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vl2022p26
RESUMO
A pandemia provocada pela COVID-19 produziu um aumento de sintomas de ansiedade e pressões psicológicas
de uma maneira geral na população e associado às situações de emergências e crises não pode ser ignorado. O
cenário produzido pela COVID-19 é percebido como uma oportunidade para o desenvolvimento de estratégias
de orientação, atenção e tratamento à saúde mental dos envolvidos. Dados clínicos e epidemiológicos sobre as
implicações da COVID-19 na saúde mental ainda são recentes. Este estudo, teve o objetivo de avaliar a
prevalência e tipos de benzodiazepínicos prescritos antes e durante a pandemia da COVID-19, dispensados para
atendimento pelo SUS, no Município de São Fidélis, RJ. Os dados coletados se referem ao período de 2019 a
2021, de maneira a atender o estudo proposto. A metodologia foi estudo observacional transversal, utilizando-
se pesquisas bibliográfica e documental. A fonte para essa última foram, informações dos bancos de dados da
Farmácia Municipal. As informações foram tabuladas e apresentadas em forma de gráficos e comparados os
períodos antes e durante a pandemia, sendo considerados os tipos e quantidades de benzodiazepínicos (BZDs)
dispensados nesse período. Os resultados poderão contribuir com informações que poderão ser utilizadas em
futuro(s) estudos e pesquisas, colaborando para a melhoria desse serviço no município em estudo. Constatou-
se que os BZDs que apresentaram maior prevalência de dispensação nos anos estudados foram: Alprazolam 1,0
mg e o Clonazepam 2,0 mg mostrando-se uma maior elevação nos anos de 2020 e 2021 (com pandemia) em
relação a 2019 (sem pandemia). Esses dados trazem grande preocupação sobre as evidências do aumento de uso
de BZDs e sugerem medidas e planejamento de estratégias para o uso racional dos medicamentos nas Unidades
Básicas de Saúde do município de São Fidélis-RJ.
RESUMO
Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença multissistêmica que acomete homens com
uma incidência dez vezes menor e tem repercussões clínicas variadas relacionadas ao caráter autoimune.
Objetivo: Relatar o caso de um paciente portador de Lúpus Eritematoso Sistêmico com Injúria Renal Aguda e
discutir diagnósticos diferenciais. Descrição do caso: Masculino, 21 anos, deu entrada no hospital com artralgia,
dispnéia e relato de sintomas gripais há 12 dias. Na investigação diagnostica foi encontrado derrame pericárdico
e pleural volumoso, com sinais de tam- ponamento cardíaco e marcadores sorológicos positivos para LES.
Métodos: as informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos
diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Não houve necessidade do TCLE de
acordo com a justificativa V”” Conclusão: O caso relatado e publicações levantadas trazem à luz a discussão da
complexa fisiopatologia do LES, no qual pode cursar com vários processos patológicos que explicam os sinais
e sintomas sistêmicos. Dentre eles, a injúria renal que embora seja mais obviamente associada a
glomerulonefrite lúpica, pode ser proveniente de outros diagnósticos, que quando bem estudados podem
minimizar repercussões mais complexas com procedimentos mais simples.
RESUMO
Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada por redução da taxa de filtração glo- merular por
três meses ou mais, podendo ter ou não presença de lesão renal e constitui problema de saúde pública mundial,
tendo como principais causas a hipertensão e o diabetes mellitus. O controle rigoroso destas permite prevenir e
preservar a função renal. Após o diagnóstico de DRC toma-se necessário dar início a um programa de terapia
renal substitutiva. Objetivos: Analisar, a partir dos prontuários dos acometidos com DRC em Campos dos
Goytacazes, as causas prevalentes responsáveis por levar os pacientes ao programa de diálise. Métodos: Estudo
transversal realizado a partir da coleta de informações dos prontuários no período janeiro de 2022 a dezembro
de 2022. O projeto foi submetido à aprovação do diretor técnico dos dois serviços de tratamento dialítico
existentes em Campos, bem como do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados e Discussão: A etiologia mais
prevalente, até o momento, foi o diabetes (35,44%), seguido da hipertensão arterial (30,12%), o que soma a 140
e 119 pacientes, respectivamente, em um N=395. Conclusão: O diabetes e a hipertensão foram encontradas em
mais de 65% dos pacientes. Os resultados foram compatíveis com o esperado.
RESUMO
O metilfenidato vem sendo utilizado com a finalidade de melhorar o rendimento nos estudos. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a prevalência de uso e o perfil dos estudantes que consomem metilfenidato em uma instituição
de ensino superior. Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado na Faculdade de Medicina de
Campos- FMC, com questionário online aplicado aos alunos dos cursos de graduação em farmácia e medicina.
Os dados foram avaliados e apresentados em gráficos e tabelas, considerando as variáveis significativas, sendo
que 368 atenderam ao critério de inclusão da pesquisa. A prevalência de uso foi de 29,3%, com o seguinte perfil:
faixa etária prevalente 23 a 25 anos (35,2%), sexo feminino (62%), curso medicina (69,4%), período 7o (14,8%),
a maioria se sente pressionado a ter um bom desempenho para ter reconhecimento social (89,8%), 79,6%
declararam que o período de avaliações é período de uso, 80,6% que motivo é para melhorar o rendimento dos
estudos. Quanto à forma de aquisição: 65,7% sem prescrição médica, 46,3% obtido com amigo/ conhecido. Sobre
conhecimento do medicamento: 94,4% sabem que se trata de um medicamento de controle especial e 99,1%
conhecem suas indicações clínicas. Em relação aos efeitos adversos: 75,9% não apresentaram reação adversa
durante o uso, sendo que os que relataram, em sua maioria, foi taquicardia/agitação. A prevalência de uso do
cloridrato de metilfenidato em cerca de um terço dos estudantes universitários como forma de obter melhora no
rendimento dos estudos no curso superior é relevante dentro de uma perspectiva de saúde pública. O perfil
avaliado desses usuários revela serem estudantes que se importam com o reconhecimento social, portanto buscam
o medicamento como forma de solução para um melhor desempenho, fazendo uso, principalmente, nos períodos
de avaliações, sem prescrição médica e obtidos com amigos, algumas vezes em sites. Mesmo com poucos relatos
da presença de reações adversas, como taquicardia/agitação durante o uso do cloridrato de metilfenidato, o
número revelado na pesquisa deve ser considerado, mostrando uma necessidade de orientação aos futuros
profissionais de saúde, de forma a conscientizá-los sobre os riscos da utilização indiscriminada do medicamento.
Sugere-se a criação de medidas preventivas em relação ao uso abusivo, o oferecimento de apoio psicológico para
os estudantes que já utilizam o medicamento sem prescrição médica, além de campanhas de conscientização para
os estudantes de medicina e farmácia, abordando a responsabilidade de uma prescrição e uma dispensação
correta, adequada que seja baseada na ética de ambas as profissões.
Palavras-chave: Cloridrato de metilfenidato. Uso não prescrito. Estudantes universitários. Prcvalên- cia.
RESUMO
No fim do ano de 2019, o mundo foi surpreendido por um surto viral provocado pelo vírus SARS- -CoV-2,
causador da COVID-19. Em alguns casos, a COVID-19 evolui com prognóstico insatisfatório, causando
síndrome respiratória grave e distúrbios da coagulação, necessitando o paciente de internação em unidade de
terapia intensiva (UTI) e uso de politerapia. Nesse contexto, o presente estudo objetiva identificar o perfil dos
pacientes internados em UTI COVID de um hospital particular de Campos dos Goytacazes e levantar as possíveis
interações medicamentosas relacionadas aos medicamentos mais prevalentes nas prescrições. Trata-se de um
estudo observacional transversal retrospectivo, com dados coletados nos prontuários de pacientes internados, no
período de 25 de junho a 25 de agosto de 2021, com as seguintes variáveis: idade, sexo, comorbidade pré-
existente e medicamentos prescritos. Dos 22 pacientes incluídos no estudo, 54,5% eram do sexo masculino. A
idade média dos pacientes era de 71,3 (± 17,6) anos e 100% apresentavam doença pré-existente, sendo a média
de comorbidades por paciente de 2,9. Das comorbidades descritas nos prontuários, as doenças cardiovasculares
eram as mais comuns, seguida da Diabetes Mellitus (DM). Quanto aos medicamentos prescritos, 13 foram
identificados em 50% ou mais das prescrições, tendo suas possíveis interações fármaco/fármaco e gravidade
levantadas por meio da base de dados Micromedex. A fen- tanila, medicamento de maior previdência nas
prescrições, apresentou o maior número de possíveis interações classificadas como de gravidade importante,
seguida do midazolan que, por sua vez, apresentou o maior percentual de possíveis interações classificadas como
contra-indicação. As interações farmacocinéticas se revelaram a mais prevalente (73,8%). De posse do perfil dos
pacientes acometidos por COVID-19 internados em UTI e conhecedores dos riscos quanto à interação associada
aos medicamentes frequentemente prescritos no tratamento dos mesmos, é possível traçar estratégias para melhor
estruturar o serviço de saúde visando a qualidade e segurança no tratamento.
BPN
DOI: https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.vl2022p31
Diagnóstico de três pacientes com Síndrome de Morquio IV-A em
centro de referência em genética no Norte Fluminense
Thaynná Alvim Gomes. E-mail: thaynnaagomes@yahoo.com.br
Sara Oliveira Maia, Vitor Hugo Silva de Aguiar Ribeiro, Ana Paula Galvão Baptista
RESUMO
Dentre as doenças de depósito lisossomal (DLS) que ocorrem por mutações hereditárias autossômicas recessivas, as mucopolissac arido- ses (MPS)
podem ser classificadas em sete distúrbios de acumulo de glicosaminoglicanos. A síndrome de Morquio A (MPSIV-A), ocorre por atividade
aberrante da enzima N-acetilgalactosamina 6-sulfatase, codificada pelo gene GALNS modificado com incidência de 1 entre 76.000 a 640.000
nascidos vivos. Os portadores da MPS IV-A apresentam displasias esqueléticas, face grosseira, baixa estatura, dores articulares e patologias
cardiorrespiratórias, sendo que a terapia de reposição enzimática (IRE) com alfaelosulfase semanalmente é o protocolo aprovad o. Embora não
interrompa a evolução da doença, ocorre melhora na qualidade de vida dos portadores. Objetivo: promover triagem retrospectiva de MPS
diagnosticadas no serviço de genética em um centro de referência no Norte Fluminense, no período de 2006 a 2022. Descrições: após aplicação
metodológica escolhida, foram filtrados três pacientes em um total de 3.500 pacientes com sinais e sintomas clássicos de MPS e diagnóstico
confirmado por exames bioquímicos de MPS IV-A. Primeiro relato: paciente masculino, 20 anos. Chegou ao serviço de genética aos 4 anos e 7
meses de idade no ano de 2006, portando exames com alterações compatíveis com MPS IV-A. Na revisão neonatal, foi relatado pela mãe do
paciente internação prévia na unidade de terapia intensiva por comunicação interventricular com resolução espontânea. O exame quantitativo dos
metabólitos de glicosaminoglicanos (GAG’s) na urina demonstra elevação na concentração com 171 mg GAG/mmol creatinina para a referência
de 4-6 anos (<9,2 mg GAG/mmol creatinina). O se- quenciamento do gene GALNS (16q24.3) revelou mutação missense no éxon 11. Ao exame
físico, apresentava baixa estatura (100 cm), abdome globoso, encurtamento de membros, voz fina, macrocefalia (54 cm de perímetro cefálico),
encurtamento de pescoço e membros superiores em antebraço, pés e mãos em valgo, flush de esclera, tórax encurtado, discr eto afastamento
dentário e déficit auditivo. Além disso, relatou artralgia intensa em joelho e quadril, apresentando limitação de marcha e di spnéia. O
desenvolvimento cognitivo mostrau- -se preservado. Após oito anos da primeira consulta, o paciente retomou com artralgia crônica, cansaço físico
durante a anamnese e dois episódios de dor precordial. Aos 11 anos e 8 meses, o exame quantitativo dos GAG’s urinários mantev e elevação com
8,34 mg GAG/ mmol creatinina (<6,7 mgGAG/mmol creatinina, entre 10-15 anos). Entretanto, o tratamento com alfaelosulfase não foi realizado
por perda de seguimento. Segundo relato: paciente feminina, 27 anos e 9 meses. Procurou o serviço de genética em 2013 aos 18 anos com
diagnóstico prévio de MPS IV-A. Ao exame físico: baixa estatura (100 cm), pescoço encurtado, ponte nasal aumentada, dentes espaçados, tórax
encurtado, pectus protuso, encurtamento dos membros superiores com proeminência bilateral dos antebraços, mãos displásicas co m clinodactilia
do quinto dedo, quadril e membros inferiores encurtados bilaterahnente, pés displásicos com tortuosidade de dedos bilateralmente e voz anasalada
com respiração forçada, mesmo em repouso. Por motivos burocráticos, a paciente interrompeu IRE e demonstrou piora significati va da clínica.
Dois anos após, retomou com tosse e secreção purulenta, artralgia intensa em punhos, mãos, quadril e dorso. Após realização de rad iografia
torácica, tratou com amoxicilina por apresentar infiltrado pulmonar em hemitórax direito. Desde o início do tratamento a paciente interrompeu e
reiniciou o tratamento em intervalos irregulares. Em 2019 retomou para consulta com o protocolo em pausa e as queixas pregres sas mantidas. A
paciente segue na terapia referida sem mudanças estatísticas em parâmetros antropométricos. Terceiro relato: paciente feminina, 9 anos e 10
meses. Aprimeira consulta ocorreu no ano de 2013 aos 5 meses de idade. Ao exame físico: mão em tridente, face discretamente g rosseira, abdome
globoso e hérnia umbilical. A hipótese diagnóstica de MPS foi direcionada pelo aumento dos índices de GAG’s urinários, pois os exames de
dosagem de cariótipo G, quitotriosidase, e teste expandido do pezinho para estabelecer os diagnósticos diferenciais para as d oenças de Prune -
Belly e Gaucher foram não reagentes. Por esse motivo, a contraprova da elevação de GAG’s foi solicitada para dar início ao protocolo de reposição
enzimática, em que o laudo retomou elevado, confirmando o achado. Em 2014, aos 9 meses de idade, iniciou o tratamento com alf aelosulfase
após confirmação de MPS IV-A. Após dois anos, a avaliação antropométrica apresentava baixa estatura, discreto ganho de peso, displasia
esquelética importante, aumento da ponte nasal, piora da face grosseria e pectus protruso, escoliose do tipo GIBA, braquidactilia, voz anasalada,
roncos, dificuldades para dormir e espessamento discreto do primeiro quirodáctilo. A mãe da paciente relatava melhora nas com plicações
respiratórias, com alívio do cansaço e diminuições dos roncos, porém observava-se o início das displasias esqueléticas. Em 2016, aumentou-se a
dose do tratamento, sendo que, por intercorrências no agendamento da reposição enzimática, ficou aproximadamente quarenta e oito semanas sem
TRE e desenvolveu um quadro de infecção respiratória evoluindo para unidade de terapia intensiva (UTI) com recidivas esporádicas nos dois anos
seguintes. A paciente seguiu com consultas de acompanhamento e em sua avaliação física no ano de 2020, apresentava discreto c rescimento em
estatura (104 cm) e, no ano seguinte, 107 cm. Até o dia de hoje mantem o uso de TRE. Conclusão: os pacientes encontrados pela triagem
demonstraram clínicas semelhantes e compatíveis com os dados literários sobre os indivíduos já diagnosticados com a Síndrome de Morquio IV-
A. Pode-se observar que a paciente do índice três, a qual iniciou a terapia de forma mais precoce, teve relativo crescimento em altura, comparada
aos outros pacientes encontrados. Vide ressaltar que, ao interromper a terapia, os pacientes dois e três desenvolveram infecç ões respiratórias,
demonstrando a necessidade de se manter a TRE para prevenção e estabilização dos quadros respiratórios. Os casos relatados são po ucos para
definir prevalência da síndrome no município, no entanto, apontam a suma importância do trabalho de rastreio, diagnóstico precoce das doenças
genéticas e implementação do tratamento que é promovido pelo serviço de genética. A triagem dos casos auxiliou na análise da evolução dos
sintomas e da qualidade de vida dos pacientes após TRE. Palavras-chave: Mucopolissacaridoses. GAGs. Síndrome de Morquio A. Gene GALNS.
Elosulfatase alfa.
Instituição de fomento: PIBIC/FMC
RESUMO
A administração tópica de medicamentos refere-se a sua aplicação sobre a pele, de produtos como cremes e
pomadas. São classificadas como preparações semissólidas, e geralmente compostas por um veículo base. O
estudo foi realizado em uma drogaria, para obtenção de informações contidas nos rótulos e no bulário eletrônico
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Foram selecionadas 20 especialidades farmacêuticas de
uso tópico e/ou dermatológico (cremes e pomadas), das classes farmacológicas antimicrobiana e antifungica (ou
associações), similares e de referência. Os rótulos foram observados para anotação de informações como forma
farmacêutica e princípio ativo. Das bulas, foram anotados: composição e classe farmacológica. Quanto a serem
do tipo similar ou referência, foi consultada a lista de medicamentos similares intercambiáveis, conforme RDC
58/2014. Posteriormente, foi verificada a possibilidade de divergência, após busca na literatura dos conceitos de
composição de creme e pomada, avaliação da forma farmacêutica intitulada no rótulo e insumos inertes utilizados
na base da especialidade farmacêutica. Das 20 especialidades farmacêuticas, 15 tinham descrito em seus rótulos
o título de creme, e apenas 5 continham o título de pomada. Quanto à classe farmacológica, 5 eram
antimicrobianas, 6 eram antifungicas, e 9 tinham associações com outras classes farmacológicas. Em relação à
qualificação das especialidades, quanto a serem similares ou referência, 8 eram do tipo similar e 12 eram do tipo
referência. Quanto as possíveis divergências, em relação à classificação da forma farmacêutica, foram
encontradas em 10 amostras. Dessas, as intituladas como creme, foram qualificadas por apresentarem
divergências devido a presença do pe- trolato branco, e em algumas, a depender da concentração. Salienta-se que
nas composições descritas nas bulas das especialidades farmacêuticas não consta a concentração de cada
componente, apenas os seus nomes, fazendo com que essas divergências sejam possíveis, mas não confirmatórias.
DOI: https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.vl2022p29
RESUMO
Introdução: A miopia é um grande problema de saúde mundial. Nos últimos anos, a redução do tempo gasto em
atividades ao ar livre tem sido reconhecida como um importante fator de risco para o desenvolvimento da doença.
A duração e a intensidade do uso de telas digitais, também sugere associação a este desenvolvimento. Com a
pandemia do COVID-19, o isolamento social foi adotado, disponibilizando de aulas on-line nas escolas, que
podem ter contribuído também neste aspecto. A acessibilidade à consulta oftalmológica foi prejudicada,
dificultando a detecção de problemas oculares e prejudicando o desenvolvimento educacional dessas crianças.
Objetivos: Realizar, em conjunto com médicos oftalmologistas, uma pesquisa em escolas municipais de Campos
dos Goytacazes, a fim de entender o surgimento de problemas oculares durante o período de pandemia e
promover a disseminação de informações sobre os cuidados oculares durante a infância. Métodos: Essa é uma
pesquisa observacional, do tipo transversal, iniciada após a aprovação pelo Comitê de Ética da Faculdade de
Medicina de Campos, que tem como corte temporal, fevereiro de 2022 a dezembro de 2022 e avalia a saúde
ocular das crianças através da acuidade visual (escala de Snellen), dos exames de motilidade ocular e
fundoscopia. Também estão sendo coletadas informações como idade, sexo, sintomatologia ocular geral e
exposição as telas, através de um questionário físico, após autorização dos pais. Os alunos com AV < 20/30 ou
com alguma alteração nos exames realizados serão direcionadas ao Hospital Escola Álvaro Alvim. Resultados e
discussão: Foram avaliados, até o mês de agosto de 2022, 68 alunos de uma escola do município, 27 do sexo
masculino e 36 do feminino. Ao exame, 12 escolares apresentaram baixa acuidade visual, ou seja,
aproximadamente 17%. Desses 12, 6 são do sexo feminino e 6 do sexo masculino, 8 apresentaram deficiência na
acuidade, 3 na acuidade e na fim- doscopia e 1 na fundoscopia apenas. Além disso, todas as crianças referiram
uso de telas em mais de um turno. Assim, estes alunos estão sendo encaminhados ao ambulatório de oftahnologia
do HEAA a fim de realização do exame oftalmológico completo. Conclusão: O rastreio precoce concomitante à
redução do tempo de exposição às telas e ao aumento de exposição à luz solar, motivada por práticas ao ar livre,
podem reduzir o avanço dos problemas oculares, e contribuir para o desenvolvimento educacional e social dessas
crianças. Além disso, o trabalho também servirá como análise para implementação de políticas públicas voltadas
para saúde ocular no município de Campos.
RESUMO
A COVID-19 é uma doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, e o quadro clínico é semelhante às demais
infecções respiratórias virais sendo os sintomas mais comuns: febre, tosse seca, dispnéia, mialgia e fadiga.
Contudo, os pacientes com COVID-19 podem estar suscetíveis ao desenvolvimento de eventos trombóticos
relacionados à excessiva liberação de citocinas inflamatórias e marcadas pelo aumento do D- dímero. É
comprovado que esses eventos trombóticos podem evoluir para tromboem- bolismo pulmonar e morte, portanto
o uso de anticoagulação está sendo amplamente discutido dentre as estratégias de tratamento e prevenção. Esse
projeto visa determinar a prevalência de eventos trombóticos em pacientes que foram acometidos pela COVID-
19, atendidos em um hospital privado no município de Campos dos Goytacazes- RJ durante o período de abril
de 2020 até o final de março de 2021. É um estudo transversal, do tipo analítico, aprovado pelo CEP CAAE:
56660222.0.0000.5244, que utilizou como critério de inclusão 109 pacientes que foram acometidos pela COVID-
19, receberam doses profiláticas ou plenas de enoxaparina. Dos pacientes incluídos, 43 (39,4%) receberam anti-
coagulação plena por apresentarem D-dímero acima de 1000 e 66 (60,6%) anticoagulação proíilática. No total
10 (9,17%) pacientes faleceram com uma idade média de 57±16 anos, sendo que apenas 5 (50%) apresentavam
D-dímero alto e nenhum evoluiu para evento tromboembólico, sendo a causa de óbito relacionada a outras
complicações. No total, apenas 3 pacientes receberam o diagnóstico de evento tromboembólico, sendo todos com
D-dímero acima de 1000 e o sexo feminino foi o mais prevalente com 2 (67%) dos casos. Foi encontrado um
número de eventos trombóticos muito abaixo do esperado, demonstrando a importância do uso profilático de
anticoagulante nos pacientes internados pela COVID-19. No hospital em que foi realizada a pesquisa, pacientes
com D-dímero maior que 1000 fizeram dose plena de enoxaparina (Img/kg, 12/12 h), e nos pacientes que
apresentavam d-dímero menor que 1000 foi feito a dose proíilática com enoxaparina (40mg dia). Somente não
foi feita a profilaxia com anticoagulante em pacientes que apresentavam contra indicação ao uso, como por
exemplo, plaquetopenia, sangramento ativo e hipersensibilidade, sendo esses não contabilizados na pesquisa.
Sabendo do potencial tromboembólico da COVID- 19, o estudo mostra que o uso profilático de anticoagulantes
em pacientes internados com COVID-19 pode levar a uma significativa redução de eventos trombóticos,
assegurando mais benefícios do que malefícios aos pacientes. Com isso, temos uma maior segurança em
prescrever a anticoagulação em processos trombogênico.
RESUMO
Introdução: A obesidade é uma doença crônica considerada um problema de saúde pública e de etio- logia
multifatorial. Se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e acomete indivíduos em qualquer faixa
etária, incluindo a infância. A cirurgia bariátrica gera grande impacto no controle e no tratamento da obesidade
mórbida e os seus benefícios incluem: resolução ou melhora de doenças crônicas como hipertensão, diabetes,
dislipidemia, entre outras comorbidades, além de aspectos psicológicos e sociais. Objetivos: Identificar o perfil
dos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica para tratamento da obesidade. Métodos: Utilizou-se formulários do
programa REDcap, contendo identificação, comorbidades associadas, tipo de técnica utilizada na cirurgia e data
de sua realização, além das medidas antropométricas pré e pós operatórias, incluindo o índice de massa corpórea
(IMC). Foi feita uma amostragem de 185 prontuários de pacientes num período de 2010 a 2016, no Hospital
Escola Álvaro Alvim (HEAA), em Campos dos Goytacazes/RJ, Brasil. Resultados: Dos pacientes submetidos a
cirurgia bariátrica, 84.4% eram do sexo feminino, 24.6% se declaravam de raça branca, 65.4% eram apresentados
como solteiros, 5.6% relataram ter iniciado a obesidade entre 18 e 39 anos, 79.9% moravam em Campos dos
Goytacazes na época da cirurgia, 88.8% dos indivíduos foram submetidos à técnica de gastroplastia com
derivação intestinal (bypass gástrico), 38.0% não fumavam, 50.8% eram portadores de hipertensão arterial
sistêmica (HAS) em tratamento ou não com anti-hipertensivos orais, 28.5% eram portadores de diabetes mellitus
do tipo II (DM2), 21.2% eram dislipidêmicos, 15.1% eram eutireoideos e a média do IMC das pessoas antes da
cirurgia foi de 44,76% kg/m2. Discussão: Os achados sugerem uma atenção maior para a saúde das mulheres que
estão na idade reprodutiva, visto a prevalência da obesidade nesse período. Logo, toma-se importante o
acompanhamento multidisciplinar nesse período, antes da evolução para indicação cirúrgica. Foram identificadas
limitações em relação às variáveis analisadas devido à falta de informações nos prontuários médicos por
preenchimento inadequado. As informações ausentes, foram representadas nos formulários pela opção “não
informado”. Sugere-se rigorosidade e padronização no preenchimento dos prontuários médicos para melhoria
das análises. Conclusão: O perfil cirúrgico dos pacientes que buscaram a cirurgia bariátrica para correção da
obesidade teve predomínio de mulheres, com idade média de 39 anos que se declararam brancas, solteiras, com
histórico de ter iniciado a obesidade entre os 18 aos 39 anos. As doenças relatadas com maior frequência foram
HAS, DM2 e dislipidemia, demonstrando a importância da detecção e tratamento precoce.
RESUMO
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) está categorizado no DSM-5 como um transtorno do
neurodesenvolvimento, e tem como principal característica alterações qualitativas da interação social recíproca
e linguagem, além de comportamentos estereotipados, interesses restritos e dificuldade com o uso do imaginário
em jogos simbólicos. O Autismo infantil é descrito como alterações condizentes com TEA ocorrendo nos três
primeiros anos, podendo se manifestar a partir dos primeiros meses de vida. O diagnóstico precoce é essencial
para um aproveitamento da neuro- plasticidade presente no período inicial da vida, onde as sinapses cerebrais
constantes colaboram para uma diminuição das perdas cognitivas da criança, possibilitando o desenvolvimento
de habilidades sociais, cognitivas e de linguagem. Objetivos: Identificar crianças entre dezoito e trinta e seis
meses de idade com sinais de risco para TEA, por meio do Instrumento Escala Modified Checklist for Autism in
Toddlers (M-CHAT) e encaminhar para tratamento no Ambulatório Interdisciplinar do Hospital Plantadores de
Cana (HPC) em casos positivos. Relato da Experiência: A aplicação do M-CHAT no ambulatório de pediatria do
HPC foi de extrema relevância para as extensionistas e a comunidade. Foi organizado um grupo de mães onde
fomentamos um diálogo de extremo valor e compartilhamento de conhecimento de suma importância na saúde
de seus filhos. Ademais, ensinar é o melhor jeito de aprender, e a escuta das mães por parte do grupo gerou
discussões produtivas e necessárias, expandindo os horizontes de todos presentes, e abrindo espaço para ainda
mais diálogo. Reflexões: Para esse trabalho, foram analisadas 20 crianças. Os resultados revelaram que, dentre as
crianças avaliadas, 85% apresentaram risco positivo para autismo (17 crianças). O diagnóstico e a intervenção
precoce do Transtorno do Espectro Autista são essenciais para garantir a saúde e o crescimento da criança, além
de estimular a formação de sinapses para que ela possa se desenvolver de forma satisfatória e realizar atividades
diárias com independência no futuro. Conclusões: Este trabalho busca evidenciar a relevância da aplicação do
questionário M-CHAT para a identificação precoce do TEA. Desse modo, promove a inserção precoce de
crianças com sinais deste transtorno em atividades de estímulo especializado, visando atingir as áreas comumente
afetadas pelo TEA e melhorar o prognóstico a longo prazo.
RESUMO
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), indivíduos que passam por situações difíceis são
mais suscetíveis a transtornos depressivos. Sendo assim, pode-se dizer que a população em situação de rua é um
grupo com risco considerável de desenvolvê-los. Objetivos: Determinar o perfil da população em situação de rua
de Campos dos Goytacazes, bem como a prevalência de depressão neste grupo e os fatores associados a ela.
Método: Estudo transversal realizado no período de 12 meses no Centro POP com 108 pessoas atendidas na
unidade pela aplicação de um questionário socioeconômico e do inventário de depressão de Beck. Os dados do
estudo foram analisados quantitativamente em números percentuais a partir do programa Epidata 3.1. Critérios
de inclusão: pessoas em situação de rua maiores de 18 anos que frequentem o Centro POP para atendimento e/ou
refeições, que tenham condições físicas e psíquicas para responder aos questionários e aceitem participar do
projeto voluntariamente, mediante TCLE. Projeto aprovado no CNPq n° 26899219.0.0000.5244. Resultados e
Discussão: Foram abordadas 108 pessoas, sendo 95 questionários válidos. 87,4% dos respondedores eram do sexo
masculino; 48,8% de cor preta; 43 (45,2 %) tinham entre 18 e 35 anos; 56,8% está na rua há menos de 2 anos;
58 (61%) estudaram até o ensino fundamental. Com relação à saúde mental dos entrevistados, 82 (86,3%)
apresentaram algum grau de depressão, sendo 26 (27,4%) leve (L), 27 (28,4%) moderada (M) e 29 (30,5%) severa
(S). Apenas 8% dos moradores que estão na rua entre 3 e 10 anos não possuem depressão. Todos os interrogados
que responderam vícios como fatores motivadores para a situação em rua manifestaram akgum grau de transtorno
depressivo. A prevalência de depressão foi de 68,42% no grupo que não apresentava vícios, enquanto que este
valor foi de 88,14%, 90,57% e 97,44% entre os que usavam cigarro, álcool e outras drogas, respectivamente.
Entre os que tinham contato com a família, a prevalência de depressão foi 77,6%, sendo a maioria leve (30,65%),
enquanto que no grupo sem contato com a família, a prevalência foi de 95,7%, sendo a maioria severa (41,3%).
O índice de depressão encontrado na amostra foi 86,3%, sendo a maioria (30,5%) enquadrada como depressão
grave, enquanto que um estudo semelhante, com a população em situação de rua de Belo Horizonte, demonstrou
prevalência de 56,3%, sendo a maioria dos casos (26,9%), depressão leve. Conclusões: Este estudo está de acordo
com a teoria de que populações vulneráveis estão propensas a desenvolver transtornos depressivos. Nesta
amostra, foi encontrada correlação maior entre gravidade da depressão, vícios e contato com a família. A
população em situação de rua é um grupo heterogêneo que está mais suscetível que a população em geral a
agravos de saúde, uma alternativa inicial seria implementar estratégias que facilitem o acesso dessa população a
centros de apoio a saúde mental.
Instituição de fomento: Fundação Benedito Pereira Nunes - Faculdade de Medicina de Campos. Coordenação de Extensão
(Projeto/Edital 2021).
RESUMO
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neuro-desenvolvimento e que pode
manifestar-se precocemente, geralmente em tomo de 12 a 36 meses. Esse transtorno afeta áreas relacionadas à
linguagem, interação social e comunicação, principalmente. Além disso, indivíduos com TEA podem apresentar
comportamentos estereotipados, interesses repetitivos e/ou restritos, dificuldade em funções executivas,
dificuldade em pensamentos simbólicos e rigidez de pensamento. O desenvolvimento de TEA foi associado a
fatores genéticos e muitos genes estão possivelmente envolvidos - tanto herdados quanto novos - não obstante,
outras causas podem influenciar, tais como idade avançada dos progenitores, negligenciamento extremo da
criança, exposição a certas medicações intrautero, nascimento pré termo e com baixo peso. Sendo assim, é
causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A gravidade da apresentação é variável e embora
não exista cura, quanto mais precoce a intervenção adequada, melhor o prognóstico. Isso ocorre devido a
neuroplas- ticidade cerebral que são remodelamentos e reajustes que acontecem de forma mais intensa nos pri-
meiros anos de vida. Objetivos: Identificar crianças de um a seis anos de idade com sinais de risco para TEA, por
meio do Instrumento Escala Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) e encaminhamento para
tratamento em casos positivos. Métodos: Aplicação do M-CHAT no ambulatório de pediatria. Resultados: Para
ter risco positivo para autismo, o resultado deve apontar falha em no mínimo três itens ou em dois itens
considerados críticos. Para esse trabalho, foram analisadas 29 crianças. Os resultados revelaram que, dentre as
crianças avaliadas, 82,75% apresentaram risco positivo para autismo (24 crianças) e dentre essas, 83,22%
apresentaram falhas em pontos críticos (21 crianças). 17,24% (5 crianças) não apresentaram falhas (incluindo as
críticas); 10,34% apresentaram entre 1 e 4 falhas (3 crianças); 24,13% apresentaram entre 5 e 8 falhas (7
crianças); 37,93% apresentaram entre 9 e 13 falhas (11 crianças); 10,34% apresentaram 14 ou mais falhas (3
crianças). Ademais, 72,41% apresentaram alguma falha crítica (21 crianças) e 34,48% apresentaram 3 ou mais
falhas críticas (10 crianças). Discussão: O M-CHAT é um teste de rastreio, ou seja, não é usado para diagnóstico
e, sim para triagem de crianças. É preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, devendo ser aplicado nas
consultas pediátricas a partir de 18 meses de idade. Os resultados superiores a três (falha em três perguntas no
total) ou dois dos itens considerados críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma avaliação formal
por especialistas em neurodesenvolvimento. Conclusão: Esse trabalho em questão busca colaborar com o
enriquecimento acerca do Transtorno do Espectro Autista, salientando a importância da investigação precoce dos
sinais para TEA via instrumentos de rastreio, como o teste do M-CHAT. Dessa forma, com o diagnóstico precoce,
a criança poderá ser encaminhada para tratamento especializado e é estimulada nas áreas afetas pelo TEA. O
rastreio se faz cada vez mais importante pois quanto mais novo, melhor é o prognóstico da criança.
RESUMO
Introdução: O ano de 2020 foi marcado por uma pandemia global resultado da transmissão do novo coronavírus
causador da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) e causador da doença COVID-19. O
acometimento respiratório apresenta maior evidência, entretanto, essa patologia pode causar comprometimento
em diversos sistemas do corpo humano. Objetivos: O presente estudo determinou a incidência do surgimento de
Injúria Renal Aguda (IRA) secundária ao COVID-19 em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva
(UTI) de hospitais públicos da cidade de Campos dos Goytacazes-RJ. Métodos: Os dados contidos neste estudo
foram obtidos a partir da análise de prontuários de pacientes acometidos pela Covid-19 admitidos na UTI de dois
hospitais da rede pública do município, no período de 10 de julho de 2020 a 10 de julho de 2021, comparando os
seguintes parâmetros: idade, sexo, dias de internação, desfecho, se houve necessidade de diálise, valores de
creatinina no momento da admissão no setor da UTI e da saída do mesmo e comorbidades. Os seguintes critérios
de exclusão foram empregados: idade inferior a 18 anos, história prévia de doença renal crônica (DRC) ou
indivíduos que necessitam de terapia dialítica precedente à internação na UTI. Resultados: Dentre os 146
pacientes, 58,2% eram do sexo masculino e 41,8% do sexo feminino. As idades variaram de 23 até 92 anos. Em
relação ao tempo de internação, variou de 1 dia até 60 dias. 35,6% dos pacientes precisaram ser submetidos a
terapia dialítica enquanto 64,4% deles não necessitam. Sobre as comorbidades, compreendem em ordem
crescente, respectivamente: hipertensão arterial; diabetes mellitus, obesidade, doença obstrutiva pulmonar
crônica, tabagismo, insuficiência cardíaca congestiva, e fibrilação atrial. Outras comorbidades também foram
registradas, entre elas: Neoplasia, esteatose hepática, dislipidemia, HIV, lúpus eritematoso sistêmico, acidente
vascular encefálico prévio, cardiopatias e artrite reumatoide. Como desfecho, 100% evoluíram para óbito.
Seguindo o parâmetro KDIGO, conclui-se que dos 146 pacientes, 43 apresentaram IRA durante sua internação,
dentre eles, 16 necessitam de diálise. E importante ressaltar que todos aqueles pacientes que deram entrada na
UTI com a creatinina maior do que 1,5 mg/dL foram excluídos, totalizando 68 pacientes. Não foram constatadas
alterações nos valores da creatinina de 34 pacientes. Não foi possível concluir a coleta de 2 pacientes por
informações insuficientes, estes também foram excluídos da pesquisa. Discussão: Seguindo os critérios KDIGO,
a IRA é descrita como aumento na creatinina sérica em 0,3 ou mais ou em 1,5x o valor basal em 48 horas e/ou
débito urinário <0,5 mL/kg/hora (por 6 horas ou mais). Em pacientes internados com COVID-19, ela está
associada a uma piora do quadro e aumento nos números de óbito. Conclusão: Os resultados coletados mostraram
a alta incidência de IRA em pacientes internados pela COVID-19. Na literatura, a IRA vem associada como fator
agravante à COVID-19, sendo esta uma doença de elevada incidência de morbimortalidade.
Palavras-chave: Mortalidade. COVID-19. Creatinina.
RESUMO
A depressão é uma doença mental comum que afeta mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se
de um transtorno preocupante para saúde pública que não se limita a sexo, faixa etária, região ou classe
socioeconômica. Este estudo busca avaliar qualitativamente e quantitativamente os antidepressivos dispensados
na farmácia básica do município de Itaocara-RJ e características dos usuários atendidos nesse serviço. Após
consulta ao Sistema Integrado de Saúde Fiorilli, base de dados da farmácia municipal, foram identificados 762
pacientes que receberam antidepressivos nos meses de outubro a dezembro de 2021, em sua maioria com idade
inferior a 65 anos. Encontrou-se uma prevalência de usuários do sexo feminino e a classe dos inibidores seletivos
de recaptação de serotonina como a mais utilizada. Dentre os medicamentos, a amitriptilina foi o medicamento
mais dispensado, sendo a administração dos fármacos realizada em dose única diária ou duas vezes ao dia.
Afirma-se o papel fundamental do profissional farmacêutico na atenção primária na orientação e acompanhamen-
to dos pacientes.
RESUMO
Sabe-se que o uso de plantas medicinais pela população mundial sempre teve seu lugar na terapêutica empírica
e popular. Dados da Organização Mundial de Saúde - OMS mostram que cerca de 80% da população mundial
fez uso de algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa. A utilização de plantas
medicinais tem inclusive recebido incentivos da OMS, os quais têm sido reverberados pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária por meio de práticas integrativas e complementares do Sistema Único de Saúde. Nesse
contexto, faz parte do escopo de atuação deste projeto a concatenação de práticas de educação em saúde que
tangem à disseminação de informações que visem o uso racional de plantas medicinais entre idosos assistidos
pelo Centro de Saúde Escola de Custodópolis. Em seu segundo ano de edição, o projeto se consolida com a
implantação de sua Horta Medicinal. Sustentado em seu viés ambiental, já foram montados 34 canteiros de
plantas, somando mais de 150 pneus reciclados. O uso dos pneus permite melhores condições ergonômicas para
visitantes, alunos e professores no manejo das plantas. Uma vez definida a planta de interesse, sob supervisão
docente, um dos alunos participantes do projeto irá elaborar uma monografia da espécie vegetal descrevendo
informações científicas atualizadas, tais como caracterização morfológica e taxonômica, indicação terapêutica,
modo de usar, contraindicações, efeitos adversos, entre outras. A partir das monografias são montadas placas
de identificação da planta para fixação nos canteiros, o que permite ao visitante, por meio da leitura eletrônica
de um QR Code, o acesso direto às principais informações da espécie. Até o momento temos registro de 39
monografias de plantas medicinais. Dessas, 34 espécies já foram plantadas e identificadas. Destacam-se
espécies como Aloe vera, Cymbopogon citratus, Ma- tricaria camomila, Mikania glomerata, Pereskia aculeata,
Pfaffea paniculata, Rosmarinus officinalis, dentre outras. O projeto demonstra sua importância extra muro da
faculdade uma vez que tem recebido visitas e agendamentos de diferentes grupos da sociedade civil e organiza
oficinas ministradas pelos estudantes para discussão periódica do uso racional de plantas medicinais. O próximo
desafio é o depósito das espécies em um Banco de Plantas Medicinais registrado.