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1- a) Foucault, em vigiar e punir, fala que a punição foi mudando ao longo do

tempo, saiu da tortura fisiológica (punição no corpo), para vigilância a todo


momento, inclusive fora das prisões, ou seja, o poder disciplinar passa a ter
função de adestrar, para poder ter um controle maior e melhor do indivíduo. E
esse poder disciplinar e separado em 3 dispositivos, que são: vigilância
hierárquica, a sansão normalizadora e o exame. Vou focar em um conceito, dos
3 dispositivos.
A vigilância, não é dada por uma pessoa, mas é dada por nós mesmo, entre nós
mesmo (dada entre si), ou seja, é uma vigilância de nós, com nós mesmo. A
hierarquização da vigilância, acontece quando vamos contra a alguma regra,
sendo sujeitado a obedecer, o que é considerado certo ou errado. Essa vigilância
diz, que todos nós estamos sendo vigiado, e essa própria vigilância produz um
controle, pois agora não é preciso que uma única pessoa que diga, o que é certo
ou errado, nós mesmos vamos apontar esse próprio erro. Exercendo poder
através dessa vigilância, exemplos, construções urbanas de asilos, hospitais,
prisões e escolas. Foucault fala que as arquiteturas construídas, exerce um poder
de domínio no comportamento, produz vigilância para controlar o olhar de todas
as coisas, permite agir sobre aquele que obriga, etc.

b) Foucault contribuiu com suas obras de poder, direito e verdade, e também


com os textos de suas obras vigiar e punir (Vigilância hierárquica, sansão normalizadora
e o exame), onde ele explica cada conceito. Esses conceitos aplicados na psicologia
jurídica, nos ajuda a entender essas ideias de poder, onde esse poder não é possuído
(relação a posse) e sim de exercício do poder (relação a exercer). Foucault diz que nós
somos produto e produtor desse poder, onde ele cita o triangulo de poder, direito e
verdade. Não há poder sem o discurso da verdade e não há poder ser esse edifício de
direito.
Através das obras de Foucault, podemos entender que surgem uma série de práticas da
relação saber-poder e que isso acaba gerando uma referencia do que é um sujeito normal
ou anormal, com isso, a psicologia deve saber legitimar ou naturalizar, os modos de
vida que podemos alertar como inadequado ou até mesmo desviante. Em seu livro vigiar
e punir, Foucault, fala sobre as praticas disciplinares dentro do “corpo social” e para
isso foi preciso criar o conceito de delinquente, desse modo o poder de punir o
criminoso passa das mãos dos juízes para as mãos de outros especialistas, que vão
estruturar um saber mais preciso sobre esse criminoso. Com isso podemos observar um
pouco das grandes contribuições de Foucault para a psicologia jurídica.

2- Lombroso, sustenta uma tese do criminoso nato, ou seja, para ele, o criminoso
carrega desde ao nascer características criminosas que podem ser identificados,
através das pesquisas na qual foi feita, já o Ferri, seguindo a mesma linha teórica
de Lambroso, procurava afirmar não pelo o meio fisiológico (corpo), mas sim no
meio social que está mais sujeito a criminalidade (corpo social). Passando para
atualidade, as comunidades são consideradas como o corpo social, como o
“câncer social”, onde deveria ser eliminado, pois ali habita o delinquente e esse
individuo possui um perfil criminoso que foi imposto pela sociedade, são
indivíduos que possuem uma certa classe social, negras e moradores de
comunidades, esse perfil é o que são mais procurados na hora de fazer uma
busca ou prisão.

APS

3- Em muito dos debates em sala, foi abordado um, texto Psicologia em interface
com a Justiça, que nós trouxemos a problematização de onde se encaixa o
psicólogo dentro do setor judiciário. Essa problematização discute sobre a
especialização da psicologia no setor judiciário, esse aspecto me chamou
atenção, pois ele afirma que o psicólogo trabalha como um especialista, cada
psicólogo trabalha em uma certa área, em uma certa especialização, ou seja, ele
não é visto como um psicólogo de formação ampla e sim como pequenos
fragmentos de certas abordagens dentro da psicologia. Outro aspecto, é o papel
do psicólogo x papel do juiz, cabe ao profissional da área de psicólogo ouvir a
fala do indivíduo e o cabe o papel do juiz dizer se o factual ou não, isso nos faz
entender, cada papel e até onde cabe a nós profissional da área de psicologia.

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