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INTRODUÇÃO
James Bryan Herrick, em 1910, publicou o primeiro artigo científico sobre a doença
falciforme, demonstrando a presença de eritrócitos em formato de foice em um jovem negro
com anemia grave, icterícia e com dores fortes nas articulações. A descoberta da doença
falciforme se deu por meio da genética clássica, sendo a primeira doença molecular humana a
ser descoberta.
O termo anemia falciforme foi empregado pela primeira vez por Maçom em 1922, onde
foram relacionadas algumas características comuns entre portadores dessa patologia: todos os
pacientes eram negróides, apresentavam icterícia (olhos amarelos), fraqueza, úlceras de
membros inferiores, anemia intensa e hemácias falcizadas no sangue periférico (Naoum, 1987).
As células falciformes são mais frágeis que os eritrócitos normais na corrente sanguínea
e, por essa razão, vivem menos que o tempo médio de 120 dias. Na corrente sanguínea os
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eritrócitos falcizam e desfalcizam reversivelmente conforme ganham e liberam o oxigênio
(FORMIGONI, 2006).
Durante o estágio podemos notar que vários pacientes foram internados no hospital
com diagnóstico de anemia falciforme que é uma doença que ocasiona diversos problemas de
saúde como baixa imunidade, infecções, hipertensão pulmonar, doenças cardíacas,
complicações renais, desvio do sangue para outras partes do corpo e mortes.
1.2. JUSTIFICATIVA
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vivendo na África morrerão até os 5 anos de idade antes de mesmo que o diagnóstico seja
estabelecido (Bellato, 2013).
Em Angola fala-se que 20% da população é afectada pela anemia falciforme, tendo
em conta estas constatações despertou-nos o interesse de saber sobre:
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2. OBJECTIVOS
Causa de internamento;
Tratamento efectuado.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Anemia falciforme: é uma doença hereditária (passada dos pais para os filhos)
caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma
foice (ESTEVES, 2005).
Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e
pela mãe se for transmitido por apenas um dos pais, o filho terá o traço falciforme que poderá
passar para os seus descendentes mas não manifesta a doença (LOUREIRO, 2005).
3.3. FISIOPATOLOGIA
Segundo Dr. Pedro Pinheiro, em 2022, os tipos mais comuns de anemia falciforme
são:
HbSS;
HbSc;
HbS beta talassemia.
3.4.1. HbSS
Pessoas com essa forma de anemia falciforme herdam dois genes da célula
falciforme (“S”), um de cada pai. Isso é geralmente é a forma mais grave da doença.
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3.4.2. HbSc
Pessoas com essa forma de anemia falciforme herdam um gene da célula falciforme
(“S”) de um dos pais e do outro um gene para uma hemoglobina anormal chamada “C”.
Esta é geralmente uma forma mais branda de anemia falciforme.
Pessoas com essa forma de anemia falciforme herdam um gene da célula falciforme
“S” de um dos pais e um gene para a beta talassemia, outro tipo de anemia, do outro pai.
Existem dois tipos de talassemia beta: “0” e “+”. Aqueles com talassemia HbS beta 0
geralmente apresentam uma forma grave da anemia, enquanto pessoas com HbS beta +
tendem a ter uma forma mais branda.
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3.6. DIAGNÓSTICO DA ANEMIA FALCIFORME
Diagnóstico Clínico
Diagnóstico Laboratorial;
Diagnóstico Imagiológico;
Diagnóstico Diferencial.
Como o transplante de medula óssea não é uma opção viável para a maioria dos
pacientes, o tratamento da anemia falciforme acaba ficando destinado a evitar as crises
álgicas, aliviar os sintomas e prevenir complicações (Dr. Pedro Pinheiro, 2022).
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Transfusões sanguíneas são necessárias quando a anemia é grave. Um medicamento
chamado hidroxiureia também ajuda, pois age diminuindo o percentual de células em foice
no sangue (Dr. Pedro Pinheiro, 2022).
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Tendo como pressuposto o cuidado de forma direta aos portadores de anemia falciforme,
o enfermeiro tem como alvo a diminuição da dor, com base em uma avaliação completa. Isto
mostra que o enfermeiro deve conhecer a fisiologia da dor, buscando a implantação de práticas
educativas com essas pessoas, identificando e prevenindo crises dolorosas reduzindo assim as
possíveis complicações, bem como proporcionando ações de autocuidado (BRASIL, 2012). No
cotidiano assistencial a enfermeira precisa saber reconhecer os fatores desencadeantes de
situações agudas e crônicas na doença falciforme que podem subsidiar o levantamento e
avaliação das necessidades da pessoa (CORDEIRO, 2013).
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4. METODOLOGIA
O presente estudo foi realizado no Hospital Geral de Luanda, município de Belas, distrito
urbano do Camama, província de Luanda.
4.3.1. Amostra
Foram selecionados 86 crianças com anemia falciforme, para a realização do presente estudo.
Foram incluídos todas as crianças com anemia falciforme, internadas no Hospital Geral de
Luanda.
Foram excluídos todas as crianças que não têm anemia falciforme, internadas no Hospital Geral
de Luanda.
Após a aprovação do nosso projecto de pesquisa pela direcção do Instituto Médio Técnicos
Privado de Saúde Medicina Moderna (I.M.T.P.S.M.M), foi dirigida uma carta à direcção do
Hospital Geral de Luanda, solicitando a autorização para a recolha de dados. foi feito o termo
de Consentimento Livre Esclarecido, mantendo os dados obtidos em anonimato.
Os dados foram obtidos através de uma ficha de inquérito, elaborado para a recolha de dados.
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4.8. Processamento de dados
Sexo;
Idade;
Tempo de internamento.
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5. APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESUTADOS
Sexo Fr %
Masculino 40 46,5
Feminino 46 53
Total 86 100%
Fonte: Fichas inquéritos.
Interpretação: Tabela acima revela que das 86 crianças internadas no Hospital Geral de
Luanda a maior 46 (53%) eram do sexo feminino e a menor parte 40 (46,5%) eram do sexo
masculino.
Faixa Etária Fr %
0–2 22 25,5
3–5 22 25,5
6–8 11 12,7
9 – 11 16 18,6
12 – 14 15 17,4
Total 86 100%
Fonte: Fichas inquéritos.
Interpretação: Tabela acima revela que das 86 crianças internadas no Hospital Geral de
Luanda, a maior 22 (25,5%) estavam na faixa etária dos 0 – 2 e dos 3 – 5 anos, a seguir 16
(18,6%) estavam na faixa etária dos 9 – 11 anos a passo que a menor parte das crianças
internadas 11 (12,7%) estavam na faixa etária dos 6 – 8 anos.
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Tabela 3: Distribuição da prevalência em crianças com anemia falciforme internadas no
Hospital Geral de Luanda, quanto ao tempo de internamento. Janeiro a Abril de 2023.
Tempo de internamento Fr %
1 – 10 Dias 76 88
11 – 20 Dias 6 7
21 – 30 Dias 4 5
Total 86 100%
Fonte: Fichas inquéritos.
Interpretação: Tabela acima revela que das 86 crianças internadas no Hospital Geral de
Luanda a maior 76 (88%) estavam internados num intervalo de 0 – 10 dias a passo que a menor
parte 4 (5%) estavam internados num intervalo de 21 – 30 dias.
Causa de internamento Fr %
Acidente 0 0
Total 86 100%
Fonte: Fichas inquéritos.
Interpretação: Tabela acima revela que das 86 crianças internadas no Hospital Geral de
Luanda a maior 68 (79%) tinham como causa de internamento crise de anemia falciforme a
passo que a menor parte 9 (10,4%) tinham como causa de internamento doenças infecciosas e
doenças respiratórias.
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Tabela 5: Distribuição da prevalência em crianças com anemia falciforme internadas no
Hospital Geral de Luanda, quanto ao tratamento efectuado. Janeiro a Abril de 2023.
Tratamento efectuado Fr %
Tratamento de crises e
problemas causados por elas 18 20,9
Total 86 100%
Fonte: Fichas inquéritos.
Interpretação: Tabela acima revela que das 86 crianças internadas no Hospital Geral de
Luanda a maior 68 (79%) eram tratados com medicamentos cujo objectivo é prevenir e
controlar crises e a menor parte 18 (20,9%) eram tratados com medicamentos cujo objectivo é
curar crises e problemas causados por elas.
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6. CONCLUSÃO
Quanto ao sexo, a maior parte das crianças internadas com anemia falciforme 46 (53%) eram
do sexo feminino e a menor parte 40 (46,5%) eram do sexo masculino.
Quanto a idade, a maior parte das crianças internadas com anemia falciforme 22 (25,5%)
estavam na faixa etária dos 0 – 2 e dos 3 – 5 anos, a seguir 16 (18,6%) estavam na faixa etária
dos 9 – 11 anos a passo que a menor parte das crianças internadas 11 (12,7%) estavam na faixa
etária dos 6 – 8 anos.
Quanto ao tempo de internamento, a maior parte das crianças internadas com anemia falciforme
76 (88%) estavam internados num intervalo de 1 – 10 dias a passo que a menor parte 4 (5%)
estavam internados num intervalo de 21 – 30 dias.
Quanto a causa de internamento, a maior parte das crianças internadas com anemia falciforme
68 (79%) tinham como causa de internamento crise de anemia falciforme a passo que a menor
parte 9 (10,4%) tinham como causa de internamento doenças infecciosas e doenças
respiratórias.
Quanto ao tratamento efectuado, a maior parte das crianças internadas com anemia falciforme
68 (79%) eram tratados com medicamentos cujo objectivo é prevenir e controlar crises e a
menor parte 18 (20,9%) eram tratados com medicamentos cujo objectivo é curar crises e
problemas causados por elas.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
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