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PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA
BAHIA
2023
ABILENE DOS SANTOS SILVA
BAHIA
2023
RESUMO
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) tem sido um alvo para os pesquisadores
recentemente, pois os quadros pedagógicos e as literaturas apontam as dificuldades
dos docentes ao realizarem a inclusão e fornecer um melhor atendimento educacional
para os alunos que possuem o transtorno. Sabe-se que o TEA pode gerar dificuldades
no desenvolvimento e comportamento das crianças, desde a socialização até o
comprometimento de sua fala, causando um déficit na aprendizagem e convivência
do portador. Pensando no bem-estar, na inclusão, nos avanços sociológicos e de
aprendizagem dos alunos atípicos, o presente estudo tem como perspectiva avaliar e
analisar como acontece o desenvolvimento da intervenção mediada por pares. A
pesquisa visa buscar a eficácia dessa nova metodologia e como essa técnica pode
ajudar os estudantes e professores numa melhor busca para o desenvolvimento
acadêmico e escolar dos autistas. Os dados analisados aqui são materiais de cunho
bibliográfico que produziram resultados qualitativos, tratando sobre o comportamento
mediador e o engajamento nas técnicas aplicadas. Todos os resultados apresentados
trata-se de análises de campo de estudiosos da área que apuseram esse modelo de
intervenção comprovando os avanços e desvantagens da mediação por pares.
Keywords:
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6
REFERENCIAL TEÓRICO .............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.1 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL................................................................7
2.2 CARACTERÍSTICAS DO TRANSTORNO DO ESPETRO AUTISTA (TEA)...........9
2.3 CONCEITO DE INTERVENÇÃO MEDIADA POR PARES (IMP).........................12
MATERIAS E MÉTODOS ...................................................................................... 12
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 13
CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 18
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INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Visando esses direitos que a partir do ano de 1996 foi estabelecido o direito de
educação para todos, que deve ser oferecida preferencialmente nas escolas
regulares, além das salas de aulas deveriam ter os apoios como forma de buscar a
melhor aprendizagem para todos os alunos. As políticas públicas sancionaram então,
sendo esse apoio nas escolas a uma sala especializada que foi implantada nos anos
posteriores a 2011, sendo a sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE).
No ano de 2015 que a Lei nº 146, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(LBI) onde garantia a participação dos alunos em todas as atividades escolares.
Todos esses avanços são elementos importantíssimos para que a educação inclusiva
ocorresse nas escolas, garantindo a permanência e uma aprendizado de qualidade
para todos inclusive os alunos que possuem autismo.
A inclusão é uma reação de valores dos sujeitos de nossa sociedade, diante de
tanta diversidade é impossível negá-la, pois reconhecê-la é um modo de identificação
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De acordo com Crespo (2020) o primeiro autor a publicar sobre o autismo foi
Leo Kanner no ano de 1943, sendo um artigo que se intitulava como “Distúrbios
autísticos de contato afetivo” nesse estudo ele descreve que as crianças pareciam
estar melhor ou se sentirem melhor quando estava sozinha o que parecia ter a
sensação de hipnose. Relata também sobre a solidão que os autistas se encontravam
e diferenciava esse transtorno da esquizofrenia.
O espetro também é identificado como a dificuldade de interação social,
dificuldade de se comunicar e a resistência a mudanças de rotinas. Essas são as
principais características entre os autistas. Porém os autistas não são todos iguais em
seus hábitos e aspectos, dessa forma dizer que existe um tratamento adequado e
uniforme para o transtorno não é algo possível. (BOLEMA, 2019)
Mesmo com diversos obstáculos os pesquisadores afirmam a necessidade de
interação social, em qualquer âmbito, mas principalmente no escolar, pois o cotidiano
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transtorno não possui uma cura e nem um tratamento específico, cada autista é único
e o tratamento para cada um deles deve ser adaptado, dessa maneira o
acompanhamento é feito durante toda a sua vida para registros de seus avanços.
(CRESPO, 2020).
Como falamos antes, a inclusão é uma luta que já acontece a muitos anos,
principalmente nas escolas, na tentativa de avanços para que a socialização dos
alunos com autismo. Dentro desse contexto e pensando em resultados para uma
melhor inclusão dos alunos com autismo, foi pensada a estratégia de intervenção
mediada por pares (IMP)
Essa intervenção busca promover habilidades sociais e acadêmicas para esses
alunos, os pares seriam as crianças com desenvolvimentos típicos, idades similares
para o auxílio dos alunos atípicos. Essa técnica foi desenvolvida internacionalmente,
no Brasil ela ainda é pouco conhecida. A intervenção dos pares não é apenas um
auxílio de um outro colega, pois esse par vai servir como exemplo para o aluno com
autismo. Uma das vantagens para a utilização desse recurso é que a técnica é
simples, fácil e pode ser aplicada em qualquer sala de aula.
Para Ramos (2019) os pressupostos teóricos para a IMP estão relacionados no
desenvolvimento infantil através das interações sociais, levando em conta o ambiente
em que eles estão interagindo de forma competente e bem sucedida. Toda criança
seja típica ou atípica tem a capacidade de se beneficiar dessas interações, devido ao
melhor desenvolvimento do colega de aprendizagem ou interação social. Esse
benefício é levado a proximidade de construí a proteção, sendo igual ao
companheirismo entre mãe e filho.
Nas relações de pares a criança aprende as habilidades de colaboração,
competitividade, resolução de problemas que vão acontecendo ao longo dessa
relação. Isso mantém uma troca de construção de relacionamentos o preparando para
a vida adulta.
Os pares nesse sentido são um fator principal para a intervenção dos autistas,
para a realização da IMP os pares são geralmente escolhidos pelos professores, são
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2 MATERIAIS E MÉTODOS
Para a construção desse artigo, foi escolhida a revisão integrativa que consiste
em um método que tem como finalidade sintetizar ou reunir temas contendo
resultados obtidos em pesquisas, questões, ideias, opiniões, questionamentos, de
forma sistemática, ordenada e abrangente. Ela tem esse nome, pois tem a flexibilidade
de fornecer informações mais amplas acerca do tema escolhido para abordagem no
contexto científico. Portanto, é possível ao escritor que, ao utilizar essa forma de
produção, ele possa direcionar ao objetivo central de construção desejada
(FERREIRA, 2021).
Objetiva-se a partir da organização desse estudo, analisar a interação
dos efeitos da psicomotricidade com o TEA e o elo formado a partir da seletividade de
pares. Para orientar o leitor, a escrita foi desenvolvida da seguinte maneira: foram
selecionados estudos e artigos dos últimos cinco anos, entre 2017 e 2022, com o uso
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
auxílios durante as aulas permitindo que os alunos que possuem TEA avançassem
em função da socialização e amizade.
CONCLUSÃO
elaboração das tarefas e os ajustes poderão ocorrer de uma melhor forma, a fim de
possibilitar um ensino adequado e estimulante a todos. Apesar de haver poucas
pesquisas realizadas de aplicação da IMP no Brasil não podemos generalizar que o
método pode funcionar para todas as crianças que possuem autismo.
Além dos percalços das pesquisas é notório a falta de investimentos em
materiais pedagógicos para uma melhor realização de atividades estimulantes para
os autistas em sala de aula, gerando assim um maior desgaste do professor em
relação a criatividade e elaboração de novas técnicas para conduzir uma nova
abordagem adaptada para os seus alunos. Nos trabalhos analisados foram
observados resultados positivos em função a intervenção de pares, sendo benéfica
para os estudantes e para os professores.
Portanto para que essa melhora e avanços perpetuem nas salas de aulas, é
preciso que a IMP se faça necessário durante todo o ano letivo, verificando os
empasses e fazendo os ajustes quando necessários e além dos ajustes os registros
através da intervenção dão necessários para uma melhor técnica do processo.
Pensando na inclusão, foi possível repensar nessa estratégia como forma de melhoria
para a socialização, pois a sociedade e os alunos precisam aprender a viver com as
diferenças, mesmo que as escolas sejam elaboradas para serem inclusivas é
necessário muito inovação, pois a inclusão é capaz de remover as barreiras e
tornando todos os agentes ativos, pois não basta que os alunos compartilhem o
mesmo espaço, mas sim de que haja a criação de novos mecanismos que permitam
que os professores mudem as estruturas escolares. (FLEIRA,2018).
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REFERÊNCIAS