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Descrita pela primeira vez em 1910, uma anemia genética, responsável pela
alteração estrutural da hemoglobina, fazendo com essa passasse de seu formato de
disco bicôncavo para o formato de uma foice, foi classificada pela literatura médica
com o nome de Falciforme devido a sua característica peculiar. Mesmo após de um
século de sua descoberta, essa ainda é alvo de muitas pesquisas, pois ainda hoje
acomete vários indivíduos de etnias diferentes em várias partes do mundo.
Causadora de vários males como: hipóxia, tromboses, infartos, atrofia, fibrose dos
órgãos, hemólise extravascular e intravascular, atinge órgãos fundamentais como o
por exemplo: fígado, medula óssea, ocasionando complicações de nível agudo e
crônico. Apesar do avanço tecnológico e do precoce diagnóstico, ainda hoje o
tratamento é somente preventivo ou paliativo, fazendo basicamente o uso de
medicamentos ou transfusões sanguíneas (DI NUZZO, 2004).
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FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Sendo mesmo uma doença genética que se caracteriza pela produção de hemácias
com formato alterado. Normalmente na anemia faciforme, temos a produção de
glóbulos vermelhos com formato de foice e enrijecidos. É uma doença que pode
causar uma série de problemas por causa das alterações no formato dos glóbulos
vermelhos. Como consequência dessa alteração, leva no corpo do paciente um
impedimento da circulação do sangue. Que derivasse através da alteração no
formato das células, apresentando assim um formato de foice, levando assim a um
bloqueio da circulação do sangue. Anemia faciforme é uma doença hereditária que
afeta os glóbulos vermelhos (Figura nº1). Essa alteração, apesar trazer
cosequencias danificante no organismo, automaticamente protege os portadores da
doença contra a malária.
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Partindo por este pressuposto apresentamos a seguinte pergunta de partida: Qual é
a incidência da anemia falciforme em crianças dos 0 aos 5 anos diagnosticadas no
hospital geral dos Cajueiros no II semestre de 2023?
JUSTIFICATIVA
A doença falciforme (DF) e suas complicações clínicas têm níveis hierarquizados de
complexidade, num contínuo entre períodos de bem-estar ao de urgência e
emergência. Historicamente, a percepção do tratamento da doença falciforme é
percebida como de competência dos centros hematológicos. Os níveis
intermediários da atenção à saúde desconhecem ou mesmo ignoram a enfermidade
dentro da linha de cuidados. Quando esses pacientes ou familiares recorrem aos
serviços de atenção básica, urgência ou necessitam de atenção em unidade de
internação, observa-se a quebra da assistência: profissionais inseguros,
inadequadamente preparados para prestarem atenção qualificada à pessoa com a
doença e seus familiares. Por isso a importância desse tema e, qual tem sido a
política de implementação de atenção às pessoas com a enfermidade em todos os
níveis do Sistema Único de Saúde. Os profissionais da enfermagem como agentes
políticos de transformação social exercem papel relevante na longevidade e
qualidade de vida das pessoas com doença falciforme. Assim, a importância da
absorção de novos aprendizados, fazendo interface entre o biológico, social,
educacional e as práticas cidadãs, visando prestar atenção de enfermagem
qualificada aos familiares e pessoas com DF.
Falar sobre saúde já é de facto um assunto importante. A cada dia crianças nascem
em hospitais, enquanto isso outras mulheres passam para o período de gestação,
daí a necessidade de se desenvolver mais sobre as doenças falciformes tendo em
conta que os pacientes na sua maioria então de 6 meses a 5 anos de idade. O uso
de certos fármacos tem demonstrado eficácia no controle dessa hemoglobinopatia.
Para a sociedade o tema é relevante, tendo em conta que o número de casos de
doenças falcifome tem aumentado no nosso país, resultante da falta de vários
factores que interferem no processo de crescimento das crianças.
Para a Universidade a servirá de um material de pesquisa, para que os estudantes
que queiram abordar sobre este tema revisem, de forma a elaborarem os seus
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trabalhos. Para a ciência será mais uma obra que tende a contribuir de forma a
engrossar a pesquisa em torno das DFs.
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OBJECTIVOS
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
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CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.2. - Fisiopatologia
A anemia falciforme, doença genética que levou ao conceito de “doença molecular”
(14), é caracterizada por anemia hemolítica crónica e fenómenos vasoclusivos que
levam a crises dolorosas agudas e à lesão tecidual e orgânica crônica e progressiva
(BRUNETTA, 2010, p.37).
A patologia é causada pela substituição de adenina por timina (GAG->GTG),
codificando valina ao invés de ácido glutâmico, na posição 6 da cadeia da globina,
com produção de HbS. Esta pequena modificação estrutural é responsável por
profundas alterações nas propriedades físico-químicas da molécula da hemoglobina
no estado desoxigenado. Estas alterações culminam com um evento conhecido
como falcização, que é a mudança da forma normal da hemácia para a forma de
foice, resultando em alterações da reologia dos glóbulos vermelhos e da membrana
eritrocitária (ELIAS, 2005, p.51).
A alteração molecular primária na anemia falciforme é representada pela
substituição de uma única base no códon 6 do gene da globina beta, uma adenina
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(A) é substituída por uma timina (T) (GAG---GTC). Esta mutação resulta na
substituição do resíduo glutamil na posição beta 6 por um resíduo valil (B 6 Glu---
Gal). Esta substituição tem como consequência final a polimerização das moléculas
dessa hemoglobina anormal (Hbs) quando desoxigenadas (ZAGO at al., 2001).
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A formação dessa hemoglobina, determinada por um par genético no cromossomo
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mutante, que leva o organismo a produzir a HbS. Essa hemoglobina é devida à
substituição de um único nucleotídeo que altera o códon do sexto aminoácido da B-
Globina de ácido glutâmico para valina (GAA → GUA: Glu6Val), pois a mutação
ocorre no DNA, depois deste ser transduzido. A homozigosidade para esta mutação
é a causa dessa anemia falciforme. Um heterozigoto tem uma mistura dos dois tipos
de hemoglobinas, A HbA e HbS, além de um tetrâmero híbrido de Hemoglobina. Ela
consegue transportar o oxigênio mas, quando o mesmo passa para os tecidos, as
moléculas da sua hemoglobina se aglutinam em formas gelatinosas de polímeros,
também chamadas tactóides, que acabam por distorcer as hemácias, que se tornam
duras e quebradiças devido às mudanças na sua membrana (ROCHA, 2005, p.75).
Após algum tempo, por não suportar bem as modificações físicas, a hemoglobina
pode manter a forma gelatinosa permanentemente e, consequentemente, a
deformação que ela gera. Nessa forma, sua vida útil se extingue mais rapidamente,
o que pode vir a causar anemia hemolítica (ou comum). Contudo, ao contrário da
anemia comum, não há tratamento definitivo para a forma falciforme. O gene
causador desse último problema tem uma relação de co-dominância com o gene
normal. Assim, há indivíduos portadores de uma forma branda e de uma forma
severa da mesma doença (AZEVEDO, 2015, p.106).
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Icterícia (cor amarela nos olhos e pele): é o sinal mais frequente da doença. O
quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite. Quando o
glóbulo vermelho se rompe, aparece um pigmento amarelo no sangue que se
chama bilirrubina, fazendo com que o branco dos olhos e a pele fiquem
amarelos;
Síndrome mão-pé: nas crianças pequenas as crises de dor podem ocorrer nos
pequenos vasos sanguíneos das mãos e dos pés, causando inchaço, dor e
vermelhidão no local;
Infecções: as pessoas com doença falciforme têm maior propensão a infecções
e, principalmente as crianças podem ter mais pneumonias e meningites. Por isso
elas devem receber vacinas especiais para prevenir estas complicações. Ao
primeiro sinal de febre deve-se procurar o hospital onde é feito o
acompanhamento da doença. Isto certamente fará com que a infecção seja
controlada com mais facilidade;
Úlcera (ferida) de Perna: ocorre mais frequentemente próximo aos tornozelos, a
partir da adolescência. As úlceras podem levar anos para a cicatrização
completa, se não forem bem cuidadas no início do seu aparecimento. Para
prevenir o aparecimento das úlceras, os pacientes devem usar meias grossas e
sapatos;
Sequestro do Sangue no Baço: o baço é o órgão que filtra o sangue. Em crianças
com anemia falciforme, o baço pode aumentar rapidamente por sequestrar todo o
sangue e isso pode levar rapidamente à morte por falta de sangue para os outros
órgãos, como o cérebro e o coração. É uma complicação da doença que envolve
risco de vida e exige tratamento emergencial.
Fadiga (cansaço);
Astenia (fraqueza);
Palidez (principalmente nas conjuntivas e mucosas).
Anemias megaloblásticas
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1.7. - Anemia crónica
As pessoas com doenças falciformes têm anemia crônica por causa da destruição
precoce dos glóbulos vermelhos – anemia hemolítica. A simples suplementação com
ferro não corrige a anemia dos doentes falciformes, sendo, a princípio contra-
indicada, a não ser que apresentem associado anemia ferropriva. Não existe
também alimentação milagrosa e, sim, alimentação equilibrada, e isto deve ser
reforçado com a família, já que o nome anemia banaliza a gravidade da
enfermidade. Assim, a família deve estar ciente que anemia é apenas um dos sinais
da doença (ROCHA, 2005).
Segundo Rocha (2005), citado por Guimarães at al (2009), refere que após um
diagnóstico de uma doença crónica é um choque para a família e desencadeia uma
crise de adaptação e que as questões relacionadas ao enfrentamento da situação
são importantes e devem ser explorados para que a família possa ser compreendida
em suas reais necessidades.
Seguindo o pensamento de Rocha, citado por Guimarães et al, por mais que uma
família seja harmoniosa, em situações de doença crónica, a crise é inevitável,
porque pode provocar uma destruição de todas as esperanças e expectativas que
haviam sido geradas em função dele.
E em muitos casos, relatados por Luíz (S/D), o tratamento médico de uma criança
pode comprometer a rotina e estilo de vida de toda família.
A vida de uma pessoa com filho portador de uma doença crónica sofre mudanças
irreversíveis com as quais a pessoa interage, e as mudanças requerem
administração constante da situação vivenciada; por isso as famílias devem
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encontrar um significado que a doença tem e determinar qual a percepção e os
comportamentos relacionados com a situação, com finalidade de manter uma vida
prazeroza.
1.8.1. - Factores que Influenciam as Reacções dos Pais à doença do seu Filho
Segundo Wong (2006), são vários os factores que influenciam na reacção dos Pais
a saber:
Gravidade da ameaça ao filho.
Experiência prévia com doença e hospitalização.
Procedimentos médicos envolvidos no diagnóstico e tratamento.
Sistemas de apoio disponíveis.
Ego pessoal forte.
Previas capacidades de enfrentamentos anteriores.
Outros estresses no sistema familiar.
Crenças culturais e religiosas.
Padrões de comunicação entre membros da família.
As limitações impostas pela doença crónica afectam também a família que precisa
de se adaptar as necessidades do membro doente, para isso utilizando novos
recursos de enfrentamento.
Guimarães cita que num estudo realizado pela psiquiatra Elisabeth Kuber-Ross em
1960, identificou cinco fases quando uma pessoa tem risco de vida ou doença
terminal a saber:
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1º A negação, as famílias não aceitam o diagnóstico.
Estes dados mostram uma diferença, com que foi relatado pelas mães durante a
entrevista no Centro de Apoio ao Doente Anémico.
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Gastrointestinal e abdominal (crises de dor abdominal; cálculos biliares; icterícia
obstrutiva e hepatopatia).
Brunner refere ainda que a medula óssea expande na infância em esforço para
compensar a anemia, levando por vezes, ao aumento dos ossos da face e do crânio.
Nas crianças pode haver inchaço muito doloroso nas mãos e nos pés. Pode haver
também sequestro de sangue no baço, causando palidez muito grande, às vezes,
desmaio e aumento do baço.
Dutra (2005), frisou também que a associação da doença falciforme com outras
hemoglobinopatias hereditárias é relativamente freqüente e leva a uma diversidade
de quadros clínicos, que variam desde formas assintomáticas até as mais severas.
Seus tipos mais comuns são:
2 Traço Falciforme (doença AS), onde o paciente possui um gene que sintetiza
cadeias polipeptídicas globínicas normais (bA) e um gene anormal (bS), com
produção de ambas as hemoglobinas (A e S), predominando a Hb A. Os seus
eritrócitos só falcilizam sob circunstâncias específicas como hipoxia severa, ou ao
passar pela medula renal, causando hipostenúria.
S beta o Thal: não há produção de hemoglobina beta pelo gene da beta talassemia
Em relaçãoaos haplótipos da Hb S, Dutra relata que podem ser descritos como sítios
polimórficos de endonucleases de restrição, localizados no interior e ao redor do
gene da cadeia beta mutante. Apesar de possuirem identificação numérica, eles são
mais comumente designados de acordo com a área geográfica onde foram
primeiramente identificados: Senegal, Benin, CAR ("Central Africa Republic" ou
Bantu) e Asiático (Indu Arábico). Foi descrito também o haplótipo Cameroon,
localizado apenas em um único grupo étnico na República dos Camarões.
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Na América, os haplótipos mais comuns são: Senegal, Benin e CAR. Pacientes com
o haplótipo Senegal, geralmente, apresentam formas clínicas mais brandas,
enquanto aqueles com haplótipo CAR as mais severas. Pacientes com haplótipo
Benin apresentam formas com gravidade intermediária.
Dutra (2009), afirma ainda que o teste de afoiçamento positivo (utilizando como
agente redutor o metabissulfito de sódio) ou o teste de solubilidade, indicam a
presença de Hb S, mas não fazem distinção entre Anemia falciforme, Traço
falciforme e heterozigotos compostos como a S/b Talassemia; e que a eletroforese
de hemoglobina que estabelece o diagnóstico. Pacientes com anemia falciforme
(homozigotos) apresentam cerca de 2 a 20% de HbF e 2 a 4% de HbA2. O restante
é HbS. A HbA não é detectada a menos que o paciente tenha sido transfundido nos
últimos 4 meses.
Steinberg (1999), citado por Brunner em 2005, diz que o tratamento da anemia
falciforme é o foco de pesquisa continuada e que além do tratamento agressivo
igualmente importante dos sintomas e complicações, actualmente existem apenas
Três principais modalidades de tratamento para as doenças falciforme que são:
O mesmo autor descreve ainda que a morfina deve ser administrada a uma dose de
0,1 a 0,15 mg/kg a cada 3 a 4 horas ou meperidina 0,75 á 1,5mg/kg a cada 2 a 4
horas que ajudam no controle da dor forte.
Alguns pacientes com doença falciforme, em razão do grau da complicação clínica,
podem entrar em regime de transfusão de sangue crónica. Em decorrência disso, os
níveis de ferro aumentam no organismo, e isto poderá se tornar perigoso porque
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haverá acúmulo nas células de órgãos, tais como fígado, coração e rins. Para
eliminar o ferro, é recomendada uma droga quelante de ferro conhecida como
mesilato de deferoxamina. Esse medicamento é aplicado por meio de uma bomba
de infusão de uso doméstico
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QUADRO 1: Esquema terapêutico para crianças com DF (antibioticoterapia
profilática, ácido fólico e vacinas especiais)
Deve ser iniciada a partir do diagnóstico até os 5 anos de idade, utilizando-se:
Pneumo 23-valente: primeira dose aos 2 anos de idade e reforço a cada 5 anos;
Influenza: Recomenda-se dose de reforço anual, sendo desejável a sua aplicação
antes do início da estação de maior prevalência da gripe.
Fonte: VASCONCELOS, 2015.
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Entretanto, há lacunas na literatura sobre o acesso e o atendimento à pessoa com
doença falciforme na unidade básica de saúde. A Assistência Primária em Saude
(APS), é uma estratégia para organizar os sistemas de saúde, visando o acesso
universal aos serviços e a atenção integral e integrada ao longo do tempo (OPAS,
2007). Starfield (2002) diferencia a APS dos outros serviços da rede de atenção à
saúde pela presença de quatro atributos essenciais: acesso de primeiro contato,
longitudinalidade, 35 integralidade e coordenação. A autora define ainda três
atributos derivados: a orientação familiar, a orientação comunitária e a competência
cultural. No que tange a atenção à saúde da criança com doença crônica na APS, o
contexto da integralidade vem à tona, com a necessidade das ações quanto a
vigilância da saúde da criança, prevenção, promoção, acompanhamento e
referenciamento (NOBREGA, 2013).
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QUADRO 2: Pontos importantes no atendimento da criança com DF
Coletar a história relativa à sintomatologia clínica, internações e transfusões
sanguíneas;
Monitorizar o uso profilático de antibiótico;
Monitorizar o uso profilático de ácido fólico;
Monitorizar a vacinação, incluindo as vacinas especiais;
Monitorizar o crescimento, o desenvolvimento e o estado nutricional;
Observar a ocorrência de palidez e icterícia;
Anotar as dimensões do fígado e do baço e presença de sopro cardíaco;
Monitorizar o valor da hemoglobina, leucócitos e reticulócitos (o pedido deve ser
entregue na consulta anterior);
Esclarecer à família sobre o diagnóstico, enfatizando-se a necessidade de
assistência médica imediata em casos de sinais de perigo;
Ensinar aos pais a palpar o baço da criança;
Enfatizar para os pais a necessidade de manter o acompanhamento no
Hemocentro;
Enfatizar para os pais a necessidade do uso do Cartão de Identificação (fornecido
pelo Hemocentro) para que a criança seja prontamente identificada nos Serviços de
Emergência Médica;
Enfatizar a necessidade de manter a criança hidratada;
Enfatizar a necessidade de se evitar permanecer com a criança em ambientes
muito quentes ou demasiadamente frios;
Aconselhar os pais sobre as possibilidades genéticas de futura gravidez;
Verificar se os pais compreenderam as informações prestadas, se têm dúvidas, se
necessitam de outros esclarecimentos.
Fonte: Adaptado de Minas Gerais (2005)
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1.17. - Cuidados Nutricionais na Anemia Falciforme
A ocorrência de atraso no crescimento e desenvolvimento em pacientes com anemia
falciforme tem sido relatada na literatura e observada na prática clínica. O atraso da
maturação óssea nesse grupo aumenta progressivamente com a idade. No entanto,
a época em que tal atraso se inicia não está bem estabelecida. Em crianças com
anemia falciforme, o metabolismo está muito acelerado em função da hemólise
crônica, da anemia e de fenômenos vaso-oclusivos. Mesmo em períodos sem crises
ou complicações, as necessidades de proteína, energia e minerais são elevadas.
Vários fatores influenciam no déficit de crescimento, tais como as disfunções
endócrinas, o baixo consumo alimentar, os requerimentos energéticos aumentados e
a baixa condição socioeconômica. Por essas razões, os pacientes tendem a ser
desnutridos e a ter frequentemente déficit de estatura, de peso e de maturação
esquelética (SOUZA et al., 2008).
Segundo Mahan at al. (2002), todos os indivíduos com anemia falciforme devem
receber instruções de como podem desenvolver um plano alimentar bem
balanceado proporcionando calorias e proteínas suficientes para o crescimento e
desenvolvimento, que as dietas devem promover alimento com alto teor de folato.
Segundo Leonor e Cols (1998), citado por Mahan em 2002, os suplementos de zinco
podem ser benéficos no tratamento de anemia falciforme, especialmente uma vez
que a diminuição no zinco plasmático é comum em crianças com doença falciforme
do genótipo SS, e está associada à diminuição linear do crescimento esquelético e
desenvolvimento, massa muscular e maturação sexual e que as boas fontes
vegetarianas de zinco incluem os produtos lácteos grãos integrais e vegetais verdes.
Mahan refere também que os cereais em farelo, abacate, brocolis e bananas são
boas fontes vegetarianas.
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CAPÍTULO II – ANÁLISE METODOLÓGICA
Do ponto de vista metodológico, a presente pesquisa foi feita através a utilização de
vários livros e não só. Que segundo Gil (2002,p.91), a pesquisa bibliográfica obtém
os dados a partir de trabalhos publicados por outros autores, como livros, obras de
referência, periódicos, teses e dissertações e a pesquisa de levantamento: analisa
comportamento dos membros de uma população por meio da interrogação directa a
uma amostra de pessoas desta população.
2.1-Modelo de Pesquisa
Quanto ao modelo a pesquisa foi o modelo quantitativo, tendo em conta que ela
tende a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos
mensuráveis da experiência humana (GIL, 2002, p.127).
2.2-Tipo de Pesquisa
Tratou-se de um estudo observacional descritivo transversal, que é definido como
um estudo que descreve um fenómeno decorrente numa população, comunidade ou
instituição num determinado momento, e este fenómeno só pode ser estudado como
ele se apresenta num dado momento ou situação (SILVA, 2008).
2.4 - População
Segundo Marconi e Lakatos (2005; 2006) define população como o conjunto de
seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em
comum. Sendo assim no presente trabalho os dados foram generalizados para os
enfermeiros do hospital Divina providência, tendo em conta que mesma unidade
hospitalar contêm uma população de 25 enfermeiros divididos por turnos.
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2.5 – Amostra
Para Gil (2002, p. 50) amostra é parte ou subconjunto de uma dada população ou
universo, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as suas características e
consequentemente representa a população a partir da qual foi seleccionada. Desta
feita para a presente pesquisa a amostra foi de 25 enfermeiros do hospital Divina
providência.
Demográfico
Idade
Género: Masculino e feminino
Grau Académico
Tempo de serviço
Níveis de severidade
Educação sanitária
Formação continuada
Sociodemografico
Eliminar a dor (Tipo de tratamento farmacológico)
Hidratação
Pico febril
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Crise dolorosa
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
29
GUEVARARA W, (2005), Anemia Falciforme y Afrodescendentes, 04/09/2007,
wyllyguevara@hotmail.coam
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DEPARTAMENTO DE SAÚDE
Luanda____________/_________________2024
________________________ __________________________
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QUESTIONARIO SOBRE:incidência da anemia falciforme em
crianças dos 0 aos 5 anos diagnosticadas no hospital geral dos
Cajueiros no II semestre de 2023Estamos trabalhando em uma pesquisa
cientifica que servirá para elaborar um trabalho cientifico (monografia) da
UNIVERSIDADE UNIBELAS. A mesma pesquisa tem por objectivo descrever os
processo de cuidado nos pacientes com anemia falciforme sua e relatar os
diferentes aspectos do seu conhecimento relacionado aos cuidados de enfermagem
nos pacientes com anemia falciforme.
Seu preenchimento é muito fácil.
1- Gênero:
Masculino ( ) Feminino ( )
2- Faixa etária:
3- Grau acadêmico
4 – Quais são os analgésico mais usados para menores de cinco anos com
Anemia falciforme?
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Arefecimento ( ) Dipiróna ( )
9-Tempo de serviço.
0-1 ano
2-5 anos
6-10 anos
11-15 anos
>15 anos
10-Formação contínua.
Sim ( ) Não ( )
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