Você está na página 1de 1

RM das Neves

a20200335@agepm.pt
PG de Carvalho
a20110039@agepm.pt
Dm Ribeiro

Anemia falciforme
a20120663@agepm.pt

A anemia falciforme é uma doença genética que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente aquelas com ascendência africana, mas
também outras populações étnicas. É causada por uma mutação no gene que codifica a hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos vermelhos
responsável por transportar oxigênio pelo corpo. Como resultado dessa mutação, os glóbulos vermelhos adquirem uma forma de foice ou meia-lua, em vez
de serem redondos, causando uma série de complicações de saúde.

Modo de transmissão e
Causas e consequências predominância na população Tratamento
A principal causa da anemia falciforme é a herança da A anemia falciforme é causada por uma mutação no O tratamento normalmente realizado para a anemia
mutação do gene da hemoglobina falciforme de ambos os gene da hemoglobina beta, localizado no cromossoma falciforme não leva à cura, já que é uma doença genética,
pais. É uma doença autossômica recessiva, o que significa 11 e é transmitida de forma autossómica recessiva. sendo realizado para aliviar os sintomas e prevenir
que um indivíduo precisa herdar a mutação de ambos os A prevalência da anemia falciforme varia amplamente em complicações, o uso de medicamentos e em alguns
pais para desenvolvê-la. A doença é mais prevalente em todo o mundo e é mais comum em áreas onde a malária casos poderá ser necessária a transfusão sanguínea.
populações com ascendência africana, mas também pode é endêmica como na África Subsaariana que a Os medicamentos utilizados são principalmente
afetar outras etnias. prevalência da anemia falciforme é muito alta, chegando Penicilina, para as crianças desde os 2 meses até aos 5
As consequências da anemia falciforme podem variar de aos 40% da população. Isso deve-se em parte ao fato anos de idade, com o objetivo de evitar o aparecimento
leves a graves. Devido à forma anormal dos glóbulos de que a mutação do gene da hemoglobina falciforme de complicações como a pneumonia, por exemplo. Além
vermelhos, eles têm dificuldade em passar pelos vasos confere alguma resistência à malária. disso, podem também ser utilizados remédios
sanguíneos, o que pode causar dor, inflamação e danos nos

Além da malária, outros fatores que podem influenciar a analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor durante
tecidos. Além disso, os glóbulos vermelhos deformados prevalência da anemia falciforme incluem a migração e o uma crise e inclusive usar máscara de oxigênio para
têm uma vida útil mais curta do que os glóbulos vermelhos fluxo de genes entre populações, bem como o acesso a aumentar a quantidade de oxigênio no sangue e facilitar a
normais, o que pode levar a uma anemia crônica, uma testes genéticos e aconselhamento. Por exemplo, em respiração.
condição na qual o corpo não produz glóbulos vermelhos países onde a anemia falciforme é menos comum, como No entanto, é possível alcançar a cura, em alguns casos,
suficientes para transportar oxigênio adequadamente. a China, a Índia e a Rússia, a falta de conscientização e através da realização do transplante de células tronco

de acesso a testes genéticos pode levar a um hematopoiéticas, que são as células precursoras das
subdiagnóstico da doença. células do sangue, havendo a formação de hemácias

saudáveis.

Conclusão
Concluindo a anemia falciforme é uma doença genética de
grande impacto global, que afeta principalmente as
populações de ascendência africana, mas também é
encontrada em outras regiões do mundo. A doença causa uma
série de complicações, incluindo anemia crônica, dor intensa,
infecções frequentes e lesões de órgãos. No entanto, com o
avanço da medicina, muitas opções de tratamento estão
disponíveis para controlar e minimizar essas complicações,
incluindo transfusões de sangue, transplante de células-tronco
hematopoiéticas e terapias medicamentosas. Diante disso, é
importante que haja maior conscientização sobre a anemia
falciforme, para que sejam realizados esforços contínuos para
aprimorar o diagnóstico precoce, o manejo clínico e a terapia Referências bibliográficas
genética, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos
pacientes e minimizar as complicações desta doença. aRees DC, Williams TN, Gladwin MT. Sickle-cell disease. Lancet. 2010;376(9757):2018-2031. doi: 10.1016/S0140-
6736(10)61029-X
Steinberg MH. Sickle cell anemia, the first molecular disease: overview of molecular etiology,
pathophysiology, and therapeutic approaches. Sci World J. 2008;8:1295-1324. doi: 10.1100/tsw.2008.156
Piel FB, Steinberg MH, Rees DC. Sickle cell disease. N Engl J Med. 2017;376(16):1561-1573. doi:
10.1056/NEJMra1510865
Weatherall DJ. The inherited diseases of hemoglobin are an emerging global health burden. Blood.
2010;115(22):4331-4336. doi: 10.1182/blood-2010-01-251348
Adeyemo AA, Olumide AO, Chen G, et al. Sickle cell disease in Africa: the burden and the challenge. J Blood
Med. 2014;5:13-21. doi: 10.2147/JBM.S34667
Piel FB, Steinberg MH, Rees DC. Sickle Cell Disease. N Engl J Med. 2017 Apr 13;376(15):1561-1573. doi:
10.1056/NEJMra1510865. PMID: 28402768.

Você também pode gostar