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AS CONTRADIÇÕES ENTRE TEORIA E PRÁTICA DAS MEDIDAS

SOCIOEDUCATIVAS NO BRASIL

Autores
Robson Machado Da Silva (FAIESP- UNIC RONDONÓPOLIS)
Rosemeire Morais Doretto (FAIESP -UNIC RONDONÓPOLIS)

Instituição
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto- (FAIESP- UNIC
RONDONÓPOLIS)

Linha de Pesquisa
Estatuto da Criança e do Adolescente, Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo

Palavras Chave
Adolescente em Conflito com a Lei; Medidas Socioeducativas; Divergências;
Eficácia.
Local onde está sendo realizada a pesquisa
Trabalho de Conclusão de Curso De Graduação em Direito apresentado à Unic
Rondonópolis.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: O presente estudo tem como objetivo problematizar as teorias e
práticas das medidas socioeducativas no Brasil, apresentando suas aplicabilidades e
contradições, de modo a discutir as diferenças que compreende as legislações
inerentes à criança e ao adolescente e seu modo de aplicação, a fim de discutir a
eficácia das medidas socioeducativas no enfrentamento a violência infanto-juvenil.
PROBLEMA DE PESQUISA: De que forma a medida socioeducativa pode ser, na
prática, igual ao que a teoria define como ideal para a promoção da reinserção social?
Em que pese a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
estabelecerem expressamente a garantia de direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, além de o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE)
estabelecer a normatização do atendimento socioeducativo, na prática, há diversas
falhas no processo de execução e no modelo adotado para o atendimento à
adolescentes em conflito com a lei no Brasil. As ações que envolvem as medidas
socioeducativas estão longe do ideal e representam um fator responsável pelo baixo
índice de ressocialização e o aumento da criminalidade entre adolescentes, além do
crescimento da população carcerária. As diferenças existentes entre a teoria e a prática
levam a uma reflexão sobre essas divergências com base no ordenamento jurídico,
propondo uma discussão sobre o tema de forma a questionar o funcionamento da
medida socioeducativa como meio de ressocialização de adolescentes em situação de
vulnerabilidade social.
OBJETIVOS: Este trabalho científico objetiva abordar o contexto histórico dos
Direitos Humanos no Brasil até a criação de normas que compreende o direito de
crianças e adolescentes e a regulamentação do Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo (SINASE), apresentando o modo de execução das medidas
socioeducativas em âmbito nacional no que compete a estrutura física, a aplicação da
medida e os resultados, analisando as divergências existentes no direito formal e
material, possibilitando refletir sobre as divergências doutrinárias quanto à eficácia
das medidas socioeducativas como meio de reinserção social e de enfrentamento à
violência infanto-juvenil.
MÉTODO: O presente estudo, valendo-se do método dialético e procedimentos
comparativo e funcionalista, baseados em pesquisa bibliográfica e com referencial
teórico na aplicabilidade das medidas socioeducativas como mecanismo de
ressocialização, tendo como referência os Direitos Fundamentais e as legislações
inerentes à Crianças e Adolescentes, bem como aquelas que regulamentam as
medidas socioeducativas destinadas a adolescentes em conflito com a lei, além da
doutrina que aborda o tema sob diferentes perspectivas.
RESULTADOS ALCANÇADOS: O presente trabalho compreendeu uma
abordagem sobre as divergências entre teoria e prática das medidas socioeducativas
no Brasil, abordando as principais disparidades existentes no modo de execução das
medidas socioeducativas, através das atividades desenvolvidas, da estrutura que
comporta adolescentes infratores e das perspectivas que envolvem essa problemática,
abordando as divergências doutrinárias no entendimento do que é o Sistema
Socioeducativo e de como deve ser, de forma que cada ideia traz uma reflexão das
normas vigentes e das dificuldades encontradas para sua efetivação, de forma a criar
novas perspectivas e interpretações do cenário atual que envolve a violência infanto-
juvenil. O objetivo é demonstrar como as medidas socioeducativas contribuem para a
diminuição da violência e para o rompimento das vulnerabilidades sociais, a fim de
provocar reflexões sobre a importância da efetivação das leis, sua eficácia quanto ao
cumprimento dos deveres do Estado e a medida socioeducativa como mecanismo de
reinserção social. Importante ressaltar as dificuldades que o sistema socioeducativo
enfrenta no cumprimento da lei, sendo um modelo ultrapassado e contraditório no
ponto de vista dos objetivos da medida socioeducativa, permitindo entender que a
ineficácia das medidas socioeducativas não está no seu contexto e sim na sua
aplicação, na forma como é imposta e do modo como é executado. É preciso
compreender que diante da necessidade de um adolescente ser privado de sua
liberdade, eis que todos os meios anteriores falharam, sendo essa a última alternativa,
portanto necessário que seja vista como prioridade, a fim de evitar a reincidência e o
aumento da participação dos adolescentes em atos infracionais. Compreende também
destacar a prevenção como importante ferramenta no enfrentamento à violência, pois
enquanto todos os meios falharem, o sistema socioeducativo ainda será mais
importante na busca pela solução dos problemas sociais que envolvem esse tema, na
medida em que Estado, família e sociedade são, historicamente, responsáveis pelo
caos social eminente.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria de Fátima Moura (Organizadora) - Prática das Medidas


Socioeducativas em Meio Aberto. Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente, Santo Angelo-RS, 1999.

BARROSO FILHO, José. Do ato infracional. Jus Navigandi, Teresina, a. 6, n. 52,


nov. 2001. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2470>.
Acesso em: 22 mai. 2006.

CARDOSO, Jacqueline de Paula Silva. Da ineficácia da internação como medida


socioeducativa. São Paulo, SP. Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade de
Direito de Presidente Prudente, 2006.

DA SILVA, André Tombo Inácio. As Medidas Socioeducativas aplicáveis aos


adolescentes infratores. Gama, DF. Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade de
Direito Jurplac, 2008.

SANTOS, Lucinete. O Estatuto da Criança e do Adolescente e a prática social


com jovens autores de atos infracionais. In: Revista Ágora: Políticas Públicas e
Serviço Social. 2006. ano 2, n. 4.Disponível em: http://www.assistentesocial.com.br.
Acesso em: 20 mar. 2009.
A ANÁLISE DO DISCURSO COMO FATOR DE INFLUÊNCIA NA DECISÃO DO
CONSELHO DE SENTENÇA

Autora
Klênia Pereira Silva (FAIESP- UNIC RONDONÓPOLIS)

Instituição
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto- (FAIESP- UNIC
RONDONÓPOLIS)

Linha de Pesquisa
Multidisciplinaridade entre Direito Penal e Teoria da Argumentação Jurídica: A
Análise do Discurso do Promotor de Justiça como Fator de Influência na Decisão do
Conselho de Sentença através de Estratégias Discursivas e Persuasivas.

Palavras Chave
Análise do Discurso; Persuasão; Argumentação; Promotor; Tribunal do Júri.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Direito apresentado à Unic
Rondonópolis.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A Análise do Discurso pode ser utilizada como forma de desvendar
as ideologias, as intenções ocultas por trás de um diálogo, um texto, um discurso. Pode-
se verificar como ele, o discurso, sofre alterações, algumas sutis, veladas, bem
disfarçadas, outras de forma escrachada quando se muda o contexto social em que ele
é dito, seja numa roda de bar, tomando um chá com sua avó, numa sala de aula com
seus alunos, ou num tribunal, como advogado, de qualquer que seja das partes em um
julgamento.
Seguindo nesta mesma esteira dos tribunais, há que se lembrar que os advogados,
promotores e defensores, são peças-chave para interligar os fatos, e ‘esclarecer’ ao
corpo de jurados sobre o julgamento em questão, visto que na maioria das vezes, aquele
será o primeiro contato do conselho de sentença com o crime que está sendo julgado.
Percebem então o quão importante é conduzir bem a linha de raciocínio, a forma de se
construir a história, remontar à época do crime ocorrido, sopesar nas consequências do
ato criminoso, trazer à baila a perda e o sofrimento dos familiares da vítima, a fim de
conduzi-los ao resultado almejado: sentença ou absolvição.
Em linha de princípio, têm-se os personagens no Tribunal do Júri: além do juiz,
obviamente, os auxiliares dele, como a secretária do júri, oficial de justiça, guarnição
da polícia militar; quanto aos jurados, ao todo são 25 convocados a estarem presentes,
sendo que na ordem do dia, apenas sete serão sorteados para atuarem na sessão de
julgamento. É bem de ver que nas comarcas é costume haver apenas um promotor de
justiça por vez, ocorrendo de ser sempre o mesmo atuando em todos os casos. Quanto
ao defensor de justiça, assim como cada dia é réu diferente, também o defensor não
costuma ser o mesmo; com larga incidência, é um para cada processo, que, muitas
vezes, é apanhado de chofre para a defesa daquele processo às vésperas do julgamento.
Por fim, as testemunhas que, óbvio, mudam de acordo com o réu a ser julgado.
Neste contexto, chama a atenção o quanto todo este ritual se torna favorável para a
figura do promotor em detrimento do defensor público.
PROBLEMA DE PESQUISA: Como o Promotor de Justiça se vale da Análise do
Discurso e de técnicas argumentativas na busca pelo convencimento do Conselho de
Sentença?
OBJETIVOS: O objetivo maior deste trabalho se pautara em desvendar como o
Promotor de Justiça se vale da Análise do Discurso e de técnicas argumentativas na
busca pelo convencimento do Conselho de Sentença.
Com isto, pretende-se compreender como o uso de técnicas argumentativas e o
conhecimento da Análise do Discurso auxiliam no propósito da acusação nos tribunais
do júri; identificar os elementos básicos do discurso jurídico usados para convencer o
júri; reconhecer a importância da linguagem corporal como auxiliares da argumentação.
MÉTODO: Serão investigadas as possibilidades aqui levantadas através de referência
teórica e confirmadas ou refutadas através de entrevistas que serão realizadas com os
próprios promotores do Ministério Público, com os advogados que atuam na Defensoria
Pública e ao magistrado local.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Pôde-se observar que através da Análise do
Discurso, cada vez mais utilizada por grandes discursistas ou oradores em situações
cruciais, como na Política e no Direito, chega-se a um resultado mais satisfatório, com
menos chances de erros ou fracassos.
Dos estudos teóricos, conclui-se que as estratégias discursivas vão além das palavras,
podendo ser observadas também na linguagem não verbal, por meio dos gestos, olhares,
postura, vestimentas, e até mesmo o silêncio. São meios tão eficazes de transmitir uma
informação quanto o discurso oral, e os Promotores de Justiça, aqueles preparados e
sabedores da importância de seu papel no plenário, estarão de porte de todos estes meios
aqui estudados, galgando disparado êxito nos desfechos dos julgamentos, em
detrimento dos advogados de defesa.
As entrevistas com Promotor e Defensor igualmente confirmaram a tese, visto que,
apesar de em alguns aspectos cada lado possuir visões distintas acerca das vantagens
frisadas na pesquisa, um enxergando mais favorecimentos na posição do outro, pois são
mais latentes na visão de quem julga não as ter, confirmou-se a tese de que o Promotor
de Justiça, em detrimento do Defensor, vale-se de muito mais vantagens no Tribunal
do Júri, beneficiando-se com elas perante os jurados, alcançando maior número de êxito
na decisão final do Conselho de Sentença.

REFERÊNCIAS

CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. São Paulo/SP. Ática. 2002.

CHALLITA, Gabriel. A Sedução no Discurso: o poder da linguagem nos tribunais do


júri. - 4. ed. São Paulo: Saraiva. 2007.

GONÇALVES PEREIRA, Allan Aparecido. A Arte do Convencimento e o Tribunal


do Júri. Monografia de Final de Curso. 2007. 63 páginas. Disponível em:
<http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/Juridica/article/viewArticle/592>
Acesso em 02 set. 2017.

LOUREIRO, Ythalo Frota. Técnicas de Argumentação para o Promotor do Júri.


Disponível em: < http://www.mpce.mp.br/wp-
content/uploads/2016/03/T%C3%89CNICAS-DE-
ARGUMENTA%C3%87%C3%83O-PARA-O-PROMOTOR-DO-J%C3%9ARI-
2.pdf> Acesso em 01 jun. 2017.

MILANEZ, Nilton (Org.); SANTOS, Janaina de Jesus (Org.). Análise do Discurso:


sujeito, lugares e olhares. São Carlos: CLARALUZ, 2009. Disponível em:
<http://www2.uesb.br/labedisco/wp-content/uploads/2013/04/An%C3%A1lise-do-
Discurso-objeto-sujeitos-e-olhares.pdf> Acesso em 07 out. 2017.

NOVAIS, César Danilo Ribeiro de. Cartilha do Advogado, disponível em


<http://promotordejustica.blogspot.com.br/2010/03/cartilha-do-jurado.html> Acesso
em 17 set. 2017.

ORLANDI, Eni de Lourdes Puccinelli. Análise de Discurso: princípios e


procedimentos. 2. ed. Campinas/SP: Ed. Pontes, 2007

TRUBILHANO, Fábio. HENRIQUES, Antônio. Linguagem Jurídica e


Argumentação. São Paulo/SP. Editora Atlas. 2010.
ANÁLISE DE RETROSPECTIVA EM PROCESSOS DE GUARDA
COMPARTILHADA AJUIZADOS NO ESTADO DE MATO GROSSO

Maria Janaura da Silva Almeida Gomes (UNIASSELVI)


mariajanaura@gmail.com

Linha de Pesquisa:
Direito Civil e Processo Civil;
Direito de Família e suas Sucessões.

Local onde está sendo realizada a pesquisa:


Curso Bacharelado em Direito, Faculdades Integradas de Rondonópolis, UNIASSELVI,
Rondonópolis-MT.

Palavras chave:
Guarda compartilhada, alienação parental, direitos da criança.

Introdução: A grande extensão do território nacional brasileiro e as diversas migrações que


ocorreram ao longo da história, fazem a população do Brasil ser caracterizada por uma grande
diversidade cultural e social. Essa pluralidade de crenças e costumes associados às
transformações sociais e políticas são fatores determinantes na formação das famílias. A
temática é complexa e gerou o PL 6.583/2013 para legalizar o estatuto da família, o qual tem
por objetivo definir e amparar juridicamente os tipos de grupos familiares no Brasil
(VALENTIN, 2017). Com tantas mudanças na caracterização do conceito de família, a guarda
dos filhos, quando há a dissolução desse meio social, também vem sendo aprimorada com
intuito de garantir às crianças a possibilidade de viver em um meio propício para seu
desenvolvimento (BRUNO, 2002). Olhando nessa linha, verifica-se ao longo da história
como o modelo de guarda evoluiu conforme modificações sociais influenciam na estrutura
familiar. Através da lei nº 13.085, de 22 de dezembro de 2014, sancionada pela então Presidente
Dilma Rousseff, que alterou os arts. 1.583, 1.584, 1.585 e 1.634 da Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil), trouxe o conceito e regulamentou a aplicação da guarda
compartilhada no Judiciário Brasileiro (JB).

Problema de pesquisa: Apesar de ser regularmente legitimada no país, a guarda compartilhada


ainda é pouco aplicada pelo Judiciário Brasileiro ao finalizar os processos de divórcio.
Recentemente, a BBC do Brasil publicou uma matéria, fundamentada em dados colhidos no
IBGE informando que, em apenas 7,5% dos processos, são confirmadas a guarda
compartilhada. Para o ano de 2015 o IBGE estimou que esses dados poderiam ser elevados
para um patamar de 11 % a 13% (DUARTE, 2016). Por esses dados fica o interesse em estudar
os motivos que levam o JB, em suas decisões, manter a guarda unilateral nos processos de
pedido da guarda compartilhada ajuizado por um dos genitores após a dissolução conjugal
(ALMEIDA, 2016; BRITO; GONSALVES, 2009; CARVALHO, 2016). Dentro dessa
perspectiva, qual o perfil do Judiciário do estado de Mato Grosso e como tem lidado com os
pedidos de guarda compartilhada?

Objetivos: É sabido que Judiciário Brasileiro tem preferido a guarda unilateral (DUARTE,
2016; VALENTIN, 2017), na maioria dos casos. É verdade que a Lei 15.058 foi elaborada com
foco de evitar alienação parental (CARVALHO, 2016) e proporcionar um ambiente saudável
para uma boa evolução da saúde física e psicológica das crianças (BRASIL, 2014). Por essa
razão, compete ao JB avaliar o quadro e estabelecer qual é o melhor ambiente para que o
desenvolvimento das crianças não seja afetado pelas discordâncias causadas na dissolução
conjugal. Assim, o presente estudo levantou informações (ALMEIDA, 2016; CARVALHO,
2016), que o JB não tem adotado a guarda compartilhada na maior parte dos casos. Nesse
sentido, esse trabalho quer identificar como o Tribunal do estado de Mato Grosso tem
sentenciado os pedidos de guarda compartilhada ajuizados em sua responsabilidade. Nesse
sentido pretende-se levantar dados sobre os casos de dissolução litigiosa na em processos
ajuizados cujo objetivo é a guarda compartilhada, estabelecer um paralelo entre os pedidos de
guarda compartilhada e guarda unilateral e estudar as decisões estabelecidas nos processos e as
razões que motivaram essas sentenças.

Método: O estudo aqui proposto tem avaliado o perfil do estado de Mato Grosso diante de
processos com o pedido de guarda compartilhada ao fim de uma dissolução conjugal. A coleta
de dados e informações sobre o tema está sendo realizada meio de uma pesquisa na página
eletrônica do tribunal de justiça do estado de Mato Grosso, utilizando a palavra-chave “guarda
compartilhada” na ferramenta de busca. De posse dos documentos, está sendo realizada uma
análise de conteúdo (BARDIN, 1979; BRITO; GONSALVES, 2009), seguindo o método
histórico, cujo foco é verificar os fundamentos utilizados para decidir se o processo ajuizado
contempla ou não o pedido de guarda compartilhada por parte do interessado. Nas análises
realizadas até o momento também está se aplicando o método comparativo para verificar se o
Judiciário de Mato Grosso tem utilizado os mesmos critérios para sentenciar os processos
ajuizados sobre guarda compartilhada.

Resultados alcançados: A pesquisa foi realizada através de documentos disponíveis no banco


de dados da jurisprudência utilizando o termo “guarda compartilhada” entre aspas conforme
orienta os critérios de busca disponível na página do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Por
se tratar de processos, em sua maioria sigilosos, os resultados, ainda em fases preliminares,
estão apontando para um perfil em que falta de convivência harmônica entre os genitores se
destaca. Isso significa que no estado de Mato Grosso, o Judiciário parece preferir pela guarda
unilateral, pois os casais que solicitam dissolução conjugal não têm conseguido manter uma
relação saudável para o bom desenvolvimento dos filhos (BRITO; GONSALVES, 2009, 2013;
CARVALHO, 2016).

Bibliografia Utilizada:

ALMEIDA, P. M. DE. Guarda compartilhada: uma análise de seus efeitos na família em


casos de dissolução litigiosa. Disponível em:
<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9604/Guarda-compartilhada-uma-analise-de-seu
s-efeitos-na-familia-em-casos-de-dissolucao-litigiosa>. Acesso em: 3 mar. 2017.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 70. ed. Lisboa: [s.n.].
BARRETO, L. H. D. Considerações sobre a guarda compartilhada. Jus Navigandi, 2003.
BRASIL, R. F. DO. LEI No 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 5 maio. 2017.
BRASIL, R. F. DO. LEI No 13.058, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm>. Acesso em: 3
mar. 2017.
BRITO, L. M. T. DE; GONSALVES, E. N. RAZÕES E CONTRA - RAZÕES PARA
APLICAÇÃO DA GUARDA COMPARTILHADA. Revista dos Tribunais, v. 886, p. 69–68,
2009.
BRITO, L. M. T. DE; GONSALVES, E. N. Alguns Argumentos E Conteúdos Da
Jurisprudência Guarda Compartilhada: REVISTA DIREITO GV, v. 9, n. 1, p. 299–318, 2013.
BRUNO, D. D. Guarda Compartilhada. Revista Brasileira de Direito de Família, v. 3, n. 12,
p. 27–39, 2002.
CANEZIN, C. C. DA GUARDA COMPARTILHADA EM OPOSIÇÃO À GUARDA
UNILATERAL. Revista Brasileira de Direito de Família, v. 6, n. 28, 2005.
CARVALHO, F. W. Família Guarda compartilhada à luz do ordenamento jurídico
brasileiro. Disponível em: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=17529>. Acesso em: 3 mar.
2017.
DE MEDEIROS LAGO. VIVIAN; BANDEIRA, D. R. A psicologia e as demandas atuais do
direito de familia. [Psychology and some current issues in family law.] [Portuguese].
Psicologia: Ciencia e Profissao, v. 29, n. 2, p. 290–305, 2009.
DUARTE, F. O que faz a guarda compartilhada ainda ser um tabu no Judiciário
brasileiro. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37632285>. Acesso em: 2
mar. 2017.
DIAS, Maria Berenice. Guarda Compartilhada. Revista jurídica consulex. Brasília, DF:
Consulex, v.12, n.275, 30 jun 2008, p.26.
FERREIRA SCHNEEBELI, F. C.; SMITH MENANDRO, M. C. Com quem as crianças
ficarão? Representações sociais da guarda dos filhos após a separação conjugal. = Who the
children will stay with? Social representations of child custody after divorce. Psicologia &
Sociedade, v. 26, n. 1, p. 175–184, 2014.
LEIRIA, M. L. L. GUARDA COMPARTILHADA: A DIFICIL PASSAGEM DA TEORIA À
PRÁTICA. Revista da Ajuris: Doutrina e Jurisprudência, v. 26, n. 78, p. 217–229, 2000.
VALENTIN, F. Por trás da guarda de filhos: Representações sociais sobre família,
conjugalidade e parentalidade. Disponível em: <http://sociologia.uol.com.br/por-tras-da-
guarda-de-filhos/>. Acesso em: 28 maio. 2017.
FAIR EDUCACIONAL
FACULDADES INTEGRADAS DE RONDONÓPOLIS

A LIBERDADE PROVISÓRIA DE ACORDO COM O CÓDIGO DE PROCESSO


PENAL E DECRETO-LEI Nº 3.689 DE 03 DE OUTUBRO DE 1941

Autores
Daniela Rodrigues de Araujo
Gilson Roberto da Silva

Instituição
Projeto de Inicial Científica do Curso de Direito, Faculdades Integradas de Rondonópolis –
FAIR/UNIASSELVI
Local
Rondonópolis - MT
Linha de Pesquisa
Direito Penal e Processo Penal
Palavras-Chave
Prisão; Liberdade Provisória; Dignidade da pessoa-humana.

RESUMO:
Introdução: Tendo em vista que a liberdade provisória é direito fundamental humano, e de
grande relevância no ordenamento jurídico brasileiro, faz-se necessário que este instituto seja
aplicado na sociedade de forma benéfica, não havendo por parte das autoridades competentes
arbitrariedades, que venha a ferir a dignidade da pessoa humana. Como conter a parcialidade
e a arbitrariedade, das autoridades competentes em que não estabelece a liberdade provisória
de maneira benéfica, em prol da sociedade? De modo a perder a sensibilidade necessária para
entender a conduta humana, de forma a contemplar as medidas cabíveis, para a efetivação da
justiça. Não são poucas as pessoas que estão, encarceradas, por motivos ínfimos, conforme o
texto legal do Art.321 do CPP, ocasionando um estrago devastado na vida destes indivíduos,
pois a sociedade estigmatiza aqueles que em momentos desafortunados, passarão pelo cárcere,
mesmo que por um breve momento. A questão em comento esta em como erradica as prisões
arbitrarias, realizando assim outras medidas cautelares diferentes da pena de prisão as quais
estão contidas no Art. 319 do CPP, de forma a impactar o mínimo possível na vida humana.
Problema de Pesquisa: Considerando-se que a lei brasileira consagra o principio da
presunção de inocência entre as garantias constitucionais do cidadão, e o direito penal como
ultima ratio, necessita-se que a sociedade compreenda que a liberdade é a regra e a prisão é a
exceção. Diante disso a sociedade brasileira deve-se questionar-se, se a regra no sistema
jurídico brasileiro é a presunção de inocência e a preservação da liberdade, o Estado
democrático de direito não estaria violando suas próprias normas constitucionais? Deixando
de aplicar a liberdade provisória, aos indivíduos que estão a ser beneficiado por este instituto.
Objetivos: promover por meio desta pesquisa o acesso da sociedade ao conhecimento da
aplicabilidade do instituto da liberdade provisória, bem como necessário mencionar que todo
ser humano deve ter seus direitos garantidos e respeitados, mesmo que tenha cometido algum
delito fazendo jus ao principio da dignidade da pessoa-humana. Método: Este trabalho se
realizar-se á no tema proposto, através da pesquisa bibliográfica em livros, jurisprudência,
doutrinas tais como Guilherme de Souza Nucci, Fernando Capez, Renato Brasileiro de Lima,
legislações referentes ao estudo proposto. A revisão bibliográfica possibilita ampla
fundamentação para que se possa investigar o tema em estudo. Utilizar-se a o método
dedutivo, por ser o mais adequado à esta área do direito, que parte da compreensão da regra
geral para chegar a conclusão dos casos específicos, juntamente com o método observacional
utilizado nas Ciências Sociais. Resultados alcançados: O estudo visa compreender o quanto
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FACULDADES INTEGRADAS DE RONDONÓPOLIS

é fundamental o instituto da liberdade provisória e suas formas de concessão aplicadas em


nosso ordenamento jurídico pátrio, a relevância deste instituto jurídico é de extrema
importância, pois estamos diante de garantias constitucionais de suma importância para
sociedade, neste sentido assim dispõe o artigo 5° incisos LVII e LXVI da carta magna de
1988 no qual estabelece: LVII - Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado
da sentença penal condenatória. LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido,
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança. Com fundamento nestes
princípios constitucionais, torna-se evidente a sua relevância, pois vem a expurgar a prisão
arbitraria do nosso sistema democrático de direito. Conforme Guilherme Souza Nucci “a
liberdade provisória, com e sem fiança, é um direito constitucional importante, demonstrativo
de que a prisão cautelar é uma exceção, enquanto a liberdade, durante o processo, uma regra”
(NUCCI, 2014). Neste sentido salienta Renato Brasileiro de Lima, em conformidade com
art.310 inciso III do CPP, que o fundamento do direito da liberdade é a própria constituição,
tendo previsto tal direito no rol de direitos fundamentais, (art. 5º, LXVI, CRFB/88), e que
desde direito emana o principio da presunção de inocência, e conclui “cuida-se de verdadeiro
direito subjetivo do cidadão preso frente ao Estado, quando ausentes razões de cautela, e não
de um poder discricionário atribuído ao juiz, que não pode impor de uma prisão cautelar sem
a necessária motivação judicial” (LIMA, 2016, p.1026). Neste contexto é imprescindível
mencionar que com a entrada em vigor da Lei nº 12.403/2011 sendo incorporada em nosso
código de processo penal, de maneira acertada à admissão da liberdade provisória, na prisão
preventiva e temporária, deixa-se de ser aplicada apenas para a prisão em flagrante,
reavivando é fortalecendo o instituto em comento, garantindo a liberdade em situações antes
vedadas. Ante ao exposto, observa-se o quanto é necessário compreender esta temática, pois
apenas assim visando conter o poder arbitrário do Estado, estaremos diante de um
ordenamento jurídico que garante a todos um Estado democrático de direito.

Referências Utilizadas:
BRASIL. Casa Civil. Constituição Da República Federativa Do Brasil de 1988. Brasília, 5
de outubro de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>Acesso em
24. abr. 2018
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal: De acordo com a lei n. 12.736/2012.20.ed. São
Paulo: Saraiva 2013.
LIMA, Renato Brasileiro de Lima. Manual de processo penal: Volume Único. 4. ed. rev.
ampl. e atual. Salvador: Juspodivm, 2016.
NUCCI, Guilherme de Souza Nucci. Manual de processo penal e execução penal. 12. ed.
rev. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
INTERAÇÃO ENTRE A ARTE E O DIREITO: AS INFLUÊNCIAS DAS
NOVELAS BRASILEIRA NA SOCIEDADE E NO DIREITO

Autor
Gabriel da Silva Ramos (FAIR-UNIASSELVI)
Coautor
Ramony Carla Bonfanti (FAIR-UNIASSELVI)

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade
Integrada de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direitos Humanos E Sustentabilidade

Palavras Chave
Interdisciplinaridade; Criatividade; Novela.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A arte sempre esteve presente na vida da sociedade, desde desenhos
pré-históricos, relatando também a religiosidade, os mitos, passando pelo período do
Renascimento e chega até os dias atuais revelando a evolução da humanidade que
consequentemente necessita da evolução do direito. Neste sentido fica estabelecido a
proposta de uma interdisciplinaridade entre a arte e o direito. PROBLEMA DE
PESQUISA: Boas ideias são sempre bem vindas, o grande problema está em onde
encontrá-las. Atualmente no Brasil, uma das formas artísticas mais típicas e culturais
são as novelas, um tipo de arte adotada pela sociedade brasileira de forma tão intensa
que nos dramas mais polêmicos fica difícil não comentar com um colega, um vizinho,
um amigo. Elas buscam, de forma fictícia, relatar o modo de vida e atuação da
sociedade do mundo real. No final, pode se perceber que praticamente todas se
encerram com o bandido preso, morto ou arrependido e as pessoas de bem felizes e
tranquilas. Como seria possível proporcionar uma interdisciplinaridade entre disciplinas
completamente distintas? OBJETIVOS: Fazer com que a sociedade seja capaz de
elaborar reflexões plausíveis sobre os assuntos que permeiam a sociedade. Trabalhar
com a arte a fim de criar na sociedade uma consciência mais filosófica, usando-a
inclusive como meio a proporcionar criatividade, a fim de se obter ideias no intuito de
dar mais efetividade as normas jurídicas. Neste sentido Luck, em sua obra “Psicologia
Interdisciplinar: fundamentos histórico-metodológicos” diz que: “Interdisciplinaridade é
o processo que envolve a integração e engajamento de educadores, num trabalho
conjunto, de interação das disciplinas do currículo escolar entre si e com a realidade, de
modo a superar a fragmentação do ensino, objetivando a formação integral dos alunos, a
fim de que possam exercer criticamente a cidadania, mediante uma visão global de
mundo e ser capazes de enfrentar os problemas complexos, amplos e globais da
realidade atual” (LUCK, 2003). Somar forças em prol à sociedade. As novelas
brasileiras como forma de arte e seus reflexos no direito são um campo fértil para
discussão sobre a interdisciplinaridade entre a arte e o direito. MÉTODO: O presente
estudo valendo-se do método indutivo e procedimentos empírico, histórico e
comparativo baseados em pesquisa bibliográfica busca envolver o direito e arte
utilizando como ponto comum entre ambos as novelas, tendo como referencial teórico a
interdisciplinaridade. RESULTADOS ALCANÇADOS: Esta interdisciplinaridade
procura criar métodos inovadores para se conseguir maior efetividade a norma jurídica,
visando construir uma sociedade livre, justa e solidária. A sociedade quando analisa
uma situação e consegue formar uma opinião acerca de um caso de novela, acaba por
elaborar um pensamento que embora faça parte do senso comum não deixa de ser um
pensamento que pode muito bem ser trabalhado para uma reflexão jurídica mais
plausível sobre os assuntos que permeiam a sociedade. Veja casos como o programa
Linha Direta, o caso Daniela Perez, e todos os temas que as novelas invocam com viés
extremamente jurídicos. Nesse ponto os juristas, observando o comportamento da
sociedade, diante das situações hipotéticas, trabalhando juntamente com esta arte podem
desenvolver métodos, pesquisas e pensamentos buscando criar na sociedade uma
consciência mais filosófica, com maior efetividades das normas jurídicas frente as artes.
Assim, superando o isolamento e buscando similaridades, fazendo essa ligação entre o
direito e a arte, é possível fazer uma aproximação mais sensível com os anseios sociais,
a fim de se revelar meios e técnicas mais avançadas para conduzir e regular a
convivência humana.

REFERÊNCIAS:
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. Tradução Virgílio Afonso da
Silva. São Paulo: Malheiros, 2006.
FERRAJOLI, Luigi. Por uma teoria dos direitos fundamentais. Tradução Alexandre
Salim, Alfredo Copetti Neto, Daniela Cadermatori, Hermes Zaneti Júnior, Sérgio
Cadermatori. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2011.
LUCK, Heloisa. A interdisciplinaridade e o direito. Disponível
https://blog.juridicocerto.com/2014/12/a-interdisciplinaridade-e-o-direito.html. Acesso
em 28 mar 2018.
OLIVEIRA, Danusia Arantes F. B. de. A construção de um caminho interdisciplinar.
Disponível em
https://revistas.pucsp.br/index.php/interdisciplinaridade/article/view/25478/18161.
Acesso em 28 mar de 2018.
A IMPORTÂNCIA DA LEI DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Adan Soares Santana, adan.s.santana@hotmail.com


Carlos Eduardo de Moura Matos, sgtcarlos2009@hotmail.com

Instituição:
Projeto de Iniciação Científica, do Curso de Direito das Faculdade Integradas de
Rondonópolis – FAIR/Uniasselvi - Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Local:
Rondonópolis - MT
Linha De Pesquisa:
Direitos Humanos e Sustentabilidade
Palavras-Chave:
Crise; Empresa; Recuperação.

RESUMO:
Introdução: Nos dias atuais, com a economia mundial vivendo em naufrágio e, talvez pior,
a economia brasileira cada vez mais se distanciando da solidez, se faz necessário que
empresas tomem decisões que buscam no mínimo continuar em atividade, buscando
garantir empregos e movimento econômico dos municípios e estados, mesmo sem
perspectiva de crescimento. Cada dia que passa o que mais se houve falar é de empresas
que estão com dificuldade para permanecer em atividade, criando incerteza e desespero na
sociedade. Sendo analisado a fundo, esse instituto é de grande importância para empresas
que estão passando por dificuldades e não estão encontrando saída. Se cumprirem os
requisitos exigidos pela norma, a recuperação judicial pode ser a saída ideal para continuar
em atividade. PROBLEMA DE PESQUISA: Mesmo sendo um importante instituto
disponível para empresas que estão sofrendo com o duro golpe da crise econômica, as
empresas que buscam esse instituto sofre preconceito por parte de toda sociedade. Muitas
empresas que buscaram sua recuperação nesse instituto, tem certa desconfiança por parte
de seus fornecedores e cliente, sendo necessário reduzir sua produção. Diante dessa
situação o problema é: as empresas que busca na lei, na legalidade se recuperar, não estão
apenas postergando o seu fim? OBJETIVO: O projeto tem como objetivo demonstrar a
importância da recuperação judicial de empresas que estão sem recursos e se vendo cada vez mais
endividadas e sem perspectiva de reverter à situação sem uma interferência de acordos com credores
e Estado. Haja vista, sempre que uma empresa fecha as portas, os maiores prejudicados é a sociedade,
a economia, a classe empresarial e o Estado. É possível que antes de um empresário encerrar as
atividades de sua empresa, por motivos não provocados por sua má administração e própria intenção,
tenha meios jurídicos para continuar com sua atividade empresarial e assim não descarregar na
sociedade desemprego e crise social, o que se torna uma calamidade para qualquer governo. Essa
pesquisa busca transmitir a importância, finalidade, aplicabilidade e os efeitos advindos para a classe
empresarial. MÉTODO: A metodologia de pesquisa foi método qualitativo, que é basicamente
aquela que busca entender um fenômeno especifico em profundidade. O estudo se deu por
meio de levantamento bibliográfico por meio de livros, artigos científicos e publicações sobre
o assunto em questão. Pesquisa bibliográfica, que faz uma análise de determinadas teorias de
doutrinadores para explicar e fundamentar a pesquisa que está sendo estudado com o objetivo
de se ter um conhecimento prévio da situação em que se encontra o assunto na literatura da
área. RESULTADOS ALCANÇADOS: Tem como resultado demonstrar a importância
da Recuperação Judicial, e sua efetividade levando em consideração não apenas os
objetivos dos sócios da empresa em crise, bem como dos interesses de seus empregados,
de seus fornecedores e credores em geral. Portanto, conclui-se que a Recuperação Judicial
é um benefício para as empresas em crise, que visa à reestruturação e superação da crise,
seja econômica, patrimonial ou financeira, tendo em vista os princípios da função social e
preservação da empresa.

Referências:
Coelho, Fábio Ulhôa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 26. ed. São
Paulo: Saraiva, 2014.
Coelho, Fábio Ulhoa. Comentários à Lei de Falências e de Recuperação de Empresas.
11. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.Negrão, Ricardo. Manual de direito
comercial e de empresa: volume 3. 6. Ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
Negrão, Ricardo. Curso de Direito Comercial e de Empresa: volume 3. 11. Ed. São
Paulo: Saraiva, 2017.
Franco, Vera Helena de Mello e Rachel Sztajn, Falência e recuperação da empresa em
crise, p. 282, Rio de Janeiro, Editora: Elsevier, 2008.
FACULDADE UNIASSELVI

Giovana Barbosa
Lucas Felipe Gonçalves Farias

BLOCKCHAIN – A ERA DA TECNOLOGIA NO SISTEMA ELEITORAL


BRASILEIRO.

Linha de pesquisa: Rede Blockchain. Segurança. Política.

INTRODUÇÃO

A situação política do Brasil vive uma crise sem precedentes, onde boa
parte da sociedade exige um sistema eleitoral mais rígido e seguro.
Compreende-se que convocação de eleições direta, em relação aos novos
governantes é uma sugestão bastante comentada para um sistema eleitoral
mais rigoroso, mas em contrapartida o que acaba ocorrendo é a falta de tempo
para a organização de um pleito eleitoral, além de não possuir um amparo na
Constituição.

Analisa-se que sendo superados os requisitos normativos no


ordenamento jurídico, se torna possível acelerar a realização de um pleito
eleitoral por meio de um telefone celular. Pode parecer impossível, mas nos
dias atuais significa uma nova realidade.

Uma vez que todos os eleitores estejam aptos a votar poderiam exercer
seus direitos em qualquer lugar que estivesse apenas com o toque na tela do
seu smartphone sendo mais seguro e evitando até possíveis fraudes utilizando
a rede Blockchain.

O Blockchain possui um banco de dados onde ficam armazenamento e


registro de transações trabalhando de forma eficiente a fim de evitar qualquer
tipo de invasão externa.

PROBLEMA DE PESQUISA

Qual é a importância de uma plataforma virtual em relação ao sistema


eleitoral brasileiro?

OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo principal analisar e entender a inovação


tecnológica do sistema eleitoral brasileiro.

METODOLOGIA

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva


presentes no método de Revisão de Literatura, pois envolve pessoas com
diferenças culturais, econômica e social como objeto de estudo. A pesquisa
qualitativa permite-se compreender melhor as ações de cada pessoa podendo
levar em consideração valores e experiências ligadas ao cotidiano em que
cada uma é inserida.

RESULTADO

O sistema Blockchain possui dados que são distribuídos por servidores


e computadores ao redor do mundo sendo registrados de forma segura. O
documento é encriptado e ainda protegido contra qualquer tipo de adulteração
e extinção da informação registrada. O Blockchain é composto por blocos e os
mesmos são processados continuamente conforme o tempo passa além de
possuir hashes responsáveis por transmitir informações na base de dados, os
hashes são públicos, sendo assim, todos possuem acessos.

Urnas eletrônicas são um meio onde o brasileiro já se acostumou a


votar, mas existe uma insegurança quanto a apuração e contagem dos votos,
pois sempre surge questionamentos a até mesmo denuncias de possíveis
irregularidades ocorridas no processo eleitoral.

Utilizando a tecnologia da rede Blockchain considera-se que cada voto


seria uma transação eletrônica onde fosse registrado nesse banco de dados
todo cidadão poderia auditar instantaneamente uma eleição, sendo possível
que toda votação fosse ainda mais descentralizada, uma vez que todos os
votos seriam anunciados para todos os participantes do sistema anunciado em
blocos.

Em nome da transparência e sendo um dos pontos principais da


tecnologia, qualquer pessoa no mundo pode ver o número de votos de
candidatos em tempo real. E como uma votação poderia funcionar por meio
dessa nova tecnologia? Como proposta, as juntas eleitorais poderiam criar
“carteiras” digitais para cada candidato ou partido eleitoral, com eleitores
devidamente cadastrados que colocam sua opção de voto para cada posição
aberta. Os cidadãos passam a votar em sigilo, enviando seu voto para a
carteira de seu candidato escolhido, o Blockchain registra e confirma a
transação e quem terminar com a maioria das moedas vence. A Ucrânia é um
exemplo de país que já planeja usar a plataforma Blackchain em seu sistema
eleitoral.

A ampliação e o aprimoramento do uso de tecnologias de comunicação


e informação precisam acontecer o quanto antes, pois o sistema eleitoral no
qual foi abordado nesse trabalho ainda é falho. Para que mude precisa-se que
inicie uma discussão política sobre o modelo de software a ser utilizado e as
inevitáveis mudanças na legislação eleitoral sendo necessário um projeto de
transição entre o modelo atual e o novo onde possa permitir possíveis
adaptações e inovações.
REFERÊNCIAS

Anexo 1: FEAT, Lucas. A Blockchain e o processo eleitoral. Encontrado


https://www.g44.com.br/en/blog/blockchain-e-o-processo-eleitoral 04/05/2018
ás 16:18h.

Anexo 2: Sistema Eleitoral Baseado Em Tecnologia Blockchain? Saiba


Como E Apoie Essa Ideia! Redação 99 Cripto, 2018. Encontrado em
https://99cripto.com.br/tag/eleicao/ 04/05/2018 ás 16;25h.

ARRUDA, Guilherme Oliveira de. A tecnologia a serviço da democracia: o


processo eleitoral na era da informação. Jusbrasil, 2017. Encontrado em:
https://guioarruda.jusbrasil.com.br/artigos/483572523/a-tecnologia-a-servico-
da-democracia-o-processo-eleitoral-na-era-da-informacao no dia 04/05/2018 ás
22:30h.

FILHO, José Reynaldo Formigoni. BRAGA, Alexandre Mello. Tecnologia


Blockchain: uma visão geral.
CRIMES VIRTUAIS: UMA BREVE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO VIGENTE E DO
ESTADO COMO GARANTIDOR DA SEGURANÇA

Ronny Wdson Ferreira do Nascimento


ronnywdson@gmail.com
Daiana Luiza Zarth
daiana-zarth@outlook.com

Instituição
UNIASSELVI Rondonópolis/MT

Local
UNIASSELVI Rondonópolis/MT

Linha de Pesquisa
DA PROTEÇÃO DA PRIVACIDADE NO ESPAÇO VIRTUAL

Palavras-chave
Crime eletrônico; Crime Virtual; Marco Civil.

RESUMO:
Introdução: Este pôster tem por objetivo principal analisar e verificar se as Leis que são
específicas para tratar da modalidade de crime virtual são realmente eficazes, além de
constatar se estão sendo tomadas medidas pelo Estado para prevenir essa modalidade de
crime.
Problema de pesquisa: Atualmente a grande maioria dos crimes virtuais ocorridos não são
punidos, muitas vezes porque não existem mecanismos e nem tampouco profissionais
especialistas capazes de localizarem os autores, e em muitos casos as vítimas nem notam que
foram lesadas. Também é público e notório o fato de existirem muitas ações ajuizadas contra
instituições financeiras requerendo danos morais e materiais em virtude de compras não
autorizadas, mas que foram pagas, bem como saques e movimentações em suas contas
correntes sem a anuência do correntista.
Objetivos: Verificar se o nosso Ordenamento Jurídico e Estado, estão realmente preparados
para combater os crimes virtuais e punir àqueles que os cometem. Analisar se as políticas
públicas que são tomadas pelo Estado para prevenir essa modalidade de crime apresentam
resultados satisfatórios e demonstrar se os mecanismos e mão-de-obra utilizadas para
investigar, rastrear e identificar o criminoso se mostraram eficazes.
Método: Para a elaboração deste trabalho aplicou-se a metodologia de pesquisa
Bibliográfica, baseada em análises de diversas doutrinas, leis, artigos científicos, revistas
jurídicas e jurisprudências. Quanto ao objetivo almejado, utilizou-se o método de abordagem
Dedutivo, pois este possibilita partir dos conceitos em amplitude geral, indo em direção às
considerações particulares e específicas, propiciando a obtenção de uma base teórica
suficiente para visualizar todas as nuances encontradas em um crime na modalidade virtual. E
quanto à abordagem, adotou-se o tipo Misto, pois ele leva em consideração as formas
quantitativa e qualitativa de investigação, justamente por ser o único modo capaz de unir
ferramentas de análises de indicadores de dados estatísticos relacionados à prática do crime
virtual em consonância com toda a cultura, valores e crenças da sociedade refém da
criminalidade face à ignorância digital.
Resultados alcançados: Era esperado que um instrumento criado para envio e recebimento
de informações sigilosas no auge Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética um dia
se tornaria um palco para realização de crimes cibernéticos, sob a guarda de uma legislação
preparada, porém com a utilização de instrumentos e métodos investigatórios insuficientes.
Isto ocorre porque a internet se tornou algo essencial no mundo globalizado contemporâneo,
onde indivíduos e empresas movimentam dinheiro e expõem suas imagens para todo o
planeta. Neste ambiente, pessoas altamente qualificadas para o uso da tecnologia se
aproveitam da fragilidade e ingenuidade da vítima para praticarem crimes que até o ano de
2014 não se possuía uma legislação exclusiva para prever e combater. No entanto, com o
surgimento do Marco Civil da Internet, o Estado passou a ter uma ferramenta específica para
tratar esta modalidade de crime, onde, em análise, se mostra “teoricamente eficaz”, contudo,
na prática não é o que se constata. Por meio desta lei, o legislador estabeleceu princípios,
garantias, direitos e deveres relacionados ao uso da internet no Brasil, que determinaram
regras de condutas para os usuários e provedores de acesso a internet. Garantiu-se, desta
forma, que milhares de brasileiros utilizem a internet em seu cotidiano tendo resguardada a
sua privacidade, segurança e a liberdade de expressão, além de incentivar a inclusão digital.
Por outro lado, determinou-se também a neutralidade da rede, fazendo com que os
responsáveis pelo provimento de internet ficassem obrigados a tratar quaisquer pacotes
de dados de forma igualitária, sem distinção por conteúdo, origem e aplicação, bem
como determinar regras para a disponibilização de informações de acessos de usuários
para serem utilizadas em investigações criminais. Entretanto, as políticas de segurança
pública adotadas pelo Estado não se mostraram eficazes para a redução dessas práticas
criminosas, não conseguiram intimidar os infratores, e nem tampouco foram suficientes
para conscientizar a população a deixar de ser “meros analfabetos digitais” e vítimas
fáceis. Essa informação é claramente exposta através de uma pesquisa realizada pela
Norton Symantec Corporation no ano de 2017 que apontou o Brasil como sendo o
segundo país que mais perdeu financeiramente com essa espécie de crime, atingindo 62
milhões de pessoas, ou 61% da população adulta, causando um prejuízo de 22 bilhões de
dólares, além de ser o primeiro em números de casos de bullying contra crianças. Dentre
esses crimes encontram-se os danos causados por vírus, phishing, roubos de perfis de
redes sociais, fraudes em cartões de créditos, injúrias, calúnias e assédio sexual. Por fim,
é salutar destacar que o material humano envolvido em todo processo investigativo é
deficitário e menos “preparado tecnologicamente” que o infrator, devendo o Estado
investir mais efetivamente em sua qualificação, pois, somente assim, será possível
realmente alcançar o objetivo principal buscado ao se criar o Marco Civil da Internet.

Bibliografia Utilizada
CAMPOS, Roberto. Discurso de posse. Disponível em:
<http://www.academia.org.br/academicos/roberto-campos/discurso-de-posse>. Acesso em: 01
de maio 2018.
LEITE, Eduardo de Oliveira. Monografia Jurídica. 9ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo. RT,
2012.
FIGUEIRREDO, N. M. A. Método e metodologia na pesquisa científica. 2. ed. São Paulo:
Yendis, 2007.
NORTON, Symantec Corporation. Relatório de Crimes Cibernéticos NORTON: O
impacto humano. 2017. Disponível em:
<http://www.symantec.com/content/en/us/home_homeoffice/media/pdf/cybercrime_report/N
orton_Portuguese-Human%20Impact-A4_Aug18.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2018.
Brasil. Marco civil da internet: Lei n. 12.965, de 23 de abril de 2014, que estabelece
princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. – 2. ed. –
Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015.
Título do Pôster
A VIABILIDADE DA TRANSIÇÃO DA ATIVIDADE RURAL PARA
EMPRESÁRIA SOB PERSPECTIVA JURÍDICA E ECONÔMICA.

Autores
Rafael Soares (Orientador)
Luiz Arnoldo Cunico Neto (Orientado)

Linha de Pesquisa
Teoria Geral Do Direito; Econômico; Economia Política; E Direito Empresarial

Palavras-chave
Recuperação de empresas, produtor rural, economia, lei 11.101/2005, viabilidade.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


(Pesquisa Coordenada pelo Professor Rafael Soares)

RESUMO:
Introdução: O presente trabalho, possui por mister a análise dos aspectos jurídicos
que permeiam a possibilidade do produtor rural enquadrar-se na legislação
empresarial através de registro próprio, e assim beneficiar-se na recuperação judicial
ou sofrer falência, segundo a lei 11.101/2005, apesar de facultativo seu registro como
empresário, busca-se demonstrar a viabilidade da opção do produtor rural pela
atividade empresária ao invés de optar pela exploração da atividade como pessoa
física, tanto para de negociação de créditos como na superação de crises,
planejamento tributário, sucessório e contábil. Problema de pesquisa: A questão se
mostra digna de atenção pois no presente momento, a agricultura figura como carro
chefe da economia nacional, tornando-se cada vez mais competitiva e sendo de fato
um negócio, assim, faz-se necessária a análise mais detida dos aspectos empresariais
aplicados ao produtor rural, por este possuir características distintas dos demais
empresários. Objetivos: a) Identificar quais os aspectos mais relevantes para o
enquadramento do produtor rural como empresário; b) Analisar quais medidas
devem ser tomadas pelos produtores rurais para se adequarem a dinâmica
empresarial e legislação correlata; c) Determinar quais os resultados possam ser
atingidos através da recuperação de empresas em especial para o produtor rural e
sua efetiva viabilidade. Referenciais teórico-metodológicos: Obras de Manuel
Justino Bezerra filho (2017) e Kleber Luiz Zanchim ( 2016), Fabio Ulhôa Coelho
(2010) Tullio Ascarelli (1962) A utilização da pesquisa bibliográfica e do método
jurídico-dedutivo, partiu de uma perspectiva macro para uma concepção micro
analítica sobre o estudo em comento, por fim, como procedimento técnico a análise da
questão, teórica e interpretativa, buscando o apontamento de solução prática para o
problema jurídico levantado. Resultados alcançados: Podemos concluir que o
produtor rural em observância de disposição legal (Art. 971 do Código Civil) pode
exercer atividade empresária, além do preenchimento do aspecto legal, se enquadra a
atividade rural econômica em si como empresária, pois precipuamente em seu dia-dia
o produtor exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços¹, entretanto, exige-se que o produtor rural efetue seu
registro no órgão correspondente (Junta Comercial) para efetivamente se enquadrar
como empresário. O exercício da atividade por si só poderá se dar mediante
constituição de empresa nos tipos definidos em Lei como exemplo: EIRELI,
sociedade simples etc. As benesses da legislação empresarial tornam o exercício da
atividade rural, que é de alto risco em razão das sazonalidades, exposição a pragas e
problemas climáticos, mais segura, possibilitando a título exemplificativo um
planejamento tributário da atividade, que o, exercício em nome próprio não permite.
Ademais, ainda poderá o produtor se valer da Lei de Recuperação de Empresas e
Falências, para poder a partir da viabilidade de sua produção, continuar exercendo sua
atividade.

Bibliografia Utilizada:

BRASIL. Lei de recuperação de Empresas e Falências, 11.101/2005.


¹BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
ASCARELLI, Tullio. O empresário. In: Corso di DirittoComerciale: Introduzione e
Teoria dell'impresa. 3ª ed. Milano: Giufrré, 1962, trad. port. de Fábio Konder
Comparato, pp. 145-160
ARNOLDI, Paulo Roberto Colombo. Código Civil Interpretado: Artigo por artigo,
parágrafo por parágrafo. 5ª ed. Barueri: ed. Manoele, 2012, p. 759
COELHO, ,Fábio Ulhoa. Comentários a Lei de Falências e de Recuperação de
Empresas. 7ª ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2010, p.17.
RESTIFFE, Paulo Sérgio. Recuperação de Empresas: de acordo com a lei 11.101,
de 09.02.2005. Barueri: Manole, 2008, p.169
FONSECA, Priscila M. Corrêa da. Código Civil Comentado. V. XI. São Paulo: Atlas,
2008, p. 100.
JUNIOR., Fazzio, Waldo Manual de Direito Comercial, 10ªEd. São Paulo. Atlas.
p.572
JUSTINO, Manoel Bezerra Filho, Lei de Recuperação de Empresas e falências Lei
11.101/2005 comentada artigo por artigo, 12º Ed. Revista atualizada e ampliada. São
Paulo. RT.
ZAMCHIM, Kleber Luiz, Direito Empresarial e Agronegócio, 2016, São Paulo,
Quartier Latin.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE NA
CONSTITUIÇÃO DE 1988

Carolina Ferreira De Souza; carolfsouza2014@gmail.com


Thays Bispo Da Silva; thaysbispodasilva_roo@hotmail.com

Instituição:
Programa de Iniciação Científica do Curso de Direito, da Faculdade integradas de
Rondonópolis FAIR/UNIASSELVI, Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Local:
Rondonópolis - MT
Linha De Pesquisa:
Direito Constitucional
Palavras-Chaves:
Políticas Públicas; Efetividade; Proteção ao Meio Ambiente;

RESUMO:
Introdução: A Constituição Federal de 1988, também conhecida como Constituição Cidadã,
veio a consolidar direitos e a prever, em diversos dispositivos, a participação do cidadão na
formulação, implementação e controle social das políticas públicas. A Constituição de 1988
abriu espaço, por meio de legislação específica, para práticas participativas nas áreas de
políticas públicas, em particular na saúde, na assistência social, nas políticas urbanas e no meio
ambiente. As políticas públicas existem e são executadas em todas as esferas de governo do
país, ou seja, há ações em nível federal, estadual e municipal. Os impactos promovidos pela
ação humana são de grande relevância no debate jurídico, por violarem o direito ao meio
ambiente equilibrado, ao provocarem grande parte do desequilíbrio e desarranjo do sistema
global, ou seja, os danos ambientais têm influência direta da intensa intervenção humana, que
por sua rapidez, vence a capacidade de recuperação dos ecossistemas ou, muitas vezes, rompem
o equilíbrio do sistema a ponto de inviabilizar sua recuperação por completo. Problema de
Pesquisa: O fato de como a ação humana organizada a partir de atividades econômicas produz
impactos sobre o sistema natural, o que pode colocar em risco as condições de equilíbrio e
existência do sistema ambiental global e justifica a crescente onda de preocupação com os
efeitos colaterais que a ação humana vem provocando ao meio ambiente. “Grande parte do
interesse relacionado ao meio ambiente nasceu na década de sessenta, quando a sociedade de
consumo atingia seu auge”. (OLIVEIRA; 1982; p. 56). “Como o consumo excessivo de recursos
naturais, a poluição do ar, da água e do solo, além da concentração populacional e dos
problemas sociais oriundos dela” (PEREIRA; 2009; p. 116). Em vista disto, qual o papel do
Poder Público e da sociedade na proteção do meio ambiente? Objetivo: Partimos da premissa
de que, tais políticas têm sido materializadas a partir do ordenamento jurídico, isto é, por meio
de normas cogentes. Neste sentido, buscamos situar no presente estudo que nosso ponto de
partida é a Constituição Federal, por ser a lei máxima de nosso país. Método: pesquisa indireta,
por revisão bibliográfica, e jurisprudencial, utilizando o método dedutivo para interpretar os
resultados alcançados, pois buscamos estudar e compreender como a aplicação do direito
fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado pode contribuir para a preservação
ambiental. Resultados Alcançados: Na Constituição Federal de 1988, a proteção do ambiente
e salvaguarda da sadia qualidade de vida, são asseguradas através da implementação de políticas
públicas. Apesar da existência dessas garantias constitucionais e da legislação
infraconstitucional, que vedam a poluição sonora causada por bares, que exigem o depósito do
lixo em aterros, que proíbem o lançamento de esgoto sem tratamento em corpos de água,
restringem o corte de árvores, que exigem Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que exigem o
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que estabelecem diretrizes, critérios e procedimentos
para a gestão dos resíduos da construção civil; etc., verifica-se ausência de eficácia dessas
garantias pela não aplicação efetiva dessas políticas públicas pelo Poder Público. Considerando
toda problemática ambiental pela qual passa a nossa sociedade, pensar em desenvolvimento
sustentável e de como a educação deve contribuir nesse processo é crucial para se pensar em
possíveis caminhos de enfrentamento dos riscos globais, o que exige profundas mudanças nos
estilos de vida e pensamento, nas formas de produção e consumo. É de suma importância a
participação da sociedade, a fiscalização e participação nas políticas públicas. Cremos que
ninguém mais interessado na preservação de nossas próprias vidas do que nós mesmos. A
preservação do meio ambiente é um ato de cidadania e dever de todos. A esse respeito,
demonstra o mestre José Afonso da Silva que: “a proteção e melhora do meio ambiente é uma
questão fundamental que afeta o bem-estar dos povos e o desenvolvimento econômico do
mundo inteiro; é um desejo urgente dos povos de todo o mundo e um dever de todos os
governos” (SILVA; 2003; p. 59). Em entendimento harmônico, Pedro Lenza, salienta “que o
meio ambiente é a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que
propiciam o desenvolvimento equilibrado da vida em qualquer de suas formas” (LENZA; 2009;
p. 844). Preservar o meio ambiente é um deve humano, vital a toda a vida na terra, cujos reflexos
não se limitam apenas ao ramo constitucional do direito, nem apenas a um único Estado. A
Conservação Ambiental é a proteção com uso racional da natureza, através do manejo
sustentável que permite a presença do homem na natureza de maneira harmônica. É necessário
que o cidadão, indústrias e governos façam a sua parte, e para que isto ocorra, é fundamental a
intervenção do Estado, como agente controlador e fiscalizador, como proposto na Lei Suprema.
Embora muitas soluções sejam propostas pelos demais ramos da ciência, como erradicação de
produção de lixo, substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia,
saneamento básico de baixo impacto ambiental, economia e reaproveitamento de água, etc.,
mister pontuar que os princípios constitucionais presentes na CRFB/88 podem muito bem
servirem de guia na tomada de decisões sobre quais caminhos tomarem na busca de crescimento
sustentável, preservação ambiental e combate as mudanças climáticas.

Referências:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de
1988. São Paulo: Saraiva, 2004.
Disponível em < https://www.sabedoriapolitica.com.br/politicas-publicas/meio-ambiente >
acesso em: 28/04/2018
LENZA, Pedro, Direito Constitucional Esquematizado, 13ªedição, revista, atualizada e
ampliada, São Paulo, Ed. Saraiva, 2009
OLIVEIRA, Manoel Carlos de. Discussões sobre o conceito de meio ambiente. Disponível
em https://www.sabedoriapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/politicas-publicas/meio-
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PEREIRA, João Victor Inácio. Sustentabilidade: diferentes perspectivas, um objetivo
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Disponível em: < https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/112178412/politicas-publicas-
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ARAUJO, Juliana Vieira de. A defesa do direito fundamental ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 10 maio 2012. Disponível em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.36899&seo=1> acesso:01/05/2018.
A alteração legislativa na Lei dos Motoristas – Lei 13.103/2015, e seus impactos no
Direito Trabalhista.

Autores:
Jamílio Adozino de Souza – Email: jamilio08@hotmail.com
Renes Paulo R. da Silva – Email: renespaulo22@hotmail.com
Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis (FAIR-UNIASSELVI)
Local onde está sendo realizada a pesquisa
Programa de iniciação científica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis (FAIR-UNIASSELVI), Rondonópolis - MT.
Linha de Pesquisa
Alteração legislativa e Direitos Trabalhistas.
Palavras Chaves
Motorista; Jornada de trabalho; Mudanças.
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho irá analisar as medidas trazidas com introdução da lei e sua eficácia,
irá avaliar ainda, a opinião de doutrinadores e o comportamento da sociedade (motoristas,
sindicatos e empregadores). A Lei n. 13.103/2015 dispõe sobre o exercício da profissão de
motorista e altera a CLT e a Lei n. 12.619 /2012, para regular e disciplinar a jornada de trabalho
e o tempo de direção do motorista profissional empregado.
A Lei foi criada devido à dificuldade para com o cumprimento da legislação
anteriormente vigente, em que as particularidades das atividades dos motoristas e das empresas
de transporte sempre geraram discussões que não eram resolvidas. As maiores preocupações
foram com relação ao excesso de jornada de trabalho, sobrecarga, acidentes de trabalho com
eventuais mortes, supressão dos intervalos e descansos, dentre outros.
PROBLEMA DE PESQUISA:
A presente pesquisa visa desvendar quais são os impactos econômicos e trabalhistas que
ocorrerão com o advento da nova Lei? Esta pesquisa objetiva abordar de forma sucinta as
relevâncias trazidas pela alteração legislativa, pois há um grande impacto nos direitos
trabalhistas tanto para os motoristas quanto no tocante aos empregadores. Por tais razoes criou-
se obrigações reciprocas, gerando grandes impactos no Direito Trabalhista.
OBJETIVOS:
O objetivo do trabalho é analisar de forma pormenorizada a referida lei.
Os defensores da atualização legislativa alegam ser uma lei de interesse coletivo, criada
no intuito de se preservar vidas, valorizar a profissão e diminuir os acidentes de trânsito
envolvendo veículos conduzidos por motoristas que trabalham em excesso de jornadas.
Ainda como objetivo do trabalho abordar as divergências de interpretação, que acabam
por onerar de forma excessiva o empregador, quando do cumprimento da referida norma, já que
o próprio sistema rodoviário, é falho e não está adequado a esta inovação legislativa, a exemplo
da disponibilização de local para descanso intrajornada.
Com as mudanças, o controle de jornada passou a ser exigido, obrigando os
empregadores a programar controle mediante anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha
de trabalho externo ou sistema e meios eletrônicos instalados nos veículos.
Além disso, conforme a lei, eles precisam ter um lugar de descanso, a falta de um local
adequado para o descanso, também, pode ser um problema a ser trabalhado para que a lei
obtenha o efeito desejado.
MÉTODOS:
O presente estudo utiliza o método dialético, valendo-se do procedimento comparativo
e empírico, através de pesquisa bibliográfica, tendo como referencial teórico as alterações da
legislação trabalhista.
RESULTADOS ALCANÇADOS:
De acordo com a Resolução do CONTRAN n. 405/2012: dispõe sobre a fiscalização do
tempo de direção do motorista profissional de que trata o artigo 67-A, incluído no Código de
Trânsito Brasileiro, pela lei n° 13.103, de 02 de março de 2015, e dá outras providências.
Segundo Maurício Godinho Delgado:
A ordem jurídica prevê, além do trabalho interno - usualmente controlado -, a possibilidade de
existência de trabalho externo submetido a alguma forma de fiscalização e controle. É o que se
passa, ilustrativamente, com roteiros externos cumpridos em horários lançados em fichas ou
papeletas de registro de horário em poder do próprio empregado (§ 3º do art. 74, CLT), com o
consequente direito ao recebimento de horas extras conforme o caso’’ (DELGADO, 2007, p.
876).
Segundo a referida Lei, fica terminantemente proibido a direção por mais de quatro
horas ininterruptas podendo, em situações excepcionais, prorrogar tal jornada por mais uma
hora, de modo a garantir que o condutor chegue a um lugar que ofereça segurança e
atendimento.
No entanto, o projeto inicial que pretendia a construção de pontos de parada e descanso
nas rodovias concedidas pelo Poder Público a fim de viabilizar a jornada acima descrita, foi
vetado, retirando assim esta responsabilidade do Poder Público.
Ademais, há disposições da Lei cujos efeitos também dependerão de regulamentação,
por dependerem de competências administrativas de autoridades envolvidas, conforme
apontados neste texto.
Segundo Silva (2015):
A exploração econômica dos locais de espera, repouso e descanso e pontos de paradas,
caberá à ANTT, quanto às rodovias federais por ela concedidas, e ao DNIT quanto a demais
rodovias federais (art. 6º, Decreto 8.433/2015), ao passo que a outorga de permissão de uso de
bem público nas faixas de domínio cabe a órgão com jurisdição sobre a respectiva via.
Assim, só será possível a cobrança, apenas para pontos de parada que não sirvam à
espera para carga ou descarga, e sim para os descansos/paradas durante o trajeto, basicamente
em rodovias.
As condições de segurança, sanitárias e de conforto nos locais de espera, de repouso e
de descanso dos motoristas profissionais de transporte rodoviário de passageiros e rodoviário
de cargas, terão que obedecer ao disposto em normas regulamentadoras do Ministério do
Trabalho e Emprego, ao passo que os procedimentos para reconhecimento de tal
enquadramento dar-se-ão perante o órgão com jurisdição respectivas vias (art. 6º, Decreto
8.433/2015).
Tais normas devem preceder a avaliação e publicação das rodovias, e respectivos
trechos, atendidos pelos pontos de parada e descanso.
Nos termos dos artigos 230 e 259 do CTB, o desrespeito aos limites de tempo de
direção e de descanso obrigatório implica infração média, com multa de valor correspondente
a R$85,12, com pontuação ao condutor, mediante regular processo administrativo, mas haverá
imediata retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso aplicável.
Portanto é de fundamental importância que as transportadoras tenham extrema cautela
na condução destas novas regras, evitando riscos de autuações de órgãos fiscais bem como de
futuras ações trabalhistas.

Referências:

DELGADO, Mauricio Godinho - Curso de direito do trabalho – 11 ed. – São Paulo: LTr,
2012;
SILVA, José Antônio Ribeiro de Oliveira. Lei do Motorista Profissional: tempo de
trabalho, tempos de descanso e tempo de direção – Revista do Tribunal Regional
do Trabalho da 15ª Região, n. 41.2015.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12619.htm;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm.
BREVE ANALISE DOS REFLEXOS JURÍDICOS TRAZIDOS PELA LEI Nº 12.462/2011

GRUPO DE TRABALHO

Marco Aurelio Carrigio Pinto; Verginia Chinelato


e-mails: marcoaureliocp@live.com; vchinelato@hotmail.com
UNIASSELVI-FAIR - Rondonópolis-MT
Linha de pesquisa: Direto administrativo, gestão e políticas públicas
Palavras chave: contratação. licitação. modalidade.

INTRODUÇÃO

A licitação é um instituto amplamente utilizado na gestão pública brasileira, através dele


são efetivadas as premissas do direito administrativo e constitucional. Trazida pela Lei nº
8.666/93, constitui uma série de procedimentos realizados na fase pré-contratual envolvendo
entes públicos e particulares. Existem diversas modalidades licitatórias apropriadas a
contratações distintas. O Regime Diferenciado de Contratação é uma delas e é o foco deste
estudo. Esse tipo de licitação prevê um procedimento mais simples e célere nas contratações de
grande vulto e, em que pese a sua simplicidade, só pode ser aplicado em conformidade a um rol
taxativo. Com o passar dos anos, novas hipóteses de aplicação foram incorporadas e tais reformas
geraram resultados diversos. É de suma importância entender alguns deles, sendo esta a tratativa
deste trabalho.

PROBLEMA

A licitação é o meio pelo qual a gestão pública procede à ratificação de seus interesses a
partir de um conjunto de instrumentos próprios, observando princípios e regramentos específicos
aplicados às relações contratuais inerentes aos entes públicos. Composta de diversas
modalidades, uma delas, o regime diferenciado de contratação (RDC) veio a sofrer recentes
alterações. Criada como meio alternativo e eficaz para realizar as contratações inerentes aos
grandes eventos no Brasil, tais como a copa do mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a
referida modalidade licitatória sofreu uma flexibilização em suas hipóteses de aplicação através
das reformas que foram inseridas após a sua criação. Nesse sentido, quais seriam os principais
impactos advindos da aplicação cada vez mais comum do RDC?
OBJETIVOS

Esta pesquisa tem como objetivo apontar alguns dos reflexos jurídicos da instituição do
Regime Diferenciado de Contratação sob o prisma do Direito Administrativo na Gestão Pública
brasileira.

MÉTODO

Foi realizado estudo bibliográfico para, através da acepção indutiva, analisar de


qualitativamente, alguns dos reflexos jurídicos da flexibilização do Regime Diferenciado de
Contratação.

RESULTADOS

Não restam dúvidas de que o regime diferenciado de contratações é uma modalidade


licitatória inovadora. As mudanças inerentes ao novel procedimento impulsionam uma certa
esquiva à aplicação das demais modalidades. Além disso, algumas características comuns da
licitação basilar não são contempladas nesse procedimento. Em que pesem todos os fatores
negativos, a constatação de que o regime diferenciado de contratações tem crescido cada vez
mais na gestão pública evidencia, de pronto, que se trata de um conjunto mais avançado de
métodos da fase pré-contratual pública, muito à frente dos seus antecessores, pois de forma mais
simples e econômica é capaz de gerar resultados maiores e melhores, respeitando a maior
premissa do Direito Administrativo: o interesse comum.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ARAGÃO, Alexandre de. Curso de Direito Administrativo, 2ª edição. Rio de Janeiro-RJ:


editora Forense, 2013
BRASIL. Lei das Licitações, Lei n. 8.666 de 21 de junho 1993. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm> consulta realizada em 11/03/2018
BRASIL. Lei do Regime Diferenciado de Contratações Públicas, Lei n. 12.462 de 04 de
agosto de 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/Lei/L12462.htm> consulta realizada em 11/03/2018
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30ª edição. São
Paulo-SP: editora Atlas, 2016
COSTA, Elisson da. Coleção saberes do direito. v. 33 - Direito administrativo III : bens
públicos, licitação, contratos administrativos e intervenção do Estado na propriedade privada. 1ª
edição. São Paulo-SP: editora Saraiva, 2013
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 17ª edição. São Paulo – SP: editora Saraiva,
2011
LOPES MEIRELLES, Hely. Direito Administrativo Brasileiro. 38ª edição. São Paulo – SP:
editora Malheiros Editores, 2012.
MOREIRA NETO, Diogo Figueiredo. Curso de Direito Administrativo. 16ª edição. Rio de
Janeiro-RJ: editora Forense, 2014.
PEREIRA, Jessé Leal.Os dispositivos inconstitucionais da Lei nº 12.462 (Regime
Diferenciado de Contratações Públicas) e a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
4.655.Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3180, 16 mar. 2012.
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21298> consulta realizada em 20/03/2018
DIREITOS HUMANOS - SUA IMPORTÂNCIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E
O PERIGO DE SUA RELATIVIZAÇÃO.

Autores
Arthur Gonzaga de Ávila (arthurgonzaga@live.com) - FAIR-UNIASSELVI
Nara Santos Lima Gomes (nara_slg@hotmail.com) - FAIR-UNIASSELVI

Orientadora
Priscilla Perez Góes (priscillaperezgoes@hotmail.com) - FAIR-UNIASSELVI

Instituição
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Linha de Pesquisa
Direitos Humanos e Sustentabilidade - Justiça social: cidadania, dignidade da pessoa humana,
direito a vida, movimentos sociais e políticas humanitárias.

Palavras Chave
Direitos Humanos. Direito Natural. Relativização.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: Os Direitos Humanos surgiram de forma embrionária com Ciro, O Grande,
após a conquista da Babilônia, quando proclamou que todos os escravos estavam livres e tinham
o direito de praticar a religião a qual se identificavam. Tais medidas se perpetuaram no tempo,
porém a sua proclamação não foi universalmente adotada por impérios posteriores a sua
conquista, onde seus efeitos acabaram sendo disseminados em todo o globo fazendo com que
as pessoas vissem que há uma ordem natural dos direitos inerentes a simples condição de ser
humano. Séculos se passaram até que o ser humano percebesse que nem mesma a lei poderia
anular tais direitos, dessa maneira o conceito romano de Lei Natural passou a ser interpretado
como Direito Natural, sendo influenciado pela Revolução Francesa com ideais que
contribuíram para o nascimento do Direito Natural como o lema: Fraternidade, Liberdade e
Igualdade.
No entanto, este direito quase foi extinto durante a ascensão do Nazismo que dominou a Europa
durante o século XX e que acabou culminando na Segunda Guerra Mundial, a qual atrocidades
e crimes contra a humanidade foram cometidos em larga escala, cobrando o preço de 6 milhões
de vidas judias nos campos de concentração, sendo o mais conhecido o campo de Auschwitz
na Polônia, e uma estimativa final de mortes durante o conflito de 47 milhões de vidas que
moldou a atualidade.
No dia 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou e adotou
finalmente a Declaração Universal de Direitos Humanos, alterando o antes denominado como
Direito Natural da então Revolução Francesa, para Direitos Humanos; concomitantemente, a
proposta vem para unificar o entendimento do que significa os Direitos Humanos. E para
melhor explanar o que se encontra no texto da Declaração Universal de Direitos Humanos, o
autor Erival da Silva Oliveira, diz que a mesma se relaciona com os direitos civis e políticos,
sociais, econômicos e culturais, e a fraternidade como um valor universal (OLIVEIRA, 2008).
Com este motivo, o presente estudo procurou abordar a história dos Direitos Humanos até os
dias atuais, enfatizando principalmente a sua importância na sociedade atual e o perigo de ser
relativizada.
PROBLEMA DE PESQUISA: Demonstrar o que são os Direitos Humanos e entender porque
as pessoas estão compreendendo-o de forma tão errônea nos dias atuais? Os Direitos Humanos
são garantias universais, e para que se goze deste direito basta o simples fato de ser humano,
independente da etnia, cor, sexo, crença, ideologia e idade. Mas ao analisar este direito, vê-se
de forma até simplória e quase banal, no entanto para que se possa usufruir desta garantia
universal, levaram-se vários séculos ao custo imensurável de vidas diante de atrocidades contra
a humanidade. E diante deste fato, é notável que na sociedade brasileira, atualmente, haja uma
grande relativização/ignorância quanto aos direitos humanos, que é disseminado e empurrado
diariamente “garganta abaixo” pelos meios de comunicação que os caracterizam como direitos
que estão presentes na sociedade para atrapalhar a justiça, a polícia e o cumprimento da pena.
E, quem defende essa bandeira, diz que tal direito serve somente para “vagabundos, homicidas,
estelionatários”, indo contra o dito cidadão de “bem”.
OBJETIVOS: O presente trabalho tem como objetivo investigar os motivos da sociedade
compreender os Direitos Humanos de forma quase simplória. Destaca-se ainda a história e
elaboração da Declaração Universal de Direitos Humanos. Sendo de suma importância,
também, a abordagem acerca da falta de empenho dos governantes em conscientizar as massas
da importância destes direitos.
MÉTODOS: Quanto aos métodos para esta pesquisa, seguirá a metodologia com os
procedimentos do tipo bibliográfica, histórica e estudo de caso; com abordagem qualitativa e
explicativa quanto ao objetivo.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Embora a busca pelas medidas para a compreensão do
tema pela humanidade seja pouco discutida atualmente, a proclamação da Declaração Universal
de Direitos Humanos não foi adotada por impérios posteriores a sua conquista. E infelizmente,
com esse tema tão antigo que é pouco conhecido pela sociedade, realiza-se esta pesquisa
acreditando que haverá uma contribuição para uma melhor conscientização e desmitificação
sobre o que são os Direitos Humanos. E, como anteriormente exposto, parece que há muitos
paradigmas sobre o mesmo, sendo, de certa forma, confundido com garantias que somente
alcançam pessoas marginalizadas da sociedade.

REFERÊNCIAS

CASTILHO, Ricardo. Direitos Humanos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

OLIVEIRA, Erival da Silva. Direitos Humanos. 2. ed. São Paulo: Editora Premier Máxima,
2008.

Declaração Universal Dos Direitos Humanos, ONU. 1948.


A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ACESSIBILIDADE SOB A
ÓTICA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Autores
Herik Alves Pereira (FAIR-UNIASSELVI)
Leonardo de Carvalho Peixoto (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
DIREITOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE

Palavras Chave
Acessibilidade. Direitos Fundamentais. Patrimônio Histórico.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade
Integrada de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa busca analisar como preservar o patrimônio
histórico-cultural diante do direito à acessibilidade sem descaracterizá-lo, valendo-se
do estudo da normatização sobre assunto com base no direito brasileiro. Tal discussão
tem por fundamento a preservação de dois direitos fundamentais da sociedade e a
prevalência de um sobre o outro.
PROBLEMA DE PESQUISA: Diagnosticar como pessoas com restrição de
mobilidade, principalmente pessoas com deficiência, podem ter acesso aos sítios
históricos e demais espaços de preservação histórico-culturais sem descaracterizá-los?
O patrimônio histórico-cultural é direito garantido no artigo 5º, IX, 215 e 216 da
Constituição, artigo 1º do Decreto n.25/1937, a Instrução Normativa n. 01/2003 do
IPHAN, além de constar da Carta de Veneza (1964), constituindo-se “uma gama
enorme de bens moveis e imóveis importantes para cultura nacional” (SIRVINSKAS,
2017, p.744). Já o direito a acessibilidade está contida na Constituição em seu artigo
5º e na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
ratificada pelo Brasil através do Decreto n. 6.949/2009 e na Lei 10.098/2000. Ambos
os direitos podem ser considerados fundamentais, pois tanto a preservação dos bens
culturais quanto o direito de ir e vir são direitos previstos no artigo 5º da Constituição.
“São ‘direitos fundamentais’ todos aqueles direitos subjetivos que dizem respeito
universalmente a ‘todos’ os seres humanos enquanto dotados do status de pessoa, ou
cidadão ou de pessoa capaz de agir. [...]” (FERRAJOLI, 2011, p.09). (grifo do autor).
Assim a pesquisa visa entender, dentro do processo jurídico-normativo, qual direito
fundamental deve prevalecer.
OBJETIVOS: Este trabalho científico objetiva identificar quais instrumentos
normativos devem prevalecer quando há conflito entre direitos fundamentais como
acessibilidade e preservação do patrimônio histórico. A Carta de Veneza é um
instrumento internacional que dispõe em seu artigo 7º que a modificação de patrimônio
histórico só deve ser realizada para conservação ou quando for de grande interesse
nacional e internacional, sob pena de descaracterização da cultura da humanidade,
sendo que essa patrimônio pertence ao país e integra sua unidade de valores humanos,
sendo responsabilidade de todos sua preservação. (KÜHL, 2010, p.306). Do outro lado
cerca de 6,2% da população brasileira possui algum tipo deficiência (IBGE, 2010).
Reconhece-se que a deficiência é um conceito em evolução e que ela resulta da
interação entre pessoas com deficiência e as barreiras, devidas as atitudes e ao
ambiente, que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na sociedade em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Não há dúvidas que compatibilizar
o acesso das pessoas com deficiências ao patrimônio histórico é garantir a dignidade da
pessoa humana, inclusive o artigo 25 da lei n.10.098/2000 declara expressamente que
são aplicáveis as regras previstas na lei ao patrimônio histórico-cultural, todavia o que
se propõe discutir nesse estudo são as situações onde não é possível adaptar o
patrimônio histórico sem descaracterizá-lo de algum modo. Nesse caso acredita-se que
o estudo sobre a hierarquia normativa deve ser o caminho para a solução desse impasse
que envolve direitos fundamentais da sociedade.
MÉTODO: O presente estudo, valendo-se do método dialético e procedimentos
comparativo e funcionalista, baseados em pesquisa bibliográfica e com referencial
teórico na internalização dos tratados internacionais pela Constituição Brasileira,
procura identificar a compatibilidade de dois direitos fundamentais da sociedade.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Pode-se dizer que as normas que tratam sobre a
acessibilidade e o patrimônio histórico-cultural são normas de direito fundamental e
garantem a ambos a proteção a quaisquer tipos de violação. “Como direito de hierarquia
constitucional, direitos fundamentais podem ser restringidos por normas de hierarquia
constitucional ou em virtude delas”. (ALEXY, 2006, p.286). Dessa forma, entende-se
que a Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência foi
internalizada obedecendo ao § 5º do artigo 5º da Constituição, apresentando caráter de
emenda constitucional, enquanto a Carta de Veneza sequer foi ratificada pelo Brasil,
sendo um instrumento de cunho internacional, mas que não foi internalizado ao sistema
jurídico brasileiro. Portanto, sob a ótica da hierarquia normativa adotada no Brasil, há
prevalência da acessibilidade sobre a preservação do patrimônio histórico-cultural,
mesmo quando a alteração possa descaracterizar o bem de valor histórico cultural; isso
porque analisando as normas dos dois institutos, as normas de acessibilidade tem
caráter constitucional e as do patrimônio histórico-cultural são infraconstitucionais nos
termos adotados pela Constituição, ainda mais quando, o desfavorecimento da
acessibilidade parece tirar a autonomia e a segurança da pessoa com deficiência,
representando uma barreira ao direito de ir vir e ao direito à cidade, o que dá ares de
um desrespeito a dignidade da pessoa humana, assim como contraria as regras de
subordinação do ordenamento jurídico brasileiro.

REFERÊNCIAS

ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. Tradução Virgílio Afonso da


Silva. São Paulo: Malheiros, 2006.

FERRAJOLI, Luigi. Por uma teoria dos direitos fundamentais. Tradução Alexandre
Salim, Alfredo Copetti Neto, Daniela Cadermatori, Hermes Zaneti Júnior, Sérgio
Cadermatori. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2011.

IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em https://www.ibge.gov.br/estatisticas-


novoportal/sociais/populacao/9662-censo-demografico-
2010.html?edicao=9749&t=destaques. Acesso em 11 mar. 2018.

KÜHL, Beatriz Mugayar. Conservação e Restauração. Anais do Museu Paulista.


V.18, n.2, p.287-320, jul-dez 2010. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v18n2/v18n2a08.pdf. Acesso em 11 mar 2018.

SIRVINSKAS, Luis Paulo. Manual de Direito Ambiental. 15 ed. São Paulo, Saraiva,
2017.
UNIC ARY COELHO RONDONÓPOLIS/MT

O VOTO POPULAR COMO CONSTITUCIONAL E LEGÍTIMO PARA A


REFORMA DA CONSTITUIÇÃO.

Autora

Neurani Pereira da Silva (Unic Ary Coelho)

Co-autora

Tayze Tatiane Ossuna da Silva (Unic Ary Coelho)

Linha de Pesquisa

Pública Constituição e Democracia

Palavras-chave

Soberania popular. Democracia participativa. Iniciativa popular. Poder constituinte.


Emendas constitucionais. Direitos e garantias fundamentais. Fatores reais de poder.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Curso de Bacharel em Direito da Unic Ary Coelho – Rondonópolis/MT, sob a
Coordenação do Professor Dr. Luiz Henrique Vacaro

RESUMO
Introdução: O presente trabalho de conclusão de curso busca sustentar a possibilidade
da propositura de emendas ao texto constitucional por meio da iniciativa popular.
Partindo da análise do disposto no art.1º, parágrafo único, da Constituição Federal, a
pesquisa busca na literatura de pensadores pátrios e estrangeiros os fundamentos, as
características e os objetivos da democracia participativa, da Soberania Popular, do
Poder Constituinte e das emendas constitucionais. Observe-se, pois, que, na concepção
de José Afonso da Silva, a democracia não é um posto a que se chega, e sim um
processo de conquista. É de suma importância para evolução dos mecanismos de
participação estatal. Isso porque uma vez que se admita que já vivêssemos em um
Estado democrático pleno, torna-se desnecessário falar sobre mudanças e melhorias. O
que está perfeito não se melhora, todavia, o que está em processo de aperfeiçoamento
abre espaço a toda sugestão benéfica. Problema da pesquisa: A problemática do
oferecimento de emendas constitucionais por iniciativa popular decorre
preponderantemente da não previsão expressa do povo legitimado para tanto. Diante
disso como avaliar a democracia como um direito e uma garantia constitucional?
Objetivos: Compreender que o povo é um fator real de poder e que sua exclusão do rol
de legitimidade para a reforma constitucional é um atentado à eficácia da democracia.
Dedicar-se na identificação da entidade povo, fundamental em qualquer discurso que
defenda o aprimoramento da democracia. Reunir argumentos que sustentam a proposta
popular de emendas à constituição de forma abrangente que dêem legitimidade ao povo
como promotor de emendas ao texto maior. Apontar que é possível legitimar o povo
para que possa exercer seu poder em que “todo poder emana do povo”, de fato para
opinar na construção da democracia. Portanto, o Poder Constituinte é o arquiteto da
estrutura constitucional de uma nação. É dele a responsabilidade de consolidar em um
único texto a cultura e as aspirações de um povo, prescrevendo o jeito de ser do Estado
e os direitos, deveres e garantias dos cidadãos e da sociedade. A definição de quem é o
povo evolui conforme a evolução da própria sociedade, podendo adequar-se aos mais
variados interesses. As Constituições falam muito em povo. Após o sucesso da
Revolução Francesa, o termo vem sendo utilizado como elemento legitimador dos
Estados democráticos modernos, e, portanto, sujeito a todo tipo de manipulação.
Referenciais teórico-metodológico: Utilizaremos para realização deste trabalho teoria
das concepções do povo, de Friedrich Muller, e da teoria constitucional da democracia
participativa, de Paulo Bonavides, uma revisão da literatura, consulta direta às obras
sobre o assunto, acesso a periódicos, artigos, códigos, leis, sítio de bancos de dados,
trabalhos publicados nos últimos dez anos. Serão apontadas as conclusões a que se
chegará nesse trabalho monográfico, fundindo toda sorte de sustentáculos erguidos para
afirmar a patente constitucionalidade e a legitimidade da reforma popular. Resultados
alcançados: A democracia participativa é o caminho mais curto para o
desenvolvimento humano e social do povo brasileiro. Ciente dessa transformação
cultural e comportamental causada pela participação pública nos assuntos de Estado, a
Constituição Federal de 1988 resguardou para o povo a plena possibilidade de
modificação do seu contexto normativo: permitiu ao povo propor emendas à
Constituição. E melhor, o fez de várias formas. Verificamos que na soberania Popular
encontra-se o princípio fundamental da ingerência popular no poder. No art. 1º,
parágrafo único, da Constituição de 1988, o Poder Constituinte Originário esculpiu o
princípio basilar de todo o regime democrático e com ele a força irradiante de que
dispõe a legítima vontade popular. Igualmente, verificamos nas nossas pesquisas que o
direito constitucional alienígena não se assusta diante da potência real da vontade
popular. Ao revés, elencamos Constituições contemporâneas que se valem, com
eficiência do mecanismo popular de alteração constitucional. Arrolamos dezessete
estados membros que acentuou em suas leis fundamentais específicas a possibilidade de
reforma popular. Interpretando as previsões estaduais, entendemos que a maior parte da
população admite a tese defendida, o que geraria uma inclusão tácita no texto
constitucional. Assim, adicionamos mais um fundamento para edificação da teoria ora
advogada. Os argumentos levantados em perspectivas diversas afluíram na conclusão de
que o povo tem o poder absoluto sobre a Constituição podendo alterá-la ou mesmo
substituí-la. Assim, entendemos que mesmo não havendo no art. 60 previsão expressa
do povo para a proposição de emendas, a eficácia irradiante decorrente de sua estrutura
principiológica alcançaria todos os outros artigos da Constituição, inclusive a citada
disposição. Mesmo sendo suficiente a legitimação expressa e principiológica da norma
inaugural da Carta Constitucional, apontamos diversos doutrinadores que identificam na
participação popular um direito e uma garantia fundamental da Constituição. Assim,
cogente sua aplicação efetiva no contexto constitucional conferindo ao povo, o poder de
alterar as normas básicas de convivência. Demonstramos ainda que os diversos
princípios admitidos em sede de interpretação Constitucional convergem por conferir ao
povo seu poder natural de alteração da Constituição Federal. Por todo exposto,
acreditamos na contribuição do presente trabalho para a sedimentação dos preceitos
constitucionais da Soberania Popular e da democracia participativa. Os argumentos
levantados em perspectivas diversas afluíram na conclusão de que o povo tem o poder
absoluto sobre a Constituição, podendo alterá-la ou mesmo substituí-la.
Esperamos que a produção deste ensaio venha subsidiar a busca popular pela sua
identidade constitucional. Mais do que figurar como artefato de estante nossos votos são
de que a atitude popular, aqui prevista em teoria, venha no futuro materializar-se com
ajuda dos parágrafos aqui deixados.

Bibliografia Utilizada
BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da política;
Trad. Marco Aurélio Nogueira. 10ª ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2003.
BONAVIDES, Paulo. Teoria constitucional da democracia participativa. 3 ed. São
Paulo: Malheiros, 2008.
MULLER, Friedrich. Quem é o povo? A questão fundamental a democracia. São
Paulo: ed. Max Limonad, 1988.
BRANCO, Paulo Gonet; COELHO; Inocêncio Mártires; MENDES; Gilmar
Ferreira. Curso de Direto Constitucional. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 33ª ed. São
Paulo: Malheiros, 2010.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:
promulgada em 5 de outubro de 1988. 36ª ed. Brasília, 2012.
ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Autores
Paloma Matos Silva (FAIR-UNIASSELVI) – paloma-mattos@outlook.com
Jucimara dos Santos (FAIR-UNIASSELVI) – maraf1@outlook.com.br

Orientadora
Priscilla Perez Góes (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direito Administrativo, Gestão e Políticas Públicas – Servidores Públicos, Improbidade e
Políticas Públicas.

Palavras Chave
Improbidade Administrativa; Enriquecimento Ilícito; Prejuízo ao Erário.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: Situando o tema quando se fala em improbidade administrativa, é natural,
principalmente para o leigo, lembrar do termo corrupção, em seu sentido lato. Isso gera uma
situação inusitada, uma vez que os operadores do direito tendem inicialmente a considerar a
palavra na sua acepção mais restrita, ou seja, corrupção enquanto tipo penal, entendendo
inadequada a equivalência entre as duas ideias.

A visão dos estudantes de Direito, por ser mais técnica e precisa, parte do conhecimento de a
responsabilidade por improbidade administrativa ser de natureza não criminal, conforme foi
estabelecido pelo §4º do art. 37 da Constituição Federal, que fez a ressalva da possibilidade de
eventual ação penal, pelo mesmo fato.

A regulamentação, dada pela Lei n.º 8.429/92, segue idêntico caminho. O Código Penal
Brasileiro traz as figuras típicas da corrupção passiva (art. 317) e da corrupção ativa (art. 333).
Mas a corrupção que equivale à improbidade administrativa é mais ampla, devendo-se tomar
por base não apenas a venalidade, mas toda forma de comprometimento dos princípios que
informam a administração pública. Corrupção, nesse sentido, é deturpação, desvio.

A Improbidade é um dos infortúnios da máquina administrativa e um dos aspectos negativos


da má administração o ato de improbidade retrata a noção de desonestidade de má fé e
ilegalidade que importa em aferimento de vantagem ilícita. Todo agente público tem a
obrigação legal de servir a administração com honestidade procedendo no exercício de suas
funções sem aproveitar os poderes ou facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de
outrem a quem queira oferecer.
PROBLEMA DE PESQUISA: Pode se aplicar o crime de Improbidade Administrativa a
aqueles que não são qualificados como agente públicos?
OBJETIVOS: Estabelecer a diferença entre os crimes de improbidade administrativa e o de
responsabilidade.
MÉTODO: Utilizou-se da metodologia de pesquisa bibliográfica através de fontes
consultadas e mencionadas no trabalho em apreço são: textos acadêmicos, livros, monografias,
dissertações, teses, entrevistas e reportagens em revistas ou sites especializados, a abordagem
teórica foi qualitativa.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Através do presente trabalho, acredita-se que tanto a lei de
Improbidade quanto a lei de Responsabilidade de acordo com o entendimento do STF têm
natureza político administrativa. Sendo assim, ambas as leis supracitadas buscam punir os
agentes políticos pelos mesmos atos, já que a lei de crimes de responsabilidade prevê os atos
contra a probidade na administração como crime de responsabilidade, o que afasta a aplicação
da lei de improbidade do agente público. O presente trabalho tem como objetivo fazer uma
análise técnica da LEI 8.429/1992 dando relevância ao seu desenvolvimento histórico desde o
contexto em que foi criada até os dias atuais, tendo em vista que a lei de improbidade e a lei de
responsabilidade, representa um dos mais importantes mecanismos de proteção do patrimônio
público e a sociedade brasileira é diretamente afetada pelos atos de improbidade administrativa,
pois quando o administrado malversa a coisa pública, ele subtrai de forma coletiva bens que
serviriam para benefício da população.

REFERÊNCIAS

FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Improbidade administrativa e crimes de prefeitos: de acordo


com a Lei de Responsabilidade Fiscal. São Paulo: Atlas: 2001 F.

GARCIA, Emerson; ALVES, Rogério Pacheco. Improbidade Administrativa. 3ª ed.. Rio de


Janeiro: Lumen Juris, 2006. 987 p. J.

BERTONCINI, Mateus. Ato de Improbidade Administrativa: 15 anos da Lei 8.429/1992,


2007. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
NOBRE JÚNIOR, Edilson Pereira. Ação para Apuração de Ato de Improbidade
Administrativa e o seu Cabimento Frente aos Agentes Políticos. In: Lucon, Paulo Henrique
dos Santos et al., Improbidade Administrativa: Aspectos Processuais da Lei 8.429/92, 2. Ed.
São Paulo: Atlas, 2015.
O PAPEL DO BIODIREITO E DA BIOÉTICA NA EXPERIMENTAÇÃO
CIENTÍFICA COM SERES HUMANOS

Autores
Eloane Borges de Oliveira (FAIESP-UNIC)
Juliana Constantino Silva (FAIESP-UNIC)

Linha de Pesquisa
Novos direitos: biotecnologia, nanotecnologia, transgenia e Biodireito.

Palavras-chave
Bioética, Biodireito, Pesquisa com seres humanos.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto (FAIESP-UNIC Educacional)

RESUMO
INTRODUÇÃO: Há tempos que os seres humanos são usados como cobaias em pesquisas e
experimentos científicos, especialmente no âmbito da biotecnologia, por conta disso a
presente pesquisa busca analisar o papel do Biodireito conjuntamente com os princípios da
bioética como formas de delimitar a experimentação cientifica em seres humanos, conciliando
assim a evolução cientifica com a preservação do homem.
PROBLEMA DA PESQUISA: Como é possível limitar a atividade cientifica que tem como
objeto de pesquisa o ser humano? O uso de seres humanos em experimentos científicos traz
inegáveis benefícios para a sociedade. No entanto, há sempre o conflito entre o indivíduo
submetido à experimentação e a ciência. A aceleração do progresso científico, e o
questionamento da população com relação a seguridade dos meios utilizados para com o
limite do corpo humano. O Biodireito, como integrante do Direito, deve, contudo, observar
outros princípios estabelecidos pelo Direito, ciência com métodos e formulações específicas.
Apesar de não faltar definições para o termo, bioéticas é um campo que engloba a biologia, a
medicina, a filosofia, as ciências exatas, as ciências políticas e o meio ambiente. Como o
próprio nome diz, o foco da bioética é discutir questões, e encontrar o melhor meio de
resolver conflitos gerados com o avanço da biotecnologia, e dos próprios valores e direitos
humanos, prezando sempre a conduta humana e levando em consideração toda a diversidade
moral que há e todas as áreas do conhecimento que, de alguma forma, têm implicações em
nosso dia a dia, buscando sempre respeitar a autonomia das pessoas.
OBJETIVOS: Este trabalho objetiva, em esfera simplificada, analisar se, no Brasil, há
regulamentação ética e jurídica que delimite tal atividade. Junto a isso, o Biodireito, que trata
da esfera teórica, da legislação, e da jurisprudência relativas às normas reguladoras da conduta
humana em face dos avanços da Medicina e da Biotecnologia. Os pilares desta disciplina
jurídica encontram-se em três áreas específicas: o Direito Civil, o Direito Constitucional e o
Direito Penal; sendo seu principal objetivo garantir a proteção da dignidade do ser humano,
frente às novas tecnologias médicas e biotecnológicas presentes na sociedade contemporânea
de diversas maneiras. Buscando manter a ética nas pesquisas realizadas com seres humanos, o
Brasil, por meio do Conselho Nacional de Saúde, emitiu em 1996 a Resolução 196/ 96 que
contém normas regulamentadoras para estas pesquisas. Foram criados a Comissão Nacional
de Saúde (Conep) e os Comitês de Ética em Pesquisa (Ceps), órgãos responsáveis pelas
avaliações éticas dos projetos de pesquisa.
O Direito deve intervir no campo das técnicas biomédicas, quer seja para legitimá-las, quer
seja para regulamentar ou proibir outras. Por isso a lei é sempre invocada.
Dentre os dispositivos legais publicados pelo Brasil, cabe citar uma lei de fundamental
importância, ou seja, a Lei 11.105, de 24 de março de 2005, conhecida como Lei de
Biossegurança, que também estabelece normas de segurança e mecanismos de proteção para
pesquisas, dentre outros dispositivos, estabelecendo ainda penalidades para seus infratores,
especialmente no que tange a questões de utilização de embriões humanos, à clonagem
humana e à Engenharia Genética em célula germinal, zigoto ou embrião humano. A
Constituição Federal de 1988 proclama a liberdade da atividade científica como um
dos direitos fundamentais, sem deixar de penalizar qualquer ato perigoso na relação médico-
paciente e imperícia do cientista, levando em conta questões
conflitantes como aborto, eutanásia, suicídio assistido, inseminação artificial, transplante de
órgãos, Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e clonagem terapêutica e científica.
MÉTODO: O método utilizado para realização do presente trabalho foi o dedutivo,
fundamentado em pesquisa bibliográfica e objetivado em expor uma maneira de resolver o
problema acima citado.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Os resultados deste estudo mostraram que a beneficência,
não maleficência e justiça são apenas diretrizes políticas, pois estabelecem metas que devem
ser cumpridas pelo cientista e implementadas em face de aspectos pragmáticos, valorativos e
jurídicos de cada sociedade.

REFERÊNCIAS:
ENTENDA o que é bioética e qual sua importância. Disponível em:
<https://www.ecycle.com.br/3669-bioetica-o-que-e/>. Acesso em: 03 maio 2018.

FARIA, Roberta Elzy Simiqueli de. Experimentação científica com seres humanos :
Limites éticos e jurídicos. 2007. 142 p. Dissertação (Pós-Graduação em Direito)- Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007. Disponível em:
<http://server05.pucminas.br/teses/Direito_FariaRE_1.pdf>. Acesso em: 02 maio 2018.

BARBOZA, Heloisa Helena. Princípios da Bioética e do Biodireito . Disponível em:


<http://www.revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/276/275>.
Acesso em: 03 maio 2018.

PEREIRA, Anna Kleine Neves. Bioética, biodireito e o princípio da dignidade da pessoa


humana . Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6210>. Acesso em:
03 maio 2018.
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PENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR NO CONTRATO DE


LOCAÇÃO E A VIOLAÇÃO AO CARÁTER SOCIAL DA MORADIA E DO PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL DA ISONOMIA.
Autores
Adão Renato de Souza Pereira (FAIR-UNIASSELVI)
José Arthur Silva Santana (FAIR-UNIASSELVI)

Orientador
Bruno Torquete (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direito Civil E Processo Civil: Direito Civil Constitucional.

Palavras Chave
Bem de família; Fiador; Locatário; Impenhorabilidade; Penhora; Locador; Inquilino.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: Uma das exceções à impenhorabilidade do Bem de Família Legal refere-se
ao imóvel de residência do fiador de locação de imóvel urbano, consoante art. 3º, VII, da Lei
8.009/1990 (c/c art. 82 da Lei 8.245/1991). Como dito, quanto a essa exceção, divergem tanto
a doutrina quanto a jurisprudência em relação à sua suposta constitucionalidade. O fato é que
o devedor principal (locatário) não pode ter o bem de família penhorado, enquanto o fiador
(em regra devedor subsidiário) pode suportar a constrição. A lesão à isonomia reside no fato
de a fiança ser um contrato acessório, que não pode trazer mais obrigações do que o contrato
principal (locação de imóvel), sem falar na lesão ao direito à função social da moradia e a
proteção da dignidade humana.
PROBLEMA DE PESQUISA: Existe um tratamento diferenciado em relação a fiador e
locatário, já que ambas as partes da relação contratual firmam o mesmo compromisso, isto é,
tratam-se de forma diversa dois integrantes de uma mesma relação contratual que arcam ônus
de maneira igualitária (nos contratos solidários) ou com desproporcionalidade (nos contratos
subsidiários).
OBJETIVOS: Levanta-se a seguinte questão, Locatário e Fiador Assumem a mesma dívida
Contratual no aluguel de um imóvel? Por que Locatário e Fiador são tratados de maneira
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diferenciada pelo ordenamento? Busca-se analisar a divergência doutrinária acerca das


exceções da impenhorabilidade do bem de família, através do confronto entre a doutrina.
Realiza-se um comparativo dos princípios constitucionais da isonomia e da proteção
constitucional da moradia diante do bem de família.
MÉTODO: Em Breve síntese, são objetivos do presente instrumento buscar conceituar as
espécies de bem de família e institutos afins; Analisar as particularidades do bem de família
em contexto amplo; Realizar um comparativo entre fiador e locatário no contrato de locação;
Analisar as exceções dos bens de família na entidade familiar.
RESULTADOS ALCANÇADOS: O contrato de fiança é uma garantia fidejussória firmada
através de um contrato acessório, e, caso a obrigação principal não seja cumprida, deverá o
terceiro(Fiador) arcar com o seu cumprimento. Paulo Nader, em excelente explanação,
conceitua o contrato de fiança: “Pelo contrato de Fiança, alguém(fiador) se compromete,
perante o credor, a responder, subsidiariamente ou solidariamente, pelas obrigações
assumidas pelo devedor(afiançado/locatário)” (Curso de Direito Civil, v. 3, p. 424). A fiança
possui diversas características podendo ser firmada sem a anuência do locatário. É relevante
afirmar que não será possível alegar impenhorabilidade de bens na execução, ainda que se
trate de seu único imóvel, ou seja, o bem de família. A medida supracitada está amparada no
artigo 3º da Lei 8.009/90, que aduz: “A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo
de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movida
por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação” (grifo nosso). O
Bem de Família foi introduzido em nosso ordenamento pelo Código Civil de 1916, na parte
geral, livro II, dos Bens, sob Artigos 70 a 73, mesmo não figurasse no Projeto encaminhado
ao Congresso nacional. Nesse prisma, temos a proteção ao domicilio concedida pela CF/88,
tratada por inviolabilidade domiciliar, posta no artigo 5º, XI, que dispõe que a casa é asilo
inviolável. Carlos Roberto Gonçalves (2016, p. 691), em análise aprofundada, afirma ainda
que a "casa abrange não só o domicilio, como também o escritório, oficinas, garagens etc.",
esse também é o entendimento Jurisprudencial, já pacificado na egrégia corte. A
impenhorabilidade do Bem Familiar é a regra, trazida pelo Código Civil, entretanto a Lei nº.
8009/90 traz em seu artigo 3º traz exceções a impenhorabilidade. O inciso VII da referida Lei,
à principio não previa a exclusão da proteção ao bem de família do fiador, todavia, visando
aquecer as locações a Lei que regula o inquilinato, a Lei n. 8245/91, adicionou em seu Art.
82, o inciso VII à Lei n. 8009/90. Carlos Roberto Gonçalves (2016, p. 731) entende que: "É
possível a penhora do bem de família de fiador apontado em contrato de locação, ante o que
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dispõe o art. 3o, inc. VII, da Lei no. 8009/90". Outrossim, é evidente que inexiste motivo
justo para a inclusão do inciso VII a Lei no. 8009/90, pois hoje em dia qualquer imóvel
urbano, possui valor elevado, tornando lógico que os contratos de locação que cheguem a
montantes tão altos não deveriam ser feitos de maneira desleixada, a referida Lei tirou a
responsabilidade do locatário de fielmente fiscalizar o locador e o fiador, e do locador de
procurar a fundo quem pudesse afiançar o contrato locatício, deixando o instituto da fiança
quase que inaplicável nesta área. Além do mais, conforme já dito, o texto fere a Constituição
Federal, ignorando completamente a proteção dada, visa-se apenas a obtenção do bem do
fiador, sem levar em consideração a do devedor principal que não tem seu patrimônio
atingido.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Nº 8.009, De 29 De Março De 1990. Dispõe sobre a impenhorabilidade do bem


de família. Publicado no DOU de 30.3.1990.

GONÇALVES, Carlos Roberto; Coord.: Pedro Lenza; Direito Civil Esquematizado v. 3; 3ª


ed.; São Paulo: Saraiva, 2016.

Lei Nº 8.009, De 29 De Março De 1990 - 2017 <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8009.htm> Acesso em 17 de Outubro de 2017, às
16:16 horas.

NADER, Paulo; Curso de Direito Civil: Contratos, v. 3; 5ª Ed.; Rio de Janeiro: Forense, 2010.

NADER, Paulo; Curso de Direito Civil: Direito de Família, v. 5; 6ª Ed.; Rio de Janeiro:
Forense, 2013.

Vade Mecum Saraiva; Obra coletiva da Editora Saraiva; 23ª ed. Atual e Ampliada; São Paulo:
Saraiva, 2017.
A REFORMA TRABALHISTA UTILIZADA COMO MÉTODO PARA REDUÇÃO
DO ACERVO PROCESSUAL TRABALHISTA, UMA ANÁLISE DOS IMPACTOS
DA LEI Nº 13.467/2017 NA COMARCA DE RONDONÓPOLIS

Autores
Any Karolline Moreno Silva (FAIR-UNIASSELVI)
Silas da Silva Lima (FAIR-UNIASSELVI)

Orientadora
Priscilla Perez Góes (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Institutos do Direito do Trabalho e processual: evolução legislativa.

Palavras Chave
Reforma trabalhista. Inflação judicial. Redução de ações trabalhistas.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade
Integrada de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa busca analisar os impactos da reforma
trabalhista no acervo de processos instaurados nas varas do trabalho de Rondonópolis-
MT, tendo-se em vista as inovações trazidas pela referida norma, tais como:
composição processual e extrajudicial, segurança jurídica ao homologar acordos,
outrora sem previsão legal e, portanto, amplamente discutidos judicialmente, além de
imposição de sanções ao autor de lide judicial “mal intencionado”, dentre outros.
PROBLEMA DE PESQUISA: Considerando que um dos objetivos do legislador ao
elaborar a reforma trabalhista era a redução do número de novas ações trabalhistas sem
fundamento (criando meios de composição, dando maior segurança jurídica a acordos,
punindo a má fé na judicialização de uma lide, entre outros meios), a Lei nº. 13.467/207
efetivamente conseguiu diminuir o número de processos trabalhistas protocolados na
comarca de Rondonópolis?
OBJETIVOS: Este trabalho científico objetiva quantificar o número de processos
iniciados anualmente durante o período de 03 (três) anos antes da entrada em vigor da
reforma trabalhista para, com estes dados estabelecer uma média de ações protocoladas
mensalmente nesta comarca, garantindo-se, assim, uma análise real do impacto gerado
pela nova lei trabalhista neste município, vez que há a possibilidade de eventual redução
observada durante a vigência da lei nº. 13.467/2017 ser apenas um reflexo de uma
tendência anterior da justiça trabalhista. Dessa forma, será analisado o número de ações
iniciadas, calculando-se a média de novas ações, para entender se a reforma trabalhista
alcançou um dos objetivos apontados pelo seu editor, qual seja: a redução de lides
processuais e, a partir daí, abrir debate acerca do resultado da pesquisa: Essa eventual
redução da demanda processual se daria em razão da retenção de direitos trabalhistas
ou pelo maior rigor do reformador com autores de litigâncias de má fé?
MÉTODO: O presente estudo, valendo-se do método quantitativo, baseado na coleta
de dados oficiais apresentados pela justiça do trabalho da comarca Rondonópolis-MT
(1ª e 2ª vara), procura analisar matematicamente, por meio de estatísticas, os efeitos da
reforma trabalhista no acervo processual da justiça trabalhista deste município.
RESULTADOS ALCANÇADOS: O poder judiciário sempre passou a imagem de
ineficiência, milhares de processos aguardam durante anos nos arquivos judiciais sem
que seja dada movimentação, causando, na área penal, muitas vezes a prescrição e, na
área cível, ocorrendo, muitas vezes, de a ação ser julgada após o falecimento do
interessado. De todas as áreas, a trabalhista, com certeza, está no topo do caos, por ser
área responsável por direitos muitas vezes indisponíveis e, em razão da morosidade,
ocasiona em injustiças, vez que muitas vezes tem que se ocupar com litigância de má
fé ou ainda com questões simples e rotineiras que por meio de acordo facilmente
resolveria o problema, tornando-se desnecessária a intervenção judicial. Aliás, a
desnecessidade de intervenção judicial e excesso de judicialização de lides trabalhistas
foram justificativas apresentadas no anexo do projeto da lei da reforma trabalhista que,
em seu item 7 assevera que: “No Brasil temos um nível elevado de judicialização das
relações do trabalho, o que é retratado pela quantidade de ações trabalhistas que
anualmente dão entrada na Justiça do Trabalho. Na grande maioria da ações trabalhistas
a demanda reside no pagamento de verbas rescisórias. A falta de canais institucionais
de diálogo nas empresas que promovam o entendimento faz com que o trabalhador só
venha a reivindicar os seus direitos após o término do contrato de trabalho. Com isso,
problemas que poderiam ser facilmente resolvidos no curso do contrato de trabalho vão
se acumulando, para serem discutidos apenas ao término do vínculo empregatício, na
Justiça do Trabalho.”1 Assim, considerando que a norma precisa da recepção dos
aplicadores do direito para garantia de sua eficácia, acredita-se que, no período de 5
(cinco) meses que a lei nº. 13.467/2017 está em vigor, já se mostra suficiente para
analisar que os objetivos planejados pelo legislador estão sendo postos em prática e,
que até o momento, efetivamente houve a redução do número de lides processuais,
garantindo-se melhor gestão do poder judiciário, direcionando a atenção estatal para as
ações que realmente necessitem desta atuação.

REFERÊNCIAS

PL 6787/2016 - Inteiro Teor. Disponível em


http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=212207
6. Acesso em 05 de abril de 2018.

Ofício 00036/2016. Disponível em


http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=ADDA5
F8153EE125A1C164AEFBBA84DAD.proposicoesWebExterno1?codteor=1520055
&filename=PL+6787/2016. Acesso em 05 de abril de 2018

Reforma Trabalhista Diminui Número de Ações na Justiça do Trabalho.


Disponível em http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI277446,51045-
Reforma+trabalhista+diminui+numero+de+acoes+na+Justica+do+Trabalho. Acesso
em 20 de abril de 2018.

Movimentação Processual dos Gabinetes. Disponível em


http://www.tst.jus.br/documents/18640430/9d177267-e68e-77e9-d30a-774852f13cbc.
Acesso em 25 de abril de 2018

1
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=ADDA5F8153EE1
5A1C164AEFBBA84DAD.proposicoesWebExterno1?codteor=1520055&filename=PL+6787/201
6
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E PRISÃO APÓS CONDENAÇÃO
EM SEGUNDA INSTÂNCIA

Patrícia Bezerra de Araújo, patiba2@hotmail.com;


Josilvânia Martins dos Santos, josilvaniasantos@hotmail.com.

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)
Local
Rondonópolis
Linha de pesquisa
Direito Penal e Processo Penal. Processo Penal e Constituição
Palavras chave
Princípio da Presunção de Inocência; Prisão Segunda Instância; Habeas Corpus n. 126292-SP.

Introdução: O Habeas Corpus n. 126292-SP, ocorrido em 17 de Fevereiro de 2016, firmou o


entendimento que, a partir da condenação confirmada em segundo grau de jurisdição, é
possível o imediato cumprimento da pena, independente, portanto, de eventuais recursos
interpostos a Tribunais Superiores. Após tal entendimento do STF, iniciou-se uma discussão
sobre a constitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância em face a
violação ao princípio da presunção de inocência previsto no inciso LVII do artigo 5º da
Constituição Federal de 1988, em que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado de sentença penal condenatória”. Problema de Pesquisa: O cumprimento da pena
após a confirmação da sentença em segunda instância fere o princípio constitucional da
Presunção de Inocência? E quanto ao artigo 283 do CPP? O artigo 283 do CPP prevê que
ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em
julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou
prisão preventiva. Conforme entendimento do STF o artigo em análise não impede o início do
cumprimento da pena, a partir do julgamento da apelação que confirmou a sentença
condenatória de 1° grau ou que, dando provimento ao recurso da acusação, condenou o réu
em grau de recurso. Objetivo: Este trabalho objetiva por meio de pesquisa científica no
âmbito da legislação e na doutrina a discussão do preceito fundamental da Presunção de
Inocência, bem como sua não lesão, no tocante a decisão do Superior Tribunal Federal em que
dá aval a prisão após a condenação em segunda instância. Método: O presente estudo,
valendo-se do método dedutivo, baseados em pesquisa bibliográfica e com referencial teórico,
procura identificar as divergências e mudança no entendimento Jurisprudencial do STF
quanto ao tema abordado. Resultados Alcançados: O princípio da presunção de inocência, ao
longo dos tempos, evidenciou-se de extremo valor para a liberdade individual e a sociedade
civilizada. Suas implicações, no entanto, jamais foram reputadas absolutas. Não se trata de
cláusula meramente declaratória em benefício exclusivo de um cidadão, mas sim de
parâmetros para o exercício legítimo da atividade de persecução criminal em favor da
subsistência da sociedade. Embora se firme o amplo significado da presunção de inocência,
ora regra de tratamento, ora regra de juízo, ora limitador da potestade legislativa, ora
condicionador das interpretações jurisprudenciais, o referido princípio, enquanto tratamento
dispensado ao suspeito ou acusado antes de sentença condenatória definitiva, tem natureza
relativa. Ademais, no plano internacional, a prisão após a condenação em 2ª instância é
admitida nos Estados Unidos da América e países da Europa (França, Alemanha e Portugal).
A título de esclarecimento, em Portugal, o entendimento do Supremo Tribunal de Justiça é de
que o arguido preso em situação de prisão preventiva, no momento em que vê a sua situação
criminal definida por acórdão condenatório do Supremo, deixa de estar em situação de prisão
preventiva para estar em situação análoga à de cumprimento de pena, mesmo que do acórdão
condenatório tenha sido interposto recurso, que impeça o trânsito em julgado da decisão
condenatória, para o Tribunal Constitucional (da prisão em 2ª instância e não violação da
presunção de inocência - ConJur). No início do processo, ainda em 1º grau de jurisdição há
efetivamente, uma presunção de inocência, tal presunção se esvai assim que julgado o recurso
e confirmada ou decretada a condenação do réu. É que, a essa altura questões fáticas e
probatórias foram enfrentadas pelo respectivo Tribunal restando aos Tribunais Superiores a
análise das chamadas questões de direito. De se ver, ademais, que o conceito de trânsito em
julgado, no processo penal, não está relacionado ao esgotamento de todos os recursos, mas ao
esgotamento da análise fática, como, de resto, ocorre em países igualmente democráticos,
conforme demonstrado acima. Não há, portanto, ofensa a princípios garantistas, que, aliás,
não veiculam apenas proibições de intervenção excessiva, mas expressam também postulados
de proteção para que se evite a insuficiência de tutela de bens jurídicos, exatamente o que se
verifica no adiamento indefinido no cumprimento de pena por agentes que sofreram
condenação cujo mérito não poderá ser modificado, ou seja, garantismo não pode ser
sinônimo de impunidade (CUNHA; 2018; p.782).

REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto Lei nº 3.689 de 31 de outubro de 1941, Código de Processo Penal.
Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm> acesso em
03.05.2018 as 12:03.
CUNHA, Rogério Sanches. Código de Processo Penal e Lei de Execução Penal
comentados por artigos/ Rogério Sanches Cunha, Ronaldo Batista Pinho. 2. rev; ampl. E
atual. - Salvador: JusPodivm, 2018.
GIMENES, José Jácomo. Prisão após condenação em segunda instância não fere a
Constituição. http://www.conjur.com.br/2018-fev-24/jose-jacomo-prisao-segunda-instancia-
nao-fere-constituicao. Acessado em 27 de Abril de 2018.
LOPES JR., Aury. Fim da presunção de inocência pelo STF é nosso 7 a 1 jurídico. In:
Consultor Jurídico, Rio Grande do Sul. Acessado em 28 de Abril de 2018. Disponível em:
http://www.conjur.com.br/2016-mar-04/limite-penal-fim-presuncao-inocencia-stfnosso-
juridico.
Título do Pôster
EXTENSÃO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA À SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA

Autores
Marcelo Miranda (Uniasselvi)

Linha de Pesquisa
DIREITO, ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL

Palavras-chave
Imunidade Tributária. Extensão. Imunidade Tributária Recíproca. Sociedade de
Economia Mista.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Curso de graduação em Direito da Uniasselvi.

RESUMO:
Introdução: Este pôster tem por objetivo central apresentar uma análise sobre a
possibilidade de extensão da imunidade tributária recíproca à sociedade de economia
mista prestadoras de serviços públicos. Várias opiniões e pontos de vistas são
demonstrados quando o assunto é trazido à tona. Foi amplamente noticiado que no dia
28 de dezembro de 2011 o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a repercussão
geral da questão constitucional suscitada no Recurso Extraordinário (RE) 600867, o qual
discute se a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) possui
direito à imunidade tributária recíproca, para justificar o não recolhimento do Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) dos exercícios de 2002 a 2004, ou seja, trata de
imunidade tributária recíproca de sociedade de economia mista, nos termos previsto no
artigo 150, VI, "a", da CF. Embora sujeitas ao regime de direito privado, as sociedades
de economia mista sofrem influências do direito público, e quando exercentes de
atividades públicas devem gozar de todos os privilégios e prerrogativas atribuíveis às
entidades estatais centralizadas. É de suma importância buscar a compreensão das regras
constitucionais que definem a imunidade tributária recíproca, sob o enfoque da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em especial das sociedades de economia
mista, haja vista a atual situação econômica do país, em que as empresas buscam
maneiras de reduzirem suas despesas. Este estudo tem relevância social, uma vez
possibilitar que a sociedade compreenda a responsabilidade das instituições econômicas,
bem como tenha conhecimento da abrangência das imunidades tributárias no Brasil,
auxiliando para que conheçam seus direitos e deveres ao cobrarem providências das
autoridades competentes. Justifica-se também pela importância aos acadêmicos e
aplicadores do Direito, pois agrega conhecimento aos mesmos, podendo ser fonte de
pesquisa para suas vidas profissionais, expandindo a possibilidade de um direito justo e
transparente a toda sociedade. Problema de pesquisa: O debate teórico se instala no
momento em que o Estado se encontra diante do poder de tributar, atingindo a possibilidade
de extensão da imunidade tributária, buscando compreender se a sociedade de economia mista
tendo sua personalidade jurídica de direito privado, prestadora de serviço público, pode ser
atingida pela extensão da reciprocidade da imunidade tributária. Objetivos: Este trabalho
objetiva estudar o instituto da imunidade tributária recíproca no ordenamento jurídico
brasileiro, para que, especificamente, possa apresentar aspectos históricos da imunidade
tributária, bem como conceito e características peculiares da imunidade recíproca;
verificar a possibilidade de extensão da imunidade tributária às sociedades de economia
mista prestadoras de serviços públicos, deslumbrando o entendimento da corte suprema,
de julgados de primeira instância e dos tribunais a respeito do tema; e, por fim, observar
a atual hermenêutica doutrinária e jurisprudencial no que tange à imunidade tributária
recíproca das sociedades de economia mista. Referenciais teórico-metodológicos: A
extensão da imunidade tributária recíproca de acordo com o que disciplina a Constituição
Federal de 1988, em consonância com o julgamento do Recurso Extraordinário (RE)
600867, reconhecendo o direito da empresa de sociedade de economia mista, bem como
com a proposta de obras como de Renato Lopes Becho (2014), José dos Santos Carvalho
Filho (2016), Ricardo Alexandre (2016) e Hugo de Brito Machado (2016). A utilização
da pesquisa bibliográfica de caráter descritivo. A técnica de pesquisa selecionada é a
documentação indireta, com levantamento bibliográfico, análises doutrinárias e normativas,
bem como jurisprudências inerentes ao assunto. Parte-se de um fenômeno existente na
extensão da imunidade tributária recíproca a sociedade de economia mista, com fulcro no
Recurso Extraordinário (RE) 600867. Resultados alcançados: Diante dos objetivos
preestabelecidos nesse estudo, tem-se que a imunidade tributária é uma limitação ao
poder de tributar prevista na Constituição. Trata-se de um obstáculo criado a fim de
proteger determinados indivíduos, situações e/ou fatos do poder definido por lei das
pessoas políticas de direito constitucional interno. Quanto à imunidade tributária
recíproca, mais precisamente, corresponde à não possibilidade de tributação entre as
pessoas de direito público interno. Tem a função de resguardar o patrimônio, a renda e
os serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Essa imunidade
fundamenta-se, principalmente, na proteção e manutenção do Estado federal, garantindo
condições isonômica a todos os Estados, buscando assegurar a autonomia dos mesmos.
Verificou-se que na intenção de resguardar a eficaz prestação do serviço público dos
entes federados, a Carta Magna estendeu a garantia da imunidade recíproca às
sociedades de economia mista, por meio do Recurso Extraordinário (RE) 600867, desde
que as mesmas se enquadrem nos requisitos impostos para tal benefício.

Bibliografia Utilizada
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário esquematizado. 10. ed., rev., atual., e
ampl. São Paulo: Método, 2016.
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Lei n. 119, de 29 de
junho de 1973. São Paulo: Assessoria Técnico-Legislativa, 1973. Disponível em:
<https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1973/alteracao-lei-119-
29.06.1973.html>. Acesso em: 08 mar. 2018.
______. Decreto de 31 de outubro de 1831. 1831b. Disponível em:
<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret_sn/1824-1899/decreto-37646-31-outubro-
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______. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União,
Poder Legislativo. Brasília, DF, 05 jan. 1988.
______. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11
de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Brasília:
Congresso Nacional, 2007. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso
em: 08 mar. 2018.
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional tributário. 30. ed., rev.,
ampl. e atual. até a Emenda constitucional n. 84/2014. São Paulo: Malheiros, 2015.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 27. ed. São Paulo:
Saraiva, 2016.
COMISSÕES DE URBANISMO,OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS E DE FINANÇAS
E ORÇAMENTO. Parecer Jurídico à PL nº 125/88 de 26-04-88. Câmara Municipal de
São Paulo: São Paulo; fev, 1988. Disponível em
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CORDEIRO, Rodrigo Aiache. Curso de Direito Constitucional Tributário. 27. ed.
Porto Alegre: Malheiros, 2006.
GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Lei nº 6.851, de 3 de maio de 1990.
Dispõe sobre a transferência de ações para a Fazenda do Estado e dá providências
correlatas. São Paulo, 1990. Disponível em: < https://governo-
sp.jusbrasil.com.br/legislacao/184817/lei-6851-90>. Acesso em: 08 mar. 2018.
ICHIHARA, Yoshiaki. Direito tributário. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
LEIVA, João Osvaldo. Exposição de motivos à PL nº 125/88 de 26-04-88. Secretaria
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MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 32. ed. rev. atual. e ampl.
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______. O Sistema Tributário Brasileiro: História,perfil Constituicional e Proposta de
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gandra/public/uploads/2013/02/07/662f4dcartigo_145.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2017.
MATOS, Maria Lúcia Bastos Saraiva. A evolução histórica do Direito Tributário. 21
dez. 2007. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/3931/A -
evolucao-historica-do-Direito-Tributario>. Acesso em: 29 ago. 2017.
NOGUEIRA, Ruy Barbosa. Curso de Direito Tributário. São Paulo: USP, 1995.
PERES, João Bosco. Competência Tributária Negativa. Imunidades Tributárias. Jus
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<https://jus.com.br/artigos/4478/competencia-tributaria-negativa>. Acesso em: 29 ago.
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SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 8. ed., atual. com as mais recentes
decisões do STJ e do STF. São Paulo: Saraiva, 2016.
REGIME DE BENS - SUA MULTABILIDADE

Autores
Vanessa Ferreira Farias (FAIR-UNIASSELVI)
Jhonathan da Rocha Porto (FAIR-UNIASSELVI)

Orientadora
Professora Especialista Priscilla Perez Góes.

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direito Cível, Direito de Família e das Sucessões.

Palavras Chave
Regime de bens. Mutabilidade. Novo código civil. Casamento.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa tem o proposito de estudar a Mutabilidade do Regime
de bens, bem como ele é tratado no Código Civil brasileiro, com a finalidade de demonstrar
que no Novel Código Cível pode-se optar entre os regimes de bens no contrato antinupcial. E,
posteriormente ao contrato estabelecido, ainda pode ser alterado o regime, no curso da
convivência matrimonial, para assegurar os interesses de ambos e de terceiros.
PROBLEMA DE PESQUISA: Uma vez escolhido o regime de bens no contrato
antenupcial, no curso do matrimônio, alterar o regime de bens é prejudicial ou favorável para
os interesses de ambos e terceiros?
OBJETIVOS: Este trabalho científico objetiva esclarecer sobre regime de bens estabelecidos
em contrato antenupcial, esclarecendo dúvidas acerca da mutabilidade do regime escolhido,
resguardando os interesses de ambos, tanto quanto interesses de terceiros, para, depois,
demonstrar se esta alteração é prejudicial ou favorável para os cônjuges e terceiros.
No código de 1916, o regime de bens era imutável, não podendo ser alterado após a
celebração matrimonial, qualquer que fosse a situação dos nubentes. Antes da celebração do
casamento era admitido qualquer modificação, posto que a eficácia jurídica do pacto
antenupcial estava condicionada a realização do matrimônio.
A regra de mutabilidade de regime de bens é de natureza processual e como tal, sua aplicação
é imediata. Abarca todos os casamentos celebrados antes do Código Civil de 2002.
Os fundamentos de imutabilidade do regime eram a proteção à boa-fé de terceiros que se
relacionam com o casal, e a dos princípios cônjuges, visando-se evitar, tanto que possível, que
a afeição e a vida em comum entre marido e mulher viessem interferir nas relações de ordem
patrimonial.
A alteração do principio da imutabilidade do regime de bens vem contemplada no artigo
1.639, § 2º do Código Civil. O dispositivo em contento subordina a mudança de regime a
requisitos específicos. Para alteração do regime de bens, será exigido pronunciamento
judicial, requerimento de ambos os conjugues, os quais deveram justificar a pretensão, uma
vez que a plausibilidade do deferimento, julgado procede ao pedido, ressalvados os direitos de
terceiro.
De certa forma a revogação do princípio da imutabilidade do regime de bens é consequência
direta da evolução dos tempos. Com a igualdade dos cônjuges e sem discriminação de sexo, o
efeito é inevitável.
Caberá ao Poder Judiciário apreciar, caso a caso, os pedidos de alterações do regime
matrimonial de bens no curso do matrimônio, pois somente mediante autorização judicial isto
poderá ocorrer, sempre com a participação do Ministério Público.
Desta feita, a irrevogabilidade do regime é mantida no Código Civil, posto que sua alteração
dependerá de pronunciamento judicial.
MÉTODO: O presente estudo utilizou-se o procedimento do tipo bibliográfico, com
abordagem qualitativa e explicativa, pois o mesmo adequou-se de maneira compatível para
aplicação dos elementos disponíveis, decorrentes da pesquisa efetuada e, por conseguinte
objetivando alcançar a conclusão para os fins almejados.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Esta pesquisa possui o propósito de demonstrar o
conceito e princípios que regem o regime matrimonial de bens, para responder o problema
pesquisa alcançando os objetivos alinhados, o que, provavelmente, será demonstrado que o
regime de bens é de livre escolha dos nubentes, de acordo com o atual ordenamento jurídico,
possuindo eles, durante o percurso do casamento, o total direito de mudança de regime, desde
que apresentada razões plausíveis e vontade de ambos, sendo favorável, pois atenderá o
Princípio da Autonomia da Vontade das Partes.
O Princípio da Imutabilidade já se demonstra sem eficácia dentro desse novo ordenamento,
pois no novo Código Civil, no dispositivo 1.639, §2º, deixa clara a possibilidade de se alterar
o regime durante o matrimônio, desde que ambas as partes aceitem e que tenham motivos
plausíveis perante o juiz.

REFERÊNCIAS

DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro: direito da família. 5º volume, 18º
ed., Saraiva: São Paulo, 2002.

MADALENO, Rolf. Regime de Bens entre os conjugues IN PEREIRA, Rodrigo da Cunha


Pereira; DIAS, Maria Berenice. Direito de Família e o novo Código Civil. Belo Horizonte:
Ed. Del Rey, 2001.

GOZZO, Débora. Pacto Antenupcial. São Paulo: Saraiva 1992.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
A EXECUÇÃO PROVISORIA DA PENA APÓS CONDENAÇÃO EM SEGUNDA
INSTÂNCIA E O TRÂNSITO EM JULGADO

João Aparecido Rocha


Claudemir Souza do Sacramento

Instituição:
Projeto de Iniciação Científica, Faculdades Integradas de Rondonópolis – FAIR -
UNIASSELVI
Local onde está sendo realizada a pesquisa:
Rondonópolis, Estado de Mato Grosso.
Linha de Pesquisa:
Novo Posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a Segurança Jurídica.
Palavras-chave:
Trânsito em Julgado; Presunção de Inocência; Comprovação de Culpa.

RESUMO:
Introdução: O princípio da presunção de inocência encontra-se positivado no art. 5º, LVII, da
CF/88: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória”. O referido princípio, atribui a acusação o ônus de provar a veracidade dos fatos
imputados ao réu, advindo daí a regra segundo a qual os casos duvidosos devem ser dirimidos
a favor do réu. O termo trânsito em julgado é uma expressão usada para uma decisão judicial
que não cabe mais recursos, porque todos os mecanismos para recorrer foram esgotados,
acontecendo após análise do último recurso em última instância. Assim, convém lembrar que a
Convenção Americana Sobre Direitos Humanos, ratificada no Brasil pelo decreto 678/92, em
seu art. 8º,2, h, faculta ao acusado de prática delituosa “direito de recorrer da sentença para juiz
ou tribunal superior”. Problema de pesquisa: Analisar brevemente a decisão do STF que
permite a execução provisória da pena de condenados em segunda instância, com escopo de
punir antecipadamente o indivíduo por conta da morosidade judicial em apreciar recursos. Esta
decisão resulta em consequência para toda a sociedade, visto que quando uma condenação
acontece sem derivar o trânsito em julgado, tira-se a oportunidade da pessoa de defender-se em
todas as instâncias que lhe couber por meio de atuação de seu advogado. Objetivos: Despertar
o interesse da nova comunidade jurídica sobre a questão, visando uma melhor e mais adequada
compreensão da forma de aplicação do direito penal constitucional, resguardando direitos e
garantias previstos na CF/88. Também demonstrar os benefícios que a sociedade terá, se for
utilizado esse princípio de forma adequada, que manterá a segurança jurídica evitando uma
crise social, com a solução justa dos conflitos pela jurisdição na execução criminal. Método:
Consiste em apresentar os passos que serão dados e os caminhos que irá se percorrer visando
elaboração de um estudo científico, ocasião na qual, no caso deste projeto, serão desenvolvidas
duas pesquisas, uma bibliográfica e uma descritiva, sendo a bibliográfica feita à base da teoria,
e a descritiva com base na realidade, angariando dados, informações do julgado do STF em HC
126292/2016. Resultados alcançados: O princípio da presunção de inocência teve seu início
no direito romano, e durante a idade média onde havia procedimentos inquisitoriais, juízo de
semi - culpabilidade, provas tarifadas e fogueiras, daí a necessidade do princípio da necessidade
de jurisdição, onde mostra que não há declaração de culpabilidade sem juízo, e isso reforçou a
ideia de que o princípio constitucional da presunção de inocência revela que a culpa, e não a
inocência, deve ser demonstrada. O fundamento do princípio está na proibição do excesso, que
em outras palavras significa a impossibilidade de antecipação dos efeitos da condenação antes
do trânsito em julgado. Desde 2009 o Supremo condicionava a execução da pena ao trânsito
em julgado da condenação, o réu só poderia ser recluso após o trânsito em julgado, tal
entendimento ficou pacificado na doutrina e antes de recorrer a todas as instâncias a reclusão
só se justificaria no caso de prisão preventiva, mas após o (HC) 126292 a corte adotou outro
entendimento sobre o tema, o qual necessita-se apenas de duas decisões em dois graus de
jurisdição, desde que sejam distintos. Após a mudança do entendimento, o cumprimento de
sentença já poderá ser iniciado após decisão de segunda instância e a grande diferença desta
para a preventiva está no seu caráter, uma tem a finalidade de garantia processual e da ordem
pública e a outra de cumprimento de sentença. Em de fevereiro de 2016, o Supremo Tribunal
federal negou o habeas corpus (HC) 126292, decidindo por 7 votos a 4, que as penas passassem
a ser executadas já após uma decisão de 2.ª instância, ou seja, antes de todas as possibilidades
de recursos serem esgotadas, diferentemente do entendimento anterior, onde o cumprimento da
pena se iniciaria apenas após o trânsito em julgado da condenação, onde o réu ainda teria a
possibilidade de recorrer a graus superiores em liberdade, a decisão não seria válida para todos
os casos. No mesmo ano, o STF analisou duas ações que questionavam as detenções antes de
se esgotarem os recursos e reafirmou seu entendimento, permitindo as prisões após uma
condenação por um tribunal de segunda instância, por exemplo um Tribunal de Justiça ou
Tribunal Regional federal, sendo assim, tal decisão tem efeito “erga omnes” e terá validade para
juízes de todo o país. Observando os princípios constitucionais seguido do princípio da verdade
real, da presunção de inocência, do direito à liberdade, e pelo artigo 5° da CF/88, que diz em
seu artigo que ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença penal
condenatória. Entende-se que a pessoa acusada se presume inocente até que prove o contrário,
garantindo assim o direito à liberdade pela dúvida, visando tutelar a liberdade pessoal. Por isso
entende-se a necessidade de um debate em que se estuda a prisão antes do trânsito em julgado
sendo muito promissor, a ponta da luz em que estamos decidindo sobre a liberdade e ao direito
de viver. Parte do STF entende que a execução provisória viola o princípio da presunção de
inocência, porém, a maioria dos Ministros não partilham da mesma concepção e já existem
casos que estão sofrendo com tamanha decisão, dividido na visão de alguns doutrinadores como
necessário e para outros uma injustiça abarrotando os presídios públicos e aumentando a
população carcerária.

Bibliografia Utilizada:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de
1988. Vade Mecum. Editora Saraiva: São Paulo, 2018.
HC 84078-2009/STF
HC-126292-2016/STF
http://www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm
PUCCINELLI JUNIOR, André. Curso de Direito Consticucional, 2 ed. Editora Saraiva. p.
300.
AS AGRURAS DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL EM RELAÇÃO AOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS DA PESSOA PRESIDIÁRIA

Autora: Daniela Cavalcanti A. C. Bandeira1


Orientadora: Sarah Caroline de Deus Pereira2

PALAVRAS-CHAVE: Lei de execução Penal; Direitos fundamentais; Pessoa presidiária.

1- INTRODUÇÃO:

O fato do Estado tomar para si essa responsabilidade não estabeleceu progresso quanto
ao tratamento dos detentos, muito pelo contrário. No início do século XX, as penitenciárias
brasileiras já apresentavam precariedade de condições, superlotação e a permanência de presos
condenados e os que eram mantidos sob custódia durante a instrução criminal, no mesmo
espaço. (JESUS, 1997)
Vários avanços aconteceram. Foram eles: a Lei nº 3.274, estabelecendo normas gerais
do regime penitenciário, um projeto que dispunhas sobre regras mínimas para tratamento de
reclusos em 1970, a Lei nº 7.210/84, a atual e vigente Lei de Execução Penal. Contudo, o que
se tem visto na prática, são mazelas físicas e mentais sofridas pelos presos durante a execução
da pena privativa de sua liberdade. As torturas físicas são claramente vistas por meio de
violência sexual, espancamentos e doenças como pneumonia, tuberculose, hepatite, doenças
sexualmente transmissíveis e por excelência, a AIDS. (DMF, 2017)
Com a promulgação da Lei 7.210 de 11 de julho de 1984, o preso (cumprindo pena ou
aguardando julgamento) passou a ser considerado um sujeito de direitos, no Brasil. Fora
instituída a primeira Lei de Execução Penal no Brasil. O próprio texto Constitucional traz no

1
Bacharelanda em Direito na Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Campus de Alto Araguaia.
Estudante do GEDIFI (Grupo de Estudo em Direitos Fundamentais e Interdisciplinariedade) da Universidade do
Estado de Mato Grosso, Campus de Alto Araguaia. Endereço eletrônico: <dani18cavalcanti@gmail.com>.
2
Mestrada em Teoria do Direito e do Estado, no Centro Universitário Eurípedes de Marília. UNIVEM, por
intermédio da bolsa CAPES/PROSUP -Modalidade 1. Especialista em Direito e Processo do Trabalho na
Universidade Anhanguera-Uniderp (2012). Possui graduação em Direito pelo Centro de Ensino Superior de
Rondonópolis (2010). Advogada. Pós graduanda em Direito Administrativo e em Direito Notarial e Registral pela
Universidade Anhaguera - Uniderp (previsão de término - 2018). Professora da Pós Graduação da Faculdade de
Sinop - FASIPE em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho, Engenharia e Segurança do Trabalho e Direito
Civil. Docente na Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia de Rondonópolis e Villa Verde Cursos online.
Advogada. Parecerista da Revista de Doutrina e Jurisprudência / RDJ, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal,
na áreas de Direito Civil e Direitos Humanos. Líder e pesquisadora do GEDIFI (Grupo de Estudo em Direitos
Fundamentais e Interdisciplinariedade) da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Alto Araguaia.
Endereço eletrônico: <scdp88@gmail.com>.
inciso XLIX, do artigo 5º, que “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”.
Contudo, estes instrumentos não são observados às pessoas encarceradas no Brasil.

2- PROBLEMA DE PESQUISA:

Salienta-se que o problema desta pesquisa se ancora na situação de encarceramento no


Brasil, a qual reflete uma realidade notoriamente cruel e desumana. Superlotações das celas,
insalubridade, má alimentação, sedentarismo, uso de drogas, presos portadores de distúrbios
mentais, câncer, hanseníase, paralíticos, todos num mesmo espaço físico. Resultando em uma
dupla penalização do condenado: a pena que ele responde pelo crime que praticou e a tortura
física e psicológica que ele passa durante o período de reclusão.

3- OBJETIVOS:

Assim, este resumo se alicerçou enquanto objetivo geral, em analisar o paradoxo entre
a legislação existente e a efetiva aplicação dentro do sistema carcerário brasileiro.
Ao passo que especificamente, o fito é identificar a situação do detento nos presídios,
bem como em analisar quais os estigmas que acompanham a vida do presidiário no Brasil.

4- MÉTODO:

Cumpre informar, que o presente ensaio utilizou da metodologia essencialmente


hermenêutica, tendo por base as análises e os comentários de textos doutrinários, legislação e
dados de órgãos oficiais sobre o tema.

5- RESULTADOS ALCANÇADOS:

Do ponto de vista dos resultados, se obteve os dados que dentro dos sistemas
prisionais, o preso sofre torturas e agressões físicas tanto de outros presos quanto dos próprios
agentes carcerários. Essas práticas se acentuam principalmente após tentativas de fuga ou
ocorrência de rebeliões. Quando os presos são resgatados e dominados, sofrem a chamada
“correição” que consiste no espancamento que muitas vezes extrapolam e resultam em
execução, como no caso do “massacre” do Carandiru, em São Paulo, no ano de 1992, no qual
foram executados 111 presos. Outra violação consiste na demora em conceder os benefícios
aqueles que tem direito à progressão de regime ou que já cumpriram suas penas, demonstrando
negligência e ineficiência dos órgãos competentes pela execução penal. Somados a isso, por
conta da superlotação das penitenciárias, um número de presos cumprem suas penas em distritos
policiais que são inadequados para uma reclusão longa e tolhem o direito dos detentos de
trabalhar a fim de ter sua pena diminuída. (EBC – Agência Brasil)
E a informação que não pode ser deixada de lado é a de que 95% do contingente
carcerário, ou seja, a esmagadora maioria, é oriunda da classe de excluídos sociais. Referente à
raça e cor, os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (Brasil, 2013) revelam que
pretos e pardos perfaziam 60,8% da população carcerária brasileira em 2012. De acordo com o
Censo de 2010, os encarcerados sem instrução ou com ensino fundamental perfazem 75,1%.
(IPEA, 2015).
Em síntese, na seara legislativa, a Lei nº 7.210 de 1984 (Lei de Execução Penal) é vista
como uma ferramenta democrática e avançada. A Constituição Federal de 1988 reservou incisos
em seu artigo 5º, que resguardam garantias fundamentais ao detento e a Lei de Execução Penal
traz em seu artigo 41, incisos I ao XV os direitos infraconstitucionais garantidos ao sentenciado
durante a execução penal. Contudo, o que ocorre é a prática constante de violação de direitos e
garantias previstas na execução das penas privativas de liberdade.

6- REFERÊNCIAS

AGÊNCIA BRASIL. Número de presos mortos em Manaus é o maior desde o massacre do


Carandiru. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-
01/numero-de-presos-mortos-em-manaus-e-o-maior-desde-o-massacre-do>. Acesso em: 19
ago. 2017.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Relatório de Gestão. Supervisão do


Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de
Execução de Medidas Socioeducativas – DMF. Disponível
em:http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2017/04/23902dd211995b2bcba8d4c3864c8
2e2.pdf acesso em: 20 ago. 2017.

GRECO, Rogério. Sistema Prisional: colapso atual e soluções alternativas. 4ª edição.


Niterói, RJ. Impetus, 2017.

JESUS, Damásio E. de. Sistema penal brasileiro: execução das penas no Brasil. Revista
Consulex. Ano II, Ago. 1998.

IPEA. Reincidência Criminal no Brasil. Disponível em:


http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatoriopesquisa/150611_relatorio_reinci
dencia_criminal.pdf. acesso em: 20 ago. 2017.
Relatório de Gestão. Supervisão do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema
Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas – DMF. Disponível
em:http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2017/04/23902dd211995b2bcba8d4c3864c8
2e2.pdf acesso em: 20 ago 2017.
Título do Pôster
A INEFICÁCIA DA RESSOCIALIZAÇÃO DO CONDENADO NO SISTEMA
PENITENCIÁRIO BRASILEIRO

Autores
Vanessa Alves de Oliveira (FAIESP)
Emerson Alves de Freitas (FAIESP)

Linha de Pesquisa
ESFERA PÚBLICA, LEGITIMIDADE E CONTROLE

Palavras-chave
Sistema penitenciário brasileiro; Ressocialização; Presídios; Recuperação de
apenados; Regeneração.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de Graduação Stricto Sensu em Direito da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas Sobral Pinto- FAIESP (Pesquisa Coordenada pelo Professor Dr. Bruno
Torquete Barbosa)

RESUMO:
Introdução: Este pôster tem por objetivo principal demonstrar a ineficácia do sistema
penitenciário brasileiro em torno da ressocialização de acordo com os princípios do
direito penal e processual brasileiro, apresentando as bases e metas que direcionam a
aplicação dos meios legais que regem o cumprimento da pena no sistema
penitenciário enfatizando a atualidade em que se encontra. Problema de pesquisa: O
debate teórico se instala no momento em que a pena restritiva de liberdade não
cumpre com sua finalidade, que é retirar o condenado do âmbito social e oferecer
oportunidades para a sua ressocialização após o cumprimento da pena. Observa-se
então que, o único proposito que tem sido alcançado é o afastamento social pelo
encarceramento, ocasionando assim, as prisões estatais completamente lotadas,
tomada vária vezes pela violência e morte entre os presidiários, não sendo oferecida
nenhuma atividade que qualifique o condenado para uma vida social digna, e ainda,
não há uma forma totalmente definida para a individualização da pena, vez que não
são feitas avaliações dos delitos e da vida pregressa do condenado, acarretando
consequências com a convivência entre os criminosos de alta periculosidade e autores
de pequenas transgressões, confrontando com a reintegração social pretendida e
contra a Lei de Execução Penal. Objetivos: Este trabalho científico objetiva despertar
a administração pública bem como a sociedade sobre a crise no sistema carcerário
brasileiro com suas penitenciárias abarrotadas, dominadas pela violência e pelo
descaso, não chegando sequer próximo dos princípios legais para cumprimento das
penas apresentadas na Lei n 7.210 de 11 de julho de 1984, uma vez que a existência
do sistema penitenciário está ligada ou deriva da pena imposta ao transgressor da
norma jurídica, como forma de castigo e reparação do dano causado à sociedade.
Porém o sistema penitenciário é de extrema relevância para a população, sendo
necessário trazer para a atualidade formas que possam gerar alguma melhoria nas
condições humilhantes dos presídios e dos presidiários, para que possam atingir os
objetivos do cumprimento da pena, criando uma expectativa de uma vida social fora
do presídio. Mas, para que isso ocorra, é necessária uma melhoria na criação e
aplicação de institutos jurídicos, como por exemplo, a pena alternativa ou políticas
públicas eficientes, capazes de proporcionar a inclusão social. Referenciais teórico-
metodológicos: fora utilizado como fonte de estudo o princípio constitucional
norteador da aplicação da pena, presentes nas obras de Fernando Capez (CAPEZ,
2012), Edilson Mougenot (BONFIM, 2009, p. 04). Rogério Sanches Cunha (2016, p.
100) e Guilherme de Souza Nucci (2016, p. 72). A pesquisa bibliográfica possui o
método jurídico-dedutivo, numa concepção micro analítico acerca do presente
assunto, e ainda, como procedimento técnico a análise da questão, teórica e
interpretativa, buscando sugestões como meios alternativos para a solução da
problemática. Resultados alcançados: Atualmente à medida que vem se tornando
mais viável é a implantação das penas substitutivas para os apenados de baixo
potencial ofensivo, medida está importada do Reino Unido, possuindo caráter
educativo, sem perder o foco punitivo, e socialmente útil, tendo em vista que não
segrega o condenado do convívio social e não o expõe ao catastrófico sistema
penitenciário. Porém para que este alcance sua finalidade é necessária que o Estado
ofereça condições dignas para os apenados, como por exemplo, alimentos, vestuários
e instalações higiênicas. Deste modo a pena cumprirá com seu papel sem necessidade
de ser injusta ou cruel. E ainda, tem-se a figura de duas outras medidas como meio
eficaz para a solução de conflitos, sendo Justiça Restaurativa, onde ela se materializa
por meio de um processo, fazendo presente a figura da justiça, sociedade civil,
entidades de assistência socioeducativa, bem como a comunidade, onde juntos
buscam o dialogar e compreender a responsabilidade, e a melhor forma para reparar o
dano, buscando então, um equilíbrio entre a vítima e o ofensor e a Ressocialização
por meio da Educação, onde há a possibilidade de instaurar um projeto educacional
que valorize as aptidões do detento e desenvolva suas potencialidades, possibilitando
a sua mobilidade social, tornando-o apto ao mercado de trabalho, resgatando a
autoestima e a consciência de si como ser humano digno e autônomo, assim ao
estimular o apenado desenvolver-se como pessoa, facilitará seu retorno à sociedade
quanto finda sua pena. Contudo, mesmo diante da crise do sistema, ainda não se deve
falar em abolição da pena restritiva de liberdade, sendo que algumas medidas sempre
vêm à tona no intuito de tentar minimizar as mazelas do sistema e a estigmatização
dos apenados.

Bibliografia Utilizada

ALVES. Moisés Machado. Justiça restaurativa: novo método de solução de


conflitos. Portal Boletim Jurídico, ano XIII, nº 10, mai/Jun, 2012. Disponível
em:http://www.boletimjuridico.com.br. Acesso em 12 de abril de 2018. p. 05/06

BATISTA, Nilo. Introdução Crítica ao direito penal brasileiro. 11. ed. Editora
Revan, 2007

BITTENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão: causas e


alternativas, 4 a Ed. São Paulo: Saraiva, 2011, 378 páginas.

BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de Processo Penal. 4. ed. São Paulo: Saraiva,
2009.

CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 16. ed. São Paulo:
Saraiva, 2012.
COSTA, João Paulo Santana Nova Da. O Sistema Penitenciário E A Ineficácia Da
Ressocialização Dos Condenados Do Distrito Federal. Disponível no
site:http://www.repositorio.uniceub.br/bitstream/235/4198/1/Jo%C3%A3o%20Paulo
%20Santana%20Nova%20da%20Costa%20RA%2020809850.pdf. Acesso em: 17
abr. 2018.

CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal: Parte Geral. Volume Único. 4.
ed. Salvador: Editora JusPodivm, 2016.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 12. ed. Rio de Janeiro:
Editora Forense, 2016.

MIRABETE, Júlio Fabbrini. Execução Penal: Comentários a Lei Nº 7.210, de 11-


07-84, 11ª Ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2004, 874 páginas.

ZAFFARONI, Eugênio Raúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito


penal brasileiro: Parte Geral. 11ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.
ALIMENTOS GRAVÍDICOS E A LEI NO ORDENAMENTO JURÍDICO

Edcleia Almeida da Silva Rodovalho

Linha de Pesquisa
DIREITO CIVIL, DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Palavras-chave
Alimentos; Gestação; Nascituro

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Instituição Acadêmica de Direito das Faculdades Integradas de Rondonópolis – MT,
Fair/Uniasselvi – MT

RESUMO:
Introdução: Este pôster tem por objetivo principal demonstrar sobre os alimentos
prestados a mãe com objetivo final ao filho, com respaldo do futuro pai, em razão das
circunstâncias geradas no decorrer da gravidez. Os direitos da mãe gestante em
relação a esses alimentos a ela prestados e todo o recebimento desses alimentos que
ela terá antes do nascimento do filho. Problema de pesquisa: Muitas gestantes não
tem o devido conhecimento de que, durante a sua gestação, ela e o nascituro, têm
direitos perante a Lei 11.804/08, a receber alimentos do suposto pai, para devidos
procedimentos no decorrer da gravidez, como por exemplo, consultas médicas,
exames de rotina, acompanhamento psicológico, vestuário, entre outros. Mas por que
muitas mulheres gestantes não optam por uma ação judicial para recebimento desses
alimentos? Será por insegurança? Será que existe outro fator para não ingressar com
ação judicial? Uma mulher enquanto gera uma vida, acaba levando consigo inúmeros
problemas, como, gastos excessivos, tensão psicológica e até mesmo uma gravidez de
risco. Ademais disso, é de suma importância para a sociedade, é o respeito que a
gestante deve ter diante da situação em que ela se encontra. Objetivos: Este trabalho
científico tem como objetivo informar e mostrar a comunidade jurídica, as
necessidades da mãe gestante em conhecer e passar a usufruir e o direito dos
alimentos pagos a ela, com objetivo final o bebê. Analisando a necessidade durante a
gestação e do nascituro em relação aos alimentos pago pelo genitor e explicar como
identificar os pontos principais da importância desses alimentos pagos aos mesmos.
Referenciais teórico-metodológicos: Adaptação do devido processo civil na base
familiar e da dignidade da pessoa humana, com o estudo, pelo marco teórico
constitucional e civil, proposta nas obras de Clóvis Bevilaqua (Brasil-1980), Maria
Helena Diniz (Brasil-2005) e Alexandre de Moraes (Brasil-2001). A utilização da
pesquisa bibliográfica e do método jurídico-dedutivo, partindo-se de uma perspectiva
macro para uma concepção micro analítica acerca da temática ora em estudo e, por
fim, como procedimento técnico a análise da questão, teórica e interpretativa,
buscando sugestão para a solução do assunto destacado. Resultados alcançados:
Pode-se dizer que há a necessidade e não só uma, mas sim várias devidas à mulher
gestante, esclarecendo que, todas, sem exceção, tem esse direito, de receber do
suposto pai, os alimentos devidos por ele, chegando a um resultado alcançado que de
a sociedade passe a entender que as mulheres tem esse direito, durante a gestação, a
preparação para o parto e após o nascimento da criança, a devida prestação passa a ser
alimentícia para seu filho.

Bibliografia

BEVILAQUA Clóvis, Manual de Direitos das Famílias, 1980,


DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. V. V, Direito de Família.
20. ed. São Paulo: Saraiva, 2005,
MORAIS Alexandre de, Direito Constitucional, 2001.
UMA ANÁLISE ACERCA DO ATENDIMENTO NAS DELEGACIAS ÀS
MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA

Alessandra de Souza Vaz – ale-vaz@hotmail.com


Acadêmica do 1º semestre de Direito
UNIC – Rondonópolis/MT

Samira de Oliveira Mendes – samiraoliveiramentes@gmail.com


Mestranda no Programa de Pós Graduação em Geografia
Universidade Federal de Mato Grosso
Rondonópolis/MT

Linha de pesquisa
DIREITOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE

PALAVRAS CHAVE – atendimento humanizado – violência – segurança pública

INTRODUÇÃO

Observa-se no art. 3º da Constituição Federal: “I) construir uma sociedade livre, justa e
solidária; II) garantir o desenvolvimento nacional; III) erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV) promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (grifo nosso)
Conforme questiona Beauvoir (p. 10, 1970): Que é uma mulher? Se quero definir-me, sou
obrigada incialmente a declarar: "Sou uma mulher".
“Qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual
ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado” é considerada violência contra
a mulher (Pitanguy, 2002 apud Prates, 2013, p. 15).
Entendemos que o Estado tem um compromisso social com os cidadãos, buscando atender
os interesses da coletividade, dentro de uma sociedade politicamente organizada.
No entanto, o papel do Estado, na prática, infelizmente não é cumprido. A violência contra a
mulher é um grave problema, afeta milhões de brasileiras, e os casos são pouco relatados.
Vimos um avanço na história da luta das mulheres pela igualdade e direitos, através de
acordos e pactos internacionais, a Lei 11.340/2016 (Lei Maria da Penha) e recentemente, com a Lei
13.104/2015, que alterou o art. 121 do Código Penal, instituindo o feminicídio como circunstância
qualificadora de homicídio.
Porém, mesmo com a divulgação, campanhas de conscientização, criação de Delegacias
Especializadas para a realização de atendimento humanitário às vítimas, ainda há um longo
caminho a percorrer para que se conscientizem seus parceiros a não submeterem suas companheiras
a nenhum tipo de violência, seja ela moral, patrimonial, física, psicológica ou sexual.

PROBLEMA DE PESQUISA:

A prevenção da violência de gênero seria o caminho ideal para que houvesse um pleno
desenvolvimento social.
Porém, quando a violência ocorre, e o ato já foi consumado, é importante focar no reparo do
dano, proporcionando um atendimento humanitário à vítima, na defesa de seus direitos.
A violência doméstica afeta todas as áreas da saúde da mulher. Muitas vítimas não têm
coragem, força ou atitude de denunciar as agressões sofridas.
Tais agressões são um problema complexo, que necessitam de cuidados, atendimento
médico, psicossocial e também de segurança pública e justiça, a fim de coibir a prática, prevenirem
novos eventos e proteger as mulheres para que possam viver sem violência.
Esses atendimentos realizados pelos profissionais, entre eles os policiais, devem ser
executados com excelência, pois as mulheres já se encontram fragilizadas, e assim, ao chegar à
Delegacia, esperam encontrar a união entre a qualidade no atendimento técnico e a empatia, pois
dessa forma o profissional poderá compreender de forma objetiva e racional a situação em que a
vítima fora acometida.

OBJETIVO:

Investigar a realidade do atendimento às mulheres vítimas de violência sob a ótica policial


Realizar levantamento de dados quantitativos sobre a violência contra a mulher no Brasil

MÉTODO:

Trata-se de um estudo qualiquantitativo em processo de desenvolvimento. Têm sido


realizadas pesquisas bibliográficas de pesquisas que contribuem com o tema proposto e pretende-se
ainda elaborar entrevistas para serem aplicadas junto aos policiais das Delegacias de
Rondonópolis\MT.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Conforme o Guia de referência para o atendimento a mulheres em situação de violência,


elaborado pelo Instituto “Sou da Paz”, a organização que recebe mulheres vítimas de violência tem
quatro tarefas principais: identificar o problema, acolher a vítima, encaminhar e monitorar os casos.
Para isso, deverá: sensibilizar seus profissionais, definir instrumentos de registro, definir
estratégias para acolher as mulheres e encaminhar e monitorar/ acompanhar os casos.
Através de pesquisa e estudos realizados até o momento, e de situações de vivência
cotidiana, pode-se afirmar que há falta de estrutura, protocolos de atendimento e orientação aos
operadores para o cumprimento das normas técnicas.
Os policiais têm dificuldade em ouvir queixas, pois são constantemente interrompidos
durante o procedimento, e em cidades menores que não possuem Delegacias Especializadas, são
responsáveis por realizar todo o trabalho dentro da Unidade Policial, e com o número de servidores
está abaixo do necessário para suprir a demanda de serviço, torna-se inviável designar um servidor
para desempenhar apenas ou exclusivamente esse atendimento, e consequentemente, da mesma
maneira, capacitá-lo para esse fim, para com isso não prejudicar os demais procedimentos
realizados na Unidade.

Pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (DataSenado, 2013) - Dossiê Violência contra as Mulheres

Percebe-se que a responsabilização do homem pela violência contra a mulher não basta,
apenas. Deve haver a desconstrução de estereótipos de gênero (papéis masculinos e femininos), a
conscientização de que a violência contra a mulher, além de crime grave, é também uma violação
aos direitos humanos.
Dessa forma, ações educativas e preventivas que buscam reprimir o problema em duas
frentes devem ser aplicadas, evitando que o agressor volte a reincidir no crime, em sentido
imediato, e que mude a sua mentalidade, numa visão a médio e longo prazo.
Nesse mesmo sentido, a ONU Mulheres no Brasil, em apoio à Agenda 2030, está
desenvolvendo a iniciativa “Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de
gênero”, voltada a líderes mundiais, governos, empresas, universidades, sociedade civil e mídia,
para a celeridade de medidas concretas em favor dos direitos de mulheres e meninas.
O tema violência contra mulheres está inserido no eixo Paz, que prioriza a promoção de
ações nas áreas de segurança pública, com proteção aos direitos humanos para todos e todas.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:


Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo: 1. Fatos e Mitos. 4. ed. PARIS: LIBRAIRIE
GALLIMARD, 1970. 10 p. v. 1.
Disponível em: <http://brasil.indymedia.org/media/2008/01/409660.pdf>.
Acesso em: 01 maio 2018.

PITANGUY, Jacqueline. Gênero, cidadania e direitos humanos. In: BRUSCHINI, Cristina;


UNBEHAUM, Sandra G. (Org.). Gênero, democracia e sociedade brasileira. São Paulo: FCC: Ed.
34, 2002. p. 109 -119.

INSTITUTO SOU DA PAZ. Guia de referência para o atendimento a mulheres em situação


de violência. São Paulo: 2010.
<http://www.soudapaz.org/upload/pdf/guia_mulher.pdf>
Acesso em 01/05/2018.

Marco de parceria das nações unidas para o desenvolvimento sustentável 2017-2021.


Organização das Nações Unidas. Brasília, 2016
<http://www.onumulheres.org.br/onu-mulheres/documentos-de-referencia/>
Acesso em 01/05/2018.
A REALIZAÇÃO DAS AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA COMO FORMA DE
EVITAR O ENCARCERAMENTO PROVISÓRIO EM MASSA.

AUTORES: LAIS THALIA LIMA BARBOSA

UNIC RONDONÓPOLIS - GRUPO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS CRIMINAIS

RONDONÓPOLIS - MT

DIREITO PROCESSUAL PENAL

INTRODUÇÃO:

A audiência de custódia se encontra ratificada em diversos tratados internacionais


confirmados pelo Brasil, em respeito aosdireitos humanos. Um desses importantes
tratados é oPacto de São José da Costa Rica de 1969 – Decreto nº678 de 06-11-1992.
Ele traz em seu Art. 7º, 5,o seguinte:"Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida,
sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer
funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser posta
em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser
condicionada a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo". E no mesmo
sentido o Pacto Internacional sobre Direito Civis e Políticos de Nova York de 1966, em
seu Art. 9, parágrafo 3º - Qualquer pessoa presa ou encarcerada em virtude de infração
penal deverá ser conduzida, sem demora, à presença do juiz ou de outra autoridade
habilitada por lei a exercer funções judiciais e terá o direito de ser julgada em prazo
razoável ou ser posta em liberdade.

Merece destacar a relevância da presente pesquisa já que asaudiências de custódia estão


ocorrendo noBrasil, sendo que um dos seus objetivos éevitar o encarceramento
provisório em massa, uma vez que é sabido dos efeitos nefastos das prisões para
condição humana e reincidência delitiva. Destarte, asprisões preventivas das pessoas
que aguardam um julgamento não deverão constituir a regra, mas,suasoltura poderá
estar condicionada a garantias que assegurem o comparecimento da pessoa em questão à
audiência, a todos os atos do processo e, se necessário for, para execução da sentença.

PROBLEMA DE PESQUISA

Após a prisão, quanto tempo se leva para a apresentação do segregado à autoridade


judiciária para a realização da audiência de custódia? Existe ordenamento pátrio sobre o
tema? É possível afirmar que por meio da audiência de custódia se diminui o
encarceramento provisório?

JUSTIFICATIVA

No Brasil a audiência de custódia ainda não é regulamentada por lei, mas há um projeto
tramitando no congresso ( PLS nº 554/2011). Contudo,em fevereiro de 2015 o CNJ
lançou um projeto que garantiria a realização da audiência de custódia no Brasil.Após
um ano na data de 01/02/2016, entrou em vigor a resolução que regulamentou as
audiências no Poder Judiciário, entrando em vigor no prazo de 90 dias, para os
Tribunais de Justiça, Regionais eFederais para se organizarem a respeito do
procedimento na realização da audiência de custódia. Ela ocorresomente quando for
prisões em flagrante delito, com a apresentação do réu perante o juiz no prazo de até 24
horas após o delito,para que a autoridade judiciária avalie a legalidade e necessidade da
manutenção da prisão. Caso o juiz entenda que deva ser mantido o encarceramento,
deve converter a prisão em flagrante em preventiva invocando os fundamentos legais
das medidas cautelares de exceção (fumus comissi delicti e periculum libertatis).São
Paulo já vem realizando a audiência de custódia desde o ano de 2014, por determinação
do Tribunal de Justiça que sanou o provimento conjunto nº 03/2015. Desde então houve
uma redução em 45% no número de prisões no Estado. Em Mato Grosso por
determinação do Tribunal de Justiça as audiências de custódia começaram de maneira
pioneira na cidade de Cuiabá-MT e depois passaram para o interior, ocorrendo em todas
as cidades do Estado. Após a entrada em vigor da resolução cada estado foi se
adequando, conforme a necessidade. Segundo o site do Congresso Nacional entre 1990
à 2013, o crescimento da população carcerária no Brasil foi 507% a segunda maior taxa
de crescimento prisional do mundo, mas ainda há déficit de 206.307 vagas no sistema
carcerário.

OBJETIVO

Aferir por meio da pesquisa a incidência das audiências de custódia como forma de
diminuição do encarceramento provisório de massa.

MÉTODO

O método será o dedutivo com pesquisa bibliográfica.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Essa pesquisa visa esclarecer a todos os benefícios da audiência de custódia, como


forma de redução do encarceramento provisório de massa. Sabe-se que o Brasil é um
dos países que a população carcerária cresceu muito nos últimos anos. Segundo site do
Congresso Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil ocupa o terceirolugar entre os países com
maior contingente de pessoas presas, atrás somente dos Estados Unidos e Rússia.
Ademais, o Brasil tem mais de 19 cidades tidas como as mais violentas do mundo. As
maiores taxas de homicídiono Brasil ocorrem em ordem decrescente(João Pessoa,
Maceio, Fortaleza, São Luiz, Natal, Vitória, Cuiabá, Salvador, Belém, Teresina, Goiana,
Recife, Campina Grande, Manaus, Porto Alegre, Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba e
Macapá). Não é somente os dados de criminalidade que assustam, mas também o estado
dos presídios no Brasil, tidos como exemplo de um estado de coisas inconstitucional
como já afirmou o próprio Supremo Tribunal Federal – STF.

AConstituição Federal em seu artigo 5º no Caput, Incisos III e XXXVgarante que todos
são iguais perante a lei e com isso vinham se discutindo sobre a audiência de custódia
desde o ano de 2011, porém com a alta demanda no crescimento carcerário só entrou em
vigor em 2016, apesar de alguns Estados já aterem adotado antes do decreto ser
aprovado. O Estado de Mato Grosso começou no ano de 2015 e na segunda maior
cidade do Estado as audiências começaram a ser feitas no ano de 2017, como o objetivo
de reduzir a população carcerária, bem como aferir as prisões ilegais.

No ponto de vista da Polícia preventiva e Polícia Judiciária, a audiência de custódia tem


o movimento contrário, não somente para a polícia, mas para apopulação que traz
tamanha insegurança até mesmo na realização de registro de ocorrência. Já pra quem
está no dia-a-dia fala-se em:“prende de dia e de já está solto a noite”. Para a polícia, de
modo geral,o índice de criminalidade não diminui com as realizações da audiência e
nem mesmo a população carcerária e que isso só é uma forma de relaxamento das
prisões, sendo que deveria haver uma mudança no sistema penitenciário, construindo
novos presídios, até mesmo se adequando aos procedimento dos reeduncandos, para que
haja uma estatística positiva na reintegração dos reeducandos na sociedade.

Portanto a audiência de custódia, não é somente um procedimento banal, vemos que ela
tem um contexto histórico, que visa a segurar o direito da dignidade da pessoa humana
easegurar que o réu não "caia"dentro de um sistema penitenciário tão insalubre e
desumano, como são os presídios do nosso país, para que haja uma segunda
oportunidade de auto avaliação sobre sua conduta independente da infração penal
cometida. Contudo esperamos a formalização da (PLS nº 554/2011) que as audiências
de custódia não seja apenas mero procedimento temporário.

REFERÊNCIAS:

http://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario-e-execucao-penal/audiencia-de-
custodia/perguntas-frequentes

http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI239559,41046-
Audiencia+de+custodia+o+que+e+e+como+funciona

Constituição Federal 1988- Artigo 5º Caput,inciso III e XXXV. Editora Saraiva, edição
24º/2017.

Pacto de São José da Costa Rica 1969- Decreto nº678,de 06-11-1992, Artigo 7°
parágrafo 5º. Editora Saraiva, edição 24º/2017.

Pacto Internacional sobre Direito Civis e Políticos de Nova York de 1966,Art. 9,


parágrafo 3º. Editora Saraiva, edição 24º/2017.
LESÃO CORPORAL E AMEAÇA CONTRA MULHERES NO MUNICÍPIO DE
JACIARA-MT E OS ASPECTOS DA LEI N° 11.340/06

Autores
Janaina de Souza (FAIR-UNIASSELVI) - janainasouzapjc@gmail.com
Jessica da Silva Rodrigues (FAIR-UNIASSELVI) - jessicareceprodrigues@hotmail.com

Orientadora
Priscilla Perez Góes (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direito Penal e Processo Penal - Criminologia e Políticas Públicas.

Palavras Chave
Violência doméstica; Ameaça; Lei Maria da Penha.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A cada dia que passa, é notável como a violência doméstica contra mulher
vem cada vez crescendo nas cidades brasileiras. Pensando nisso, este trabalho científico vem
para fazer um estudo mais detalhado a respeito do tema, escolhendo a cidade de Jaciara-MT,
como fonte de estudos, levando em consideração a violência doméstica ocorrida neste local.
A “violência contra a mulher” é todo ato de violência praticado por motivos de gênero,
dirigido contra uma mulher (Gadoni-Costa & Dell’Aglio, 2010, p. 152). A maioria das
vítimas permanece coagida a um relacionamento baseado, muitas vezes, na dependência
financeira e emocional, levando a eventos cíclicos de violência. Na maior parte dos casos, a
violência foi cometida pelo próprio parceiro, na residência (Côrtes, 2012).
Tendo como fonte a própria Lei n° 11.340 (Lei Maria da Penha) mais conhecida como “Lei
Maria Da Penha’’, que carrega consigo a triste história da Farmacêutica Maria da Penha Maia
Fernandes que foi, por anos, vítima de violência doméstica.
Em 1983, Maria da Penha Maia Fernandes sofreu duas tentativas de homicídio do seu então
marido Marco Antônio Heredia Viveros, que, em razão das agressões, cominou com
paraplegia de Maria da Penha. Diante disso, a vítima tomou coragem e denunciou o agressor,
quando então conseguiu uma ordem judicial para deixar o lar que coabitava com seu agressor.
Como a época não havia lei que regulamentava os crimes no âmbito familiar o processo ficou
sem solução por anos.
Tais fatos, tornaram ponto de partida para que entidades como o Centro pela Justiça e Direito
Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher
(CLADEM) conjuntamente com a vítima, encaminharam o caso a Comissão Interamericana
de Direitos Humanos (OEA). Com isso, o organismo Internacional fez diversas
recomendações através do relatório n° 54/01. Sendo acatadas pelo Governo Brasileiro na
forma da Lei 10.886/2004, que foi alterado o artigo 129, §9° do Código Penal, o que cominou
com a elaboração da Lei Maria da Penha em 2006.
Com o advento da Lei Maria da Penha, foi estabelecido mecanismos para coibir e prevenir a
violência doméstica e familiar contra mulher, trazendo como umas das formas de garantia de
proteção as medidas protetivas, sendo que estas podem, inclusive, ser determinada pelo
Delegado de Polícia no momento da confecção do Boletim de Ocorrência.
Neste contexto, vale frisar que a Lei em comento, enquanto meio de proteção, serve para
encorajar as mulheres vítimas de violência familiar a denunciar seus algozes.
Por fim, vale destacar que, além da Lei Maria da Penha, o Poder Público dispõe de apoio
psicológico através da Secretaria de Estado Trabalho e Assistência Social (SETAS), cujo
aspecto visa dar apoio as mulheres vítimas da violência domésticas.
PROBLEMA DE PESQUISA: O Poder Público, especialmente da cidade de Jaciara-MT,
através da aplicação da Lei Maria da Penha, tutela substancialmente a mulher no âmbito
doméstico?
OBJETIVOS: Fazer um levantamento quantitativo, por meio de dados coletados na
Delegacia de Polícia Civil de Jaciara-MT, quanto as ocorrências de casos de ameaça e lesão
corporal no seio familiar, para saber se, o Poder Público, nesta cidade, está tutelando a mulher
no âmbito doméstico, a fim de verificar quais são as deficiências ainda encontradas neste
sistema.
MÉTODO: Utilizou-se da metodologia de pesquisa bibliográfica e por meio de levantamento
de dados sobre a violência doméstica ocorrida do município de Jaciara-MT, através de
estudos dos Boletins de Ocorrências realizados em 2017, os quais foram analisados nos dias
16 e 17 do mês abril do corrente ano. A abordagem teve o aspecto quantitativo. E, para a
elaboração da pesquisa, teve-se a colaboração dos escrivães de Polícia Civil e do Delegado
Titular lotados na Delegacia de Polícia Civil do referido Município.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Através do presente trabalho realizado na Delegacia de
Polícia Civil do Município de Jaciara-MT, com o escopo de averiguar quais são indicies de
ocorrências de ameaças (artigo 147 do CP) e lesão corporal (artigo 129 do CP) contra a
mulher no seio familiar, no ano de 2017, apontaram que, dos 413 casos analisados cerca de
41,17% trata da ocorrência de lesão corporal, enquanto 48,9% envolve casos de ameaça.
Sendo assim, provavelmente, o resultado encontrado em relação a tutela do Poder Público
relacionado a mulher no âmbito doméstico está sendo ineficaz, não pelo fato da Lei Maria da
Penha ser branda, mas sim pela má execução da norma.

REFERÊNCIAS

CÔRTES, G. R. (2012). Violência doméstica: centro de referência da mulher “Heleieth


Saffioti”. Estudos de Sociologia, 17(32), 149-168.

GADONI-COSTA, L. M. & Dell’Aglio, D. D. (2010). Mulheres em situação de violência


doméstica: vitimização e coping. Interinstitucional de Psicologia, 2(2), 151 – 159.

SECRETARIA DE ESTADO E TRABALHO E ASSISTÊNCIA SOCIAL. Disponível em:


<http://www.setas.mt.gov.br/>. Acesso em: 01 de maio 2018.

COMISSÃO INTERNAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS – OEA. Relatório n°


54/01. Brasil, 04 de abril de 2001.
Ética Cristã e a Pena de Morte

Autores: Alessandra Alves Dos Reis Barroso (FAIR-UNIASSELVI)

Mayara Fernanda de Jesus (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição: Faculdades Integradas de Rondonópolis - (FAIR-


UNIASSELVI)

Palavras Chave: Ética Cristã; Pena de Morte: Deus: Bíblia;

Local onde está sendo realizada a pesquisa: Programa de iniciação


cientifica do curso de graduação em Direito da Faculdade Integrada
de Rondonópolis – (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

Introdução:

Sabemos que a vida humana é o ponto de partida para os todos os direitos da


pessoa. Logo o direito a vida deve estar assegurado tornando-se possível a
existência de outros valores. São direitos que nascem com o homem, e o
acompanha durante todo seu viver. Sob a ótica da Ética Cristã veremos que o
assunto acerca da pena de Morte, vai muito mais além do que um simples
posicionamento a favor ou contra, pois ela “é a ciência que tem por objetivo
orientar o homem, quanto às reivindicações da Bíblia Sagrada acerca de sua conduta
pessoal, familiar e publica”. Mas o que a bíblia diz sobre a pena capital? Seria
Deus o Criador dela? Porque a ética cristã defende princípios contrários a ela?
Estaria Deus em contradição com a sua Palavra? Neste sentido fica
estabelecido a proposta de ver, Pena Capital sob a visão Ética, em ambos os
testamentos bíblicos.

Problema de Pesquisa:

Observa-se a que Proposta de Emenda à constituição (PEC) sobre Pena de


Morte é um assunto que mexe com as emoções das pessoas, e nesse
emocional volúvel a mídia insere sua ideologia, apresentando soluções
emergenciais, passando para a população uma certeza de segurança pública.
A verdade é que hoje sociedade corre atrás de respostas, deseja justiça e
vingança. Para muitos, executar os criminosos, por crimes hediondos, seria a
solução para falta de segurança publica. “Não seria justo que uma pessoa que
mata também morra?”. Mas quando o assunto é de Pena de Morte envolvendo
Ética Cristã, a bíblia tem algo a dizer sobre esse assunto, em Êxodo 20:13,
Deus disse, “Não mataras”, a mesma afirma ainda em Gênesis 9:6, “Quem
derramar sangue de homem, pelo homem terá o seu sangue derramado [...]”.
Diante destes argumentos alguns tende afirmar que Deus é o criador da pena
capital, e que Ele próprio usou-a para punir infratores da lei no Antigo
Testamento. No Novo Testamento também vemos a pena capital sendo
aplicada varias vezes como dispositivo punitivo até mesmo de inocentes. Mas a
Ética Cristã é conduzida por princípios bíblicos, que está na contra mão de
muitas ideias. Não seria possível tirar conclusões sem estudar a fundo o que
ambos os testamentos estão a dizer. Se olharmos para o que diz I Samuel 2:6
veremos a soberania de Deus em relação a vida humana, pois assim está
escrito “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar
a subir dela.”

Objetivo Geral: Compreender o que Velho Testamento e o Novo Testamento


dizem a cerca da Pena Capital. E qual é a visão da ética cristã sobre esse
assunto.

Objetivos Específicos:

• Comparar a visão da Pena de morte em ambos os testamentos bíblico


• Analisar o caráter da pena de morte nos textos bíblicos
• Verificar quais princípios a ética cristã defende.

Método: Revisão de literaturas bíblicas e pequenos estudos teológicos.


Resultados alcançados: Devido aos questionamentos sobre a pena de
morte e o posicionamento do homem sob a ótica da ética cristã, surge então à
necessidade de se analisar o que a bíblia diz sobre o assunto, já que ela
própria é a base e onde se originou as primeiras leis para a sociedade é
também o manual de fé para o homem. Como já vimos, alguns textos bíblicos
parece concordar com a pena capital porque está escrito em Êxodo 20:13,
“Não mataras”, a mesma afirma em Gênesis 9:6, “Quem derramar sangue de
homem, pelo homem terá o seu sangue derramado [...]”. Com tudo a ética
cristã nos leva mais além sobre esse assunto. Espera-se mostrar neste
trabalho a perspectiva bíblica a cerca da Pena de Morte e o aspecto sacro da
vida. O mesmo é de grande relevância pra a área do direito, pois contem bases
e princípios que norteiam leis no que diz respeito ao direito penal e direitos
humanos. Contribui com a sociedade mostrando a importância dos relevantes
princípios que encontramos na bíblia, que direciona o homem a uma ótica
diferente da qual temos visto. A bíblia é o manual de fé, conduta e preceitos
para o homem, envolve-la nessa questão da pena capital não é constrangedor,
pois é dela que surgiram muitas das leis que hoje regem nosso País. Saber
lidar com as questões da vida em sociedade através da bíblia é muito mais
prazeroso e compensativo. Pois ela não só mostra a saída como nos ensina a
chegar nela.

Referencias:

BÍBLIA, Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução de


João Ferreira de Almeida. Edição ver. E atualizada no Brasil. Brasília:
Sociedade Bíblia do Brasil, 1969. Acesso dia 29/04/2018.

Revista lições Bíblicas, adultos para o 2º trimestre/2018. Acesso dia


29/04/2018.

O que é Ética Cristã https://artigos.gospelprime.com.br Acesso dia 30/04/2018


ACESSIBILIDADE A PRÉDIOS PÚBLICOS NA CIDADE
DE RONDONÓPOLIS-MT

Autores
Bruno Moschen Flores (FAIR-UNIASSELVI)
Fiama Lorraine Martins (FAIR-UNIASSELVI)

Orientadora
Priscilla Perez Góes (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direitos Humanos e Sustentabilidade: Justiça Social: Cidadania, Dignidade da Pessoa
Humana, Direito à vida, movimentos sociais, políticos e humanitários.

Palavras Chave
Pessoas com Deficiência. Acessibilidade. Prédios públicos.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade
Integrada de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO
A acessibilidade de pessoas com deficiência a todos os locais está previsto no Tratado
Internacional de Pessoas com Deficiência sendo que pode ser encontrado no tópico 9,
onde diz que:

Os Estados partes também tomarão medidas apropriadas para:


a) Desenvolver, promulgar e monitorar a implementação de
normas e diretrizes mínimas para a acessibilidade das
instalações e dos serviços abertos ao público ou de uso
público;
b) Dotar os Edifícios e outras instalações abertas ao público
ou de uso público de sinalização em Braille e em formato de
fácil leitura e interpretação.

Sabendo disso, o presente trabalho tem o intuito de verificar a atual situação dos
prédios públicos em Rondonópolis-MT em relação a acessibilidade de pessoas com as
mais diversas formas de deficiência.
PROBLEMA DE PESQUISA
Os prédios públicos de Rondonópolis-MT possuem acessibilidade para pessoas com
deficiência? Esses locais estão prontos para todo tipo de necessidade, uma vez que
existem diversos tipos de deficiência? Se não, quais as adaptações mais urgentes para
que todos tenham acesso aos serviços oferecidos de forma igualitária? Segundo Luiz
Henrique Lima, “o tema da acessibilidade é uma das questões centrais para a
qualidade de vida e o pleno exercício da cidadania pelas pessoas portadoras de
deficiências (PPDs)”. Ele ainda completa, dizendo que “as dificuldades de locomoção
nas vias públicas e de acesso aos transportes públicos, a par de inúmeros
constrangimentos, frequentemente, inviabilizam o exercício pelas PPDs dos direitos à
educação, à saúde e ao trabalho” (LIMA, Luiz Henrique, 2009).
Sendo assim, é imprescindível averiguar qual é a realidade da cidade de
Rondonópolis/MT, em seus prédios públicos, para ver se a dignidade das PPDs é
respeitada.
OBJETIVOS
Constatar a adequação dos prédios públicos em Rondonópolis-MT em relação ao
Tratado Internacional de Pessoas com Deficiência e, depois, verificar a condição dos
principais prédios públicos em relação a acessibilidade e constatar as principais
falhas, sugerindo meios para adequá-las, uma vez que essa adequação é de
fundamental importância, pois, sem elas, torna-se inviável a locomoção de pessoas
com necessidades. Faz-se necessário, também, porque a autonomia, a integridade
física, o bem-estar social de pessoas portadoras de deficiência ficariam
comprometidos, caso a acessibilidade não for plena.
MÉTODO
A metodologia a ser utilizada será fundamentada em um estudo descritivo baseado
em pesquisa bibliográfica de natureza exploratória por meio de leis, decretos, artigos
jurídicos, livros, doutrinas e jurisprudências sobre o tema. Também serão realizadas
vistorias in loco, com registro através de fotos e vídeos anexados ao fim dos
trabalhos.
RESULTADOS ALCANÇADOS
Um dos principais marcos da Declaração Universal dos Direitos Humanos foi, em 30
de março de 2007, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, sendo que foi assinada e ratificada pelo Brasil, passando a ter status de
Emenda Constitucional por força do § 3º do Art. 5º da Carta de 1988.
Uma das leis brasileiras que versam sobre Direitos as Pessoas com Deficiência é a Lei
nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece a promoção da acessibilidade
de pessoas portadoras de deficiência ou acessibilidade reduzida.
Sendo assim, acredita-se que, com a pesquisa e as vistorias em in loco, ficará evidente
a necessidade de maior adequação dos prédios públicos de Rondonópolis/MT, com a
devida acessibilidade para os portadores de deficiência, pois, infelizmente, não são
todos os lugares que possuem esta estrutura, o que acaba por ferir o Princípio da
Dignidade da Pessoa Humana de quem possui deficiência e acaba sendo “obrigado” a
se privar do seu direito de locomoção, de sua autonomia, de sua liberdade.
Pessoas que se sentem independentes, sem a constante necessidade de vigilância, de
ter que pedir sempre ajuda, (ás vezes se sujeitando a perigos por ter que pedir ajuda a
estranhos), serão cidadãos mais ativos, felizes, que acrescentarão muito a sociedade
na qual convivem, além, é claro, de se tratar de um direito fundamental, previsto na
Constituição, inciso XV do art. 5º, que assim dispõe: "É livre a locomoção no
Território Nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens".
Por sua importância inestimável, a acessibilidade deve sempre ser objeto de
discussão e melhorias, sendo que é este o objetivo deste artigo.

REFERÊNCIAS

LIMA, Luiz Henrique. Acessibilidade para pessoas portadoras de deficiências:


requisito da legalidade, legitimidade e economicidade das edificações públicas.
Publicado no endereço eletrônico www.revista.tcu.gov.br Set/Dez 2009, acesso em:
02 de maio de 2018.

www.conjur.com.br

www.pessoacomdeficiencia.gov.br

www.planalto.gov.br
HIV/AIDS E A DISCRIMINAÇÃO: OS DIREITOS HUMANOS FRENTE AO CRIME DE
DISCRIMINAÇÃO CONTRA PORTADORES DO HIV E DOENTES DE AIDS.

Autora: Maria Fernanda Queiroz e Silva

Coautor: Leonardo Correa França

Orientadora: Regina Nagayama

Instituição:

Projeto de Iniciação Científica do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas


Sobral Pinto – FAIESP/UNIC

Local:

Rondonópolis – MT

Linha de Pesquisa:

Direitos Humanos e Sustentabilidade

Palavras-chave:

HIV; Discriminação; Direitos Humanos;

RESUMO

Introdução: A presente pesquisa destina-se a analisar a situação discriminatória que os


portadores do HIV e doentes de AIDS vêm sofrendo no Brasil desde o surgimento do diagnóstico
da doença em 1980, época em que contrair o vírus da imunodeficiência humana além de sofrer
discriminações era basicamente suportar agressões severas aos próprios Direitos Humanos
Fundamentais. Problemas de Pesquisa: Aplicabilidade da Lei n° 12.984/2014 frente às condutas
discriminatórias contra portadores do HIV e doentes de AIDS. Objetivo: Este trabalho tem como
objetivo enaltecer a importância da criação da lei nº 12.984/2014, frente aos atos
discriminatórios contra os portadores do HIV e doentes de AIDS cooperando para que esses
grupos vulneráveis tenham seus Direitos Humanos fundamentais garantidos, proporcionando
uma vida igualitária no nosso Estado Democrático de Direito. Método: Nesta pesquisa,
aplicaram-se métodos bibliográficos e entendimentos jurisprudenciais sobre a referida lei, com
o objetivo de que esta metodologia proporcione conhecimento pertinente ao tema. Resultados
Alcançados: Por meio desta pesquisa demonstrou-se a contribuição da Lei 12.984/14 para a
tutela dos direitos dos portadores do HIV/AIDS, porém tal efetividade só será realmente
alcançada com um amplo trabalho de informação sobre a enfermidade para que a sociedade
compreenda de forma clara, evitando pré-conceitos e dúbias interpretações. Se a doença for
inteiramente compreendida, será mais fácil trabalhar na conscientização contra a discriminação
e o preconceito.
Referências:

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de DST e


Aids. HIV nos tribunais. Brasília, 1995. Disponível em: http://www.aids.gov.br acesso em:
30/05/2018.

CASADO FILHO, Napoleão. Direitos humanos e fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2012.

ANIEL, Herbert. Vida antes da Morte. Rio de Janeiro: ABIA, 1994.

MANN, Jonathan; TARANTOLA, Daniel J. M.; NETTER, Thomas W. (Org.). A AIDS no mundo. Rio
de Janeiro: Relume Dumará: ABIA: IMS, UERJ, 1993.

NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 10 ed. rev., atual, e
ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2017.
GUARDA COMPARTILHADA E SUAS PECULIARIDADES

Anjoeline de Oliveira Amorim; anjoeline.amorim@hotmail.com


Aline Hellen da Silva Vito; alinny-hellen@hotmail.com

Instituição:
Projeto de Iniciação Científica, do Curso de Direito das Faculdade Integradas de
Rondonópolis – FAIR/Uniasselvi - Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Local:
Rondonópolis - MT
Linha De Pesquisa:
Direitos Humanos e Sustentabilidade
Palavras-Chave:
Guarda compartilhada; Melhor interesse da criança e do adolescente; Poder familiar.

RESUMO:
Introdução: O tema abordado neste artigo é de suma importância, pois desperta o interesse
de toda a sociedade, permitindo o conhecimento abrangente e aprofundado sobre o
instituto da guarda compartilhada, visto que pouco se houve falar desse assunto, tanto na
jurisprudência quanto na doutrina. Entretanto, é de extrema relevância que a sociedade
possa compreender de forma mais detalhada sobre o instituto da guarda compartilhada,
tendo em vista que, esse tema é muito interessante no quesito de quebrar os paradigmas, de
que o menor deve ficar para sempre com apenas um dos genitores, e que deixe de ser
considerado como se fosse uma disputa entre os pais para obter a sua guarda. O estudo
apresentado é justificado através de motivos que proporcionam a possibilidade da guarda
compartilhada, trazendo assim uma grande melhoria na vida da criança, que poderá
conviver com ambos os pais, não precisando mais escolher entre um e outro para residir.
Problema da Pesquisa: Com o advento da lei nº 11.698/2008, foi feitas alterações nos
artigos 1.583 e 1.584 do Código Civil, trazendo a possibilidade da guarda compartilhada
sempre que por consenso, ou por disposição do juiz, e quando não houver acordo entre os
pais. Sempre que possível, a guarda deverá ser compartilhada, conforme dispõe o art.
1.584, § 2.Diante do exposto, e tendo em vista a grande importância do instituto da guarda
compartilhada, uma vez que a mesma acaba mudando a vida do menor, sendo assim, quais
as vantagens e as desvantagens adquiridas no instituto da guarda compartilhada, e de
acordo com a sua evolução jurídica, quais as suas peculiaridades juntamente com suas
principais mudanças de acordo com a nova lei 13.058/2014? Objetivo: O artigo tem como
objetivo geral discorrer e explicar quais as peculiaridades adquiridas com o advento da lei
13.058/2014, e através disso, identificar quais as vantagens e desvantagens desse instituto
baseado nos dias atuais, e como objetivos específicos, esclarecer todas as dúvidas acerca
do instituto da guarda compartilhada, demonstrando toda a sua importância nos tempos de
hoje; explanar e analisar todas as hipóteses cabíveis da guarda compartilhada, e por fim,
apresentar todas as normas jurídicas relevantes acerca do tema, sendo elas: doutrinas, leis,
jurisprudência e princípios. Método: O método de pesquisa utilizado foi o método
qualitativo, pois para que se chegue ao resultado almejado, foi preciso interpretar, analisar,
identificar, e explanar muito sobre o tema, já que o objetivo principal é compreender e
relatar todas as peculiaridades da guarda compartilhada no ordenamento jurídico. Já o tipo
de pesquisa adotado, foi à bibliográfica, a qual se desenvolveu através de artigos
científicos, doutrinas, jurisprudência que tratam sobre o tema, análises em fontes da
internet, normas jurídicas, a fim de que possa dar mais credibilidade e confiabilidade nas
informações abordadas no trabalho. Resultado Alcançado: Tendo em vista todos os
aspectos observados, torna-se claro que com o instituto da guarda compartilhada, o menor
poderá ter sua vida compartilhada entre os seus pais, de forma com que os mesmos
poderão participar ativamente, mesmo separados, de toda a sua formação e capacitação,
desde a educação, saúde, momentos de lazer, momentos de tristeza, ou seja, a criança irá
usufruir de todo amor, afeição e carinho dos seus genitores, diminuindo assim, todo aquele
sofrimento, transtorno, gerado pela separação de seus pais.
A maior convivência com os pais é extremamente vantajosa à criança, por isso a guarda
compartilhada permite que a parte que não mora com a criança tenha direito as finais de
semana alternados, a buscar a criança na escola uma ou duas vezes na semana e até dormir
com ela nesses dias. A criança continua tendo uma casa em que vive, e outra que ela possa
frequentar sempre. Contudo, o principal objetivo da guarda compartilhada, é que se evitem
brigas na escolha da guarda, e também uma forma de preservar o convívio diário, entre
pais e filhos, para que com isso se preserve o vínculo de afetividade entre eles. Sendo
assim, os objetivos desse artigo foram alcançados plenamente de forma satisfatória,
fazendo com que a sociedade possa olhar com outros olhos e quebrar aquela resistência na
escolha da guarda compartilhada.

Referências:
AKEL, Ana Carolina Silveira. Guarda compartilhada: Um avanço para a família: Atlas
2009.
BONAVIDES, Paulo. Ciência política.18. ed. São Paulo: Malheiros, 2011.
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
BRASIL. Código civil. Rio de Janeiro: DP&A, 2.ed.,2003.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
BRASIL. Lei n. º 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e
do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil. Brasília, DF, D.O. DE 16/07/1990, P. 13563.
BRASIL. Lei n. º 11.698, de 13 de junho de 2008. Altera os arts. 1.583 e 1.584 da Lei n o
10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, para instituir e disciplinar a guarda
compartilhada. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, D.O.U.
DE 16/06/2008, P. 8.
FONSECA, Antônio Cezar Lima. Direito da Criança e do Adolescente. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.
GRISARD FILHO, Waldyr. Guarda Compartilhada. 8. ed. São Paulo: RT, 2009.
KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da
pesquisa. 23. ed. Petrópolis: Vozes, 2006.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. D. A. Fundamentos de metodologia científica. 4. ed.
São Paulo: Atlas, 2007.
LEITE, Eduardo de Oliveira. Famílias monoparentais: a situação jurídica de pais e
mães solteiros, de pais e mães separados e dos filhos na ruptura da vida conjugal. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
MACHADO, Martha de Toledo. A Proteção Constitucional de Crianças e Adolescentes
e os Direitos Humanos. Baruere: Manole, 2003.
MONTEIRO, Washington de Barros; TAVARES, Regina Beatriz. Curso de Direito Civil:
direito de família. 41. ed. São Paulo: Saraiva,2011.
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: direito de família. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2013.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 10. ed. São Paulo: Atlas.
Título do Pôster
O SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO COMO UM ESTADO DE COISAS
INCONSTITUCIONAL E A AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA COMO MANEIRA
DE PREVENÇÃO AO ENCARCEIRAMENTO DESNECESSÁRIO

Autores
Bruno Ribeiro Borge (PROUNI - UNIASSELVI);
José Vinícius Pereira Costa Lima (PROUNI - UNIASSELVI)

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Projeto de Iniciação Científica em Direito da Universidade Uniasselvi,
Rondonópolis/MT.

Linha de Pesquisa

GARANTIAS FUNDAMENTAIS, DIREITOS HUMANOS E PROTEÇÃO A


INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL

Palavras-chave

Sistema prisional brasileiro; estado de coisas inconstitucional; audiência de custodia.

RESUMO:

Introdução: Através da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental


(ADPF) 347 ajuizada pelo Partido Socialista e Liberdade (PSOL), o STF reconheceu
o sistema prisional brasileiro como um estado de coisas inconstitucional, por estar
violando, de maneira massiva, direitos fundamentais garantidos tanto pela Carta
Magna, bem como por tratados internacionais, dentre eles a Declaração Universal de
Direitos Humanos. Destarte, determinou a liberação do saldo acumulado do Fundo
Penitenciário Nacional (FUNPEN) para utilização na finalidade para a qual foi criado
e a obrigatoriedade da audiência de custódia como uma maneira de inibir prisões
cautelares desnecessária. Certo que, o Estado não vem conseguindo manter seus
presídios com padrões mínimos de humanidade, desrespeitando a integridade física e
moral dos encarcerados, uma vez que umas das finalidades da pena é ter caráter de
ressocialização, para que futuramente o reeducando seja reinserido na sociedade.
Desta forma, a audiência de custodia surgiu, a fim de evitar prisões desnecessárias,
possibilitando ao magistrado melhor analise das circunstâncias das prisões do autuado
e sua conduta social, consequentemente tal medida trouxe mais segurança jurídica,
uma vez que visa garantir os princípios fundamentais estabelecido pelo ordenamento
jurídico pátrio.

Problema de pesquisa: A grande violação por parte do Estado quanto a proteção dos
direitos humanos, com prisões superlotadas, condições precárias de vida,
demonstrando sua incapacidade de amenizar a situação, pelo contrário, encarcerando
cada vez mais, tornando o Brasil o terceiro país do mundo com mais pessoas no
sistema carcerário, conforme dados do Levantamento Nacional de informações
Penitenciárias (Infopen). Coube ao judiciário intervir, por meio da ADPF 347,
visando garantir os direitos constitucionais de qualquer cidadão e os tratados
internacionais assinados pelo Brasil. A Audiência de custódia trouxe bons resultados
quanto à prevenção ao encarceramento desnecessário, entretanto a falta de servidores
no judiciário, faz com que nem sempre seja realizada.

Objetivo: Este trabalho científico visa despertar a discussão na comunidade jurídica


para mais soluções que possam contribuir e melhorar o sistema prisional brasileiro,
pois este foi declarado pelo STF como um estado de coisas inconstitucional.
Demonstrar como à audiência de custódia vem amenizando os males da cultura do
encarceramento do sistema judicial brasileiro, através de sua obrigatoriedade, porém
ainda não se efetivou totalmente no território nacional, não sendo aplicada em
algumas comarcas do país, uma vez que falta estrutura para os servidores e agentes
públicos para aplicar tal medida, pois a demanda é notoriamente alta. Assim, se faz
necessário uma lei para melhor regulá-la.

Método: A utilização da pesquisa bibliográfica e do método jurídico-dedutivo, tendo


como ponto inicial uma decisão judicial da suprema corte do país, portanto,
proporcionado uma análise teórica e interpretativa do tema abordado, com a
finalidade de buscar uma solução para o problema discutido.

Resultados alcançados: Verifica-se que há uma necessidade do Estado em melhorar


suas políticas públicas criminais, com o intuito de minimizar o encarceramento em
massa, visto que, o sistema prisional brasileiro está humanamente inabitável. Mesmo
sendo reconhecido pelo S TF, o sistema carcerário brasileiro como um estado de
coisas inconstitucional, foi concedido parcialmente os pedidos feitos através da ADPF
347, sendo eles a obrigatoriedade da audiência de custódia e a liberação das verbas do
FUNPEN. Outrossim, a audiência de custódia proporciona uma solução satisfatória, a
fim de evitar o encarceramento ilegal e desnecessário, conforme demonstrado através
de dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Referências

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Entenda a decisão do STF sobre o sistema


carcerário brasileiro e o Estado de Coisas Inconstitucional. Dizer o Direito.
Disponível em: http://www.dizerodireito.com.br/2015/09/entenda-decisao-do-stf-
sobre-o-sistema.html . Acesso em: abril de 2018.

STF. Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/9/2015
(Info 798)

CAMPOS, Carlos Alexandre de Azevedo. O estado de coisas inconstitucional e o


litígio estrutural. Revista Consultor Jurídico, 1º set. 2015. Disponível em:
http://www.conjur.com.br/2015-set-01/carlos-campos-estado-coisas-inconstitucional-
litigio-estrutural . Acesso em: abril de 2018.
CONJUR. Brasil tem a 3ª maior população carcerária do mundo, com 726.712 mil
presos. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2017-dez-08/brasil-maior-
populacao-carceraria-mundo-726-mil-presos . Acesso em: abril de 2018.

STRECK, Lênio Luiz. Estado de Coisas Inconstitucional é uma nova forma de


ativismo. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2015-out-24/observatorio-
constitucional-estado-coisas-inconstitucional-forma-ativismo . Acesso em: abril de
2018.

SILVA, Virgílio Afonso. O STF e o controle de constitucionalidade. Revista de


Direito Administrativo, n. 250, 2009.
RESPONSABILIDADE CIVIL NA REPARAÇÃO DE DANOS AMBIENTAIS.

Autores: Lhaysa Leslen de Menezes Sodré; Karinne Cordeiro Passos.


Instituição: UNIASSELVI- Rondonópolis.
Local de realização e pesquisa: CONADHS (CONGRESSO NACIONAL DE DIREITOS
HUMANOS E SUSTENTABILIDADE - UNIASSELVI RONDONÓPOLIS)
Linha de Pesquisa: Esfera Pública, Responsabilidade e Reparação.
Palavras Chave: Meio Ambiente; Reparação; Obrigação.

RESUMO
INTRODUÇÃO: O presente estudo realizado consiste em contribuir para a formação de
agentes ambientalmente responsáveis; visto que existe grande necessidade de inserir na
sociedade a importância do meio ambiente e, na ocorrência da sua degradação haverá uma
responsabilização levando o agente que praticou tal ato repare integralmente o meio ambiente
lesado, por meio da chamada responsabilidade civil. PROBLEMA DE PESQUISA: Na
atualidade com as crescentes demonstrações do poder destrutivo por parte de indústrias, entre
outros fatores, movidos principalmente pela ação humana, é de grande relevância que haja a
previsão de reparação legal, vemos essa previsão penal e administrativamente, porém a
abordagem dessa pesquisa é especificamente sobre a reparação civil e quais formas se darão
essa reparação. OBJETIVOS: A finalidade deste trabalho é apresentar o conceito de meio
ambiente no mundo jurídico, e consequentemente, demonstrar que tal ilícito consiste na
responsabilização do agente causador. Fazendo um histórico sobre a responsabilidade civil
regulada pelo Código Civil, posteriormente abrangendo a responsabilidade regulada pelo
direito ambiental na ocorrência de danos ambientais. Surgindo então, as formas de reparação
ambiental para tentar fazer com que o bem volte ao estado que anteriormente se encontrava ou
que o poluidor preste uma indenização em pecúnia pelo dano provocado. REFERÊNCIAS
METODOLÓGICAS: A pesquisa foi embasada na metodologia documental, com
referenciais doutrinários, fundamentando-se, especificadamente nas leis e políticas de proteção
ao meio ambiente, a fim de analisar de quais formas o Direito estará oportunizando a melhor
tutela ao meio. RESULTADOS ALCANÇADOS: Os estudos e abordagens nesse assunto
visão tornar melhor a compreensão dessa obrigação, bem como uma melhorar a eficácia para
sua aplicação, objetivando sempre proteger o bem jurídico tutelado. Havendo um dano
ambiental, a imposição de valores ou a utilização de métodos que visam à reparação não são
suficientes para desfazer conflitos que envolvem a responsabilidade civil por danos
ambientais. Desse modo, é necessário estabelecer um equilíbrio entre o progresso da
humanidade e a preservação do meio ambiente visando proteger os recursos para que a
sociedade humana possa continuar prosperando no futuro.
BIBLIOGRAFIA: AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito Ambiental
Esquematizado. 2. Ed. São Paulo: Método, 2011; SILVA, José Afonso da. Direito ambiental
constitucional. 4ª ed. São Paulo: Malheiros, 2003; PADILHA, Norma Sueli. Fundamentos
Constitucionais do Direito Ambiental Brasileiro; 1.ed. Rio de Janeiro: Elsevier,2010.
SIRVINKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. 12ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental, 4ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000, p.
84; BRASIL. Constituição, 1988; BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; BRASIL.
Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981; FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito
Ambiental Brasileiro. São Paulo: Editora Saraiva, 2000. MILARÉ, Edis. Direito do
ambiente. 3ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,2004, p.400.
A ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL E OS DIREITOS HUMANOS: UM ENSAIO
TEÓRICO.

Samira de Oliveira Mendes


samiraoliveiramendes@gmail.com
Mestranda no Programa de Pós Graduação em Geografia
Universidade Federal de Mato Grosso
Rondonópolis/MT

2. Alessandra de Souza Vaz


Ale-vaz@hotmail.com
Acadêmica do 1º semestre de Direito – UNIC
Rondonópolis/MT

Orientador: Prof. Dr. Jorge Luiz Gomes Monteiro


Universidade Federal de Mato Grosso
Rondonópolis/MT

Linha de pesquisa
DIREITO ADMINISTRATIVO, GESTÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS

PALAVRAS CHAVE: direitos humanos, educação integral, sociedade.

INTRODUÇÃO

Para Roseno (2017) é de se entender que a premissa fundamental dos direitos humanos
é o respeito à diversidade e à dignidade humana. Para que essa premissa seja alcançada em sua
totalidade necessita-se inserir na educação de nossas crianças e jovens, que em muitos casos
não encontram na família uma base sólida de ensinamentos para o convívio cidadão. Dessa
maneira, a formação escolar pode produzir efeitos fundamentais e únicos no caminho de
conscientização cidadã.
O princípio de escolas públicas de ensino em tempo integral são um espaço onde se
expressa a vida, tanto da comunidade de entorno como dos indivíduos que frequentam, sendo
ambiente propício para a identificação das necessidades e anseios sociais frente ao poder
público (LIMA et. al., 2012).
Ainda em conformidade com o que relata Roseno (2017), há uma grande incidência de
dificuldades de acesso por parte da população aos princípios da cidadania. Com isso, a escola
tempo integral pode atuar com uma de suas principais funções: a social, onde seria
fundamentalmente necessário e benéfico aos alunos o conhecimento contextualizado das
diversas dimensões de aplicação dos direitos humanos em casos concretos. Isto contribuiria
fortemente na construção de uma cultura de respeito à dignidade humana, através da promoção
e vivência, aplicando-se os valores sociais.

PROBLEMA DE PESQUISA
Segundo a cartilha de estudo para educadores do Instituto de Corresponsabilidade pela
Educação (ICE) há vários relatórios sobre a juventude brasileira, alertando especialmente para
a necessidade de intervenções no campo educacional. Esses relatórios indicavam basicamente
altos índices de violência cometida contra e pelos jovens, altas taxas de evasão no Ensino Médio
e baixíssimos índices de aprendizagem.
Dessa forma foi possível ao ICE traçar um perfil da juventude, a qual apresenta: baixa
capacidade de tomar decisões adequadas, baixa perspectiva de vida e baixo nível de autoestima,
autoconhecimento e autoconfiança.
O tema escolhido foi motivado pela percepção de que a população brasileira
especialmente em idade escolar, possui enorme carência de direcionamento teórico e prático de
cidadania e do convívio em sociedade, seguindo a preconização nos artigos 3° e 5º da
Constituição Federal de 1988.

OBJETIVO

Compreender a relação entre a política de educação em tempo integral e os direitos


humanos.

MÉTODO

Este ensaio desenvolveu-se com pesquisa bibliográfica e documental. Assim, constitui-


se de uma produção teórica a partir das obras previamente analisadas e consideradas
significativas ao objeto de estudo e a pesquisa documental foi executada com o estudo de
documentos oficiais do Ministério da Educação, Governo Federal e Governo Estadual de Mato
Grosso.

RESULTADOS ALCANÇADOS

A escola deve exercer sua função social, sua empreitada transcende muito além dos
conteúdos didáticos e formais das ciências. A socialização escolar está a prestabilidade da
sociedade e do indivíduo para a melhoria do amanhã. Seus objetivos precisam relacionar-se na
direção dos alunos ao seu próprio compromisso com a construção de relações solidárias.
Através da leitura aos informativos do ICE e SEDUC/MT pode-se encontrar
denominações para as escolas de tempo integral, como “escola da escolha” e “escola plena”.
Essas denominações são atribuídas não apenas para indicar o maior tempo de permanência do
estudante na instituição, transmitindo a ideia central dessa Política Pública, que considerar o
aluno em suas múltiplas dimensões, valorizando não apenas aspectos cognitivos, como também
a compreensão de um indivíduo que é corpo, tem afetos e está inserido num contexto de relações
em sociedade.
A essência do projeto de vida é a formação plena do indivíduo, integrando três eixos de
formações: acadêmica de excelência, para vida e para desenvolvimento das competências do
século XXI. Nenhum desses eixos pode se sobrepor ao outro, mas sim coexistir e viabilizar ao
educando as condições necessárias para que consiga se posicionar de maneira autônoma,
solidária e competente frente a sociedade (ICE, p. 10, 2015). A escola deve promover os
aspectos que complementam os indivíduos como seres humanos e que dão razão e sentido ao
conhecimento científico, por meio do ensinamento de normas, atitudes e valores.
Segundo Colliselli et. Al. (p. 10, 2016) não há nada melhor do que aliar a educação que
envolve direitos humanos, trazendo principalmente para as componentes curriculares
obrigatórias, explorando situações de diversos campos educacionais para a conscientização dos
alunos. Afinal, os direitos humanos deveriam ser uma realidade de ensino e prática nas escolas,
a começar a partir da educação básica, tornando as pessoas conhecedoras de seus direitos,
deveres e obrigações.
Neste cenário a educação integral pode ser vista como uma política pública que
beneficia não apenas os alunos que ali estudam, mas também os profissionais que tem se
capacitado cada vez mais para oferecerem aulas e um ambiente que alcance o objetivo proposto
e a sociedade que receberá gradativamente indivíduos mais conscientes, solidários e
capacitados. A ampliação do tempo de permanência na escola pressupõe um aumento das
atividades socioeducativas dentro e fora da instituição. (ZUCCHETTI E MOURA, p. 3, 2017).

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Casa Civil, 1988.

COLLISELLI, N.; SPECHT, T. M.; HAMMES, G. Educação integral: a prática dos direitos
humanos desde a escola para a vida. 2016. 11 p. Artigo científico (Licenciatura em
matemática)- Faculdade de Itapiranga, Itapiranga, 2016. Disponível em:
<http://eventos.seifai.edu.br/eventosfai_dados/artigos/semic2016/520.pdf>. Acesso em: 29
abr. 2018.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Modelo Pedagógico:


princípios educativos. 1 ed. Recife. 2015. 59 p.

LIMA, S. C. MAGALHÃES, M. A. SANTOS, F. O. Território escolar, práticas e ações:


promoção da saúde na escola. OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.4, n.12,
p. 144-156, dez. 2012.

ROSENO, Waldir. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS. Disponível em:


<http://www.sejudh.mt.gov.br/-/7626742-educacao-em-direitos-humanos>. Acesso em: 27
abr. 2018.

ZUCCHETTI, D. T. MOURA, E. P. G. de. Educação integral. Uma questão de direitos


humanos? Universidade Feevale. Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil. Ensaio: aval.
pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.25, n. 94, p. 257-276, jan./mar. 2017.
TÍTULO: O CAOS DO SISTEMA CARCERÁRIO E A IMPORTÂNCIA DA
RESSOCIALIZAÇÃO

AUTORES FLAVIA OLIVEIRA MOIA e ROBERTA GRETTCHEN DE PAULA

INSTITUIÇÃO: UNIASSELVI - CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA


VINCI

LOCAL: RONDONÓPOLIS/MT

LINHA DE PESQUISA: DIREITOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE - Justiça


Social: cidadania, dignidade da pessoa humana, direito a vida, movimentos sociais e
políticas humanitárias.

PALAVRAS-CHAVE: Ressocialização; Presos; Poder judiciário.

INTRODUÇÃO: O objetivo geral do presente trabalho foi abordar o que seria possível
fazer para a amenização do caos nas penitenciarias, e com isso o favorecimento na
ressocialização dos encarcerados. Como disse o Ministro Antônio Dias Toffoli (2012)
''Já ouvi que o pedagógico é colocar pessoas na cadeia, mas o pedagógico é recuperar
valores desviados''.
Visto que no Brasil, o sistema penitenciário brasileiro encontra-se um caos, devido à
falta de políticas públicas que viabilizem a reinserção do preso na sociedade, bem como
por falta de recursos materiais e financeiros. Dessa forma o objeto de estudos foi à
forma de conter o caos nas penitenciarias e favorecer a ressocialização do preso.

PROBLEMA DE PESQUISA: Como mencionado, o sistema penitenciário brasileiro


encontra-se em caos, dificultando qualquer tipo de ressocialização dos detentos. Como
afirma a comentarista Mirian Leitão (2017): “O Supremo Tribunal Federal considerou
que o Brasil esta em estado de inconstitucionalidade. Sabe o que é isso? Não é que o
Estado tenha cometido algumas infrações à constituição, é um estado permanente,
sistemático de infração, de desrespeito à constituição”. O que pode ser feito para mudar
esse aspecto entre a ressocialização e driblar o caos dentro das penitenciarias? Quais as
dificuldades em ressocializar os presos no ambiente carcerário das penitenciárias no
Brasil? É o que se busca responder.

OBJETIVO: O objetivo da pesquisa é procurar uma forma em que possamos mostrar


que é possível haver a ressocialização entre os detentos, mesmo com o caos instaurados
nas penitenciarias brasileiras.

MÉTODO: A metodologia aplicada é a bibliográfica, em que doutrinadores como


Cezar Roberto Bitencourt expressa que é importante destacar que o apenado pode trazer
benefícios à sociedade através de trabalhos voluntários, e assim colaborar com a
sociedade de forma justa e honesta.
O método de pesquisa foi o dedutivo com a técnica bibliográfica contribuíram para o
entendimento sobre o desenvolvimento do conteúdo. O resultado foi o entendimento
sobre a falta de aplicabilidade com rigor da Lei de Execução penal aos presos no que
tange aos seus direitos no ambiente carcerário.

RESULTADOS ALCANÇADOS:

As mudanças devem se iniciar pela diminuição do numero de presos provisórios nas


penitenciarias. Segundo o INFOPEN (Sistema Integrado de Informações Penitenciarias)
apontam cerca de 40% dos presos no Brasil ainda não foram julgados, permanecendo
presos por meses, até anos no aguardo de sua sentença.

Outro fator importante para diminuir a superlotação seria aumentar a aplicação de penas
alternativas aos detentos, o que evitaria que criminosos de baixa periculosidade entrassem
em contato com facções criminosas nos presídios.

Promover um ajuste a Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) também é de suma importância


para a melhoria do sistema carcerário, pois ela é uma das principais responsáveis pelo
inchaço dos presídios no país. O importante também é a reforma dos presídios, dar pelo
menos um pouco de dignidade humana para os detentos, haver a separação dos presos
provisórios dos condenados, e entre os condenados a separação por grau de
periculosidade ou gravidade do crime cometido.

E o mais importante é aumentar as opções de trabalhos e estudos dentro dos presídios,


pois é uma forma eficaz de combater a reincidência criminal.

REFERÊNCIAS

BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão: causas e alternativas. 2.


ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

DEUTSCHE WELLE, Seis medidas para solucionar o caos carcerário. Disponível


em: < https://www.cartacapital.com.br/politica/seis-medidas-para-solucionar-o-caos-
carcerario>. Acesso em: 27/04/2018

TERRA. Ministros do STF criticam sistema prisional brasileiro, Disponível em:


https://www.terra.com.br/noticias/ministros-do-stf-criticam-sistema-prisional-
brasileiro,7e8833a5fe53d310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html, Acesso em:
27/04/2018

G1.GLOBO Miriam Leitão comenta caos no sistema penitenciário brasileiro, Disponível em:
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2017/01/miriam-leitao-comenta-caos-no-
sistema-penitenciario-brasileiro.html, Acesso em: 27/04/2018
A INIMPUTABILIDADE PENAL COMO CLÁUSULA PÉTREA

Autora
Karla Gabrielly de Sousa Nazário,
Graduanda em Direito, UNIC/FAIESP,
Rondonópolis/Mato Grosso.
karlagnazario@gmail.com

Linha de Pesquisa: Direito Penal Constitucional


Palavra Chave: Inimputabilidade Penal; Norma Constitucional; Clausula Pétrea.
Orientadores: Bruno Torquete e Ronaldo Bezerra.

RESUMO:
Introdução: A inimputabilidade penal recebeu tratamento constitucional, pela primeira
vez, com a promulgação da Constituição Federal de 1988. Anteriormente, a matéria era
tratada somente pela legislação penal. De acordo com o artigo 228 da Constituição
Federal “São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos a norma de
legislação especial”. Tal norma especial mencionada é o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) Lei nº 8.069/1990, mas o Código Penal (CP) no artigo 27 também
trata do menor de dezoito anos com a mesma redação expressa na Constituição.
A Magna Carta de 1988 preferiu proteger os menores de dezoito anos da prisão, sendo
atualmente uma cláusula pétrea. O artigo 228 da Constituição Federal de 1988 traz que
os menores de dezoito anos são inimputáveis, ou seja, não podem ser condenados à prisão
e nem ser réus em processos criminais, pois gozam de legislação especial.
Problema de Pesquisa: Nessa concepção, a inclusão no sistema prisional de menores
infratores, ou seja, criança e adolescente afetaria de modo devastador o desenvolvimento
dos mesmos, ademais que, a prisão não é mais uma opção viável, nem economicamente,
nem socialmente, porque amplia a violência e o conhecimento criminal, fazendo com que
o convívio com presos experientes e reincidentes agravem a situação de modo
desproporcional.
Apesar de tudo isso, a Constituição Federal estabelece limites que devem ser observados
quando da elaboração de emendas, sendo que determinadas matérias, previstas no artigo
60, parágrafo 4º da Carta Magna está previsto que, “não será objeto de deliberação a
proposta de emenda tendente a abolir, os direitos e garantias fundamentais”. Tal previsão
abrange os direitos e garantias individuais, entre eles, a regra contida no artigo 228 da
CF, ou seja, a inimputabilidade penal aos menores de dezoito anos de idade.
Tais direitos estão previstos no artigo 5º da Constituição Federal, mas, conforme
determinação do parágrafo 2º do mesmo artigo, os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados,
ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Apesar de a norma constitucional do artigo 228 da Lei Maior encontrar-se no capítulo
que se refere à Família, à Criança, ao Adolescente e ao Idoso, trata-se, evidentemente, de
um conjunto sistemático de normas protetoras, não havendo como negar a natureza
analógica aos direitos e garantias individuais, previstos no Capítulo I da Carta Magna, ou
seja, dos Direitos e Deveres individuais e coletivos e também no Título II, que trata dos
Direitos e Garantias Fundamentais.
Objetivo: O presente trabalho cientifico, tem por objetivo assegurar a não-
responsabilização criminal da pessoa menor de dezoito anos, justamente em razão da sua
condição pessoal de estar em desenvolvimento físico, mental, espiritual, emocional e
social, sendo que, nada mais justo, que esta garantia se aplique aos adolescentes.
Neste diapasão, a proposta de emenda à Constituição que tiver por objetivo alterar o limite
da idade de imputabilidade penal, afronta as regras constitucionais, bem como as normas
internacionais que estiver incorporada ao Estado brasileiro, que confere ao adolescente
proteção integral e prioridade, na condição especial de sujeito de direito, dotado de plena
dignidade.
Metodologia: Além de ser considerada cláusula pétrea, não sendo possível sua alteração
via Emenda Constitucional, a regra do artigo 228 esbarra em outro problema, caso se
queira modificá-la. O Brasil faz parte da Convenção Internacional dos Direitos da Criança
que considera inimputável o menor de dezoito anos, sendo assim que o artigo 5º,
parágrafo 2º da CF/88 estabelece que também serão considerados direitos e garantias
individuais, aqueles estabelecidos em tratados e convenções internacionais em que o
Brasil seja parte. O Brasil subscreveu e ratificou o tratado em 1990 a ele foi incorporado
direito nacional por meio do Decreto nº 99.710, de 21 de novembro de 1990, sendo assim,
os Estados Partes respeitarão os direitos enunciados na Convenção e assegurarão sua
aplicação a cada criança sujeita à sua jurisdição, sem distinção alguma. Portanto é vedado
ao Estado brasileiro tomar qualquer iniciativa que contrarie a Constituição Federal de
1988.
O Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos) trata
da criança, no artigo 19, título Direito da Criança “toda criança tem direito às medidas de
proteção que a sua condição de menor requer por parte da sua família, da sociedade e do
Estado”. Desse modo, o Estado e a sociedade tem o dever de velar pela dignidade da
criança e do adolescente, pondo-o a salvo de qualquer tratamento desumano. Sendo assim
é totalmente inconstitucional reduzir a idade penal, pois nesse contexto afrontaria
novamente a Constituição Federal, em face de que manter criança e adolescente em
estabelecimento prisional é desumano e aterrorizante.
Resultados Alcançados: Com este trabalho, percebe-se que a inimputabilidade penal,
ou seja, a redução da maioridade penal afronta a Constituição Federal vigente em nosso
país. Desse modo, a criança e adolescente gozam de direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo na proteção integral, assegurando condições de dignidade.
Assim, mesmo havendo reiteradas discussões acerca do assunto é plenamente
inconstitucional tal alteração. Sendo o menor de dezoito anos amparado pela Magna
Carta e por legislação especial. Portanto não respondem por crimes e não podem ser
réus em processo criminal. Com isso, enquanto o Brasil fizer parte das convenções
internacionais que tratam dos direitos das crianças e dos adolescentes, fica
impossibilitada a alteração da redução penal. Sendo resguardado a absoluta proteção à
criança e adolescente na forma da Lei.

REFERENCIAS
DIAS, Álvaro, Estatuto da Criança e do Adolescente, Brasília, Senado, 2015.
MAXIMILIANOS, Claudio Américo Fuhrer. Resumo de Direito Penal, parte geral, 34ª
ed., São Paulo, Malheiros, 2015
Estatuto da criança e do Adolescente. Disponível em endereço eletrônico
http://www.planalto.gov.br
Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em endereço eletrônico
http://www.planalto.gov.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d99710.htm (Acesso em 27
abril 2018).
https://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/c.convencao_americana.htm (Acesso em
27 abril 2018).
A IMPOTÊNCIA DA ONU NA GARANTIA DO DIREITO À VIDA

Victor Rafael Almeida da Silva


victor.rafael.almeida@hotmail.com;
Marcio Rodrigo Ribas
marcio@auditer.com.br.

Instituição:
FAIR-UNIASSELVI-Rondonópolis.
Linha de pesquisa:
Medidas institucionais da ONU, sanções por ataques não autorizados.
Palavras chaves:
ONU. Estados Unidos. Iraque.
Local onde está sendo realizada a pesquisa:
CONADHS - Congresso Nacional de Direitos Humanos e Sustentabilidade.
UNIASSELVI – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: Nas atuações da ONU no mundo, suas tentativas de garantir direitos
humanos em todos continentes, visando o bem da humanidade, promoção da igualdade social
entre todos, surgem questionamentos sobre a influência de alguns países nas tomadas das
decisões, trazendo a discussão dos interesses políticos e econômicos dos que detêm a maior
parte da economia mundial e mais fortes representatividades frente a ONU.
Frente a isso, este trabalho visa trazer um estudo acerca da intervenção dos EUA no Iraque após
o ataque sofrido as torres gêmeas em 2001 com ênfase ao ano de 2003, onde os EUA
contrariando a ONU, promoveu ataques ao Iraque. Visando demonstrar o posicionamento e
medidas da ONU frente aos ataques ao direito à vida dos Iraquianos.
PROBLEMA DE PESQUISA: A ideia de criação de Organização Internacional (OI), segundo
Ricardo Seitenfus, é a constituição de uma sociedade voluntária entre Estados, independentes
entre si e separadamente soberanos, buscando interesses comuns, como a garantia de direitos
fundamentais à vida, sendo inafastável o respeito aos direitos e deveres dos Estados-Membros
nas relações recíprocas.
O professor Macedo (2009) enfatiza, que Estados que decidiram fazer parte da ONU,
renunciaram ao uso unilateral da força, sendo contudo proibido, exceto em três casos: em
legítima defesa individual ou coletiva, por luta pela autodeterminação dos povos, e os casos em
que o Conselho de Segurança, para situações específicas, empreende o recurso à força por julgá-
lo compatível com os propósitos da ONU, ou quando o Conselho de Segurança decide que é
necessário agir para defender os princípios da ONU, competindo, ao Conselho de Segurança
determinar as medidas para a manutenção da paz e da segurança internacional.
Porém, após ter o veto de ataque ao Iraque desobedecido pelos EUA, a ONU teve sua
credibilidade como garantidora de direitos fundamentais questionadas, haja vista que esta foi
criada principalmente com o objetivo de promover a segurança e paz mundial, estando em sua
carta que todos os membros participes cumprirão as decisões do Conselho de Segurança, sendo
este o único órgão capaz de obrigar os estados membros.
De forma analítica, quais os limites de amparo pela ONU?
OBJETIVO: O objetivo principal desta pesquisa foi trazer a debate a autonomia da ONU nas
garantias de direitos fundamentais, e sua força sancionatória frente aos países que detêm o status
de membros permanentes e veto nas decisões, nas situações de desrespeito aos direitos
humanos, como à vida, como aconteceu no ataque ao Iraque, visto a comprovação de
inexistência de armas nucleares no país atacado pelo EUA, sem a devida anuência do conselho
da ONU e ferindo o direito à vida.
MÉTODO: O estudo apresentado, utilizou o método de pesquisa bibliográfica, buscando
referências em pesquisas e matérias publicadas desde os acontecimentos.
RESULTADOS ALCANÇADOS: A autora Vanessa (2008), aduz que, a pesar de tudo, o ato
da ONU manifestar-se pela não permissão da invasão ao Iraque, demonstrou uma Organização
mais imparcial e disposta a enfrentar até então seu maior “financiador”, reafirmando o objetivo
de promoção da paz mundial e assegurar os direitos humanos, mas, também demonstrou
necessidades de mudanças. Com profundas divergências nos membros da ONU, transparecendo
problemas na inoperância administrativa do organismo, em 2003 o secretário geral da ONU
realizou a nomeação de uma alta comissão, afim que propusessem medidas para adequar a ONU
às atualidades, para o mundo pós-guerra.
Essa Comissão criou um projeto, entregue em 2004, com 101 recomendações englobando as
vertentes do órgão, contendo sugestões para alterar a Assembleia Geral, Comissão de Direitos
Humanos, Conselho Econômico e Social, mas, principalmente, o Conselho de Segurança,
encontrando dificuldade em atender esta última recomendação, sob a égide das
impossibilidades de reformar um sistema tão solidificado e enraizado.
Não foi dada qualquer recomendação com relação ao veto, considerando que tão somente os
cinco membros permanentes originários devem continuar exclusivamente com o poder de veto.
Conclui-se que essa não recomendação, limitam as intenções de alterações efetivas no
comportamento da ONU frente a questões de guerras, principalmente quando os que estão à
frente dos conflitos e suas pacificações, sejam os interesses políticos e econômicos envolvendo
membros que possuem poder de veto, como na invasão do Iraque, não havendo respeito ao
direito à vida, pois mesmo adotada quaisquer novas sugestões, ainda haverá os mesmos cinco
membros permanentes com poderes especiais.

REFERÊNCIAS
Invasão ao Iraque. Disponível em: <https://www.10emtudo.com.br/artigo/invasao-ao-
iraque/>. Acesso em: 28 de março de 2018.

LEMOS, Vanessa Dias. O conselho de segurança da ONU frente às necessidades do mundo


atual. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 13, n. 1723, 20 mar. 2008.
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/11080>.Acesso em: 28 de março de 2018.

MACEDO, Paulo Emílio Vauthier Borges de. Análise da Legalidade da Intervenção no


Iraque. Revista da Escola de Guerra Naval, n. 13, junho de 2009. Disponível
em:<https://revista.egn.mar.mil.br/index.php/revistadaegn/article/view/393/293>. Acesso
em: 26 de março de 2018.

MARTINS, Luciano. O Fundamentalismo de Bush e a Ordem Mundial. Revista Política


Externa, Vol. 12 nº 1 - jul/ago/set 2003. Disponível em:<http://politicaexterna.com.br/2224/o-
fundamentalismo-de-bush-e-ordem-mundial/>. Acesso em 25 de março de 2018.
MENDONÇA, Cláudio. Doutrina Bush: Guerra contra o terrorismo e o "eixo do mal".
Geografia, setembro de 2005, Disponível
em:https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/doutrina-bush-guerra-contra-o-
terrorismo-e-o-eixo-do-mal.htm?cmpid=copiaecola . Acesso em: 26 de março de 2018.

RAMINA, Larissa. A ONU aos 70: contribuições, desafios e perspectivas. Universidade


Federal de Roraima - UFRR Disponível
em:<https://www.marinha.mil.br/tm/sites/www.marinha.mil.br.tm/files/file/biblioteca/livr
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%20SILVA%20J.%20C.%20RAMINA%20L.%20%20Final.pdf>. Acesso em: 27 de março de
2018.

SEITENFUS, Ricardo Antonio, Manual Das Organizações Internacionais. 5. ed. rev., atual. e
amp. 2. Tir. – Porto Alegre:Livraria do Advogado Editora, 2012. Disponível
em:<https://pt.scribd.com/document/371676837/Manual-Das-Organizacoes-Internacionais-
Ricardo-Antonio-Seitenfus>. Acesso em: 26 de março de 2018.

SILVEIRA, Carlos Eduardo. O uso abusivo do poder de veto pelos membros permanentes do
Conselho de Segurança das Nações Unidas. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, X, n. 46, out
2007. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2389>. Acesso em
28 de março de 2018.
MARKETING DIGITAL JURÍDICO

Luana Alves Rodrigues, luana13a@hotmail.com

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis (FAIR-UNIASSELVI)

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação científica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis-(FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Marketing Digital Jurídico

Palavra Chave
Acessibilidade, Digital, Marketing, Publicidade Jurídica

RESUMO
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa busca esclarecer sobre a utilização do marketing digital
jurídico. Sendo essa uma ferramenta de negócio de suma importância para a empresa. Em razão
deste instrumento o profissional da área jurídica, auxilia a obter autoridade no assunto e
conquistar a confiança de potenciais clientes e mercado, respeitando as diligências, disciplinada
do Código da Ética e Disciplina (CED) da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
De acordo com Ordem dos Advogados do Brasil (2018) em seus dados existem 1.086.147 de
advogados regulares e recadastrados. E a população brasileira com 208.954.051 de pessoas
segundo o IBGE (2018), dada a situação atual, como o profissional advogado tem se a ter para
estar á frente de seu concorrente.
PROBLEMA DE PESQUISA: Analisar de que maneira o profissional jurídico que advoga
possa utilizar o marketing digital na área jurídica, tendo como apoio sobre as normas do CED da
OAB. De cunho limitante e restritivo em relação à publicidade. E verificar de como se
diferenciar das outras empresas e profissionais da área jurídica. Fazer uso do planejamento
estratégico marketing para empresas direcionadas a advocacias do Brasil.
OBJETIVO: Este estudo objetiva o emprego do marketing digital jurídico com base no Código
de Ética e Disciplina. Em relação ao provimento 94/2000 – “Da Publicidade” Art. 1º É
permitida a publicidade informativa de advogado e da sociedade de advogado contanto que se
limite a levar ao conhecimento do público em geral, ou da clientela, em articular, dados
objetivos e verdadeiros a respeito dos serviços de advocacia que se propõe a prestar, observadas
as normas do Código de Ética e Disciplina e as deste Provimento.
Este estudo relevante para os acadêmicos do curso de direito, profissionais que respaldar sobre o
tema de marketing digital jurídico. No que a publicidade na CED do profissional advogado, é
permitida divulgar exclusivamente os dados abaixo: Nome e número de inscrição na OAB,
Títulos acadêmicos e distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, Instituições
jurídicas participantes, Especialidades do profissional, Endereço, e-mail, site, página eletrônica,
Logotipo e fotografia do escritório, Horário e idioma de atendimento ao cliente. Discorrendo a
este propósito de perpetrar entre o conflito entre o que pode ser feito no marketing digital
jurídico.
MÉTODO: O presente estudo tem por objetivo identificar a importância do planejamento
estratégico marketing para empresas advocacias. Para utilizar como uma de suas ferramentas de
gestão no planejamento estratégico marketing. A prestação de serviço na área da advocacia é a
mais cresce no Brasil, devido a grande demanda por essa prestação de serviços. Utilizando os
dados referentes ao Brasil a sua população e advogados atuais.
REFERENCIAL TEÓRICO: Através da evolução da tecnologia da informação e da
comunicação com o advento da internet, surgiu o marketing digital na década de 90, e desde o
marketing digital está cada vez mais sendo difundido pelas empresas para acompanhar a era da
informação digital. As pessoas que em seu cotidiano estão conectadas cada vez mais a internet,
por meio de redes sociais presente na vida das pessoas, seja para uso pessoal ou profissional.
Marketing Digital é um conjunto de estratégias focadas para a promoção de uma marca na internet,
ou seja, construir um planejamento estratégico de marketing digital. A definição de marketing,
segundo Kotler e Keller (2006) está relacionada com a satisfação e a identificação das
necessidades e desejos das pessoas e da sociedade como um todo.
O marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que
envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, como a
administração e relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização
e seu público interessado. (KOTLER E KELLER. 2006, p. 04)
Marketing digital são ações de comunicação que as empresas utilizam com recursos digitais-
online.
Para KOTLER; ARMSTRONG (1998) marketing digital é necessário ter ciência sobre os 4P´s:
produto, preço, promoção, e praça para impetrar com consumidores-alvo e ter o posicionamento
pretendido no mercado.
O marketing digital pode ser disseminado por várias ferramentas, canais para alcançar os
resultados desejados são: blogs, SEM-Search Engime Marketing, SEO-Search Engine
Optimization, PPC-Pay per Click, Mídia Display/Ad Networks, e-mail, native advertising, redes
sociais, ebook, webinars e realidade virtual.
Marketing Digital Jurídico
Para planejar e implementar o marketing jurídico é de suma importância ter conhecimento sobre
o Código de Ética e Disciplina da OAB que tem por objetivo informativo em relação das
normativas sobre o marketing jurídico e para não aferir a Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB).
Para realizar o marketing jurídico deve fazer o planejamento estratégico de marketing digital
jurídico que é fazer o objetivo, metas, métodos de ações, indicadores ou métricas para avaliar.
De forma clara onde os profissionais e clientes compreendam para passar a mensagem sem
ruído, criar valor a marca e percebida pelo cliente.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Conclui-se que é possível fazer marketing digital em
relação área jurídico sem aferir normas da CED da OAB. Baseadas nestas normas o marketing
digital jurídico deve ser de cunho informativo, por meio do marketing de conteúdo e mantendo
um relacionamento positivo com o cliente. Para fazer o marketing com propriedade é necessário
engajar, conquistar, atrair, atentando as facilidades e demonstrando a preocupação com a
satisfação com o seu cliente. O profissional advogado deve preocupar com pré-venda, durante a
venda e o pós-venda, para garantir a qualidade do serviço ofertado.
Para realizar o marketing jurídico deve fazer o planejamento estratégico de marketing digital
jurídico que é fazer o objetivo, metas, métodos de ações, indicadores ou métricas para avaliar. E
fazer uso do marketing de conteúdo, canais jurídicos na internet, anúncios online, participar de
eventos. Conclui-se que é possível fazer marketing digital jurídico, obedecendo à norma do
CED da OAB.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IBGE, 2018. População do Brasil


<https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/box_popclock.php> Acesso em: 01 de maio
de 2018.
JUSBRASIL,2018. Marketing jurídico ético, 2018. Disponível em
<https://download.jusbrasil.com.br/resources/Marketing_Juridico_Etico.pdf> Acesso em: 29 de
abril de 2018
KOTLER, Philip; ARSMTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 7 ed. Rio de Janeiro: Prentice-
Hall, 1998.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing: A bíblia do
Marketing. 12. Ed. São Paulo: Pearson Hall, 2006.

OAB- Conselho Federal. Institucional/quadro de advogados. Brasília, 2018.


Disponível em <http://www.oab.org.br/institucionalconselhofederal/quadroadvogados>
Acesso em: 02 de maio de 2018
Rockcontent, 2018. Como fazer marketing jurídico, ter resultados e quais são as limitações
legais, 2018. Disponível em <https://marketingdeconteudo.com/marketing-juridico/> Acesso
em: 02 de maio de 2018

Siglas
OAB- Ordem dos Advogados do Brasil
CED- Código de Ética e Disciplina
Mediação Digital

Autor
Lucas Teixeira Pires (FAIR-UNIASSELVI)

Priscilla Perez Góes (FAIR-UNIASSELVI) - ORIENTADORA

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direito Processual Civil, resolução de conflitos – mediação digital

Palavras Chave
Mediação Digital. Resolução Extrajudicial. Resolução de conflitos.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade
Integrada de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO: O presente trabalho versa sobre a Mediação Digital, uma inovação da


área extrajudicial, que ajudará muito a evitar o existente abarrotamento do judiciário,
trazendo economia e praticidade, pois o(a) Reclamante poderá dialogar com o
Reclamado(a) à distância, com o intuito de chegar a um acordo.
INTRODUÇÃO: O Brasil está em constante aumento populacional, sendo assim
vários meios tem aumentado sua movimentação e, consequentemente, o aumento de
litígios. Em 2016 houve um levantamento do Poder Judiciário, que conforme relatório
da Justiça em Números, o Direito Civil e Processual Civil estão entre os cincos
assuntos mais demandados. Significativos 47,8% dos processos ajuizadas na Justiça
Estadual, tendo as obrigações contratuais envolvendo o Código de Defesa do
Consumidor ocupado a 3ª posição no ranking de demandas ajuizadas nos Juizados
Especiais, 2ª posição no ranking de obrigações/espécies de contrato e 10ª posição no
ranking obrigações/espécies de títulos de crédito demandados na justiça de 1º grau.
Sendo assim, para solucionar os conflitos, a população cada vez mais procura o
judiciário. Somado a essa procura, está a falta de efetivo, a falta de estrutura física,
assim acarretando no abarrotamento do Judiciário. No Brasil, a grande parte da
população está conectada à internet, é o que mostra a pesquisa do IBGE, Segundo o
levantamento, em 2016 a internet estava presente em 63,6% dos lares e em 94,8% deles havia
celulares sendo usados para se conectar à rede.
O tema analisado vem para demostrar para população e para as empresas que existem
caminhos modernos para a solução de um conflito, podendo solucionar o conflito sem
encaminho para esfera jurídica, e podendo solucionar até mesmo os que já tramitam
no Judiciário, com efetividade.
Para isso, faz-se importante destacar que a mediação é uma forma de solução de
conflitos, na qual uma terceira pessoa, neutra e imparcial, facilita o diálogo entre as
partes, para que elas construam, com autonomia e solidariedade, a melhor solução
para o conflito, sem a necessidade do julgamento pelo juiz.
Assim, a presente pesquisa abordará sobre a Mediação Digital, inserida no
ordenamento jurídico a partir da Emenda nº 02 da Resolução 125/2010 do CNJ, em
complemento à Lei de Mediação.
PROBLEMA DE PESQUISA: É nítido que o sistema Judiciário Brasileiro caminha
a passos curtos e lentos, a insatisfação se torna exacerbada a cada dia, devido a
lentidão dos tramites processuais no atual Código de Processo Civil, com este cenário,
questiona-se: Quais os meios mais modernos para a resolução do conflito com
celeridade, sem precisar, muitas vezes, se tornar uma demanda judicial?
A celeridade e a efetividade são Garantias Fundamentais trazidas pela Constituição
Federal, no artigo 5ª, LXXVIII “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de
sua tramitação”.
OBJETIVOS: Este trabalho científico tem como objetivo identificar qual
instrumento/meio mais inovador que possa facilitar a resolução de conflitos, trazendo
praticidade e economia.
MÉTODO: A metodologia utilizada é a bibliográfica, histórica e estudo de caso; com
abordagem qualitativa e explicativa.
RESULTADOS ALCANÇADOS: A lei 13.140/2015 conhecida como Lei da
Mediação, diz no seu artigo 46: “A mediação poderá ser feita pela internet ou por
outro meio de comunicação que permita a transação à distância, desde que as partes
estejam de acordo”. Sendo assim, pode-se dizer que a ferramenta mais moderna e
inovadora encontrada para a resolução dos conflitos possivelmente é a Mediação
Digital, instrumento que pode dar celeridade e economia vez que, quanto mais
conflitos forem solucionados fora da jurisdição, haverá menos processos, deixando
para o judiciário as ações mais complexas.
A Mediação Digital é uma ferramenta criada pelo CNJ, que pode ser encontrada no
website do Conselho (http://www.cnj.jus.br/mediacaodigital/), tendo como finalidade
a busca da resolução do conflito antes de se tornar um litígio ou mesmo durante o
trâmite processual cível.
Qualquer empresa pode se inscrever no sistema, porém se um usuário abrir uma
reclamação e está empresa não estiver cadastrada, a mesma receberá uma notificação
para se cadastrar. Caso na troca de mensagens não ocorra um acordo, é marcado,
então, uma mediação presencial. Se ocorrer um acordo será homologado pelo(a)
Juiz(a).
Uma possibilidade que será aceita pelo sistema de mediação digital é o acordo entre
contribuintes e as Procuradorias envolvendo dívidas ativas com a União ou com os
Estados. De acordo com Gomma, as dívidas ativas da União que não se tornaram
execuções fiscais – abaixo de R$ 10 mil – somam R$ 42 bilhões.”
Buscando melhorias no Sistema de Mediação Digital, foi apresentado no dia 23/04/18
uma atualização conhecida como Mediação 2.0, apresentada pelo Comitê do Sistema
de Mediação Digital do Conselho Nacional de Justiça e pela equipe de tecnologia da
informação do Conselho aos representantes do Banco Central e da Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), incluindo representantes do Banco do Brasil e do
Itaú Unibanco, entre as mudanças apresentadas consta a busca por empresas na
plataforma sem a necessidade de login, a criação da funcionalidade da emissão do
extrato da mediação aberta (para comprovar a iniciativa dos usuários por acordo), a
permissão para o ingresso de advogados no sistema (facilitando o registro de
demandas já judicializadas).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Justiça em números 2016: ano-base 2015/Conselho Nacional de Justiça -
Brasília: CNJ, 2016.. Disponível em:
www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/10/b8f46be3dbbff344931a93357991548
8.pdf. Acessado em: acessado em:29/04/2018.
GOMMA, André. Juiz Auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça.
Pronunciamento na abertura da 1ª Reunião Preparatória ao 10º Encontro Nacional do
Poder Judiciário. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/82216-cnj-lanca-
sistema-de-mediacao-digital-para-solucionar-conflitos-da-populacao. Acessado em:
29/04/2018.
OTONI, Luciana. Agência CNJ de Notícias. CNJ avança na formulação da Mediação
Digital 2.0. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/86632-cnj-avanca-na-
formulacao-da-mediacao-digital-2-0. Acessado em: 29/04/2018.

FARIELLO, Luiza. Agência CNJ de Notícias. CNJ lança sistema de Mediação Digital
para solucionar conflitos da população. Disponível em:
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/82216-cnj-lanca-sistema-de-mediacao-digital-para-
solucionar-conflitos-da-populacao. Acessado em: 29/04/2018.

SILVEIRA, Daniel. G1RIO. Mais de 63% dos domicílios têm acesso à internet, aponta IBGE.
Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/mais-de-63-dos-domicilios-tem-
acesso-a-internet-aponta-ibge.ghtml. Acessado em: 29/04/2018.
RODRIGUES, Alessandra Gato. LORENZI, Bianca Cassiana. ROSA, Felipe Luiz da.
Mediação digital: a sociedade moderna a um clique da justiça. Disponível em:
http://coral.ufsm.br/congressodireito/anais/2017/2-5.pdf. Acessado em: 29/04/2018.
BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de Direito Processual Civil. – 3.ed. – São Paulo:
Saraiva, 2017.
1

EFICÁCIA DA JUSTICA ELEITORAL


Autores
Dhiovane da Cruz Silva (FAIESP -UNIC)
Patricia Goncalves de Souza (FAIESP-UNIC)
Instituição
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto – (FAIESP-UNIC)
Linha de Estudo
Direito Eleitoral – Código Eleitoral - Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965.
RESUMO: Notamos que algum tempo nossa política está sendo observada, debatida e
questionada por milhares de pessoas em todo o mundo, e que a sociedade em si ao todo
questiona quanto a eficácia da justiça eleitoral, e que poder os órgãos que fazem desta
justiça plena se tornarem duvidosa e um tanto sem poder nenhum quanto aos que
necessitam de uma punição punitiva e que mostre em si a eficazes deste lei que visa
proteger o eleitorado e uma sociedade que fica a mercê destes mesmo ao qual a justiça
não se faz de maneira plena e rápida. Além de questionar e apresentar uma solução é deste
o intuito deste projeto alimentar um questionamento saudável, visando o interesse
coletivo e buscando o verdadeiro direito.

Palavras-chave: Descoberta de Conhecimento; Bases Textuais; eficácia da justiça


eleitoral, sociedade em geral.

INTRODUÇÃO: A justiça eleitoral é um órgão que compete garantir a democracia, a


livre manifestação de escolha de seus representantes, onde regulamente os direitos e
deveres destes perante a sociedade.
Problema: Neste contesto se existe um código eleitoral, porque não dá liberdade para
julgar, e sim dar a verdadeira eficácia a este código eleitoral?

Problemas Pesquisa: A visão da justiça eleitoral embora pouca falada, e muito mesmo
discutida, é mais pela insatisfação desta eficácia de poder punitivo e também
regulamentador. Afinal ao abordar este tema visamos entender as duas faces da justiça
eleitoral, E tratar diretamente o porquê da falta desta eficácia.

OBJETIVO: Assim caberá analisar, as diretrizes do código eleitoral, fazendo


observância aos doutrinadores, como detalhar divergências e analogias, gerando
questionamentos perante a sociedade civil e política a eficácia da Lei nº 4.737, de 15 de
julho de 1965, como também levar questionário e ouvir atentamente pessoas que exercem
2

funções neste ramo e apresentar de acordo com a pesquisa os problemas enfrentados, e


diante isto uma abordar ideias alternativas que visa garantir esta eficácia e garante um
olhar mais apreciado da sociedade.
METODOLOGIA: Neste contexto o método dedutivo, buscando perante a lei, artigos e
doutrinadores entender o procedimento da justiça eleitoral em antemão comparar com os
conhecimentos da sociedade civil.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: A eficácia do direito eleitoral persiste numa


abrangência a nossa carta Magda, cujo muitos doutrinadores entendem que se torna um
direito público independente capaz de jugar, assegurar, o livre exercício de nossa
democracia. Entendemos que o Direito eleitoral se destina a organizar, reger os direitos
políticos e por meio dela o direito do povo.
Sendo vista com tamanha independência e autonomias sejam didáticas, científica,
sabemos bem que o direito eleitoral tem por si uma natureza material, embora como
descrito acima, é desconhecido a eficácia de tal lei e quanto mais a eficácia desta justiça
que visa assegurar amplos direitos seja o povo ou os políticos.
Mas ficamos na imensa dúvida se a culpa é do governo ou da sociedade, mas lembramos
que vivemos numa sociedade aproximadamente 27% são analfabetos ou não possuem
conhecimento capaz de entender a política e tão pouco a verdadeira ética que norteia os
aprendizados e ensinamentos, mas diante tão pouco conhecimento o que vale é o dialeto
cultural.
Se anotarmos em seu primeiro artigo do código eleitoral:
Art. 1º Este código contém normas destinadas a
assegurar a organização e o exercício de direitos
políticos precipuamente os de votar e ser votado.
Ou seja, é dado normatizar, assegurar, embora sabemos que a Lei que trata os crimes
eleitoral estão tipificados tanto no CE (nos arts. 45, 47, 68, 71, 129 e do 289 a 354 – que
totalizam 66 tipos penais), quanto em outras leis eleitorais esparsas (Lei nº 6.091/76, com
previsão de 06 tipos penais; Lei nº 6.996/82 e Lei nº 7.021/82, cada uma com um único
tipo penal; Lei nº 9.504/97, com 09 tipos penais, e Lei Complementar nº 64/1990, também
com apenas um tipo penal).
Sabemos que a justiça eleitoral evolui e muito com o avanço das novas tecnologias, mas
precisa ser poder punitivo, e não simplesmente normalizador e assegurador de tal direito.
Como bem sabemos o Direito Eleitoral vem assegurado em nossa carta magna, que trata:
3

“A soberania popular será exercida pelo sufrágio


universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I –
plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular”.
Anotado que a justiça tem seus direitos constitucionais, e que é ampla e independente é
importante que aja conscientemente e que os princípios que rege o ordenamento jurídico
sejam assegurados, mas o principal que as normas diretrizes da lei possa evoluir para
atender os anseios do povo que é sem sombra de dúvida o governante.
CONCLUSÃO: Todavia, as modificações no sistema eleitoral, e a liberdade que os
órgãos da justiça trabalha eleitorais trabalha, é uma forma eficiente de manter em ritmo
acelerado do processo eleitoral, tão pouco ressalto que o maior problema dentro processo
eleitoral é a vontade da sociedade civil em escolher de forma livre, sem dever obrigacional
os seus representantes.
Por fim, acrescento que a justiça eleitoral, é de suma importância para a consolidação da
democracia, porém é necessário que nós (sociedade civil), nos imponha quanto as nossas
vontades, que respeite as leis, e que vibre com as manifestações individuais de cada um,
e respeite o direito individual ao voto, que repito é sigilo, individual e garantidor de nossa
democracia.
Dessa forma, o Direito eleitoral distribuídos em seus entes por todo território nacional, se
faz garantidor do mais belo ato de democracia, que é o direito de escolher os seus
representantes.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal da República Federativa, de 05 de outubro de 1988.
Lei nº 9.504 (Normas para Eleição) de 30 de setembro de 1997
Lei nº 4.737, (Código Eleitoral) de 15 junho de 1965.
Lei Nº 13.165, (Altera as Lei nos 9.504) DE 29 DE SETEMBRO DE 2015.
A MISERABILIDADE NECESSÁRIA PARA CONCESSÃO DO BPC EM
DESACORDO COM O PRINCIPIO DA DIGNIDADE HUMANA

Mayra de Araújo Fernandes; Tainá Soares Araújo; tainaaraujod96@gmail.com

Instituição
Programa de Iniciação Científica, do Curso de Direito das Faculdades Integradas de
Rondonópolis – FAIR/UNIASSELVI
Local onde está sendo realizada a pesquisa
Rondonópolis-MT
Linha de Pesquisa
Direitos Humanos e Sustentabilidade
Palavras-Chave
Seguridade Social. Dignidade da Pessoa Humana. Miserabilidade.

RESUMO:
Introdução: O Benefício Assistencial de Prestação Continuada, com previsão na Lei
8.742/93, visando garantir o direito à seguridade social, foi criado com o intuito de garantir o
mínimo de dignidade para idosos ou deficientes que não podem se sustentar, quando
atendidos os preceitos legais. Porém, hoje existe uma grande dificuldade na aplicabilidade do
principio da dignidade humana no que se refere aos critérios da concessão do Benefício, o que
acaba comprometendo o cidadão que busca por seu direito tanto na esfera administrativa,
junto ao INSS, quanto no judiciário. Problema de Pesquisa: O requerente do benefício já
encontra dificuldade desde o momento em que busca a autarquia previdenciária para requerer
o beneficio, onde será submetido a análises administrativas a fim de constatar se a sua renda
mensal e de seu grupo familiar se enquadra no artigo 20, §3° da Lei 8.742/93, onde não deve
ultrapassar um quarto do salário mínimo. Ocorre que não há uma flexibilização por parte do
órgão previdenciário na analise desses requerimentos, fazendo com que idosos e deficientes
sejam obrigados a recorrer ao judiciário para comprovar sua necessidade e direito ao
benefício (MENOTTI; 2015). O que leva ao questionamento se o principio da dignidade
humana dessas pessoas vem sendo respeitado pelo órgão e pela própria legislação no
momento em que se é estabelecido um valor X para que seja garantido um direito previsto na
própria Constituição Federal. Se a miserabilidade esperada para concessão do beneficio
condiz com a realidade da maioria das pessoas que buscam por seu direito. E o
questionamento maior, existe constitucionalidade e principio da dignidade humana no artigo
20 da Lei 8.742/93? Objetivos: A presente pesquisa, objetiva analisar se há
constitucionalidade na norma que se baseia a concessão do Beneficio Assistencial no Brasil,
assim como, se o principio da dignidade humana é respeitado durante a sua concessão.
Identificar se os critérios para constatação de miserabilidade, presente na norma se torna
eficaz diante das suas exigências, assim como, verificar o pensamento majorado dos tribunais
na analise dos processos no que se refere o assunto. Método: O presente estudo, valendo-se
do método dialético e procedimentos comparativo e funcionalista, baseados em pesquisa
bibliográfica e com referencial no tratado internacional dos direitos humanos, juntamente com
a Constituição Federal brasileira e na Lei N° 8.742 de 1993. Resultados Alcançados: O
Benefício Assistencial é “a garantia de um salário mínimo, na forma de benefício de prestação
continuada, devido à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais, que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e está também não possa ser
provida por sua família.”, (IBRAHIM; 2011; pág.17). É claro que a Lei 8.742/93 foi criada
com o intuito de garantir um mínimo de dignidade, para idosos e deficientes que não possuem
um meio para se manter. Porém, talvez exista uma contradição no intuito da criação do
beneficio, com a forma que é aplicada a sua concessão, pois, ao estabelecer um valor X, para
se ter acesso a este o legislador pode ter sido falho ao esperar uma miserabilidade da parte dos
que o buscam, não abrindo margem para uma maior interpretação da real situação do
requerente. Esse fato já foi discutido nos julgamentos nos Recursos Extraordinários (REs)
567985/MT e 580963/PR, e na Reclamação 4.374/PE levados ao STF, qual foi considerada a
inconstitucionalidade parcial do art. 20, §3°, da Lei 8742/93 no que se refere à renda máxima
para concessão do beneficio, porém, a inconstitucionalidade foi pronunciada sem a declaração
de nulidade do artigo, o que não foi levado a diante no Supremo, não podendo assim ser
imposto ao INSS à obrigatoriedade de não utilizar o artigo como norte de suas decisões
administrativas, ou que fosse elaborada uma nova redação do texto legal, o que obriga o
cidadão a buscar o judiciário para reverter essa decisão e comprovar o seu direito e a
necessidade do beneficio. Hoje, o INSS segue a portaria conjunta n° 58, de 16/11/2016, onde
ficou determinado o cumprimento da Ação Civil Publica N° 5044874-22.2013.404.7100/RS,
qual prevê que quando a renda per capita familiar superar o que esta previsto no art. 20, §3°
da Lei do Loas, o requerente está sujeito a comprovar os gastos mensais, quando for o caso,
com medicamentos, alimentação especial, fraldas descartáveis e consultas na área de saúde,
requeridas e negados pelo Estado, uma medida muito válida e que proporcionou maior
tolerância na analise e na realidade das pessoas que requerem o beneficio. Entretanto, ainda
existem pontos a serem analisados, como o fato de que tanto o administrativo (INSS), quanto
o judiciário ao analisarem a miserabilidade desses requerentes, esperam que estes, estejam
vivendo em uma situação de extrema pobreza, o que de certa forma não é errado, porém ao se
depararem com um domicilio zeloso, bem cuidado ou até mesmo “bonito”, durante a
avaliação social, subtende-se que não há a necessidade da concessão do beneficio, uma
posição que merece maior analise e aferição para que seja levado de fato a garantia do bom
direito e dignidade para estes que esperam do Estado uma melhor qualidade de vida.

REFERÊNCIAS
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário. 16. ed. Rio de Janeiro:
Impetus, 2011.
MENOTTI, Maicon Peliçoli. O critério de miserabilidade para a concessão de benefício
assistencial no Brasil. Disponível em: http://www.tex.pro.br/index.php/artigos/306-artigos-
jun-2015/7245-o-criterio-demiserabilidade-para-a-concessao-de-beneficio-assistencial-no-
brasil. Acesso em: 28 ABR. 2018.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Reclamação n°. 4.374/PE, Relator: Ministro Gilmar
Mendes. Julgado em: 18.04.2013. Brasília/DF. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/ visualizarEmenta.asp?s1=000213697&base=
baseAcordaos>. Acesso em: 28 ABR. 2018.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário nº. 567.985/MT, Relator:
Ministro Marco Aurélio e para o acórdão Ministro Gilmar Mendes. Brasília/DF. Julgado em:
18.04.2013. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/visualizarEmenta.asp?s1=000216342&base=base
Acordaos>. Acesso em: 28 ABR. 2018.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário nº. 580.963/PR, Relator
Ministro Gilmar Mendes. Brasília/DF. Julgado em: 18.04.2013. Disponível em: BRASIL.
Ação Civil Pública nº 5044874-22.2013.404.7100/RS.
BRASIL. Ação Civil Pública nº 5044874-22.2013.404.7100/RS. Benefício assistencial.
Idoso e deficiente físico. Requisito econômico. Deduções. Mínimo existencial. Reserva do
possível. Abrangência nacional dos efeitos da decisão. Brasília, DF, 2013a. Disponível em:
<http://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/382222676/apelacao-reexame-ecessarioapelreex-
50448742220134047100-rs-5044874-2220134047100/inteiroteor-382222725>. Acesso em:
28 ABR. 2018.
TÍTULO: A NECESSIDADE DE CONTROLE DO REGIME JURÍDICO DE
SERVIÇO PÚBLICO COMO GARANTIA FUNDAMETAL

AUTORES CLARINDA FERREIRA CHAGAS NETA e NEWTON PERIERA DO

SANTOS

INSTITUIÇÃO: UNIASSELVI - CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

LOCAL: RONDONÓPOLIS/MT

LINHA DE PESQUISA: DIREITOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE - Justiça


Social: cidadania, dignidade da pessoa humana, direito a vida, movimentos sociais e
políticas humanitárias.

PALAVRAS-CHAVE: Serviço Público; Controle Jurídico: Garantia Fundamental.

INTRODUÇÃO: Estado democrático de direito nasceu para exercer determinadas,


atividades e entre estas está o serviço público - atividade que tem como imediato a
satisfação de interesses públicos e gerais da população definidos como tais no
ordenamento jurídico, submetendo-se a um regime jurídico especificam Direito Público.
Este regime jurídico posto especificadamente é o consagrado no artigo 6° § 1°, da Lei n
8.987 de 1.995, que visa o preenchimento de um conceito jurídico indeterminado de
serviço adequado, previsto no artigo 175, parágrafo único, IV, nossa Constituição
Federal.
Entretanto, para que o referido regime, jurídico seja observado na prestação do serviço
público e, consequentemente, que este serviço seja adequado prestado independentemente
de quem o preste, é necessário que haja o controle na prestação dessa atividade.
É nosso entendimento que a Administração Pública brasileira necessita de sérias
modificações para o alcance da qualidade nos serviços que presta à sociedade, a começar
pela mudança de cultura de grande parte de seus gestores que ainda hoje caminham a
passos lentos na análise, acompanhamento e controle dos atos de gestão, relegando o
interesse da coletividade e negligenciando o zelo pelo patrimônio público, provocando,
desta forma, sérios desequilíbrios nas finanças públicas ao gerar mais gastos do que os
recursos lhes permitem.
Considerando que só há sentido haver controle destes atos administrativos porque o
Estado tomou para si o poder de prestar determinadas atividades que o regime jurídico de
serviço público é direito fundamental, o controle do regime jurídico de serviço público é
uma forma de garantia e concretização dos direitos fundamentais.
Portanto, mostra-se relevante o levantamento das formas de controle destes atos
administração pública na prestação de serviço público, das consequências da omissão
desse controle para a democracia e para os direitos fundamentais e das alternativas que
sobram ao cidadão quando há a referida omissão.
Neste sentido, o presente trabalho traz à tona um tema que ainda está por demandar
grandes reflexões nos meios sociais e jurídicos, a Reforma Administrativa, enfatizando a
análise do novo servidor público almejado pela reforma gerencial proposta, bem como o
princípio da eficiência claramente exigido na nova ordem constitucional, consubstanciada
pela Emenda Constitucional no 19/98, além dos efeitos desejados com a qualificação do
serviço público e o papel dos Tribunais de Contas neste contexto reformista.

PROBLEMA DE PESQUISA: A problemática que se propõe a tratar, portanto, dizem


respeito à dificuldade existente para se traçar limites quando do exercício do controle
judicial dos atos administrativos discricionários, principalmente quando da verificação de
sua conformidade com o princípio da juridicidade, que também foram desenvolvidos e ter
como resultado uma resposta, e este trabalho têm inquietação à grande necessidade de
oram melhor controlar o regime jurídico de serviço público como garantia fundamental
preconizada na nossa carta magna.

OBJETIVO: O objetivo da pesquisa é analisar O contexto, entende-se que empreender uma


gestão pública moderna, eficiente e, principalmente, honesta é uma necessidade urgente na
atualidade, tornando as informações e os indicadores insumos da maior importância para um
planejamento proativo e efetivo, pré-requisito básico para a tomada de decisão. A administração
pública deve estar sempre preservada de todos os tipos de irregularidades que possam manchar a
gestão do dinheiro público. Muitos setores fazem da atividade pública uma forma de aquisição de
recursos para o próprio patrimônio ou para o patrimônio de outras pessoas.

MÉTODO: Os fundamentos metodológicos que nortearam este trabalho foram utilizados o


tipo de pesquisa bibliográfica, a fim de analisar o diverso acervo de textos decisivos para o
esclarecimento ou demonstração do problema escolhido, onde pesquisamos qual a
importância do controle jurídico do serviço publico como garantia fundamental, bibliografia
é o conjunto dos livros escritos sobre um determinado assunto. É na pesquisa que utilizamos
diferentes instrumentos para se chegar a uma resposta mais precisa.

Pesquisa bibliográfica consiste no exame desse manancial, para levantamento e análise do


que já se produziu sobre determinado assunto que assumimos como tema de pesquisa
científica. Chamamos de fontes os textos originais, ou textos de primeira mão sobre
determinado assunto.

Quanto à forma de abordagem do problema em estudo, foi à abordagem qualitativa, que


implicava em uma série de leituras sobre a boa prestação do serviço público e garantia do
exercício pleno do direito fundamental para elaboração de resenhas a fim de estabelecer
correlações para ao final construir seu ponto de vista conclusivo.

RESULTADOS ALCANÇADOS: Busca por meio de esta pesquisa verificar a definição


de como seria a prestação de um serviço adequado, demonstrado, a releitura democrática
e inclusiva do instituto do serviço público, procurando fundamentar, com base na
dogmática constitucional, mecanismos que permitam assegurar a máxima efetividade dos
direitos sociais por ele instrumentalizados. Tal leitura almeja, em última análise, a
otimização do serviço público como elemento capaz de distribuir riqueza, de gerar
desenvolvimento social, com harmonia, mediante a atuação necessária e proporcional,
eficiente e justa do poder público, independente de qual ação, representativa, indireta ou
direta, sendo pública na sua plenitude, porém com muita eficiência social.
REFERÊNCIAS: ALEXY, Robert. Los petrechos fundamentales em el estado constitucional
democrático. In: CARBONELL, Miguel (Ed.). Neoconstitucionalismo (s). 2. ed. Madrid: Trotta,
2005.

ARAGÃO, Alexandre Santos de. Direito dos serviços públicos. Rio de janeiro: Forense, 2007.

ARANTES, Aldo. O FMI e a nova dependência brasileira. São Paulo: Alfa Ômega, 2002.

ÁUREA, Adão. Estado absoluto e o ensino das primeiras letras. Lisboa:


Fundação Calou-te Gulbenkian, 1997.

AVELAR, Matheus Rocha. Manual de Direito Constitucional. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2005.

BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Processo administrativo disciplinar. São Paulo: Max
Limonad, 2003.

BRUNO FILHO, Fernando Guilherme. Eficácia das Normas Constitucionais de Direitos


Fundamentais: o direito a habitação. Cadernos de Direito Constitucional e Ciência Política, v. 7,
n.26, p. 241-256, jan./mar. 1999.

FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Editora Atlas.
1990, p. 215

FILHO, Marçal Justen. Curso de Direito Administrativo. 2º ed. São Paulo: Saraiva 2006.

FREITAS, Juarez. O Controle dos Atos Administrativos e os Princípios Fundamentais. 2.

MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 7. ed., São Paulo: RT, 2003

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 15. ed., São Paulo:
Malheiros, 2003.

MIRANDA, Jorge. Teoria do Estado e da Constituição. Rio de Janeiro: Forense, 2003.

MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de Direito Administrativo. 14. ed., Rio de Janeiro:
Forense, 2006.

NOVAIS, Jorge Reis. As restrições aos direitos fundamentais não


expressamente autorizadas pela Constituição. Coimbra: Coimbra, 2003.

PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 1. ed. Rio de


Janeiro: Max Limonad, 2000.
AS PRISÕES PROVISÓRIAS E A GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA FRENTE AO
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

David Robinson Ferreira Dias (davidrobinson17@hotmail.com)


Felipe dos Santos Silva (felipedossantos95@outlook.com)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Faculdade Integrada de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

Linha de Pesquisa
Direito Penal e Constitucional.

Palavras Chave
Prisão; Ilegal; Inocência; Princípios; Liberdade.

RESUMO
INTRODUÇÃO: O Estado Brasileiro é uma República Federativa e constitui-se em Estado
Democrático e de Direito. Neste sentido, Estado Democrático sinaliza que o poder pertence e
está ao povo. Enquanto Estado de Direito sinaliza que a lei está acima de tudo e impera
independente da vontade de quem quer que seja. De sorte, no Brasil vive-se sobre o império da
lei e está organizada hierarquicamente, tendo na Constituição da República sua lei maior e
soberana. A Constituição da República, especificamente em se tratando de matéria processual
penal, apresenta o princípio do Estado de Inocência, que por ser norma constitucional, é
soberano, constituindo qualquer privação de liberdade antes do transito em julgado da sentença
penal condenatória exceção à regra. Desta maneira, as prisões provisórias, objeto deste
trabalho, embora sejam medidas legais, só serão legítimas se justificarem a sua
excepcionalidade objetivamente ante o princípio da presunção de inocência. O Tema é
indubitavelmente uma questão sempre palpitante da legislação instrumental penal pátria. Desta
maneira, propõe-se fazer uma análise desses instrumentos coercitivos de liberdade, frente a
ordem constitucional estabelecida por nossa carta maior, para que haja a formação de outros
paradigmas interpretativos que servem de norteamento, e fique mais claro ver a
excepcionalidade da aplicação destes instrumentos e a inconstitucionalidade deles. Deste
modo, as prisões provisórias, sobretudo a preventiva, só se fundamentam em se tratando de
exceções excepcionalíssimas, lado outro, é uma flagrante violação dos preceitos da Carta da
Republica. A Legislação processual penal pátria, visando a ordem pública e a pacificação
social, estatui como um dos mecanismos de controle e contenção da violência as prisões
provisórias. Todavia, estas demonstram em certos aspectos um paradoxo com o princípio
constitucional da presunção de inocência, haja vista que as prisões provisórias são medidas de
encarceramento que precedem o transito em julgado da sentença penal condenatória, qual seja
a efetivação do princípio da presunção da inocência.

PROBLEMA DE PESQUISA: A Legislação processual penal pátria, visando a ordem pública


e a pacificação social, estatui como um dos mecanismos de controle e contenção da violência
as prisões provisórias. Todavia, estas demonstram em certos aspectos um paradoxo com o
princípio constitucional da presunção de inocência, tendo em vista que as prisões provisórias
são medidas de encarceramento que precedem o transito em julgado da sentença penal
condenatória, qual seja a efetivação do princípio da presunção da inocência.

OBJETIVOS: Demonstrar que, sem dúvida, é função, sobretudo, do Estado, prevenir e


pacificar os conflitos sociais, dispondo para tal fim de vários instrumentos, inclusive as prisões
provisórias. Porém, exaltando que estas são medidas excepcionalíssimas, depois de esgotados
todos os outros instrumentos. Criticar o uso banalizado das prisões provisórias, sobretudo a
preventiva; Demonstrar a inadequação destas condutas com a Constituição, quando vista sobre
a ótica do princípio da presunção de inocência; Levantar questionamentos, reflexões e
apresentar soluções, quanto a compatibilidade das prisões provisórias diante do princípio da
presunção de inocência.

MÉTODO: Esta pesquisa científica caracteriza-se como Indutiva e Dedutiva, pelo fato de se
ter a análise de vários casos concretos e a percepção da incoerência na utilização das prisões
provisórias, decretadas a pedido do Ministério Público e muitas vezes deferidas de forma
irrazoável pelos magistrados. Tendo como técnica de pesquisa, a Pesquisa Bibliográfica, a qual
propõe-se analisar as principais teorias relacionadas ao tema.

RESULTADOS ALCANÇADOS: Conforme proposto e apresentado, há vasta


fundamentação histórica que embaçam a perpetuação no moderno direito penal brasileiro da
aplicação das medidas cautelares penais, mormente as prisões provisórias, objeto desse
trabalho, e largamente explorados em suas fundamentações históricas. De igual sorte, restou
demonstrado efetivamente que o direito é uma ciência com sólidos fundamentos
principiológicos e, tema da magnitude das prisões provisórias, não se justificariam sem sólidos
princípios que as norteiam, bem como as limitam, sobretudo a presunção de inocência.
Propõem-se também, o presente trabalho, relatar de forma sucinta e objetiva os fundamentos
para a legitimação das cautelares penais, mormente as prisões, bem como os requisitos
específicos de cada modalidade. Lembrando que, ficou de fora deste trabalho a extinta prisão
cautelar por força de sentença de pronuncia, e a também extinta prisão cautelar por força de
sentença penal recorrível.

REFERÊNCIAS:

FEU ROSA, Antônio José Miguel. Processo Penal, Antônio José Miguel Feu Rosa - Página
460. Brasília – DF, Editora Consulex.

FRAGOSO, Heleno Cláudio, 1926 – 1985 Lições de direito penal: parte geral/Heleno
Cláudio Fragoso, - 11ª ed., ver. Por Fernando Fragoso. – Rio de Janeiro: Forense, 1987.

MACHADO, ANGELA C. CANGIANO. Processo Penal/ Angela C. Cangiano Machado,


Gustavo Octaviano Diniz Junqueira, Paulo Henrique Aranda Fuller. – 7. Ed. – São Paulo:
Premier Máxima, 2008. – (Elementos do direito)

MIRABETE, Júlio Fabbrini, 1935 – Manual de Direito Penal / Júlio Fabbrini Mirabete – 2
ed. – São Paulo : Atlas, 1985.

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal : parte geral : parte especial /
Guilherme de Souza Nucci. – 4 ed. rev. atual. E ampl. 2. Tir. – 2. Tir. – São Paulo : Editora
Revista dos Tribunais, 2008

OLIVEIRA, Eugênio Pacelli. Curso de Processo Penal, Eugênio Pacelli de Oliveira – 13. ed.,
ver. e atual. – Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010 página 504.
Título do Pôster
O DIREITO AO ESQUECIMENTO E LIBERDADE DE IMPRENSA. OS
DESAFIOS IMPOSTOS NA SOLUÇÃO DE CONFLITOS PARA PROTEÇÃO DO
INDIVÍDUO OU O DEVER DE INFORMAR DAS MÍDIAS.

Autores
Gabriele Natali Strobel

Linha de Pesquisa
ESFERA PÚBLICA-PRIVADA, DIREITOS INERENTES AO INDIVÍDUO EM
CONTRAPARTIDA COM O ESTADO.

Palavras-chave
Direito Civil Constitucionalizado. Colisão de Direitos Fundamentais. Princípio da
Dignidade Humana. Dever de informar. Liberdade de expressão. Direitos da
Personalidade. Tutela da intimidade e privacidade.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Faculdade UNIC Ary Coelho – Rondonópolis/Mato Grosso

RESUMO:

Introdução: A alçada do Direito Civil e Constitucional é essencial para a função do


homem que pretende coexistir. A organização da sociedade e a vida privada de cada
cidadão, se interligam na Carta Magna e parte geral do Código Civil. No mundo
contemporâneo tem-se a Internet como o instrumento mais utilizado para exercer as
vias de comunicações e as notícias percorrem quase que em "velocidade da luz", o
que acarreta no contexto sociológico constante mutação e a necessidade de amparo
legal estatal e do indivíduo.
A pesquisa incumbe em apresentar a tese do Direito ao Esquecimento, reconhecida
pelo Enunciado 531 da VI Jornada de Direito Civil CJF/STJ, que trouxe à margem
forte polêmica que será a essência deste trabalho apresentado. O primeiro
aparecimento ocorreu na década de 1930, no caso concreto de Gabrielle Darley
Melvin, uma mulher que foi absolvida pelo crime de homicídio associado ao seu
trabalho como meretriz. Após esses fatos, a mesma buscava viver tranquilamente, e,
de repente se deparou com uma obra cinematográfica expondo completamente o seu
passado, contendo o seu nome e imagens reais. Devido ao acontecimento, o Tribunal
da Califórnia solucionou o conflito aparente e julgou procedente o pedido da autora
de resguardar os seus direitos de personalidade, pois havia sido violado a sua
intimidade e a privacidade, o que causou danos morais e prejuízos irreparáveis.
Posteriormente, no ano de 2014, mês maio, o Tribunal de Justiça da União Europeia,
proferiu sentença em que o site de buscas “Google” poderá ser obrigado a filtrar
resultados, com o intuito de esconder informações a respeito de determinada pessoa.
Na corte brasileira, houve a edição do Enunciado 531 da VI Jornada de Direito Civil
do Conselho de Justiça Federal (CJF), que tutela a dignidade da pessoa humana na
sociedade de informação incluindo o “Direito ao Esquecimento”. Contudo, foi
somente após os julgados proferidos pela Corte Brasileira, tais quais a Chacina da
Candelária (Recurso especial nº1.334.097) e Aída Curi (1.335.153) que ganhou mais
destaque. Inclusive, no mês passado (abril de 2018) foi empatado julgamento no STJ
sobre aplicação do direito ao esquecimento e a decisão será do ministro Paulo de
Tarso Sanseverino, da 3ª Turma. Nitidamente traz à tona uma colisão de direitos
fundamentais, tendo o enfoque do direito público em contrapartida com o interesse
personalíssimo. Através do estudo doutrinário e jurisprudencial será exposto os
principais aspectos de todo o contexto sob o viés constitucional que abrange
principalmente o âmbito cível, podendo até mencionar quesitos resultantes da seara
criminal. Em suma, aquilo que foi praticado no passado não pode ecoar para sempre
como punição eterna.

Problema de pesquisa: A análise do princípio da dignidade humana, (previsto na CF


de 1988, no art. 1º, III); a liberdade de informação (art.5º, IV, IX e XIV da CF); a
proteção dos direitos da personalidade (art. 5º, V e X da CF e artigos 11 ao 21 do
Código Civil de 2002) que contém a proteção da honra, imagem, intimidade e vida
privada. No que tange ao direito ao esquecimento, origem, conceito, posicionamentos
divergentes de juristas e dos tribunais. O que deverá prevalecer? O amparo para
quem teve a violação de sua privacidade ou o Estado que garante a liberdade de
imprensa, livre e sem censura.

Objetivos: Tem como escopo proporcionar uma contemplação para os leitores,


ademais, instigar, ponderar e impulsionar a realização de novas e maiores pesquisas,
abranger a discussão destes fatos, valores, normas e além do mais, dispor para a
sociedade o conhecimento sucinto, prático e transparente da possibilidade em pleitear
em busca do Direito ao Esquecimento e futuramente dar continuidade nesta pesquisa
com mais profundidade e teor científico para lograr com êxito e exercer forte
contribuição à comunidade acadêmica jurídica.

Referenciais teórico-metodológicos: Através de revisão bibliográfica, será realizada


breve abordagem dos princípios concernentes à liberdade de informação e expressão e
os conceitos dos Direitos da Personalidade, bem como as delimitações em torno dos
direitos fundamentais e principalmente a dignidade humana. Categoria que permite a
proteção da vida como um todo e alcança âmbito internacional regido pelos Direitos
Humanos:
“A inserção da dignidade como princípio constitucional fundamental,
contida em preceito introdutório do capítulo dos direitos fundamentais,
significa, afinal, adoção mesmo de um direito geral da personalidade, cujo
conteúdo é justamente a prerrogativa do ser humano de desenvolver a
integralidade de sua personalidade, todos os seus desdobramentos e
projeções, nada mais senão a garantia dessa sua própria dignidade.”
(GODOY, 2013, p. 2015)

A relevância para a sociedade moderna informativa através de sucintos comentários


dos casos concretos (Monica Lewinsky, ex-BBB's, Xuxa e outros) que são referentes
do Direito ao Esquecimento.

Resultados alcançados: A via judicial permite, de acordo com Viviane Nóbrega


Maldonado, possibilidade de deletar dados inseridos na internet por ato de terceiros
ou o arrependimento em face de conteúdo voluntariamente exposto (a chamada
"sociedade do espetáculo" na qual desesperadamente a maioria das pessoas divulgam
o seu cotidiano numa tentativa desenfreada de transmitir que se tem uma vida perfeita
por intermédio das redes sociais), inclusive atos exercidos antes de completar a
maioridade legal (época de Orkut, quem nunca se envergonhou de alguma publicação
ou foto antiga?), a possibilidade de a imprensa divulgar, no tempo presente, fatos
pretéritos (comumente ocorre entre as figuras públicas e que ocasionam
indenizações). Portanto, há que se verificar que a privacidade “anda de mãos dadas e
lado a lado” com a intimidade. É necessário levar em consideração os particulares que
possuem garantia legal de não sofrer com importunação alheia e muito menos ter
situações invasivas. Quando houver colisão dos direitos fundamentais deve-se
utilizar-se do princípio da concordância prática, proporcionalidade, harmonização e
que a coordenação dos bens jurídicos em atrito seja utilizada a técnica de ponderação.
Para que se obtenha a efetividade destes direitos é feito o sopesamento de forma
colidente e acima de tudo coerentemente fundamentada.

Bibliografia Utilizada

CANÁRIO, Pedro. Garantias da Personalidade. STJ aplica pela primeira vez o


‘direito ao esquecimento’. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2013-jun-
05/stj-aplica-direito-esquecimento-primeira-vez-condena-imprensa - Acessado na
data 11/03/2018.

Coordenadoria de Editoria e Imprensa do STJ. O direito de ser deixado em paz –


direito ao esquecimento no STJ. Disponível em:
http://www.jurisciencia.com/noticias/o-direito-de-ser-deixado-em-paz-direito-ao-
esquecimento-no-stj/2158/ - Acessado na data 11/03/2018.

GODOY, Cláudio Luiz Bueno De. A liberdade de imprensa e os direitos da


personalidade. Ed. Atlas: São Paulo, 2015. 122 p.

MALDONADO, Nóbrega Viviane. Direito ao Esquecimento. Ed. Novo Século: São


Paulo, 2017. 191 p.

SCHREIBER, Anderson. Direitos da Personalidade. 3ª Edição Revista e Atualizada.


Ed. Atlas: São Paulo, 2014. 274 p.
TÍTULO: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES NO BRASIL

AUTORES: MÁRCIO MURTHA B. SANTOS e MARIA FERNANDA STRONA

INSTITUIÇÃO: UNIASSELVI - CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

LOCAL: RONDONÓPOLIS/MT

LINHA DE PESQUISA: DIREITOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE - Justiça


Social: cidadania, dignidade da pessoa humana, direito a vida, movimentos sociais e
políticas humanitárias.

PALAVRAS-CHAVE: Violência; Menor; Poder familiar.

INTRODUÇÃO: O artigo 227, da CRFB, é claro ao dispor que “é dever da família, da


sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.”

Da mesma forma, o artigo 5º, do ECA (Lei 8.069/90) assevera, in verbis, que “nenhuma
criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão”.

Ocorre que, apesar da garantia constitucional e legalmente prevista, a violência


intrafamiliar contra crianças e adolescentes no Brasil é um problema de ocorrência
frequente, que se manifesta de diversas formas (por meio de violência física,
psicológica/verbal, sexual, etc.). Trata-se de problema social que necessita de maior
atenção por parte da sociedade, das autoridades e legisladores, com vistas a proporcionar a
consecução/efetivação dos direitos e garantias das nossas crianças e adolescentes,
assegurados pela Carta Magna de 1988 e pela legislação infraconstitucional.

PROBLEMA DE PESQUISA: Como mencionado, é dever da família, da sociedade e do


Estado assegurar os direitos fundamentais das crianças e adolescentes. No entanto, em
vários casos, estes direitos não lhes são assegurados, mas sim violados no próprio âmbito
de convivência familiar. Diante desta situação, cabe questionar: Quais as consequências
jurídicas para os pais ou responsáveis pela violência intrafamiliar contra crianças e
adolescentes no Ordenamento Jurídico brasileiro? A repressão a condutas desta ordem tem
sido suficiente para a punição e prevenção dos crimes relacionados a violência contra
menores no âmbito familiar? É o que se busca responder.

OBJETIVO: O objetivo da pesquisa em epígrafe é compreender quais são os instrumentos


jurídicos de proteção aos direitos e garantias fundamentais inerentes às crianças e
adolescentes no Brasil, vítimas da violência intrafamiliar, além de buscar formas de
resolução ou ao menos de minimização deste problema social.

MÉTODO: A metodologia utilizada foi a bibliográfica, por meio da exposição de ideias e


citações de doutrinadores como Carlos Roberto Gonçalves, Maria Helena Diniz, dentre
diversos outros. Utilizou-se na presente pesquisa o método dedutivo e a técnica descritiva
das fontes de pesquisa através da análise de leis, sites de internet, doutrinas,
jurisprudências, dissertações e teses.

RESULTADOS ALCANÇADOS: Por intermédio da presente pesquisa foi possível


verificar os fundamentos jurídicos de proteção dos menores em nosso ordenamento
jurídico, concluindo-se que a violência intrafamiliar é ato violador que deve ser mais
rigidamente penalizado, haja vista a gravidade de suas consequências.

Os pais e/ou responsáveis que violarem os direitos e garantias dos menores estarão sujeitos
à perda do poder familiar, bem como às penas legalmente previstas, as quais, no entanto,
têm se mostrado pouco eficientes na repressão deste crime cruel que ocorre de forma
silenciosa em grande parte dos lares brasileiros.
Conclui-se, portanto, que se faz necessária uma maior atuação da sociedade em geral, no
sentido de identificar e reprimir crimes contra crianças e adolescentes em nosso país, pois
somente assim será possível que sejam formados cidadãos de bem, livres de traumas, que
serão os pilares das futuras gerações.

REFERÊNCIAS:

-CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível


em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm- Acesso em: 20 de
abril de 2018.

-DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito de família. 23. ed. Revista,
atualizada e ampliada. São Paulo/SP. Saraiva. 2008.

-GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: direito de família. São Paulo/SP.
Saraiva. 2013.

-MARGARIDO, Ayrton. O muro do silêncio: a violência familiar contra crianças e


adolescentes. São Paulo: CIEDS, 2010.
O ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL E O CONSTITUCIONALISMO
COOPERATIVO

Larissa Aparecida Costa; Vinicius Mendes Silva

[larissac.adv@gmail.com] [vinisp.adv@gmail.com]

Instituição
Universidade de Marília - Unimar

Linha de Pesquisa
Direito Constitucional

Palavras Chave
Estado De Coisas Inconstitucional, Sistema Carcerário, Constitucionalismo Cooperativo.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de mestrado da Universidade de Marília -UNIMAR

RESUMO
INTRODUÇÃO: O presente estudo analisa a conjuntura do sistema carcerário atual,
destacando a realidade do cumprimento de pena privativa de liberdade no país, que nos
direciona para o reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional. A temática ganha
destaque à medida que se estabelecem novos paradigmas na dinâmica social. Sendo assim
o grande desafio da ciência do direito na pós-modernidade, reside em harmonizar os
direitos e garantias expressos na normativa interna e internacional, com a realidade
cultural, política e social do país, com vistas à efetiva tutela da pessoa humana. A
realidade do sistema penitenciário nacional nos direciona para o reconhecimento de um
Estado de Coisas Inconstitucional, que podemos vislumbrar a partir do quadro de violação
sistêmica de direitos humanos, cenário acentuado pela inércia institucional do Poder
Público, impondo ao Poder Judiciário, de forma especifica a Corte Constitucional
Brasileira, o encargo de reconhecer as graves deficiências que permeiam as unidades
prisionais do país, e aos demais órgãos atuar de forma comprometida com a proteção da
dignidade humana no contexto prisional, em consonância com as balizas que estruturam
o Estado Democrático de Direito. A decisão do Supremo Tribunal Federal que reconhece
o Estado de Coisas Inconstitucional atua por meio de um instituto insólito frente ao
quadro excepcional das unidades prisionais do país, indicando o cenário de massiva e
generalizada lesão aos direitos fundamentais dos apenados demanda o compromisso
efetivo com os preceitos constitucionais. Diante da conjuntura que marca de forma
aviltante o cumprimento de pena privativa de liberdade, estamos diante de uma situação
de proeminente excepcionalidade, por meio da qual a atuação isolada de apenas um dos
entes estatais, não teria o condão de solucionar o quadro atual.

PROBLEMA DE PESQUISA: O cotidiano retrata a idiossincrasia da era pós-moderna,


repleta de inovações tecnológicas, assim como nos apresenta a reiteração de episódios de
violência e a sensação de aumento da criminalidade. Nesse cenário político e social,
desponta reflexões no tocante a conjuntura do sistema carcerário brasileiro, diante das
recorrentes violações aos direitos fundamentais dos apenados, e a profunda falência do
sistema prisional que culminou com o reconhecimento do Estado de Coisas
Inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em 2015.
O cenário atual das unidades prisionais brasileiras, que apresenta massivas lesões à
dignidade humana dos apenados, traz à baila reflexões no que concernem as funções
efetivamente exercidas pela pena restritiva de liberdade, em contraponto ao que impõem
a normativa interna e internacional, assim como a notória inaptidão do Estado em tutelar
os direitos fundamentais do preso, criando condições adequadas para a ressocialização e
reintegração do apenado na sociedade.
Diante do atual quadro do sistema carcerário nacional, observamos um distanciamento da
ideologia da ressocialização, uma vez que as políticas públicas voltadas para o cárcere e
as condições em que se estabelece o cumprimento de pena privativa de liberdade nos
direcionam para “o isolamento dos estratos sociais avaliados de maior periculosidade,
neutralizando seus integrantes com acentuada propensão a ruptura” (WACQUANT 2001,
p. 86), postura que pouco contribui para a diminuição da criminalidade.
Os centros prisionais do país, são palco de cruel e degradante tratamento ao apenado, que
é submetido a diversas agressões a sua dignidade, por meio de violência, maus tratos
morais e físicos, ausência de assistência médica, abusos sexuais, ausência de higiene, falta
de trabalho e atividades culturais e a superlotação. As mazelas que permeiam o sistema
prisional, nos direcionam para “a reconhecida incapacidade e incompetência do poder
público em gerenciar amplas massas carcerárias, bem assim de lograr uma política
efetivamente coordenadora da execução penal”. (ADORNO, 1991, p. 68) A degradação
a que são submetidos os apenados no Brasil, é evidenciada sobretudo, no tocante a
superlotação dos presídios, a cultura de violência, prática de tortura e maus-tratos.
(CANCIAN e COSTA 2017).
O cárcere atua como forma de controle social, sendo assim, não busca a solução das
questões atinentes ao crime e a criminalidade. Atuando apenas como manutenção da
situação social que se coloca, produzindo efeitos deletérios a sociedade, que não se
coaduna com a efetivação de garantias no Estado Democrático de Direito.
Diante do quadro aviltante, contando com unidades prisionais superlotadas, sem
condições sanitárias mínimas, assim como no tocante a higiene e acomodações, a atuação
de facções criminosas, torturas e violência que massacram a população em situação de
cárcere, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), ajuizou a Arguição de
Descumprimento de Dever Fundamental nº 347, buscando junto ao Supremo Tribunal
Federal o reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional presente no sistema
carcerário brasileiro.
Analisando o pressuposto fático, consistente na ocorrência de violação genérica e
sistêmica de direitos humanos, que atinge um número indeterminado de sujeitos. Em
relação ao pressuposto político, o voto indica que estamos diante de uma falha endêmica
do Poder Público, caracterizada pela inoperância estrutural das instituições estatais, uma
vez que considerando a ausência de diálogo e cooperação entre as mesmas, elas mantêm-
se inertes, ou quando atuam, o fazem por meio de políticas públicas deficientes. Por fim,
em relação ao pressuposto jurídico para o reconhecimento do Estado de Coisas
Inconstitucional, temos a indicação de ordens judiciais flexíveis prementes à superação
do quadro de inconstitucionalidade, presente no sistema carcerário do país. Nesse cenário,
destacamos que além do reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional, o
Supremo Tribunal Federal, considerando a falha sistêmica-estrutural dos arranjos
institucionais, indica que as ações deveram ser executadas em cooperação, visando
aprimorar a execução de políticas públicas. A vista do exposto, cumpre destacar que a
atuação da Corte Constitucional, atuando como órgão de impulso a promoção do diálogo
entre os órgãos públicos, se deu frente ao cenário de excepcionalidade que permeia o
sistema carcerário nacional.

OBJETIVO: analisar a idiossincrasia que retrata o sistema carcerário brasileiro na pós-


modernidade, desnudando as mazelas que marcam o cotidiano das unidades prisionais do
país e tornam a pena privativa de liberdade ignominiosa e aviltante. A fim de vislumbrar
os pressupostos que permitem o reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional no
Brasil.

MÉTODO: Tendo em vista o cenário de falência do sistema carcerário nacional, nos


valemos das contribuições da criminologia crítica, além do método dedutivo e da pesquisa
bibliográfica e documental.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Diante das complexas relações sociais da pós-
modernidade, cumpre uma rigorosa análise dos fenômenos punitivos, diante do
encarceramento em massa, que expressa a opção recorrente do Estado com a primazia do
caráter estigmatizando e seletivo do sistema de justiça. O reconhecimento do Estado de
Coisas Inconstitucional reclama a ocorrência de falhas estruturais que ferem de forma
intensa e recorrente os direitos fundamentais de um número crescente de indivíduos em
situação de cárcere no país. Sistemática agravada com a recalcitrância institucional, a
medida em que o Poder Público atua de forma deficiente na elaboração e implementação
de políticas públicas direcionadas a solução de calamidade que domina as unidades
prisionais de todo o país. Diante desse quadro de massiva violação a dignidade dos
reclusos, o Supremo Tribunal Federal, atuando em simetria a pioneira jurisdição
constitucional trazida pela Corte Constitucional da Colômbia, determinou uma série de
ações que devem ser executadas de forma coordenada. Por meio dessa medida, o Supremo
Tribunal Federal deixa claro a adoção do ativismo judicial estrutural dialógico, a medida
em que verifica que a gravidade da situação carece de atuação de todos os órgãos
institucionais, e que o diálogo deve ser fortalecido para efetivar as ações de todas as
frentes. O reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional figura como mecanismo
valoroso na tutela coletiva de direitos fundamentais, em especial de indivíduos em
situação de vulnerabilidade ou que, em razão da construção de estereótipos sociais, são
marcados pela exclusão e invisibilidade, implicando em ampla negação de direitos e
agravando os efeitos da prisionização.

REFERÊNCIAS
ADORNO, Sérgio. Sistema penitenciário no Brasil: Problemas e desafios. Revista USP.
Março, abril e maio. 1991.
BIZZOTTO, Alexandre. Inversão ideológica do discurso garantista: a subversão da
finalidade das normais constitucionais de conteúdo limitativo para a ampliação do sistema
penal. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2009
CAMARGO, Antonio Luis Chaves. Sistemas de penas, dogmática jurídica penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2001.
CAMPOS, Carlos Alexandre. Da Inconstitucionalidade por Omissão ao “Estado de
Coisas Inconstitucional”. 2015. 245 f. Tese (Doutorado em Direito). Centro de Ciências
Sociais. Programa de Pós-graduação em Direito, da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro/RJ. 2015.
CASARI. Camila Maria Rosa. Estado de Coisas Inconstitucional no Sistema Carcerário
Brasileiro: Ativismo Judicial Estrutural Dialógico como forma de superação de falhas nas
políticas públicas e efetividade dos Direitos Fundamentais dos Presos. Jacarezinho, PR:
Universidade Estadual do Norte do Paraná. 2017.
CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Teoria da pena: fundamentos políticos e aplicação
judicial. Curitiba:ICPC/Lumen Juris, 2005.
DOTTI, René Ariel. Bases alternativas para o sistema de penas. 2ª ed. São Paulo: Ed. RT,
1998.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. de Raquel Ramalhete.
19. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
GRECO, Rogério. Direito Penal do equilíbrio: uma visão minimalista do Direito Penal.
4º Ed. Niterói, RJ: Impetus, 2009.
JUNQUEIRA, Ivan Carvalho. Dos Direitos Humanos do Preso. São Paulo, Lemoz e Cruz,
2005.
MADRID. Fernanda de Matos Lima. A função oculta da pena privativa de liberdade e do
sistema prisional. Disponível em: https://www.uenp.edu.br/posdireito-teses-dissertacoes-
defendidas/direito-dissertacoes/3938-fernanda-de-matoslima-madrid/file.
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de direitos humanos. São Paulo: MÉTODO,
2014.
PIMENTEL, Manuel Pedro. O crime e a pena na atualidade. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1983.
WACQUANT, Loïc. As prisões da miséria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda da legitimidade do
sistema penal. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora Revan, 2014.
TÍTULO DO TRABALHO: Responsabilidade Civil e proteção do consumidor no
espaço virtual.

AUTORES: Analu Lemes Marques e Regina Moraes Campos.

INSTITUIÇÃO: Unic

LOCAL: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto FAIESP –


UNIC, Curso de Graduação Direito.

LINHA DE PESQUISA: - Apreciação da questão contratual, da


responsabilidade civil, da proteção da privacidade no espaço virtual e dos
instrumentos para a defesa do consumidor em juízo.

PALAVRAS CHAVE: Código de Defesa do Consumidor, Espaço Virtual,


Responsabilidade Civil.

INTRODUÇÃO: O presente trabalho tem como objetivo estimular o estudo e a


busca pelos direitos básicos do tema tão atual e tão violado nos dias de hoje,
que é o direito do consumidor no âmbito das relações virtuais.
Abordar de forma prática os direitos e deveres, relacionando com os princípios
constitucionais.
É de conhecimento geral que a privacidade é direito do individuo, e a
Constituição Federal prima pela sua proteção, por observar que a vida das
pessoas esta constantemente exposta ao mundo digital. Devido à rapidez e
comodidade que adquirimos as coisas pela internet, observa-se o aumento de
número de vezes que divulgamos nossos dados em sites que muitas vezes são
vulneráveis e permitem que outras pessoas acessem essas informações.
O operador do direito tem uma compreensão de quais práticas violam a
privacidade na Internet, além disso, é necessária a identificação dos agentes
causadores do dano, a caracterização das condutas praticadas no meio digital
e sua correspondência com as hipóteses presentes no ordenamento jurídico.
Neste contexto é grande a demanda judiciária ensejando a aplicabilidade dos
institutos que resguarda e repara as vitimas de algum dano sofrido.
Entretanto é necessário identificar a qual tipo relação de consumo para aplicar
a responsabilidade civil no caso concreto. A responsabilidade civil se constitui
quando o infrator deve reparar o dano causado a vitima, trata-se de obrigação
pessoal, o que resulta em perdas e danos.
O contrato de consumo eletrônico é regido pelo princípio da obrigatoriedade do
cumprimento das cláusulas estipuladas no contrato, significando dizer que o
seu cumprimento poderá ser exigido, inclusive judicialmente, pela parte que o
infringiu, a menos que se configure uma das causas em que a lei civil ou
consumerista admita a revisão ou rescisão do pacto. Não obstante, este
princípio básico dos contratos civis é passível de sofrer severas restrições ao
seu cumprimento em razão de configurar-se o contrato de consumo eletrônico
como típico contrato de adesão.
Nos pactos de adesão, conforme é amplamente sabido, não há espaço para
uma ampla discussão das cláusulas no momento da contratação, restando ao
contratado apenas a possibilidade de aderir ao que já está previamente
estabelecido pelo poder econômico instituído. São estipuladas regras padrão a
serem incorporadas a uma pluralidade de contratos, devendo ser consideradas
nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que retratem quaisquer das
práticas contidas no art. 51 e respectivos incisos do Código de Defesa do
Consumidor, bem como cláusulas que vão de encontro a normas de direito
público de caráter imperativo.
É necessário ter reconhecido o dever de proteção, que é fundamentado na
boa-fé objetiva, trazendo a noção de que o fornecedor, ao provocar no
consumidor uma sensação de maior segurança em relação aos serviços
prestados, deve responder por eventuais prejuízos que frustrem tal expectativa.
Responderá independentemente de previsão contratual expressa ou mesmo a
despeito de cláusula exonerativa de responsabilidade.

PROBLEMA DE PESQUISA: Como responsabilizar civilmente aqueles que


violam o direito à privacidade na Internet?
É difícil muitas vezes identificar de onde partiu o ato ilícito, mas com
competência, um perito em informática alcança o infrator; e o advogado deve
conhecer o direito da informática, os direitos que envolvem o pedido para
produzir provas em favor de seu cliente.

OBJETIVO: Evidenciar que as transações realizadas em estabelecimentos


virtuais não alteram os direitos garantidos aos consumidores pelo CDC. Vimos
que os princípios existentes no Direito do Consumidor são perfeitamente
aplicáveis aos contratos realizados eletronicamente, tais como: vulnerabilidade,
autonomia da vontade, confiança e boa fé, para que o desequilíbrio contratual
não ocorra, resguardando a igualdade entre as partes.
Temos que a responsabilidade civil nos contratos de consumo pode ser
subjetiva e objetiva. O CDC adotou a responsabilidade objetiva como regra. E
no caso das contratações via internet, mas ainda se justifica a utilização da
responsabilidade objetiva, já que os consumidores estão em uma situação de
vulnerabilidade maior que a média dos consumidores em geral.

MÉTODO: O presente artigo será elaborado com apoio no método dedutivo,


pesquisa básica e explicativa, através da pesquisa bibliográfica realizada com
os principais autores no campo do direito do consumidor. O texto será
construído com dados divulgados na Internet e doutrinas, relacionados ao
comércio eletrônico e ao consumidor virtual, que é o principal objeto de estudo
deste trabalho.

RESULTADOS ALCANÇADOS: Podemos observar que a internet é uma das


grandes evoluções para o comércio, fez a economia crescer e movimentar
bilhões de reais, como também a grande demanda judiciária com danos morais
e danos materiais sobre produtos, serviços e até mesmo os dados pessoais
das pessoas que é constantemente exposto no neste meio, levando em
consideração os fatos relacionados podemos concluir que existe
responsabilização para tais infrações praticadas, inclusive o mundo virtual, não
somente quando se realiza algum tipo de transação, mas também sobre os
dados pessoais que muitas vezes são divulgados na internet.
REFERÊNCIAS: BENJAMIN, Antonio Herman V., MARQUES, Claudia Lima,
BESSA, Leonardo Roscoe. MANUAL DE DIREITO DO CONSUMIDOR. 7ºed.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais LTDA, 2016. 167 p.

GRINOVER, Ada Pellegrini. et al. CÓDIGO BRASILEIRO DE DEFESA DO


CONSUMIDOR. 11ªed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2017. 490 p.
1

DIREITO AMBIENTAL:
UM CASO DE COMPENSAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE FEITA POR CONDOMÍNIO HORIZONTAL.

Autora: Danielly Garcia Piato

Co-autora: Thais Louana Mendes Silva

Linha de Pesquisa: Áreas de preservação permanente e seus aspectos.

Palavras – chave: Direito Ambiental; Áreas de Preservação Permanente;


Compensação; Termo de Ajustamento de Conduta.

INTRODUÇÃO: O escopo deste trabalho ressalva a importância do estudo acerca do


Direito Ambiental e da sua tutela protetiva ao meio ambiente, em contrapartida com o
direito à propriedade privada. Sabendo da relevância social do tema em questão, a
proposta é investigar o ordenamento ambiental e obter dele o novo aspecto da
propriedade privada, bem como as condutas humanas a serem exigidas sobre tal
tema. Tal análise intentará também desvelar, como objetivo final, as atitudes e
escolhas humanas, na sociedade atual, sobre o tema, conforme o disposto no
ordenamento jurídico ambiental nacional.

PROBLEMA DE PESQUISA: Tendo em vista os inúmeros problemas que envolvem


as questões ambientais e de propriedade, delimita-se o tema ao direito de propriedade
privada e a proteção das Áreas de Preservação Permanente (APP’s), no que tange
aos Condomínios residenciais.

OBJETIVOS: Deste modo, cabe o esclarecimento do que são as Áreas de


Preservação Permanente (App’s) e, ainda, da inconstitucionalidade e ilegalidade da
supressão de tais áreas, pelos condomínios residenciais nos casos concretos.
Portanto, o presente projeto tem o escopo inicial de responder à seguinte questão: o
que e quais são as Áreas de Preservação Permanente (APP’s)?

REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS: Os métodos de abordagem


utilizados foram o dedutivo e o dialético, e a pesquisa também foi realizada através do
método histórico, pois para uma melhor compreensão da função e natureza de
2

instituições, costumes e formas de vida social, é importante pesquisar suas origens


no passado. O estudo foi realizado sob a técnica de documentação indireta, através
de pesquisas bibliográficas, visto que os autores das obras relacionadas na referência
apresentam conhecimento especializado sobre o tema, proporcionando um
esclarecimento considerável, também, sob a técnica de documentação direta, através
de pesquisa de campo com levantamento de dados no próprio local.

RESULTADOS ALCANÇADOS: A proteção constitucional e legal das Áreas de


Preservação Permanente (App’s) não permite sua supressão para a construção de
Condomínios residenciais. Todavia, o homem vive em busca de formas que o
favoreçam, financeiramente, e com isso, ele encontra meios para burlar tão proteção.
A tutela ambiental tenta por meios diversos contribuir com a tutela constitucional no
tocante as Áreas de Preservação Permanente (APP’s), mas, ainda falta um grande
avanço nessa relação, para que logrem êxito em tal proteção. Faltam incentivos por
parte do Estado na área fiscal, e, principalmente, faltam penalidades adequadas para
tal supressão. É certo que, apenas através da observância destas circunstâncias, e,
com olhos voltados para o que falta, é que vai ser possível trabalhar em prol de suprir
tantas ilegalidades cometidas pelo homem em relação ao texto constitucional. Visando
as soluções supracitadas, é necessário o fiel cumprimento da Lei, sabendo que nossa
Constituição Federal e o Código Florestal Brasileiro, são os grandes guardiões do
Meio Ambiente em nosso país. Por fim, de modo a serem respeitadas, as APP’s, em
sua totalidade, são necessários: o suporte estatal, cumprindo sua função fiscal, tanto
na parte das penalidades quanto na parte executiva da fiscalização. E, ainda, que as
leis sejam executadas e cumpridas, para que assim, a supressão dessas áreas seja
estancada e o Meio Ambiente preservado. E nos casos de compensação, que o Termo
de Ajustamento de Conduta seja incentivado trazendo benefícios às partes e lazer à
toda a coletividade.

REFERÊNCIAS:
CORRÊA, Edson Luiz Pizzigatti.; Evolução da legislação ambiental. Disponível em:
<http://profedsoncorrea.blogspot.com.br/2011/08/evolucao-da-legislacao-ambiental.html>.
Acessado em: 21 de out. de 2015.
3

COUTINHO, Francisco Seráphico da Nóbrega; TALTEN, Farias.. Direito Ambiental: o meio


ambiente e os desafios da contemporaneidade. Belo Horizonte: Fórum, 2010, p. 187 e 189.

FARIAS, Talden Queiroz. Avaliação de impactos ambientais estudo prévio de impactos


ambientais. Disponível em: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3788. Acesso em: 30 de jul.
de 2015.

FERREIRA, Jasson de Oliveira.; A evolução histórica da questão ambiental. Disponível


em: <http://ambientalcampoformso.blogspot.com.br/2012/10/evolucao-historica-da-questao-
ambiental.html>. Acessado em: 17 de jun. de 2015.

MENDES, Instituto Nacional Chico. Compensação ambiental. Disponível em: <


http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/compensacao-ambiental.html>. Acesso em: 20 de
Nov. de 2015.

MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: A gestão ambiental em foco. 7 ed., revista, atualizada
e reformulada. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p. 183, 184.
MONITORAMENTO ELETRÔNICO DE PRESOS: A SUA APLICAÇÃO E
EFETIVIDADE É POSITIVA PARA O ESTADO E PARA A SOCIEDADE?

Cibelle Pereira Rodrigues; cibelle_rodriguespereira@hotmail.com


Pamela Medeiros Dos Santos; pamela.medeiro@hotmail.com
Orientadora Prof. Esp. Regina Rodrigues Nagayama; renagayama@gmail.com

Instituição:
Projeto de Iniciação Científica, do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas Sobral Pinto – FAIESP/UNIC
Local:
Rondonópolis - MT
Linha de Pesquisa:
Efetividade e politicas públicas, Direitos Humanos e Criminologia.

RESUMO
Introdução: O Monitoramento Eletrônico surgiu da necessidade da sociedade ao longo do seu
desenvolvimento, uma vez que situação atual da criminalidade, juntamente, com a superlotação
carcerária, veio acarretando efeitos desfavoráveis. Não obstante, cria-se o monitoramento
eletrônico como uma alternativa para conter o crescente número de pessoas em unidades
prisionais. Compreende-se que o monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica é um
benefício para o preso, porém, o descumprimento das regras regredirá para regime anterior.
Problema de Pesquisa: A problemática que norteia a presente pesquisa é: Os equipamentos de
monitoramento eletrônico de presos apresentam dificuldades que podem influenciar na
aplicabilidade e efetividade? Objetivo: Diante disso, tem por escopo analisar a aplicabilidade
e efetividade do atual monitoramento eletrônico de presos com o auxílio de tornozeleira
eletrônica, como reflexos positivos ao Estado e para sociedade. Busca-se evidenciar
determinados benefícios para o reeducando e para sociedade, visto que o preso de menor
potencial de periculosidade estaria se prejudicando em regime fechado, devido influências que
a prisão pode ocasionar. Método: Para tanto foram utilizadas pesquisas bibliográficas de
doutrina, teses, artigos, legislação, jurisprudência e demais dados relevantes, que proporcionam
conhecimentos sobre o tema. Resultados Alcançados: Por meio desta pesquisa, é possível
alcançar o objetivo geral, apontando como alternativa positiva o monitoramento eletrônico.
Contudo, há falhas técnicas ou problemas de uso no equipamento que dificultam sua efetiva
aplicabilidade. Assim, pode refletir no comportamento do reeducando, que descumprem as
normas ou não buscam orientação para possível solução.
Palavras-chave: Monitoramento. Efetividade. Direitos Humanos.

Referências:
MELO, Viviane Souza de. MONITORAMENTO ELETRÔNICO E O USO DE
TORNOZELEIRAS. Disponível em:
http://www.fespfaculdades.com.br/painel/uploads/arquivos/ARTIGO%20VIVIANE%20-
%20corrigido.pdf acesso em 18/04/2018.

MEDEIRO, Camila Dias de. O MONITORAMENTO ELETRÔNICO DE PRESOS .


Disponível em:
<http://www.repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/357/3/20656210.pdf>. Acesso em:
18 mar. 2018.
FARIAS JUNIOR, João. Manual de criminologia. 4 ed. Juruá Editora – Curitiba, 2015.
.
DIREITOS HUMANOS E PROTEÇÃO A PESSOA COM DEFICIÊNCIA E A
PROIBIÇÃO DA EXCLUSÃO E DISCRIMINAÇÃO POR MOTIVO DE
DEFICIÊNCIA

Autor
Kleiton Ribeiro Campos (FAIESP -UNIC)

Instituição
Faculdade de ciências sociais e humanas sobral pinto - (FAIESP-UNIC)

Linha de Pesquisa
DIREITOS HUMANOS, ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIENCIA,
CONSTITUCIONAL.

Palavras Chave
Proteção. Inclusão. Não discriminação.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade
UNIC Educacional de Rondonópolis- MT(FAIESP-UNIC).

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa busca observar a efetivação dos direitos
declarados constitucionalmente, tendo em vista o principio da igualdade e da não
discriminação, bem como nos casos de violação, onde a proteção de tais direitos e
garantias devem ser exigidas, considerando a autonomia e participação de todos para
coibir qualquer forma de discriminação por motivo de deficiência.
PROBLEMA DE PESQUISA: Como a proteção dos direitos violados e a
responsabilidade por atos de discriminação contra a pessoa com deficiência e o
procedimento a ser adotado para garantia da integridade física, moral e intelectual
devem ocorrer? O direito a igualdade e não discriminação é garantido pela
constituição e regulamentado pelo Estatuto da Pessoa com deficiência (Lei
13.146/2015) em que tange a primazia da dignidade da pessoa humana sendo essa
ultima fundamento da republica brasileira (Art. 1º, III CF). Além disso, a promoção
do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação é consignada como um dos objetivos da república Brasileira
(Art. 3º, IV, CF). Tendo em vista tais garantias o estatuto assevera no tocante a
igualdade de oportunidade com as demais pessoas e promover e manter sua
autonomia sem que o tratamento igualitário por todos seja visto ou encarado como
encargos e demandas, como dito pelo próprio estatuto; as barreiras atitudinais que se
refere às atitudes e comportamentos dos demais cidadãos (Lei 13.146/2015 artigo 3º).
Mas que sejam vista com olhar e aspecto natural, empático da sociedade civil para
introdução pura e rudimentar a fim de se desenvolver, alcançando com precisão tais
garantias e promovendo acessibilidade plena das pessoas com deficiência no meio
social.
OBJETIVOS: Este trabalho científico tem por objetivo trazer a sociedade, de acordo
com a legislação pertinente e conforme a aludida convenção internacional sobre os
direitos das pessoas com deficiência no que tange os procedimentos e meios, o
respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de
fazer as próprias escolhas, e a independência das pessoas, a plena e efetiva
participação e inclusão na sociedade, o respeito pela diferença e pela aceitação das
pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade, bem
como a importância das políticas públicas de inclusão. Temos por exemplo o
procedimento trazido pelo estatuto, informando e orientando o acesso ao Cadastro
Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro público
eletrônico com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disseminar
informações georreferenciadas que permitam a identificação e a caracterização
socioeconômica da pessoa com deficiência, inclusive das barreiras que impedem a
realização de seus direitos. (Lei 13.146/2015 arti.92º). Contudo pode se afirmar que é
dever de todos, comunicar à autoridade competente qualquer ameaça ou violência a
pessoa com deficiência, considerando que o estatuto ora apreciado regula e expõe
direitos e garantias e tipifica os crimes bem como suas respectivas penas. A fim de
combater todo meio de discriminação e ao mesmo tempo romper com os paradigmas
de que a repreensão à exclusão por si só não promove a inclusão, a não ser quando o
próprio indivíduo titular do direito se promove ao passo de sua autonomia,
enfrentando barreiras, sem que sofra constrangimento, levando a responsabilização
aqueles que não promovem a inclusão agindo discriminatoriamente.
MÉTODO: O método usado para realização do presente trabalho foram o jurídico –
dedutivo, baseados em pesquisa bibliográfica e com marco teórico na dignidade da
pessoa humana prevista na constituição, buscando orientar e trazer à tona a solução
para o assunto destacado, bem como o procedimento para alcançar a concretude do
direito ora explicitado.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Partindo do ideal de que a constituição e o
estatuto trazem como objetivo e diretrizes proteger e assegura o exercício pleno e
equitativo de todos os direitos fundamentais referente a dignidade da pessoa com
deficiência. E considerando que qualquer diferenciação, exclusão ou restrição baseada
em deficiência, com propósito ou efeito de impedir ou impossibilitar o
reconhecimento, o desfrute ou exercício, em igualdade de oportunidades com as
demais pessoas, de todos os direitos humanos e fundamentais nas esferas política,
econômica, social, cultural, civil ou qualquer outra. Abrange todas as formas de
discriminação, inclusive a recusa de adaptação razoável (Lei 13.146/2015). Conclui-
se no que tange aos direitos violados, são de total reparação, devido a força normativa
constitucional no qual está vinculado o estatuto; que prevê o tipo penal e a dita pena
daquele que infringir, deverá ser responsabilizado por atos de discriminação contra a
pessoa com deficiência. Referente ao procedimento a ser adotado para garantia da
integridade física, moral e intelectual da pessoa com deficiência, todos, inclusive a
próprio pessoa ofendida usando de sua autonomia pode apresentar informações
perante a autoridade competente, mas precisamente o Ministério Público (artigo129
CF) como também se no exercício de suas funções, os juízes e os tribunais tiverem
conhecimento de fatos que caracterizem as violações prevista no estatuto devem
remeter peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. Para garantia e
efetividade do direito a igualdade e não discriminação, que políticas públicas de
inclusão e ações afirmativas aceitáveis estejam sempre em pauta, e explicitando
conforme o artigo 5º, caput, da Constituição de 1998, todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se a inviolabilidade do direito a
igualdade.
REFERÊNCIAS

Estatuto Da Pessoa Com Deficiência, Lei 13.146. De 6 julho de 2015.

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo


Facultativo, introduzido pelo Decreto 6.949| 2009, de 25 de gosto de 2009.

Resolução 230 de 22 de junho de 2016 do Conselho Nacional de Justiça.

MORAES, Alexandre. Direitos Humanos Fundamentais, 11 º ed. São Paulo, Atlas,


2017.
Título do Pôster
PRISÃO CAUTELAR E O PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL

Autora
TEREZINHA MARIA DE PAULA

Linha de Pesquisa
DIREITO PENAL

Palavras-chave
Prisão Cautelar. Garantias aos cidadãos. Presunção da inocência.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Trabalho Acadêmico em Direito da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Sobral Pinto – FAIESP
(Pesquisa Coordenada pelo Professor Mestrando Bruno Torquete B arbosa

Introdução: A elaboração deste pôster tem por objetivo principal


compreender as prisões cautelares e o princípio do devido processo legal no
arcabouço jurídico brasileiro, numa dimensão legalista que sustentam as
garantias dos cidadãos, quando necessitarem da proteção do Estado para
dar legitimidade do cumprimento dos direitos e deveres inerentes à pessoa
humana, previstos na Constituição Federal de 1988. Toda medida cautelar
apresenta por finalidade contíguo a proteção dos meios ou das
consequências do processo (de conhecimento ou de execução), o que lhe
atribui a qualificação de instrumento do instrumento. Todavia, na busca da
proteção assegurada ao processo pelas providencias de cunho cautelar,
interesses e direitos podem vir a ser sacrificados, em maior ou em menor
grau. Problema de pesquisa: A discussão teórica levantou o seguinte
questionamento: até que ponto as prisões cautelares e o princípio do devido
processo legal pode garantir ao cidadão a proteção e legitimidade do
cumprimento dos direitos e deveres da pessoa humana, previstos na CF/88?
Objetivos: Este trabalho científico objetiva conhecer os pressupostos
teóricos da prisão cautelar e do princípio do devido processo legal. Busca -se
identificar as características e necessidades da aplicabilidade da prisão
cautelar. Assim, salientar o favorecimento do princípio do devido processo ao
agente. Método: Pesquisa bibliográfica com método jurídico-dedutivo e
análise qualitativa. Resultados: A presente pesquisa foi realizada num
esforço de compreender teoricamente as espécies de prisão cautelar e o
devido processo legal. Concomitantemente os doutrinadores se convencem,
cada vez mais, de que a prisão cautelar apenas precisa ser empregada para
casos excepcionais, quando outros mecânicos confiáveis para a proteção dos
bens, direitos e empenhos encalçados pelo processo penal tenham
fracassado, ou não sejam suficientes para tal proteção, averígua -se ao
menos no Brasil, a utilização crescente das medidas cautelares pessoais
previstas no ordenamento positivo. Embora seja considerado uma maneira de
proteção ao cidadão e estar embasada em princípios constitucionais, a
grande parte da sociedade não admitiu a transformação. Para estes sujeitos,
a transformação é uma configuração de atenuar as penalidades, que procede
no crescimento da impressão de impunidade. Em análise, é fundamental
relatar que a prisão preventiva apresenta como intuito garantir a eficácia da
sentença judicial futura e apenas poderá ser decretada no momento em que
for indispensável.

Referências

ALMEIDA, Raquel Lençoni. Reforma Processual Penal de 2011, medidas


cautelares e presunção de inocência: um estudo à luz dos valores
constitucionais. Intertem@s ISSN 1677-1281, América do Norte, 2012.

CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. v. 1. 21. ed. São Paulo: Saraiva,
2017.

GOMES FILHO, Antônio Magalhães; PRADO, Geraçdp; BADARÓ, Gustavo


Henrique; MOURA, Maria Thereza Rocha de Assis; FERNANDES, OG.
Medidas cautelares no processo penal: prisões e suas alternativas.
Comentários à Lei nº 12.403, de 04.05.2011. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2011.

GRECO, Rogério. Curso de direito penal. 20. ed. rev. e atual. Niterói:
Impetus, 2018.

NUCCI, Guilherme de Souza. Código de processo penal comentado. 16.


ed. São Paulo: Forense, 2017.

OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 21. ed. São Paulo:
Atlas, 2017.
CRIPTOMOEDA: O QUE É O BITCOIN E COMO FUNCIONA A MOEDA
DIGITAL.

Ana Paula Rita Viera (UNIC)


annapaulinhapp@gmail.com
Sueslayne dos Santos Fideles (UNIC)
sueslayne@gmail.com

Linha de Pesquisa
DIREITO, ECONOMIA E DESEMVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL.

Palavras-chave
Bitcoin; criptomoeda; moedas digitais.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Congresso Nacional de Direitos Humanos e Sustentabilidade - CONADHS
Cidade: Rondonópolis / Mato Grosso
Local: Espaço Tulipas - Rua Joana Pereira de Arruda
Data: terça-feira, 8 de maio de 2018

Resumo:

Introdução: Este pôster tem por objetivo principal conceituar sobre a principal moeda
digital existente no mercado, que tem ganhado muita força na internet sua atratividade e
seu potencial de controvérsia. Esta pesquisa foi iniciada, pois tudo que está em destaque
mundialmente no meio tecnológico é de grande curiosidade e conhecimento. Problema
de pesquisa: Afinal, o que é o Bitcoin ? Nada mais é que uma moeda digital do tipo
criptomoeda descentralizada, sem intermediários e sem entidade admistradora central. É
basicamente um arquivo digital que existe online e funciona como uma moeda alternativa.
No momento, o Bitcoin existe praticamente sem nenhuma regulação, mas a tecnologia
por trás do Bitcoin é vista como infalível por algumas das maiores instituições financeiras.
Todas as moedas e todas as transações feitas com elas ficam registradas na rede de internet
em um espaço conhecido como "Blockchain", uma espécie de banco de dados
descentralizado que usa criptografia para registrar as transações. Onde qualquer pessoa
pode ter acesso Dessa forma, os arquivos não podem ser copiados ou fraudados e as
transações não podem ser rastreadas. Objetivos: O principal ojetivo desse trabalho é
revelar como uma moeda digital minerada que não é reconhecida oficialmente está se
expandindo de uma tal forma em sua circulação e como a mesma é tão valorizada. Muitos
ainda desconhece a tecnologia do dinheiro digital, e como a mesma funciona, para termos
noção, por dia são criados 3,6 mil novas moedas de Bitcoin. Eles são criados apartir de
registros de transações, que, quando efetuadas utiliza-se da criptomoeda, onde o acesso
pode ser feito por qualquer pessoa de forma pública. Novos bitcoins são gerados através
de um processo competitivo e descentralizado chamado "mineração". Esse processo
consiste na recompensa dada aos usuários pelos seus serviços. Os "mineiros" de Bitcoin
estão processando transações e fazendo a rede segura usando hardware especializado e
coletando novos bitcoins em troca. O protocolo Bitcoin foi projetado de uma forma que
os novos bitcoins são criados em uma proporção fixa. Isto faz com que a mineraçao de
Bitcoin seja um negócio muito competitivo. Quando mais mineradores se juntam à rede,
se torna cada vez mais difícil gerar lucro e os mineradores precisam buscar eficiência para
cortar seus custos operacionais. A cotação da variação da moeda chegou a oçilar mais de
20% ao dia devido algumas conseguências, mas logo se estabilizou. Ainda não se sabe
realmente quem está por trás dessa idéia de sistema monetário digital, apesar de existir
desde o final dos anos 1990 só veio ao auge em 2008, quando uma figura conhecida
apenas como Satoshi Nakamoto publicou o texto "Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic
Cash System" (ou "Bitcoin: Um Sistema de Dinheiro Eletrônico de Ponto a Ponto". Seu
objetivo é muito claro: tornar-se um novo meio de pagamento para facilitar as transações
financeiras feitas na internet, principalmente no que diz respeito ao comércio eletrônico.
Pelo fato da modernidade e tecnologia estar tão avançados, chegaremos em um ponto de
que usar carteira de bolso será raridade. Existem alguns países inclusive o Brasil embora
ainda bem incipiente, o mercado brasileiro já começaram a abraçar a ideia. Embora a
moeda ainda não seja regulamentada pelo Banco Central, os comerciantes podem se
beneficiar ao aceitar a moeda virtual. “Eles ganham duas vezes: vendem o produto sem o
desconto de taxas do banco e também se beneficiam da variação positiva da moeda",
segundo consultor da Mazars Cabrera observa que "é um caminho sem volta, assim como
o cartão de crédito foi em sua época". A falta de regularização é boa por um lado, por
outro há o risco de o governo cobrar taxas desvantajosas quando começar a olhar para
isso. “E o comerciante também precisa lembrar que quando ele transformar esse valor em
dinheiro, a Receita Federal cobrará imposto sobre a variação do valor de venda do produto
e do dinheiro que ele retira depois”. Referenciais teórico-metodológicos: Para
compreender melhor o Bitcoin e as necessidades e expectativas provenientes de sua
utilização, foi realizada pesquisa exploratória, uma vez considerado que há poucos
estudos, principalmente brasileiros, a respeito do tema objeto deste estudo. O intuito é de,
por meio da pesquisa exploratória, identificar o que realmente é o Bitcoin, e de como ele
funciona. Conclusão: O Bitcoin é resultante de uma tendência agravada pelo advento da
internet: o fortalecimento dos princípios de liberdade e o aumento com a preocupação da
conservação destes por parte das empresas e indivíduos. Entretanto, essa tendência
também nos trouxe implicações relevantes a serem consideradas, como a possibilidade
de anonimato conferido ao usuário velando possíveis práticas criminosas. A
independência de órgãos centrais e burocracias institucionais somadas a praticidade,
autonomia e o valor agregado ao Bitcoin formam o perfeito incentivo ao seu uso.
Contudo, toda as preocupações com a utilização dessa novidade, que ainda nem sequer
pôde demonstrar sua real capacidade em plenitude, devem ser consideradas. Para isso,
faz-se necessário estar atento as polêmicas e discussões. As preocupações levantadas
acerca dos riscos envolvendo o Bitcoin e o empenho que alguns governos dedicam para
tentar regular essa plataforma deforma abrupta se assemelha a apreensão em relação o e-
mail eletrônico na década de 90 em vista de suas características de anonimato. Talvez se
naquela época, esses mesmos governos tivessem adotado medidas objetivadas a boicotar
e impedir a evolução dessa tecnologia, certamente teríamos um prejuízo tecnológico
imensurável no que diz respeito a comunicação digital. O Bitcoin ainda é uma novidade
e é cedo demais para avaliar sua real capacidade, ou afirmar que será o dinheiro do futuro.
Apesar disso, é necessário estuda-lo, sem preconceitos, para que a partir de suas
aplicações práticas, possamos obter referências de como lidar com esse novo marco
tecnológico.

Bibliografia utilizada

http://forbes.uol.com.br/negocios/2018/01/8-estabelecimentos-brasileiros-que-
aceitam-bitcoin/

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-42313567

https://blog.foxbit.com.br/saiba-como-os-bitcoins-sao-criados/

https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2017/12/tudo-o-que-voce-ja-
consegue-comprar-com-bitcoin-no-brasil-e-no-mundo.html

https://tecnoblog.net/219501/bitcoin-escalabilidade-segwit-bip-91-148/

https://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2017/12/26/homem-ou-entidade-
quem-criou-o-bitcoin.htm

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/bitcoin-o-que-e-e-como-funciona-a-
moeda-virtual,b562e99e2f8ececa87c6f27fdad702f316k5hcx0.html
Título do Pôster
A GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE ATRAVEZ DA
ATUAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR.

Autores
Adele Caroline Silva Brito (UNIC)
Rityellen Karolina Figueiro Martins (UNIC)

Linha de Pesquisa
DIREITOS HUMANOS, POLITICAS PÚBLICA.

Palavras-chave
Criança e Adolescente; Direitos; Conselho Tutelar.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Universidade de Cuiabá - UNIC Rondonópolis – MT

RESUMO:
Introdução: Este pôster tem por objetivo principal analisar o sistema de garantia de
direitos da criança e adolescente através da atuação do conselho tutelar que assume a
tarefa de auxiliar na consolidação desse sistema de garantia de direitos. Problema de
pesquisa: O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), Lei Federal nº 8.069 de 13 de
junho de 1990 e a normatização jurídica brasileira que substitui o nosso 2º código de
menores, Lei Federal nº 6.697. Em decorrência dos princípios constitucionais
políticos administrativos e da participação popular surgem os conselhos municipais,
estaduais e nacionais de direito da criança e adolescente e o conselho tutelar no
mínimo um por município com a atribuições de zelar pelo cumprimento dos direitos
da criança e adolescente definidos no Estatuto da Criança e Adolescente. Objetivos:
Este trabalho cientifico busca demostra as garantias de direitos da criança e
adolescente e a atuação do conselho tutelar , visto que este órgão não e um pronto –
socorro de atendimento de direitos, mais sim aquele que em nome da comunidade que
escolheu zela pelo cumprimento dos definidos na lei. Referenciais teórico-
metodológicos: A historia da criança e adolescente segundo o autor Fonseca (2012)
apresentando a abrangência da lei código do menor, Tavares (2010). O Estatuto da
Criança e Adolescente - ECA elenca as atribuições do conselho tutelar de maneira
bem clara devendo o mesmo trabalhar no contexto de rede, integrante do sistema de
proteção da criança e adolescente onde as atribuições do outros órgão também onde
encontra-se estão explicito em lei sendo também um “ e dever da família...” art. 227
capt da CF e 4º da lei. O trabalho será caracterizado como a pesquisa exploratória,
visando proporcionar maior familiaridade com o conhecimento da realidade com o
fato fenômeno, afim desse tornar mais claro, evolvendo um levantamento biográfico
documental, entrevista , estudo de caso entre outras técnicas. Resultados alcançados:
Portanto o desempenho de das atividades do conselho tutelar pode impor medidas de
cunho não jurisdicional, devido seus operadores ter voz forte para com as autoridades
publicas para atuação dos órgãos ou garantia de defesa para cada um cumpria suas
atribuições perante a garantia de direitos a defesa de criança e adolescentes. Sendo um
dever do Estado e da sociedade preservar os direitos voltados à criança e adolescente,
uma vez que seu desenvolvimento físico e mental ainda está em andamento e não
possuem discernimento pleno para agirem sozinhos e muito menos garantir a eficácia
de seus direitos, é necessário que a sociedade civil em geral busque mecanismos para
garantir sua proteção.

REFERÊNCIAS

TAVARES, José de Farias. Comentário ao Estatuto da Criança e Adolescente. 7.


ed. Rio de Janeiro: Forense 2010.
ELIAS, Roberto. Comentários ao estatuto da Criança e do Adolescente. 4. ed. São
Paulo: Saraiva, 2010.
BRASIL. Constituição ( 1988). Constituição da República Federativa. Senado
Federal de 5 de outubro de 1988.
BRASIL. Código penal. Código de Menores, Decreto Lei nº17 943-A de 12 de
outubro de 1927. São Paulo: Saraiva 1970.
MINISTERIO PÚBLICO, Estatuto da criança e do adolescente: lei nº. 8.069 de 13
de julho de 1990. Brasília, 18 de Janeiro de 2012.
ISHIDA, Valter Kenji. Estatuto da criança e do Adolescente e Jurisprudência. 15.
Ed. São Paulo: Atlas S. A, 2014.
FONSECA, Antônio Cezar Lima, Direito da Criança e do Adolescente. 2 ed. São
Paulo: Atlas S. A, 2012.
DIGIACOMO, Murillo José. O Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do
adolescente e o Desafio do Trabalho em “ Rede”. Disponível em: <htt://
www.mppr.mp.br/arquivos/File/Sistema_Garantias_ECA_na Escola.pdf>. Acesso em
11 de março de 2017.
A EFICÁCIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR E SOCIAL
NO TOCANTE A NÃO REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

Autor
Murilo Henrique Queiroz de Lima (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direitos Humanos. Justiça social: cidadania, dignidade da pessoa humana, direito à
vida, movimentos sociais e políticas humanitárias.

Palavras Chave
Redução. Maioridade Penal. Educação Social.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação científica do curso de graduação em direito da Faculdade
Integrada de Rondonópolis - (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: Neste estudo aludimos sobre o polêmico tema que é a maioridade
penal no Brasil, enumerando os prós e contras, tendo como objetivo geral a reflexão
acerca da melhor aplicabilidade do ensino base e de melhores práticas sociais, visando
resultados positivos, com foco na principal ideia, que é a não redução da maioridade
penal. Com base nas normas trazidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente;
fundamentando que a repressão aos mais jovens não são tão eficazes quanto muitos
veículos de comunicação trazem; e aludindo sobre os fatos equívocos que são
encontrados na mídia para a conscientização errônea da população, espera-se, com
isso, que o leitor do presente estudo deixe de ter qualquer dúvida acerca do tema.

PROBLEMA DE PESQUISA: Tendo em vista o déficit educacional e social do


país, uma maior representatividade por parte do Estado no ensino básico e todas suas
ramificações e derivações sociais não favoreceria uma decisão contrária das crianças e
adolescentes na adoção ao crime?

OBJETIVOS: Este trabalho científico objetiva analisar se a redução da maioridade


penal seria efetiva ou traria a violência à um escalão de maiores prejuízos para a
população, tendo ainda como tese base a melhor aplicabilidade da educação escolar e
todas suas ramificações nos meios sociais. Identificar, também, as falhas educacionais
e sociais que fazem os adolescentes aderirem à criminalidade, entrando, assim, em
conflito com a legislação nacional. Por fim, apresentar quais os possíveis atos que
poderiam ser tomados pelo poder público para que a introdução dos jovens no mundo
do crime fosse reduzida

MÉTODO: O presente estudo utiliza de pesquisa bibliográfica e pesquisa prática,


visando estabelecer conformidade entre a prática e a teoria, para encontrar a melhor
resposta para a problemática apresentada.

RESULTADOS ALCANÇADOS: Na contemporaneidade, a sociedade vive em um


quadro de violência muito grande, e junto a isso, a mídia noticia muitas catástrofes e
crimes, na maioria das vezes enfatizando somente a mensagem que querem passar
(manipulando o consumidor da informação). De certa forma, as pessoas, para
encontrar uma solução, se prendem ao fato de que a redução da maioridade penal
resolveria os problemas, deixando, assim, de existir os crimes cometidos pelos
menores infratores, uma solução errônea, haja vista que o melhor caminho é o estado
usar o poder que tem, através dos meios sociais e educacionais, de moldar o cidadão
durante sua juventude, não sendo necessário resolver toda a problemática somente
com o aumento da punição.
Percebe-se durante o estudo, que os menores têm culpa nas suas indisciplinas e, por
isso, são punidos, porém, devem ter uma maior atenção do estado, no que tange a
maior qualidade dos meios educacionais que lhes são proporcionados, para que, desde
o início de suas vidas consigam ter uma formação capaz de fazê-los transitar por um
caminho diferente do mundo do crime.
A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é
realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los
com o encarceramento é tirar a chance de se tornarem cidadãos conscientes de direitos
e deveres, é assumir a própria incompetência do Estado em lhes assegurar esse direito
básico que é a educação
Portanto, pode-se afirmar que o estado tem grande responsabilidade na formação de
todos, por isso, se um adolescente tem uma juventude conturbada, sem o auxílio
devido do estado, este, com certeza, terá grande chance de ser incluído na
criminalidade. Então, enfatizamos que, com um maior aporte do estado na formação
das crianças e dos adolescentes, dificultaria significativamente a adoção destes ao
mundo do crime, tornando, assim, desnecessária a imposição de penalidades aos
menores de 18 anos, seguindo corretamente o texto da Carta Magna.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1988).


Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%
C3%A7ao.htm>.

BRASIL. Lei n.° 8.069, de 13 de julho de 1990. (1990). Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L8069.htm>.

CASTELFRANCHI, Yurij. Estatuto da criança e do adolescente: Um marco na


luta pelos direitos humanos. (2009). Disponível em:
<http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=5&id=70>.

CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. Estatuto da criança e do


adolescente para concursos públicos. 1. ed. São Paulo: Premier, 2005.
Título do Pôster
SISTEMA PENAL E CIDADANIA: RESSOCIALIZAÇÃO DE EGRESSOS DO
SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO

Autores
Josilene Carvalho Pereira
Michelle Souza de Oliveira

Linha de Pesquisa
CRIMINOLOGIAS E POLÍTICA CRIMINAL

Palavras-chave
Detentos. Egressos. Reclusos. Ressocialização. Sistema penitenciário. Mercado de
trabalho.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto

RESUMO:
Introdução: Este artigo tem por objetivo apresentar um breve estudo sobre
sistema jurídico-prisional atual, dos processos de ressocialização propostos e das
repercussões que toda sistemática acarreta ao egresso quando retorna ao convívio em
sociedade. Problema de pesquisa: Com base nos direitos fundamentais e na noção de
dignidade humana do nosso ordenamento jurídico, está prevista na Lei de Execução
Penal (LEP), as formas de assistência ao recluso garantindo como direito sua
reeducação e reabilitação, com o dispositivo legal apontando o trabalho como uma
forma de terapia ocupacional. Entretanto mesmo com esse direito, a sociedade, que
cerca o marginalizado e excluído, apresenta-se como o principal agente desfavorável
à reinserção dos egressos, pois com preconceitos, amplificados pela mídia, esquiva-se
do papel de acolher e reintegrar o indivíduo que cometeu delito. Objetivos: Fazer um
breve resgate histórico, do surgimento dos lugares de custodio e cárcere, seguindo-se
de breve analise do estado atual do sistema jurídico-prisional brasileiro discorrendo
sobre o estado atual das coisas, sem a pretensão de dissecar por completo o tema
exposto serão apresentados casos e projetos de ressocialização que se mostraram
convenientes, apresentando alternativas de ressocialização, e suas repercussões aos
egressos. Referenciais teórico-metodológicos: Utilizou-se como subsidio para o
trabalho os posicionamentos sobre o regime penal brasileiro, em seus aspectos
históricos e estruturais, de autores como Rogério Greco, André Estefam e Victor
Eduardo Rios Gonçalves. A utilização da pesquisa bibliográfica e do método jurídico-
dedutivo, analisando-se os entendimentos e posições dos autores, e corrente
majoritária, atingindo concepções sobre a realidade atual da temática abordada, com
um procedimento histórico-comparativo, afim de sugestionar as alternativas práticas
de ressocialização existentes. Resultados alcançados: A finalidade de todo o
processo do sistema de execução penal é a de reabilitar socialmente o indivíduo que
cometeu crimes e marginalizou-se da sociedade. A maior interessada neste processo
deveria ser a sociedade que cerca estes indivíduos, no entanto percebe-se que a
mesma se contradiz no anseio de estar em um ambiente menos violento, movida de
preconceitos, esta nega a estes indivíduos o pleno “retorno”, principalmente no
mercado de trabalho. Essa conjuntura, essa nova realidade permeia o indivíduo com a
faculdade de reaprender pois não há um tutor de fato, pois não há alguém que possua
o papel de ensinar o detento como se portar diante todo o preconceito que ele irá
constatar fora do sistema prisional, de volta a sociedade. Entendeu-se que o fim
pretendido com a ressocialização é de atacar o fim do processo de violência, de forma
que auxilie os egressos, a ter de volta sua dignidade humana, e diminuir os índices de
reincidentes nos diversos delitos, visto que ao diminuir a reincidência, diminuímos os
índices de criminalidade, tiramos a sobrecarga que ocorre no sistema jurídico
prisional , consequentemente a máquina pública estatal teria mais recursos para
resolver e trabalhar na solução das causas primárias de todo o processo de violência.

Bibliografia Utilizada

ANCEL, M. (2007). A Nova Defesa Social: Um movimento de politica criminal


humanista. Rio de Janeiro: Forense.

ESTEFAM, A., & GONÇALVES , V. E. (2012). Direito Penal esquematizado:


Parte Geral. São Paulo: Saraiva.

FADEL, F. (Outubro de 2009). Breve Historia do Direito Penal e da Evolução da


Pena. RECIJUR, 1-11. Acesso em 05 de Abril de 2018, disponível em
http://revistas.facecla.com.br/index.php/recijur

GRECO, R. (2011). Curso de Direito Penal (13ª ed.). Rio de Janeiro: Impetus.
ARBITRAGEM NA SOLUÇÃO DE LITIGIOS NOS CONTRATOS
INTERNACIONAIS DE ALGODÃO

Melina Oliveira Silva; Raissa Belluzzo


(melinaoliveira.silva@gmail.com); (raissa.belluzzo@gmail.com)

Instituição:
FAIR –Faculdades Integradas de Rondonópolis/UNIASSELVI
Local:
Rondonópolis –MT
Linha de Pesquisa
Direito Civil e Processo Civil
Palavras Chave:
Arbitragem, Contratos Internacionais, Clausula Compromissória.

INTRODUÇÃO: Com as grandes demandas judiciais como única forma de resolução de


conflitos durante anos, houve então a necessidade de buscar novos caminhos para soluções das
lides, formas diferentes de buscar Justiça, meios alternativos e eficientes para a aplicação da
justiça. Um dos meios alternativos aplicados para solucionar litígios é a arbitragem, uma forma
de solução extrajudicial que veio regulada pela lei 9.307/96 que traz as diretrizes para sua
utilização onde a jurisdição é conferida a um terceiro qualificado denominado arbitro que
profira a decisão de maneira ágil e imparcial. Mediante autonomia das partes em manifestarem
interesse na arbitragem , é comum nos contratos internacionais de algodão estar inserido a
cláusula compromissória conforme estipulado no artigo 4º da lei 9.307/96 “a clausula
compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a
submeter a arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato”,
deixando implícito antes de uma possível lide, caso aja descumprimento de alguma das partes,
esta divergência será resolvida por meio de arbitragem e não pela justiça comum. PROBLEMA
DE PESQUISA: Observa-se que diariamente quando nos deparamos com lides contratuais
recorremos a justiça comum para que o juiz através de todas as fases processuais profira um
sentença para solucionar a demanda, considerando essas premissas e o uso e costumes por
demandas judiciais, questiona-se o motivo dos contratos internacionais de algodão optarem pela
arbitragem como forma consensual de solução de conflitos, uma vez que a arbitragem é pouco
difundida e aplicada no Brasil. Na celebração dos contratos internacionais de algodão, há uma
cláusula compromissória optando as partes de forma consensual pela arbitragem, indaga-se a
razão pela qual as partes convencionaram pela arbitragem. OBJETIVO: A pesquisa busca
identificar através do estudo de caso concreto dos contratos, os propósitos pela qual a
arbitragem ser a forma aplicada nos contratos internacionais de algodão, considerando ser
pouco propagada no Brasil, examinando através de bibliografias as vantagens da arbitragem
como forma de solucionar conflitos em lides internacionais. MÉTODO: A análise será
empreendida a partir de bibliografia exploratória e de estudo de casos concretos.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Com a globalização houve um aumento nas relações
contratuais internacionais, onde comprador e vendedor de diferentes países e com diferentes
jurisdições nos casos de disputas contratuais que ao submeter essas disputas a justiça comum
demandaria mais tempo e maiores custos. A arbitragem veio como mecanismo alternativo à
Justiça Comum, para dar mais agilidade, estabelecendo uma nova postura das partes de
cooperação. Entre os resultados obtidos através de pesquisa bibliográfica e estudo de casos dos
contratos internacionais de algodão evidenciou-se que a escolha da arbitragem para a solução
de litígios advindo do descumprimento de contratos e a existência da clausula compromissória
nesses contratos, permeia-se pelo trâmite jurídico mais viável e mais rápido para solucionar
lides, uma vez que na justiça comum essa demanda levaria anos por se tratar de contratos
internacionais com partes em países estrangeiros , e com a arbitragem a sentença arbitral é
reconhecida e executada no Brasil em conformidade com os tratados internacionais com
eficácia no ordenamento interno, conforme art 34 da Lei 9.307/96. Com a alteração da Emenda
Constitucional 45/2004 acrescentando a alínea “i” ao art 105 CF transferindo a competência
para homologação de sentenças estrangeiras do STF para STJ, assim para que as sentenças
arbitrais estrangeiras tenham validade e produzam efeito é necessário a homologação pelo
Supremo Tribunal de Justiça, que irá apenas deliberar, não entrando no mérito da questão. De
acordo com Xavier (2006, p.129-152), o contrato não pode ser visto como antes, fechado em si
próprio, devendo ser integrado a dinâmica institucional e social, valendo-se para tanto de uma
interpretação dentro dos ditames da boa-fé e da função social do contrato, garantindo maior
importância a disposição das vontades das partes dentro do contexto pactuado, do que as normas
propriamente regulatórias. Ao optarem pela arbitragem de forma consensual as partes buscam
uma solução processual é mais rápida, demandando menos tempo de forma mais eficiente, além
da possibilidade de ser julgado por árbitros especialistas que tem conhecimento do formato do
negócio (exportação) e do produto negociado (algodão), dando mais celeridade na solução da
demanda. A opção pela arbitragem é mais vantajosa para as partes por desconhecerem as
legislações do outro país participante do negócio, regras processuais, além da língua e costumes
serem diferentes, ocasionaria uma demanda processual demorada e com alto custo.

REFERÊNCIAS:
BRASIL, Lei n.9.307 de 23 de Setembro de 1996- Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm . Acesso em 30 abr 2018.
BRASIL, Emenda Constitucional 45 de 30 de Dezembro de 2004- Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc45.htm.. Acesso em 30
abr 2018.
LEMOS, Eduardo Manoel. Arbitragem & Conciliação reflexões jurídicas para juristas e
não juristas.Brasilia:Consulex,2001.
XAVIER, José Tadeu Neves. (Capítulo IV – A NOVA DIMENSÃO DOS CONTRATOSNO
CAMINHO DA PÓS-MODERNIDADE). Dissertação de Mestrado – UFRGS – Porto Alegre:
2006. p.129-152.
A INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DAS NACÕES UNIDAS EM
FACE DOS CONFLITO ENTRE PALESTINA E ISRAEL.

Autores
Katherin Samara Fregoneze (FAIR-UNIASSELVI)
Lucas Henrique Souza Modolon (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direito internacional e direitos humanos.

Palavras Chave
Confronto. Intervenção. Organização.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade
Integrada de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

INTRODUÇÃO: A Organização das Nações Unidas (ONU), ou


simplesmente Nações Unidas, é uma organização intergovernamental criada para
promover a cooperação internacional. Fundada em 24 de outubro de 1945, após o
término da Segunda Guerra Mundial, com a intenção de impedir outros conflitos
como aquele. Atualmente a organização das Nações Unidas tenta achar uma solução
para terminar com essa devastadora luta entre os muçulmanos e judeus, e, contudo,
apesar do esforço, não obteve sequer o sucesso de amenizar o confronto. Para
realização dessa pesquisa utilizou-se da apreciação de diversas reportagens e matérias
científicas que serão especificadas ao final. O presente trabalho busca dar aos leitores
uma análise pessoal da importância e efetividade das reuniões da ONU com a real
intervenção nessa guerra que perdura desde o início do século XX a fim de esclarecer
a relevância, eficácia, e ainda, elucidar fatos sobre a história das Organização das
Nações Unidas perante o conflito.
PROBLEMA DE PESQUISA: Via de regra, a ONU é administrada por potências
mundiais que possuem amplo poder político para executar decisões do Conselho de
Segurança, que é constituído por quinze membros, ou seja, cinco permanentes, que
possuem direito a veto – Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China – e
dez membros não permanentes, eleitos pela Assembleia Geral. Em 1945 começou um
dos conflitos que mais gera preocupações e tensão em todo mundo, ele abrange
judeus e mulçumanos, onde ambos os lados reivindicam seu próprio espaço de
soberania, no território de enclave entre a Palestina e Israel. Em 1947 a ONU buscou
intervir sobre o conflito israelense e palestino, na época dividindo a palestina em dois
estados, tentando resolver esse confronto ela já teve aproximadamente 30 encontros
voltados para essa guerra, sempre buscando meios de resoluções para o conflito, que
perdura até os dias de hoje, com ainda mais ênfase. Assim a pesquisa visa entender,
dentro do processo de intervenção da ONU, qual o real poder e interesse social que a
organização possui e a influência que a vontade política americana está exercendo por
ser a principal aliada de Israel, e ainda, participar com destaque no Conselho de
Segurança das Nações Unidas.
OBJETIVOS: Este trabalho científico objetiva identificar se a Organização das
Nações Unidas consegue cumprir os princípios de paz, imparcialidade e neutralidade
nas negociações e debates em nível internacional, presentes em sua Carta das Nações
Unidas. Começamos com o plano de partilha (1947), previa a existência de dois
estados, onde uma área que era dominada por árabes acaba se transformando em um
objeto de partilha entre dois estados. O Estado judeu (Israel), e o Estado Árabe
(Palestina). Entretanto, em 1948, Israel, com o apoio dos Estados Unidos da América,
declarou a existência do seu Estado unilateral, enquanto o Estado da Palestina, não
chegou oficialmente a existir, ou seja, tornando os palestinos uma nação sem Estado,
lutando pela conquista dessa formação. Em meados de 2011, surgiu outro aspecto,
quando o Líder palestino ABBAS, fez um requerimento à ONU, para que a palestina
fizesse parte da própria ONU como um Estado Membro. Porém a Palestina acabou
sendo aceita como uma espécie de observadora, e os Estados Unidos acabou por
vetar, por sua grande influência, a participação da Palestina como membro Pleno na
ONU, sob a justificativa de que seria como se reconhecesse unilateralmente o estado
da Palestina e isso acabaria gerando um sério problema no conflito. Além dessa
questão, aconteceram novos atentados a partir da Faixa de Gaza, onde Hamas fez
ataques contra Israel, levando Israel a contra-atacar, e como Israel possui um poder
Bélico muito maior, acabou sendo muito mais drásticos para a população que vive na
faixa de Gaza. Acabaram por fim surgindo discussões a cerca do abuso deste poder
Bélico de Israel em face dos Direitos Humanos.
MÉTODO: O presente estudo, valendo-se do método de pesquisa qualitativa, de
caráter descritivo, baseados em pesquisa bibliográfica e com referencial teórico a fim
de mostrar a deficiência presente na Organização das Nações Unidas, procura
identificar a falta de êxito na resolução do conflito entre os povos citados.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Pode-se dizer que o objetivo da organização é de
facilitar a cooperação em termos de segurança e direito internacional, possibilitando a
paz mundial, eficácia dos direitos humanos, progresso social e desenvolvimento
econômico. Apesar de todos os “objetivos” nobres presentes na Carta das Nações, ela
se mostra travada por todo interesse politico que a rodeia. Desde o princípio das
hostilidades, os Estados Unidos da América usa de seu posto na ONU, como primeiro
membro permanente do Conselho de Segurança, para beneficiar sua aliança com
Israel e vetar participações significativas e avanços importantes da Palestina. O
Estado Americano é considerado pela ONU como o maior contribuinte de seu
orçamento. Não teria o EUA algum tipo de liberdade por ser considerado o maior
contribuinte da ONU, chegando ao ponto de agir sem mesmo o consentimento da
Organização? Essa situação de vantagens governamentais chegou a um nível tão
imoral que inúmeros presidentes americanos como Lyndon B. Johnson, George
Washington, Jimmy Carter, Barack Obama etc, já cansaram de declarar o fiel apoio a
o povo mulçumano, sob alegação dos israelenses serem a única sociedade
democrática da região, tentando encobrir seu histórico interesse na região do Oriente
Médio pelo petróleo. Grandes Juristas, como Daniel Reisner – ex chefe da IDF
(Departamento de Direito Internacional da Divisão Jurídica das Forças de Defesa de
Israel) afirmam que a ONU é um órgão apenas político, não havendo qualquer sinal
de igualdade ou real preocupação com os problemas internacionais, atendendo apenas
os interesses das potencias globais. Analisando cada regresso dessa guerra, verifica-se
que devido todo interesse de grandes potencias, a ONU fica atada as vontades e
interesses particulares de cada soberania de seus Estados-Membros.

REFERÊNCIAS
FREITAS, Eduardo de. “A Influência da ONU”. Mundo Educação. Disponível em:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/a-influencia-onu.htm. Acesso em 03
de Abril de 2018
PENA, Rodolfo F. Alves. "Muro de Israel"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/muro-israel.htm>. Acesso em 03 de abril de
2018.
SILVA, Júlio César Lázaro da. "Conflito na Palestina: Revisão dos Principais
Acontecimentos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/conflito-na-palestina-revisao-dos-principais-
acontecimentos.htm. Acesso em 03 de abril de 2018.
Título do Pôster
EDUCAÇÃO AMBIENTAL X SUSTENTABILIDADE

Autor
Clebson Guilherme de Sousa

Linha de Pesquisa
DIREITO AMBIENTAL E SOCIOAMBIENTALISMO

Palavras-chave
ONU. Posicionamento. EUA. Iraque.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Trabalho Acadêmico em Direito da Faculdade UNIASSELVI - Centro Universitário
Leonardo Da Vinci. (Pesquisa Coordenada pelo Professor Bruno Torquete Barbosa)

Introdução: A elaboração deste pôster tem por objetivo principal analisar o


crescimento sustentável, esclarecendo como o consumo exagerado afeta a educação
ambiental. Assim, será realizado um estudo observando se é possível a educação ambiental
dentro do meio escolar, tendo em vista que as crianças desde pequenas podem ter uma
consciência voltada à valorização da vida, através de formação de novos hábitos e estilo de
vida diferente, sem o consumismo excessivo, sem o desperdício dos recursos naturais. Vale
destacar que o Brasil é o único país da América Latina que possui uma política nacional
específica para a Educação Ambiental. A educação ambiental para alcançar sua finalidade que
é o consumo sustentável deve adotar medidas estrategicas para cada grupo e segmento da
população. Essas estratégias devem estar direcionadas as populações vulneráveis, analfabetas
ou privadas de informação, as quais em um fraco poder de compra, tentar eliminar a pobreza e
reforçar a democracia. A educação ambiental está ligada ao fenômeno da globalização, a
identidade social, uma vez que está relacionada ao consumo de certos produtos. Problema
de pesquisa: A discussão teórica levantou o seguinte questionamento: a sociedade é
de fato uma sociedade consumista, nessa premissa quais seriam os meios eficazes
para mudar essa realidade? Objetivos: Este trabalho científico, objetiva analisar a
educação ambiental em torna das escolas, e como as escolas com seu papel educador
pode influenciar no desenvolvimento sustentável. Método: Pesquisa bibliográfica com o
método indutivo como base lógica e análise qualitativa. Resultados: O presente artigo
estuda o desenvolvimento sustentável, que tem como fundamento a conscientização da
importância do meio ambiente, uma vez que essa conscientização deve ser iniciada dentro dos
lares familiar e passando também a responsabilidade para dentro das escolas, podendo
trabalhar temas e atividades de educação ambiental, de maneira que possibilite a
conscientização dos alunos e desenvolva a crítica dos mesmos, gerando novos conceitos e
valores sobre a natureza, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Pois é dos
pequenos que começa a educação, para que quando crescerem se tornarem jovens e adultos
entendidos do quão é importante o meio ambiente sustentável, e que só assim poderá garantir
um futuro para as novas gerações.

Referências

FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 8 ed. Ver. Atual
e ampl. São Paulo: Saraiva, 2007.p. 29-30.
SILVA, Márcia Nazaré. A educação ambiental na sociedade atual e sua abordagem no
ambiente escolar. Âmbito Jurídico. Disponível em:
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11367&rev
ista_caderno=5. Acesso em: 03 maio 2018.

SATO,Michele; CARVALHO, Isabel. Educação ambiental. [recurso eletrônico]: pesquisa


e desafios. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 38.

SIRVINSKAS, Luis Paulo. Manual de direito ambiental/ 2 ed.rev. atual e ampl, São Paulo:
Saraiva, 2003.
A ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO EMPRESARIAL COMO MEIO DE
ATENDIMENTO AOS FINS SOCIAIS DA EMPRESA

Déborah Pacífica do Carmo


Deividy Francisco de Oliveira

Instituição:
Projeto de Iniciação Científica, Faculdades Integradas de Rondonópolis – FAIR -
UNIASSELVI
Local onde está sendo realizada a pesquisa:
Rondonópolis, Estado de Mato Grosso.
Linha de Pesquisa:
Crise econômica, Estabilidade financeira de empresas privadas e Os impactos na sociedade.
Palavras-chave:
Capital; Emprego; Benefícios; Sociedade; Desemprego.

RESUMO:
Introdução: Uma ferramenta muito importante para o planejamento estratégico dentro de uma
empresa, auxiliando na manuenção e expanção, é o capital de giro. Foi possivel analisar que se
uma empresa vai bem em seus negócios financeiros, a tendência será aumentar a produtividade,
consequentemente a contratação de mais funcionários e assim sendo, gerando empregos e renda
para a sociedade. A má gestão do capital de giro acaba se tornando um vilão para a empresa, e
com isso, aumentando o índice de pedidos de recuperação judicial. No Brasil esse número é
assustador, e o mais alarmante é que em pesquisas recentes diagnosticaram que apenas 1 (uma)
entre 4 (quatro) empresas que recorrem a Lei de Recuperação e Falência (Lei 11.101/2005),
conseguiram voltar a suas atividades normais. Problema de pesquisa: Estes fatos resultam em
consequências negativas em toda a sociedade, pois quando uma empresa fecha suas portas,
demite todos os funcionários, deixa de gerar empregos, renda, circulação econômica para
cidade e nos casos de grandes indústrias, para o Estado e o País. Nota-se que muitas empresas
se desfazem no primeiro ano de sua existência devido a falta de organização financeira, por
tanto, se tivessem o conhecimento exato sobre o que sua empresa tem e precisa, da reserva em
capital de giro, a chances de algo dar errado é mínima. Objetivos: Despertar o interesse dos
empresários para uma melhor e mais adequada forma de administração do capital de giro, este
que é estabelecido por políticas de cobranças, de vendas e de crédito, estratégia do marketing e
pelo controle do estoque. Também demonstrar a importâncias e os benefícios que as empresas
terão na sociedade, se utilizando desta ferramenta de forma adequada, pois se manterá instável
durante uma crise econômica, continuará a se desenvolver, gerando empregos, lucros, abrindo
mais filiais, ajudando no crescimento econômico social. Método: O marco teórico do estudo
sobre a administração estratégica do capital de giro se baseia nas obras do Dr. Marcos Villela
Vieira e do professor Michel Fleuriet. A utilização da pesquisa bibliográfica, notícias e do
método jurídico-dedutivo, partindo-se de uma perspectiva macro para uma concepção micro
analítico acerca da temática ora em estudo e, por fim, como procedimento técnico a análise da
questão, teórica e interpretativa, buscando sugestão para a solução, além do esclarecimento do
assunto destacado. Resultados alcançados: O capital de giro ou capital de trabalho consiste
em recursos necessários para financiar a continuidade das operações da empresa, no qual
envolvem clientes, estoques, fornecedores, impostos, salários, dentre outras despesas
operacionais. O mesmo está relacionado com todas as contas financeiras que giram e
movimentam o dia a dia da empresa no qual devem estar em sincronia e equilíbrio com a entrada
e saída de recursos financeiros. O doutor e escritor Rachel Sztajn cita em uma de suas obras
como surge uma crise financeira e um dos motivos seriam no que tange a entrada e saída do
caixa por exemplo, pois isso pode causar a insolvabilidade, ou seja, a crise entre o passivo e
ativo da empresa. Quando a empresa tem controle de suas finanças e sabe exatamente quanto
tem de capital de giro, ela pode entre várias outras coisas, pagar todas suas contas nos prazos
estipulados, conhecer o momento certo de comprar e os prazos que pode dar como garantia para
pagar, sem que isso prejudique ou deixe a empresa no negativo, mantendo assim seu ativo e seu
passivo em equilíbrio. A responsabilidade social empresarial é, atualmente, obrigatória em
qualquer planejamento corporativo, sendo necessário colocar em prática para que seja efetiva,
beneficiando a sociedade com empregos e movimentando toda economia. A Constituição
Federal de 1988, no inciso IV do artigo 1º, elencou simultaneamente os valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa como fundamentos da República Federativa do Brasil. Colocados
lado a lado, os dois valores citados são a totalidade do impulso econômico da esfera privada e,
envolvendo classes de indivíduos com interesses muitas conflitantes, no caso, empregado e
empregador. Porém a crise econômica acaba afetando diretamente esse direito fundamental e
regulamentado na Constituição Federal, pois a empresa tendo vínculo com a sociedade, e sua
situação financeira em decadência, prejudica diretamente nos benefícios de emprego e na
movimentação da economia regional e nacional. Desta forma, considerando o capital de giro
como a base de uma empresa de forma que, esteja sólido para sobrevivência na crise financeira.
Se em determinado momento a empresa não consiga se manter por outros fatores
influenciadores e recaia numa recuperação judicial, tendo a mesma uma boa administração do
capital, é possível superar o período de recuperação e voltar com suas atividades normais sem
declarar falência.

Bibliografia Utilizada:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de
1988. Vade Mecum. Editora Saraiva: São Paulo, 2018.
CAVALCANTI, Glauce. Em apuros, empresas recorrem a recuperadores, 24/01/2016.
Disponível na internet em https://oglobo.globo.com/economia/em-apuros-empresas-recorrem-
recuperadores-18532722. Consultado em 26/04/2018 às 09:31.
FLEURIET, M.; KEHDY, R. e BLANC, G. O modelo Fleuriet: a dinâmica financeira das
empresas brasileiras: um novo método de Análise, Orçamento e Planejamento. Editora
Campus: Rio de Janeiro, 2003.
O QUE É CAPITAL DE GIRO em Sebrae Nacional, 21/09/2017. Disponível na internet em
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-e-como-funciona-o-capital-de-
giro,a4c8e8da69133410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Consultado em 27/04/2018 às
00:48.
STOCKLER, Renato. Só uma em cada quatro empresas sobrevive após Recuperação
Judicial, 07/10/2016. São Paulo. Disponível na internet em
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/10/1820669-so-uma-em-cada-quatro-empresas-
sobrevive-apos-recuperacao-judicial.shtml. Consultado em 26/04/2018 às 10:03.
SZTAJN, Rachel; SOUZA JUNIOR, Francisco Satiro; PITOMBO, Antônio Sérgio A. de
Moraes. Comentários à lei de recuperação de empresas e falência: Lei 11.101/2005. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 219
VIEIRA, Marcos Villela, Administração Estratégica do Capital de Giro. 2 ed. Editora Atlas:
São Paulo, 2008.
GUARDA COMPARTILHADA: UM NOVO ENFOQUE NO CUIDADO AOS FILHOS DE PAIS
SEPARADOS OU DIVORCIADOS

Danúbia Souza Ferreira; danubiaroo@gmail.com


Pabiola Heloisa Ferreira Santana; pabiolasantana@hotmail.com

Instituição:
Projeto de Iniciação Científica, do Curso de Direito das Faculdade Integradas de
Rondonópolis – FAIR/Uniasselvi - Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Local:
Rondonópolis - MT
Linha De Pesquisa:
Direitos Humanos e Sustentabilidade
Palavras-Chave:
Guarda compartilhada; Separação; Modelo ideal.

RESUMO:
Introdução: Durante anos, tanto a sociedade quanto o instituto da guarda passa por várias
modificações importantes, mas a guarda não conseguiu acompanhar o desenvolvimento da
sociedade, deixando várias brechas, especialmente na legislação. A separação entre os
casais vem se tornando cada vez mais comum, mas, culturalmente, a guarda dos filhos tem
sido atribuída às mães. Porém, há algum tempo os pais também passaram a exigir o seu
direito de serem guardiões dos filhos. Entretanto, sendo deferida unilateralmente ao pai ou
à mãe, tal modelo não preserva o melhor interesse dos filhos menores. A guarda
compartilhada surge com a necessidade dos pais se fazerem mais presentes na vida dos
filhos após a ruptura da vida conjugal. Problema de Pesquisa: Sabe-se que a guarda
compartilhada é muito pouco conhecida em nossos país, da mesma forma, sabe-se que a
guarda unilateral está se tornando muito obsoleta, consequentemente, deixando o menor de
forma carente em certos aspectos. Posto isso, baseando-se no ordenamento jurídico,
doutrina, jurisprudência e princípios de Direito, qual o valor real da guarda compartilhada?
Efeito psicológico alcançado com a guarda compartilhada? Quais as vantagens e
desvantagens e desvantagens da guarda compartilhada? Objetivo: O objetivo da pesquisa é
analisar a aplicabilidade da guarda compartilhada após a separação do casal e apresentar suas
consequências. Portanto apresentar-se-á o histórico da guarda, bem como sua evolução legislativa e os
tipos de guarda existentes. Buscar-se-á conceituar a guarda compartilhada diferenciando do modelo de
guarda alternada. Demonstrar-se-á como a guarda compartilhada traz mais benefícios aos filhos, pela
importância da convivência com ambos os genitores, analisando-se, além das vantagens, também as
sustentadas desvantagens do modelo e sua aplicação pelo judiciário. Método: Foi utilizado o
método dedutivo e realizada uma ampla pesquisa bibliográfica, utilizando-se dos principais
autores especialistas nesta área do direito, como Waldyr Grisard Filho, Marcial Barreto
Casabona, Ana Carolina Silveira Akel, entre outros, bem como trabalhos de psicólogos,
psicanalistas e assistentes sociais, além de pesquisa jurisprudencial, para verificação da
aplicação prática pelo judiciário. Resultados Alcançados: A guarda discutida tem sido a
solução aos conflitos que surgem por ocasião da separação, com a finalidade de ambos os
pais terem maior contato com os filhos diante da dissolução da relação conjugal. Na guarda
compartilhada o genitor que não possui a guarda física do filho, não se limitaria às visitas
de finais de semana, ou quinzenais, tampouco supervisionar de longe a educação dos
filhos. Ambos os pais participariam efetivamente da vida dos filhos, tomando decisões
conjuntamente sobre os mais variados assuntos, como educação, religião, saúde, formas de
lazer, etc. Com a separação do casal a família não acaba ela se transforma. Um casal que
vive em conflito, com brigas constantes, acaba causando problemas de ordem emocional
nos filhos. Nessas situações, quando verificada a suportabilidade do convívio a separação
conjugal, ou a dissolução de união livre, deveria trazer a solução, mas não é o que costuma
ocorrer na prática, pois os casais começam uma verdadeira batalha judicial, acentuando
seus conflitos e os transferindo para “punições” e “intransigências”, quando, por exemplo,
regram a visitas dos filhos, os pagamentos de pensões alimentícias e a partilha dos bens. A
guarda compartilhada apresenta várias definições. Segundo o entendimento de Grisard
Filho:
A guarda compartilhada, ou conjunta, é um dos meios de exercício da autoridade parental,
que os pais desejam continuam exercendo em comum quando fragmentada .(GRISARD
FILHO; 2002; p. 115).

O direito dos pais é ter os filhos em sua companhia e, quando não chegam a um comum
acordo, compete ao juiz decidir a respeito da guarda da criança e estabelecer os períodos
que esta ficará juntamente com o pai ou com a mãe. Sabe-se que nem sempre a guarda
exclusivamente materna não é a melhor opção para o desenvolvimento físico e psicológico
do menor, afinal, a criança precisa tanto da figura materna quanto da figura paterna para
compreender o real contexto de família. Assim, pode entender que apenas o casal se
separou, mas os pais continuarão juntos e unidos em cada decisão tomada a respeito de seu
futuro. Busca por meio de esta presente pesquisa verificar as soluções para amenizar os
sofrimentos pós-separação, pôde-se entender que a guarda Compartilhada, dentre todos os
tipos de guarda existentes, é o melhor modelo para ajudar no crescimento emocional de
uma criança. A aplicação da Guarda Compartilhada vai trazer a essa criança um contato
praticamente diário com seus pais, recebendo deles a segurança em suas tomadas de
decisões, tendo assim, a contribuição natural na sua educação e criação.

Referências:
BAPTISTA, Sílvio Neves. Guarda e direito de visita. A Família na Travessia do
Milênio. In: PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coord.). Anais do II Congresso Brasileiro de
Família. Belo Horizonte: Del Rey, 2000.
BRITO, Leila Maria Torrada. Guarda Conjunta: conceitos, preconceitos e prática no
consenso e no litígio. In: PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coord.). Anais IV Congresso
Brasileiro de Direito de Família. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
CARBONERA, Silvana Maria. Guarda de Filhos na Família Constitucionalizada. Porto
Alegre: Sergio Antonio Fabris, 2000.
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito de Famílias. 4. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2007.
FILHO. Waldyr Grisard. Guarda Compartilhada - Um novo modelo de
responsabilidade. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.
LEITE, Eduardo de Oliveira. Famílias Monoparentais: a situação jurídica de pais e
mães solteiros, de pais e mães separados e dos filhos na ruptura da vida conjugal. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 1997.
SILVA, Ana Maria M. A lei sobre guarda compartilhada. 2. ed. São Paulo: Jurídico JH
Mizuno, 2008.
Título do Pôster
O DIREITO AO ESQUECIMENTO
SER LEMBRADO DEPOIS DE CUMPRIDO SUA PENA PODE CARACTERIZAR
O “BIS IN IDEM”.

Autores
José Olavo Subtil de Oliveira (FAIR-UNIASSELVI)
Miryã Andréia Paz (FAIR-UNIASSELVI)

Local
Programa de introdução aos trabalhos cientificos em Direito da UNIASSELVI
(Pesquisa Coordenada pelo Professor Mestrando Leonardo De Carvalho Peixoto)

Linha de Pesquisa
ESFERA PENAL, Direito Penal Constitucional.

Palavras-chave
Direito ao esquecimento; Pena; Bis in idem.

RESUMO:
Introdução: Este pôster tem como objetivo principal analisar profundamente o
direito ao esquecimento e se, a sua não aplicação poderia vir a causar o “Bis in idem”
ao expor novamente por meios de comunicação o fato, que venha relembrar a
sociedade de crime ou infração o qual o indivíduo já passou por seu devido processo
legal, e que após o cumprimento da sua pena, dificultará sua reintegração junto a
sociedade, se o seu desrespeito afetaria o Princípio da Dignidade Humana que é um
dos princípios fundamentais da nossa Constituição. Problema de pesquisa: O debate
teórico se instala no momento em que a reflexão sobre o Direito ao Esquecimento
como cunho jurídico-social de demostrar o direito a não ser sub julgado por algo que
já houve sua sanção como previsto no nosso ordenamento jurídico, atentando ao sigilo
das informações de acordo com o Art. 202 Lei 7.284/84, que não seja exposto
novamente de forma a constranger, pois já houve o cumprimento da pena não há de se
falar neste mesmo crime, pois ele já foi quitado junto ao Estado e à sociedade,
surgindo o direito do seu esquecimento para que não haja novamente um “julgamento
social” do indivíduo, pelo mesmo crime, por algo já pago, o que chamamos de “Bis in
idem”, que dessa forma irá constranger e prejudicá-lo na sua reintegração pois isso
impacta negativamente na sua reabilitação por não haver tratamento digno a essa
pessoa, e é dever do Estado dar condições mínimas para que a função da
ressocialização aconteça. Objetivo: Este trabalho científico objetiva despertar a
comunidade jurídica para a violação dos Direitos Humanos o qual o Direito ao
Esquecimento está presente na Constituição Brasileira como Princípio Fundamental
da Dignidade da Pessoa Humana no Artigo 1º, III , a não aplicação deste impactará
negativamente na sua reabilitação, por não haver tratamento digno a essa pessoa.
Devemos entender que o cumprimento da pena já é o pagamento ao Estado e a
sociedade do ilícito por este cometido, e se não houver o esquecimento do crime
cometido pelo individuo, isso impactará negativamente na sua reintegração social
criando um “Bis in idem” pelo julgamento ad eterno da sociedade. Como argumenta o
Ministro Salomão: “Se os condenados que já cumpriram a pena têm direito ao sigilo da folha de
antecedentes, assim também a exclusão dos registros da condenação no Instituto de Identificação, por
maiores e melhores razões aqueles que foram absolvidos não podem permanecer com esse estigma
conferindo-lhes a lei o mesmo direito de serem esquecidos.” Ele ainda ponderou entre a
liberdade de imprensa e a dignidade da pessoa humana: “Assim, a liberdade de imprensa há
de ser analisada a partir de dois paradigmas jurídicos bem distantes um do outro. O primeiro, de
completo menosprezo tanto a dignidade da pessoa humana quanto da liberdade de imprensa; e o
segundo, o atual, de dupla tutela constitucional de ambos os valores.”. Ainda nos ensina que
entre o direito à privacidade e o direito da informação pondera-se o primeiro que
enseja ao Direito ao Esquecimento, "...o reconhecimento do direito ao esquecimento dos
condenados que cumpriram integralmente a pena e, sobretudo, dos que foram absolvidos em processo
criminal, além de sinalizar uma evolução cultural da sociedade, confere concretude a um ordenamento
jurídico que, entre a memória - que é a conexão do presente com o passado - e a esperança - que é o
vínculo do futuro com o presente -, fez clara opção pela segunda. E é por essa ótica que o direito ao
esquecimento revela sua maior nobreza, pois afirma-se, na verdade, como um direito à esperança, em
absoluta sintonia com a presunção legal e constitucional de regenerabilidade da pessoa humana."
(BRASÍLIA, Superior Tribunal de Justiça, REsp. 1.334.097, Relator :Des. Luiz Felipe
Salomão, 2013). Conclui-se na aplicação do Direito ao Esquecimento, sendo vetada a
veiculação de notícias dos fatos que ficaram no passado quando estas notícias
violarem à vida privada, honra, imagem e a intimidade do indivíduo.
Assim, desaparecendo o interesse público do fato notório no momento da ocorrência
da consumação irreversível da extinção da pena ou da absolvição do acusado.
Método: A utilização da pesquisa bibliográfica e do método jurídico-dedutivo,
partindo-se de uma perspectiva macro para uma concepção micro analítica acerca da
temática ora em estudo e, por fim, como procedimento técnico a análise da questão,
teórica e interpretativa, buscando sugestão para a solução do assunto destacado
aderindo ao REsp 1.334.097/RJ e REsp 1.335.153/RJ, publicados em 9/9/2013
Disponivelhttps://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/449750488/recurso-especial-
resp-1631654-sc-2016-0269204-5?ref=juris-tabs. Resultados alcançados: Pode-se
dizer que o resultado deste trabalho é o de evitar um julgamento pela sociedade, e
novamente penalizar a pessoa dos fatos que já fora quitados com o Estado e a
sociedade, não causando o “Bis In Idem” implícito no ato do novo julgamento social
pelo não esquecimento dos fatos passados que já foram pagos ao Estado e a
Sociedade.

Bibliografia Utilizada

BRASIL,LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984,Institui a Lei de Execução


Penal, Disponivel <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm>

BRASIL,CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE


1988,Disponivel
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>

BRASIL,DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940,Código


Penal. Disponivel <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/Del2848compilado.htm>

GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 4 ª ed. rev., atual e
ampl. Rio de Janeiro: Impetus, v.1, 2011 p. 477.
REsp 1.334.097/RJ e REsp 1.335.153/RJ, publicados em 9/9/2013 Disponivel
<https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/449750488/recurso-especial-resp-
1631654-sc-2016-0269204-5?ref=juris-tabs>

VENOSA, Silvio de salvo. Direito Civil Parte Geral. 6 ed. Editora Atlas. São
Paulo, 2006 p. 176.
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS E SUAS CARÊNCIAS

AUTOR (A): Rayanne Mara Gonçalves da Silva

COAUTOR (A): Wislla Dias Rocha

INSTITUIÇÃO LOCAL: FAIR EDUCACIONAL-Faculdades Integradas de Rondonópolis


(UNIASSELVI)

LOCAL ONDE FOI REALIZADO A PESQUISA: Programa de iniciação cientifica do


curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de Rondonópolis- (FAIR-
UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

LINHA DE PESQUISA: Direito Previdenciário.

PALAVRAS CHAVE: previdência social, benefícios, carências.

INTRODUÇÃO: Ao versar sobre direito previdenciário, ramo do direito público voltado a


atender as necessidades da sociedade acerca do Regime Geral da Previdência Social, cada
benefício previdenciário requer uma carência mínima. Nesse sentido, dependerá do
preenchimento de requisitos específicos para ser amparado pelo Instituto Nacional de Seguro
Social (INSS), é necessário ser segurado, ou seja, contribuir para o custeio do sistema. A
previdência social protege necessidades decorrentes de contingências expressamente
previstas na Constituição e na legislação infraconstitucional.

O Direito Previdenciário é regido pelos artigos 194 a 204 da Constituição Federal de 1988,
além disso, deve-se ater às disposições das Leis específicas nº 8.212/91, que trata dos
benefícios, e nº 8.213/91, que trata do custeio. O Decreto nº 3.048/99, por sua vez, formaliza
o que está disposto nas referidas leis, e instrução normativa 77 em seu capitulo IV que trata
das disposições gerais relativas aos benefícios – da carência.

PROBLEMA DE PESQUISA: Analisando e pesquisando a sistemática do assunto foi


possível identificar o quão extenso e importante sabermos deste assunto, que abrange toda
coletividade e que visa tão somente informar sobre direitos e deveres dos cidadãos levando
em consideração que são informações básicas, mas que muitas vezes não chegam atender as
mazelas sociais.
OBJETIVO: O objetivo em questão é esclarecer que o período de carência é o tempo
correspondente ao número mínimo de contribuições indispensáveis para que o contribuinte
faça jus ao benefício, ou seja, cada benefício possui um período mínimo a ser pago pelo
contribuinte, tendo em vista que serão considerados de acordo com a filiação, a inscrição ou
o recolhimento efetuado pelo segurado da previdência social.
– Do Período de Carência dos Benefícios

➢ AUXILIO DOENÇA – Carência de 12 (doze) contribuições mensais;


➢ APOSENTADORIA POR IDADE – Cumprir no mínimo 180 meses de contribuição;
Idade mínima do trabalhador urbano: 65 anos (homem) ou 60 anos (mulher);
Segurado especial: (agricultor familiar, pescador artesanal, indígena): 60 anos
(homem) ou 55 anos (mulher);
➢ APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO/ ESPECIAL – No
mínimo de 180 meses de efetiva atividade;
➢ APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DO
PROFESSOR: Atingir efetivamente tempo mínimo de carência trabalhado de 180
meses – total de contribuição em funções de magistério:30 anos, se homem; 25
anos, se mulher;
➢ SALÁRIO MATERNIDADE – Cumprir 10 (dez) contribuições mensais para o
trabalhador Contribuinte Individual, Facultativo e Segurado Especial;
Isenção: para segurados Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso
(que estejam em atividade na data do afastamento, parto, adoção ou guarda com a
mesma finalidade).
Independe de carência:
➢ Auxilio acidente
➢ Auxilio reclusão
➢ Reabilitação profissional
➢ Salário família
➢ Pensão por morte

MÉTODO: fazendo o uso do método indutivo, esta pesquisa busca demostrar e explicar o
direito e seus requisitos para sua obtenção, certificar a população de suas garantias
estabelecidas em lei. Buscamos evidenciar a área administrativa na conquista dessas
prerrogativas, que consiste em atender os indivíduos de forma simplificada. O intuito do
trabalho é mostrar o quão simples e eficaz é a área administrativa, qualquer indivíduo mesmo
que desacompanhado terá sua pretensão examinada.

RESULTADOS ALCANÇADOS: Atualmente em nossa sociedade, evidenciamos um


elevado índice de cidadãos que carecem da intervenção do estado para terem assegurados
garantias fundamentais estabelecidas em nossa constituição. Por vezes temas populares de
interesse de muitas pessoas exposto de forma equivocada, mal abordados, controvertidos. A
finalidade é contribuir com a sociedade, esclarecendo assuntos controversos com a intenção
de trazer a informação para a melhor pretensão desejada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA MINISTÉRIO DA FAZENDA. Disponível


em:<http://www.previdencia.gov.br/?s=carencia+de+beneficios&orderby=modified>.
acesso em 01 MAI 2018.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 77 Disponível em:<


http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/38/inss-pres/2015/77.htm>. em 01 MAI 2018
CROWDFUNDING: UMA BOA ALTERNATIVA PARA FINANCIAMENTO DE
CAMPANHAS ELEITORAIS?

Anderson Dias Cardoso (dersinhodersinho@gmail.com)


Rakel Faria Ferreira (rakelfferreira@gmail.com)
Orientador: Prof. Rafael R. Soares.

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação científica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

Linha de Pesquisa
Tecnologia e Eleições.

Palavras Chave
Crowdfunding; ADI n.º 4650; Financiamento eleitoral.

RESUMO
INTRODUÇÃO: Crowdfunding (Financiamento Coletivo), é um método colaborativo de
arrecadação de fundos para os mais diversos fins. Através de plataformas como CATARSE,
VAQUINHA, PATREON, etc., é possível contribuir financeiramente com projetos que vão
do desenvolvimento de eletrônicos, jogos de tabuleiro, até obras e ações de conteúdo
humanitário, como financiamento de cirurgias, abertura de poços artesianos em regiões
áridas, etc. O envolvimento de pessoas físicas em campanhas de financiamento foi fator
decisivo na vitória do presidente dos EUA, Barack Obama (2008 e 2012), que em seu
derradeiro pleito, alcançou o montante de $ 233 milhões em doações. No Brasil, a ideia foi
ventilada após o julgamento da ADI 4650, ajuizada pelo Conselho Federal da OAB, em 2015,
declarando inconstitucional a doação de pessoas jurídicas às campanhas eleitorais, tendo em
vista a negociata de benefícios entre vencedores e seus financiadores. A eleição de 2018 será
a primeira a se utilizar deste expediente na formação de seu caixa de campanha. A presente
pesquisa procura definir o que é crowdfunding, investiga seus prós e contras, os ponderando
em vista do custo/benefício, efetividade e lisura que sua implementação pode, ou não,
proporcionar no cenário brasileiro.
PROBLEMA DE PESQUISA: Até que ponto a prática de crowdfunding eleitoral, em 2018,
é método eficaz de redemocratização política e ferramenta anticorrupção no Brasil?
OBJETIVOS: Analisar possíveis impactos do crowdfunding no processo eleitoral,
sopesando questões como a diminuição dos gastos frente às limitações econômico/jurídicas
(v.g. PEC do Teto), transparência relativa às doações, intermediação de terceiros neste
processo, a possibilidade da continuidade de influência de empresas, via caixa dois, o
estímulo ao engajamento da população através da contribuição, etc. A minirreforma de 2017
promoveu importantes alterações nas regras do pleito vindouro. Influenciada pela ADI 4650,
que veda a doação de pessoas jurídicas às campanhas eleitorais, tendo sob seu pálio, as
alterações do artigo 23 da Lei 9.504/1997, pela Lei 13.488/2017, dentre as quais, introduz no
ordenamento jurídico a possibilidade de captação de recursos às campanhas eleitorais, via
crowdfunding, e no bojo da lei modificada assoma-se, ainda, à Resolução 23.553/2017, que
procura estruturar o procedimental para a arrecadação, fiscalização e distribuição destes
valores. Assim, esta miscelânea legislativa obriga o cadastro das empresas intermediadoras
na Justiça Eleitoral, identificação de doadores e valores ofertados, liberação destes
condicionados ao registro de candidatura, atualização das informações sobre as quantias
doadas, efetuadas pública e instantaneamente, com envio e geração de boleto à Justiça
Eleitoral e recibo ao doador, calendário eleitoral autorizando início da captação (abertura, 15
de maio para o próximo pleito), limite de doação de até 10% do rendimento bruto do ano
anterior, etc. Vale ressaltar que o sistema de crowdfunding será complemento ao FEFC
(Fundo Especial de Financiamento de Campanha), um paliativo aos efeitos da ADIn 4650.
Quanto aos gastos, Samuels (2003, p. 370) acredita que nossas eleições são dispendiosas por
adotarmos o sistema proporcional, de lista aberta, que promove competições intestinas,
enquanto há disputas extrapartidárias. Ademais, há necessidade de construção ideológica e
programática dos candidatos, já que suas campanhas são, basicamente, construídas sobre
imagem e personalidade do candidato, sendo estéreis quanto a propostas. A disponibilidade
de capital atrai multidões de candidatos, os quais necessitam de vultosas somas pra se
“diferenciarem uns dos outros, e isto acaba por inflacionar ainda mais os custos das eleições”.
O capital privado também colabora com o caos, quando enxerga o processo eleitoral como
"investimento". Conforme pesquisa da Kellogg Institute for International Studies, as
empresas patrocinadoras de campanhas, nos 33 meses posteriores às eleições, já haviam sido
favorecidas com contratos com o Poder Público 850% acima do montante investido. As
alterações da Lei 9.504/97, vieram, em tese, como tentativa de redemocratização das eleições,
evitando que grandes empresas “sequestrem” a máquina Estatal. Ao eleitor, surgiria
oportunidade de engajamento através do voto e doações a determinado candidato, gerando,
hipoteticamente, vínculo, compromisso, acesso e reciprocidade; contrapartidas que vemos
funcionando bem nas relações entre parlamentares e financiadores de suas campanhas
(“Bancada do Boi”, por exemplo). No cenário brasileiro a aderência à doação a candidatos é
baixa (0,6% e 3,8%, respectivos ao primeiro e segundo colocados nas eleições de 2014).
Corrupção, alienação política, disfunção do sistema educacional (não se forma cidadãos, mas
mão-de-obra), manipulação midiática e impunidade dos envolvidos em escândalos, são
daqueles fatores que contribuem para os resultados supramencionados. No entanto, as novas
plataformas de financiamento logram sucesso, dando amostra de potencial e eficiência no
campo político. Em 2013, a multa aplicada a José Dirceu, pelo STF, foi paga, com sobras,
através da doação de 3.972 pessoas, no exíguo prazo de 10 dias, ultrapassando um milhão de
reais arrecadados. Em defesa da ex-presidente, Dilma Rousseff, suas amigas se utilizaram do
Catarse, angariando R$790 mil, a serem gastos em viagens, visando à defesa e manutenção
da estadista na presidência.
MÉTODO: Pesquisa científica caracterizada como teórica, de abordagem dialética e caráter
exploratório. Como procedimento metodológico utilizou-se o comparativo sobre o paradigma
interpretativista e funcionalista, baseados em revisão bibliográfica, visando responder à
questão de pesquisa, se utilizando de métodos sistemáticos.
RESULTADOS ALCANÇADOS: O sistema de crowdfunding pode, de forma relativa,
equalizar a disputa eleitoral, nivelando financeiramente os candidatos , instigando uma
participação mais ativa do eleitor no universo político, fomentando sentimento de débito do
candidato para com seu eleitor, desonerando a máquina pública, etc., enquanto a técnica e
tecnologia das plataformas operam em prol da transparência, interligadas à Justiça Eleitoral e
Receita Federal, evitando fraudes, fornecendo subsídios às sanções aos infratores. Porém, a
estrutura se adapta. Doações desvinculadas à campanha, em nome de laranjas, depósitos em
paraísos fiscais, assegurando lealdade dos eleitos a interesses contrários aos daqueles que o
elegeram, a utilização de tecnologia para criar massivamente doadores fantasmas, ataques aos
sistemas, suborno de administradores e donos das plataformas para beneficiar ou prejudicar
este ou aquele candidato, etc. As forças que influíam no cenário político brasileiro certamente
não serão impedidas pelo crowdfunding eleitoral, ainda que o financiamento venha dos
bolsos dos contribuintes, ainda que as candidaturas sejam alavancadas por uma multidão de
doadores.

REFERÊNCIAS:
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Resolução n° 23.553/2017. Ministro Relator Luiz Fux,
Brasília, DF, 18 de dezembro de 2017. Disponível em: <https://goo.gl/LZwBm9>. Acesso
em: 30 abr. 2018.
BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei n.º 13.488, de 06 de outubro de 2017. DOU de 06.10.2017- EDIÇÃO
EXTRA. Disponível em: <https://goo.gl/2EDVSk>. Acesso em: 30 abr. 2018.
BRASIL. Lei n.º 9.504/1997, de 30 set. 1997. DOU de 01.10.1997. Disponível em:
<https://goo.gl/c3oTrd>. Acesso em: 30 abr. 2018.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADIn. n.º 4650, Ministro Relator Luiz Fux, Brasília,
DF, 6 de setembro de 2011. Disponível em: <https://goo.gl/Za5jSX>. Acesso em: 30 abr.
2018.
ESTUDOS ELEITORAIS. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, v. 10, n. 2, mai./ago. 2015.
Crowdfunding E o futuro do financiamento eleitoral no Brasil. Disponível em:
<https://goo.gl/8tKbfS>. Acesso em: 30 abr. 2018.
LIMA QUINTAS, Fábio; LEAL, Adisson. Financiamento coletivo de campanha: reflexões
sobre a “vaquinha eleitoral”. Disponível em: <https://goo.gl/2wt6n6>. Acesso em: 30 abr.
2018.
NASCIMENTO, Gisele. Eleições em 2018: Crowdfunding ou as “Vaquinhas” Virtuais
para candidatos. Disponível em: <https://goo.gl/idJo1V>. Acesso em: 30 abr. 2018.
SEBRAE. Entenda o que é crowdfunding. Disponível em:<https://goo.gl/s961ph>. Acesso
em: 30 abr. 2018.
Unidade: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto

A INEFICÁCIA DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

Autores
Danillo Alves Marçal, Acadêmico de direito
Acadêmico de direito, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto,
danillo.ham@gmail.com.

Keitylara Bueno
Acadêmica de direito, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto,
keitylarabueno@hotmail.com.

Linha de pesquisa: Trabalho elaborado através de pesquisa prática, descritiva e


bibliográfica, utilizando uma abordagem qualitativa.

INTRODUÇÃO
O presente estudo analisa a ineficácia das penas privativas de liberdade. Sabe-se que a pena é
a contribuição justa do Estado para aquele que viola ou causa dano à sociedade, possui ainda
caráter preventivo no intuito de coibir a ocorrência do ilícito penal, bem como sua
reincidência, o que de certo modo elenca os principais fatores que levaram ao degaste e
ineficácia da pena e do sistema prisional adotado pelo Brasil.

PROBLEMA DE PESQUISA:
As leis positivadas em um ordenamento jurídico são regras de condutas estabelecidas pelo
Estado, visam resguardar valores essenciais para a sobrevivência harmônica em sociedade,
entretanto a maior problemática é que as pena prescritas em nosso ordenamento jurídico não
conseguiram atingir com eficácia a finalidade para qual foram elaboradas. Desse modo teria
necessidade de haver uma atualização de nossas leis? Devemos pensar nas hipóteses de
privatizações dos presídios? é viável e seguro adotar o sistema APAC?

OBJETIVOS: A finalidade da pena privativa de liberdade ocorre por três motivos: Punir o
delinquente, prever que este pratique novos crimes, e regenerar o preso para que ele volte a
viver em sociedade de forma, harmônica, entretanto o colapso instaurado no sistema
carcerário é manifesto, pois o ambiente disponibilizado para que “em tese” ocorra uma
reabilitação e reeducação apresentam reflexos contrários para o convívio saudável após o
cumprimento de pena, uma vez que o ambiente não está adequado como deveria gerando
assim uma série de distúrbios físicos, psicológicos e morais no preso, assim corrobora
Bitencourt:
“O ambiente penitenciário perturba ou impossibilita o
funcionamento dos mecanismos compensadores da psique, que
são os que permitem conservar o equilíbrio e a saúde mental”.
(BITENCOURT, 2006, p. 196).

Bitencourt continua, e relata como é importante atualizar o método de penalizar os


condenados;
[...] era indispensável que se encontrassem novas penas
compatíveis com os novos tempos, mas tão aptas a exercer suas
funções quanto às antigas, que, se na época, não foram injustas,
hoje são. Nada mais permite que se aceite o artesanal punitivo
do museu do século XVIII. (BITENCOURT, 2006, p.604)
O referido autor foi feliz ao ressaltar a importância de acompanharmos as novas
tendências de penalidade, no entanto há de se discordar em parte, já que as penas positivadas
no ordenamento jurídico brasileiro resguardam e tutelam o preso em amplitude, ou pelo
menos deveriam atingir essa finalidade, mas infelizmente a pratica não esta acompanhando a
estabelecida lei.
Como supracitado, a pena privativa tem três objetivos, no entanto só vemos um se cumprir, a
punição, a prova é que atualmente no Brasil existe mais de 625 mil presos, sendo o país que
mais prende no mundo, e que tem um número muito preocupante em relação às reincidências
carcerárias que podem chegar á 70%.
Desse modo a pena não deve ser aplicada de maneira arcaica como uma vingança social
imposta ao punido, mas deve possuir em sua essência um caráter preventivo e educativo. A
sanção deve despertar no infrator um sentimento de mudança, adequação as normas vigentes
para que este não reincida e seja bem recepcionado na sociedade, tornando se alguém digno
de respeito e admiração.

MÉTODO:
No Brasil a pena de morte não é recepcionada, portanto este indivíduo reincidente ou não, ao
término de sua pena voltará a viver em sociedade. Ou seja, o tempo de reclusão deveria ser
utilizado como ambiente ressocializador, este individuo deveria ser reeducado moralmente,
profissionalmente e psicologicamente, e isso pode ser feito através de trabalhos sociais
voluntariados, e principalmente através da APAC - Associação de Proteção e Assistência ao
Condenado, sistema esse que não só faria o preso se ressocializar, mas iria gerar no
reeducando o ambiente necessário para que se cumpram os três objetivos pelo qual a pena
privativa foi criada.

RESULTADOS ALCANÇADOS:
Esta pesquisa espera conscientizar a população brasileira e as autoridades competentes a
olharem com mais amor e humanidade para a situação dos nossos presídios, pois até mesmo,
o então ministro da Justiça em 2012, José Eduardo Cardozo, afirmou que "preferia morrer" a
"ser preso" no Brasil.
Sendo certo que atualmente o sistema carcerário brasileiro gera insegurança e insatisfação,
tornam-se vital sua total reestruturação e adequação as novas tendências sociais para que não
perca a sua eficácia e passe a alcançar o seu real objetivo.
Algumas pesquisas apontam como o modo mais eficaz para o sistema carcerário brasileiro, a
diminuição da pena de crimes de menor potencial ofensivo, a liberação de pessoas que
aguardam julgamento em presidio, a adoção do sistema "justiça restaurativa" que é um
modelo usado na Noruega em seu presidio de segurança máxima Halden, conhecido como o
presidio mais humanitário do mundo, a qual trabalha o desenvolvimento profissional dos
detentos como carpintaria, oficinas de montagens e até mesmo estúdios de gravações
musicais, e incentiva os seus detentos a pratica de esportes.
Referências:
BITTENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão. Causas e Alternativas. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 1993.

BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 16. ed. São Paulo: Saraiva,
2011.
HUNGRIA, Nelson. Novas Questões Jurídico - Penais. São Paulo: Nacional de Direito.
1945.

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38537789
USO INDEVIDO DE IMAGEM NA MÍDIA

Jéssica Georgia Rosa Barros; jessicageorgia_97@hotmail.com


Lhorrainny Aparecida Santos Almeida; lhorrainny@hotmail.com

Instituição:
Projeto de Iniciação Científica, do Curso de Direito das Faculdade Integradas de
Rondonópolis – FAIR/Uniasselvi - Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Local:
Rondonópolis - MT
Linha De Pesquisa:
Direitos Humanos e Sustentabilidade
Palavras-Chave: Imagem; Direito de imagem; Mídia; Legislação.

RESUMO:
Introdução: A imagem talvez seja a expressão mais significativa da personalidade de uma
pessoa; é por meio da figura que se reconhece e distingue alguém dos demais. Por essa
característica, e também pelos grandes avanços nos meios de comunicação realizados nas últimas
décadas, que têm invadido cada vez mais o território da esfera privada, o direito à imagem tem
ganhado destaque no Direito contemporâneo. Problema de Pesquisa: A mídia, coletivo dos
meios de comunicação, encontra limitações nas suas atividades ao identificar o conflito entre
liberdade de informação/expressão e o direito exclusivo da pessoa de se posicionar quanto à
exposição de sua vida. O grande impasse é que, apesar da lei protecionista, identificar esse
tipo de ilegalidade é um processo complexo devido à dificuldade em se encontrar a
procedência e caracterizar a violação. Esta pesquisa, diante da necessidade de conscientização e
vigência da lei, partiu das seguintes problemáticas: O que caracteriza e em que acarreta o uso
indevido de imagem na mídia? Objetivo: o Objetivo Geral foi buscar os fundamentos do direito à
imagem na legislação brasileira, partindo desta idéia, foi estabelecido três objetivos específicos: o
Primeiro, qualificar imagem e direito de imagem sob a ótica do Direito, o Segundo dissertar sobre a
relação entre mídia e direito de imagem e, o Terceiro, demonstrar casos reais e recentes sobre o uso
indevido de imagem na mídia e os efeitos nas partes envolvidas. Método: A metodologia utilizada
para a composição desta pesquisa pautou-se na Pesquisa Bibliográfica e qualitativa, revisando sites
bancos de dados, livros e estudos da área do Direito publicados nas últimas décadas ao buscar
termos chaves como imagem, direito de imagem e legislação brasileira. Resultados Alcançados:
A imagem, na qual se compreende no campo do Direito como sendo “toda expressão
formal e sensível da personalidade de um homem” (Walter Moraes, 1972, p. 64).
Primeiramente, é importante distinguir o direito de imagem do direito autoral, pois esses
envolvem pessoas e situações diferentes. O direito de imagem se constitui como parte dos
direitos de personalidade, resguardado a todas as pessoas, e que faz parte da lista de
direitos essenciais à pessoa humana. O direito autoral é um conjunto de normas que regem
o processo criativo, ou seja, que dizem respeito ao autor e sua obra, seja ela um quadro,
uma fotografia, uma ilustração, etc. O Direito à Imagem se constitui um direito subjetivo e
ao mesmo tempo inviolável, garantidor da dignidade da pessoa humana, já que busca
defender a pessoa enquanto detentora de direitos, dando à imagem especial atenção pelo
fato de essa influir diretamente na vida em sociedade. O direito de imagem encontra
previsão legal na Constituição Federal no artigo 5º, X e XXVIII, a, tratado, portanto, dentre
os Direitos e Garantias Fundamentais, segundo a Constituição é, irrenunciável, inalienável,
intransmissível, porém disponível, sendo esse último item o campo de discussão sobre as
relações envolvendo o uso de imagem. Ser um direito disponível, nesse caso, significa
dizer que a imagem de uma pessoa, em suas várias formas de expressão, pode ser
licenciada à terceiros, isto é, concedida ao uso temporário sob prévia autorização do titular.
Na mídia, mais especificamente no entretenimento e na publicidade, há a compra do
consentimento mediante retorno financeiro, em bens ou capital. Isso porque a imagem da
pessoa agrega valor ao produto ou serviço e, portanto, deve possuir parte nos resultados;
geralmente esse ponto é bem esclarecido. O impasse é que, no contexto da tecnologia
atual, as informações difundem-se rapidamente na rede midiática. Circulam em instantes
fotografias, vídeos, áudios entre outros que quase sempre retratam a imagem de pessoas
que não concederam o uso dessas ao veículo transmissor. Nessas circunstâncias, fora da
publicidade, a defesa é o intuito de informar, assegurado pela liberdade de expressão.
Segundo Rossi e Ramires (2013), a imprensa, coletivo dos veículos de informação, tem
como papel noticiar, informar, denunciar, escrever, detalhar tudo aquilo que é ou pode vir a
ser de interesse público, buscando sempre alcançar o máximo de imparcialidade e uma
análise fiel da realidade. Paralelamente, todo cidadão tem direito a buscar informação e a
saber dos fatos e é a imprensa que cumpre esse papel. Diante das conjunturas apresentadas,
percebe-se que os limites entre a liberdade de informação e as liberdades individuais não
são distintamente definidos. Se por um lado há o direito de informar e saber, por outro há o
direito à intimidade. Conclui-se que a mídia necessita de maior observância dos conflitos
constitucionais que lhes cabem, a fim de evitar a violabilidade dos direitos e favorecer o
bem-estar social, assim como faz-se preciso razoabilidade nas decisões jurídicas. A
conclusão de que é preciso ponderar para julgar foi alcançada através da investigação de
casos concretos e de teorias jurídicas sobre decisões. Ressalta-se que os estudos acerca do
tema não se esgotam e que é preciso continuamente incrementar novas perspectivas para a
manutenção do Direito, que é a ciência alfa e ômega da vida plena em sociedade.

Referências: AZEVEDO, Regina Ferreto. Direito à imagem. 2001. Disponível em:


>https://jus.com.br/artigos/2306/direito-a-imagem< Acesso em 15out. 2017

BORTOLI, Mauricio. A liberdade de imprensa e o direito à imagem: um estudo acerca


do conflito de direitos fundamentais. 2014. Disponível em:
>https://jus.com.br/artigos/27657/a-liberdade-de-imprensa-e-o-direito-a-imagem-um-
estudo-acerca-do-conflito-de-direitos-fundamentais< Acesso em 15out. 2017

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

DAUDT, Simone Stabel; MEZZALIRA, Ana Carolina. O Direito versus a mídia: uma
análise crítica sobre a possibilidade de responsabilização civil dos meios de
informação em face da violação dos direitos da personalidade. In: Âmbito Jurídico, Rio
Grande, XIII, n. 77, jun 2010. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7893>. Acesso
em 15out 2017.7

MESQUITA, Ana Paula Siqueira Lazzareschi. A proteção jurídica do direito à imagem.


Disponível em: > http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/educacao-e-midia/a-protecao-
juridica-do-direito-a-imagem/< Acesso em: 15out. 2017

NETO, Domingos Franciulli. A Proteção ao Direito à Imagem e a Constituição Federal.


Informativo Jurídico da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva, v. 16, n. 1, p. 1-74, Jan./Jul.
2004

ROSSI, Michelle. RAMIRES, Mário Marques. A Imparcialidade como Conceito de


Qualidade Jornalística. Comunicação & Mercado/UNIGRAN - Dourados - MS, vol. 01,
n. 04, p. 77-83, jan-jul 2013
UNIASSELVI - FAIR EDUCACIONAL FACULDADES INTEGRADAS DE
RONDONÓPOLIS

LOCAL: RUA ARNALDO ESTEVÃO DE FIGUEIREDO,Nº 758 - CENTRO

AUTORES: RIOMAR TORRES LOPES

CO-AUTORA: MICHELE FARIA FERREIRA

TÍTULO DO TRABALHO: ESTUPRO DE VULNERÁVEL E A CONTEMPLAÇÃO


LASCIVA

LINHA DE PESQUISA:DIREITO PENAL C/P

PALAVRA CHAVE: Estupro( Vulnerável)/ Prova testemunhal.

1- INTRODUÇÃO:

O trabalho desenvolvido dá ênfase especialmente ao artigo 217-A, do Código Penal


Brasileiro, que trata do estupro de vulnerável, sendo uma nova nomenclatura dada pela
Lei nº 12.015/2009, essa lei alterou de forma significativa o título que cuidava dos
crimes contra os costumes, alterando para crimes contra a dignidade sexual. O estupro,
crime normalmente sem testemunhas e, de acordo com a nova lei, não sendo necessário
a cópula para que seja configurado o tipo penal, as vezes é um crime sem vestígios,
alguns atos libidinosos não deixam marcas. A violência psicológica não deixa marcas a
olho nu, sendo a prova material muitas vezes impossível de colher, restando apenas o
testemunho de uma criança assustada e com medo. O presente trabalho tratará da análise
histórica desse crime através de pesquisas em nossa região de Rondonópolis MT,
passando pelas maneiras de provar o mesmo perante o poder judiciário.

PROBLEMA DE PESQUISA: Como serão realizadas as provas?A Dificuldade da


prova.Como o magistrado deve valorar o depoimento infantil, separar a fantasia da
realidade.

2- OBJETIVOS
A análise do novo tipo penal Estupro de Vulnerável e especificamente: indicar o
conceito, os elementos objetivos e subjetivos do tipo, consumação e tentativa,
modalidade típicas, classificação doutrinária, penas cominadas e ação penal.

3- MÉTODO:

Para tanto teremos como método uma pesquisa bibliográfica qualitativa, na medida em
que utilizaremos doutrinas por nós elegida, para fundamentarmos nossas colocações e
entendimentos, estabelecendo criticas durante o decorrer do desenvolvimento do artigo
cientifico.O estupro de vulnerável é crime comum, ou seja, o sujeito ativo pode ser
qualquer pessoa, sem qualquer qualificação ou especialidade, já o sujeito passivo deve
ser pessoa vulnerável, conforme descrita acima. O elemento subjetivo do tipo é o dolo,
sendo certo que não existe a figura culposa. Exige-se o elemento subjetivo específico,
consistente em buscar o prazer sexual.

RESULDADOS ALCANÇADOS: Esclarecer sobre os valores sociais na sociedade.

REFERÊNCIAS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Nucci, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado, 11ª Edição, revista, atualizada e
ampliada. São Paulo - Editora Revista dos Tribunais, 2012.
http://leonardocastro2.jusbrasil.com.br/artigos/121943503/legislacao-comentada-artigo-
213-do-cp-estupro
http://www.ipea.gov.br/portal/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_libidinoso
http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/745/Crime-hediondo
http://leonardocastro2.jusbrasil.com.br/artigos/121943504/legislacao-comentada-artigo-
217ado-cp-estupro-de-vulneravel
http://www.ambito-
jurídico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=4739
http://vicentemaggio.jusbrasil.com.br/artigos/121942480/o-crime-de-assedio-sexual
A DEFENSORIA PÚBLICA E SEU PAPEL PARA O EFETIVO ACESSO À
JUSTIÇA EM CONSONÂNCIA COM A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Patrícia Teles da Silva

Faculdades Integradas de Rondonópolis – FAIR

Samuel Correa da Paixão

Faculdades de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto - FAIESP

Rondonópolis-MT

INTRODUÇÃO: A presente pesquisa visa demonstrar a importância da


Defensoria Pública em prestar assistência jurídica integral e gratuita aos
cidadãos que não possuem condições de terem acesso à justiça, assegurando
dessa maneira o direito previsto no artigo. 5°, inciso LXXIV da Constituição
Federal. A carta magna trás consigo a verdadeira essência do direito
fundamental ao acesso à justiça. Nessa perspectiva a Defensoria Pública tem o
escopo de garantir a equipolência jurídica entre os povos, sendo esta uma
instituição pública que por sua excelência exerce a igualdade, dignidade humana
e efetiva o acesso à justiça aos oprimidos e desfavorecidos, concretizando o
‘direito de ter direito’.

PROBLEMA DE PESQUISA: A Defensoria Pública é importante para a garantia


do acesso à justiça e garantia dos direitos fundamentais à população carente?
Pode haver o retrocesso social do atendimento às pessoas juridicamente
necessitadas?

OBJETIVO: O presente tem como objetivo atestar a contribuição da Defensoria


Pública para minimizar a desproporção ao acesso à justiça, enfatizando sua
importância para garantir a igualdade entre os cidadãos, sendo a instituição o
caminho para dar voz aos excluídos, sempre com a democracia como condição
de possibilidade de sua atuação, certificando, contudo, a dificuldade que a
Instituição possui para concretizar sua função de forma equivalente ao descrito
na lei.
METÓDO: O método utilizado para realizar a pesquisa será o dedutivo
argumentativo, com pesquisa bibliográfica e jurisprudencial, tendo
CAPPELLETTI (2002) como referencial teórico;

RESULTADOS ALCANÇADOS: Busca-se a presente pesquisa analisar o papel


da Defensoria Pública quanto ao acesso à justiça e garantia da assistência
jurídica integral e gratuita à população vulnerável. Discute-se a autonomia da
Defensoria Pública Estadual, eis que a instituição é independente, sem
vinculação de hierarquia, subordinação ou qualquer outro sentido. No entanto,
no Estado de Mato Grosso foram suspensos os trabalhos de 15 (quinze) núcleos
de comarcas com defensores cumulativos sob a alegação de insuficiência
orçamentaria. Vários outros Estados têm sofrido impactos com a insuficiência
orçamentaria dos núcleos. Ademais, comparando o número populacional que
necessitam e utilizam os serviços prestados pela Instituição Defensoria Pública
é totalmente descabível quando conferido ao número de Defensores Públicos
atuantes em todo o Brasil. Conforme pesquisa realizada recentemente no ano
de 2017 pelo Conselho Nacional do Ministério Público, a Defensoria Pública foi
considerada como a mais importante para a população brasileira, sendo que
essa pesquisa teve o escopo de identificar as prioridades, o conhecimento, a
confiança, a importância entre outros aspectos da Instituição pública (MP) para
a população e o resultado ápice foi a Defensoria Pública. A pesquisa foi feita com
a população brasileira acima de 16 anos e de diversas classes sociais desde a
classe A à classe D-E. Depreende-se do resultado alcançado que a importância
da Instituição Defensoria Pública é reconhecida pela população, desde o
intitulado com doutorado ao semianalfabeto. O Defensor Público deve fazer valer
o direito humano de acesso à justiça com qualidade e eficiência, mesmo na
ausência de orçamento digno em comparação com outros setores do sistema de
justiça. Imperioso ressaltar que a Instituição foi qualificada pela Carta Magna
como essencial ao desempenho da atividade jurisdicional do Estado, porém, a
mesma Instituição que é considerada relevante encontra-se em uma situação
socialmente intolerável e juridicamente inaceitável. Portanto, cabe ao Estado
garantir o mínimo existencial para o funcionamento perfeito da Instituição
declarada como essencial ao Estado para fazer valer o artigo 134 da
Constituição da República Federativa do Brasil, e, diga-se de passagem, não
apenas desta, mas de todas as outras, partindo da premissa de que é preciso
ser excelente sem deixa de ser público, não podendo haver retrocesso jurídico.

REFERÊNCIAS:

ALVES, Isabella Faustino. Defensoria Pública: expressão e instrumento da


Democracia. Disponível em: <http://www.adpeto.org.br/noticia-1472451900-
defensoria-publica-expressao-e-instrumento-da-democracia>, Acesso em:
27.09.2017.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível


em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>, acesso
em: 21.03.2017.

CNMP, Relatório de Pesquisa e Satisfação e Imagem do CNMP e do


Ministério Público 2017. Disponível em:
<http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Apresenta%C3%A7%C3%A3o_da_pes
quisa_CNMP_V7.pdf>, acesso em 22.03.2018.

CAPPELLETTI, Mauro. Acesso à Justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet.


Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris, 2002.

DOS SANTOS, Eduardo Rodrigues. Princípios Processuais Constitucionais.


Salvador: Jus Podivm. 2016.

Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2011-fev-27/defensoria-publica-


uniao-apoio-poder-publico>, acesso em 26.03.2018.

HASSAN, Eduardo Amin Menezes. DPU precisa de autonomia para cumprir


sua função. Disponível em: <https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/o-
que-devemos-saber-sobre-o-orcamento-da-defensoria-publica-01032016>,
acesso em 26.03.2018.

PEREIRA, Gillane Agular Ribeiro. Artigo jurídico. A efetividade do Acesso à


Justiça e o Papel da Defensoria Pública. Disponível em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-efetividade-do-acesso-a-justica-e-
o-papel-da-defensoria-publica,37580.html>, Acesso em 30.10.2017.

Disponível em: <https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/24795106/agreg-no-


recurso-extraordinario-re-763667-ce-stf>, acesso em 28.03.2018.
1

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS SOBRAL PINTO - FAIESP


Rua Floriano Peixoto, 597, - Centro – 78700-040 – Rondonópolis/MT – (66) 2101-9702

ASPECTOS JURÍDICOS DO PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO

Jéssica Moreira da Silva; Laura Cristina Landrim Dantas


jessica_moreira.s@hotmaill.com, laura-landrim@hotmail.com

INSTITUIÇÃO: Faculdade de Ciências Sociais Sobral Pinto-FAIESP


LOCAL: Rondonópolis-MT
LINHA DE PESQUISA: Direito do Trabalho e Processo do Trabalho
PALAVRAS-CHAVE: Terceirização. Súmula. TST. Trabalho. Atividades.

INTRODUÇÃO: A terceirização vem sendo amplamente discutida no direito do


trabalho e no processo do trabalho em nível acadêmico, apresentando inclusive a
evolução histórica desse instituto, de maneira especial no que se referem às
contestações sobre essa abordagem, inclusive no que se relaciona à necessidade
premente da publicação de uma legislação específica, capaz de tratar os aspectos que
envolvem a aplicabilidade desse instituto no campo do direito. Alicerçado no contexto
que trata sobre os aspectos históricos que envolvem a evolução do instituto da
terceirização, de sua licitude e ilicitude frente ao processo do trabalho, bem como, da
apresentação das vantagens e desvantagens que as empresas vivenciam ao terceirizar,
foi possível obter maior esclarecimento sobre o assunto e as especificidades dessa
espécie de contratação, bem como, a observação dos aspectos que envolvem a
terceirização facilitou a compreensão acerca dos debates em torno do tema,
especialmente, no que concerne à aprovação legal e vigor de uma legislação específica
para tratar do assunto. PROBLEMA DE PESQUISA: A questão problema do presente
estudo traz: Quais são os pontos negativos e positivos encontrados nos novos aspectos
jurídicos que circundam o processo de terceirização? OBJETIVO GERAL: O objetivo
geral da pesquisa buscou analisar os pontos positivos e negativos dos novos aspectos
jurídicos que circundam o processo de terceirização. MÉTODO: Para desenvolver o
estudo o caminho metodológico traçado foi de pesquisa do tipo bibliográfica, com
método exploratório e análise de dados a partir de uma pesquisa do tipo qualitativa.
RESULTADOS ALCANÇADOS: O primeiro resultado alcançado foi a definição de
terceirização que segundo Cairo Júnior (2011, p. 340) é: “O procedimento adotado pela
empresa que transfere a outrem a execução de uma parcela de sua atividade permanen te
ou esporádica, dentro ou além dos limites do seu estabelecimento, com a intenção de
melhorar a sua competitividade, produtividade e capacidade lucrativa”. Na
complementação sobre o que é a terceirização, Gomes e Luz (2012) apresenta o
entendimento de que a natureza jurídica do contrato de trabalho é de consentimento,
em que o funcionário concorda com as cláusulas estabelecidas pelo empregador, bem
2

como, ocorrem convenções entre outros. A terceirização é entendida enquanto uma


técnica que gradualmente foi se agrupando na rotina das empresas. De acordo com o
que aponta Castro (2000) a terceirização, como prática administrativa, teve origem nos
Estados Unidos no período da II Guerra Mundial, especificamente, nas indústrias de
materiais bélicos. Segundo Druck (2002, p. 136): “A terceirização é uma das
expressões mais significativas do processo de flexibilidade e de sua consequência
principal: a precarização. São homens e mulheres que vivem do trabalho e que se
tornam cada vez mais descartáveis, flexíveis (adaptáveis) ou jogadas a uma condição
de subemprego. A terceirização se generalizou, difundindo -se para todo o tipo de
atividade e levou consigo – como marca fundamental – a perda de direitos, a
instabilidade, a insegurança dos trabalhadores”. Considera-se que a terceirização
contempla um processo de prestação de serviço para uma empresa concretizar a
atividade-meio, dando a possibilidade da mesma, que é a contratante, dedicar-se de
maneira absoluta a atividade-fim, alcançando melhores resultados. Ao tratar sobre a
terceirização, pontuou-se sobre o direito do trabalho, traçando sua evolução, como
também a flexibilização das normas trabalhistas que incentivaram o crescimento do
uso das atividades terceirizadas. Em concordância a Santos (2009, p. 12): “Com o
surgimento das indústrias automobilísticas, na década de 50, a terceirização no Brasil
tomou impulso no processo de gestão, pois as indústrias começaram a externar uma
parte de sua produção, construindo assim as empresas de autopeç as e as chamadas
empresas satélites, pois estas são as que fornecem os serviços para as montadoras”.
Atenta-se que de acordo com os avanços trabalhistas e as modificações executadas nas
normatizações brasileiras, o exercício da terceirização passou a ser c onstante pelas
empresas, com objetivo de aumentar a competência e eficiência das atividades -fim.
Por esse motivo, a jurisprudência trabalhista vem discutindo a cada ano com maior
amplitude sobre este assunto, sendo que nos anos de 80 e 90, o Tribunal Superior do
Trabalho (TST) publicou duas súmulas para unificação da jurisprudência. A primeira ,
segundo Martins (2014) foi publicada em 1986 a súmula 256 e a segunda em 1993 a
súmula 331. A busca incansável pelo aumento dos lucros e a redução dos custos de
produção são fatores que impulsionam o contrato de empresas terceirizadas para
concretizar com maior eficiência e eficácia suas atividades-fim, utilizando-se da
lacuna da lei para evadir do cumprimento das responsabilidades trabalhistas. Dados
teóricos analisados apontam para o fato de que a carência de regulamentação
legislativa em relação aos serviços que podem ser terceirizados origina o exercício da
terceirização de maneira ilícita, contradizendo o embasamento materializado pela
jurisprudência por meio do pronunciado da Súmula 331 do TST. Nesse sentido, com a
finalidade de auxiliar todo o processo de contratação de serviços terceirizados, foi
promulgada a Lei nº 13.429/2017, como ferramenta legal para gerar a prática da
terceirização de forma ampla Brasil, fazendo sucumbir o superficial déficit normativo
quanto ao contexto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A terceirização teve origem com o
conceito de que a empresa possa transferir para uma outra empresa, determinados
serviços, com a ideia de minimizar os custos para a sua produção. Assim, a empresa
principal conta com a redução dos custos e, em contrapartida, alcança maior nível de
crescimento em seu lucro final. Não obstante aos benefícios financeiros das empresas,
tem-se que esse instituto apresenta carência de uma normatização para a sua aplicação,
fato negativo esse que vem fazendo com que a terceirização seja empregada por
determinadas empresas não apenas como um modo de minimizar os custos e, sim, de
se negar a cumprir seus deveres em relação aos encargos sociais direcionados aos seus
funcionários.
3

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do


Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, e as Leis
º 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212 de 24 de
julho de 1991 a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2015 -2018/2017/lei/l13467.htm>.
Acesso em: 10 mar. 2018.

CAIRO JUNIOR, José. Curso de direito do trabalho. 6. ed. Salvador-Bahia:


Juspodivm, 2011.

CASTRO, Rubens Ferreira de. A terceirização no direito do trabalho. São Paulo:


Malheiros Editores, 2000.

DRUCK, Maria da Graça. Terceirização: (des) fordizando a fábrica. Formas


contemporâneas de dominação do trabalho. Revista CRH. Salvador. n. 37. 2002.

GOMES, Philippe; LUZ, Victor. A terceirização no direito do trabalho: causas e


consequências. (2012). Disponível em: <http://aplicacao.tst.jus.br/dspace/bitstream/
handle/1939/27256/2012_freire_teresa_bernardes_juliana.pdf?sequence=1>. Acesso
em: 24 mar. 2016.

MARTINS, Sérgio Pinto. A terceirização e o direito do trabalho. 13. ed. rev. e


ampl. São Paulo: Atlas, 2014.

SANTOS, Jorge Amaral. As parcerias públicos-privados no sistema penitenciário


brasileiro. (2009). Disponível em: <https://jus.com.br/artig os/13521/as-parcerias-
publico-privadas-no-sistema-penitenciario-brasileiro>. Acesso em: 07 Mar. 2018.
ALIENAÇÃO PARENTAL, CONSEQUÊNCIAS E SEU ABRANGIMENTO NO
NOVO CPC

Deuseni Carvalho de Oliveira; deusa_pink@hotmail.com


Talita Poliana Marinho da Silva; talita_polliana@hotmail.com
Instituição:
Programa de Graduação em Direito, da Faculdades Integradas de Rondonopolis –
FAIR/UNIASSELVI (Pesquisa Coordenada pelo Professor Bruno Torquete)
Local
Rondonópolis - MT
Linha de Pesquisa
Direito Civil e Processo Civil
Palavras-chave
Alienação parental; Novo CPC; Consequências psicológicas.

RESUMO:
Introdução: Observando as consequências psicológicas que a alienação parental pode causar
a criança e ao adolescente alienado, o Novo Código de Processo Civil, em harmonia com o
Estatuto da Criança e do Adolescente, não é omisso quando as descobertas da sistemática
psicológica. O escopo do presente trabalho é evidenciar a necessidade de preservação e
prevalência das garantias concedidas às crianças e adolescentes. Problema de Pesquisa:
Evidenciar a nocividade que os atos de Alienação causam. Os conflitos decorrentes da prática
de alienação parental geralmente têm início com a ruptura de uma relação conjugal. Ocorre
que as consequências de tais rupturas podem exceder a esfera do razoável e entrar naquilo que
o psiquiatra norte-americano Richard A. Gardner chamou de Síndrome da Alienação Parental
(SAP). A gravidade dos fatos ensejou no advento da Lei nº 12.318 de 26 de agosto de 2010.
Essa Lei, além de basear-se nos princípios constitucionais, também observou o Código Civil
vigente e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Todavia, o advento legislativo não fora
capaz de deter tais ocorrências, estando tal prática muito em evidente. Pelo fato de na maioria
das vezes a alienação parental ocorrer no seio familiar, fora das vistas de outras pessoas, sua
identificação muitas vezes é um problema. Objetivos: Este trabalho busca esclarecer o que é
a denominada alienação parental. Busca-se evidenciar algumas das consequências
psicológicas advindas desse ato que fere o direito fundamental da criança e do adolescente à
convivência familiar saudável, sendo, ainda um descumprimento dos deveres relacionados à
autoridade dos pais ou responsável. Metodologia: O presente estudo, partindo do método
dialético, baseia-se em pesquisas bibliográficas através das principais obras e juristas
civilistas brasileiros, e pesquisa e amostragem direta, ocasião em que busca-se pautar
informações obtidas com base na realidade, angariando dados junto a casos concretos de
alienação parental e suas consequências. Resultados Alcançados: Pode se afirmar que a
Alienação Parental consiste em um transtorno psicológico caracterizado por um conjunto de
histórias pelo qual um genitor, denominado cônjuge alienador, modifica a consciência de seu
filho, por meio de estratégias de atuação e malícia, mesmo não sendo conscientemente,
sempre com o objetivo de impedir, destruir seus vínculos com o outro genitor, denominado
cônjuge alienado, mesmo que não haja motivos reais que justifiquem essa condição. A jurista
e vice-presidente do IBDFAM Nacional, Maria Berenice Dias, defende que a alienação
parental pode ser chamada de implantação de falsas memórias, pois o alienador passa a incutir
no filho falsas ideias sobre o outro genitor, implantando por definitivo as falsas memórias
(FREITAS, Douglas Phillips; 2015; p. 14). A criação da Lei 12.318/10, assim como o ECA, o
Código Civil e a Constituição Federal, vieram para proteger a criança e seus direitos
fundamentais, preservando dentre vários direitos o seu convívio com a família, e a sua
preservação moral diante de fatos que por si só a atingem: separação dos pais e a quebra da
referência familiar. Logo, é imprescindível que o Poder Judiciário conheça este conflito
familiar para que assim possa apresentar soluções aos litigantes. Ao preservar a família, não
apenas garante-se o bem-estar dos membros, como também um desenvolvimento saudável
para os infantes que são as principais vítimas do fim do relacionamento dos pais.

REFERÊNCIAS
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental, comentários à Lei 12.318/2010, 4° Edição
2015;
FIGUEIREDO, Fábio Vieira e ALEXANDRIDIS, Geogios. Alienação parental, aspectos
materiais e processuais da Lei n. 12.318/2010, 2° Edição, São Paulo, Saraiva, 2013.;
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, vol. 6: Direito de Família. 8ª
Edição atualizada. São Paulo: Saraiva, 2011, p.305.
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias, 12ª Edição, Revista dos Tribunais,
2017.
A IMPORTÂNCIA E OS LIMITES DO PODER DE POLÍCIA NO ÂMBITO DA
ADMINISTRAÇÃ PÚBLICA

Michael Rodrigo Pereira Silva; michael.roo@hotmail.com


Karoline dos Santos Ferreira; karol_dsf@hotmail.com

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis – FAIR/UNIASSELVE
Local:
Programa de Graduação em Direito da Universidade Uniasselvi – 1° CONADHS
(Pesquisa Coordenada pelo Professor Bruno Torquete)
Linha de Pesquisa
Direito Administrativo, Gestão e Políticas Públicas
Palavras-chave
Direito Administrativo – Poderes – Poder de Polícia

RESUMO:
INTRODUÇÃO: O poder de polícia consiste na atividade da administração pública que
limita, ou disciplina direito ou liberdade, regulando a prática de certos atos, em razão do
interesse público, e limitado pela indisponibilidade de tal interesse. Em decorrência deste
princípio, toda e qualquer limitação sofrida pelo particular por parte do estado, deve estar
fundamentado no anseio de concretização do interesse público, evitando-se, assim, injustiças
através da atuação do poder público, sendo certa sua supremacia sobre os interesses privados,
o que lhe confere inúmeras prerrogativas. PROBLEMA DE PESQUISA: Evidenciar até
onde as limitações a direitos e garantias podem ser aceitas mediante atuação do poder de
polícia. O poder de polícia consiste em um limite preestabelecido quando à liberdade dos
indivíduos, e ao mesmo tempo tem como objetivo garantir que seja resguardada esta liberdade
e dos direitos inerentes ao cidadão, é necessário que haja o convívio harmônico entre os
direitos individuais cabíveis aos membros da sociedade e a Administração Pública, uma vez
que o interesse público possui uma série de peculiaridades que viabiliza que este faça parte da
ramificação dos interesses privado. Assim, resta a necessidade de harmonia entre o alcance e
os limites do poder de polícia. OBJETIVOS: A presente pesquisa tem por objetivo principal
demonstrar a incidência do poder de polícia da administração pública, na sociedade, suas
formas de manifestações no dia a dia dos particulares, e até onde tal prerrogativa, poder da
concedido à administração pública tem alcance de modo a interferir na vida privada das
pessoas. METODOLOGIA: A metodologia deste estudo parte do método dialético de
pesquisas, pela análise de obras bibliográficas dos principais nomes do direito administrativo
brasileiro, e por uma pesquisa de amostragem direta, ocasião em que se buscam informações
sobre a atuação de tal poder junto a administração pública direta municipal. RESULTADOS
ALCANÇADOS: Percebe-se que poder da polícia não corresponde a uma tarefa da
administração, mas um dever que corresponde ao Estado (MELLO; 2008; p. 97), pelo qual
deve ser exercido conforme o desenvolvimento do legislativo. É atribuído tanto aos Poderes
Legislativo e Executivo, embasando-se no princípio da legalidade, pelo qual impossibilita que
a Administração estabeleça impedimentos e deveres, com exceção em favor da lei. Foi
possível concluir que o poder de polícia é um poder que limita o desempenho de direitos
individuais, pressupondo que tal limitação esteja previsto no ordenamento jurídico, sendo que
os atos decorrentes do poder de polícia são cogentes, ou seja, coage os administrados a se
subordinarem, mesmo que seja contrário aos interesses privados, assim, seja permitido pelo
atendimento dos interesses de cunho coletivo (PIETRO; 2004; p. 157). Tendo uma
característica discricionária, que deve ser desempenhada de acordo com a legislação,
inclusive aos seus limites e, atendidos todos os seus requisitos, não se confunde com ato
arbitrário, que é o oposto à lei, no entanto, uma ação inválida (MEIRELLES; 1991; p. 75).
Importante aduzir que para que o ato de polícia possua legitimidade, é relevante que seja
visualizada a adaptação entre os métodos e os objetivos alcançados, excluindo métodos que
extrapolem o que é realmente indispensável.

REFERÊNCIAS
CRETELLA JÚNIOR, José. Direito administrativo brasileiro. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Forense, 1999.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26ª edição. São
Paulo: Malheiros Editores, 2008.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 16. ed. 2.tiragem. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1991
MENDES, Gilmar Ferreira e outros. Direitos fundamentais e controle de
constitucionalidade. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo, 15 ed. São Paulo: Atlas, 2004
MISSÕES NO HAITI - A INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS NO TOCANTE ÀS ADVERSIDADES DA ILHA CARIBENHA

MISSIONS IN HAITI - THE INFLUENCE OF THE UNITED NATIONS


ORGANIZATION TOWARDS THE ADVERSITY OF THE CARIBBEAN
ISLAND

GRUPO DE TRABALHO – GT

Dyogo Henrique Menezes de Azeredo


Graduando em Direito, Uniasselvi, dyogo_menezes@hotmail.com
Melissa Carolina Horbach dos Santos
Graduanda em Direito, Uniasselvi, melchsantos02@gmail.com

RESUMO

A Organização das Nações Unidas - ONU é um órgão político, nascido no ano de


1945, período posterior à Segunda Guerra Mundial, e está à disposição de todos os países,
objetivando paz e segurança a nível universal, e pretende, principalmente, evitar que
conflagrações como essas ocorram novamente, destarte amparar em caso de necessidade
ou miséria extrema. Desse modo, atuou ativamente no Haiti, desde seus conflitos internos
relacionados à política, até seus dilemas causados por devastações naturais que o
atingiram. Vários países participaram dessa missão, que inicialmente visava evitar que
uma guerra civil se deflagrasse na ilha caribenha, cenário que piorou a partir de 2000.
Dentre as principais incumbências, destaca-se a MINUSTAH, que teve duração de 13
anos, de 2004 a 2017, e acompanhou o país em seus piores momentos. É notório ainda, a
participação do Brasil e seu comprometimento nesse encargo, atuando de maneira ativa
nas frotas militares encaminhadas ao Haiti, além de bilhões de dólares encaminhados para
investimento que deveriam ser feitos nas áreas de infraestrutura, saúde e desenvolvimento
local.

PALAVRAS-CHAVE: ONU. Haiti. MINUSTAH.

ABSTRACT

The United Nations - UN is a political organization, created in year 1945,


after the Second World War, and is available to all countries, aiming at peace and security
at a universal level, and aims, in particular, to prevent conflicts as these occur again, so
to support in case of extreme need or misery. In this way, he acted actively in Haiti, from
his internal questions related to politics, to his dilemmas caused by natural devastation
that reached him. Several countries joined this mission, which initially aimed to prevent
a civil war from breaking out on the Caribbean island, a scenario that has worsened since
2000. Among the main tasks is MINUSTAH, which lasted for 13 years from 2004 to 2017
, and followed the country at its worst. The participation of Brazil and its commitment to
this task, acting in an active way in the military fleets sent to Haiti, besides the billions of
dollars directed towards investment that should be made in the areas of infrastructure,
health and local development.

KEYWORDS: UN. . Haiti. MINUSTAH.

INTRODUÇÃO

Organização das Nações Unidas - ONU é a única agência política de participação


universal à disposição da humanidade e é nessa qualidade que enfrenta, de forma
integrada, os desafios centrais da paz e segurança internacionais e do desenvolvimento
socioeconômico, direitos humanos e preservação do meio ambiente. Universalidade e
vocação integradora das principais preocupações mundiais são duas das mais importantes
características das Nações Unidas e estão na base de sua legitimidade política e do valor
que adicionam ao processo político internacional.

Objetivando facilitar a cooperação em termos de direito e segurança internacional,


desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e da paz mundial, em
2004, no ano em que o Haiti comemorava seus 200 anos de uma república independente,
o país entra em caos. A polícia nacional estava desorganizada e inoperante levando a um
quadro conturbado de violência, e o presidente Aristide, sob ameaças contra sua própria
segurança, deixou o país.

Essa crise, foi atribuída diretamente ao fracasso da comunidade internacional e do


governo haitiano, que conjuntamente, não promoveram a estabilidade política e nem
melhoraram os padrões de vida da população durante a última missão da ONU realizada
no país. Mesmo após esforços na construção do Estado, as condições políticas,
econômicas e sociais no país não melhoraram. A realidade do Haiti era uma fraca
capacidade de governança, insegurança generalizada, pobreza, estagnação e desigualdade
social e econômica, analfabetismo e precariedade de suas instituições democráticas.

Sendo assim, em fevereiro de 2004, o Conselho de Segurança da ONU autorizou


mais uma intervenção no Haiti, a quinta tentativa, a fim de restaurar a lei e a ordem e
impedir a deterioração da situação humanitária – a United Nations Stabilization Mission
in Haiti (MINUSTAH). Conhecendo um pouco da inter-relação da ONU com o Haiti,
uma grande indagação surge; por quais motivos as outras missões da ONU em terras
haitianas não deram certo? O presente artigo busca também investigar o desempenho da
MINUSTAH – Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti e elucidar quais
foram os resultados da atuação do Brasil na República do Haiti.

PRIMEIRAS MISSÕES DAS NAÇÕES UNIDAS NO HAITI


Pela primeira vez na história da ONU, o Conselho de Segurança sancionou
formalmente o uso da força para implantar – ou restaurar – a democracia, invocando o
Capítulo VII da Carta da ONU. Nunca antes o Conselho de Segurança autorizara seus
Estados-membros a formarem uma “força multinacional”, sob outro comando que não o
das próprias Nações Unidas, e a utilizarem “todos os meios necessários” para regularizar
uma situação que era, de fato, uma questão de natureza interna. Sobre o precedente que
foi estabelecido, Thomas Buergenthal explicou: “Uma vez que o império da lei, os
direitos humanos e o pluralismo democrático foram tornados questões para o
consentimento internacional, pouco ficou de doméstico em termos de instituições
governamentais”.1
No entanto, a intervenção não é considerada bem sucedida em longo prazo porque
a United Nations Mission in Haiti - UNMIH teve um bom começo, prosseguiu na missão
conforme o planejado, terminou no tempo previsto para terminar, mas deixou poucos
resultados positivos no caminho de uma transformação do Haiti. Embora alguns objetivos
tenham sido alcançados, como a restauração do Presidente Aristide ao poder, a UNMIH
partiu antes que uma administração competente fosse criada, estruturas democráticas
autossuficientes fossem estabelecidas ou reformas econômicas duradouras fossem
instituídas.
No Haiti, os objetivos da construção de Estado foram limitados e factíveis. O
mandato contemplou quatro objetivos: manter um ambiente seguro; treinar a polícia e as
Forças Armadas; preparar o país para as eleições e colaborar em sua execução; e
promover o desenvolvimento econômico. A Resolução 940 estipulou muito claramente
que - o propósito da comunidade internacional permanece sendo a restauração da
democracia no Haiti e o imediato retorno do presidente legitimamente eleito Jean-
Bertrand Aristide, dentro dos limites do Acordo de Governors Island‖.2
Numa avaliação geral da UNMIH, em 1997, no Relatório do Secretário-Geral da
ONU para a Missão, Kofi Annan destacou que:
[...] with respect to the HNP some serious lacunae remain. Economic results in
1996 were disappointing […] currently, the justice system remains largely
unable to 72 investigate alleged crimes and to prosecute wrongdoers in a
professional manner […] serious problems of legal status and leadership
continue to beset the administration pentitentiaire nationale in charge of the
prison system […] delays occurred in the adoption of the economic reforms on
which release of a large part of international funds was conditioned. Five
months into the fiscal year, parliament is still discussing the proposed budget
for 1996-1997, a delay that is negatively affecting public administration and
the economy as a whole.3

O New York Times também fez uma avaliação do legado da UNMIH:


As the [...] peacekeeping force pulled out of Haiti this month, the mood was
one of frustration at the difficulties of making a failed state work. The
mission’s problems, however, offer lessons for future programs ad for the
multinational police trainers and civilian advisers still in Haiti. They can see
progress if they avoid unrealistic promises and cosmetic solutions […] Haiti
shows why outsiders should not count on rapidly changing a political culture
deformed by centuries of dictatorship […] Outsiders cannot build a working
Haiti. They can, and have, established a more secure and free atmosphere, a
necessary prerequisite. They can also help Haitians build civil groups, schools
and institutions that will, over time, make the Government more efficient and
accountable. Selling this as a short-term project simply guarantees failure.4

Finalmente, cabe destacar que, em diversas resoluções e relatórios da ONU, foi


enfatizado que por mais que a comunidade internacional possa colaborar no esforço de
construção do Estado e na democratização do país, ainda há um longo caminho a ser
trilhado rumo a uma sociedade pacífica e democrática, onde os benefícios do
desenvolvimento possam ser usufruídos por toda população, e que são os próprios
haitianos os principais responsáveis pelo presente e pelo futuro do Haiti.
Após a primeira missão da ONU, houve outras tentativas da Organização das
Nações Unidas intervir no Haiti, foram essas: United Nations Support Mission in Haiti
UNSMIH (1996 a 1997), United Nations Transition Mission in Haiti UNTMIH (1997) e
United Nations Civilian Police Mission in Haiti MIPONUH (1997-2000). Essas missões
não obtiveram o êxito esperado pelas Nações Unidas, sendo abortadas, para que assim
criassem uma nova missão, baseada na realidade do país e que pudesse atender aos
anseios e objetivos da ONU.
MINUSTAH - A 5° TENTATIVA DA ONU
Realizada no Haiti, de junho de 2004 a agosto de 2017, a MINUSTAH – Missão
das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, representa a quinta missão da ONU no
território, e se mostra pertinente no clamor do Representante Permanente do Haiti junto
às Nações Unidas, que no dia 29 de fevereiro de 2004, requereu ao Conselho de Segurança
um pedido de assistência ao país, diante de cópia da renúncia do então presidente Aristide.
A nova incumbência da organização seria substituir a Força Multinacional
Provisória, designada para auxiliar nos confrontos antecessores à saída do então
governante Jean Bertrand Aristide, o qual foi eleito em 2000, em um sufrágio questionado
pela nação haitiana, considerando-se o fato de que apenas 10% da população de votantes
teria participado da eleição.
Não bastando tal cenário caótico na política local, eventos inesperados ocorreram,
como o terremoto de alta magnitude, ocorrido em janeiro de 2010 que devastou o país,
causou mais de 220.000 mortes, além de propiciar um impacto negativo na economia e
na infraestrutura, já tão precárias, e o furacão que abalou o Haiti em 2016, e ceifou a vida
de centenas de pessoas.Tais desastres, além dos números assustadores de perecimento,
trouxeram angústia em face ao anarquismo presente. Diversas pessoas ficaram feridas e
desabrigadas durante esses eventos. Ademais, epidemias, como a cólera, e um crescente
em relação à violência, fizeram com que as tropas estendessem seu período de atuação no
país, auxiliando no tocante à infraestrutura, saúde e no combate à hostilidade que se
enraizava mais uma vez, no país que em 2004 se via à beira de uma guerra civil.
Até o ano de 2009, antes do território sofrer com a primeira catástrofe natural, a
operação contava com o apoio de 16 países, que encaminharam, entre tropas policiais,
militares e voluntários, cerca de 11.000 civis na tentativa de elucidar a situação do Haiti,
cuja missão, segundo a ONU, teria o objetivo de “reestabelecer a segurança e a
estabilidade, promover o processo político, fortalecer as instituições governamentais, e
assim, promover e proteger os direitos humanos”.
A ONU encerrou a missão em 05 de outubro de 2017, a qual seria substituída até
o dia 15 do mesmo mês, pela “Missão da ONU de Apoio à Justiça do Haiti”, e assim
apoiará medidas de desenvolvimento sustentável, incentivando a reconstrução da nação,
investindo fundamentalmente em sua infraestrutura. A cerimônia que decretou o fim da
missão, foi realizada de maneira solene, inclusive com a presença do atual presidente da
República, Jovenel Moise, no campo que homenageia o General de Divisão, o brasileiro
José Luiz Jaborandy Júnior, que morreu em 2015.
Depreende-se que da missão resultou um sucesso parcial, em face a sua obstrução
à conflitos internos mais pertinentes, que poderiam ser de magnitude impensável, não
obstante o mérito de encerrar conflagrações de divergências políticas, as quais se
agravaram pelo estado de miséria presente no país com tantas devastações.
A ATUAÇÃO DO BRASIL
Entre os países envolvidos nos anos em que MINUSTAH atuou no Haiti, 13 eram
latino-americanos. Destes, o Brasil se destaca como o mais influente, tendo liderado
diversas tropas, destarte o fato de, até o ano de 2016, ter investido próximo à R$ 2,5
bilhões no encargo, sendo reembolsado pela ONU com uma quantia aproximada de R$
431,3 milhões.
Desde 2004 até o encerramento da missão, o Brasil havia enviado cerca de 37.500
militares para atuarem no Haiti. Além do apoio econômico e armado, a frota brasileira
tinha em mente desenvolver a ilha caribenha, através de exacerbada subvenção
humanitária, atuando inclusive na implantação de poços artesianos, de pontes, de
melhoria de estradas, tanto antes, mas principalmente após os eventos de 2010.
O Brasil reteve, até o encerramento dos encargos, seu empenho e engajamento
com o conjunto remetente à prosperidade do país haitiano. Durante esses 13 anos,
apresentou-se de maneira ativa e disposta, contando com representantes não só no
contingente, como no Comando Militar em toda a extensão. Inclusive, o ultimo
comandante militar a liderar o programa, era o general brasileiro Ajax Porto Pinheiro.
Não espanta a ninguém, considerando-se a influência dos tupiniquins na região,
que alguns brasileiros tenham sido homenageados por sua dedicação à uma nação que lhe
era alheia. Como é o fato da médica Zilda Arns, que morreu durante o terremoto que
assolou o local. Em agraciamento à sua honra, ergueu-se o hospital de referência que leva
seu nome, localizado em Porto Príncipe, capital da nação, com fundos advindos do Brasil.
Logo, mais do que se mostrar na história local como um dos maiores
representantes da América Latina a lutar de maneira ativa pela reconstrução, tanto social
quanto na infraestrutura, garantindo uma condição mais digna do que o estado de miséria
em que aquela sociedade se encontrava, o Brasil representou uma possibilidade de
prosperidade àquele país.
Não por menos, quando iniciou-se o êxodo, a nação que mais abrigou tal
população advinda da ilha caribenha foi a brasileira. A partir do terremoto, até meados de
2015, o número de haitianos que vieram ao país em busca de melhores condições de vida
liderava o hanking de imigração nas terras canarinhas. São quase 15.000 estrangeiros
provenientes da terra que sofria com tantos desastres.
Mesmo em meio a comentários controversos, de que o MINUSTAH seria, na
realidade, uma forma de recolonização das terras haitianas, a atuação do Brasil enquanto
estava ativa a missão foi bastante elogiada e aclamada internacionalmente. As tropas que
eram encaminhadas com instruções de construir uma boa relação com os civis locais,
garantindo pacificação de bairros extremamente violentos, além do envolvimento dos
militares nos projetos sociais. Assim, mesmo em meio à baixas, sejam elas provenientes
dos conflitos, ou da força da natureza, o saldo da atuação brasileira na missão idealizada
pela ONU é considerado positivo, tornando tais atividades um marco na história de ambos
os países envolvidos.
CONCLUSÕES
Em face do que foi exposto, podemos inferir que a UNMIH foi estabelecida com
a finalidade maior de apoiar e fortalecer as instituições do Estado, incluindo o controle
civil sobre as forças armadas, a reforma da polícia nacional e a restauração do estado de
direito. Estes objetivos estavam explícitos no mandato da missão para manter a paz e a
segurança internacional, com base no Capítulo VII da Carta da ONU.
Conclui-se, portanto, que em virtude dos esforços da UNMIH estarem
precipuamente centrados na segurança do Estado haitiano e na segurança internacional,
houve pouca contribuição para o progresso na construção do Estado e na democratização
do país, com destaque apenas para um relativo êxito na reforma da polícia e na realização
de eleições, mas não houve resultados visíveis para a melhoria das condições de vida e
bem-estar da população haitiana.
Quanto à principal missão da ONU na ilha caribenha, a MINUSTAH, destaca-se
a importância para a reestruturação política e social local. Apesar de não ter tido o êxito
esperado, o empenho dos países no auxilio dessa nação foi surpreendente. O envio de
milhares de pessoas, entre civis e militares, e bilhões de reais para ajudar em seu
desenvolvimento comove, ao mostrar que ainda existe empatia e doação ao próximo. De
tal ação, cabe-nos destacar o Brasil, que atuou de maneira surpreendente, liderando o
poderio militar em todos os anos de duração do projeto, e mobilizando entre suas tropas,
voluntários que dedicaram sua vida à causa.

REFERÊNCIAS
1- HIPPEL, Karin Von. Democracia pela força: intervenção militar dos EUA no mundo pós-
guerra fria. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Ed., 2003, p.117.
2- Resolução 940 do Conselho de Segurança da ONU, de 31 de julho de 1994.
3- MALONE, David. Decision-Making in the UN Security Council – The Case of Haiti, 1990-
1997. p. 141.
4- MALONE, David. Decision-Making in the UN Security Council – The Case of Haiti, 1990-
1997. p. 148
5- http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/13517, acessado no dia 04 de abril
de 2018.
6- https://igarape.org.br/wp-content/uploads/2017/10/16-10-2017-web-AE-MINUSTAH-
2017.pdf, acessado no dia 04 de abril de 2018.
7- http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-
internacionais/142-minustah, acessado no dia 04 de abril de 2018.
8- https://nacoesunidas.org/missao-da-onu-no-haiti-e-encerrada-oficialmente-conselho-
de-seguranca-discutira-nova-atuacao/, acessado no dia 04 de abril de 2018.
9- https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/entenda-o-fim-da-
missao-de-paz-da-onu-no-haiti/, acessado no dia 04 de abril de 2018.
10- https://nacoesunidas.org/missao-da-onu-no-haiti-e-encerrada-oficialmente-conselho-
de-seguranca-discutira-nova-atuacao/, acessado no dia 04 de abril de 2018.
11- https://g1.globo.com/mundo/noticia/missao-de-paz-no-haiti-veja-altos-e-baixos-nos-
13-anos-de-presenca-militar-brasileira.ghtml, acessado no dia 04 de abril de 2018.
12- http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-
internacionais/142-minustah, acessado no dia 04 de abril de 2018.
13- http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-06/zilda-arns-da-nome-hospital-
no-haiti-construido-com-recursos-do-brasil, acessado no dia 04 de abril de 2018.
14- http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/em-10-anos-numero-de-imigrantes-
aumenta-160-no-brasil-diz-pf.html, acessado no dia 04 de abril de 2018.
PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO DA HERANÇA EM BITCOINS

Autores
Ana Paula Garcias da Silva Cunha – anapaula_gs@hotmail.com;
Rodrigo Araujo da Cunha – investimentoscunha@gmail.com

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis-(FAIR-UNIASSELVI)

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa da iniciação científica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis-(FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

Linha de Pesquisa
Bitcoin como herança e sua sucessão.

Palavras Chave
Bitcoin. Herança. Chaves Privadas.

RESUMO:

INTRODUÇÃO: Existe uma máxima na qual diz que a única certeza que temos na vida é que
a morte chegará a cada um de nós. Antes mesmo do Bitcoin, a herança digital tem sido um
problema para resolver para pessoas em todo o mundo, nos anos 90, sua herança digital poderia
ser formada apenas por e-mails, mas hoje se estende a senhas, arquivos de fotos, dados pessoais
sob controle de anunciantes e redes sociais. E agora a criptomoedas. Desta forma, considerando
o surgimento do Bitcoin e de outros ativos financeiros virtuais, devemos saber quais os
procedimentos que devemos adotar para deixar essa herança para nossos entes queridos. Há de
se ter uma preocupação muito grande em preparar os herdeiros, com ou sem auxílio de outras
pessoas, para ter acesso às chaves privadas de Bitcoin antes da morte do titular.

PROBLEMAS DE PESQUISA: A quantidade de termos técnicos e novidades relacionados a


inclusão do Bitcoin, a falta de conhecimento do simples conceito, para que serve e como deve
ser usado essa criptomoeda nos preocupa e nos leva a pensar que, se viermos a morrer
inesperadamente, será difícil para uma pessoa leiga gerenciar nossos ativos em Bitcoin sem
ajuda e orientação. Este problema é algo que todos que possuem esse ativo devem considerar,
planejar como e, de qual forma será repassada suas chaves privadas, qual o passo à passo para
acessar a carteira, pesquisar qual seria a forma mais segura disso acontecer, decidir quem ficaria
em poder dessas chaves se algo acontecer e a favor de quem esse ativo seria destinado, pois se
não houver o devido cuidado, com a falta dessas informações os Bitcoins poderiam ser perdidos
para sempre, ou caso essas informações caíssem em mão erradas os Bitcoins poderiam ser
transferidos mesmo antes da morte do titular dessas moedas. É preciso lembrar que o anonimato
é muito importante para quem usa a moeda digital, assim como a certeza de que outras pessoas
não terão acesso ao seu dinheiro, mas isso não impede do titular de deixar uma herança em
Bitcoins.

OBJETIVOS: Despertar no investidor e na sociedade em geral a busca do conhecimento de


novas tecnologias, e, ao ter a capacidade de conceituar o que é esta moeda, saber para que ela
serve e como usar, daí então, poder desenvolver um pensamento menos individualista, menos
preocupado somente com sua própria qualidade de vida, mas sim um pensamento preocupado
com o que deixaremos para nossos entes que tanto amamos, e nesse contexto é importantíssimo
saber como passar adequadamente seus investimentos em Bitcoins para seus sucessores, com a
máxima segurança possível.

MÉTODO: Fazendo o uso do método hipotético-dedutivo testamos as melhores hipóteses e


mais seguras no processo sucessório da herança em Bitcoins, essa hipóteses poderão ser
submetidas a novos testes e não são absolutas. Esse método não visa a verdade absoluta, pois
parte da premissa de que o conhecimento absoluto não é alcançável. O método hipotético-
dedutivo funciona a partir de um problema, quer dizer, algo que ainda não foi totalmente
explicado, porque o conhecimento sobre ele é insuficiente.

RESULTADOS ALCANÇADOS: Em uma passagem da entrevista dada pelo Advogado


Samir Choaib à Revista Exame publicada no dia 17 de Dezembro de 2017, ao responder a
pergunta de um leitor sobre direito sucessório “É possível herdar Bitcoins?” o nobre Advogado
respondeu: “Em qualquer situação, quer as moedas virtuais sejam classificadas como ativos
financeiros, moeda estrangeira ou propriedade, é indubitável que o investimento nela realizado
constitui um direito de seu titular, devendo ser transferido aos seus herdeiros ou legatários,
quando do falecimento de seu titular. Assim, o titular de moedas virtuais que vier a falecer, terá
o inventário de seus bens composto também por este ativo financeiro, cuja avaliação a valor de
mercado deverá ser obtida na data do falecimento, a exemplo do que ocorre, por exemplo, com
o inventário de ações cotadas em bolsa. Na transferência dos Bitcoins para os herdeiros, haverá
a tributação do imposto estadual causa mortis (em São Paulo – ITCMD)”. Bem, de fato, é o que
deveria acontecer, mas com o Bitcoin não é tão simples assim, o Bitcoin é uma moeda digital
que, até agora, não está sujeita a regulações de nenhum governo ou banco central. As transações
são feitas digitalmente, sem nenhum banco intermediar. Como o dinheiro em espécie, o Bitcoin
permite que os usuários gastem ou recebam os recursos de forma anônima, ou em grande parte
anônima, através da internet, diferentemente do que acontece nos sistemas monetários
tradicionais. Existem outras moedas digitais, mas o Bitcoin é a mais popular, e no seu processo
sucessório analisamos algumas hipóteses que consideramos mais seguras, sendo elas: 1-
TESTAMENTO: é uma das formas mais utilizadas por aqueles que desejam deixar um legado
em Bitcoins para sua família, no entanto, é preciso ficar em alerta e tomar algumas medidas a
fim de prevenir que outras pessoas tenham acesso à senha. 2-MULTI-SIG: O conceito é uma
carteira que precisa de mais de uma assinatura para transferir os Bitcoins. Você pode entregar
1 chave para os seus filhos e 1 para uma pessoa de muita confiança, assim, quando você morrer,
os dois poderão movimentar seus Bitcoins. 3-PEN DRIVE E HARDWALLETS: É possível,
utilizar pen drives com instruções de como acessar sua carteira ou carteira físicas, como Trezor
e Ledger Wallet. Ao usar esta técnica o titular deve criptografar o pen drive com uma senha que
apenas os herdeiros conheçam, e conter as instruções sobre como acessar e utilizar as moedas
digitais disponíveis. Por fim, o Bitcoin continuará a existir, mesmo depois que os seus titulares
originais tenham morrido. Por isso, tome esses cuidados para garantir o repasse.

REFERÊNCIAS

BTCSOUL. Morte e Bitcoin: preparando sua Herança digital. Disponível em:


<https://www.btcsoul.com/dicas/morte-e-bitcoin-preparando-sua-heranca-digital/>. Acesso
em: 30 de Abril de 2018.
SCHIAVON, Guto. Herança em Bitcoins: Aprenda a deixar seu legado de moedas digitais.
Disponível em: <https://blog.foxbit.com.br/heranca-em-bitcoins-aprenda-deixar-seu-legado-
de-moedas-digitais/>. Acesso em: 30 de Abril de 2018.

O GLOBO. Na era do Bitcoin, o velho problema das heranças. Disponível em:


<https://oglobo.globo.com/economia/na-era-do-bitcoin-velho-problema-das-herancas-
22395921>. Acesso em: 30 de Abril de 2018.

INVESTRIR EM COINS. Herança em Bitcoin – Saiba como preparar sua herança através
do BTC. Disponível em: <http://www.investiremcoins.com.br/heranca-em-bitcoin/>. Acesso
em: 30 de Abril de 2018.

CHOAIB, Samir; RODRIGUES, Sonia Regina Senhorini. É possível herdar Bitcoins?


Disponível em: <https://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/e-possivel-herdar-bitcoins/>. Acesso
em 30 de Abril de 2018.
MARIELLE FRANCO, SOB A ÓTICA DOS DIREITOS HUMANOS.

Beatriz Moraes Jardim (biamoraes1995@gmail.com);

Thaiza Kaellem Cunha de Oliveira (thaizadrt@gmail.com)

Linha de Pesquisa
Direitos Humanos

1- Introdução
É através do exercício dos direitos humanos, que temos o bem jurídico mais importante
tutelado em nosso ordenamento jurídico, que é à vida, e Marielle Franco foi uma extraordinária
defensora dos direitos humanos, gritava pelo direito à vida, e era voz das mulheres que foi
vítima da violência, assim como ela, chegando a ser reconhecida pela Organização das Nações
Unidas (ONU), a qual relatores pediram que seu caso fosse resolvido o mais breve possível.
Uma militante ativa dos Direitos Humanos, Marielle Franco, vereadora do Estado do
Rio de Janeiro foi brutalmente executada dentro de um veículo, quando retornava de um evento,
no dia 14 de março de 2018, onde também morreu seu motorista Anderson Gomes.
O presente trabalho justifica-se por ser de fundamental importância e contínuo estudo
e reflexão jurídica e social acerca da efetivação dos Direitos humanos e o respeito irrestrito, e
que a violência contra a mulher corresponde a uma das formas de violação e liberdades
fundamentais, que limita total ou parcialmente a observância, gozo e exercício de tais direitos
e liberdades pelas mulheres, e que, esta violência “constitui ofensa contra a dignidade humana’’.
O que torna a discussão temática de grande relevância tanto no âmbito acadêmico,
como jurídico e social.
2- Problema de Pesquisa.
Que fatores fazem com que os Direitos Humanos não sejam de fato efetivados?
3- Objetivo
O direito à vida é a base e a pedra angular de todos os outros, tão evidente que não é
necessário comentá-la ou demonstrá-la. Chega ser um absurdo alegar que a defesa dos direitos
humanos foi à sentença de morte no caso Marielle, ou ainda, levantar comentários que surgiram
como, ‘’ morreu porque defendia bandido’’ ou ‘‘a morte dela foi algo bom, bem feito’’.
E é essa questão da intolerância que é um dos fatores que fazem com que os Direitos
Humanos não sejam praticados em nossa sociedade. A falta de conscientização nas políticas de
prevenção, são fatores que prejudica a eficácia do exercício dos direitos.
No Brasil à sensação, é que está ocorrendo uma inversão de valores muito séria.
Pessoas que defendem os direitos humanos, ao invés de serem reconhecidas de forma positiva
são atacadas e hostilizadas. Sendo sempre levantada a mesma questão:’’ defendem apenas o
direito dos manos’’. Essa visão e tão limitada.
Uma vez que Direitos Humanos de uma maneira mais singela é uma garantia de uma
vida digna a todas as pessoas. São direitos que são garantidos à pessoa pelo simples fato de ser
humano. Ainda assim, fica impossível compreender, que uma minoria da sociedade, insiste em
acreditar que esses direitos são apenas para defesa de ‘’ bandidos’’.
Não é em vão que cada ser humano tem o livro arbítrio, mas é necessário respeitar,
cada causa, cada opinião, em nome da civilidade, e da tolerância uns com os outros.
4- Metodologia
O presente tópico apresenta o método de pesquisa utilizado, a metodologia que foi
utilizada na abordagem do tema foi o método descritivo, pois se buscou para construção do
referencial teórico explorar o tema a partir de uma pesquisa bibliográfica. Para o levantamento
das informações, foram consultados materiais publicados em livros, dissertações e web sites. A
base de dados mais utilizada foi o Google.

5- Resultado Alcançado
Dentre os direitos fundamentais inseridos na Constituição Federal de 1988, é correto
apontar o direito à vida, como principal direito resguardado a todos as pessoas. A vida deve ser
interrompida apenas por causas naturais, restando proibido que uma pessoa tire a vida de outra.
O direito à vida também é um direito à saúde, à alimentação, à educação, e todas as formas que
garantam a dignidade da pessoa humana. Segundo Alexandre de Moraes:
‘’ o direito à vida é o mais fundamental de todos os direitos, já que se constitui em
pré-requisito à existência de todos os demais.’’ (MORAES, 2003).
Se a pessoa humana é o objetivo de todos os direitos, todas as pessoas devem saber a
origem, necessidade, aplicação e todas as características provenientes desses direitos.
A solução do caso Marielle franco e de todos os outros que acontecem em cada canto
do país, que tiveram suas vidas ceifadas por algum tipo de violência urbana, é uma vitória contra
impunidade.
Diante disso, o problema em si não é tratado com uma prisão ou outra isso é apenas
um dos procedimentos adotados para minimizar à problemática em curto prazo. A violência é
algo que a sociedade não tolera mais, obviamente por isso que é criminalizada. Mas, a punição
dos agressores é apenas uma das respostas ao problema que carece de um conjunto de ações.
A solução mais eficaz não é somente punir o agressor, mas agir para que não exista
mais agressores. Todavia, isso somente será possível, através do diálogo acirrado entre em todos
os tipos de relações, em casa, no trabalho, nas escolas, na roda de amigos e etc.
Vale salientar, que um dos fatores observados ao longo do trabalho que gera esse tipo
de violência é a falta de conscientização por parte da sociedade. É através da conscientização,
do respeito mútuo uns com os outros que obteremos um resultado satisfatório.
Respeitar o próximo, respeitar às leis é o primeiro passo para grande mudança. Que as
pessoas possam refletir sobre os acontecimentos que nos rodeiam, sobre os sinais que
recebemos, para que começamos hoje a mudar aquilo que queremos de melhor para o nosso
amanhã.
Menos discurso de ódio e mais amor.
Marielle Franco, presente!
Referências
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. O que são direitos Humanos?
Disponível em <http://www.dudh.org.br/definicao/>.

UNIDOS PELOS DIREITOS HUMANOS. A Declaração Universal dos Direitos Humanos.


Disponível em: <http://br.humanrights.com/what-are-human-rights/universal-declaration-of-
human-rights/>.

MORAES, Alexandre, Direitos Humanos Fundamentais. 5ª Ed. São Paulo: Editora Atlas,
2003

SARLET, Ingo Wolfang.A eficácia dos Direitos Fundamentais: uma teoria geral dos direitos
fundamentais na perspectiva constitucional 10.ed.rev.atual.Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2010, p.29
PATERNIDADE SOCIOAFETIVA

Autores
Hellen Cristina Ferreira Lima Oliveira
Joseani Bernardo da Silva

Linha de Pesquisa
Direito de família e das sucessões

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa propõe o estudo desse tema para compreender as
relações familiares dentro da evolução, pois o direito de família tem passado por modificações
com o tempo, sendo que o direito tem que se moldar a sociedade. Observando-se à realidade
econômica e cultural de cada espaço e época, até o presente momento, como meio de adequar
essa nova filiação na linha ideológica constitucional. A paternidade socioafetiva está além da
questão biológica, ela trata do vínculo afetivo voluntário que é construído dia a dia, através do
amor, carinho, respeito.
PROBLEMA DE PESQUISA. O princípio da afetividade, embora não se compreenda inscrito
expressamente na Constituição Federal, surge como um novo valor a ser resguardado pela
ordem constitucional, como forma de efetivação do próprio Estado, pois o novo modelo de
Constituição de 1988 resguarda os direitos humanos e a igualdade entre os filhos. Embora esse
tipo de filiação não tenha sido reconhecido de imediato a doutrina e a jurisprudência já
reconhecem e admitem nesses últimos anos.
OBJETIVOS: O presente trabalho cientifico tem por objetivo uma análise sobre a Paternidade
Socioafetiva, demonstrando assim a sua importância no meio familiar, visto que esta diz
respeito ao vínculo emocional, levando-se em consideração que a sociedade vem sofrendo
mudanças ao longo do tempo e que estas devem ser analisadas. A ideia de família hoje em dia
está muito além do registro e sangue, pois os sentimentos criados pelo cotidiano baseado em
amor, dedicação, carinho, companheirismo está cada vez mais forte tanto na sociedade como
no mundo jurídico. Busca-se demonstrar as características da paternidade socioafetiva, a
distinção entre pai e genitor, sendo o pai aquele que tem a função de educador e protetor.
MÉTODO: Utilização da pesquisa bibliográfica, pois o conhecimento foi extraído através de
jurisprudências, decisões e doutrinas e do método jurídico-dedutivo e histórico.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Demonstrar a evolução no direito de família e a
importância de proteger a paternidade socioafetiva, pois a família é a base da sociedade e tem
que receber a proteção do Estado. Com o avanço no meio familiar criou-se essa nova
perspectiva de família, baseada no elo afetivo, onde uma pessoa passa a exercer uma função de
pai voluntariamente, existindo uma ligação de sentimentos e a vontade de assumir esse papel.
Assumindo esse papel o pai socioafetivo adquire os mesmos direitos e deveres do pai
consanguíneo. É importante destacar que o afeto esta inerente na convivência entre pais e filhos,
a dedicação do pai para com seu filho ultrapassa os laços de sangue, e se ocupa de sentimentos
para educar, amar, zelar e proteger, o afeto é um elo mais intenso. O vínculo sanguíneo pode
determinar uma condição de filho, mas o elo afetivo estipula a vontade de ser filho, de ser pai.
REFERÊNCIAS:
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito de Família. 7. ed. São Paulo:
Saraiva, 2010, v.6. p.305. ALMEIDA, Maria Christina. IBDFAM –
MADALENO, Rolf Hanssen. Novas Perspectivas no Direito de Família. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2000.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil: Direito de Família.14. ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2004. v.5. p.345.
SANTOS, Romualdo Baptista dos. A Tutela Jurídica da Afetividade, Curitiba: Juruá, p. 135
VELOSO, Zeno. Direito brasileiro da filiação e paternidade. São Paulo: Malheiros, 1997.
WELTER, Belmiro Pedro. Igualdade entre as filiações biológica e socioafetiva. São Paulo: RT,
2003.
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desburocratiza procedimentos. Disponível em: <https://www.jota.info/opiniao-e-
analise/colunas/coluna-do-l-o-baptista-advogados/filiacao-socioafetiva-e-reconhecimento
pela-via-extrajudicial-17012018>. Acesso em: 26/04/2018.
A ESTAGNAÇÃO DAS OBRAS PÚBLICAS E AS PROVIDÊNCIAS ADOTADAS PARA
SANAR EVENTUAIS IRREGULARIDADES

Bibiane Rosa de Oliveira;Pablo Francisco da Silva

bianerosa@hotmail.com;pabloffrancisco@outlook.com

Instituição: Faculdade Integrada de Rondonópolis -FAIR UNIASSELVI

Local: Rondonópolis-MT

Linha de Pesquisa: Direito Administrativo e Gestão Pública: Eficácia de Direitos


Fundamentais nas Relações do Trabalho, Sociais e Empresariais

Palavras-chave: Administração pública, obras públicas e recursos públicos


Resumo:
INTRODUÇÃO: Existem inúmeras técnicas para o acompanhamento e execução de um
projeto. Igualmente, as características da área pública implicam ao aprimoramento ininterrupto
das práticas para assegurar com êxito a implantação de políticas públicas eficazes. Dessa forma,
a pesquisa visa demonstrar a estagnação da gestão de obras públicas no Brasil nos últimos anos,
tendo como foco a crise econômica, a instabilidade da política e as diversas cenas de corrupção
presenciadas que violam os princípios constitucionais da administração pública.
PROBLEMA DE PESQUISA: Como aprimorar o processo de gestão referente a execução
das obras públicas no Brasil. Definir e criar estratégias de trabalho referente a esse
questionamento, requer um processo árduo, já que, as medidas adotadas nos contratos de
execução de obras muitas vezes não respeitam a legislação vigente, as prioridades políticas da
atualidade e também as lacunas encontradas na gestão pública. “A gestão pública recebe um
tratamento amplo nas Constituições, inclusive a brasileira. Dessa forma, temos ainda a
preocupação, quase universal, em modernizá-la, para que tenha eficiência, atue sem corrupção,
não desperdice recursos públicos”. (MEDAUAR, 2010, p.34). Assim, a pesquisa visa entender,
dentro do direito, quais requisitos legais a serem tomados para melhorar a execução das obras
públicas com celeridade.
OBJETIVO: Compreender o que ocorreu na administração das obras públicas no Brasil e quais
providencias adotada para solucionar as irregularidades que tanto impedem o andamento e
finalização dessas obras, visando preservar os direitos e princípios que estão assegurados na
Constituição de 1988. “A administração pública pode, e deve, acompanhar toda a execução do
contrato” (GASPARINI, 2012, p.866). As obras públicas, neste conjunto, precisarão ser
esboçadas de forma que agreguem todas as suas etapas internas no setor a ser executada,
respeitando as regras da legislação vigente. Embora sejamos considerados mundialmente um
país com pouco planejamento, por outro lado, em termos de legislação, observamos uma
evolução, principalmente no sentido de obrigações e regulamentações. Assim, na esfera das
obras públicas temos a Lei 8.666/93, que rege toda a obrigação de execução.
MÉTODO: A pesquisa será desenvolvida através do método dedutivo, com procedimento
estruturalista e por meio de pesquisa bibliográfica, utilizando dados primários e fontes
secundarias, que trata de levantamento de toda bibliografia já publicada em forma de livros,
artigos, tendo como referencial teórico os princípios de direito administrativo previstos na
Constituição.
RESULTADOS ALCANÇADOS: “A necessidade de somente existir o recurso orçamentário
não libera a administração pública de elaborar um orçamento de caixa ou programa financeiro
de desembolso. Dessa maneira, as reivindicações ainda devem ser acatadas nos casos de
dispensas e inexigibilidade de licitação evitando a anulação dos contratos” (GASPARINI,2012,
p.866). Notamos na pesquisa, a participação atuante tanto do congresso nacional, como do
poder executivo na efetivação de medidas concretas que passam a amenizar o cenário negativo
que envolve o desvio de recursos públicos evitando fraudes e enriquecimento ilícito, buscando
a garantia de que esse ato não fique impune. Todavia, a evidencia da fragilidade nas fases de
iniciação, planejamento e execução das obras públicas estão ligadas a paralisação e em seguida
ao abandono da obra levando ao fracasso de sua conclusão, mesmo com a rigorosidade das leis,
já que o cumprimento rigoroso da legislação, jamais permitiria lacunas para desvios de recursos
como também pode diminuir o índice alarmante de obras públicas inadequadas. Destarte, dentro
do âmbito dos princípios que regem a administração pública, notamos uma legislação clara e
concisa, necessitando de uma atuação transparente que proporcionará credibilidade a todos os
envolvidos na gestão de fiscalização.
Referências:
BRASIL. Lei n°8666, de 21 de junho de 1993. Brasília - DF, 1993.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella, Direito administrativo.24.ed.São Paulo. Atlas, 2011.

GASPARINI, Diógenes, Direito administrativo. 17 ed. São Paulo: Saraiva. 2012

MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 14. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2010.
O MODELO JURÍDICO-TERAPÊUTICO-PUNITIVO-PRISIONAL DO HOSPITAL
DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO À LUZ DA LEI DA REFORMA
PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA

Autora: Leidiany Ferraz Xavier Rezende1 <leidiany.27@gmail.com>


Orientadora: Sarah Caroline de Deus Pereira2 < scdp88@gmail.com >
Linha de Pesquisa: Direito Penal e Processo Penal
Palavras-Chave: Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico brasileiro; Modelo jurídico-
terapêutico-punitivo-prisional; Reforma Psiquiátrica.

1 – Introdução

Dentre as pessoas que cometem crimes, há aquelas que são inimputáveis em razão de
doença ou deficiência intelectual. De acordo com o Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940), art. 26, in verbis, “É isento de pena o agente que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento”.
Essas pessoas não recebem uma pena, mas são submetidas a tratamento psiquiátrico
obrigatório em cumprimento de uma medida de segurança. O cumprimento das medidas de
segurança ocorre em Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTPs) ou em Alas de
Tratamento Psiquiátrico (ATPs) localizadas em presídios ou penitenciárias. As medidas de
segurança podem ocorrer ou não em restrição de liberdade, mas em ambos os casos são
acompanhadas pelos HCTPs e pelas ATPs.
É notório que desumanidade e estigma caminham juntos quando se trata de serviço de
saúde mental e sistema prisional. Enquanto infrator, o indivíduo perde o direito de ir e vir,
pagando sua “pena” sem nenhuma perspectiva de ressocialização. O indivíduo enquanto
infrator e com patologia “mental” é igualmente afastado da sociedade, mas não conta com os
benefícios que o sistema de saúde deveria oferecer, nem mesmo medidas efetivas de
ressocialização. A princípio, não se trata do cumprimento de uma pena, mas de cuidados que
uma instituição hospitalar deve dispor para reduzir ou cessar o transtorno que levou o paciente
à prática do delito.
Na escada das injustiças e marcas, a pessoa com transtorno mental infratora ocupa o
último degrau. Pode-se compreender que, com tantas carências no cotidiano das pessoas
comuns, não sobra olhar para alguém que, além de “louco”, cometeu um crime. Nas limitações
das instituições e por conta da impotência das famílias, a resposta possível tem sido manter o
paciente fechado, de preferência ignorado, esquecido, pouco importa a assistência oferecida.

1 Aluna do curso de Bacharelado em Direito da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Campus de Alto
Araguaia. Estudante do GEDIFI (Grupo de Estudo em Direitos Fundamentais e Interdisciplinariedade) da Universidade do
Estado de Mato Grosso, Campus de Alto Araguaia. Endereço eletrônico: <leidiany.27@gmail.com>.
2
Mestre em Teoria do Direito e do Estado, no Centro Universitário Eurípedes de Marília. UNIVEM, por intermédio da bolsa
CAPES/PROSUP -Modalidade 1. Especialista em Direito e Processo do Trabalho na Universidade Anhanguera-Uniderp
(2012). Possui graduação em Direito pelo Centro de Ensino Superior de Rondonópolis (2010). Advogada. Pós graduanda em
Direito Administrativo e em Direito Notarial e Registral pela Universidade Anhaguera - Uniderp (previsão de término - 2018).
Professora da Pós Graduação da Faculdade de Sinop - FASIPE em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho, Engenharia e
Segurança do Trabalho e Direito Civil. Docente na Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia de Rondonópolis e Villa Verde
Cursos online. Advogada. Parecerista da Revista de Doutrina e Jurisprudência / RDJ, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal,
na áreas de Direito Civil e Direitos Humanos. Líder e pesquisadora do GEDIFI (Grupo de Estudo em Direitos Fundamentais e
Interdisciplinariedade) da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Alto Araguaia. Endereço eletrônico:
<scdp88@gmail.com>.
O artigo terceiro da Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e
os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial
em saúde mental, popularmente conhecida enquanto “Lei da Reforma Psiquiátrica”, preconiza
o seguinte:

É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental,


a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos
mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será
prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições
ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos
mentais. (Brasil, 2001)

Desse modo, o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico é um órgão de defesa


social e de clínica psiquiátrica, de atuação estadual. Atende a pessoas com transtornos mentais
que cometeram algum delito e, por isso, estão sob custódia do Estado.

2 – Problema de Pesquisa
Salienta-se que o problema desta pesquisa se ancora na análise do paradoxo entre a Lei
da Reforma Psiquiátrica frente a realidade das instituições em comento.

3 – Objetivos
O trabalho objetiva, de modo geral, compreender algumas perspectivas teóricas a
respeito dos Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
Ao passo que especificamente, o fito é refletir a respeito dos direitos e garantias
individuais fundamentais no contexto dos internos dos hospitais de custódia e tratamento
psiquiátrico frente a legislação da Reforma Psiquiátrica brasileira.

4 – Metodologia
Cumpre informar, que o presente ensaio utilizou da metodologia essencialmente
hermenêutica, tendo por base as análises e os comentários de textos doutrinários, legislação e
dados de órgãos oficiais sobre o tema.

5 – Resultados
Do ponto de vista dos resultados, Carrara (2010, p. 2) afirma que os manicômios
judiciários são instituições complexas, que conseguem articular, de um lado, duas das
realidades mais deprimentes das sociedades modernas – o asilo de alienados e a prisão – e, de
outro, dois dos fantasmas mais trágicos que “perseguem” a todos: o criminoso e o louco.
Por sua vez, Branco (2016) afirma que o paciente/preso, uma vez rotulado de paciente
mental, é obrigado a assumir o papel não só de criminoso, mas de doente. Ele é duplamente
violentado, coisificado, até converter-se no objeto híbrido em que o processo patológico e
penalógico elabora.
Em síntese, com a finalidade de aperfeiçoar a clínica, de promover tratamento humano
aos considerados intratáveis, a Reforma Psiquiátrica brasileira estendeu a sua influência, ao
arrepio de práticas inveteradas de tratamento repressivo de pessoas com transtornos mentais,
de modo a objetivar a tutela de todas as pessoas com transtorno mental, para protegê-las de toda
e qualquer forma de discriminação que dantes norteavam a visibilidade da “doença mental”.
Entretanto, o escopo visado pela legislação não encontrou guarida frente ao sistema penal. De
um lado, as medidas de segurança reproduzem mecanismos de controle e repressão, operando
nas margens entre o que é da esfera da saúde pública e o do controle penal. Por outro lado, do
ponto de vista das condições em que se realizam a execução das penas no Brasil, o Estado não
provê e muito menos garante o tratamento do autor de delitos com transtorno mental. O sistema
penal e carcerário se esquece do transtorno mental e aplica a pessoas portadoras de transtorno
mental o mesmo modelo jurídico-terapêutico-punitivo-prisional, aviltador de direitos, em
funesta sintonia com o sistema prisional comum.

REFERÊNCIAS

BRANCO, Thayara Castelo. O que você não sabe sobre os Manicômios Judiciários brasileiros.
In: Justificando: Mentes inquietas pensam Direito. Disponível em: <
http://justificando.cartacapital.com.br/2016/10/05/o-que-voce-nao-sabe-sobre-os-manicomios-
judiciarios-brasileiros/ >. Acesso em: 16 ago. 2017.

BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: 16
ago. 2017.

______. Lei nº 10.216, 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm>. Acesso
em: 16 ago. 2017.

CARRARA, Sergio Luis. A história esquecida: os manicômios judiciários no Brasil. Rev Bras
Crescimento Desenvolv Hum. 2010; 20(1): 16-29. Disponível em: <
https://www.revistas.usp.br/jhgd/article/view/19939/22019>. Acesso em: 16 ago. 2017.
O VOTO DISTRITAL NA DEMOCRACIA BRASILEIRA É COMPATIVEL NO
SENTIDO DE BUSCAR UMA REPRESENTAÇÃO JUSTA E IGUALITÁRIA ?

Autores
Carlos Raboni Júnior (FAIR-UNIASSELVI)
Elenice da Silva Souza (FAIR-UNIASSELVI)
Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis (FAIR-UNIASSELVI)
Local onde está sendo realizada a pesquisa
Programa de iniciação científica do curso de graduação em direito da Faculdade
Integrada de Rondonópolis (FAIR-UNIASSELVI), Rondonópolis - MT.
Linha de Pesquisa
Teorias da democracia e Direitos Políticos
Palavras Chaves
Democracia; representatividade; voto distrital.

INTRODUÇÃO: A atual pesquisa procura analisar o voto distrital diante da visão


de seus defensores, abordando linhas principais, introduzida dentro da questão
dos sistemas eleitorais, quais consequências e repercussão aos partidos
políticos, na busca pelo aprimoramento da Democracia, essencial para
qualquer país que pretenda desenvolver; o sufrágio disposto a escolher, a
acatar, as medidas que mais aproximará o eleitor do eleito, de forma direta e
representativa, do povo e para o povo, dessa forma, o cidadão poderá cobrar
medidas e explicações daquele que escolheu para representá-lo, em todos os
níveis, do parlamento, sendo possível por meio do voto distrital.
PROBLEMA DE PESQUISA: Quais são as vantagens e desvantagens do voto
distrital em uma sociedade atual, segundo os princípios constitucionais? Caso
ocorra emenda à constituição, instituindo tal sistema eleitoral em nosso pais, este
iria ao encontro dos objetivos da república, a vontade do constituinte originário e
traria eficácia ao princípio da representatividade?
OBJETIVOS: A partir da Constituição de 1988, encontram-se dois sistemas
eleitorais básicos: o majoritário e o proporcional. Este trabalho científico objetiva,
analisar unicamente os cargos políticos ocupados pelo sistema proporcional,
buscando distinguir quais as vantagens e desvantagens de uma possível
alteração da CRFB/88 para aplicação do voto distrital (puro ou misto), e a
importância dada ao tema nos estudos modernos dos sistemas eleitorais. O
intuito é fazer uma exposição básica, a respeito de aspectos fundamentais
inerentes a problemática do voto distrital, Identificar vantagens e desvantagens.
MÉTODOS: O presente estudo compõe-se pelo método dialético, valendo-se do
procedimento comparativo e empírico, através de pesquisa bibliográfica, tendo
como referencial teórico as obras de Marcel Prélot.
RESULTADOS ALCANÇADOS: O objeto do sistema proporcional, aplicado aos
cargos legislativos, é o de assegurar às opiniões diversas, o pluralismo político
e garantir a representação das minorias em cada circunscrição, através da
correlação direta entre votos que o partido recebeu e o número de acentos que
o partido poderá ocupar. Doutro norte, o voto distrital objetiva o favorecimento
do diálogo, ao deixar claro ao eleitorado quem foi eleito pelo seu voto, e
proporcionar, em regime de consequência, a cobrança democrática entre
eleitores e eleitos, por intermédio da divisão do território do ente federal em
distritos. Todavia, muitos advertem um alto risco de corrupção no voto distrital.
Esse perigo aumenta nos países em desenvolvimento, onde a imaturidade do
regime democrático e a pobreza pode acumular-se com a diminuição das
circunscrições. O voto distrital pode ser descrito em eleger individualmente os
membros do parlamento pela maioria dos votos em determinado distrito
geográfico, dessa forma cada distrito eleitoral será representado no
parlamento, não havendo mais aqueles políticos que se elegem pelos votos
que seu partido recebe – Voto Proporcional, e que a população acaba não
conhecendo e não sabendo de suas propostas ou ideias e nem ao menos o
que ele representa - seus interesses pessoais, e não os do partido, e isso afasta
o eleitor do político e, por consequência, do sentimento de representação e
democracia. O voto distrital é adotado em vários países chamados de primeiro
mundo, v.g., a Itália, os EUA e o Reino Unido. O voto distrital misto é uma
mistura do sistema proporcional e do majoritário. O eleitor vota duas vezes.
Uma para candidatos no distrito e outra para a lista dos partidos - legenda. A
metade das vagas vai para os candidatos eleitos por maioria simples. A outra
metade é preenchida pelo quociente eleitoral pelos candidatos da lista.
Como define LASSANCE (2015):
Sendo exato e autoexplicativo, ao invés de ser chamado de voto
distrital, dizer que os vereadores e os deputados passariam a ser
eleitos pelo sistema majoritário, ou seja, ganharia a eleição quem
tivesse mais votos, tal como já acontece com prefeitos, senadores,
governadores e presidente da República. (LASSANCE, 2015)
Alguns doutrinadores, como o ministro Luiz Roberto Barroso, se
mostram favoráveis ao voto distrital misto, argumentando a favor deste sistema:
a barateio das eleições, aumento da representatividade no legislativo e a
possível facilitação da governabilidade.Já, para o ex-ministro Joaquim Barbosa,
o voto distrital deve ser puro ou qualificado, com um “reecool”, realizado os
primeiros turnos de eleições irão para segundo turno aqueles candidatos que
obtiveram maior votação, a pessoa é eleita, claramente declarada como eleita,
e o mandato dessa pessoa haveria a possibilidade de revogar esse mandato por
aquelas pessoas que o elegeu, ou seja, os próprios eleitores, medidas como esta
impõe ao candidato responsabilidades para com as pessoas que o
elegeu.”Diante disso, o atual estágio de desenvolvimento econômico-social e
político cultural do Brasil e os graves problemas políticos existentes na
democracia brasileira, questiona-se a capacidade do voto distrital, para
solucionar os problemas da representatividade e atender os princípios
constitucionais e os fundamentos da República. O voto distrital, contaria com
algumas vantagens de cessar com as coligações em eleições proporcionais e de
lista aberta, (conforme o artigo 45 da Constituição Federal), tornaria o eleito mais
próximo do eleitor, e naturalmente responsabilizado por erros e acertos, o custo
das campanhas seria bem menor em relação às atuais, sendo que os
representantes tornar-se-iam paroquiais. Expõe-se que, analisando as
vantagens e desvantagens, os resultados das mudanças são estimados, e
acredita-se que a nova regra pode vir a ser positivo na consciência do voto. Não
sendo o sistema eleitoral cláusula pétrea, a constituição admite que o parlamento
proponha novo sistema eleitoral, e este se demonstra perfeitamente compatível
com os princípios republicanos positivados na norma fundamental.
Referências:
BARROS, Sérgio Resende. O voto Distrital. Ano 2010. Disponível em
http://www.srbarros.com.br/pt/o-voto-distrital.cont. Acesso em 28 mar. 2018.

BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed. rev. Atual. São Paulo: Medeiros,
2000.

DUVERGER, Maurice. La ley de Duverger: Cuarenta años después, in


Duverger e Sartori, Los sistemas electorales, CAPEL, 1988 (em espanhol).

LASSANCE, Antônio; Voto Distrital: vantagens e desvantagens. Ano 2015


Disponível em https://www.cartamaior.com.br/?/editora/politica/votodistrital-
vantagens-desvantagens-e-a-nova-bolinha-depapel-de-josé-serrasera/4/33291.
Acesso em 28 de mar.2018.

PRÉLOT, Marcel. Institutions politiques et droit constitutionnel, 2 ed., 1961.


O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO:

PRATICIDADE LABORAL E PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL

Rubens André Perim de Paiva Junior

Rubensperimm@gmail.com

Vanderson Ferreira da Silva

Vando20@outlook.com

Instituição: Uniasselvi

Rondonópolis – Mato Grosso


Linha de Pesquisa - Direitos humanos e sustentabilidade: sustentabilidade e justiça:
sociedade, transformações e impactos sociais.
Palavras-chave: Processo eletrônico; Celeridade; Tecnologia.
INTRODUÇÃO: Em busca de maior celeridade dentro do tramitar dos processos judiciais a
lei 11.419/2006 trouxe bastantes componentes, requisitos e caminhos que vão ao encontro
desta necessidade e garantia constitucional.
O presente estudo teve o intento de pesquisar se a referida lei está conseguindo, efetivamente,
atingir todos os seus objetivos, se, concretamente, a rapidez de tramitação chegou às varas das
comarcas brasileiras após essa onda tecnológica que almeja contribuir, visando à diminuição
do tempo em que um processo leva para se resolver plenamente.
A referida Lei traz em seu início a admissão do meio eletrônico como meio para a tramitação
das demandas judiciais, podendo tal meio ser estendido a todas as áreas processuais e
respectivas instâncias.
Utilizando-se de assinatura digital, o usuário poderá enviar e receber digitalmente os arquivos,
peças, documentos inerentes aos processos em que ele atua como representante da parte
autora ou requerida, obviamente, também os que atuam com a imparcialidade devida no
julgamento da lide.
Uma das dúvidas que se pode ter é se essa modernidade está conseguindo atingir a maioria
dos servidores e particulares que a utilizam, se a adaptação foi instantânea, se houve alguma
dificuldade de adaptação, por isso há de se concluir se o presente trabalho conseguirá auxiliar
na busca de respostas a este questionamento.
A pesquisa, inicialmente, fez um apanhado histórico, passando pelo processo em seu formato
físico, arcaico, mas ainda usado, e o quanto a demora para a conclusão das demandas afeta
negativamente o jurisdicionado.
Sabe-se de casos em que o demandante e/ou demandado acabam por falecer e o decorrer das
décadas para que se julgue seu processo é tão extenso que não conseguem eles assistir ao
derradeiro deslinde, mostrando se a celeridade no desenrolar processual que é garantida pela
Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, na prática acontece ou não.
Em um segundo momento, expôs-se a tecnologia, informática, sistemas que auxiliarão na
concretização da intenção do processo eletrônico, ou seja, como ocorre no dia a dia dos fóruns
esse peticionar, impulsionar, despachar, julgar um processo deste feitio.
Para se findar, abordaram-se as mudanças efetivas trazidas pela lei 11.419/2006, o que
permaneceu e quais as alterações na prática forense diária do servidor e operador, após
entrevistas, ressaltando-se a questão ambiental com a economia de papel.
A utilidade e acréscimo acadêmico que este labor trará para os futuros estudantes e/ou
usuários do processo eletrônico se encontra no foco do binômio teoria e prática, se a
finalidade da mencionada lei tem sido alcançada na prática, na contemporaneidade dos
processos judiciais: quais as dificuldades e desafios que ainda se tem.
Quanto ao método utilizado, foi o quantitativo por intermédio de fundamentação teórica sobre
o assunto e um questionário que servirá de base para a entrevista com alguns advogados e
demais operadores do direito, conforme já explanado.
PROBLEMA DE PESQUISA: O Processo Judicial Eletrônico, efetivamente, tem conseguido
atingir seu objetivo de celeridade processual?

OBJETIVO: Pesquisar se o Processo Judicial Eletrônico está alcançando os objetivos a que se


propõe, principalmente o da celeridade processual.

METODOLOGIA: Utilizou-se da metodologia de pesquisa biográfica, no primeiro momento


da pesquisa, e pesquisa de campo, posteriormente, sendo elaborado um questionário que
serviu de base para uma entrevista com advogados e demais profissionais do direito que
militam atualmente, para análise da teoria e prática do assunto em tela.
A abordagem teórica foi qualitativa.
As fontes consultadas e mencionadas no trabalho em apreço são: textos acadêmicos, livros,
monografias, dissertações, teses, entrevistas e reportagens em revistas ou sites especializados.

RESULTADOS: Conseguiu-se, com a pesquisa, comprovar que o PJe traz celeridade


processual, tendo em vista que a pesquisa de campo ratificou, ressaltando-se que ainda
existem problemas de sistema a serem resolvidos, há insegurança dos usuários quanto ao
sigilo e seguridade das informações lançadas, contudo, é uma ferramenta fundamental,
contemporânea e eficaz para o bom andamento dos processos judiciais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRÃO, Carlos Henrique. Processo eletrônico: processo digital. 3. ed. rev., atual e ampl.
São Paulo: Atlas, 2011.
ALMEIDA FILHO, José Carlos de Araújo. Processo eletrônico e teoria geral do processo
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2012.
ALVIM, Arruda. Manual de direito processual civil: parte geral. 9. ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2005. v. 1. .
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 11. ed. rev. atual. segundo
o Código Civil de 2002. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004. v. 1.
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido
Rangel. Teoria geral do processo. 22. ed. rev. e atual. de acordo com a EC 45, de 8.12.2004
e com a Lei 11.232, de 22.12.2005. São Paulo: Malheiros, 2006.
CLEMENTINO, Edilberto Barbosa. Processo judicial eletrônico: em conformidade com a
lei 11.419, de 19.12.2006. Curitiba: Juruá, 2012.
COLUCCI, Maria da Glória Lins da Silva; ALMEIDA, José Maurício Pinto de. Lições de
teoria geral do processo. 4. ed. (ano 1997). Curitiba: Juruá, 2004.
FREITAS, Marcelo Araújo de. O processo judicial eletrônico: implicações na atuação do
oficial de justiça. Curitiba: J. M., 2011.
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo curso de direito processual civil: teoria geral e
processo de conhecimento (1ª parte). 5. ed. rev. e atual. São -Paulo: Saraiva, 2008. v. 1.
GRECO FILHO, Vicente. Questões de direito processual civil: (para provas e concursos):
processo de conhecimento. São Paulo: Saraiva, 1997.
LOPES, José Reinaldo de Lima. Uma introdução à história social e política do processo. In:
WOLKMER, Antonio Carlos (Org.). Fundamentos de história do direito. 4. ed. rev. e ampl.
Belo Horizonte: Del Rey, 2008.
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do processo de
conhecimento: a tutela jurisdicional através do processo de conhecimento. 2. ed. rev., atual. e
ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
PAULA, Wesley Roberto de. Publicidade no processo judicial eletrônico: Busca da
indispensável relativização. São Paulo: LTR, 2009.
PISSURNO, Fernanda Paixão. Revolução PORTELA, Fábio. Entrevista: Antonio Cláudio da
Costa Machado. Revista Veja, São Paulo, ano 44, n. 48, p. 17-21, 30 nov. 2011.
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Elementos de direito processual civil. 3. ed. rev., atual. e
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WAMBIER, Luiz Rodrigues; ALMEIDA, Flávio Renato Correia de; TALAMINI, Eduardo.
Curso avançado de processo civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento. 7.
ed. rev. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. v. 1.
A GUARDA COMPARTILHADA SOB O PRISMA DO ESTATUTO DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE – ECA

Autores: Fabiana Marques Martins; Luciene Dias Nascimento

Professor Orientador: Bruno Torquete Barbosa

Instituição: UNIASSELVI – Rondonópolis

Local de Pesquisa: CONADHS (CONGRESSO NACIONAL DE DIREITOS


HUMANOS E SUSTENTABILIDADE UNIASSELVI RONDONOPOLIS)

Linha de pesquisa: DIREITO DE FAMÍLIA E GUARDA

Palavras Chave: Guarda Compartilhada. Melhor interesse da criança. ECA –


Estatuto da Criança e do Adolescente.

RESUMO

Introdução: Essa pesquisa foi resultado da analise realizada através pelos


componentes do grupo de estudo acerca da “guarda compartilhada e suas nuances
sob o prisma do Estatuto da Criança e do Adolescente”. Problema de pesquisa:
Qual é o posicionamento do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente Lei
8.069/1990, sobre a forma de aplicabilidade daguarda compartilhada? e teve como
objetivo apresentar o posicionamento do Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA, Lei 8.069/1990, sobre a guarda compartilhada, visando atender o principio do
melhor interesse da criança. Nos objetivos específicos foi conceituada a Lei
13.058/2014; Definido o instituto da guarda compartilhada, seus direitos e deveres;
Analisado o instituto da guarda compartilhada, suas vantagens, críticas e
implicações. Justificou-se sob o ponto de vista da sua aplicabilidade diante aos
conflitos familiares e o posicionamento adotado pelos magistrados e membros
representantes do Ministério Público, visto tratar-se de um instituto do Direito de
Família, recepcionado pelo Código Civil de 2002. Os referenciais teórico-
metodológicos indicam que a técnica de pesquisa abordada foi através do
levantamento bibliográfico. As principais fontes foram livros, publicações, artigos,
textos on-line, revistas da área jurídica, sobre a questão em pauta. O art. 1.584 do
Código Civil dispõe que a guarda compartilhada poderá ser requerida por consenso
pelo pai ou pela mãe, ou por qualquer deles, ou será decretada O mesmo artigo no §
2º indica que nos casos em que não houver acordo entre ambos os pais a guarda a
ser aplicada será a guarda compartilhada. Segundo Lima, (2006, p. 24) ao se fazer
uma avaliação em relação à guarda dos filhos, adota os princípios constitucionais,
afirmando que é essencial ter como preceito norteador “o princípio do melhor
interesse da criança e do adolescente”. Resultados alcançados: Nesse contexto a
Lei 8.069/1990 ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, vem delimitando que “é
dever da família, e do Poder Público assegurar a convivência familiar”. Nesse
sentido tal instituto, corrobora de forma enfática através do seu artigo 21 que "O
pátrio poder familiar deve ser exercido, em igualdade de condições, pelos pais, na
forma do que dispuser a legislação civil pátria, assegurando a qualquer um dos dois
o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente
para a solução da divergência". Nesse caso foi possível compreender que a Lei
8.069/1990 ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente compreende a “guarda
compartilhada”, como um instituto do Direito Civil a ser cumprida a partir do
momento em que não há cumprimento do melhor interesse da criança e do
adolescente, ou seja, nesses casos é necessário procurar e contar com o judiciário.

Bibliografia Utilizada

BRASIL. CÓDIGO CIVIL. LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Brasília,


10dejaneiro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivihtm. Acesso em:
23/03/2017.

BRASIL. Lei n. 8.069 - 1990. Estatuto da criança e do adolescente. 2. ed. Brasília:


Senado Federal, 1985. 171 p.

BRASIL. Lei nº 13.058, de 22 de dezembro de 2014. Guarda compartilhada. 248.


ed. Brasília, DF, Disponível em:http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp. Acesso em: 15
set. 2015.

LIMA, SUZANA BORGES V. Guarda compartilhada: aspectos teóricos e práticos.


2006
OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS DIREITOS HUMANOS, NUM
PANORAMA CONCEITUAL DE PROTEÇÃO À VIDA E A PROBLEMÁTICA
DA SUPERLOTAÇÃO NAS PENITENCIARIAS BRASILEIRAS.

Autor
Solaine dos Santos Morão.
moraosolaine9@gmail.com

Palavras-chave: Direitos Humanos; Direito a Vida; Superlotação nas Penitenciárias.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de Graduação Stricto Sensu em Direito da Faculdade Centro Universitário
Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI (Pesquisa Coordenada pelo Professor Dr. Bruno
Torquete Barbosa)

RESUMO:
Introdução: Este pôster tem por objetivo principal analisar as dificuldades de garantia
dos direitos humanos frente às Penitenciarias brasileiras, num contexto globalizado,
pautado pela assimetria entre os poderes dos principais atores globais (econômicos,
políticos e sociais). Deste modo, para que haja uma melhor compreensão do tema, é de
suma importância expor o conceito breve do que são os Direitos Humanos, bem como
sua finalidade. Portanto,Direitos Humanos são os direitos fundamentais da pessoa
humana. No regime democrático, toda pessoa deve ter sua dignidade respeitada e a sua
integridade protegida, independentemente da origem, raça, etnia, gênero, idade,
condição econômica e social, orientação ou identidade sexual, credo religioso ou
convicção política. O Brasil, com a Constituição Federal de 1988 estabeleceu a mais
precisa e detalhada carta de direitos de nossa história, que inclui uma vasta identificação
de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, além de um conjunto preciso
de garantias constitucionais. A Constituição impôs ao Estado brasileiro a obrigação de
reger-se, em suas relações internacionais de Direitos Civis e Políticos e de Direitos
econômicos, Sociais e Culturais e as convenções Contra a Tortura e Outros Tratamentos
ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e Americana de Direitos Humanos, que se
encontram entre os mais relevantes instrumentos internacionais de proteção aos direitos
humanos. Problema de pesquisa: I- Atualmente o problema fundamental dos direitos
humanos está na dificuldade dos governos em construir condições para a realização dos
direitos proclamados? II- O sistema prisional brasileiro está violando aos direitos
humanos? III- Estamos indo em direção a um mundo sem direitos humanos?. Tais
questionamentos nos ajudam a perceber a atual e já corriqueira fase de lutas e efetivação
dos direitos humanos. Uma das hipóteses que orienta esse trabalho está pautada na ideia
de que a desestabilização das estruturas do Estado de bem-estar social compromete a
efetividade das políticas econômicas e sociais governamentais e, com isso, a
salvaguarda dos direitos humanos. Objetivos: O presente trabalho científico, objetiva
abordar a proteção à vida em sua essência, expondo a problemática da Superlotação dos
Presídios. Tendo em vista que é um tema de grande repercussão, decorrente das recentes
tragédias ocasionadas pela superlotação do sistema penitenciário brasileiro. Os
problemas discorridos são a superlotação, como já mencionada, e a falta de higiene que
propiciam diversas doenças sendo as mais comuns à leptospirose e a tuberculose. A
decadência do Sistema Penitenciário Brasileiro atinge não somente os apenados, mas
também as pessoas que estão em contato direta e indiretamente com essa realidade
carcerária, sendo toda a sociedade. As penitenciarias brasileiras possuem 360 mil vagas
e quase 700 mil presos, uma superlotação. Como já mencionado, além das condições
péssimas dos presídios, a tendência, em função da legislação e a questão do tráfico de
drogas, sendo a intensificação das prisões, principalmente as preventivas. Quase as
metades dos presidiários estão presos provisoriamente e esse número vai aumentando
gradativamente. A Justiça em geral não tem tempo de julgar. Nesse sentido, ocorre o
fluxo de entrada enorme e não tem a saída, tendo como consequência a superlotação.
Referenciais teórico-metodológicos: fora utilizado como fonte de estudo o
procedimento analítico-sintético, bem como o método dogmático jurídico, sendo
realizada uma análise dos textos normativos, bem como o Método indutivo e método
empirista, o qual considera o conhecimento como baseado na experiência; a
generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. A pesquisa
cientifica possui o método jurídico-dedutivo, numa concepção micro analítico acerca do
presente assunto. Resultados alcançados: Apesar dos estatutos demonstrarem atenção
aos direitos humanos dos presos, a realidade nos cárceres brasileiros é bem diferente. As
manchetes de jornais e revistas noticiam constantemente as barbáries que ocorrem no
interior das penitenciárias, tais como assassinatos, além de divulgarem a real situação
dos apenados e presos provisórios. Contudo, é de extrema urgentemente solucionar a
crise do sistema penitenciário de nosso país. Diante do panorama de violência reinante
na sociedade contemporânea, parece ficar evidente que o sistema penitenciário
brasileiro não tem cumprido as funções para as quais foi criado, já que, a prisão se
configura como a mais perversa instituição de segregação, controle e exclusão sociais
dos diferentes (pobres, desempregados, ignorantes, vagabundos) e considerados
perigosos. Mediante a aplicação de sanções penais, especialmente de pena privativa de
liberdade, a prisão, embora alcance o objetivo de punir o criminoso, não tem conseguido
corrigir, com eficácia e eficiência, para a sua ressocialização.

Bibliografia Utilizada

BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. 1. ed. São Paulo. Edipro, 1999.

BITENCOURT, Cézar Roberto. Falência da pena de prisão. 3. ed. Revista dos


Tribunais. São Paulo, 1993

Violações aos direitos humanos dos encarcerados no Brasil: perspectiva humanitária e


tratados internacionais, disponível em: <https://ninhajud.jusbrasil.com.br/artigos...>
acesso em: 2 maio. 2017

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 2. ed. Tradução Lígia M.


Ponde Vassallo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1983.

DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL (DEPEN, 2007). Ministério da


Justiça. Disponível em: <www.mj.gov.br>. Acesso em: 27/04/2018
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ, 2014). Juristas estimam em 70% a
reincidência nos presídios brasileiros. Disponível em:
<noticias.r7.com/cidades/juristas_estimam...>. Acesso em: 01 jul. 2015.
A ASCENSÃO DO FINANCIAMENTO DE CAMPANHA ELEITORAL
Carolina G. Padilha*; José Victor Facco¹; Bruno Torquete Barbosa²

1Discentes do Curso de Direito da Universidade de Cuiabá, UNIC Rondonópolis/MT,


*carolinapadilha21@hotmail.com; 2Docente do Curso de Direito da Universidade de Cuiabá,
UNIC Rondonópolis – MT.
PALAVRAS-CHAVE: Financiamento de Campanha Eleitoral. Licitações. Fraudes.
INTRODUÇÃO Sobre esse silogismo, foi-se descoberto um
Em face dos escândalos envolvidos dos maiores casos de corrupção, Operação
no campo político, faz-se oportuno abordar Lava- Jato, envolvendo fraudes licitatórias,
os desdobramentos do financiamento de com superfaturamento de contratos de
campanha, o qual sofreu alterações na forma empresas, que repassavam o dinheiro dos
de financiamento de campanha privada a fim cofres públicos para políticos e terceiros,
de evitar as fraudes envolvendo o processo assim os envolvidos nas fraudes licitatórias
licitatório. Dentro desse raciocínio, da Petrobras realizavam financiamento de
propomos a presente questão: As recentes campanha eleitoral, e visando terem fortes
mudanças na legislação eleitoral influências sobre o Senado e Câmara dos
(minirreforma eleitoral) no que diz respeito Deputados.
a financiamento de campanha, são CONCLUSÕES
suficientes para impedir as práticas ilícitas? O financiamento de campanha
Pois bem, é inquestionável que as novas eleitoral trouxe à baila o esquema de
alterações trouxeram muitos benefícios a corrupção envolvendo o processo licitatório
justiça, tendo em vista que o candidato está e financiamento de campanha, os quais
vedado de receber doações de pessoa provocaram incertezas quanto a legislação
jurídica, salvo as transferências e repasses eleitoral, mormente ao controle do
de recursos de partidos ou comitês que financiamento de companha privado.
permitem doações e contribuições de Contudo, imperam-se obstáculos ao traçar e
pessoas jurídicas para campanhas eleitorais aplicar com efetividade, medidas
aos partidos a partir do registro dos comitês controladoras a fim de amenizar ou erradicar
financeiros. A minirreforma eleitoral e as a conduta de práticas ilícitas no país. Neste
modificações trazidas pela Ação Direita de ínterim, a população brasileira clama por
Inconstitucionalidade são de extrema mudanças significativas, principalmente, no
importância para impedir a concretização que diz respeito à reforma política. Diante
direta para corrupção, porém não é efetiva. da presente pesquisa, torna-se inconsistente
METODOLOGIA a procura por uma solução definitiva à atual
Foi utilizado na presente pesquisa o condição de sistema político que o país
método dedutivo, além disso, do vivencia, não restando alternativas a não ser,
procedimento técnico bibliográfico, dando analisar os novos projetos de lei que
base ao trabalho através de obras disponíveis almejam mudanças no sistema eleitoral e
na internet, livros e artigos científicos acerca promover um senso crítico a respeito delas.
do tema. ____________________
RESULTADOS E DISCUSSÃO GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 11.ed. São
A alteração de inconstitucionalidade Paulo: Atlas, 2015.
WALDSCHMIDT, Hardy. Breves notas sobre a
da lei 9.504/97, sobre as doações de pessoas minirreforma eleitoral de 2015.Justiça Eleitoral. Mato
jurídicas, levantam dúvidas quanto à Grosso do Sul, 2015. Disponível em:
moralidade dos candidatos ao receber o <http://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/tre-ms-
financiamento de campanha eleitoral, breves-notas-sobre-a-minirreforma-eleitoral-de-2015-
todavia, por ora, demonstraram que esta 1449677024470> acesso em: 12 de abril de 2018,
13h25’20’’
modificação foi de extrema importância.
A ADOÇÃO POR PARES HOMOAFETIVOS, NECESSIDADE E
DIFICULDADES NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

Autores
Neidesangela de Oliveira Gonzaga (FAIR)
Suellen Souza Machado

Linha de Pesquisa
ESFERA CIVIL E CONSTITUCIONAL

Palavras-chave
Adoção; Homoafetiva; Igualdade; Constituição

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de Graduação em Direito da Universidade Uniasselvi – 1° CONADHS
(Pesquisa Coordenada pelo Professor Bruno Torquete)

RESUMO:
INTRODUÇÃO: O escopo da presente pesquisa é demonstrar a dificuldade existente
nos procedimentos de adoção de crianças por casais homoafetivos. Embora adoção de
acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente e com o Código Civil tenha
caráter social, e nossa República tenha como fundamento a Dignidade da Pessoa
Humana e garanta a Igualdade a todos, por certa resistência legislativa muitos casais
homossexuais têm tal direito mitigado.
PROBLEMA DE PESQUISA: Evidenciar os óbices existentes em relação ao
processo de adoção por pares homossexuais. Considerando as inúmeras e
significativas alterações ao longo dos anos no que tange à relação de família, faz-se
mister que o Direito, de igual modo, caminhe junto, acompanhando tais modificações
para tutelar novos direitos e proporcionar igualdade a todos, inclusive a pares
homossexuais. Não cabe ao Direito apenas resguardar a união homoafetiva, mas
também, por a salvo o direito de adoção de tais casais, homenageando-se, assim, o
princípio da Isonomia e Dignidade da Pessoa Humana, além de um interesse maior,
que é o da criança, em ser adotada e ter uma família para lhe exercer os cuidados
necessários.
OBJETIVOS: Este trabalho científico busca esclarecer o que é a denominada adoção
por pares homossexuais. Busca abordar a possibilidade e necessidade desta adoção a
luz de princípios constitucionais, ante a existência de um interesse maior, que é o da
criança, em ser adotada e ter uma família para lhe exercer os cuidados necessários,
sendo tal possibilidade já aceita pela jurisprudência pátria.
METODOLOGIA: A presente linha de pesquisa segue a metodologia dialética,
pautando-se o raciocínio em pesquisas bibliográficas e jurisprudenciais, através das
principais obras de doutrinadores do ramo civil e constitucional, e análise aos
principais julgados dos Tribunais sobre o tema.
RESULTADOS ALCANÇADOS: A partir dos apontamentos tomados, conclui-se
que não há nenhum óbice que impeça adoção por pares homossexuais, vez que todos
são iguais perante à Lei, conforme artigo 5º, caput, da Constituição Federal,
garantido igualdade a todos. Os requisitos para adoção delineado pelo ECA, devem
ser considerados à luz de princípios como o devido processo legal, observando-se
benefícios para o adotado, com um lar harmônico e adequado para seu
desenvolvimento físico, mental e psicológico, conforme preceitua o artigo 229 do
estatuto. Conforme lecionada, JUNIOR 1 , verifica-se que as ações dos pais, seus
comportamentos, não interferem na construção da orientação sexual dos filhos, pois
enquanto realidade estrutural psíquica e complexa de desejos ininterruptos, pois que
esse traço psicológico depende da conjugação de fatores ainda não totalmente
explicitados cientificamente, em meio aos quais a dinâmica intersubjetiva dos
genitores-educadores pode se apresentar somente como uma das causas somatórias.
Enquanto não sobrevenha uma legislação que regulamente de forma efetiva a relação
homossexual, inclusive na questão adotiva, é de se aplicar a legislação vigente aos
vínculos familiares, e ainda, para união estável, que por analogia, é adequadamente
aplicável” (DIAS, p.04, 2001). Com isso, tem-se a intenção de mostrar a atual
realidade social, conduzindo para uma aceitação dessa composição familiar, qual
sendo, formação por casais homossexuais, podemos notar inúmeros julgados do
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, aceitando e concedendo a
adoção por pares homossexuais. Vemos, que muito embora a homossexualidade sofra
inúmeros preconceitos, aos poucos essa situação vem sendo alterada, mudando esta
visão preconceituosa e assegurando aos casais homossexuais a plenitude de seus
direitos.

REFERÊNCIAS

JUNIOR, Enézio de Deus Silva. A possibilidade jurídica de adoção por casais


homossexuais. Curitiba: Editora Juruá, 2005

DIAS, Maria Berenice. União homossexual, o preconceito e a justiça. Porto Alegre:


Livraria do Advogado, 2001.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Direito de Família. São


Paulo. Ed. Saraiva 2005.

PERES, Ana Paula Ariston Barion. A adoção por homossexuais: fronteiras da


família na Pós-modernidade. Rio de Janeiro – São Paulo – Recife: Editora Renovar,
2006.

1.
A TERCEIRIZAÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO E AS MUDANÇAS TRAZIDAS
PELA LEI 13.429/2017

Richard Ramsay Garcia; richard.rg@hotmail.com


Luiz Aparecido dos Santos; luizsantosmt@outlook.com
Instituição:
Projeto de Iniciação Científica, do Curso de Direito das Faculdades Integradas de Rondonópolis
FAIR/UNIASSELVI
Local:
Rondonópolis - MT
Linha de Pesquisa:
Direito Do Trabalho e Processo Do Trabalho
Palavras-chave:
Terceirização; Contrato de Trabalho; Regulamentação;

RESUMO
Introdução: A presente pesquisa tem como objetivo demonstrar as características da relação
de emprego e trabalho da Terceirização no Direito do Trabalho, bem como acerca da
aplicabilidade da legislação na terceirização de serviços nas empresas empregadoras e
tomadoras de serviços, abordando as obrigações e responsabilidades das partes nesse contrato
de trabalho. A terceirização, equivale ao termo em inglês outsourcing, que significa
“fornecimento vindo de fora”, é uma forma de que as empresas e empresários continuem suas
atividades, mas passando a um terceiro parte de suas atividades. Até bem pouco tempo, somente
as atividades meio poderiam ser terceirizadas e não a sua atividade fim. Essa terceirização com
o intuito de reduzir custos operacionais e até mesmo de delegar a outrem a atividade que não
faz parte de suas atividades comerciais ou de negócios, mas que também são importantes para
manter suas atividades em pleno funcionamento. Diante disso, foi votada o Projeto de Lei nº
4.330/04, e ulteriormente sancionado pelo presidente. Assim nomeada de Projeto da
Terceirização, que implantou mudanças significativas com a visão de que a terceirização seja
abrangida e seja um motivador para o crescimento de novos postos de trabalho em meio à crise
e os altos índices de desemprego no país. O propósito é estudar esse instituto, que é a
terceirização, bem como suas mudanças significativas, o impacto e as mudanças que foram
trazidas pela nova regulamentação da Terceirização. Nas palavras de Maurício Godinho
Delgado “a expressão terceirização resulta de neologismo oriundo da palavra terceiro,
compreendido como intermediário, interveniente” (DELGADO; 2007; p. 417). De acordo com
Luiz Carlos Amorim Robortella “a palavra terceirização incrustou-se definitivamente ao
processo econômico, indicando a existência de um terceiro que, com competência,
especialidade e qualidade, em condição de parceria, presta serviços ou produz bens para a
empresa contratante” (ROBORTELLA; 1994; p. 938). Conforme Lucila Zenke Simão “pôde-
se verificar que com a aprovação do Projeto de Lei n. 4330/2004, haverá uma ampliação do
setor da terceirização, pois a atuação se dará tanto nas atividades meio como nas atividades fim
da empresa” (SIMÃO; 2015; p. 1). Demonstrando as mudanças que ocorreram advindas da Lei
da Terceirização (Lei 13.429/2017). Problemas de Pesquisa: Ao entrar em vigor a Lei da
Terceirização, cresce o debate e forma-se várias correntes contrárias ou a favor da referida lei.
A análise da Lei é verificar se o trabalhador poderá perder direitos, a responsabilidade das partes
envolvidas no contrato de trabalho e o que traz de mudança efetiva a Lei 13.429/2017. O estudo
deve avaliar o que está sendo regulamentado e o que está sendo preservado de direitos do
trabalhador. Objetivo: Este trabalho científico objetiva despertar o conhecimento para a
comunidade jurídica para compreender as mudanças ocorridas, bem como a regulamentação
que a Lei 13.429/2017 trouxe para nosso ordenamento jurídico. Podemos ver que essa forma
de repassar partes do processo a terceiros, teve início para reduzir custos de produção e que
juridicamente tomou uma importância na década de 60, mas há a sinalização de legislação em
1943 com a CLT, que em seu artigo 455, estabeleceu as figuras de empreita e subempreitada,
ou seja, a terceirização ou subcontratação de mão-de-obra. Quanto a questão da empreita, aduz
Pereira, Empreitada ou locatio operis é a contratação de uma das partes, empreiteiro, se obriga,
sem ser subordinado ou dependente, a realização de um trabalho certo para outra (dono da obra),
sob responsabilidade o material ou sob a responsabilidade de outrem, o qual é remunerado de
forma geral ou de acordo do que fora fornecido de serviço ou trabalho executado (PEREIRA;
2009; p.315). A Lei em vigor deverá ser analisada na busca de evidenciar, os seus efeitos ou
prejuízos advindos para o trabalhador e o que a sua regulamentação beneficia uma atividade já
existente que carecia de ter a sua própria lei em que se pese que antes dependia de jurisprudência
e legislação esparsa. A intenção é compreender esse vínculo e suas peculiaridades,
demonstrando a relação de emprego e trabalho na modalidade terceirizada, as obrigações do
Empregador e do Tomador de Serviços. Método: A pesquisa será embasada por meio da
metodologia documental, com citação de doutrinas entre outros artigos científicos que tratam
desse assunto. A abordagem será o hipotético-dedutivo e o dialético. Não haverá pesquisa de
campo e a coleta de dados se produzirá pelo meio teórico, com apoio em pesquisas já realizadas
por outros pesquisadores. Resultados Alcançados: Pode-se dizer que a Lei da Terceirização
não agrada a todos os segmentos da sociedade, mas preserva os direitos do trabalhador,
regulamenta uma atividade que dependia de jurisprudência e interpretações jurídicas e dá
redação em situações que não tinham previsão legal. O direito do trabalho está pautado por
princípios, assim determinados como valores essenciais para que haja um equilíbrio nas
relações. De acordo como princípios, Paulo Bonavides diz que “não pode haver uma distinção
entre princípio e norma, tendo em vista que existe um grau de importância” (BONAVIDES;
2006; p. 132). Existia uma certa urgência na regulamentação dos contratos de serviços
terceirizados, em razão que tais relações jurídicas eram orientadas unicamente por uma
interpretação jurisprudencial consolidada, assim representada pela Súmula 331 do TST, a qual,
por ser limitada, não tornava esgotado os assuntos pertencentes a matéria (SPAGNOL; 2017;
p. 1). A finalidade da lei é ampliar postos de trabalho e regulamentação das atividades de
terceirização dentro dos parâmetros da Lei 13.429/2017, trazendo uma segurança jurídica para
a atividade e uma definição clara das regras de terceirização de serviços e serviços temporários.

Referências:
BONAVIDES, Paulo; Constituição e Normatividade Dos Princípios - Discursos e Prefácios.
São Paulo: MALHEIROS, 2006.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 6ª ed., São Paulo: LTR, 2007.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho, LTR/São Paulo, 8. ed., São
Paulo, LTR, 2009.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil, vol. III, 23. ed., Rio de Janeiro:
Forense, 2009.
ROBORTELLA, Luiz Carlos Amorim. Terceirização – Aspectos jurídicos –
Responsabilidades – Direito Comparado. Revista LTr. São Paulo. v. 58, n. 08, ago. 1994,
p.938.
SIMÃO, Lucila Zenke. A terceirização e o impacto nas relações de trabalho com a criação
do Projeto de Lei nº 4330/2004, 2015. Revista Jus Navigandi. Disponível em:<
https://jus.com.br/artigos/40652/a-terceirizacao-e-o-impacto-nas-relacoes-de-trabalho-com-a-
criacao-do-projeto-de-lei-n-4330-2004>. Acesso em: 05 maio 2018.
SPAGNOL, Débora. A terceirização, a Lei nº 13.429/2017 e seus impactos - vantagens,
desvantagens e modificações. 2017. Disponível em:
<https://deboraspagnol.jusbrasil.com.br/artigos/446554177/a-terceirizacao-a-lei-n-13429-
2017-e-seus-impactos-vantagens-desvantagens-e-modificacoes>. Acesso em: 02 maio 2018.
A EUTANÁSIA COMO A EFETIVAÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA
HUMANA

Autores
Alessandra Dias Iora (FAIR-UNIASSELVI)
Evlyn Fernanda Alves da Silva (FAIR-UNIASSELVI)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
Direitos Humanos. Justiça Social: cidadania, dignidade da pessoa humana, direito à
vida, movimentos sociais e políticas humanitárias.

Palavras Chave
Dignidade da pessoa humana. Direitos fundamentais. Eutanásia. Consentimento.
Vida. Morte.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade
Integrada de Rondonópolis (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: O presente estudo busca explorar a viabilidade de interferência no
processo da morte humana por meios artificiais como um fator favorável, e decidir o
seu momento. A análise salienta abordar e incorporar a tese nos princípios da
dignidade humana, apontando as dificuldades para determinar a eutanásia como
questão fundamental jurídica.

PROBLEMA DE PESQUISA: O direito à vida é visto como uma força do Estado,


sendo a questão da dignidade um fator obrigatório para o sustento da vida humana,
assim, não existindo dignidade sem respeito à liberdade. Diante disso, o presente
trabalho apresenta o seguinte problema de pesquisa: É possível identificar fatores
favoráveis para a inclusão da eutanásia nos princípios da dignidade humana? A
hipótese é de que, a eutanásia tornar-se-á relevante em determinado momento da vida
humana. Uma vez que considerado ato dispensado a pacientes no Brasil com base na
doutrina constitucional brasileira, em relação ao tema, através do princípio da
dignidade da pessoa humana e seus conhecimentos no direito à vida, respectivamente
nos artigos 1º, III, e 5º, caput, da CR/88, esta pesquisa visa alcançar o respeito à
autonomia do paciente sobre as condições de sua vida e sugerindo uma melhor opção
para o momento de sua morte. De acordo com Lenza (2010, p. 751), assegura que, na
ideia de uma vida digna, “a eutanásia ganha destaque, pois o direito à vida quer
significar, também, o direito de viver com dignidade”.

OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo é diagnosticar os fatores para a


efetivação da eutanásia com parte dos direitos fundamentais da pessoa humana. Junto
aos argumentos utilizados em defesa do procedimento da eutanásia, está presente o
respeito à autonomia como um direito ordinário dos direitos de liberdade. A
autonomia do paciente deve possibilitá-lo a capacidade de escolha acerca de suas
condições de vida e morte. O procedimento da eutanásia não defende especificamente
a morte, e sim o poder de decisão. Seguindo também o princípio da dignidade humana
temos como base a Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de San José
da Costa Rica - 1969), artigo 11, citando a proteção da honra e da dignidade,
afirmando que toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e reconhecimento de
sua dignidade, sendo assim é justo e cabível que o direito a escolha de seu tratamento
inclua todos os meios desejados, inclusive eutanásia.

MÉTODO: O presente trabalho tem como método a pesquisa descritiva de forma


exploratória, dispondo-se dos meios científicos e acadêmicos para identificar a
beneficência do ato eutanásia na inserção dos princípios da dignidade humana.

RESULTADOS ALCANÇADOS: As discordâncias que abrangem o tema da


eutanásia são diversas, envolvendo conceitos legais, sociais, éticos, religiosos, e
mesmo políticos, inclusive de âmbito subjetivo, o que impede que haja uma
compreensão do real sentido da prática. Os assuntos envolvendo o tema da pesquisa,
são debatidos no decorrer do tempo, mas que vem obtendo destaques diante das
evoluções de pesquisas científicas, indicando uma medida de possibilidades colocadas
para serem estudadas pelo homem e, simultaneamente, levantando argumentos éticos,
jurídicos e morais que precisam ser repensados. Por essa razão, trata-se de conteúdo
que sempre é acompanhado de novas concepções e mudanças de opiniões, surgindo a
necessidade de atualizadas explicações, principalmente de conceitos como vida,
morte, consentimento do paciente, dignidade da pessoa humana. Dessa forma, a
pesquisa pretendeu analisar dentro dos aspectos jurídicos o direito de morte digna
com o auxílio de profissionais na área de medicina, lidando com os conflitos das
variáveis posições em desfavor a eutanásia. No entanto, os diversos estudos com
embasamento na inexistência de regulação legal, exigem uma abordagem jurídica
devidamente adequada e compatível com as possíveis situações para garantir ao
paciente, através do consentimento informado, o princípio da dignidade humana no
processo de morrer.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, Damião Alexandre Tavares. "Dignidade da pessoa humana, cuidados


paliativos e ortotanásia: a visão de um juiz." Disponível em:< http://www. tjmg.jus.
br/portal/conhecimento-juridico/artigos-juridicos/detalhe-59. htm> (2012).
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 14. ed. ver. atual. e ampl. São
Paulo: Saraiva, 2010.
ALMEIDA, Fernando Barcellos de. Teoria geral dos direitos humanos. Porto Alegre:
Sergio Antonio Fabris Editor, 1996.
CAMPI, Sandra. O valor intrínseco da vida e a autonomia: Reflexões sobre a
eutanásia. Dissertação de mestrado apresentada à Universidade Federal de Santa
Catarina, 2004.
DINIZ, Débora; COSTA, Sérgio. Morrer com Dignidade: Um Direito Fundamental.
Série Anis 34. Brasília: Letras Livres, 2004.
Título do Pôster
PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL E OS PROBLEMAS
ENFRENTADOS PELA LEGISLAÇÃO ANTIDROGAS
Autores
Rodrigo de Morais Delgado Moura
Instituição
UNIC Rondonópolis - Ary Coelho; Programa de Financiamento Estudantil – FIES.
Linha de Pesquisa
DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL
Palavras-chave
Porte de drogas para consumo pessoal; Combate a droga no Brasil; Descriminalização; Saúde
pública
Local onde está sendo realizada a pesquisa
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – UNIC Rondonópolis - Ary
Coelho.

INTRODUÇÃO: Este pôster tem por objetivo principal demonstrar o tratamento dispensado
ao porte de drogas para consumo pessoal e os problemas enfrentados pela legislação
antidrogas.

PROBLEMA DE PESQUISA: A Política Nacional Antidrogas embora trouxesse em seu


corpo importantes inovações na relação com o usuário tem evidenciado que o problema com
as drogas tornou-se um incomodo social bastante árduo e danoso, os usuários e dependentes
viciados em drogas estão por toda parte, entranhados em todas as classes sociais o que gera
uma necessidade de proteção da saúde pública urgente. As cidades tentam buscar meios de
solucionar o flagelo causado pela droga, enquanto a discussão por formas mais eficazes de
diminuir os avanços do trafico e do consumo excessivo não chegam á uma conclusão pacífica,
o cenário demonstra não diminuir o número de usuários e ao mesmo tempo diminuir a
população carcerária,

OBJETIVOS: observar a política antidrogas trazida pela Lei Nº 11.343/2006, compreender a


celeuma deixada pela legislação antidroga anterior, assim como encontrar uma política de
tratamento ao uso de drogas mais eficaz, capaz de não apenas deixar de penalizar o usuário
dependente, com a rigidez do sistema carcerário e sim ofertar condição de após identificar
esse indivíduo, tratar a doença do vicio e a posterior reintegrá-los a sociedade dignamente.

MÉTODO: A pesquisa bibliográfica a cerca do combate a droga no Brasil, estudando


ainda, artigos e jurisprudências de modo a compreender a celeuma de ixada pela
legislação brasileira no que se refere a confrontar o uso, produção, distribuição de
deslocamento da droga. “A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletr ônicos, como
livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia -se
com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se
estudou sobre o assunto. [...] (FONSECA, 2002, p. 32). Desse modo classificando-se
como uma pesquisa exploratória e descritiva. Pesquisa exploratória essa que segundo
Selltizet al., (1967) apud Gil (2002) “Estas pesquisas têm como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná -lo mais
explícito ou a constituir hipóteses”

RESULTADOS ALCANÇADOS: A nova Lei trouxe duas disposições, uma proibicionista,


onde visa bater de frente com a produção ilegal de drogas e ao trafico de substâncias ilícitas.
Por outro lado a segunda, conhecida como política de atenção visa atenção ao usuário e ou
dependente para também reinseri-lo na sociedade. Luiz Flavio Gomes ensina: [...] uma
importante mudança ideológica, principalmente porque a nova Lei determina “a observância
do equilíbrio entre as atividades de prevenção de uso indevido, atenção e inserção social de
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu
trafico ilícito, visando a garantir a estabilidade e o bem social. (GOMES. 2007. P.27) Essa
política repressiva foi deixada de lado no que se refere ao usuário de drogas, porém é mantida
e ainda mais severa nas relações com o trafico e produção não autorizada de drogas. Para
alguns doutrinadores a conduta deveria ser considerada descriminalizada, ainda que não tenha
havido a legalização da droga. Para Gomes “descriminalizar significa retirar de algumas
condutas o caráter de criminosas. O fato descrito na lei penal deixa de ser crime”. (GOMES,
2007). Capez discorda: “Entendemos, no entanto, que não houve a descriminalização da
conduta. O fato continua a ter a natureza de crime, na medida em que a própria Lei o inseriu
no capitulo relativo aos crimes e às penas (Capitulo III); alem do que as sanções só podem ser
aplicadas por juiz criminal e não por autoridade administrativa, e mediante o devido processo
legal” [...] (CAPEZ, 2014, p. 678/679). Identificar se a droga é apenas para uso pessoal ou se
o sujeito esta a serviço do trafico é uma condição que exige uma analise criteriosa, a lei não
e clara ao determinar que o juiz deve-se atentar à quantidade da substancia apreendida, local
e as condições em que se deu o flagrante, às circunstâncias sociais e pessoais do agente,
bem como os antecedentes criminais do acusado. O grande problema é que a cada ano que
passa a população carcerária vai se aumentando gradativamente e o número de presos por
crimes relacionados à droga são expressivos segundo dados do levantamento do INFOPEN
2016 a população carcerária era de 726.712 até o mês de junho, aos quais 28% dessa
população respondiam por crimes relacionados ao tráfico, (INFOPEN, 2016). Partindo pelo
pressuposto de que devido à corrupção que se alastrou pelo Brasil, sucateamento do sistema
carcerário e do baixo investimento do Poder Executivo em prevenção, pode se entender que
a Lei nº 11.343/2006 embora tenha traduzido uma perspectiva positiva no tratamento ao
consumo pessoal. Não esta conseguindo diminuir esse consumo e ao mesmo tempo diminuir
a população carcerária como pretendia, isso mostra a deficiência ao defender a saúde
pública. Vale ressaltar um exemplo que tem dado resultados positivos, a ponto de se tornar
referencia mundial em política de combate as drogas, é o modelo adotado por Portugal ao
qual não foca em combater o usuário, liberou-se sim todas as drogas deixando de entender
como caso de policia passando a tratar como saúde publica. Estabeleceu-se um limite de porte
para qualquer droga, definindo assim a 10 doses diárias. A legislação portuguesa foi alem,
pois mesmo que proibindo ainda a produção e comercialização da droga, a lei portuguesa
destinasse a tratar dos usuários e dependentes com muito mais ênfase do que a caça pelos
traficantes. O individuo que flagrado com droga é encaminhado a Comissão de Dissuasão da
Toxicodependência que faz o papel de orientar, apresentando as opções disponíveis para o
dependente abandonar a droga. Com isso o resultado obtido é satisfatório segundo divulgação
da OMS em 2015 cerca de 40 mil dependentes de drogas então em tratamento, e as
perspectivas são que esses números aumentem a cada ano.
REFERÊNCIAS:
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Legislação penal especial vol. 4. São Paulo:
Saraiva. 2014, p. 668 a 760
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
Apostila.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo.
Editora Atlas, 2002.
GOMES, Luiz Flávio. Leide Drogas Comentada artigo por artigo: Lei 11.343/2006. 2ª
edição. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2007, p. 27 a 201.
Levantamento Nacional De Informações Penitenciárias INFOPEN Atualizado - Junho de
2016/ organização Thandara Santos; colaboração, Marlene Inês da Rosa... [et. alia.]. –
Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Penitenciário Nacional.
Disponível em: <http://www.justica.gov.br/news/ha-726-712-pessoas-presas-no-
brasil/relatorio_2016_junho.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2018.
SARAIVA. Vade Mecum; colaboração, Luiz Roberto Curia... [et al.]. Lei nº 11.434/2006.
Saraiva, 21ª Ed.. São Paulo: Saraiva 2016.
PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL E OS PROBLEMAS
ENFRENTADOS PELA LEGISLAÇÃO ANTIDROGAS

Rodrigo de Morais Delgado


rodrigomdb7@gmail.com

Introdução: Este pôster tem por objetivo principal demonstrar o tratamento dispensado ao
porte de drogas para consumo pessoal e os problemas enfrentado pela legislação antidrogas
Problema de pesquisa: A Política Nacional Antidrogas embora trouxesse em seu corpo
importantes inovações na relação com o usuário tem evidenciado que o problema com as
drogas tornou-se um incomodo social bastante árduo e danoso, os usuários e dependentes
viciados em drogas estão por toda parte, entranhados em todas as classes sociais o que gera
uma necessidade de proteção da saúde pública urgente. As cidades tentam buscar meios de
solucionar o flagelo causado pela droga, enquanto a discussão por formas mais eficazes de
diminuir os avanços do trafico e do consumo excessivo não chegam á uma conclusão pacífica,
o cenário demonstra não diminuir o número de usuários e ao mesmo tempo diminuir a
população carcerária, Objetivos: observar a política antidrogas trazida pela Lei Nº
11.343/2006, compreender a celeuma deixada pela legislação antidroga anterior, assim como
encontrar uma política de tratamento ao uso de drogas mais eficaz, capaz de não apenas
deixar de penalizar o usuário dependente, com a rigidez do sistema carcerário e sim ofertar
condição de após identificar esse indivíduo, tratar a doença do vicio e a posterior reintegrá-los
a sociedade dignamente. Referenciais teórico-metodológicos: A pesquisa bibliográfica a
cerca do combate a droga no Brasil, estudando ainda, artigos e jurisprudências de modo
a compreender a celeuma deixada pela legislação brasileira no que se refere a
confrontar o uso, produção, distribuição de deslocamento da droga. “A pesquisa
bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e
publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas
de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica,
que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. [...]
(FONSECA, 2002, p. 32). Desse modo classificando-se como uma pesquisa
exploratória e descritiva. Pesquisa exploratória essa que segundo Selltizet al., (1967)
apud Gil (2002) “Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir
hipóteses” Resultados alcançados: A nova Lei trouxe duas disposições, uma proibicionista,
onde visa bater de frente com a produção ilegal de drogas e ao trafico de substâncias ilícitas.
Por outro lado a segunda, conhecida como política de atenção visa atenção ao usuário e ou
dependente para também reinseri-lo na sociedade. Luiz Flavio Gomes ensina: [...] uma
importante mudança ideológica, principalmente porque a nova Lei determina “a observância
do equilíbrio entre as atividades de prevenção de uso indevido, atenção e inserção social de
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu
trafico ilícito, visando a garantir a estabilidade e o bem social. (GOMES. 2007. P.27) Essa
“política repressiva” foi deixada de lado no que se refere ao usuário de drogas, porém é
mantida e ainda mais severa nas relações com o trafico e produção não autorizada de drogas.
Para alguns doutrinadores a conduta deveria ser considerada descriminalizada, ainda que não
tenha havido a legalização da droga. Para Gomes “descriminalizar significa retirar de algumas
condutas o caráter de criminosas. O fato descrito na lei penal deixa de ser crime”. (GOMES,
2007). Capez discorda: “Entendemos, no entanto, que não houve a descriminalização da
conduta. O fato continua a ter a natureza de crime, na medida em que a própria Lei o inseriu
no capitulo relativo aos crimes e às penas (Capitulo III); alem do que as sanções só podem ser
aplicadas por juiz criminal e não por autoridade administrativa, e mediante o devido processo
legal” [...] (CAPEZ, 2014, p. 678/679). Identificar se a droga é apenas para uso pessoal ou se
o sujeito esta a serviço do trafico é uma condição que exige uma analise criteriosa, a lei não
e clara ao determinar que o juiz deve-se atentar à quantidade da substancia apreendida, local
e as condições em que se deu o flagrante, às circunstâncias sociais e pessoais do agente,
bem como os antecedentes criminais do acusado. O grande problema é que a cada ano que
passa a população carcerária vai se aumentando gradativamente e o número de presos por
crimes relacionados à droga são expressivos segundo dados do levantamento do INFOPEN
2016 a população carcerária era de 726.712 até o mês de junho, aos quais 28% dessa
população respondiam por crimes relacionados ao tráfico, (INFOPEN, 2016). Partindo pelo
pressuposto de que devido à corrupção que se alastrou pelo Brasil, sucateamento do sistema
carcerário e do baixo investimento do Poder Executivo em prevenção, pode se entender que
a Lei nº 11.343/2006 embora tenha traduzido uma perspectiva positiva no tratamento ao
consumo pessoal. Não esta conseguindo diminuir esse consumo e ao mesmo tempo diminuir
a população carcerária como pretendia, isso mostra a deficiência ao defender a saúde
pública. Vale ressaltar um exemplo que tem dado resultados positivos, a ponto de se tornar
referencia mundial em política de combate as drogas, é o modelo adotado por Portugal ao
qual não foca em combater o usuário, liberou-se sim todas as drogas deixando de entender
como caso de policia passando a tratar como saúde publica. Estabeleceu-se um limite de porte
para qualquer droga, definindo assim a 10 doses diárias. A legislação portuguesa foi alem,
pois mesmo que proibindo ainda a produção e comercialização da droga, a lei portuguesa
destinasse a tratar dos usuários e dependentes com muito mais ênfase do que a caça pelos
traficantes. O individuo que flagrado com droga é encaminhado a Comissão de Dissuasão da
Toxicodependência que faz o papel de orientar, apresentando as opções disponíveis para o
dependente abandonar a droga. Com isso o resultado obtido é satisfatório segundo divulgação
da OMS em 2015 cerca de 40 mil dependentes de drogas então em tratamento, e as
perspectivas são que esses números aumentem a cada ano.

Referências
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Legislação penal especial vol. 4. São Paulo:
Saraiva. 2014, p. 668 a 760.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
Apostila.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo.
Editora Atlas, 2002.
GOMES, Luiz Flávio. Leide Drogas Comentada artigo por artigo: Lei 11.343/2006. 2ª
edição. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2007, p. 27 a 201.
Levantamento Nacional De Informações Penitenciárias INFOPEN Atualizado - Junho de
2016/ organização Thandara Santos; colaboração, Marlene Inês da Rosa... [et. alia.]. –
Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Penitenciário Nacional.
Disponível em: <http://www.justica.gov.br/news/ha-726-712-pessoas-presas-no-
brasil/relatorio_2016_junho.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2018.
SARAIVA. Vade Mecum; colaboração, Luiz Roberto Curia... [et al.]. Lei nº 11.434/2006.
Saraiva, 21ª Ed.. São Paulo: Saraiva 2016.
O ATIVISMO JUDICIAL COMO INSTRUMENTO PARA O PROCESSO DE
JUDICIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS

Eduardo Barbosa Ajala; Erika Correa de Araújo; edubarbosa96@gmail.com

Instituição
Programa de Iniciação Científica, do Curso de Direito das Faculdades Integradas de
Rondonópolis – FAIR/UNIASSELVI
Local onde está sendo realizada a pesquisa
Rondonópolis-MT
Linha de Pesquisa
Direito Constitucional
Palavras-Chave
Relações sociais e políticas; Processo de judicialização; Ativismo Judicial;
RESUMO:
Introdução: A sociedade tem encontrado no Judiciário a solução para problemas que o Poder
Público não consegue sanar. A ineficiência do Poder Executivo juntamente com a mora do
Poder Legislativo em oferecer soluções para os conflitos sociais e políticos, faz com que o
processo de judicialização, procura por soluções, cresça vertiginosamente. Problema de
Pesquisa: Diante da modernização da sociedade e expansão das relações sociais e políticas,
bem como o amplo acesso à justiça somado ao o princípio da inafastabilidade da jurisdição –
art. 5º, XXXV, da Constituição Federal de 1988, tem levado o Poder Judiciário, que se
encontra sobrecarregado, a assumir as funções dos demais Poderes, para que se alcance a
pacificação social. O questionamento sobre o ativismo judicial ser instrumento de
judicialização das relações sociais e políticas surge por sua característica de aplicação direta
da Constituição a fatos não expressados no texto constitucional e livres de manifestações do
legislador originário (BARROSO; 2009; p.22). Visto que a intervenção judicial, criada pela
demanda, preenche lacunas legais e tem satisfeito os conflitos apresentados. Objetivos:
Analisar como o ativismo dos juízes e tribunais tem servido como instrumento no processo de
judicialização das relações sociais e políticas no país. Bem como, entender a contribuição do
ativismo judicial, com base na sua característica de atender demandas sociais, nos conflitos
que surgem das relações sociais e políticas, através de casos concretos. Método: O presente
estudo, valendo-se do método dialético e procedimentos comparativo e funcionalista,
baseados em pesquisa bibliográfica e com referencial na Constituição Federal juntamente com
artigos científicos e jurisprudências. Resultados Alcançados: O processo de judicialização se
deu graças a constitucionalização abrangente, que trouxe para a Constituição inúmeras
matérias que antes eram deixadas para o processo político majoritário e para a legislação
ordinária (BARROSO; 2009; p. 19-20). O primeiro paradigma para demonstração do ativismo
judicial como instrumento de judicialização, são os Mandados de Injunções números 670, 708
e 712, que versaram sobre a falta de legislação específica da greve dos servidores públicos –
art. 37, VII, da CRFB/88. O direito de greve que se encontra no âmbito das relações sociais de
trabalho, foi judicializado e teve como contribuição a posição ativista do Ministro Gilmar
Mendes, relator do MI 708, que em seu voto esclareceu que a satisfação do exercício do
direito de greve pelos servidores públicos civis não pode ficar submetida absoluta e
exclusivamente a juízo de oportunidade e conveniência do Poder Legislativo e, portanto, o
Poder Judiciário não deveria incorrer em omissão e definiu seu voto como favorável à
aplicação das Leis nº 7.701/88 e 7.783/89 aos conflitos e às ações judiciais que envolvam a
interpretação do direito de greve dos servidores públicos civis, ocasião em que abriu-se
precedentes para judicialização de um direito social. O segundo paradigma, trata da
distribuição de medicamentos e determinação de terapia mediante decisões judiciais, que nas
Justiças estadual e federal se multiplicam as decisões que condenam, solidariamente, os Entes
da federação a custear medicamentos e terapias que não constam das listas e protocolos do
Ministério da Saúde ou das Secretarias Estaduais e municipais (BARROSO; 2009; p. 23-24).
Assunto antes tratado por políticas públicas, hoje se encontra judicializado por causa do
ativismo de juízes e tribunais que tem garantido o direito à saúde. O terceiro e último
paradigma analisado, será o ativismo judicial quanto à fidelidade partidária. O STF aplicou
diretamente a Constituição a um cenário político que não se encontrava previsto no referido
dispositivo legal, e com fundamento no princípio da democrático, implantou uma nova
hipótese de perda de mandato, a infidelidade partidária. O entendimento do Ministro Gilmar
Mendes (2007) foi no sentido de que os mandatos pertenceriam aos partidos políticos. As
vagas conquistadas no sistema eleitoral proporcional pertencem às legendas. Esta é uma regra
que decorre da própria lógica do regime de democracia representativa e partidária vigente em
nosso país. Diante os paradigmas apresentados, podemos concluir que a presente pesquisa
alcançou seu resultado ao demonstrar que o ativismo judicial tem servido como instrumento
para o processo de judicialização da relações sociais e políticas no país.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BARROSO, Luís Roberto. Anuario Iberoamericano de Justicia Constitucional ISSN 1138-
4824, núm. 13, Madrid (2009), págs. 17-32
MENDES, Gilmar Ferreira. Fidelidade partidária na jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal. Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), Brasília, 15 de novembro de 2007.
NETO, André Perin Schmidt. A Judicialização da Política e das Relações Sociais no Brasil
(Resenha dos textos de Luiz Werneck Vianna). Revista da Faculdade de Direito UniRitter,
Porto Alegre, n. 10, p. 83-96, 2009.
BRASIL.Supremo Tribunal Federal. Mandado de Injunção 708-DF. Relator: Ministro Gilmar
Mendes. 25 de outubro de 2007. Revista Trimestral de Jurisprudência, Brasília, DF, v. 207-2,
p. 461-912, jan/mar. 2009.
A RESSOCIALIZAÇÃO PELAS VIAS DO TRABALHO NA PENITENCIARIA DE
RONDONÓPOLIS/MT
Márcio Tremura Figueiredo
marciotremura@gmail.com
UNIASSELVI
Rondonópolis/MT
Local
Projeto de Iniciação Cientifica em Direito da Universidade Uniasselvi, Rondonópolis/MT

Linha de Pesquisa
DIREITOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE
JUSTIÇA SOCIAL: CIDADANIA, DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DIREITO A
VIDA, MOVIMENTOS SOCIAIS E POLÍTICAS HUMANITÁRIAS.

Palavras – chave: direitos humanos, ressocialização, dignidade da pessoa humana.

Introdução
Muito tem se comentado sobre o atual sistema penitenciário e sua defasagem no que tange a
ressocialização e a dignidade da pessoa humana do apenado, os olhares focam no critério
punitivo da legislação ao invés do regresso à sociedade do reeducando. Em uma via contrária
a esta visão, o trabalho sempre foi peça fundamental desta complicada estrutura que é a
ressocialização do segregado. Segundo Michel Foucault (1987), “os vícios da educação, o
contágio dos maus exemplos, a ociosidade... originaram crimes”. Tentamos extinguir as
fontes de corrupção, impor regras de moral, obrigados a um trabalho que gostarão mais a
frente, quando colherem os frutos deste trabalho, da remissão de pena, da ocupação mental,
lamentando assim o passado, procurando consertar o futuro.

Problema de Pesquisa
A Lei de Execuções Penais (Lei No. 7.210, de 11/07/1984) em seu artigo 41, II, assegura o
direito ao trabalho a todos os presos condenados do Brasil, o que tornaria, em teoria, esse
acesso ao trabalho uma tarefa fácil, mas as dificuldades vão além da simples vontade do
recuperando ou mesmo dos administradores dos estabelecimentos penais, exemplos como à
falta de efetivo para as escoltas destes reeducandos, mão de obra desqualificada, desinteresse
público/privado, e o preconceito impedem um possível avanço deste meio ressocializador e
mesmo quando adquirido a oportunidade, depara-se com um dos grandes problemas da
execução penal em nosso pais, a exploração da mão de obra do egresso, assim como
salientado por Drauzio Varella: “Algumas empresas empregam mão-de-obra local para
costurar bolas, chinelos, colocar espiral em cadernos, varetas em guarda-chuvas, parafusos
nas dobradiças e trabalhos similares. Teoricamente, os presos deveriam receber pelos serviços
prestados, o que poderia ajudar a família desamparada ou servir de poupança para quando
fossem liberados. Na prática, porém, a burocracia para retirar o dinheiro recebido é tanta que
muitos aceitam o pagamento em maço de cigarro, a moeda tradicional.”. Contudo, a
Penitenciaria Regional de Rondonópolis Major Eldo de Sá Correa – “Mata Grande” vem, há
seis anos, buscando formas de evoluir este trabalho dos apenados, seja desenvolvendo
parcerias junto ao estado e a empresas particulares, seja nos trabalhos internos da própria
penitenciária, tudo para que o fim social seja alcançado.

Objetivo
Buscar a ressocialização eficiente do ser humano num todo, onde no momento em que ele
termine de cumprir a sua pena, entenda o caminho trilhado e seu novo lugar na sociedade,
seguindo novas direções, respeitando sua família, a sociedade e ele como ser digno de um
trabalho honesto, remunerado, que não precise infringir leis para obter o que se quer ou
necessita. Avaliar os parâmetros empregados na Penitenciaria de Rondonópolis junto as
autoridades locais, assim como aos segregados, a evolução destes seis anos desde a
implantação dos trabalhos extramuros.

Método
Utilizacao de pesquisas de campo, junto as autoridades da Penitenciária, tais como Diretores e
coordenadores, empresas parceiras, autoridades judiciais e reeducandos; Acompanhamento
em banco de dados da Penitenciaria; Pesquisas em material bibliográfico, sites e leis

Resultados Alcançados
Verifica-se um aumento já considerável na quantidade de trabalhadores, já próximo aos 300 e
uma demanda maior ainda na lista de candidatos ao posto de trabalho. Cresceu a procura das
empresas assim como as parcerias públicas. O déficit de agentes foi contornado com
utilização de tornozeleiras eletrônicas o que acarretou em um número maior de evadidos, mas
que ainda não chega a preocupar as autoridades judiciais e penais.

Referencias
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Petrópolis: Ed. Vozes, 1999.
BRASIL, LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984. Brasília, DF, 1984. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210compilado.htm
VARELLA, Drauzio. Estação Carandiru. Ed. Companhia das Letras, 2005
A AÇÃO DA POLÍCIA MILITAR COMO GARANTIA DE SEGURANÇA
PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS - MT

Selma Sperber Baia Cabral, Graduanda em Direito, instituição de ensino UNI-


FAIESP, e-mail s.sperbercabral@hotmail.com, projeto de pesquisa vinculada ao curso
de Direito Finanças Pública e Legislação Tributário.

RESUMO
Esta pesquisa visa o caráter do conhecimento da importância quanto ao
policiamento, suas práticas, métodos ostensivos, quanto a inibição de atividades
criminosas na cidade de Rondonópolis, a fim de conhecer os recursos que a Polícia
dispõe a fim de colaborar para a minimização de roubos, homicídios, apreensões de
armas e também o discernimento do ambiente municipal com o intuito de conhecer os
lugares preferidos para a realização desses crimes, assim como os horários e os dias que
apresentam maior freqüência dos atos referentes a criminalidade na cidade.

O município de Rondonópolis-MT na atualidade se consolida com a segunda


maior economia do estado, integrando 215.320 habitantes conforme dados evidenciados
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE. Hoje a cidade de
Rondonópolis evidencia sua potencialidade ocupando o 100º lugar referente as maiores
economias no país, uma das características marcantes é que a cidade deixou de fomentar
uma situação em que era reconhecida pela capital do agronegócio, para estimular um
aspecto industrial, a cidade é reconhecida como a capital regional acentuando seu
potencial de crescimento evidente no setor industrial do estado e do Brasil. Assim, tem-
se como objetivo geral apresentar a criminalidade do município de Rondonópolis no
período de 2016 a 2018, para que, com o 11 auxílio dos objetivos específicos, possa
verificar a quantidade de roubos praticados na cidade; identificar os bairros que
apresentam maior índice de homicídios; constatar a quantidade de armas que acabam
sendo apreendidas nas abordagens; e buscar conhecer programas relacionados no
combate as drogas e violência.

DESENVOLVIMENTO

Então em operação com parceria do Corpo de Bombeiros, Polícia Judiciária


Civil, Guardas do município, JUVAM (Juizado Volante Ambiental) e por último a
operação precisão, onde o interesse por meio da inteligência era realizar incisões em que
existiam pessoas praticando delitos. Os resultados aparecem com apreensões de armas e
desmanche de quadrilhas fomentando para o crime.
Vemos abaixo o resultado de apreensões e chamados de atendimentos para
homicídios e roubos.
ARMAS APREENDIDAS: (JAN 2016 À MAR 2018)

SIMULACÃO: 90
ARTENSAL: 20
ESPINGARDA: 47
PISTOLA: 66
REVOLVER: 245
FUZIL: 01
TOTAL: 469

Os bairros com índices mais altos de roubos praticados na cidade:

Vila Aurora; Cidade Salmem; Vila Operaria.

Os bairros que apresentam maior índice de homicídios:

Jardim Ana Carla; Jardim Residencial Padre Lothar; Vila Operária.

Horários e os dias que apresentam maior freqüência dos atos referentes a


criminalidade na cidade os horários são:
Das 18:00 ÀS 22:00 horas, entre Quinta e Sexta-Feira, Domingo e Segunda-Feira.
FONTE: SEOP/PM

OBJETIVO ESPECIFICO

O Proerd um Programa que busca a cooperação entre escola, Polícia Militar e


família, é um meio em que as Polícias Militares do Brasil encontraram para se
aproximarem das crianças e adolescentes que estão inseridas na sociedade a fim de
orientar e informar sobre as vantagens de uma vida longe das drogas, por meios de
decisões a fim de evitar a entrada no meio das drogas e violência. Desta forma, o Proerd
exerce sua atuação.

O Proerd na escola tem como base o princípio da integração social, com muita
participação dos alunos. Nas aulas temos apoio, colaboração e acompanhamento dos
professores. O programa tem um material didático de apoio (livro do estudante),
composto de lições que abordam fatos sobre algumas drogas, noções de cidadania,
técnica para se resistir às pressões dos colegas e da mídia para o uso de drogas,
técnicas de autocontrole para se afastar da violência, maneira de se lidar com o
estresse, promoção da autoestima, tomada de decisão e valorização à vida (PROERD,
2016, p. 1).

Desta forma, o que se entende do programa é que sua abrangência foca em crianças
de 9 a 12 anos, baseando-se no caráter do ajustamento social, tendo como a participação dos
alunos, tendo como suporte os professores assim como a sua cooperação. O material que
acompanha o programa chama-se livro do estudante, este que disponibiliza informações sobre
o uso de entorpecentes, a existência de vários tipos de drogas, métodos para prevenir a
abordagem com o intuito de utilização das drogas, se afastarem da violência e o
reconhecimento da importância da vida. O trabalho desencadeado pelo programa integra o
fechamento a partir da décima segunda lição, onde os alunos recebem um certificado, em que
marcam os passos do conhecimento de uma nova realidade, importante salientar a interação
dos pais para atrair o sucesso de todo trabalho realizado no programa.

No que concerne a regulamentação no estado do Mato Grosso o Proerd salienta as


seguintes informações: Posteriormente em 2002 foi criado um decreto Estadual
regulamentando o Proerd na PMMT. (Detalhes na pág. 7) No ano de 2001 fora realizado um
curso de formação de instrutores do Proerd para policiais da PMMT em Cuiabá – MT.
Participaram do curso policiais dos seguintes atuais Comandos Regionais: Barra do Garças,
Rondonópolis, Cáceres, Sinop e Tangará. Em 2002 cinco instrutores, mais o Coordenador,
participaram do curso de formação de mentores do Proerd (PROERD, 2016, p. 1).

COMPARTILHAR.

RESULTADOS
Esta pesquisa apresentou a relevante importância quanto a apresentação dos
níveis e quais as modalidades dos crimes que usualmente são praticados na cidade de
Rondonópolis, com o exercício criminoso referente ao roubo, homicídios e apreensões
de armas que a Polícia Militar efetiva em suas abordagens. Podemos chegar à conclusão
que sem a polícia militar efetuando seu trabalho preventivo, os índices seriam bem
maiores. Se a população passar à saber mais sobre o trabalho da PM ajudando com
informações e denuncias, poderíamos ter uma diminuição grande de ocorrências com
vítimas . Sabemos também que com investimento na educação de qualidade com regras,
disciplinas e respeitos com os professores e o amor ao próximo. É com certeza o
caminho para um futuro melhor.

REFERENCIAS
E-MILITAR. Conheça a História da Polícia Militar no Brasil. Disponível em
http://www.emilitar.com.br/blog/conheca-a-historia-da-policia-militar-no-brasil/Acesso
em 8fev. 2017.
IBGE. Cidades. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=510760. Acesso em: 24 fev. 2017.
POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO. 4º COMANDO REGIONAL –
RONDONÓPOLIS. Disponível em www5.pm.mt.gov.br/-4-comando-regional-
rondonopolis>
Histórico do PROERD. Disponível em http://www.proerd.mt.gov.br/Acesso em 17 de
mai. 2017
REDUÇÃO DA MAIOR IDADE PENAL

Autora
Sandra Mara Kavamura

Linha de Pesquisa
Direito Penal e Estatuto Da Criança e o Adolescente

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade Integrada de
Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa propõe o estudo de um tema hoje discutido por vários
segmentos da sociedade. A sociedade Civil não conhece o Estatuto Da Criança e o Adolescente
(ECA), em sua maioria, é a favor da redução. No olhar delas, a criança e o Adolescente são
impune na prática de atos infracionais(crimes), saem impunes por não ser aplicada a pena do
adultos. Para os estudiosos do Direito da Criança e o Adolescente, em sua maioria, são contra
a redução da Idade Penal. PROBLEMA DE PESQUISA: O Estado mal consegue ressocializar
aqueles que supostamente já tem sua formação ética, moral, política e social formada, como
poderíamos imaginar que ele conseguirá, através do sistema penitenciário, que já conhecemos
por super lotação, atender pedagógicas, físicas, Morais, espirituais e social que um adolescente
necessitam. OBJETIVOS: A pesquisa pretende verificar se a redução das maioridade penal
permitirá acabar com os crimes envolvendo menores ou, pelo menos reduzir a incidência de
participação deles em atos ilícitos. O Brasil há uma tendência enorme de escolhas de soluções
para o problema. Não é diferente quando o assunto e o aumento de crimes cometidos por
Crianças e o Adolescentes. Neste caso, a redução da Idade Penal para tentar satisfazer a uma
população amedrontada, que cada dia fica mais tempo presa dentro de casa com medo de uma
sociedade violenta e desigual. O desejo da sociedade é somente um, Paz. MÉTODO: O estudo
da maior idade penal na sociedade envolvendo a criminalidade ou a redução dos crimes
envolvendo crianças e adolescente. Se sistema penitenciário está apto para colher os infratores
menores. RESULTADOS ALCANÇADOS: É evidente que reduzir a maior idade penal, de
maneira isolada, não vai diminuir a criminalidade e a violência, Mas vai fazer com que antes
de colar em prática qualquer idéia, o jovem pare e calcule o desfecho de suas atitudes terão. O
Estatuto da Criança e do Adolescente é suficientemente severo ás consequências jurídicas
decorrentes dos atos infracionais praticados por Adolescente. Apesar da aprovação do PEC o
debate permanece. A questão se a redução não diminui a violência. A redução da maioridade
penal somente atingirá os jovens que vivem em condições mais precárias. Os jovens de classes
mais altas terão condições de defesa.

REFERÊNCIAS:
Batista, Carlos Ferraz;
Rezende, Manuel morgado
Crime castigo e a maioridade penal 2008

Carlos Eduardo Machado Pires


Ed. Clube de autores
https://googleweblight.com/i?u=https://examedaoab.jusbrasil.com.br/noticias/364174845
/reducao-da-maioridade-penal&grqid=cY4NPTdy&s=1&hl=pt-BR
ASSÉDIO MORAL E DANO MORAL NO TRABALHO

Autor
Marlon Bruno Marques Silva.
marlonfixaprint@hotmail.com

Linha de Pesquisa
DIREITO DO TRABALHO, ORGANZAÇÃO DO TRABALHO, ASSÉDIO
MORAL NA RELAÇÃO DE EMPREGO.

Palavras-chave
Dano Moral, Assédio Moral, Dignidade do Trabalhador.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de Graduação Stricto Sensu em Direito da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas Sobral Pinto- FAIESP.

RESUMO:
Introdução: Este trabalho tem por objetivo principal demonstrar a finalidade do
direito do trabalho focando no assédio moral e dano moral no trabalho, pois, apesar de
ser um fenômeno que sempre existiu nas relações humanas, é um assunto que,
sobretudo nas relações de trabalho, somente na última década ganhou destaque nas
discussões doutrinárias. Problema de pesquisa: O assédio moral lesa diretamente
os Princípios Fundamentais Constitucionais, os Direitos e Garantias
Fundamentais Constitucionais, os Direitos Sociais Constitucionais, entre outras
leis que serão estudadas no decorrer deste trabalho, resultando em prejuízo ao
bem maior: a honra e a dignidade da pessoa humana. Apesar de estar sempre
presente nas organizações são poucos os estudos realizados abordando o tema
mostrando com amplitude as consequências destas prática, correlacionando a
mesma com o direito do trabalhador. Objetivos: Este estudo tem como objeto
explanar sobre o assédio moral no ambiente de trabalho. O intuito desta análise
bibliográfica consiste em refletir sobre os prejuízos causados pelo assédio
moral e a necessidade de reprimi-lo e erradicá-lo a fim de que todos
trabalhadores possam gozar de um ambiente de trabalho saudável,
proporcionando-lhes, assim, a garantia da dignidade, honra, integridade física e
moral no seu ambiente de trabalho e para tanto utilizando-se de meios de
prevenção e compensação. Referenciais teórico-metodológicos: O principal
assunto analisado foi assédio moral e dano moral no trabalho, e os principais autores
que contribuíram com o trabalho foram: Alkimin (2005), Bastos (2013), Fonseca
(2007), Hirigoyen (2006). A pesquisa bibliográfica possui o método jurídico-
dedutivo, numa concepção micro analítico acerca do presente assunto, e ainda, como
procedimento técnico a análise da questão, teórica e interpretativa, buscando
sugestões como meio alternativos para a solução da problemática. Resultados
alcançados: Conforme exposto neste estudo, o assédio moral é um fenômeno
tão antigo quanto à própria sociedade, no entanto o seu estudo teve início
somente nas últimas décadas. Ficou clara, que a ocorrência do assédio moral,
agride diretamente o princípio maior do nosso ordenamento jurídico, a
dignidade da pessoa humana e resulta em dano moral, o qual, deve ser
reparado, de acordo com entendimento pacífico trazido pela CF 88, CC 02 e
outras leis estudadas. A reparação do dano moral (assédio moral) deve conter
duas características básicas: primeiro a de compensar a vítima do dano, trazer
certo equilíbrio, diminuir a dor e segundo a de corrigir o transgressor, educar a
empresa, inibir novas ações de assédio. Assim, conclui-se que o assédio moral
é uma dos tipos mais violento de agressão que o trabalhador pode sofrer,
comprometendo a ordem jurídica, social e o principio maior da CF a dignidade
da pessoa humana, acarretando prejuízos não só para a vítima, mas também
para a sociedade e a própria empresa. Pode-se afirmar sem sombra de dúvidas
que os reflexos do assédio moral influenciam diretamente no desenvolvimento
da sociedade, acarretando a violência e a instabilidade sócio econômica.

Bibliografia Utilizada

ALKIMIN, Maria Aparecida. Assédio moral na relação de emprego.


Curitiba: Juruá, 2005.

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO. Danos da Humilhação à Saúde.


Disponível em:< http://www.assediomoral.org/spip.php?article5. Acesso
em 17/09/2017.

BASTOS, Guilherme Augusto Caputo. O dano moral no direito do trabalho.


São Paulo, LTr. 2003.

FONSECA, Rodrigo Dias da. Assédio moral - breves notas. Revista LTr,
São Paulo, v.71, n.1, p.34-45, jan. 2007.

HIRIGOYEN, Marie-France. Assédio moral: a violência perversa no


cotidiano. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

TRT, 24ª R., ROPS n. 351-2005-81-24-00-7, Rel. Juiz Márcio Vasques


Thibau de Almeida, DO/MS, 26.4.2006

Trib. Sup. Just. Comunidad Valenciana, Sala de lo Contencioso-


Administrativo, 29.9.20
MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO COMO MEIOS CONSENSUAIS NA RESOLUÇÃO
DE CONFLITOS

Autora
Rúbia Letícia de Almeida Nascimento
rubialeticia345@hotmail.com

Instituição
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto - (FAIESP)

Linha de Pesquisa
DIREITO CIVIL. PROCESSO CIVIL. FORMAS CONSENSUAIS DE RESOLUÇÃO DE
CONFLITOS.

Palavras Chave
Conflitos. Conciliação. Mediação.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade UNIC
Educacional de Rondonópolis- (FAIESP-UNIC) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: Esta pesquisa apresenta uma análise acerca da Mediação e da Conciliação,
que são formas alternativas utilizadas na resolução de conflitos e que, apesar de não serem
métodos novos, estão presentes no atual Código de Processo Civil, sendo umas das principais
mudanças ocorridas.
PROBLEMA DE PESQUISA: Diante do crescente número de processos que são gerados a
cada dia, é notório o abarrotamento do sistema judiciário brasileiro, pois o Estado não possui
estrutura eficiente e capaz de atender a essa demanda, fator que ocasionou uma crise na esfera
judicial do país. Desta forma, torna-se necessário que sejam possibilitados diferentes meios
que possam auxiliar de maneira célere esse sistema. Mas quais seriam esses meios? Em que
casos e à quais pessoas seriam aplicados?
OBJETIVOS: Este pôster tem como objetivo demonstrar a importância da mediação e da
conciliação como métodos alternativos na resolução de conflitos a fim de aperfeiçoar o
sistema judiciário brasileiro. Com a utilização desses meios, muitos conflitos serão resolvidos
antes mesmo de se tornarem processos judiciais, haja vista que, podem ser utilizados tanto na
fase pré-processual quanto na fase processual visando sempre a consensualidade entre as
partes envolvidas.
MÉTODO: A elaboração deste trabalho está fundamentada no tipo de pesquisa bibliográfica
realizada em diversos autores de correntes doutrinárias majoritárias acerca da Mediação e
Conciliação, decisões do STF, artigos científicos, dados estatísticos, jurisprudências, na
própria legislação que trata do assunto e também páginas da internet, aplicando-se, desta
forma, um método Misto que engloba as funcionalidades do Qualitativo e do quantitativo de
busca.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Resta evidente a importância que a utilização da
mediação e da conciliação ocorre por estarem focalizadas na população como um todo,
buscando além do bem-estar social, uma condição psicológica adequada nas partes envolvidas
no conflito e não vislumbrando apenas o direito ou a justiça. Segundo a juíza Flávia Fragale
(2008), “quando se permite às partes externarem suas emoções e expuserem seus reais
interesses, ou seja, explorarem os aspectos psicológicos do conflito pode-se chegar a soluções
muito mais criativas e satisfatórias do que as alcançadas na sentença”. Além disto, esses
institutos trazem consigo grandes benefícios à sociedade, especialmente àqueles
hipossuficientes e aos que desconhecem as sinuosidades da justiça brasileira a qual vivencia
um cenário de precariedade nos serviços almejados pelo poder público. É notório que o
advento do Novo Código de Processo Civil mais especificamente em seu art. 3º, §§ 2º e 3º, os
meios alternativos para resolução de conflitos são estimulados de maneira intensa inclusive a
mediação na forma extrajudicial, a qual está prevista na Lei nº3.140/15, conhecida como a lei
da mediação. Vale lembrar que a mediação pode ser obrigatória como nos casos de ações de
família, onde há previsão legal como nos casos dispostos nos artigos 694 e 695 do CPC/2015
e ainda que uma das partes não deseje a realização dessa audiência, ela deverá ser realizada.
Pode ser também induzida, pois, apesar de que sua realização seja a regra geral, conforme art.
334 do CPC/2015 ou ainda, a mediação pode ser convencionada entre as partes em contratos
firmados mediante as conhecidas cláusulas de paz, onde prevê e se expressa o desejo pela
realização de audiência de mediação antes do ingresso de um processo judicial. Nestes casos,
não se pode dar início ao litígio sem antes haver a tentativa da autocomposição. Ainda, na
mediação, de acordo com o artigo 165, § 3º do CPC/2015, o mediador atuará em conflitos em
que exista vínculo entre as partes antes da existência do litígio, auxiliando para que,
retomando a comunicação, as partes por si só, compreendam e identifiquem as soluções
consensuais que produzam benefícios aos dois lados, Enquanto que a Conciliação é mais
utilizada nos casos em que as partes não possuam qualquer vínculo anterior, nestes casos, o
conciliador poderá apresentar hipóteses para a solução do conflito, desde que, não exista
intimidação ou qualquer forma de constrangimento que obrigue a conciliação entre as partes
envolvidas como prevê o art. 165, §2º do CPC/2015. Observa-se ainda que a Mediação e a
Conciliação são muito utilizadas em conflitos de acidentes de trânsito, dissolução de
sociedade quando existe conflito na saída de um dos sócios, em casos de pensão alimentícia,
dissolução de união estável onde há partilha de bens, dentre outros litígios.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei nº 13.140 de 26 de junho de 2015. Dispõe sobre a Mediação entre particulares
como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da
administração pública. Brasília/DF, p. 1-10, jun. 2015. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13140.htm>. Acesso em: 03
de maio de 2018.
BRASIL. RESOLUÇÃO n. 125, de 29 de nov. de 2010. Dispõe sobre a Política Judiciária
Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e
dá outras providências. Disponível em: < http://www.cnj.jus.br/busca-atos-
adm?documento=2579>. Acesso em: 02 de maio de 2018.
FÃO, MISAEL CRUZ DE OLIVEIRA. Mediação de Conflitos Como Instrumento do
Poder Judiciário. Disponível em: <https://webartigos.com/artigos/mediacao-de-conflitos-
como-instrumento-do-poder-judiciario/91130>. Acesso em: 03 maio 2018.
FRAGALE, F. Humanizar o conflito é o principal objetivo da conciliação. Revista
Âmbito Jurídico, 2008. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.
com.br/pdfsGerados/noticias/14858.pdf > Acesso em 03 de maio de 2018.
GÓES, PRISCILLA PEREZ. Princípios Informadores da Mediação. 2014. 10 p. Trabalho
de Conclusão de Curso (Mediação e Arbitragem Empresarial)- Câmara de Conciliação,
Mediação e Arbitragem, Brasília/DF, 2014.
A RECUPERAÇÃO JUDICIAL NO BRASIL: ABORDAGENS SINÓTICAS
DIRECIONADAS À DESMISTIFICAÇÃO DO INSTITUTO

Brenda Scatolin Silva (breescatolin@gmail.com)

Instituição
Faculdades Integradas de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI)

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Faculdade Integrada de Rondonópolis- (FAIR-UNIASSELVI) – Rondonópolis-MT.

Linha de Pesquisa
Direito, economia e desenvolvimento econômico sustentável; Economia Política e Direito
Empresarial.

Palavras Chave
Recuperação Judicial; Viabilidade; Crise econômica.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa busca fazer uma análise sinótica acerca do instituto de
Recuperação Judicial, atualmente regido pela Lei n.º 11.101/05, que é alvo de inúmeras
críticas, principalmente vindas de instituições bancárias e até de magistrados especializados.
Todavia, é notória sua importância para o setor empresarial, ocorre que ainda há um grande
tabu em torno de sua aplicação, visto que enxerga-se no instituto uma forma de “calote
legalizado”, ideia essa que não deve ser propalada de forma alguma, vez que é completamente
equivocada. Deste modo, objetiva-se explanar de forma simples a respeito do instituto da
Recuperação Judicial, a fim de possibilitar a desmistificação desta medida jurídica legal,
buscando fazer compreender importância na economia política.
PROBLEMA DE PESQUISA: Porque o instituto da Recuperação Judicial, mecanismo legal
eficaz e idôneo, capaz de viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira de
algumas empresas, promovendo, inclusive, a preservação da empresa, sua função social e o
estímulo à atividade econômica, é socialmente demonificado?
OBJETIVOS: Pretende-se propalar o real objetivo da Lei de Recuperação Judicial,
desmistificando o instituto de forma clara e sinótica, a fim de possibilitar a compreensão deste
mecanismo legal, eficaz e idôneo, posto à disposição das empresas em crise para se
soerguerem e ganhar forças para dar continuidade ao desenvolvimento de suas atividades
empresariais de modo a preservar o interesse público.
A Lei n. º 11.101/05 foi sancionada em 2005, com a finalidade de contribuir no soerguimento
de inúmeras empresas que atravessam uma crise econômico-financeira, tendo como ideia
principal sua reestruturação por meio da renegociação dos débitos. Após treze anos de
vigência da Lei de Recuperação Judicial, ainda é perceptível a dificuldade no que diz respeito
à sua aplicabilidade prática. Para alguns o instituto foi criado para favorecer apenas os
empresários; duras críticas são tecidas em relação ao instituto, principalmente a seus
princípios. A Recuperação Judicial medida jurídica legal, à disposição das empresas em crise
para se soerguerem e ganhar forças para dar continuidade ao desenvolvimento de suas
atividades empresariais de modo a preservar o interesse público. Devido às dificuldades
econômicas brasileiras houve um notável aumento nos pedidos de Recuperação Judicial. O
instituto é excelente, cumpre com o que promete, no entanto, no Brasil há certo tipo de pré-
conceito acerca do tema, pois para credores, colaboradores, fornecedores e clientes, a
Recuperação Judicial é um tipo de mecanismo criado para que empresas fiquem sem cumprir
suas obrigações por um longo período e depois forcem a aceitação um plano recuperacional
escalafobético. Especialistas dizem que os empresários são muito temerários em relação ao
instituto por conta de todo essa visão distorcida. Inclusive, a maioria deles resistem até o
último suspiro, e quando não há mais nenhuma forma eles entram com o pedido, o que pode
ser muitíssimo arriscado, pois se sua atividade não for mais viável, a quebra acabará sendo
decretada. É o que o advogado e Administrador Judicial Rafael Brizola Marques, respondeu
ao ser entrevistado pelo Diário da Manhã em 08 de outubro de 2016:

- Como você avalia o cenário atual da recuperação judicial?


Rafael Brizola Marques - Foi publicado que apenas 2% das recuperações dão certo e
é importante explicar isso. Na verdade, esse dado, que é alarmante, também revela
que o nosso judiciário é muito lento. Muitos processos ainda não terminaram, por
incrível que pareça, apesar dos prazos. E além disso, há um certo preconceito do
sistema financeiro com empresas em processo de recuperação judicial. Mas com
essa crise - que eu diria que é o grande teste de eficiência da lei, nós vamos ver se a
lei funciona quando grandes empresas estão pedindo recuperação judicial, há
também de desmistificar a postura dos credores e dos próprios empresários em pedir
recuperação judicial enquanto a empresa ainda tem tempo de se recuperar.

O maior problema no que se diz respeito ao pedido de Recuperação Judicial, é que muitas
empresas ficam temerárias em utilizar desse recurso, pois há um mito cercando o tema, de que
este é um meio de “dar o calote”, e, assim, acabam sendo mal vistas pela coletividade.
MÉTODO: O presente estudo valeu-se do método dialético, baseados em pesquisa
bibliográfica, documental de leis e referências doutrinária pertinente, com emprego dos
métodos de procedimento empíricos e funcionalista.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Com enfoque na essencialidade do seu entendimento, da
apresentação da lei e da abordagem doutrinária, cheguemos à conclusão de o instituto da
Recuperação Judicial que é algo criado para preservar tão somente o interesse público. O
aumento expressivo de pedidos de recuperação judicial tem como motivo evidente a crise
econômica que assola o país nos últimos anos e que afeta diretamente diversos setores. O
instituto funciona como uma válvula de escape permite às empresas se reestruturarem de
forma saudável, não tendo que optar pela falência, por exemplo. É difícil falar em recuperação
judicial sem pensar em calotes e falta de pagamento de credores, vemos que empresários e
seus advogados vêm tentando de todas as formas fazerem com que essa imagem não exista
mais. Logo, a Recuperação Judicial neste momento de crise generalizada é a única forma de
manter empresas em funcionamento sem que seja necessário o fechamento de postos de
trabalhos e a descontinuação na geração de impostos. Numa análise superficial, nota-se certa
resistência por parte dos credores, inclusive das instituições financeiras, em entender que
quem está passando por esse momento de fragilidade não quer “dar calote”, o instituto não é
um calote legalizado. Por este motivo é de extrema importância entender que o Instituto da
Recuperação Judicial não foi elaborado para eximir o devedor de cumprir suas obrigações,
conforme preconiza a Lei n.º 11.101/05 e a jurisprudência aplicada. Os empresários possuem
uma ferramenta excelente e totalmente legal em mãos, devem utilizá-la da forma correta,
principalmente para aumentar sua credibilidade, permitindo com que todos possam enxerga-lo
como algo que foi criado para o bem da empresa.

REFERÊNCIAS
BEZERRA FILHO, Manoel Justino. Lei de Recuperação de Empresas e Falências: Lei
11.101/05: Comentada Artigo por Artigo. – 9. ed. rev. atual. e ampl. – São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2013.
DIÁRIO DA MANHÃ.Pedidos de Recuperação Judicial Batem Recorde. Disponível em:
<http://www.diariodamanha.com/noticias/ver/23561/Pedidos+de+recupera%C3%A7%C3%B
5es+judiciais+batem+recorde+hist%C3%B3rico>. Acesso em: 30 abr. 2018.

BUSNARDO, Paulo Júnior. Alternativas Legais para a Empresa em Crise. Disponível em:
<http://www.migalhas.com.br/depeso/16,mi84042,51045-
alternativas+legais+para+a+empresa+em+crise>. Acesso em: 30 abr. 2018.

BRASIL. Lei n.º 11.101 de 09 de fevereiro de 2005. 2005. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm>. Acesso em: 30
abr. 2018.

SEGS. Recuperação Judicial: 08 mitos e verdades que rondam o processo. Disponível


em: <http://www.segs.com.br/seguros/62194-recuperacao-judicial-8-mitos-e-verdades-que-
rondam-o-processo.html>. Acesso em: 30 abr. 2018.

SERASA EXPERIAN. Como calcular risco de inadimplência em 2017. Disponível em:


<https://blog.serasaexperian.com.br/como-calcular-risco-de-inadimplencia-no-brasil-
em2017>. Acesso em: 30 abr. 2018.
O FORMOL: DA REALIDADE Á PRÁTICA NO DIREITO

Eliete Aparecida Jorge da Silva; eliete_cabeleireira2011@hotmail.com


Maira Marcia Alves Cavalcante; mairacavalcante41@gmail.com

Instituição:
Projeto de Iniciação Científica, Faculdades Integradas de Rondonópolis – FAIR -
UNIASSELVI
Local:
Rondonópolis - MT
Linha de Pesquisa:
Direitos Humanos e Sustentabilidade
Palavra Chave:
Lei nº 5.991/73; Uso de formol; Falsificação de produtos terapêuticos;

RESUMO
Introdução: O presente trabalho abordará os principais aspectos relacionados à Lei dos
Remédios e a equiparação de cosméticos e saneantes a remédios, analisando de forma crítica a
tipificação da conduta e sua inclusão no rol dos crimes hediondos. O grande número de
ocorrências de falsificação ou adulteração da composição de medicamentos, cosméticos, ou
saneantes demonstra a fragilidade da Vigilância Sanitária e carência governamental diante da
saúde pública, tais práticas afetam de forma tão grave a sociedade que precisaram ser amparadas
pelo Direito Penal, umas das mais graves formas de penalização. É inquestionável e indiscutível
a necessidade de proteger a sociedade do agente falsificador. O medicamento, que sempre deve
corresponder à sua proposta terapêutica, deve chegar ao consumidor final na plenitude dos seus
princípios farmacológicos anunciados, sem que ocorram omissões na informação de seus
princípios ativos e principalmente adulterações. É público e notório que a legislação proíbe o
uso do formol em produtos para uso terapêuticos, e que também existem muitos profissionais
da área de beleza continuam utilizando ele nos procedimentos em seus clientes, sem qualquer
tipo de fiscalização dos órgãos competentes. Desta forma, é salutar demonstrar que devido ao
aumento considerável de produtos ilegais para alisamento capilar contento formol, tornou-se
necessário avaliar os efeitos tóxicos que o formaldeído pode trazer ao profissional cabeleireiro
e ao cliente quando submetidos a escova progressiva em salões de beleza. Mostrando assim
uma alerta a população e medidas preventivas para não utilização do formol, já que pela
ANVISA esse produto com ação alisante é totalmente proibido que seu uso em porcentagem
superior à permitida configure crime. Reconhecendo que o uso indiscriminado de formol é
crime estabelecido na Lei 5.991 de dezembro de 1973, também se buscará esclarecer os
cidadãos que condutas como esta, ao mesmo tempo em que preserva a saúde pública, o Código
Penal artigo 273 configura essa adulteração nos cosméticos capilares como crime hediondo,
devido a potencialidade de causar prejuízo a vida e a saúde. E por fim, orientar que todos os
processos de utilização de formol em tratamentos capilares como, por exemplo, nas tão
conhecidas escovas progressivas, trazem enormes prejuízos à saúde. Problema de Pesquisa:
Devido ao aumento considerável de produtos ilegais para alisamento capilar contento formol,
tornou-se necessário avaliar os efeitos tóxicos que o formaldeído pode trazer ao profissional
cabeleireiro e ao cliente quando submetidos a escova progressiva em salões de beleza. O formol
é uma substância altamente lesiva a saúde está presente em vários produtos de uso diário em
qualquer família moderna inserida em todas as sociedades do mundo, sendo que em alguns
lugares, o nível de contaminação ultrapassa os limites permitidos pela Organização Mundial de
Saúde. O formol vem se mostrando como uma das substâncias químicas responsáveis por uma
grande quantidade de doenças que vai desde as pequenas queimaduras, irritações na pele, e
chegando até a causar algumas espécies de câncer devido a exposição prolongada. Objetivo: É
importante para o entendimento do que se pretende apresentar por meio do tema escolhido para
este projeto, que se façam algumas explanações a princípio, que se mostre a origem e a evolução
histórica do formol, bem como os conceitos básicos e suas aplicações diversas. Todavia, é
imperativo que se diga que por se tratar de um tema recente no mundo jurídico, é escasso de
referencial bibliográfico, sendo localizado na maioria dos casos em sites especializados em
saúde e cosmética. Método: Para cumpri-la com os objetivos aqui estipulados, para a confecção
deste trabalho, fará uso de uma metodologia de pesquisa estritamente bibliográfica, baseada na
análise de diversas portarias do órgão regulador da saúde pública no Brasil, de artigos
científicos, de revistas jurídicas, jurisprudências e doutrinas relacionadas ao tem. Resultados
Alcançados: Diante da numerosidade de casos de falsificação de medicamentos ou produtos
para fins terapêuticos no Brasil, não resta dúvidas que as penas cominadas para esta modalidade
de crime devem ser diferenciadas. A lei nº 9.777 de 1998, chamada de Lei dos Remédios,
proporcionou a atribuição de uma pena mais severa, sendo esta prática adicionada ao rol dos
crimes hediondos. No entanto, cabe salientar que tal lei, quando da sua criação, havia um clima
de alvoroço na sociedade brasileira (ARAÚJO, 2015), motivado pelo caso de falsificação de
um lote de anticoncepcional, causando inúmeros casos de gravidez indesejada, o que ensejou
muitas ações na justiça em desfavor da empresa fabricante. Ficando de forma clara (ARAÚJO,
2015), que a exemplo do caso da atriz Daniela Peres em 1994 e do sequestro do empresário
Abílio Diniz em 1990. O próprio caput do capítulo 5º da Constituição Federal de 1988 fala da
questão da violação do direito à vida, e no inciso XLIII, o maior rigor aplicado aos crimes
considerados como hediondo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vinculada ao
Ministério da Saúde, é responsável pelo controle sanitário de produtos ou serviços que
envolvam medicamentos, alimentos e outros correlatos. No ano de 2009, por meio da
Resolução de nº 36, esta agência determinou uma série de regras a serem seguidos pelas
empresas, profissionais e demais ramos envolvidos na fabricação, transporte e manejo do
formol em produtos farmacêuticos, cosméticos ou para conservação. Observa-se claramente
que, por falta de estrutura, a grande maioria dos procedimentos e proibições elencadas não é
fiscalizada de maneira satisfativa, comprometendo a saúde da população, em especial, aos que
lidam diariamente com produtos cosméticos adulterados, sendo estes, altamente prejudiciais ao
bem-estar por causarem várias doenças de natureza leve ou letais, como o câncer. V.g., o HC
21213621320158260000 SP, julgado pela 16ª Câmara de Direito Criminal do TJSP, concedeu
liberdade provisória em favor de acusado, preso em flagrante por ter comercializado e mantido
em estoque, vários produtos cosméticos com o percentual bem superior ao estipulado pela
ANVISA e, causando lesões corporais em uma vítima! Face ao exposto, fica evidente que
manipular estocar, comercializar e fazer uso de produtos terapêuticos ou cosméticos, sem que
estes tenham a anuência da ANVISA, pode caracterizar crime grave, sendo categorizado como
hediondo e, portanto, punido com o rigor da lei.

Referências:
Portal Brasil, ANVISA proíbe cosméticos com formol em excesso. Disponível em:
http://www.Brasil.gov.br/saude/2016/anvisa-proibe-cosmetico-com-formol-em excesso.
Acessado em 02/11/2016.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil, v. 7. 17. ed.
aum. e atual. São Paulo: Saraiva 2003.
INCA - Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva. Diretrizes para a
vigilância do câncer relacionado ao trabalho - 2012. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/diretrizes_vigilancia_. pTJ-SP, Tribunal de
Justiça de São Paulo. Habeas Corpus: HC 21213621320158260000 SP 2121362-
13.2015.8.26.0000 - Inteiro Teor. Disponível em: <https://tj-
sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/310844825/habeas-corpus-hc-21213621320158260000-sp-
2121362-1320158260000/inteiro-teor-310844856>. Acesso em 05/05/2017. df>. Acessado em
11/04/2017.
O EXCESSO DE JORNADA COM OFENSA AO DIREITO AO LAZER

Mayara Novaes Rossetti1


Ronilda Souza Silva Barbosa2

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Projeto de Iniciação Científica em Direito da Universidade Uniasselvi, Rondonópolis –
MT

Linha de Pesquisa
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA RELAÇÃO LABORAL

Palavras-chave
Excesso, Trabalho, Lazer

RESUMO

Introdução

O presente trabalho apresenta uma breve abordagem sobre o excesso de jornada como
ofensa do direito ao lazer, pois o direito ao lazer é um direito humano fundamental. A
relação laboral é valiosa e primordial a liberdade, assegura os exercícios fundamentais
dos trabalhadores, mesmo referindo à esfera privada, assim atinge-se os trabalhadores
nas suas relações extra-laborais.
Portanto o dieito de pleno emprego e o direito de lazer são chamados de direitos sociais
importantes que atingem sem delongas não só o Estado, cabendo também nas relações
privadas de maneira que vem a nutrir as relações de trabalho sob o enfoque dos direitos
fundamentais. Outrossim, a relação ao direito de lazer sob a ótica de Otávio Amaral
Calvet: “O direito ao lazer insere-se na categoria dos direitos sociais prestacionais, seja
por sua baixa densidade normativa na Constituição Federal, seja porque nas normas
infraconstitucionais e tratados internacionais sua enunciação afigura-se em estilo aberto,
não havendo maior concretização pelo legislador do seu conteúdo, mas apenas o
reconhecimento da preocupação da sociedade com efetivação do referido direito”.

1
Discente de graduação em Direito pela FAIR/UNIASSELVI Rondonópolis email: mayara.rossetti@gmail.com
2Discentede graduação em Direito pela FAIR/UNIASSELVI Rondonópolis email: ronilda_roo@hotmail.com
Problema de Pesquisa
A utilização de trabalho por intermédio de horas extras, labor durante as férias,
feriados e folga, surgem como excessos de jornada exigido do trabalhador se conformar
como um desrespeito ao lazer e integridade. O excesso de jornada prestada pelo
empregado pode apresentar grandes vantagens para o empregador devido a falta de um
número maior de empregados contratados, mas também pode apresentar desvantagens,
na medida em que os empregados diminuem seu rendimento no trabalho em
consequência de sua saúde física, além de que o direito fundamental é
constitucionalmente garantido e não há vantagem alguma das partes envolvidadas na
relação do trabalho.
A Constituição Federal de 1988, em sua promulgação, os direitos constitucionais do
trabalhador no Brasil trouxe em seu dispositivo legal direitos e garantias
constitucionais, como o direito ao Lazer, que vem elencando em seu artigo 6º
juntamente como princípio da dignidade humana e o princípio da liberdade, vem
demonstrando, dessa forma que todos tem o direito ao lazer. Os abusos aos direitos dos
trabalhadores é algo comum no Brasil por parte da classe empregadora. Assim, em
nosso País a fiscalização governamental tornou-se cada vez mais corriqueira.
Flavia da Cruz Santos, (2011), faz relação do direito ao lazer com mínimo fundamental
para uma vida digna.
“Na Assembleia Nacional Constituinte foi entendido como uma simples atividade, e
também, como um fenômeno social e uma ferramenta educacional relevante, como uma
necessidade básica e como um direito fundamental dos cidadãos”.

Objetivos
Este trabalho científico visa mediante ao avanço das leis de proteção ao trabalhador,
demonstrar que as leis de outrora em nada se assemelham as leis que temos hoje,
buscando contribuir e melhorar o direito ao lazer. Assim em 1862 a primeira lei de
proteção ao trabalhador acidentado no exercício da função surge na Inglaterra. Na
França em 1862 com a regulamentação da Segurança e Higiene do Trabalho. Na
Alemanha em 1862 e 1921 nos Estados Unidos. No Brasil em 1919, com a primeira lei
de acidentes do trabalho no Brasil, Decreto Legislativo nº 3724, de 15 de Janeiro. Mais
tarde em 1934, surge a segunda lei de acidentes do trabalho no Brasil, Decreto Lei nº
24637 de 10 de Julho. Em 1943 o governo apresenta à nação brasileira a CLT. A
terceira lei de acidentes do trabalho no Brasil surge em 1944, Decreto Lei nº 7036 de 10
de Novembro. A portaria nº 155 regulamenta a atuação das Comissões Internas de
Prevenção de Acidentes (CIPA), em 1945 no Brasil. A quarta lei de acidentes do
trabalho no Brasil aconteceu em 1967 com o Decreto Lei nº 293 de 28 de Fevereiro,
com curtíssima duração e totalmente revogada pelo Decreto Lei nº 5316 de 14 de
Setembro do referido ano, sendo que a mesma foi a quinta lei de acidentes do trabalho
no Brasil.
No ano de 1976 surge a sexta lei de acidentes do trabalho no Brasil ficando sem
proteção especial contra acidentes do trabalho o empregado doméstico e os presidiários
que exercem trabalho não remunerado. Estas leis pouco referiram ao lazer. No entanto a
forma de garantia e legitimidade do lazer na Magna Carta e na CLT.
O artigo 6º da Constituição Federal expressa que são direitos sociais a educação, a
saúde, o trablaho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social.
Há várias definições de lazer, no entanto a mais adotada pelos estudiosos vem de
Damazedier ( 1973, p. 34).
“O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre
vontade, seja para repousar, seja para divvertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda, para
desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social
voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das
obrigações profissionais, familiares e sociais”.

Referenciais teórico-metodológicos
A utilização da pesquisa bibliografica dedutiva partindo de teorias e leis, respaldada em
livros, pesquisas, sites e artigos, através do método empírico- histórico.

Resultados Alcançados
Verifica-se por conseguinte que o excesso a jornada constitui uma ofensa ao direito
fundamental ao lazer de que considerações e reflexões relevantes que exsurgem sob
uma nova visão e compreensão do direito natural e também a sua normatização no bojo
da Constituição e sua eficácia jurídica.
O direito ao lazer precisa ser garantido em qualquer das esferas, isso tanto na seara
trabalhista quanto em demais setores da sociedade no que se diz a respeito o direito das
crianças e idosos. Assim, quando tolhido o direito acaba por interferir na qualidade de
vida digna do trabalhador, sendo uma afronta a Carta Magna que elencou em seu bojo
Constitucional a garantia desse direito.
Lembrando que o direito ao lazer é algo que está positivado a pessoa que se sentir
lesada e reinvindicá-lo quando estiver lesado e impedido de exercê-lo, pois este goza de
proteção Constitucional. A Revolução Industrial do século XVIII, tranformou todo o
seu contesto no mundo do trabalho, contudo estas transformações só foram possíveis
graças ao aperfeiçoamento, além de readequação das leis trabalhistas, incluindo o
direito ao lazer.

Referências Bibliográficas
CAMPOS, Armando. CIPA, 21ª Edição. Editora SENAC
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. São
Paulo: Saraiva, 2003.
CALVET, Otávio Amaral, Direito ao Lazer nas Relações de Trabalho. São Paulo:
LTR, 2006.
DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e Cultura Popular. São Paulo: Perspectiva, 1973.
ELOY, Marilia Satyro. O excesso de jornada de trabalho como ofensa ao lazer.
Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região João Pessoa. V 17 n.1,p.133-
145, 2010. Disponível em: http://bdjur/dspace/handle/2001/37572
SANTOS, Flávia da Cruz; O lazer é um direito social no Brasil? Disponível em
http://www.unicamp.br/unicamppag9.php
A MEDIAÇÃO, SEUS PRINCÍPIOS INFORMADORES E SUA RELEVÂNCIA NA
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

Autores
Felipe Farias Campos (UNIC-FAIESP).
Edson Matayoshi (UNIC-FAIESP).

Orientadora
Priscilla Perez Góes (UNIC-FAIESP).

Instituição
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto (FAIESP-UNIC).

Linha de Pesquisa
Direito Civil e Processual Civil – Formas Consensuais de resolução de conflitos.

Palavras Chave
Mediação. Voluntariedade. Consensualidade.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação cientifica do curso de graduação em direito da Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas Sobral Pinto (FAIESP-UNIC) – Rondonópolis-MT.

RESUMO:
INTRODUÇÃO: Este estudo busca abordar a relevância da mediação na resolução de
conflitos, dando principal enfoque aos seus princípios informadores, ou seja, suas diretrizes.
A mediação consiste na intervenção de um terceiro estranho à relação conflituosa, o
mediador, que busca direcionar as partes para um consenso sobre o fato em desacordo,
mediante a aceitação das partes à tentativa da composição do conflito. Assim, a mediação
apresenta um condão muito mais subjetivo, de outorgar às partes a possibilidade de tratar um
problema e chegarem juntas a uma solução, facilitando, por conseguinte, até mesmo seu
cumprimento.
PROBLEMA DE PESQUISA: Após a Resolução 125/2010 do CNJ e a entrada em vigor do
novo Código de Processo Civil, a mediação passou a ser vista como uma forma eficaz na
resolução de conflitos? Desde o surgimento dos grupos sociais, estão presentes vários meios
de resolução de conflitos, em razão da necessidade do ser humano viver em sociedade.
Devido a sociedade, como um todo, ao longo do tempo, ter se tornado uma sociedade
litigiosa, os ordenamentos jurídicos brasileiros viram a necessidade de proporcionar aos
litigantes o meio mais adequado para a solução de cada conflito, ou seja, promover a efetiva,
adequada e tempestiva tutela dos direitos, que leva à pacificação social e à consequente
obtenção do acesso à Justiça (acesso à ordem jurídica justa), tendo como objetivo secundário,
mas não menos importante, a contribuição para a solução da crise que enfrenta a Justiça.
OBJETIVOS: Este trabalho científico objetiva entender o procedimento de mediação, dando
enfoque aos seus princípios informadores, para analisar se a mediação é mesmo uma forma
eficaz e relevante de resolução de conflitos. Como a mediação tem importantes diretrizes para
sua escorreita verificação, sua base de sustentação e expansão, ao longo do tempo, tem sido o
reconhecimento dos direitos humanos e da dignidade dos indivíduos, a consciência da
necessidade de participação democrática em todos os níveis sociais e políticos, a crença de
que o indivíduo tem o direito de participar e ter controle das decisões que afetam a própria
vida, “os valores éticos que devem nortear os acordos particulares e, finalmente, a tendência a
uma maior tolerância às diversidades que caracterizam toda cultura no mundo moderno-
contemporâneo”. 1
MÉTODO: O presente estudo, valendo-se do método dialético, baseados em pesquisa
bibliográfica, procura identificar a relevância da mediação na resolução de conflitos,
analisando, para isso, seus princípios informadores.
RESULTADOS ALCANÇADOS: É notório que a sociedade brasileira possui uma
mentalidade positivista de entregar ao Estado-juiz todas as pretensões requeridas, não se
atinando ao benefício das partes e a estagnação vivida pelo Judiciário. O que ocorre,
provavelmente, é a falta de conhecimento pleno da sociedade em relação a possibilidade da
composição da lide por meios autocompositivos de resolução de conflitos, sem que se faça
necessária a imposição do Estado à uma das partes. É preciso que os aplicadores do direito
sejam treinados a deixar de lado o aspecto competitivo que se aprende nas faculdades do país,
para que possam compreender, de uma vez por todas, que o seu papel não é simplesmente o
de vencer a lide, e sim, o de resolver o problema de seu cliente, visando sempre o bem estar
social. Assim, ao analisar os princípios norteadores da mediação, destacam-se como seus
componentes essenciais o princípio da dignidade humana, o poder de decisão das partes (com
liberdade ou autodeterminação)”,2 a informalidade, a participação de terceiro imparcial e a
não-competitividade. Desta forma, acredita-se que a mediação, possivelmente, se contempla
em uma forma eficaz de resolução de conflitos, que traz muitos benefícios as partes que
solucionam o litígio sem a intervenção do Estado-juiz, sendo ambas vencedoras ao final.

1
MENDONÇA, Angela Hara Buonomo. A reinvenção da tradição do uso da mediação. São Paulo: RT, 2004,
p. 145.
2
TARTUCE, Fernanda. Mediação nos conflitos civis. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 210.
REFERÊNCIAS

CACHAPUZ, Rozane da Rocha. Mediação nos conflitos & Direito de Família. Curitiba:
Juruá, 2003.

MENDONÇA, Angela Hara Buonomo. A reinvenção da tradição do uso da mediação. São


Paulo: RT, 2004.

MORAES, Maria Celina Bodin de. O princípio da dignidade humana. In (Coord.). Princípios
do direito civil contemporâneo. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.

TARTUCE, Fernanda. Mediação nos conflitos civis. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
A EUTANASIA E O DIREITO A VIDA
Autor
Gracielle Aparecida ferreira (FAIESP -UNIC)

Instituição
Faculdade de ciências sociais e humanas sobral pinto - (FAIESP-UNIC Educacional)

Linha de Pesquisa: direitos e garantia fundamentais, direito a vida.

Palavras Chave: eutanásia; boa morte; constituição Federal; autonomia da vontade.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Curso de graduação em direito da Faculdade FAIESP-UNIC, Rondonópolis-MT.

INTRODUÇÃO: Este pôster discorrera sobre um tema que a muito já vem sendo discutido,
não é de hoje que a eutanásia vem dividindo opiniões religiosas, éticas ou até políticas. Porém
o foco do trabalho vem a ser as discussões jurídicas a respeito o tema. PROBLEMA DE
PESQUISA: O termo eutanásia traz sua construção semântica dividida em "Eu", que
significa boa e "thanatos", que significa morte. Ou seja, a eutanásia foi criada com o intuito
de ser uma morte tranquila, mais como nosso ordenamento jurídico vê essa pratica? Seria
possível a legalização da eutanásia no brasil? OBJETIVOS A eutanásia tem sua importância
social por ser um tema complexo e sensível que envolve, em sua dubiedade, a sociedade
como um todo, independentemente de sua ligação direta ou indireta com a positivação da
prática. Apesar de eutanásia não ser liberada no brasil, não tem nenhum artigo no código
penal que a tipifique, as decisões tomadas a esse respeito vem sendo reguladas pelo art 121 do
código penal que trata o crime de homicídio quando a morte e praticada por terceiro, ou, se
cometida pelo próprio sujeito é vista como suicídio. A eutanásia ainda pode ser ativa acontece
quando se apela a recursos que podem findar com a vida do doente (injeção letal,
medicamentos em dose excessiva e etc.), passiva, a morte do doente ocorre por falta de
recursos necessários para manutenção das suas funções vitais (falta de água, alimentos,
fármacos ou cuidados médicos) ou ainda a Ortotanásia consiste no ato de parar com
atividades ou tratamentos que prolongam a vida de forma artificial. Isto acontece em casos
que uma pessoa se encontra em coma ou estado vegetativo, não havendo tendência para que
recupere. A também que defenda que a eutanásia ferre o direito à vida, que é um direito
fundamental defendido pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, caput. A quem
defenda esse como o principal de todos os direitos, por ser requisito para todos os outros
direitos.
Contudo ainda a quem defenda a eutanásia se baseando no princípio da dignidade da pessoa
humana (art. 1º, III da Constituição Federal), alegando que o sofrimento demasiado em
virtude de uma enfermidade que não a chances de sobre vida, vem a ferir esse direito. A
também quem defenda a soberania da vontade a Lei Orgânica de Saúde, de nº 8.080/90, que
reconhece a "preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e
moral". MÉTODO: Esta pesquisa foi feita com base no método comparativo, pelo qual se
expõem fatos com intuito de formar um pensamento próprio ao leitor com base em suas
próprias convecções. RESULTADOS ALCANÇADOS: Acredita-se então, que embora
muito se discuta a respeito da eutanásia, esse termo sempre levantará dúvidas quanto a sua
prática. A quem apoia a ideia da eutanásia e elencar seus motivos e ponto de vista. E também
a quem defenda a vida como bem jurídico indisponível, tirando assim a autonomia de escolha
para tal pratica, e, ainda defendendo o dever do estado em zelar por tal bem.

REFERÊNCIAS

GOETTEN, Glenda Frances Moraes . Eutanásia X Direito à vida. 15/03/2002. Disponível em:
<https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/600/Eutanasia-X-Direito-a-vida>. Acesso em:
04 maio 2018.

OLIVEIRA, LILIAN CARLA; JAPAULO, MARIA PAULA. Eutanásia e direito à vida:


limites e possibilidades. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2005-set-
24/eutanasia_direito_vida_limites_possibilidades>. Acesso em: 05 maio 2018.

RAMOS, Luiz de Carvalho. Eutanásia: contra ou a favor?. Disponível em:


<https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2030/Eutanasia-contra-ou-a-favor>. Acesso
em: 04 maio 2018.
Título do Pôster
A CONSTITUCIONALIDADE DA MÍDIA E SEUS EFEITOS JURÍDICOS NO
CAMPO DO DIREITO PENAL

Autor
Daniel Dias Pio (UNIASSELVI)
RAYANNE ALVES PEREIRA (UNIASSELVI)

Linha de Pesquisa
ESFERA PROCESSUAL PENAL, LIMITE CONSTITUCIONAL DA MÍDIA

Palavras-chave
Processo Penal; Direito Constitucional; Limite de Direito.

Local onde está sendo realizada a pesquisa


Programa de iniciação científica da Universidade UNIASSELVI (Pesquisa
Coordenada pelo Professor Leonardo Carvalho e Bruno Torquete)

Resumo:

INTRODUÇÃO: Na era em que vivemos, a mídia é um importante instrumento


informativo, que alcança milhares de pessoas no mundo. Seu papel de informador tem
grande impacto na sociedade, pois detentora do poder da informação, forma opiniões.
De certa maneira, as opiniões formadas por ela no meio social, têm impacto direto no
mundo jurídico. Historicamente, os meios midiáticos vêm crescendo a cada período.
De tempos em tempos pudemos notar este crescimento, ou evolução. O que antes era
por meio de rádio transmissão e alcançava uma pequena parcela de pessoas, hoje se
da por meio de rede sociais, televisivos, dentre outros, alcançando um número
imensurável de pessoas em todo o mundo. No período em que vivemos, sua presença
ou sua atuação é indispensável, pois o ser humano necessita de informação, necessita
saber de tudo o que se passa em sua região, seja com respeito a cultura, política etc.
Portanto, a mídia exerce um papel constitucional de suma importância. No contexto
do Direito, há controvérsias com respeito ao assunto, pois especificamente no Direito
Penal há um excesso na em sua atuação. PROBLEMA DA PESQUISA: Podemos
notar aqui que, não há restrição quanto à expressão de qualquer forma. Porém, até que
ponto esta liberdade midiática é benéfica à sociedade? Até que ponto será benéfica ao
campo do Direito? Será que esta liberdade constitucional não vai de encontro a outros
campos do Direito? Diante de tudo acima exposto, podemos notar que que a mídia no
contexto do Direito pode ser comparada como uma ponte, entre os operadores do
Direito que conhecem a fundo a norma jurídica e seus efeitos no caso em concreto, e a
população leiga, que não detém o mesmo conhecimento, e necessita de alguém que as
interprete por eles. Corriqueiramente em nosso cotidiano, no tocante ao processo
penal, podemos notar repetidos casos de grande repercussão, em que por excesso da
mídia, há drásticos reflexos não só na vida das pessoas que estão na condição de
Réus, como também na vida de seus filhos, cônjuges, pais, ou pessoas próximas.
Notamos que este papel informador pode trazer consequências no mundo jurídico,
uma vez que os sujeitos acima mencionados, não são vistos como pessoas idôneas ou
apenas meros seres humanos que andam conforme a teoria do homem médio, estas,
são colocadas na mesma condição do réu, como se as próprias tivessem praticado a
conduta reprovável à sociedade. OBJETIVOS: O objetivo desta pesquisa é
demonstrar se há ou não momentos em que durante a atuação da mídia, há um resbalo
em outros direitos ou conflito entre princípios, e com isso, buscar um método em que
ambos possam ser colocados em prática sem que haja a interferência de um para com
o outro. MÉTODO: O presente estudo emprega-se do método dialético e
procedimento estruturalista, baseado em pesquisa bibliográfica e jurisprudencial,
tendo como referencial teórico nos princípios de direito e processo penal.
RESULTADOS ALCANÇADOS: Neste diapasão, começamos a notar que há de
forma indireta um choque entre os direitos constitucionais. Começa-se a ter restrições
à liberdade, à comunicação, à educação dentre vários com as pessoas próximas aos
réus. Pode-se notar que há uma controvérsia neste direito que a Constituição Federal
outorga à mídia, pois de maneira repetida, os exemplos trazidos em tela ocorrem.
Muitas vezes o detrimento na vida destas pessoas pode ser taxado como catastróficos,
pois parte de sua liberdade se vai junto com a liberdade de quem se asceta no banco
dos réus. É necessário que haja um despertar da comunidade jurídica a respeito, para
que haja uma análise detalhada do tema e então, busque-se solução que preserve os
direitos Constitucionais tanto da Mídia quanto de quem se assenta no banco dos réus e
seus familiares.

Bibliografia Utilizada

Gonçalves, Antônio Baptista. O Direito e a Mídia No Século XXI. Edição nº01. Quartier
Latin, 2010.

Abdo, Helena. Mídia e Processo. Edição 01ª. Editora Saraiva, 2010.

Gomes, Luís Flávio. De Souza, Débora Almeida. Populismo Penal Midiático - Caso
Mensalão, Mídia Disruptiva e Direito Penal Crítico. Edição 1. Editora Saraiva, 2010.

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