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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIENCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE BIOLOGIA

ELISA PEREIRA MANJALA

O papel do professor na orientação básica e educação da


saúde sexual e reprodutiva para os alunos (adolescente)

Beira

2023

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ELISA PEREIRA MANJALA

BEIRA

2023

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Elisa Pereira Manjala

O papel do professor na orientação básica e educação da saúde


sexual e reprodutiva para os alunos (adolescente)

Projecto apresentada ao curso de licenciatura em Biologia da

faculade de ciências de educação, como requisito para

a obtenção do titulo de licenciatura em Biologia

Docente: dra. Albertina Nhavota

Beira

2023

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Elisa Pereira Manjala

O papel do professor na orientação básica e educação da saúde sexual e


reprodutiva para os alunos (adolescente)

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Sumário

1.1.1.Capitulo-I......................................................................................................................................6
1.1.2. Introducao....................................................................................................................................6
1.1.3. Problematizacao...........................................................................................................................7
1.1. 4. Objectivos..............................................................................................................................8
1.1.5. Objectivo Geral:...........................................................................................................................8
1.1.6. Objectivos Especificos:................................................................................................................8
1.1.7. Justificativa...........................................................................................................................9
2.1.Capitulo-II..................................................................................................................................10
2.1.1. Referencias Teoricas.............................................................................................................10
2.1.2. Adolescência....................................................................................................................10
2.1.3. GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA......................................................................................11
2.1.4. SISTEMA GENITAL FEMININO...............................................................................14
2.1.5. OVULAÇÃO...................................................................................................................16
2.1.6. Gravidez e Parto.............................................................................................................17
3.1. Capitulo-III............................................................................................................................19
3.1.1. Metodologia........................................................................................................................19
3.1.2. Conclusão...........................................................................................................................20
3.1.3. REFERÊNCIAS.................................................................................................................21

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1.1.1.Capitulo-I
1.1.2. Introdução
Tendo em vista que a abordagem dada à sexualidade nas aulas de ciências encontra
dificuldade para ser desenvolvida por se tratar de um assunto polêmico que se apresenta
como um tabu, uma vez que culturalmente os alunos enfrentam uma barreira para
expressar opiniões sobre o assunto em sala de aula. No entanto, essa falta de
conhecimento sobre o tema provoca uma ignorância danosa ao bem estar e à saúde dos
adolescentes. Existem problemas éticos, morais e culturais em relação à saúde sexual, e
isso tem um agravante, o facto de que muitas famílias não têm tempo e nem conhecimento
para educar adequadamente os adolescentes sendo que esta ausência amplia as
possibilidades de gravidez precoce e de transmissão de doenças sexualmente
transmissíveis.

Atualmente, muito tem se falado em aula de educação sexual, porém a construção da


identidade sexual dos adolescentes é firmada em cima de valores permeados pela mídia e,
portanto, distante da realidade de cada família, além disso, a construção de conhecimentos
a respeito da sexualidade não pode ser realizada sem o acompanhamento de profissionais
especializados e da família, pois se corre o risco do adolescente sofrer experiências
traumáticas e construir a sua identidade sexual fora do lar. Desta forma, a construção de
conhecimentos a respeito de sexualidade durante as aulas de ciências precisa tornar-se
realidade na escola, conduzindo os jovens para a construção de conhecimentos de forma a
promover a proteção e a segurança destes nas suas relações pessoais, pois na atualidade as
mudanças ocorrem na mesma velocidade das informações e isso representa um risco para
a formação da juventude.

Assim, tendo em vista que é necessário investigar as consequências que as relações


sexuais precoces trazem para a saúde sexual dos adolescentes, estabelece-se como
objetivo deste estudo desenvolver conhecimentos sobre saúde sexual e reprodutiva
visando à formação integral dos alunos do Ensino medio.

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1.1.3. Problematizacao

Devido ao aumento de gravidez precoce, casamento prematuro, abandono escolar e casos


de HIV-SIDA/ ITS em adolescentes, o papel do professor torna-se importante na
educação da saude sexual e reprodutiva dos alunos (adolescentes).

Desta forma, a construção de conhecimentos a respeito de sexualidade durante as aulas de


ciências precisa tornar-se realidade na escola, conduzindo os jovens para a construção de
conhecimentos de forma a promover a proteção e a segurança destes nas suas relações
pessoais, pois na atualidade as mudanças ocorrem na mesma velocidade das informações e
isso representa um risco para a formação da juventude. Assim, tendo em vista que é
necessário investigar as consequências que as relações sexuais precoces trazem para a
saúde sexual dos adolescentes, estabelece-se como objetivo deste estudo desenvolver
conhecimentos sobre saúde sexual e reprodutiva visando à formação integral dos alunos
do Ensino medio.

Com isso surge a seguinte questao:

Qual é o papel do professor na educação da saude sexual e reprodutiva dos alunos

( adolescentes)?

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1.1. 4. Objectivos
1.1.5. Objectivo Geral:

 Desenvolver conhecimentos sobre saúde sexual e reprodutiva visando à formação


integral dos alunos do Ensino Fundamental.

1.1.6. Objectivos Especificos:

 Promover conhecimentos a respeito da sexualidade nas aulas de ciências com


alunos do Ensino Fundamental;
 Verificar quais os conceitos que os alunos possuem relacionados à saúde sexual e
reprodutiva;
 Realizar debates, seminários, leituras, dramatizações, produções de textos e
desenhos que contribuam para a promoção de conhecimentos dos alunos sobre a
saúde sexual e reprodutiva;
 Relacionar temas éticos e culturais relevantes à formação de valores dos alunos em
relação saúde sexual e reprodutiva.

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1.1.7. Justificativa

Ao identificar os problemas e conhecer as implicações sociais, biológicas e psicológicas


da gravidez entre adolescentes, é necessário que a escola realiza ações esclarecedoras para
que os adolescentes desenvolvam o autocuidado e a formação de valores que possam
orientar as escolhas de forma a prevenir a sexualidade precoce.

Analisando-se o aspecto biológico, filhos de mães adolescentes têm maior probabilidade


de apresentar baixo peso ao nascer, e, conseqüentemente, maior probabilidade de morte,
do que os filhos de mães com 20 anos ou mais. A taxa de prematuridade também é mais
alta nesse grupo, aumentando o risco de mortalidade perinatal. Esses riscos se devem, em
grande parte, aos fatores biológicos, tais como imaturidade fisiológica e desenvolvimento
incompleto da ossatura da pelve feminina e do útero (BERETTA 1995).

A imaturidade anátomo-fisiológica causa o baixo peso do bebê ao nascer e a


prematuridade do bebê, também pode ocorrer toxemia gravídica, que aparece nos últimos
três meses de gestação e principalmente na primeira gravidez das jovens podendo ocorrer
desde pré-eclâmpsia, eclâmpsia, convulsão até coma e alto risco de morte da mãe e do
bebê. No momento do parto, o qual pode ser prematuro, demorado, com necessidade de
cesárea e com risco de ruptura do colo do útero, podem acontecer infecções urogenitais
decorrentes de parto feito em más condições, a anemia da adolescente em fase de
crescimento se intensifica e o seu não-atendimento pode causar problemas ao bebê, além
de também causar retardo do desenvolvimento uterino, assim a gravidez precoce coloca a
saúde da adolescente e do bebê em risco.

Essa intrincada rede de causalidades que configura a gravidez precoce como situação de
risco à saúde (e à vida) da mãe e do bebê poderia ser menos impactante se as adolescentes
procurassem os serviços de saúde para um adequado acompanhamento pré-natal e do
parto/puerpério (SOF 1997).

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Hipotese

 Selecionar temas eticos e culturais relevante a formação da saude sexual en


reprodutiva;
 Encaminhar os adolescentes para construcao de conhecimento de forma a
promover a protecção e a seguranca da saude sexual e reprodutiva na suas relacoes
pessoais;
 Construir conhecimento a respeito da sexualidade durante as aulas;
 Realizar debates seminarios, leitura, dramatização e produção de textos que
contribuam para promoção de conhecimento dos alunos sobre a saude sexual e
reprodutiva.

2.1.CAPÍTULO-II
2.1. 1. Referências Teóricas

A Organização Mundial de Saúde define a adolescência como o período da vida a partir


do qual surgem as características sexuais secundárias e se desenvolvem processos
psicológicos e padrões de identificação que evoluem da fase infantil para a adulta, entre
eles a transição de um estado de dependência para outro de relativa autonomia.

2.1.2. Adolescência

Conceitua-se a adolescência como um período singular na vida do ser humano, o qual


compreende a transição entre a infância e a idade adulta. Destaca-se, além disso, ser um
momento pelo qual o indivíduo vivencia diversas modificações, podendo estas serem
classificadas, sobretudo, como de caráter fisiológico e psicológico. Trata-se, portanto, de
um período naturalmente marcado por conflitos internos e externos do homem com os
demais sujeitos, com o meio em que vive e, em muitas vezes, consigo próprio.

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Considera como adolescência o período de 10 a 20 anos, e distingue adolescência inicial
(10 a 14 anos) e adolescência final (15 a 20 anos). Em 1999, havia mais de 1 bilhão de
pessoas com idades entre 10 e 19 anos, 20% da população mundial.

Considera-se, nesse contexto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),


que a adolescência compreende o período cronológico que se estende dos dez aos 19 anos
de idade e, nessa fase, a experiência com a sexualidade apresenta-se mais aguçada e
geralmente materializa-se por práticas sexuais desprevenidas, o que pode os predispor a
riscos para uma diversa gama de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), assim
como a gestações não planejadas. Salienta-se, dessa forma, que os adolescentes são
expostos a inúmeras situações de vulnerabilidade no tocantes às IST, identificandose,
entre essas, condições socioeconômicas, prática sexual precoce, não adesão ao uso do
preservativo, baixo nível de escolaridade, diferenças de gênero e barreiras de comunicação
e de acessibilidade aos serviços de saúde em nível de atenção primária.

Em 2001/2002, 17% de adolescentes não tinham acesso facilitado a serviços de saúde


(hospitais ou postos de saúde). Além disso, quase não há no País serviços de saúde
disponíveis para atender especificamente a jovens e às necessidades próprias da idade, o
que se configura no maior obstáculo ao acesso às informações e ações que protejam a
saúde de jovens, dificultando a tomada de decisões livres e responsáveis. As jovens, em
geral, mostram-se extremamente vulneráveis à gravidez, à violência de todas as espécies,
inclusive a sexual, às doenças sexualmente transmissíveis e à Aids. Os serviços de saúde
aparecem em quarto lugar como espaço onde adolescentes encontram informações
confiáveis sobre sexualidade. ( UNICEF, 2002).

Destaca-se, por outro lado, a gravidez na adolescência, que se apresenta como um fator
preocupante no âmbito da saúde pública, o que pode repercutir negativamente na saúde
deles, assim como da futura criança. Certifica-se, sobretudo, que parte considerável das
gestações nessa fase da vida não foi planejada e, com isso, aumentam-se as chances para a
ocorrência de desfechos adversos, como abortos e depressão pós-parto.

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1.1 2.1.3. GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
A gestação na adolescência é um problema mundial de saúde pública, pois atinge
principalmente a classe social mais carente e de menor escolaridade, sendo na maioria das
vezes não planejada.

Os riscos de gestação na adolescência não são apenas devido ao fator idade, existem riscos
biológicos, porém psíquicos e sociais bastante importantes. Quanto ao fator idade,
podemos considerar duas faixas etárias, a adolescência precoce de 11 a 15 anos e a tardia
de 16 a 19 anos. È na primeira fase que ocorrem mais riscos. Um fator é a idade
ginecológica que é menor, isto é, quanto menor a diferença entre a idade cronológica da
paciente e aquela que teve a primeira menstruação maior o risco para a gestação, devido a
imaturidade da vascularização uterina, o que acarretaria o parto prematuro ou uma
placenta insuficiente. Porém esta faixa etária coincide com a maior não aceitação da
gestação, maior postergação do início do pré-natal acarretando falta de orientação
alimentar, tratamento de anemia, infecções urinárias ou vaginais, pré-eclâmpsia e também
um trabalho psíquico-social.

A gravidez na adolescência traz mais problemas devido ao início do pré-natal tardio do


que esta, se dar numa fase precoce da vida reprodutiva. As patologias mais freqüentes são:
pré-eclampsia ou eclampsia, anemia, infecção urinária ou vaginal e parto pré-maturo.
Estas ocorrem, em geral, em gestações no extremo da vida reprodutiva e na primeira
gestação. Podem ser amenizadas ou evitadas com um pré-natal bem feito.

O tipo de parto independe da idade. È errôneo acreditarmos que a adolescente não tem
“passagem“ e que deve ter cesariana. Esta tem exatamente a mesma freqüência da mulher
adulta e mais uma vez, se há um bom preparo durante o pré-natal para o momento do
parto, este ocorrerá sem problemas salvo quando existe a indicação obstétrica formal para
o parto abdominal.

A maior indicação de cesariana é a pré-eclâmpsia, independente da idade e a desproporção


céfalo-pélvica é raro em todas as idades. Os riscos biológicos para o recém nascidos (RN)
são comprovadamente mais freqüentes nesta faixa etária. A prematuridade e o baixo peso
ocorrem mais em filhos de adolescentes do que de mulheres adultas. Estas são as
principais causas de morbi-mortalidade em RN. Quando o filho é bem aceito será bem
cuidado independente da idade da mãe e esta o amamentará, o vacinará, logo não há
motivos para acreditarmos que os filhos de adolescentes adoeceram mais do que os filhos

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de adultas. Maior do que os riscos biológicos são os psico-sociais. Em geral, a adolescente
para de estudar e trabalhar, tem sentimentos de diminuição de auto-estima, depressão e
algumas vezes pensa até em suicídio.

Vários trabalhos mostram que a baixa escolaridade é tanto causa como conseqüência
da gravidez na adolescência. Sabemos que quanto menor a escolaridade maior
probabilidade de ocorrer gestação e que esta faz com que a adolescente pare de estudar,
por vergonha das amigas, pressão da escola e muitas vezes da família, por punição ou por
acreditar que esta é a única maneira da jovem cuidar do seu filho, ou ainda pressão do
parceiro. Os meninos, muitas vezes, param de estudar para trabalhar, para sustentar a nova
família. A própria vida conjugal muda. Em geral, a gravidez ocorre fruto de uma relação
sexual desprotegida de um casal de namorados adolescentes, ou entre adolescente e um
adulto jovem, que resolvem se unir. Outras vezes, a gravidez é fruto de uma relação não
formal e o parceiro não assume a gestação, na maioria destes casos ocorre o aborto
provocado. Como estas relações sexuais, em geral, são escondidas, a gravidez é a prova
visível de que estas estavam acontecendo. A situação desperta alguns sentimentos, na sua
maioria, negativos, como medo, vergonha, desespero.

O Serviço de Adolescente da Maternidade Escola Assis Chateaubriand completou 17


anos e vem atendendo de forma multiprofissional a adolescente na gestação e fora desta,
no planejamento familiar, prevenção e tratamento das patologias ginecológicas.
Realizamos uma pesquisa que estudou adolescentes grávidas que levaram a gravidez à
termo e aquelas que abortaram. Em alguns momentos: na gestação, um ano e cinco anos
depois, para avaliarmos o que acontecia com estas meninas, principalmente em relação a
escolaridade, trabalho, auto-estima, vida conjugal, relação com o companheiro e
fecundidade subseqüente. Foi um estudo longitudinal de coorte, com 367 adolescentes
mães, 125 que provocaram o aborto e 71 que tinham aborto espontâneo. Verificamos que
a auto-estima da adolescente é baixa em todos os grupos, principalmente naquele que
provoca o aborto, acreditamos que esta não tem apoio do parceiro e se sente muito mal em
ter que tomar esta atitude. Cinco anos após temos melhora da auto-estima. Provavelmente
devido à entrada na vida adulta e maior segurança de si mesmo. Constatamos que quase
50% das gestantes pararam de estudar. Um ano e mesmo cinco anos após poucas tinham
voltado ao colégio. A baixa escolaridade tem como conseqüência uma menor qualificação
profissional e desemprego, levando a perpetuação da pobreza. Quanto ao trabalho, a

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adolescente trabalha bem menos antes da gravidez do que um ou cinco anos após. Além
de se tornar mais adulta, ela passa a trabalhar para manter seu filho.

Diferente do que esperávamos a união conjugal não é tão fugaz. Após a gravidez a
adolescente passa a morar com seu companheiro e na maioria das vezes permanece com
este até pelo menos cinco anos, já que este foi o tempo estudado.

Observamos que 60 % das adolescentes tinham o mesmo companheiro cinco anos


após a gravidez. Aquelas que abortaram estavam com o parceiro inicial em 40%, o que
ainda é alto, visto que muitas vezes este aborto foi pela decisão do parceiro em não ter
este filho. Verificou-se que 61% das adolescentes que pariram e 70% das que abortaram
engravidaram novamente nos cinco anos seguintes da primeira gestação. Não foram
fatores protetores para esta gravidez subseqüente: a faixa de idade, o fato de estar
estudando, trabalhando, ou morando com os pais. Entretanto, quando as adolescentes
tinham oito anos ou menos de escolaridade o risco de engravidar aumentava quase duas
vezes (RR = 1,89). As adolescentes que eram casadas ou moravam com o companheiro
engravidaram menos do que aquelas que não tinham uma união estável e aquelas que
mudaram de companheiro engravidaram mais do que aquelas que se mantinham com o
mesmo companheiro (RR = 1,4). Alguns fatores limitaram este estudo.

O mais importante e difícil de resolver foi a mudança de endereço das adolescentes.


No decorrer da pesquisa muitas saíram de suas residências sem deixar nenhum contato.
Concluímos que nem sempre as relações são passageiras e que algumas vezes a gestação é
programada. No decorrer do tempo os grupos entre as que tinham filho e que abortaram
ficaram bem parecidos. A grande maioria de todas as adolescentes engravidou novamente
até cinco anos após, relacionando-se principalmente com baixa escolaridade, novos
parceiros e uniões não estáveis. É necessário maior reflexão e programas assistências aos
adolescentes, principalmente àqueles das classes mais pobres, valendo-se de atividades
que envolvam educação sexual, a formação de adolescentes multiplicadores, um bom
serviço de planejamento familiar e orientação à contracepção.

2.1.4. SISTEMA GENITAL FEMININO

O sistema genital feminino é constituído internamente por :

 Dois ovários;
 Duas tubas uterinas;

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 Ovidutos ou trompas de falópio;
 útero.

A vagina é um canal com abertura para o exterior do corpo, comunicante com a vulva ou
pudendo. Os pares de ovários, com morfologia arredondada e diâmetro médio de 4 cm,
responsáveis pela formação e maturação de gametas e produção de hormônios (estrógeno
e progesterona), seguem disposição bilateral.

As tubas uterinas captam e transportam os óvulos (ovócitos primários) expelidos do


ovário durante a ovulação. Nesse transporte, os óvulos são recepcionados inicialmente
pelas fímbrias do oviduto (estrutura filamentosa), voltadas para a cavidade peritoneal.

O conduto da tuba é um órgão oco e musculoso, que desemboca na cavidade do útero. Em


sua parte terço lateral normalmente ocorre a fecundação. Localizado entre a bexiga e o
reto, posiciona-se o útero, também um órgão oco em forma de pêra, cuja função é receber
o ovo ou zigoto, alojando o desenvolvimento do embrião.

A partir da base ou colo do útero, projeta-se a vaginal. Esse órgão, além de receber o pênis
durante a relação sexual, também conduz a secreção menstrual e permite, com sua
elasticidade, a dilatação que proporciona o nascimento do feto na ocasião do parto.

No limiar da vagina com a vulva, situa-se o hímen, uma extensão de tecido epitelial
proveniente da vagina, formando uma membrana que depois de rompida com a primeira
relação sexual, indica a situação deplorável do organismo feminino (aspecto, puramente
social). A vulva, órgão externo da genitália, é formada por pequenos e grandes lábios
(dobras de tecido adiposo protegendo a abertura da vagina) e o clitóris, apêndice sensível,
é formado pela junção dos pequenos lábios na porção superior da vulva.

No organismo feminino, diferente do masculino, o sistema genital não compartilha alguns


órgãos com o sistema excretor, assim, na vulva também há um orifício para o sistema
excretor (urinário), a abertura da uretra. (mundoeducacao 2016).

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2.1.5. OVULAÇÃO

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Os ovários são estruturas ovóides com cerca de 3 cm de comprimento localizadas na
cavidade abdominal, na região das virilhas. Na porção ovariana externa, denominada de
córtex ovariano, localizam-se as células que dão origem à vida.

O processo de formação dos gametas femininos é chamado ovulogênese e tem início antes
do nascimento da mulher, em torno do terceiro mês de sua vida. Assim, por volta dos doze
anos de vida acontece a menarca que é a primeira menstruação, isso acontece porque os
hormônios femininos contribuem para o amadurecimento dos óvulos dando origem à
ovulação. A ovulação é o acúmulo de líquidos no interior do folículo que causa a sua
ruptura liberando o ovócito secundário pronto para ser fecundado, se isto não acontece ele
degenera após 24 horas de sua liberação e se torna menstruação, dando início a um novo
ciclo de ovulação que durará por volta de 20 dias. (AMABIS e MARTHO, 2010).

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2.1.6. Gravidez e Parto

Em 2002, 16,6% de adolescentes com vida sexual ativa já tinham engravidado ou


engravidado a companheira. A gravidez é mais incidente entre adolescentes entre 15 e 17
anos (78,7%); e é mais freqüente na classe D (20,1%). A gravidez foi um dos motivos
apontado pelas meninas para o abandono escolar. (UNICEF, 2002).

Além disso, a gravidez na juventude é entendida como problemática, devido às


conseqüências a ela atribuídas: abandono da escola e constituição prematura de uma
família. Na percepção de jovens, uma adolescente grávida se prejudica e carrega um peso
para o resto da vida. Ainda ocorre estigmatização de jovens mães que não estejam unidas
maritalmente. (UNESCO, 2004).

Os motivos que levam à gravidez nos anos iniciais da vida reprodutiva podem ser
inúmeros: acaso; ingenuidade; submissão; violência; dificuldade de obter algum método
contraceptivo; dificuldade em negociar o uso do preservativo; forte desejo pela
maternidade, com expectativas de mudança de status social e de obtenção de autonomia;
desejo de estabelecer uma união estável; ou outros tantos fatores de natureza objetiva ou
subjetiva.

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1.1.1 3.1. Capitulo-III

1.1.2 3.1.1. Metodologia


Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência acerca do planejamento e
execução de uma intervenção educativa realizada em uma escola pública.

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1.1.3 3.1.2. Conclusão
Através deste projecto pode ter-se uma visão geral sobre a saude sexual e reprodutiva,
Permitiu-se, a partir deste estudo, a aproximação dos professores com o espaço escolar,
possibilitando entender, compreender e vivenciar o papel do professor enquanto educador
em saúde a partir da operacionalização de dispositivos existentes como o PSE para
promover a saúde de grupos específicos como os alunos (adolescentes).

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Destaca-se, por outro lado, a gravidez na adolescência, que se apresenta como um fator
preocupante no âmbito da saúde pública, o que pode repercutir negativamente na saúde
deles, assim como da futura criança. Certifica-se, sobretudo, que parte considerável das
gestações nessa fase da vida não foi planejada e, com isso, aumentam-se as chances para a
ocorrência de desfechos adversos, como abortos e depressão pós-parto.

Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência acerca do planejamento e


execução de uma intervenção educativa realizada em uma escola pública.

As jovens, em geral, mostram-se extremamente vulneráveis à gravidez, à violência de


todas as espécies, inclusive a sexual, às doenças sexualmente transmissíveis e à Aids. Os
serviços de saúde aparecem em quarto lugar como espaço onde adolescentes encontram
informações confiáveis sobre sexualidade.

1.1.4 3.1.3. REFERÊNCIAS


BRUNO, Z. V., Gravidez na adolescência. Revista Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia.Vol. 31, n.10. out. 2009;

CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A FAMILIA. Sexualidade humana: verdade e


significado – orientações educativas em família. São Paulo: Paulinas, 2015;

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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Brasília-DF:
CN – DST/AIDS, 2000;

PASTORAL DA JUVENTUDE DO MARANHÃO. Dez temas sobre sexualidade:


roteiros para reuniões de jovens. 1 ed. São Paulo: Paulinas, 2008;

PITALUGA, Wandyana. As mídias influenciam bastante a sexualidade precoce” (2008);

Disponível em: http://www.ucg.br/ucg/agencia/home/secao.asp?id_secao=1979;

Almeida RAAS, Corrêa RGCF, Rolim ILTP, Hora JM, Linard AG, Coutinho NPS, et
al.2017;

Ministério da Saúde. Prevenção de violência e cultura de paz: volume III. Brasília:


Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. (Painel temático de indicadores do SUS, n.
Disponível em: . Acesso 2011.

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