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A Anemia falciforme é uma doença hemolítica crônica muito grave (O termo hemolítica
vem de Hemólise, que significa o rompimento de uma hemáceaque libera a
hemoglobina no plasma) e resulta da destruição prematura dos eritrócitos frágeis e
pouco deformáveis. Ocorre devido a uma mutação no cromossomo 11 que resulta na
substituição do ácido glutâmico pela valina na cadeia B da globina, dando origem à
hemoglobina S. Em condições de deficiência de oxigênio, a hemoglobinaS assume a
forma de foice.
Observe a figura:
PaiFilhoMãe
Os dois pais são portadores de hemoglobina A, portanto não apresentam o gene com a
mutação para produzir a hemoglobina S, sendo assim não apresentarão a doença.
Caso uma pessoa receber somente um gene com a mutação, seja do pai ou da mãe, e o
outro gene sem a mutação, ela nascerá somente com o traço falciforme. O portador de
traço falciforme não tem doença e não precisa de tratamento especializado. Ele deve ser
bem informado sobre isso e saber que, se tiver filho com outro portador de traço
falciforme, poderá gerar uma criança com anemia falciforme ou com traço ou sem nada.
Os dois pais são portadores de traço falciforme (não tem a doença), a probabilidade é
que 25% de seus filhos nasçam com a doença, 50% com
Quando um dos pais é portador de traço falciforme e outro não, a probabilidade é que
50% de seus filhos nasçam normais e 50% com
traço falciforme.
3.
Anemia Falciforme e o outro não todos os seus filhos nascerão com traço falciforme.
Podemos então, concluir que se os descendentes deste casal, portadores de traço
falciforme casarem com outros portadores de traços falciformes haverá a probabilidade
de gerar filhos com Anemia Falciforme.
4.
Traço Falciforme e o outro Anemia Falciforme, provavelmente 50% dos filhos terão
traço falciforme e 50% apresentarão a doença.
Alguns estudos demonstram que a Anemia Falciforme surgiu como uma resposta da
natureza para evitar que a malária destruísse a população da África. Em algum momento
houve uma alteração genética que chamamos de mutação, alterando a informação que
vem no gene (DNA). Com a alteração, essas pessoas passaram a produzir a
hemoglobina S, em vez da hemoglobina A.(é nesse tipo de hemoglobina que o
protozoário Plasmodium sp. Penetra e se multiplica, causando a destruição celular).
Assim, quem tivesse na hemácia a hemoglobina S não seria infectado pela malária. Com
isso, diminuiu muito a morte pela malária Em virtude da imigração forçada, isto é, do
tráfico de escravos e dos movimentos populacionais em busca de melhores condições de
vida, essa mutação se espalhou pelo mundo.
No Brasil, pelo fato de o país ter recebido uma grande população de escravos e por
apresentar alto grau de mistura de raças, existem muitas pessoas portadoras da anemia
falciforme, principalmente os afrodescendentes.
As pessoas com anemia falciforme têm sintomas muito variados. Eles podem não ter
quase nenhum sintoma, necessitando de pouca transfusão de sangue ou mesmo de
nenhuma e, portanto, com excelente qualidade de vida. Mas existem algumas pessoas
que, mesmo com acompanhamento médico adequado, têm crises muito graves da
doença, com sintomas de dores ósseas, na barriga, infecções de repetição às vezes muito
graves, podendo levar à morte. Alguns doentes podem ter crises de anemia mais
intensas e mais rápidas, necessitando de várias transfusões de sangue com urgência. As
crises variam de gravidade e de tipo conforme a idade da pessoa. Os bebês têm mais
infecções e dores com inchaço nas mãos e nos pés. Nas crianças maiores, as dores estão
mais localizadas nas pernas, nos braços e na barriga. Na primeira infância, ocorre uma
esplenomegalia (aumento do baço) decorrente da congestão pelo seqüestro de eritrócitos
falcizados. Posteriormente, evolui com a formação de trombose e infartos culminando
com a atrofia e fibrose do órgão (auto-esplenectomia). Alguns doentes podem ter até
mesmo derrames cerebrais, com lesões graves e definitivas. No dia-a-dia, as crianças
com anemia falciforme são diagnosticadas com palidez e muitas vezes apresentam o
branco dos olhos amarelado, como na hepatite, sintoma que chamamos de icterícia. Nos
adultos, as crises mais freqüentes também são de dores nos ossos e complicações devido
a danos ocorridos ao longo de sua vida, aos órgãos mais importantes, tais como o
fígado, os pulmões, o coração e os rins. Na idade adulta também é comum o
aparecimento de úlceras (feridas) nas pernas, que são machucados graves de difícil
cicatrização.
A equipe de saúde deve alertá-los sobre o risco das infecções e quanto à importância da
febre nesses pacientes, orientado-os a procurar atendimento médico imediato quando
houver qualquer um desses sinais ou sintomas: palidez, febre, presença de dor torácica,
dispnéia, dor abdominal, cefaléia, náuseas ou vômitos, aumento do baço, alterações do
comportamento.
O retorno às consultas de rotina deve ser realizado a cada dois ou três meses nos
primeiros três anos de vida. A partir dos 4 anos de idade essa freqüência pode ser feita a
cada 4-6 meses, ou mais precocemente dependendo das necessidades individuais.
Os estoques de ferro podem estar excessivos, portanto nestes casos os alimentos ricos
em ferro como o fígado entre outros, devem ser evitados ou limitados. Alimentos ricos
em vitamina C não devem ser consumidos nas refeições. Entretanto é importante
ressaltar que em alguns casos existe a deficiência de ferro, possivelmente por fletomias
repetidas, hematúria causada por necrose renal papilar ou mecanismos desconhecidos.
Hábitos adequados de higiene oral devem ser incentivados, pois é importante para
prevenir as infecções dentárias, pois podem levar a outras complicações da doença
falciforme.A prática de exercícios pode ser encorajada, desde que as atividades sejam
regulares, moderadas e o esforço progrida lentamente. O próprio paciente deve
monitorar a medida adequada para ele quanto ao esforço físico. A necessidade da
hidratação, antes, durante e após as atividades físicas nunca deve ser renegada. Também
devem ser lembrados que as variações de temperatura, como calor ou frio, podem
desencadear crises; assim, o uso de roupas apropriadas é fundamental.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-
84842007000300009&script=sci_arttext&tlng=
Referência Bibliográficas:
Disponível
http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/documentos/folder_anemia_falciforme.pdf
Disponível: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Doenca_Falciforme.pdf
Mahan, K.L. et. Col. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia – 8ª edição São
Paulo Editora Roca, 1994.
Disponível http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0206_M.pdf
PORFIRIA é uma doença que foi descoberta no séc XIX e cujos sintomas,
anteriormente, eram confundidos com a prática do"vampirismo", superstição muito
cultuada na época. Devido a propenção de se contrair a doença Porfiria ser transmitida
hereditáriamente ,levando-se em conta que era habitual o casamento consanguínio na
região dos balcãs na Europa, na época era grande a incidencia desta doença e,portanto,
foi nesta região que surgiram as lendas de praticas de vampirismo, lobizomem,
Drácula , etc. O motivo é que as pessoas que apresentavam os sintomas eram tratadas
com o tradicional procedimento da "sangria" , o que as levava a crises anêmicas que,
por sua vez , eram tratadas com ingestão de sangue fresco de animais. Daí a associação
com a prática do "vampirismo".
Hoje se sabe que esta doença, chamada porfiria ( que vem do grego: Porphiros , ou seja:
vermelho aroxeado), manifesta-se inicialmente por sinais como: urina avermelhada e
que escurece em contato com a luz e fotofobia ( aversão à luz) porque a luz causa
esfoliação na pele, formando pústulas doloridas quando expostas ao sol.
http://www.pontodosmedicos.com.br/noticia.php?tipo=3&id=176
Porfíria
A doença foi assim batizada devido à coloração arroxeada dos fluídos corporais dos
doentes durante um ataque.
O stress como resultado de uma infecção, outra doença, a cirurgia ou uma perturbação
psicológica também são por vezes desencadeadores de crises.
A recuperação pode dar-se ao fim de alguns dias, embora a cura completa de uma
fraqueza muscular grave possa requerer vários meses ou anos.
http://www.tuasaude.com/porfiria/