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Anemia falciforme

João Pedro Moisés De Souza Cortez.


5° período biomedicina.
Lorena, 03 de abril de 2023.
Professor André Ribeiro Soares Borges.

Resumo
O presente documento tem por objetivo descrever as principais causas e
características da anemia falciforme, bem como esclarecer o processo genético pelo
qual se desenvolve tal doença, além de expor tratamentos que auxiliem o paciente em
uma qualidade de vida melhor.
Palavras chaves: anemia falciforme, hemoglobina S, manifestações clínicas,
tratamentos.

Introdução
Segundo o livro fisiopatologia da anemia falciforme, da autoria de Janaina Martins, “A
anemia falciforme é uma doença de origem hereditária, com alteração no gene da
cadeia beta da globina. Onde o ácido glutâmico é substituído pela valina na posição
seis da extremidade N-terminal da cadeia beta, originando a hemoglobina S que com a
alteração sofre processo de falcilização, não conseguindo desempenhar a sua função
de oxigenação e desoxigenação, onde vai causar várias alterações no organismo”. Tal
anemia foi descrita pela primeira vez em 1910 pelo médico norte-americano James
Herrick, a partir de uma amostra de sangue de um indivíduo da ilha de Granada no
Caribe. Esta doença tem sua origem acerca de 50 a 100 mil anos atras, durante os
períodos paleolíticos e mesolíticos entre seres humanos que habitavam o centro-oeste
africano, índia e leste asiático, sendo ainda desconhecido o fator ao qual ocasionou a
mutação do gene da hemoglobina S.

Desenvolvimento
A anemia falciforme, no Brasil, acomete 8% da população de cor negra, favorecendo
um aumento nessa prevalência tendo em vista a alta miscigenação da população
brasileira, com cerca de aproximadamente 180 mil pessoas portadoras do gene da
hemoglobina S (ministério da saúde, 2022).
As expressões clínicas são muito variáveis com alguns pacientes não manifestando
sintomas e tendo uma vida relativamente normal, porém, alguns desse pacientes
podem ter complicações graves podendo levar a óbito na infância, adolescência ou na
fase adulta. As manifestações mais comuns são as crises vaso oclusivas (CVO) e crises
dolorosas, além da síndrome toráxica aguda (STA), infecções, sequestro esplênico,
priapismo, acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão pulmonar, hipertensão
cardíaca, crises aplásticas, hipóxia, inflamações e lesões teciduais.

Tratamentos
Os tratamentos são realizados de acordo com a complicação clinica do paciente e em
alguns casos a transfusão sanguínea se faz necessária. O tratamento por meio de
fármacos inclui o uso de anti-inflamatórios, analgésicos e penicilina, principalmente
em crianças menores de 5 anos. A terapia transfusional também é um importante
recurso para a diminuição dos níveis de Hb S (hemoglobina S), além disso, a transfusão
é um dos métodos mais utilizados e seguros para o tratamento de anemia falciforme
no âmbito médico. Atualmente um novo método de tratamento tem sido bastante
utilizado, denominado de hidroxiureia.

A hidroxiureia é um medicamento muito utilizado no tratamento da leucemia


mieloide crônica (LMC), contudo, tem sido bastante empregado no tratamento de
pacientes com anemia falciforme, tendo em vista que o mesmo é capaz de aumentar
os níveis de hemoglobina fetal, que em altos níveis provoca a diminuição da
polimerização das hemácias defeituosas diminuindo assim o risco de vaso-oclusão.

Além disso, a pratica de esportes somada a uma alimentação saldável pode contribuir
para um tratamento mais eficaz auxiliando assim o paciente em um modo de vida
muito melhor.

Conclusão
Conclui-se, portanto, que a anemia falciforme não possui uma cura exata, contudo, por
meio dos tratamentos corretos e uma boa qualidade de vida podem contribuir para
um estado mais estável do paciente auxiliando no bem estar físico do portador da
anemia.

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