A anemia falciforme é mais comum em populações africanas porque uma mutação genética que surgiu em uma população africana antigamente afetada pela malária conferia proteção contra a doença, fazendo com que o gene defeituoso da anemia falciforme se espalhasse nessa população.
A anemia falciforme é mais comum em populações africanas porque uma mutação genética que surgiu em uma população africana antigamente afetada pela malária conferia proteção contra a doença, fazendo com que o gene defeituoso da anemia falciforme se espalhasse nessa população.
A anemia falciforme é mais comum em populações africanas porque uma mutação genética que surgiu em uma população africana antigamente afetada pela malária conferia proteção contra a doença, fazendo com que o gene defeituoso da anemia falciforme se espalhasse nessa população.
1. Por que a anemia falciforme é mais comum em populações africanas?
A expressão doença falciforme é usada para referir síndromes provocadas por
uma alteração particular na molécula de hemoglobina. Essa molécula é responsável pelo transporte de oxigênio e é uma das mais abundantes na composição das hemácias. Essa alteração acarreta menor afinidade com a molécula de oxigênio e a formação de longas cadeias de hemoglobinas que acabam por formar feixes intracelulares concentrados nas extremidades da hemácia e fazem com que ela adquira a forma de foice. Provocando o que conhecemos com anemia Falciforme.
Acredita-se que a anemia falciforme seja um dos melhores exemplos da seleção
natural, pois, pessoas com traço falciforme são mais protegidas contra a malária, doença transmitida pelo mosquito anofelino, que injeta um parasita no organismo humano ao picá-lo. No seu percurso pelo corpo, o parasita invade células vermelhas. Cientistas acreditam que, em algum momento da história, houve uma mutação genética em pessoas de uma população africana que morava numa região afetada pela malária. Foi nesse momento que os genes foram alterados e passaram a causar a anemia falciforme. Como certas pessoas que tinham o gene defeituoso também eram mais protegidas contra a malária, passaram a sobreviver indivíduos com as duas características: "à prova de malária" e portadores do gene da anemia falciforme. Essas características passaram a ser transmitidas de geração a geração.
Fonte:
CAVALCANTI, Juliana Manzoni; MAIO, Marcos Chor. Entre negros e miscigenados: a
anemia e o traço falciforme no Brasil nas décadas de 1930 e 1940. Revista Hist. cienc. saude-Manguinhos vol.18 no.2 Rio de Janeiro Apr./June 2011.