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O tema escolhido foi sobre Sistema Socioeducativo.

A medida socioeducativa é referente aos menores de idade, seus internos,


adolescentes em conflito com a Lei, tem como a finalidade aplicação as medidas
socioeducativas desde o meio aberto ao meio fechado, não possui o objetivo primeiro de
reclusão do indivíduo como caráter punitivo, mas sua sim pela ideia da socioeducação
do adolescente infrator, por meio de execução de políticas e programas pedagógicos
destinados à sua recuperação e retorno ao seio social conforme diretrizes estabelecidas
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei 8.069/90),. E de acordo De
acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) instituído em 1990, os
delitos cometidos por crianças ou adolescentes não são considerados crimes, mas atos
infracionais e sujeitam as crianças às medidas de proteção previstas em lei e os
adolescentes às medidas socioeducativas. Até aos 12 anos de idade incompletos é
encaminhada para o conselho tutelar, a partir dos 12 aos 18 anos de idade é
encaminhado ao Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE),
instituída por meio da Lei nº 12.594/2012, e demais normativas específicas
acompanhantes, o juiz irá decidir o que vai fazer com o adolescente infrator, as medidas
½ aberto é de responsabilidade do estado.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi instituído em 1990, para
substituir os dois Códigos de Menores dos anos de 1927 e 1979), onde somente os
menores em situação irregular (que eram situação de rua, de carência, de famílias
pobres ou de abandono), ou seja não era um código feito para todas as crianças, eram
para essas que o estado entendia como situação irregular e teriam elas ao seu poder
como tutela, sem ter direito a nenhuma defesa. Diferentemente do Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA), que são para todas as crianças e adolescentes sem distinção do
Brasil, que tem direito a defesa, direito ao juiz, direito aos psicólogos, conforme o
art.15º. A criança e o adolescente tem direito a liberdade, ao respeito e à dignidade
como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos,
humanos, sociais garantidos na lei (ECA, 1990).
Em 1993 surge o Departamento Geral de Ações Socioeducativa (DEGASE), que
é um órgão poder Executivo de responsabilidade do Estado, após o Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA), que veio para substituir as outras instituições que eram do
antigo Código de Menores com as ações punições. A partir dos 12 anos como
mencionado anteriormente, tendo feito um ato infracional muito grave podem cumprir
as medidas socioeducativas internados no DEGASE determinado pelo judicial.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), temo as
seguintes medidas socioeducativas separadas a serem cumpridas: O cumprimento no
Centro Referência Especializado Assistência Social (CREAS): Advertência; a obrigação
de reparar o dano feito; a prestação de serviços à comunidade (no máximo de 6 meses);
a liberdade assistida (no mínimo de 6 meses). Lembrando que é de responsabilidade de
cada município. O cumprimento no Departamento Geral de Ações Socioeducativa
(DEGASE): A Inserção em regime semi-liberdade e a internação em estabelecimento
educacional, lembrando que não porem prazo e a reavaliação é a cada 6 meses. Vale
ressaltar que a internação não pode exceder mais de três anos, o adolescente infrator
deverá cumprir até completar os 21 anos de idade. Lembrando que é de
responsabilidade dos Governos Estaduais.

- Relacionar o espaço ao trabalho da Psicologia Jurídica (APS2-2,0);


O trabalho da psicologia dentro das medidas socioeducativas é criar um pensar com
finalidade e com uma implicação, para cada um dos adolescentes do cumprimento da
determinação jurídica, ou seja, o trabalho do psicólogo nesse contexto é produzir uma
reflexão que permita situa-los, formando efeitos e respostas aos adolescentes, onde cada
um deles possa compreende o processo desencadeado pela a pratica do ato infracional.
A grande finalidade da Prestação de Serviço a Comunidade (PSC), é instruir o
adolescente a conviver em uma área organizado pelo o trabalho, fazendo com que o
mesmo explore as possibilidades que um ambiente de trabalho pode oferecer. Com isso
o psicólogo, trabalha juntos com os orientadores para construir as funções
socioeducativa desta áreas, destacando a importância destes locais com os recursos
operacionais de grande importância, mediante a construção, e que não sejam insalubres,
humilhantes ou punitivos.
O dever do psicólogo de Liberdade Assistida (LA), é trazer o adolescente a fala e a
compartilhar suas construções pelos os locais de convivência e resposta. A escuta,
possibilita a uma intervenção singular que acolhe as vivencias e resposta de cada
adolescente, fazendo com que o psicólogo venha intervir de uma forma que pactue com
o Plano Individual de Atendimento (PIA) e suas articulações com ofertas concretas
oriundas das políticas públicas, menos calcadas num saber normatizado,
homogeneizador ou moralizante que serviria para “todos”.
Existe alguns pressupostos que subsidia e serve de aporte as ações e ao manejo técnico
dos psicólogos no trabalho com os adolescentes, dentre eles podemos citar a prática
profissional da(o) psicóloga(o) deverá acontecer em um contexto interdisciplinar, no
qual as relações com os demais profissionais envolvidos no trabalho são de parceria,
socialização e construção de conhecimento e também podemos falar sobre a atuação
da(o) psicóloga(o) não deve se restringir à elaboração de pareceres e relatórios sobre os
adolescentes, devendo contribuir com seu fazer para a garantia do aspecto educacional
da medida.

No que diz a respeito aos desafios para atuação da(o) psicóloga(o) nas medidas
socioeducativas de meio aberto, nos deparamos primeiramente em conhecer a
legislação, entender e compreender que o adolescente infrator que está lá cumprindo
uma medida socioeducadora que é responsabilidade dele o ato de infração que ele
praticou; precisamos pautar a nossa atuação profissional de psicólogos pelo projeto do
programa e pelo nosso saber específico; precisamos entender as questões que abrangem
o adolescente, pois envolvem vários contextos como chegou a intervenção e o contexto
sócio político.
Precisamos entender o contexto das características que insere o programa e a
subjetividade de cada grupo de adolescentes em atendimento. Precisamos também ter o
conhecimento das legislações tanto no âmbito nacional quanto internacional e a qual as
leis elas são referentes para que nós psicólogos possamos atuar de acordo com os
princípios de garantia de direitos, promoção a saúde mental, no qual estão implicados
referente ao ato infracional, com a finalidade de superar a criminalização da pobreza do
local em que está.
Nós psicólogos temos o desafio também de conseguir inserir a família, pois o
adolescente precisa da ajuda, no sentido de apoio, de referência, de orientação seja
membros mais próximos ou até mesmos outras pessoas que sirvam de referência a esse
adolescente. Ainda tem uma tarefa no qual o psicólogo, por ter sua especificidade é
chamado para realizar, que é Plano Individual de Atendimento (PIA), onde estabelece
um plano individual para cada adolescente, sempre considerando a subjetividade de
cada um deles e os psicóloga(os) pode coordenar, participar dessa atividade com
contribuições importantes dada a especificidade de sua formação. É de suma
importância acompanhamento da execução do PIA, para suporte nas dificuldades, até
mesmo na ausência das relações institucionais e nos serviços precários. No modo de
dificuldade da subjetividade de cada um seja nas suas histórias, no rompimento com o
modo de vida em que vivia, na adaptação em novos grupos dentro da instituição.
Um dos desafios mais importante, que precisa ser é que o tempo da escuta, do
nosso acolhimento, em estabelecer vínculos e e conseguir de uma relação de confiança
e aliança com o adolescente, é crucial para que trabalho dos psicólogos sejam
produtivos, e que nem sempre obedece aos prazos legais. Realmente esse é o maior
desafio para a prática dos psicólogos.

Referencias Bibliográfica:
CREPOP - Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) em Programas de
Medidas Socioeducativas em Meio Aberto
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA / CONSELHOS REGIONAIS DE
PSICOLOGIA
Texto base: Erika Piedade da Silva Santos. Desconstruindo a menoridade: a psicologia e
a produção da categoria menor. In: GONÇALVES, Hebe Signorini; BRANDÃO,
Eduardo Ponte (org.). Psicologia jurídica no Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: NAU

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