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO
Nos casos com diagnóstico diferencial inconclusivo entre retardo puberal e HH,
deve-se instituir o mesmo tratamento, mas por períodos intermitentes, de 3 a 4
meses, intercalados com intervalos semelhantes sem medicação, ao fim dos quais
se reavalia a atividade do eixo gonadotrófico (dosagens de LH, FSH, e estrogênio
ou testosterona). Não havendo ativação do eixo, repete-se o ciclo com a mesma
dose ou maior, conforme a idade e a resposta clínica, e assim por diante. Nos
meninos, o aumento do volume testicular durante o acompanhamento clínico
indica ativação do eixo gonadotrófico. No retardo puberal, um ou dois ciclos de
tratamento frequentemente bastam para que o eixo gonadotrófico entre em
atividade e mantenha o desenvolvimento puberal subsequente.
HIPOTIROIDISMO CENTRAL
Assim como o primário, é tratado apenas com a levotiroxina VO. A dose de
manutenção no adulto jovem varia de 1 a 2 μg/kg/dia, sendo geralmente mais
baixa nos idosos. Nas crianças, as doses variam de acordo com a idade: 8 a
10 μg/kg/dia até 6 meses, 6 a 8 μg/kg/dia dos 6 aos 12 meses, 5 a 6 μg/kg/dia de
1 a 5 anos e 4 a 5μg/kg/dia dos 6 aos 12 anos. Em adultos com risco
cardiovascular e em idosos, as doses iniciais devem ser mais baixas, cerca de um
quarto a meia dose de manutenção. Essas doses devem ser ajustadas a cada seis
semanas por meio da monitoração clínica e laboratorial até se estabelecer a dose
adequada de manutenção; após isso, a monitoração poderá ser feita a cada 6 a
12 meses.
HIPOSSUPRARRENALISMO CENTRAL
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