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Secretaria de Estado da Educação

Governador
João Doria

Vice-Governador
Rodrigo Garcia

Secretário da Educação
Rossieli Soares da Silva

Secretária Executiva
Renilda Peres de Lima

Chefe de Gabinete
Henrique Cunha Pimentel Filho

Coordenador da Coordenadoria Pedagógica


Caetano Pansani Siqueira

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação


Nourival Pantano Junior
Plano da Eletiva “Entre o Direito e a Justiça”
Ementa

Título da Eletiva
Entre o Direito e a Justiça
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Carga horária semanal
2 horas/aula
Carga horária total
30 horas/aula
Etapa de ensino
Ensino Médio
Nome completo dos(as) autores(as)
Adonias Calebe de Moraes
Bianca Ferreira Mesquita dos Santos
Descrição da Ementa
A Eletiva tem como finalidade propor reflexões sobre a relação entre o Direito e a Justiça, a partir de
análises teóricas e práticas acerca dos conceitos de moral, ética, leis e do que é ou não justo, incentivando
os(as) estudantes a exercerem a empatia e desenvolverem processos de autocrítica a respeito das
próprias ações e como elas reverberam na coletividade, para que possam participar da vida em sociedade
de uma forma mais consciente e crítica. A Eletiva possibilita a investigação sobre a relação de fatores
externos com as tomadas de decisão e estruturação dos espaços de poder, visando compreender a
organização social como fator que permeia as decisões e os processos de formação de opinião e
julgamento. Ainda, desenvolve habilidades e comportamentos essenciais para a compreensão e
convivência nos espaços sociais, em especial a necessidade de aprender a dialogar no espaço público e
a importância de construir argumentos fundamentados para a defesa de suas posições com autonomia.
Descrição sintética da Eletiva
“Certo ou errado? Justo ou injusto? Legal ou ilegal?” Todos esses questionamentos nos acompanham
e atravessam nossas reflexões sobre o nosso lugar no mundo. Esta Eletiva tem a finalidade de analisar
como as ideias de Justiça e de Direito se relacionam na sociedade e moldam a nossa maneira de agir e
viver. A sociedade está em constante desenvolvimento e quebra de paradigmas, e é essencial que
estejamos preparados para compreendê-los e enfrentá-los. A partir de estudos de casos que marcaram
momentos importantes do Brasil e do mundo, escândalos de corrupção e impasses morais e éticos, busca-
se construir um repertório de conhecimentos que prepare o(a) estudante a encarar ações individuais e
coletivas de maneira crítica, consciente e participativa. Questionar as estruturas de poder e compreender
a formação do Estado é essencial para o(a) estudante se apropriar da sua condição de cidadão e, assim,
pensar em estratégias para transformar o contexto em que está inserido.
Tema
Direito e Justiça

Subtemas
● Eixo 1 - Moral, ética, leis e justiça: Este tópico tem a finalidade de analisar os conceitos de moral,
ética, justiça e lei, visando compreender como eles se manifestam na prática, influenciam e
moldam muitas das decisões do convívio social. Desse modo, busca demonstrar a relação entre
esses quatro elementos desde o conceito até a forma que interagem entre si.

● Eixo 2 - Concepções do direito: Este tópico tem como objetivo o estudo do conceito de Direito,
a partir de correntes clássicas como o jusnaturalismo e juspositivismo. Ainda, busca-se promover
diálogos com os(as) estudantes para que compreendam a aplicabilidade de diferentes
perspectivas de direito e justiça em modelos distintos de sociedade enquanto contratos sociais.

● Eixo 3 - Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade: Este tópico
tem a finalidade de promover estudos sobre avanços e conquistas de direitos para grupos
minoritários, bem como propor diálogos e reflexões acerca da compreensão da justiça social e sua
aplicabilidade, a partir das distinções entre igualdade e equidade. Além disso, apresenta como os
marcadores sociais de diferença se manifestam na sociedade, em um contraste ao perfil
homogêneo nos espaços de poder ante a pluralidade existente na sociedade. Dessa forma,
objetiva-se que os(as) estudantes associem a importância de políticas de inclusão e diversidade
para representação de distintos grupos sociais.

● Eixo 4 - Discussão crítica do "Jeitinho brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis:


Este tópico propõe a realização de debates acerca da noção de “jeitinho brasileiro” - tanto do viés
negativo, quanto positivo -, sua origem, como ele se manifesta no cotidiano, através das pequenas
corrupções do dia a dia e como isso reflete na sociedade e na descredibilidade dos governantes.
Ainda, no decorrer das aulas, pauta-se a importância da democracia no combate à corrupção e a
valorização da participação popular na fiscalização do campo público e político.

● Eixo 5 - Direito administrativo (Princípios da administração pública e corrupção): Este tópico


visa instrumentalizar o(a) estudante para compreender a relação entre os princípios da
administração pública, previstos no artigo 37 da Constituição, com os principais casos de
corrupção noticiados nos meios de comunicação, bem como viabilizar reflexões sobre os impactos
na sociedade.

● Culminância: Como resultado final deste módulo, os(as) estudantes produzirão, em grupos, um
podcast, com cinco episódios que tratem de cada um dos subtemas estudados ao longo do
módulo, de modo que cada grupo fique responsável por um subtema. Para apoiar a produção final
do podcast, em cada aula será feita a proposta final de registro dos principais aprendizados
obtidos. Além disso, para divulgação do projeto com toda a comunidade escolar, sugere-se que
seja feito um evento de lançamento, em que os(as) estudantes terão oportunidade de compartilhar
os seus aprendizados e conversar com outras pessoas sobre os assuntos tratados no podcast.
Por fim, caso não seja possível a produção do podcast, sugere-se que se organize um Feirão de
Conhecimento, em que os(as) estudantes exponham os conhecimentos obtidos durante as aulas
e realizem debates sobre as reflexões realizadas durante o semestre - os debates poderão ser
feitos com a participação da comunidade escolar.

Objetivo geral
Relacionar conceitos de direito, justiça e suas formas de manifestação com os princípios da administração
pública, o “jeitinho brasileiro” e casos de corrupção.
Objetivos específicos
● Discutir como as nossas ações estão interligadas com os conceitos de moral, ética e justiça;
● Interpretar as formas de manifestação do Direito e da Justiça em contextos distintos;
● Desenvolver protagonismo, liderança, trabalhar e fomentar o pensamento crítico e criativo dos(as)
estudantes;
● Desenvolver o repertório cultural e capacidade de se comunicar, acessar e produzir informações
e conhecimentos;
● Aplicar a escrita, por meio da textualização e a coesão, coerência, concordância verbal e nominal;
● Priorizar a escuta ativa e argumentação, por meio de debates e diálogos, em um espaço de
tolerância e respeito;
● Articular os conceitos de democracia, liberdade de expressão, engajamento e participação coletiva
para construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos e todas;
● Apreciar de maneira crítica as informações e notícias apresentadas pela mídia, através de uma
visão ampla e sistêmica das camadas sociais;
● Avaliar dados e fatos para produção de análises e estudos, posicionando-se de maneira coerente
e alinhada com seus argumentos.
● Valorizar o autoconhecimento e autocrítica através de conversas sobre ações e atitudes individuais
e coletivas do cotidiano
Eixos Estruturantes dos Itinerários Formativos
A Eletiva está estruturada, sobretudo, no eixo de Investigação Científica. Além disso, contempla
determinadas habilidades dos eixos Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Habilidades dos Eixos Estruturantes dos Itinerários Formativos
Investigação científica:
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade,
atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para
criar ou propor soluções para problemas diversos.
(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de
enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um
ou mais campos de atuação social e considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de
sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas
e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto
de um ou mais campos de atuação social e utilizando procedimentos e linguagens adequados à
investigação científica.
(EMIFLGG03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória,
de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre português brasileiro, língua(s) e/
ou linguagem(ns) específicas, visando fundamentar reflexões e hipóteses sobre a organização, o
funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas
e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre
outras), identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o
cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o
uso de diferentes mídias.
(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza
histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social,
econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens
adequados à investigação científica.
(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional
e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o
cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o
uso de diferentes mídias.

Processos criativos:
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens,
mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os
interlocutores pretendidos.
(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.

Mediação e Intervenção Sociocultural:


(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com
empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de
conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Objetos do Conhecimento (por unidade letiva)
● Moral, ética, leis e justiça:
● Concepções do direito;
● Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade;
● Discussão crítica do "Jeitinho brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis;
● Direito administrativo (Princípios da administração pública e corrupção)
Metodologia
A Eletiva está pautada no uso de metodologias ativas que objetivam estimular nos(as) estudantes um
maior engajamento e participação nas aulas, visando desenvolver as habilidades necessárias para o
convívio em sociedade e exercício da cidadania. Assim, a Eletiva adota, além de metodologias que
trabalhem o lado reflexivo e crítico dos(as) estudantes, práticas ligadas ao mundo jovem, como jogos,
dinâmicas, desafios, quizzes e estudos de casos instigantes, a fim de desenvolver a capacidade de
identificação e resolução de situações problema de maneira colaborativa. Além disso, busca-se realizar
debates e rodas de conversa com o intuito de desenvolver a argumentação e capacidade de defender os
seus pontos de vista de maneira devidamente embasada, priorizando o trabalho em grupo e respeito às
opiniões diversas.
Produtos
O produto será um podcast, com 5 episódios, ou cartilhas, que tragam informações e reflexões a
respeito dos assuntos abordados em cada um dos subtemas do módulo. O produto será divulgado através
de evento de lançamento, em que cada um dos grupos se posicionem em zonas temáticas e façam
apresentação aos visitantes sobre os assuntos que abordaram em seu podcast ou cartilha, ou outras
formas de divulgação a critério d(a) Professor e dos(as) estudantes, garantindo a divulgação do projeto
para toda comunidade escolar e a troca de ideias entre os(as) estudantes e os(as) visitantes.
Processos avaliativos
As avaliações serão essencialmente processuais, não excluindo a possibilidade de fazer avaliações
diagnósticas na apresentação dos temas, por meio de técnicas de brainstorming e diálogos, a fim de
sondar os conhecimentos prévios dos(as) estudantes. A avaliação final da Eletiva observará a aplicação
dos conhecimentos adquiridos no decorrer das aulas e a capacidade de dialogar os conceitos estudados
com a realidade na qual o(a) estudante está inserido. Será avaliada a capacidade de trabalhar
colaborativamente e atender ao que for proposto em sala de aula.
Referências bibliográficas
Metodologia:

BACICH, Lilian; MORAN, José (orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. e-PUB;

BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello (org.). Ensino Híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015;

CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar
o aprendizado ativo [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. e-PUB;

LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª ed. Porto Alegre:
Penso, 2018.

COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto Alegre: Penso,
2017.

Moral, ética, leis e justiça:

FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, dominação, 4ª
ed., São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 7; p. 356-358.

REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.

SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [trad. de Heloísa Matias e Maria Alice Máximo].
6ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012

Concepções do Direito:

NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. Cap. 37, 38 e
39; p. 373 - 389.

POLITIZE!. Direitos humanos: conheça as três gerações! 2017. Disponível em:


https://www.politize.com.br/tres-geracoes-dos-direitos-humanos/. Acesso em: 25 out. 2020.

Conquistas dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade:

AZEVEDO, Mário Luiz Neves de. Igualdade e equidade: qual é a medida da justiça social?. Avaliação
(Campinas), Sorocaba. V. 18, n. 1, p. 129-150, Mar. 2013. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-40772013000100008&lng=en&nrm=iso>.
acesso em 25 Oct. 2020.

POLITIZE!. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam? 2020. Disponível em:
https://www.politize.com.br/igualdade-equidade-e-justica-social/. Acesso em: 25 out. 2020.

Discussão crítica do “Jeitinho brasileiro”, cultura de conformidade ou não às leis:

BARROSO, Luís Roberto. Ética e jeitinho brasileiro: por que a gente é assim? Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/dl/palestra-barroso-jeitinho-brasileiro.pdf>. Acesso em 25 de outubro de 2020.

CONVERSA SOBRE POLÍTICA: Jeitinho Brasileiro. Entrevistadora: Verônica Lima. Entrevistado: Paulo
Vinicius Quintela. Rádio Câmara. Podcast. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/radio/programas/396170-jeitinho-brasileiro?pagina=16. Acesso em: 25 out.
2020.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.

POLITIZE!. Jeitinho brasileiro: da criatividade a corrupção. 2017. Disponível em:


https://www.politize.com.br/jeitinho-brasileiro/. Acesso em: 25 out. 2020.

Direito administrativo (Princípios da administração pública e corrupção)

POLITIZE!. Leis contra corrupção não faltam. Veja 10 exemplos. 2016. Disponível em:
https://www.politize.com.br/leis-contra-corrupcao-10-exemplos/. Acesso em: 25 out. 2020.

POLITIZE!. Conheça os 5 princípios da Administração Pública! 2017. Disponível em:


https://www.politize.com.br/principios-administracao-publica/. Acesso em: 25 out. 2020.

INTERNATIONAL MONETARY FUND. O combate à corrupção no governo. Disponível em:


https://www.imf.org/pt/News/Articles/2019/04/04/blog-fm-ch2-tackling-corruption-in-government. Acesso
em: 25 out. 2020.

CORTEZ, Luís Francisco Aguilar. O combate à corrupção e o Direito Administrativo. Cadernos


Jurídicos - Escola Paulista da Magistratura, São Paulo, v. 1, n. 47, p. 165-174, jan. 2019. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_pro
dutos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/Cad-Juridicos_n.47.pdf. Acesso em: 25 out. 2020.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Combate à Corrupção. Disponível em:


http://combateacorrupcao.mpf.mp.br/. Acesso em: 25 out. 2020.
Introdução da Eletiva “Entre o Direito e a Justiça”

Prezado(a) Professor(a),

Esta Eletiva foi construída com a finalidade de propor reflexões sobre como as ideias de Justiça e
de Direito se relacionam na sociedade e moldam a nossa maneira de agir e viver, com a construção de
um repertório basilar e necessário para a compreensão dos fenômenos das esferas políticas, sociais e
jurídicas. Espera-se que os(as) estudantes desenvolvam, ao longo do módulo, uma visão crítica e
sistêmica de toda estrutura que atravessa a convivência coletiva.

A Eletiva foi estruturada com carga horária total de 30 horas/aula, na área de conhecimento de
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a partir de cinco grandes subtemas, de modo que cada um deles
tenha como foco um aspecto específico da relação entre o Direito e a Justiça, o que culminará na produção
de um podcast ou de cartilhas pelos(as) estudantes, a serem apresentados à comunidade escolar em um
evento final de lançamento.

No primeiro desses subtópicos, aborda-se os conceitos de moral, ética, justiça e lei, visando
compreender como eles se manifestam na prática, influenciam e moldam muitas das decisões do convívio
social. Desse modo, busca-se demonstrar a relação entre esses quatro elementos, desde o conceito até
a forma que interagem entre si.

Em sequência, o segundo subtópico tem a finalidade de analisar o conceito de Direito, a partir de


correntes clássicas como o jusnaturalismo e juspositivismo. Ainda, promove diálogos com os(as)
estudantes para que compreendam a aplicabilidade de diferentes perspectivas de direito e justiça em
modelos distintos de sociedade enquanto contratos sociais.

O terceiro subtópico tem como objetivo o estudo dos avanços e conquistas de direitos para grupos
minoritários, bem como propor diálogos e reflexões acerca da compreensão de justiça social e sua
aplicabilidade, a partir das distinções entre igualdade e equidade. Além disso, apresenta como os
marcadores sociais de diferença se manifestam na sociedade, em um contraste ao perfil homogêneo nos
espaços de poder ante a pluralidade existente na sociedade. Dessa forma, objetiva-se que os(as)
estudantes associem a importância de políticas de inclusão e diversidade para representação de distintos
grupos sociais.

Por sua vez, o quarto subtópico propõe a realização de debates acerca da noção de “jeitinho
brasileiro” - tanto do viés negativo, quanto positivo -, sua origem, como ele se manifesta no cotidiano,
através das pequenas corrupções do dia a dia, e como isso reflete na sociedade e na descredibilidade
dos governantes. Ainda, no decorrer das aulas, pauta-se a importância da democracia no combate à
corrupção e a valorização da participação popular na fiscalização do campo público e político.

Por fim, o último subtópico visa instrumentalizar o(a) estudante para compreender a relação entre
os princípios da administração pública, previstos no artigo 37 da Constituição Federal, com os principais
casos de corrupção noticiados nos meios de comunicação, bem como viabilizar reflexões sobre os
impactos na sociedade.

Ao final de cada aula do módulo, será proposta uma atividade para sintetizar os aprendizados
adquiridos em sala e apoiar a construção da culminância - o podcast ou a cartilha. Após o estudo de cada
um dos tópicos elencados acima, será destinado um tempo para conduzir os(as) estudantes nessa
construção e organizar a divulgação do produto final.
Cumpre destacar que a Eletiva está estruturada, sobretudo, no eixo de Investigação Científica,
contemplando determinadas habilidades dos eixos de Processos Criativos e Mediação e Intervenção
Sociocultural. Ainda, adota metodologias ativas que trabalham o lado reflexivo e crítico dos(as)
estudantes, trazendo propostas como jogos, dinâmicas, desafios, quizzes e estudos de casos instigantes,
a fim de desenvolver a capacidade de identificação e resolução de situações problema de maneira
colaborativa. Além disso, propõe a realização de debates e rodas de conversa com o intuito de
desenvolver a argumentação e capacidade de defender os seus pontos de vista de maneira devidamente
embasada, priorizando o trabalho em grupo e respeito às opiniões diversas.

Toda a construção metodológica do presente módulo objetiva estimular nos(as) estudantes um


maior engajamento e participação nas aulas, visando o alcance de habilidades necessárias para o
convívio em sociedade e exercício da cidadania. Assim, espera-se proporcionar o enriquecimento do
repertório cultural e desenvolvimento da capacidade de comunicação, acesso e produção de informações
e conhecimentos, com respeito e tolerância, de modo que sejam capazes de estruturar estratégias para
transformar o contexto em que estão inseridos.

Em linhas gerais, a proposta é desenvolver protagonismo, liderança, trabalho colaborativo e


pensamento crítico e criativo, propiciando maneiras de articulação dos conceitos de democracia, justiça,
engajamento e participação coletiva para construção de uma sociedade mais solidária e igualitária para
todos e todas.

Ao final, este caderno da eletiva apresenta orientações didáticas para o ensino remoto, munindo
o(a) Professor(a) de dicas e ferramentas para incorporar às aulas. Depois, segue-se com 6 aulas
adaptadas para o ensino remoto (extraídas das 15 totais do caderno presencial). O objetivo foi selecionar
aulas que desenvolvem a espinha dorsal cognitiva da Eletiva, partindo do pressuposto de que as aulas
de forma remota, geralmente, têm menos tempo para serem aplicadas. Portanto, acredita-se que as 6
aulas adaptadas conseguem manter a proposta pedagógica da jornada da Eletiva e cumprir
adequadamente com seu objetivo geral.

Sumário de Aulas Presenciais

Eixo 01: Moral, ética, leis e justiça

● Aula 01 - Tema: Moral e ética.


● Aula 02 - Tema: Leis e Justiça.

Eixo 02: Concepções do Direito

● Aula 03 - Tema: Sociedade, Estado e Direito em perspectiva.


● Aula 04 - Tema: Justiça e Direito em perspectiva.

Eixo 03: Conquista de direitos e a ideia de justiça e equidade

● Aula 05 - Tema: Processos de conquista de direitos e garantias.


● Aula 06 - Tema: Diferença entre Igualdade e Equidade.
● Aula 07 - Tema: Hegemonia nos espaços de tomada de decisão.

Eixo 04: “Jeitinho brasileiro” e cultura de conformidade ou não às leis

● Aula 08 - Tema: Diferentes formas de corrupção.


● Aula 09 - Tema: Sociedade, Estado e Corrupção.

Eixo 05: Princípios da administração pública e corrupção

● Aula 10 - Tema: Finalidade do Direito Administrativo.


● Aula 11 - Tema: Princípios da administração pública.
● Aula 12 - Tema: Corrupção e princípios da administração pública.

Culminância:

● Aula 13: Estrutura composicional do podcast ou da cartilha e roteiro.


● Estrutura composicional do podcast ou da cartilha e roteiro
● Aula 14: Elaboração do podcast ou da cartilha.
● Aula 15: Divulgação e encerramento.

Planos de Aula Presenciais

Aula 1
Tema Moral e ética
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHSA01; EMIFCHSA02; EMIFCG07.
Objetivos
● Identificar, de uma forma geral, o conceito de moral e de ética.
● Reconhecer formas de manifestação dos conceitos de moral e de ética no cotidiano.
● Listar presunções a respeito das concepções de direitos, justiça e corrupção.
Perguntas Essenciais
● É possível viver harmonicamente em sociedade sem ajustar regras para a convivência?
● O ajuste de regras e costumes é suficiente para que haja convivência harmônica entre as
pessoas?
● Como definir quem será responsável pelos ajustes de regras e costumes?
● De que forma a ética e a moral influencia as nossas tomadas de decisão (individuais e
coletivas)?
Compreensões Duradouras
● Reconhecer que o julgamento a respeito de determinadas posturas pode variar de acordo com as
circunstâncias envolvidas ou a perspectiva de quem faz o julgamento.
● Associar que a ética diz respeito a um conjunto de valores e princípios, que norteiam o
comportamento humano, e que, portanto, está ligada à noção de certo e errado, justo ou injusto.
● Compreender que a moral tem fundamento nos costumes e hábitos de uma sociedade e refletem
a construção social a respeito das ações e condutas que se considera adequada ou não.
● Identificar que o sujeito ético é aquele que vive em plena consonância com sua cultura, com seus
objetivos e com os outros.
● Reconhecer que a moral é construída a partir da coletividade e que todos(as) devem procurar agir
de acordo com essa moral e de forma ética, para que possam ter uma convivência equilibrada.
● Analisar que tanto a ética quanto a moral são responsáveis por guiar a conduta do ser humano e
apoiam a convivência em sociedade.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; caderno, caneta, lápis, borracha e, caso seja possível e
preferível, projetor multimídia (para compartilhar textos com estudantes.)

Passo-a-passo:
1) Introdução: (20 min.)
Como se trata da aula introdutória do módulo, dedique o momento inicial da aula à uma breve
explanação sobre o que será trabalhado nesta disciplina “Entre o Direito e a Justiça”, destacando que:
Esta Eletiva tem como proposta promover reflexões sobre a relação entre o Direito e a
Justiça. Vamos refletir sobre os conceitos de moral, ética, leis e do que é ou não justo
e pensar, de forma mais aprofundada, sobre o exercício da empatia, repensar as
nossas próprias ações e sobre como elas reverberam na coletividade. Em resumo,
vamos refletir sobre a vida em sociedade, adquirindo consciência e criticidade a
respeito das questões que enfrentamos.

Nesse momento, é importante que fique claro para os(as) estudantes quais são os objetivos
principais da Eletiva, bem como a relevância dos temas que serão trabalhados, destacando-se que a
proposta é a de que eles(as) terminem o módulo com entendimento acerca de algumas concepções do
direito que os(as) apoiem a atuar no mundo de maneira mais consciente e crítica.
Conte à turma sobre a proposta para a culminância, prevista para ser implementada até o final do
módulo, em que serão produzidos podcasts ou cartilhas, com a exposição dos aprendizados obtidos ao
longo da Eletiva. Sugira também que seja feito um evento de lançamento do podcast ou da cartilha, para
divulgação para a comunidade escolar e realização de trocas de informações, conversas, com os(as)
visitantes.
Explique, então, que o gênero podcast é um texto oral, publicado virtualmente, em plataformas
digitais e funciona como se fosse uma espécie programa em áudio, organizado em diversos episódios,
podendo abordar diversos assuntos e atingir públicos bastante variados. Conte que existem várias
plataformas de compartilhamento de podcasts - são os chamados agregadores de podcasts, sendo que
alguns são gratuitos, alguns são pagos e alguns oferecem uma versão gratuita e outra versão paga. São
exemplos: Spotify; Deezer; Castbox; SoundCloud; Google Podcasts; Spreaker.
É um gênero midiático que pode ser produzido com certa facilidade, já que não exige,
necessariamente, autorização prévia ou pagamento de licenças, além de depender de poucos recursos
tecnológicos para fazer a gravação do áudio - um celular, por exemplo, pode ser suficiente.
Esclareça que os podcasts podem conter entrevistas, podem ser feitos por uma pessoa só,
trazendo reflexões, podem ter o formato de contação de histórias, ou mesmo ser um bate-papo entre
algumas pessoas.
Avise aos(às) estudantes que ao longo da Eletiva irão ouvir alguns podcasts e outros serão
sugeridos, para que eles se familiarizem com o gênero. Para exemplificar sugira s que, caso seja possível,
eles(as) ouçam o episódio “Voto nulo pode anular uma eleição. Mito ou verdade?”, do podcast “Educação
Política - de Politize!”, disponível nas plataformas Spotify e Spreaker e pesquisem outros exemplos de
podcasts que tratem de assuntos que são do interesse deles.
Caso a turma opte pela produção de cartilha, seja em razão da disponibilidade de recursos
tecnológicos, seja em razão da preferência, esclareça que a cartilha é um texto escrito, impresso e
distribuído para as pessoas com a finalidade de informá-las ou de conscientizá-las acerca de algum
assunto. As cartilhas também podem ser digitais e compartilhadas no meio virtual.
Para exemplificar e tornar a explanação mais clara, mostre aos(às) estudantes parte da cartilha
(até a página 04) disponibilizada pela SaferNet, sobre segurança digital (Anexo I). Explique que se trata
de uma cartilha elaborada para informar as pessoas sobre os riscos que envolvem o uso da internet e
medidas que podem ser tomadas para que esse uso seja feito de forma mais segura. Enquanto explica,
disponibilize a cartilha a um(a) estudante e peça que passe para o(a) colega que está ao seu lado, de
modo que a cartilha seja visualizada por toda a turma.

2) Atividade diagnóstica: (10 min.)


Apresente aos(às) estudantes a proposta de atividade em que deverão preencher um roteiro de
perguntas (Anexo II) relativas aos assuntos que serão vistos ao longo do módulo. Ressalte que as
questões devem ser respondidas de acordo com as convicções que possuem, naquele momento, sem se
preocuparem com o certo ou errado. Por fim, esclareça que, nos últimos dias de aula deste módulo, a
atividade será devolvida a eles(as), para que analisem as respostas que deram e avaliem se passaram
por mudanças de compreensões, ao longo do percurso.

3) Exposição dialogada: (10 min.)


Pergunte aos(às) estudantes, com a finalidade de atrair sua atenção e engajar a discussão oral,
“Com quais tipos de regras precisamos conviver, no nosso cotidiano? Qual é a relação entre ética, moral
e regras?” Registre na lousa tanto as perguntas, quanto as respostas apresentadas pela turma.
Questione, então, se entendem a moral e a ética como sinônimos ou como conceitos distintos,
ainda coletando as respostas e deixando claro, em seus registros, aquelas respostas que evidenciam
divergências de opiniões ou contrariedades.
Por fim, esclareça que tanto a ética, quanto a moral interferem na maneira como se estabelecem
as convivências em sociedade e, portanto, esbarram na forma como se dá o comportamento humano. No
entanto, enquanto a ética está vinculada aos comportamentos individuais - ou os comportamentos de
grupos de pessoas específicos, como os de determinadas profissões, que seguem um código de ética -
considerados “certos e errados”, “justos ou injustos” dentro de uma coletividade, a moral está atrelada aos
valores de uma sociedade como um todo, construídos a partir de hábitos, costumes e conjunto de crenças,
de acordo com a cultura de um povo ou com o contexto em que a situação se dá.
Importante pontuar que a análise moral pode oscilar bastante, já que varia de acordo com o ponto
de vista que se elege para realizar o julgamento. A análise pela ótica da ética, porém, tende a ser mais
rígida, pois parte de pressupostos mais permanentes.

4) Ética e moral na prática: (25 min.)


Explique aos(às) estudantes que eles(as) receberão um cartão (Anexo III) com a descrição de
situações com as quais provavelmente já se depararam, em algum momento da vida, e com algumas
perguntas, que deverão responder no caderno. As perguntas os(as) levarão a fazer a análise das
situações, sob o ponto de vista da moral e da ética. Oriente-os(as), portanto, para que leiam o texto antes
de iniciar a atividade. Caso os(as) estudantes tenham dificuldade em compreender o texto, considere a
leitura em voz alta com comentários pertinentes ao conteúdo disponibilizado.
Estabeleça um combinado com os(as) estudantes de que procurem sempre manter uma postura
aberta ao diálogo durante a realização da atividade. Este, assim como outros momentos ao longo da
disciplina, será um momento em que o debate estará presente e é muito importante que haja escuta ativa,
ou seja, atenta e respeitosa, para que todos(as) se sintam seguros(as) para apresentarem os seus
posicionamentos. Isso irá enriquecer as discussões, pois permitirá que ideias variadas apareçam.
Por fim, organize a turma em grupos de quatro a cinco estudantes, sendo que cada um dos
componentes do grupo exercerá uma função específica (mediador(a): mediar a conversa e estimular que
todos(as) participem e que estejam compreendendo os comandos da atividade, além de levar as eventuais
dúvidas do grupo ao(à) Professor(a) - nesse caso, deverá levantar a mão em silêncio e aguardar que o(a)
Professor(a) venha até o grupo; relator(a): coletar e registrar as respostas construídas pelo grupo;
orador(a): apresentar a produção do grupo para o restante da turma; cuco: controlar o tempo da atividade
e garantir que todos estejam se sentindo confortáveis e engajados), além de participar de todas as
discussões e construções necessárias para a realização da atividade, como um todo.
5) Socialização: (20 min.)
Após o fim do tempo destinado à realização da atividade, solicite que o(a) orador(a) de cada grupo
compartilhe com a turma, em aproximadamente 3 minutos, o caso analisado pelo grupo, as respostas que
deram às perguntas e as análises que fizeram para chegar a essas respostas.

6) Arremate: (5 min.)
Ao final das apresentações, peça que os(as) estudantes reflitam sobre, pelo menos, dois
aprendizados que tiveram com a aula e registrem esses aprendizados em seus cadernos. Esclareça que
esses registros feitos durante e ao final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a
construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha. Para garantir que todos(as), realmente,
façam esses registros, avise-os(as), antes de começarem a atividade, que irá sortear três pessoas para
analisar os registros que fizeram em seus cadernos. Enquanto realizam o registro, circule entre as
cadeiras para acompanhar o trabalho dos(as) estudantes.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Exposição dialogada: participação e exposição de ideias de maneira clara. Os(As) estudantes
demonstram conseguir aproveitar das suas próprias vivências para elaborar hipóteses a respeito
de conceitos supostamente novos.
● Ética e moral na prática: os(as) estudantes, durante as discussões nos grupos, foram capazes
de manter postura flexível, articular bem as suas ideias e contribuir para organizar os
posicionamentos apresentados e, assim, construir as conclusões do grupo.
● Compartilhamento das respostas e análises: os(as) estudantes mobilizam os seus
conhecimentos acerca de moral e de ética e, de acordo com as circunstâncias, apontam como eles
se aplicam às situações práticas.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I: Diálogo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf (safernet.org.br)
● Anexo II: Atividade introdutória - diagnose de compreensões acerca da proposta da ementa.
● Anexo III: Ética e moral na prática - cartões a serem distribuídos aos grupos

Para saber mais


● Ética e Moral
● Vídeo: Ética e Moral.
● RESUMÃO DE FILOSOFIA: Moral, ética, livre-arbítrio.
● Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula
Referencial Teórico:
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in schools.
Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto Alegre:
Penso, 2017.
● FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão,
dominação, 4ª ed., São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 7; p. 356-358.

Aula 2
Tema Leis e Justiça

Tempo estimado 90 min (2 aulas de 45 minutos cada)


Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFCHSA01.
Objetivos
● Compreender os conceitos de Lei e Justiça;
● Analisar como os conceitos de legal e justo se manifestam em diferentes contextos;
● Reconhecer a ideia de justiça como importante fundamento da organização social.
● Avaliar a maneira com que as ideias de Lei e Justiça guiam as decisões e o convívio em sociedade.
Perguntas Essenciais
● Qual a compreensão de Justiça e quais são as suas principais formas de manifestação?
● Qual a importância das leis para manutenção da organização social?
Compreensões Duradouras
● Compreender que a Justiça tem um conceito amplo e possui diversas formas de manifestação,
pelo qual a análise se algo é ou não justo demanda um processo de reflexão e entendimento do
contexto.
● Compreender que as leis fazem parte do cotidiano, tendo em conta que são responsáveis por
manter a organização social, estabelecer deveres e garantir direitos;
● Compreender como identificar as posições que exprimem a ideia de justiça para resolução de
dilemas complexos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Pincel, lousa, caderno, materiais impressos, folhas de sulfite A4 ou cartolinas e canetas coloridas
e dicionários.

Passo-a-passo:
1) Introdução: (5 min.)
Inicie a aula retomando os conceitos de moral e ética, questionando os(as) estudantes sobre o
enquadramento moral e ético do ato de furar fila. Após responderem verbalmente a pergunta anterior,
registre na lousa a seguinte pergunta: “Furar a fila é ilegal? E é injusto?”. Em sequência, selecione 3
estudantes para compartilharem suas reflexões com o restante da turma.

2) Entre estações: O que é Justiça? (25 min.)


A dinâmica está pautada na metodologia de Rotação por Estações de Aprendizagem, a qual
consiste em criar um esquema de circuito no espaço da sala de aula para que pequenos grupos de
estudantes façam um rodízio entre esses pontos, refletindo sobre questões distintas em cada estação.
Para tanto, organize quatro estações separadas e deixe um caso impresso (Anexo I), canetas e
uma folha A4 ou cartolina para que os(as) estudantes registrem suas respostas.
Divida os(as) estudantes em quatro grupos e oriente que eles(as) deleguem, entre si, as seguintes
funções: mediador(a): encarregado por mediar a conversa e estimular que todos participem e que estejam
compreendendo os comandos da atividade; relator(a): responsável pelo registro das respostas; orador(a):
apresenta a produção do grupo para o restante da turma; cuco: controla o tempo da atividade;
harmonizador(a): garante que todos estejam participando ativamente da discussão e de maneira
confortável.
Abaixo, está o problema geral que deverá constar na lousa para que, a partir dele, os(as)
estudantes compreendam as situações destacadas nas estações. Importante mencionar que essas
situações foram, em parte, baseadas na obra “Justiça: o que é fazer a coisa certa”, do autor Michael
Sandel.
Problema geral: Suponha que você seja o(a) motorista de um bonde desgovernado
avançando sobre os trilhos a quase 100 quilômetros por hora. Adiante, você vê cinco
operários em pé nos trilhos, com as ferramentas nas mãos. Você tenta parar, mas não
consegue. Os freios não funcionam. Você se desespera porque sabe que, se atropelar
esses cinco operários, todos eles morrerão.

Oriente que os(as) estudantes leiam o caso exposto em cada estação com calma e respondam a
pergunta em destaque na cartolina ou folha A4. A cada 5 minutos solicite que os grupos troquem de
estação até que todas sejam contempladas.

3) Exposição dialogada: (25 min.)


Agora é o momento de avaliar o resultado da atividade, em que os(as) oradores(as) dos grupos
compartilharão as conclusões dos debates realizados durante os ciclos, com base nos registros da folha
ou cartolina. Incentive a discussão a partir de perguntas como "Qual foi a decisão mais difícil?", “foi uma
decisão unânime do grupo?”, “o grupo acredita que tomou as decisões mais justas? Por quê?” “Vocês
acham que a lei influencia na resolução desse caso?”.
Após essas reflexões, o(a) Professor(a) poderá relembrar que Lei é uma regra jurídica,
estabelecida por uma autoridade constituída, o legislador, com o intuito de prescrever a natureza e as
condições de existência de um Estado ou forma de governo.
Considerando a ideia que todos os(as) cidadãos(ãs) devem respeitar a lei, os(as) estudantes são
incentivados a pontuarem quais leis conhecem. Medie a tempestade de ideias para possibilitar que
compreendam que as leis garantem direito e deveres, desde o direito à educação, prevista na Constituição
Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), até a punição estatal pelo cometimento de um crime por intermédio do Código Penal, por exemplo.
Além disso, aproveite esse momento para abordar quem são os(as) responsáveis pela construção das
leis no país, explicando que podem ser elaboradas em nível federal, estadual e municipal, dependendo
da matéria e do alcance.
Em sequência, apresente a definição de justiça e as diferentes formas de manifestação, como a
divisão feita por Aristóteles em justiça geral e particular e a maneira com que essa última pode se dividir
em distributiva e comutativa. Inclusive, no Para Saber Mais, existe um pequeno artigo sobre essa temática.
Assim, é possível tratar desde a ideia de Ulpiano, baseado em Platão e Aristóteles, que afirma: “Justiça é
a constante e firme vontade de dar a cada um o que é seu” até a concepção moderna de justiça social
que traz uma ideia de igualdade proporcional e que observa a necessidade de uns e a capacidade de
contribuir de outros.

4) Leitua compartilhada (15 min.)


O(a) Professor(a) promoverá uma leitura compartilhada do fragmento da obra “A República” de
Platão, especificamente sobre a história do anel de Giges, conforme consta no Anexo II. Considerando a
existência de algumas palavras incomuns no cotidiano, o(a) Professor(a) poderá explorar o momento da
leitura para refletir o significado das palavras que os(as) estudantes não demonstrarem familiaridade,
tendo como apoio o quadro de definições ao final do texto. Após a leitura, questione o que os(as)
estudantes compreenderam da história e os instigue a refletir sobre o que fariam se encontrassem o
mesmo anel que Giges achou.

5) Arremate: (10 min.)


Após a leitura, os(as) estudantes deverão responder às seguintes perguntas:

❖ O texto traz a possibilidade de duas pessoas, uma justa e uma injusta, terem acesso a essa
relíquia. Como você acha que elas agiriam diante do poder decorrente do uso do anel?
❖ Qual o sentido da afirmação que “ninguém é justo por vontade própria, mas por obrigação”?
❖ Qual o papel que a lei desempenha para garantir que a justiça seja alcançada?

Após registrarem no caderno, convide e/ou selecione alguns(mas) estudantes para que
compartilhem suas reflexões.

6) Divisão da turma em grupos temáticos para a Culminância (10 min.)


Esclareça aos(as) estudantes que serão produzidos 5 episódios de podcast (ou 5 cartilhas, a
depender da escolha feita para a culminância), sendo que cada um deles abordará 1 dos 5 grandes
subtemas trabalhados ao longo da Eletiva: 1) Moral, ética, leis e justiça; 2) Concepções do direito; 3)
Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade; 4) Discussão crítica do "Jeitinho
brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis; 5) Direito administrativo - Princípios da administração
pública e corrupção.
Desse modo, a turma deverá se dividir em 5 grupos e a divisão dos temas poderá ser feita de
maneira autônoma, segundo a livre escolha dos(as) estudantes ou por meio de sorteio. Poderá, ainda, ser
feito sorteio para definição da ordem em que os grupos irão fazer a escolha de qual tema desejam
desenvolver.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Entre estações: O que é Justiça?: Os(as) estudantes demonstram a capacidade de trabalhar de
maneira harmônica em grupo, exercitando a escuta ativa e se posicionando de maneira coerente
e fundamentada.
● Exposição dialogada e leitura compartilhada: Os(as) estudantes participam ativamente das
discussões e expõem seu ponto de vista de maneira alinhada com a temática desenvolvida em
sala de aula, de modo que explicita a relação entre os conceitos de justiça e lei com as situações
apresentadas.
● Arremate: Os(as) estudantes conseguem sintetizar os tópicos e as teorias apresentadas e
relacionar com questões atuais e do cotidiano.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Casos para a atividade Entre Estações: O que é Justiça?
● Anexo II - Fragmento da obra “A República” de Platão com a história sobre o anel de Giges.
Para saber mais
● Escolas devem trabalhar o conceito de justiça desde o Ensino Infantil
● Justiça social: conceito e importância
● Entendendo a estrutura das leis
● Aristóteles (Ética a Nicômaco): justiça distributiva e justiça corretiva. Direito e Filosofia
Referencial Teórico:
● BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05.10.1988. Brasília, 1988.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 04
nov. 2020.
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in schools.
Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [trad. de Heloísa Matias e Maria Alice
Máximo]. 6ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
● NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Cap. 11. p. 105-116. Rio de Janeiro:
Forense, 2013.

Aula 3
Tema Sociedade, Estado e Direito em perspectiva.
Tempo estimado 90 min (2 aulas de 45 minutos cada)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCG03.
Objetivos
● Compreender o papel do contrato social ante o estado de natureza, a partir das teorias de Hobbes,
Locke e Rousseau;
● Relacionar distintos modelos de organização social com as teorias contratualistas e identificar o
papel do direito;
● Elaborar um contrato social com os combinados a serem aplicados em sala de aula.
Perguntas Essenciais
● Como os indivíduos e a coletividade se manifestam em seu estado natural?
● Como a sociedade se organizaria sem a existência de leis e regras gerais?
● Qual a importância de estabelecer um contrato social?
Compreensões Duradouras
● Compreender que existem diversas teorias que buscam explicar como é a sociedade em seu
estado de natureza, desde a ideia de uma constante guerra de todos contra todos até a concepção
de harmonia e solidariedade, em que o homem é incapaz de praticar o mal;
● Compreender a importância do Direito e das demais regras para regulação e manutenção da
sociedade;
● Reconhecer que a implementação de contratos que vinculam as ações dos indivíduos não devem
ser impostas, mas precisam passar por um processo de escuta e concordância dos envolvidos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Materiais impressos, canetas, folhas, cartolina, pincéis e lousa.

Passo-a-passo:
1) Introdução: (8 min.)
No início da aula, registre na lousa o seguinte questionamento: “Como seria uma sociedade sem
leis e regras?” e informe aos(às) estudantes que eles(as) têm 5 minutos para registrar no caderno um
parágrafo destrinchando como se daria a organização social, o trato entre os indivíduos e como cada
pessoa viveria e desempenharia suas funções. Em sequência, selecione 3 estudantes para
compartilharem suas reflexões com o restante da turma.

2) Exposição dialogada: (15 min.)


Inicie uma exposição dialogada sobre as principais distinções entre as teorias dos contratualistas.
Aproveite para dividir a lousa em três partes para anotar as contribuições dos(as) estudantes.
Utilize este momento de exposição dialogada para evidenciar que cada autor possui uma
perspectiva distinta, em que Hobbes se pauta em um ideal absolutista e observa o estado de natureza
como um constante período de medo, em que o homem é mau e movido por razões egoístas.
De outro modo, John Locke traz uma perspectiva liberal, em que o estado de natureza é pautado
na ideia de que todos os homens são iguais e possuem iguais direitos à vida, à liberdade e à propriedade.
Observa-se, ainda, que o homem é como uma tábula rasa, sem instintos bons ou ruins. Referente ao
Estado, Locke entende que essa organização serve para proteger a sociedade de injustiças e, sobretudo,
à propriedade.
Por sua vez, Rousseau se fundamenta em ideais democráticos, em que observa a soberania do
povo em detrimento do poder centralizado e analisa que o estado de natureza é um estado de bem-estar,
visto que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe - por meio da divisão do trabalho e da
propriedade privada. Para ele, o contrato social serve para preservar a liberdade civil e garantir a
soberania política da vontade coletiva.
Professor(a), para facilitar a pesquisa sobre o tema, o Anexo I apresenta um compilado de
fragmentos do artigo “Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e Rousseau”, de maneira curta e
adaptada, o qual pode servir como uma fonte de pesquisa.
A partir dessas reflexões, questione os(as) estudantes com qual das teorias mais se identificaram
e o porquê, momento em que devem evidenciar as distinções das teorias e relacionar com questões
observadas no cotidiano.

3) Quiz sobre os contratualistas: (15 min.)


Para garantir que os(as) estudantes compreenderam as três correntes acima apresentadas,
informe para a turma que haverá um quiz sobre os contratualistas. A atividade, disponível no Anexo II,
consiste em perguntas curtas com três opções de respostas - Hobbes, Locke e Rousseau - em que os(as)
estudantes devem assinalar qual a resposta correta.
Para essa atividade, sugere-se o uso do Kahoot, uma plataforma de aprendizado baseada em
jogos, ou a plataforma Quizizz. Em ambos é possível criar questionários interativos, possibilitando uma
abordagem gamificada do conteúdo trabalhado.
Caso não seja possível utilizar essas ferramentas digitais, solicite que respondam oralmente as
questões. Após a leitura do enunciado, peça para que os(as) estudantes que selecionaram a alternativa
“A” se manifestem, seguido pelas outras alternativas. Ao final, revele a resposta correta e peça para que
os(as) estudantes justifiquem a resposta.

4) Construção dos combinados/contrato social: (40 min.)


Com base na compreensão da importância de um contrato social para regular as relações e manter
uma convivência harmônica, agora é o momento dos(as) estudantes formularem o próprio contrato social
a ser aplicado dentro da sala de aula. Este documento deve estabelecer as regras de convívio e os
combinados a serem observados no cotidiano.
Esta atividade consistirá em dois momentos, um de reflexão individual e outro de discussão
coletiva. De maneira inicial, registre na lousa os seguintes questionamentos e peça que os(as) estudantes
respondam cada pergunta em tópicos curtos ou em um parágrafo, pontuando seus argumentos para cada
item:

❖ O que é importante que todos façam na escola?


❖ Quais posturas e comportamentos os(as) estudantes devem adotar? E quais devem ser evitadas?
❖ Quais posturas e comportamentos o(a) Professor(a) deve adotar? E quais devem ser evitadas?
❖ Quais condutas a sala de aula, de uma maneira coletiva, deveria apresentar? Que tipo de ambiente
não é saudável e devemos evitar?

Após os(as) estudantes finalizarem suas respostas, organize a sala no modelo meia-lua (ou em U)
para que todos consigam interagir diretamente entre sis e visualizem a lousa, uma vez que será um
elemento de apoio. Aborde cada uma das perguntas e registre os principais pontos suscitados pelos(as)
estudantes durante o debate. Inclusive, destaque quais argumentos e ideias aparecem com maior
frequência.
A partir dessa chuva de ideias, apresente um cartaz em branco para os(as) estudantes e informe
que precisam entrar em um consenso para definir os combinados que guiarão o convívio em sala de aula,
sendo que este documento estará dividido em três partes: 1. Combinados para a sala de aula; 2.
Combinados para o estudante; 3. Combinados para o(a) Professor(a).
Frisa-se que inexiste um modelo geral e aplicável a todas as turmas porque essa atividade
demanda a compreensão do perfil da turma, uma construção coletiva dos combinados e, principalmente,
o consentimento de todos(as) os(as) envolvidos, o que gera um senso de responsabilidade e
compromisso.

5) Fixação dos combinados: (7 min.)


Após elencar os combinados atinentes aos 03 campos (sala de aula, Professor(a) e estudante),
peça para que os(as) estudantes leiam-os em voz alta e, em seguida, fixe o cartaz na sala de aula, em
lugar visível a todos(as). Lembre-se de sempre retomar esses combinados e se referir a eles caso os(as)
estudantes tenham condutas que não condizem com o que foi previamente estabelecido pela turma.
Por fim, peça para que os(as) estudantes respondam o seguinte questionamento: “Como é a sala
de aula em seu estado de natureza e qual a importância do contrato social que fizeram hoje?”. Após 03
minutos, convide e/ou selecione alguns(algumas) estudantes para que compartilhem suas reflexões.

6) Arremate: (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e ao
final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo -
o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus cadernos.
Para garantir que todos(as) realmente façam esses registros, avise-os(as), antes de começarem
a atividade, que irá sortear três pessoas para socializarem os registros que fizeram em seus cadernos.
Enquanto eles(as) realizam o registro, circule entre as cadeiras para acompanhar o trabalho dos(as)
estudantes.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Exposição dialogada: Os(as) estudantes participam ativamente das discussões e expõem seus
pontos de vista de maneira alinhada com a temática desenvolvida em sala de aula, fazendo-se
valer dos conhecimentos prévios e os adquiridos por meio da exposição.
● Construção dos combinados/contrato social: Os(as) estudantes demonstram a capacidade de
trabalhar de maneira harmônica em grupo, exercitando a escuta ativa e se posicionando de
maneira coerente e fundamentada. Além disso, demonstram reflexão crítica sobre a atuação
enquanto estudante e analisam o papel desempenhado pelos demais, em que se mostram
capazes de compilar essas informações e traduzir em regras e combinados.
● Arremate: Os(as) estudantes conseguem sintetizar os tópicos e as teorias apresentadas e
relacionar com questões do seu entorno.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Fragmentos do artigo científico para leitura em pares
● Anexo II - Quiz sobre os contratualistas
Para saber mais
● Contrato Social: existe um acordo entre Estado e sociedade?
● O Estado de Natureza em Hobbes, Locke e Rousseau
● Como fazer os combinados com a classe?
Referencial Teórico:
● BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in schools.
Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 27ª ed. São Paulo:
● Saraiva, 2007.
● RIBEIRO, Josuel Stenio da Paixão. Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e
Rousseau. Prisma Jurídico, vol. 16, núm. 1, 2017, pp. 3-24. Universidade Nove de Julho São
Paulo, Brasil. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=93453803002>. Acesso em 5
nov. 2020.

Aula 4
Tema Correntes do Direito
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHSA01; EMIFCHSA03.
Objetivos
● Identificar como se dá a compreensão do direito a partir da ótica do jusnaturalismo e do
positivismo jurídico.
● Relacionar as interpretações do direito pelo jusnaturalismo e pelo positivismo a diferentes formas
de se interpretar e aplicar a norma ao caso concreto.
Perguntas Essenciais
● O que é o direito natural?
● Existem normas universais e imutáveis, ou seja, que se aplicam a todas as sociedades,
independentemente do tempo histórico em que elas se situam?
● Existe uma justiça absoluta ou apenas um ideal de justiça?
● O que os positivistas defendem ser necessário considerar, para a criação e aplicação de leis?
● De que forma o jusnaturalismo e o juspositivismo explicam a formação e o desenvolvimento de
normas jurídicas?
Compreensões Duradouras
● Compreender que existem diversas teorias que explicam a razão para se ter criado regras,
normas a serem respeitadas por todos(as), e essas teorias variam bastante de acordo com o
momento histórico em que se encontrava quando foram criadas.
● Avaliar que a maneira como se explica a formação e o desenvolvimento de leis influencia na
maneira como essas leis/regras serão aplicadas, na prática.
● Relacionar que, de forma abreviada, pela ótica do jusnaturalismo, as normas jurídicas têm como
base princípios básicos, que são imutáveis e universais. E que pela ótica do juspositivismo, o
direito só deve ser considerado a partir do que está imposto pela lei.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; caderno, caneta, lápis, borracha e, caso seja possível,
projetor multimídia, para compartilhar vídeos.
Passo-a-passo:
1) Introdução: (5 min.)
Registre na lousa a questão-problema: “Vocês concordam com a afirmação de que algumas
regras/normas existem desde sempre e em todo lugar? Contem por que concordam ou discordam.” Para
garantir o engajamento da turma, utilize a estratégia “virem e conversem” para coletar as respostas e
conduzir um debate inicial sobre o tema da aula.
Estratégia “virem e conversem”: informe aos(às) estudantes que eles(as) terão 2 minutos para
conversarem sobre a questão-problema com o(a) colega que está ao lado. Cada um(a) terá 1 minuto
para apresentar as suas ideias para o(a) colega. Reforce a instrução de que deverão conversar com
quem está sentado ao lado, evitando, assim, que se levantem, movimentem as cadeiras e, dessa forma,
percam a agilidade que a estratégia demanda. Informe que, logo que der o comando “virem e
conversem”, você começará a marcar o tempo e, assim que completar um minuto desde o começo da
dinâmica, você sinalizará para que a outra pessoa da dupla comece a compartilhar as suas ideias.
Ao final do tempo estipulado, peça que três estudantes compartilhem, de forma resumida, o que
discutiram e as conclusões que chegaram. Então, exponha o objetivo da aula.

2) Tempo de leitura e investigação: (25 min.)


Apresente aos(às) estudantes um pequeno texto (Anexo I) em que estão sendo explicadas, de
forma bastante sucinta, as concepções de jusnaturalismo e de juspositivismo (explicações também
trazidas no artigo e no vídeo sugeridos no campo “Para saber mais” - links aqui e aqui).
Oriente que leiam o texto com atenção, sublinhando as partes que considerarem importantes, e
registrando no caderno as informações principais. Peça que também registrem as dúvidas que surgirem
a partir da leitura, ressaltando que deverão transformar essas dúvidas em perguntas, para evitar registros
semelhantes a “não entendi nada”. Estimule-os(as) a partir daquilo que entenderam. Esclareça que terão
5 minutos para completarem esta etapa da atividade.
Transcorrido o tempo estipulado, informe que irão, mais uma vez, compartilhar com o(a) colega
ao lado, em até 5 minutos, as informações que destacaram do texto e as dúvidas que tiveram, de forma
que um integrante da dupla tente ajudar o outro a esclarecer as dúvidas que aparecerem.
Passados os 5 minutos, peça que os(as) estudantes compartilhem as informações e ideias que
surgiram a partir da leitura e das conversas com os colegas e registrem-as na lousa.
Aproveite as ideias apresentadas pelos(as) estudantes para fazer uma breve exposição dialogada
a respeito das correntes do jusnaturalismo e do juspositivismo, esclarecendo que a primeira corrente
está diretamente ligada às teorias contratualistas vistas na aula anterior, já que parte do princípio de que
existe um direito natural, que é inteiramente justo, imutável, universal, até mesmo transcendental e
imposto pela natureza de forma igualitária a todos os seres. E que, segundo essa concepção, foi a partir
de transformações sociais e econômicas que os seres humanos passaram a compreender o estado
como uma instituição criada a partir de um contrato social, necessária para assegurar a paz e a
segurança. Para essa corrente do direito, aquilo que é injusto não pode nem mesmo ser considerado
como um fenômeno jurídico.
Já o juspositivismo é uma corrente que considera apenas aquilo que está previsto na lei, imposta
pelo Estado e aplicada pelas autoridades competentes, ou seja, autorizadas a exercerem esse papel. A
justiça, segundo essa ótica, advém das normas formais, escritas e impostas à sociedade, tendo caráter
racional e mutável - considerando que a sociedade está constantemente se transformando. A
aplicabilidade das normas, nesse caso, deve ser literal e afastada de juízos de valor que passem pela
análise moral e ética.
Caso haja recursos tecnológicos suficientes, compartilhe com os(as) estudantes os vídeos que
trazem mais explicações sobre os conceitos de jusnaturalismo e de juspositivismo, de maneira bastante
didática.
3) Disputa pedagógica: (30 min.)
Explique aos(às) estudantes que receberão uma cartela com algumas afirmações, dispostas em
linhas, e ao lado de cada afirmação haverá uma lacuna em branco. Eles(as) deverão ler a afirmação e
decidir se é uma afirmação verdadeira ou falsa, refletindo sobre a justificativa para a decisão que
tomarem. Explique, ainda, que terão 100 pontos (imaginários) para fazerem suas colocações. Em cada
lacuna em branco, deverão escrever qual quantidade de pontos irão colocar pela resposta que deram,
considerando que o somatório de todos os valores postos (para cada afirmação) deverá ser de 100
pontos.
Disponha, então, a turma em grupos de até 5 pessoas e distribua as cartelas (Anexo II) entre os
grupos. Após receberem as cartelas, verifique se compreenderam as regras do jogo e dê 30 minutos
para realizarem as análises e colocações.

4) Correção e verificação da pontuação: (15 min.)


Faça a correção de cada uma das afirmativas (Anexo III - chave de respostas), coletando as
respostas que cada grupo deu. Peça que uma pessoa de cada grupo diga se consideram a afirmativa
verdadeira ou falsa e o porquê disso. Os grupos que acertarem a resposta, somam ao valor inicial de
100 reais a quantia apostada. Os grupos que errarem a resposta, diminuem do valor inicial de 100 reais
a quantia apostada. Ao final da correção, verifique qual grupo ficou com a maior quantia de dinheiro
fictício.

5) Arremate: (5 min.)
Escreva as perguntas na lousa: “Qual das duas correntes do direito você acredita que é mais
aplicada no nosso dia-a-dia? Por quê?” Peça que algum(a) estudante se voluntarie para responder a
pergunta na lousa - caso não apareçam voluntários, faça sorteio pelo número na lista de chamada ou
pedindo para que algum estudante ou funcionário da escola aponte, de olhos fechados, para algum(a)
estudante.
Após o registro da resposta na lousa, pergunte à turma o que pensaram de diferente do que foi
respondido pelo(a) colega e o porquê disso. Oriente-os(as), então, a registrarem, de forma resumida, as
reflexões que foram levantadas a respeito da pergunta presente no quadro, de modo que essas
anotações apoiem a construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha. Reforce que essa
anotação será muito importante para os ajudar, depois, com essa produção final.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: É importante observar se os(as) estudantes atenderam aos comandos iniciais,
ficaram atentos(as) às marcações de tempo e concentraram a discussão na reflexão proposta
pelo(a) Professor(a).
● Tempo de leitura e investigação: As informações compartilhadas pelos(as) estudantes e as
contribuições que deram ao longo da exposição dialogada indicam que compreenderam as
principais acepções acerca das correntes jusnaturalista, segundo a qual as normas jurídicas têm
como base princípios básicos, que são imutáveis e universais, e juspositivista, que compreende
o direito a partir do que está imposto pela lei.
● Disputa pedagógica: Os(as) estudantes fazem contribuições significativas para a resolução da
atividade, respeitando o turno de fala de cada um dos integrantes do grupo, demonstrando
disponibilidade para a escuta atenta e para o sucesso do grupo.
● Arremate: Os(as) estudantes acertaram boa parte da atividade e demonstraram que
compreenderam as questões que erraram, após a correção. Além disso, conseguiram aplicar, de
maneira resumida, os aprendizados que tiveram ao longo da aula, incluindo nessa construção as
compreensões duradouras previstas para a aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio

Anexos
● Anexo I - texto para o momento de “leitura e investigação”
● Anexo II - cartela para “Disputa pedagógica”
● Anexo III - chave de respostas
Para saber mais
● Jusnaturalismo e Juspositivismo
● Escolas do Direito
Referencial Teórico:
● LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª ed. Porto
Alegre: Penso, 2018. Cap. 9; p. 265 - 274.
● NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. Cap.
37, 38 e 39; p. 373 - 389.
● REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.

Aula 5
Tema Processos de conquistas de direitos e garantias.
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCHSA01; EMIFCG06; EMIFCG07.
Objetivos
● Reconhecer direitos atualmente sedimentados, que foram conquistados a partir de lutas por uma
sociedade mais justa e equânime.
● Identificar a evolução histórica das garantias de direitos que visam promover isonomia.
● Compreender a necessidade de se garantir direitos, em leis, a pessoas e grupos historicamente
minoritários, para que a sociedade caminhe para um cenário de efetiva igualdade.
Perguntas Essenciais
● Somos todos iguais? Temos os mesmos direitos?
● Vocês consideram a sociedade atual justa?
● O que significa o termo “injustiça social”?
● Vocês consideram que a sociedade atual é mais justa, em alguns aspectos, do que
antigamente? Por quê?
● A criação de algumas leis podem ter ajudado a sociedade a se tornar mais igualitária? Quais
leis?
Compreensões Duradouras
● Compreender que as injustiças sociais afetam o cenário social como um todo e que, portanto, há
necessidade de intervenção do direito para que cenários mais justos sejam alcançados.
● Entender que alguns direitos que hoje são sedimentados (como direitos trabalhistas e direitos
civis às mulheres), nem sempre foram garantidos a todos(as) e que isso afeta todo o arranjo
social, em vários aspectos.
● Observar que as demandas populares por mudança geram transformações legais que impactam
a sociedade como um todo.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa, pincel, material para leitura deleite, material impresso, caderno, lápis, borracha e caneta.

Passo-a-passo:
1) Introdução - leitura deleite e roda de conversa: (25 min.)
Disponha os(as) estudantes sentados em roda e inicie uma breve discussão, norteada pelas
perguntas: “Os direitos são iguais para todas as pessoas? Nós somos todos iguais? O direito a trabalhar
e administrar o próprio dinheiro sempre foi garantido a todas as pessoas?”
Conte, então, que irá trazer dados de um artigo escrito em 2017 por Bruno Carazza, que aponta
5 índices sobre a eleição de mulheres em cargos políticos (utilize o infográfico do artigo como ilustração
da sua fala). Leve para a discussão o fato de que, quando se fala sobre o direito das mulheres ao trabalho
em cargos políticos, outras desigualdades como raça, renda e escolaridade devem ser levadas em
consideração. Dependendo do contexto em que a mulher está, o acesso ao meio político pode ser mais
oportunizado ou não.

Tendo essas considerações em mente, pergunte aos(às) estudantes:

- Esses dados revelaram alguma informação nova para vocês? Tem algum fato ou reflexão, sobre
a realidade das mulheres que vocês não conheciam ou ainda não haviam parado para pensar?
O quê?

Continue a roda de conversa com os(as) estudantes, trazendo-os(as) para reflexões acerca das
mudanças ocorridas no cenário social, necessárias para que as mulheres pudessem passar a figurar no
território político. Utilize as perguntas disparadoras a seguir:

- Quais foram as mudanças que vocês acreditam que precisaram começar a acontecer para que
as mulheres pudessem exercer cargos políticos? De que forma vocês acreditam que o Direito
contribuiu com isso?De que forma vocês acreditam que a presença de mulheres na política pode
contribuir para fomentar transformações nas vidas das mulheres?
- Quais outras conquistas de direitos, de uma forma geral, vocês reconhecem que promoveram
mudanças no cenário social?

Importante levar para os estudantes a informação de que só foi permitido às mulheres votarem e
serem votadas em 1932. E mesmo assim, o voto feminino só foi considerado obrigatório, como o dos
homens, em 1946. As leis, no entanto, surgem sempre como resposta e para acompanhar as alterações
de concepções que acometem a sociedade (primeiro a sociedade muda, essa mudança acarreta certo
incômodo - à sociedade em geral, ou mesmo ao judiciário e aos teóricos jurídicos - e, diante do
reconhecimento de inadequação das leis que estão postas naquele momento, propõe-se alterações).
Nesse sentido, muito antes da publicação das leis que garantiam a participação das mulheres na
política, as mulheres já estavam se movimentando e lutando em favor disso. Chegaram a criar, em 1910,
o Partido Republicano Feminino. E em 1928, Celina Guimarães Viana, professora nascida em
Mossoró/RN conseguiu ser a primeira mulher a votar no Brasil.
A presença de mulheres na política - votando e sendo votadas - é que garante que importantes
políticas públicas voltadas para a vida digna e igualitária da mulher sejam colocadas em pauta.
É interessante que a conversa leve os(as) estudantes a iniciarem reflexões sobre a existência de
desigualdades sociais, sobre como elas interferem na constituição da sociedade, de uma maneira geral,
assim como sobre como ocorre o processo histórico da conquista de direitos, de forma que estejam, ao
final da conversa, envolvidos na discussão.

2) Construção de linha do tempo: (35 min.)


Oriente os(as) estudantes a fazerem a leitura do texto que será distribuído a eles(as) (Anexo II),
sublinhando e/ou fazendo registros em tópicos nos cadernos das informações e fatos mais importantes,
assim como das indicações das datas em que os fatos ocorreram. Depois do estudo do texto, deverão
discutir quais fatos consideram mais relevantes e o porquê disso, para, em seguida, planejarem a
construção de uma linha do tempo, colocando os fatos que considerem mais relevantes em ordem
cronológica com os colegas. Por fim, deverão preparar uma pequena apresentação (de
aproximadamente 3 minutos) da linha do tempo aos demais colegas da turma.
A turma deverá ser organizada em grupos de quatro a cinco estudantes, sendo que cada um dos
componentes do grupo exercerá uma função específica (mediador(a): mediar a conversa e estimular que
todos(as) participem e que estejam compreendendo os comandos da atividade, além de levar as
eventuais dúvidas do grupo ao(à) Professor(a) - nesse caso, deverá levantar a mão em silêncio e
aguardar que o(a) Professor(a) venha até o grupo; relator(a): coletar e registrar as respostas construídas
pelo grupo; orador(a): apresentar a produção do grupo para o restante da turma; cuco: controlar o tempo
da atividade e garantir que todos(as) estejam se sentindo confortáveis e engajados(as)), além de
participar de todas as discussões e construções necessárias para a realização da atividade, como um
todo.

3) Apresentação das linhas do tempo: (25 min.)


Após o fim do tempo destinado à realização da atividade, solicite que o(a) orador(a) de cada grupo
apresente para a turma a linha do tempo que construíram, explicando cada fato presente na linha do
tempo, a sua importância e o contexto histórico em que ocorreu.

4) Arremate: (5 min.)
Ao final das apresentações, peça que os(as) estudantes reflitam sobre, pelo menos, dois
aprendizados que tiveram com a aula de hoje e registrem esses aprendizados em seus cadernos,
relembrando-os(as) que esse registro será utilizado como apoio para a construção do produto final do
módulo - o podcast (ou a cartilha). Para garantir que todos(as) realmente façam esses registros, avise-
os(as), antes de começarem a atividade, que irá sortear três pessoas para analisar os registros que
fizeram em seus cadernos. Enquanto eles(as) realizam o registro, circule entre as cadeiras para
acompanhar o trabalho dos(as) estudantes.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Leitura deleite e roda de conversa: Os(as) estudantes mantiveram escuta ativa e reflexiva,
assim como participaram de maneira respeitosa e crítica dos diálogos promovidos.
● Construção da linha do tempo: Os(as) estudantes, durante o momento de estudo coletivo e as
discussões nos grupos, foram capazes de se manterem concentrados na proposta de atividade,
fazendo as leituras e anotações recomendadas, bem como discutindo com o grupo as ideias que
tiveram acerca do texto lido e da maneira como acreditam que deveriam construir a linha do
tempo.
● Apresentações das linhas do tempo: Os(as) estudantes articularam as ideias que levantaram,
durante a realização da atividade, e apresentaram à turma de maneira organizada e lógica,
demonstrando que compreenderam a importância dos fatos que destacaram e o momento
histórico em que esses fatos ocorreram. Além disso, no momento da apresentação dos outros
grupos, os(as) estudantes se mantiveram atentos(as), procurando aprender com as exposições
dos colegas e estabelecendo relações entre todos os fatos discutidos e apresentados, ao longo
da aula.
● Arremate: Os(as) estudantes conseguiram extrair as compreensões duradouras desejadas de
todas as atividades e discussões feitas durante a aula .
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I
● Anexo II (texto de apoio para a construção das linhas do tempo)
Para saber mais


● Cotas de gênero em eleições proporcionais: como funcionam? (politize.com.br)
● Voto da mulher — Tribunal Superior Eleitoral (tse.jus.br)
● CartilhaMulheresnaPoltica180920.pdf (www.gov.br)
● Direitos Trabalhistas no Brasil- História e Evolução
● O que é interseccionalidade? | Politize!
● A precarização do Trabalho da Mulher Negra Brasileira
Referencial Teórico:
● FUCHINA, Rosimeri; LUZ, Alex Faverzani. A evolução histórica dos direitos da mulher sob a
ótica do direito do trabalho. Anais do II Seminário Nacional de Ciência Política da UFRGS.
Disponível em: <Artigo_A Evolução Histórica dos (ufrgs.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
● WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Tradução de Vera Ribeiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2019.

Aula 6
Tema Diferença entre Igualdade e Equidade.
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFLGG03; EMIFCHSA02.
Objetivos
● Diferenciar os conceitos de igualdade e equidade;
● Identificar como os marcadores sociais de diferença se manifestam na sociedade;
● Relacionar a importância e as formas de garantir direitos aos indivíduos com os conceitos de
igualdade e equidade.
Perguntas Essenciais
● Igualdade e equidade possuem o mesmo significado?
● Como as desigualdades sociais afetam no acesso aos direitos supostamente garantidos a todos
os indivíduos?
● A equidade e a igualdade são pressupostos para viabilizar a Justiça Social?
Compreensões Duradouras
● Compreender a existência de processos de desigualdades sociais dentro da sociedade e a forma
com que afetam a vida do indivíduo.
● Assimilar que igualdade e equidade, embora pareçam conceitos sinônimos, apresentam
distinções, sobretudo no sentido que a ideia de igualdade pressupõe um tratamento uniforme à
coletividade, enquanto a equidade leva em consideração as desigualdades entre os indivíduos
para assegurar um tratamento justo.
● Reconhecer que a igualdade e a equidade são valores necessários para combater as
desigualdades existentes dentro da sociedade e, assim, viabilizar a Justiça Social.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Materiais impressos, pincel e lousa.

Passo-a-passo:

1) Introdução (5 min.)
Para o início desta aula, solicite que os(as) estudantes retomem o tema da aula anterior e digam
quais foram os principais aprendizados. Faça um resumo geral das contribuições apresentadas, com
enfoque especial na ideia que diversos direitos foram criados para corrigir desigualdades e garantir que
todos os indivíduos recebam o mesmo tratamento. Em sequência, apresente aos(às) estudantes que o
objetivo desta aula é refletir sobre a diferença entre a ideia de igualdade e equidade e a forma com que
as desigualdades sociais se relacionam com esses conceitos.

2) Solta a voz: (20 min.)


A partir da análise do Anexo I, que contém um fragmento do artigo do Politize! e parte do artigo
5º da Constituição Federal, proponha que os(as) estudantes respondam o seguinte questionamento: “Na
prática, existe igualdade entre as pessoas?”.
Traga uma reflexão profunda sobre os processos de desigualdades no país, que apresentam o
cotidiano de violência e preconceito e infligem, sobretudo, a população periférica e com menor renda.
Por outro lado, consta parte do artigo 5º da Constituição Federal, o qual dispõe diversos direitos e
garantias aos indivíduos, sem qualquer tipo de distinção. É com base nesse contraponto que os(as)
estudantes devem refletir que a ideia de igualdade pode se manifestar de maneiras divergentes na prática
e na teoria, gerando a reflexão se a afirmação que “todos são iguais” realmente é possível de ser aferida
na realidade.
Para esse momento, instigue os(as) estudantes a pensarem sobre o questionamento central, a
partir de perguntas disparadoras como: “Ser igual ao outro é poder fazer as mesmas coisas?”, “Todas as
pessoas têm acesso aos mesmos direitos e oportunidades?”, “A realidade retratada na música é comum
no dia a dia?” e “Vocês sentem que tem todos aqueles direitos descritos no artigo 5º?”.
Solicite que os(as) estudantes registrem as respostas em um parágrafo no caderno e possibilite
que os(as) estudantes compartilhem suas anotações e reflexões sobre o questionamento apresentado.

3) De olho no texto: (25 min.)


Separe a sala em grupos de três estudantes e entregue o Anexo II, que diz respeito a um texto
que retrata a desigualdade sob o marcador de raça. Após a divisão aleatória dos grupos, informe que
terão 15 minutos para analisarem as informações apresentadas e responderem os seguintes
questionamentos:

❖ As informações evidenciam algum tipo de desigualdade?


❖ Na sua concepção, quais são os motivos para que exista esse tipo de desigualdade?

Decorrido o prazo estipulado para que os(as) estudantes respondam as perguntas acima,
organize um momento de compartilhamento e correção das respostas. Em seguida, questione se é
necessário uma política de igualdade ou equidade para resolver esse problema. É muito provável que
os(as) estudantes não saibam a distinção entre esses termos, motivo pelo qual você solicitará que
eles(as) retomem seus lugares e avise que explicará a diferença entre esses conceitos.

4) Exposição dialogada: (20 min.)


Pontue com os(as) estudantes que igualdade e equidade, apesar de parecerem sinônimas, são
palavras que possuem significados distintos. Igualdade é a divisão de algo nas mesmas proporções,
dimensões e naturezas. Traz mais o senso de uniformidade e paridade, ou seja, é a concepção de tratar
as coisas de forma igual. Inclusive, esse termo assume distintas noções quando abordada de maneira
filosófica, jurídica ou na perspectiva da construção dos Direitos Humanos. Cite que a ideia de igualdade
foi um marco filosófico para a Revolução Francesa, servindo como um princípio contra a opressão e
como uma ferramenta para a ampla participação política dos(as) cidadãos(ãs). Já no campo dos Direitos
Humanos, a igualdade constituiu a primeira geração desses direitos, com o objetivo de garantir dignidade
para todos os indivíduos. Por fim, a concepção jurídica reforça a ideia de que “todos(as) são iguais
perante a lei”, contudo, o uso indiscriminado dessa afirmação pode perpetuar injustiças, visto que nem
todas pessoas estão na mesma condição de igualdade.
Em seguida, após pontuar que Equidade é uma atitude ou fato que levanta o senso de justiça,
não necessariamente se manifestando como repartição igual entre as partes, apresente o conceito de
Aristóteles para explicar a ideia de equidade, com base no fragmento abaixo:

[...] qualidade que nos permite dizer que uma pessoa está predisposta a fazer,
por sua própria escolha, aquilo que é justo, e, quando se trata de repartir alguma
coisa entre si mesma e a outra pessoa, ou entre duas pessoas, está disposta a
não dar demais a si mesma e muito pouco à outra pessoa do que é nocivo, e sim
dar a cada pessoa o que é proporcionalmente igual, agindo de maneira idêntica
em relação a duas outras pessoas (ARISTÓTELES, 1999, p. 101).

A partir disso, pontue com os(as) estudantes que o princípio da equidade exige o reconhecimento
das desigualdades existentes entre os indivíduos para assegurar o tratamento desigual aos desiguais na
busca da igualdade. Há, então, uma necessidade de conferir a determinados grupos uma proteção
especial e particular em face de sua própria vulnerabilidade.
Evidencie que a igualdade foca no que é justo para o grupo, a coletividade, enquanto a equidade
destaca o que é justo para o indivíduo, observando suas necessidades. Um outro exemplo possível é a
ideia que o ensino público é importante tanto para o indivíduo quanto para a coletividade, motivo pelo
qual todos os(as) estudantes precisam ter acesso igualitário ao ensino de qualidade e, dentro do espaço
escolar, é necessário que ofereçam ferramentas e um suporte equitativo para que todos se desenvolvam,
considerando suas necessidades.
Aproveite para retomar a ideia de Justiça Social apresentada na Aula 02, apontando aos(às)
estudantes que a igualdade e a equidade são pilares para a estruturação de políticas públicas que
buscam a promoção desse modelo de Justiça.

5) Parte II: De olho nos dados (15 min.)


Para garantir que os(as) estudantes compreenderam como os dois conceitos se relacionam,
solicite que consultem o texto apresentado anteriormente e, individualmente, escolham uma situação
envolvendo o marcador de raça para ideação de uma proposta de resolução para diminuir ou erradicar a
problemática selecionada.
Enfatize que as propostas devem explicitar qual a situação-problema, a maneira de atuação e se
estão pautadas em ideais de igualdade e/ou equidade, justificando suas respostas. Por fim, convide ou
selecione alguns(algumas) estudantes para que compartilhem suas reflexões com enfoque na relação
entre igualdade e equidade.

1) Arremate: (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e ao
final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo
- o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus cadernos.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Solta a voz: O(A) estudante relaciona distintos gêneros, textuais e audiovisuais, para construir
comparações e identificar os pontos de convergência e divergência. Ainda, é capaz de interpretar
informações e relacionar com situações contemporâneas.
● De olho nos dados: O(A) estudante demonstra a capacidade de trabalhar de maneira harmônica
em grupo, exercitando a escuta ativa e se posicionando de maneira coerente e fundamentada.
Além disso, é capaz de identificar e interpretar dados e gráficos, bem como relacionar causa e
efeito.
● Parte II: De olho nos dados: O(A) estudante consegue sintetizar os tópicos e as teorias
apresentadas no decorrer da aula e relacionar com questões atuais e do cotidiano, a fim de criar
soluções tangíveis para a situação selecionada.
● Arremate: O(A) estudante consegue extrair de todas as atividades e discussões feitas durante a
aula as compreensões duradouras desejadas.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Atividade para o Faça Agora
● Anexo II - Desigualdade Racial no Brasil
Para saber mais
● A igualdade de oportunidades, explicada com uma macieira, quatro quadrinhos e um meme
● A desigualdade de renda no Brasil é alta.
Referencial Teórico:
● Azevedo, Mário Luiz Neves de. Igualdade e equidade: qual é a medida da justiça social?.
Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 18(1), 129-150. Disponível
em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-40772013000100008>.
Acesso em 13 nov. 2020.
● ZENI, Bruno. O negro drama do rap: entre a lei do cão e a lei da selva. Estud. av., São Paulo
, v. 18, n. 50, p. 225-241, Abr. 2004 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142004000100020&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 13 Nov. 2020.
● ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. 3. ed. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1999.
● Politize!. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam?. Disponível em:
<https://www.politize.com.br/igualdade-equidade-e-justica-social/>. Acesso em 13 nov. 2020.
● Dicionário Oxford. Disponível em <https://www.oed.com/>. Acesso em 21 de Jun. de 2021.

Aula 7
Tema Hegemonia nos espaços de tomada de decisão.

Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)


Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFCG08; EMIFCHSA06;
Objetivos
● Identificar as distintas estruturas de poder que guiam as tomadas de decisão e influenciam na
vida do indivíduo;
● Analisar o perfil homogêneo nos espaços de poder com a pluralidade existente na sociedade;
● Associar a importância de políticas de inclusão e diversidade para representação de distintos
grupos sociais.
Perguntas Essenciais
● O que se entende por espaços de poder e tomada de decisão?
● Existe um perfil majoritário que ocupa esses espaços?
● Há uma explicação para o descompasso entre a multiplicidade de identidades e perfis na
sociedade e a hegemonia dentro dos espaços de tomada de decisão?
● Como garantir que os recortes de raça, gênero e condição socioeconômica sejam contemplados
e representados nos principais cargos existentes?

Compreensões Duradouras
● Reconhecer que existem diversas estruturas de poder que influenciam - direta e indiretamente -
nas ações e possibilidades do indivíduo;
● Compreender que os espaços de tomada de decisão precisam ser reflexo de toda a estrutura
social, motivo pelo qual é necessário que distintos perfis integrem esses cargos de liderança.
● Analisar que não há equidade de gênero e raça nos espaços de poder;
● Compreender a necessidade de implementação e manutenção de políticas de inclusão e acesso
para garantir a diversidade nesses espaços.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula:
● Materiais impressos, pincel e lousa.

Passo-a-passo:
2) Introdução: (20 min.)
Indique aos(às) estudantes que a temática central da aula será compreensão da hegemonia nos
espaços de tomada de decisão e que o primeiro momento da aula será destinado para a construção de
um mapa das relações de influência e dependência que existem na sociedade. Para isso, registre no
centro da lousa a palavra “Educação” e, a partir das perguntas disparadoras destinadas aos(às)
estudantes, crie conexões com as respostas apresentadas por eles(as) no decorrer da atividade.
Para guiar esse momento, questione os(as) estudantes: “Quem determina e os influencia a
estarem na escola?”. É provável que informem o papel da família, que a sociedade cria uma pressão
para isso, que a escola acompanha a frequência dos(as) estudantes, dentre outros. Registre na lousa
as instituições e agentes indicados por eles(as) (escola, família, sociedade, etc.).
Em sequência, pergunte: “Quem define o que vocês aprendem na escola?”. Caso apresentem
dificuldades em criar conexões com instituições e agentes que fazem essa delimitação, pontue que os
conteúdos apresentados em sala de aula não são selecionados de forma aleatória e facilite o caminho
de reflexão que há atuação de Poder Legislativo na elaboração de diretrizes e normas gerais, da
Secretarias de Educação na construção do referencial curricular, da escola na sistematização do seu
currículo e do(a) Professor(a) na seleção dos conteúdos e na estruturação do planejamento. Repita o
procedimento de registrar as respostas na lousa, fazendo conexões com a palavra central.
Por fim, apresente o seguinte questionamento: “Quem garante que você tenha direito à
educação? E quem fiscaliza para que não seja violado?”. Guie o debate para que os(as) estudantes
reflitam sobre o papel do Poder Legislativo - em nível federal, estadual e municipal - para a criação de
leis que possibilitem o acesso à educação, da importância do Poder Executivo para o cumprimento
dessas determinações legais e a ação do Poder Judiciário para fiscalizar e garantir que esse direito seja
garantido e para solucionar determinados impasses e conflitos de direitos, como a garantia de vaga nas
instituições de ensino, adequação do espaço escolar para atender estudantes com deficiência, dentre
outras situações.
Com as principais respostas na lousa, evidencie aos(às) estudantes que existem diversas
estruturas, agentes e sistemas que influem, de forma direta e indireta, a nossa vida, sendo que a
educação é apenas um exemplo, visto que é possível verificar essas relações em diversos outros
campos. Nesse sentido, os(as) congressistas, deputados(as) e vereadores(as), por exemplo, compõem
espaços de poder e tomada de decisão que determinam os rumos da Educação, na mesma proporção
que Presidente(a), Governador(a) e Prefeito(a) decidem as melhores formas de execução da lei e de
seus projetos, além da atuação dos Tribunais de Justiça e do Ministério Público no julgamento e
fiscalização de demandas nessa área.

3) Dinâmica: Qual a chance? (30 min.)


Explique que os(as) estudantes receberão um jogo em que assumirão a posição de um
personagem fictício e acompanharão todas as possibilidades de decisões e caminhos até chegarem no
grande sonho final, após passarem por quatro estágios. Para realização dessa atividade, separe a turma
em grupos de, aproximadamente, 6 estudantes, sendo que 5 serão participantes e um(a) conduzirá a
dinâmica, sendo denominado(a) como Mestre(a) do Tempo.
O Anexo I contém as informações do jogo, os cards com as situações de cada etapa e os números
de 1 a 5. Além disso, é importante que cada grupo tenha uma pequena urna ou caixa para que os
números sejam sorteados em cada rodada, pois se trata de um jogo de sorte. Cada uma das etapas se
refere a uma fase da vida de João, o personagem principal, desde a adolescência até a escolha de
carreira após a graduação.
Após a divisão dos grupos, é entregue ao(à) estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo
a urna para sorteio, além dos casos e números contidos no Anexo I. Peça para que ele(a) recorte os
números e os coloque dentro da urna para que sejam sorteados a cada rodada.
Em cada rodada, o(a) Mestre(a) do Tempo deverá ler a situação apresentada no campo contexto
do card e passar a urna para que cada participante escolha um número de 1 até 5, que são
correspondentes às alternativas de decisões contidas na folha. É importante que o(a) estudante pegue
o número de maneira aleatória, isto é, sem ver antes, e devolva na urna após o(a) Mestre(a) do Tempo
registrar qual foi a opção atribuída. Todos os(as) estudantes terão acesso às cinco opções e não há
problemas se dois ou mais estudantes seguirem pela mesma trajetória no jogo.
Cada situação contém a informação se o participante prossegue para a próxima rodada. Os(as)
estudantes que não prosseguirem devem permanecer assistindo o jogo até que o(a) último(a)
participante alcance o grande sonho ou seja eliminado(a). Finalizada a atividade, peça para que os(as)
estudantes retornem para seus lugares na organização originária da sala.

4) Exposição dialogada (25 min.)


De maneira inicial, solicite que os(as) estudantes compartilhem como se sentiram em relação à
última atividade, especialmente aqueles(as) que foram eliminados logo no início da atividade. Questione
o porquê de somente poucos(as) estudantes conseguirem alcançar o objetivo almejado pelo
personagem. Além disso, peça que respondam se o sucesso do personagem dependia, de maneira
exclusiva, da sua ação individual ou existiam outras questões que poderiam criar barreiras para isso.
Com base nas respostas da última pergunta, retome para a primeira atividade e demonstre
aos(às) estudantes que existe uma extensa e complexa estrutura por trás das nossas ações e que se
relacionam com as diversas áreas da vida. É o momento de demonstrar a centralidade que os espaços
de tomada de decisão e poder detêm na sociedade, em que assumem a função de nortear as
possibilidades de caminhos a serem trilhados. Nesse ponto, questione os(as) estudantes quem são as
pessoas que ocupam esses espaços, qual o perfil majoritário e as características socioeconômicas.
Em sequência, com a finalidade de demonstrar a intencionalidade da dinâmica, explique aos(as)
estudantes que, na primeira fase da dinâmica, o objetivo era refletir o levantamento feito pelo IBGE em
2018, o qual demonstrava que a taxa de conclusão do ensino médio da população preta ou parda estava
em 61,8%. Ou seja, esse dado foi traduzido na dinâmica no sentido de que o personagem só tinha 3 das
5 opções selecionáveis para concluir o ensino médio, em um total equivalente a 60% das chances, similar
ao que acontece na realidade.
Referente ao ingresso no ensino superior previsto na 2ª rodada, observa-se uma distância entre
as taxas de pessoas negras e brancas no acesso a esse nível de ensino. Em 2018, conforme o IBGE, a
taxa de ingresso era de 35,4% na população preta ou parda e de 53,2% na população branca. Por essa
razão, na dinâmica, o personagem só tinha 40% de chances de entrar na Universidade, o que seria
equivalente a duas situações para avançar no nível educacional e continuar no jogo.
A terceira fase reflete dados do nível de desemprego, em que, conforme levantamento realizado
em 2019 pelo IBGE, a média nacional era de 11,9%, sendo que a taxa de desocupação foi de 9,3% para
brancos e 13,6% para pretos ou pardos. Em razão disso, o personagem somente tinha 80% de chances
de conseguir um emprego, após a conclusão do curso superior. Essa fase encaminhava o personagem
para trilhar distintos caminhos, cada qual refletindo a porcentagem de eventual sucesso compassada
com a realidade.
Na rodada destinada para a carreira de magistratura, em que o personagem tem o desejo de se
tornar juiz, apenas uma das opções levava para esse objetivo, uma vez que apenas 18% dos juízes
brasileiros são pardos ou pretos, conforme relatório do perfil sociodemográfico dos magistrados
brasileiros de 2018 realizado pelo Conselho Nacional de Justiça.
A rodada da carreira política retrata que, após as eleições de 2018, apenas 24,36% da
Composição da Câmara dos Deputados eram de deputados federais negros, o que justifica o porquê
apenas uma das opções da dinâmica resultavam na eleição do personagem. Inclusive, conforme a
Agência Câmara de Notícias, homens, brancos, casados e com curso superior formam o perfil dominante
entre os candidatos à Câmara.
Por fim, a rodada atinente ao Setor Privado evidencia que, conforme dados de 2018 do IBGE,
apenas 29,9% dos cargos gerenciais eram ocupados por pretos ou pardos, enquanto 68,6% eram
ocupados por brancos. Com o objetivo de aproximar da realidade, o personagem somente tinha 20% de
chances, isto é, apenas uma situação, em que ele conseguiria o cargo gerencial almejado.
Pontue com os(as) estudantes que esses dados evidenciam a sub-representação de pretos e
pardos, mesmo compondo 56% da população brasileira. Esse processo de reflexão e análise também
pode ser associado aos níveis de representação de mulheres, LGBTs, pessoas com deficiência, dentre
outros recortes, nos espaços de poder e tomada de decisão.

5) Qual a chance? - Parte II: (15 min.)


Informe aos(às) estudantes que existe uma missão extra para a dinâmica realizada e eles(as)
precisam pensar em novas estratégias e soluções para garantir que João alcance seu grande sonho.
Eles(as) deverão, individualmente, responder de que forma é possível aumentar as chances do
personagem em cada uma das etapas e quem seria o agente responsável por executar essa ideia.
Para tanto, precisam elaborar uma solução para cada uma das rodadas e registrar as respostas
no caderno. Retome cada uma das situações com a turma e peça para que cada estudante reflita de que
forma as chances do João poderiam ser aumentadas e, principalmente, como e por quem isso seria
posto em prática.
Após 10 minutos, peça para que os(as) estudantes compartilhem suas respostas. Encaminhe a
discussão no sentido de garantir que os(as) estudantes estejam sugerindo ideias factíveis, isto é, que
sejam possíveis de serem postas em prática, ainda que em um futuro distante. Além disso, ao
mencionarem quem seria o responsável pela execução da ideia proposta, é importante que observem a
existência de uma estrutura complexa de poder, que envolve os três poderes e toda a sociedade.
Por fim, peça para que reflitam se seria mais provável que essas ideias já existissem se os
espaços de tomada de decisão fossem compostos de uma maneira que representasse a diversidade da
sociedade e compreendessem as dificuldades enfrentadas por diversos grupos da população.

6) Arremate (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e ao
final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo
- o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus
cadernos.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução e exposição dialogada: O(A) estudante participa ativamente das discussões e
expõe seu ponto de vista de maneira coerente e alinhada com a temática desenvolvida em sala
de aula. Além disso, traz contribuições pautadas em seu repertório sociocultural e apresenta uma
visão crítica em relação aos temas abordados.
● Dinâmica: Qual a chance?: O(A) estudante demonstra a habilidade de trabalhar de maneira
harmônica em grupo, exercitando a escuta ativa e sua capacidade de colaboração. Ainda, o(a)
estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo desenvolve a atividade de maneira
coordenada e é capaz de seguir as instruções estabelecidas.
● Qual a chance? - Parte 02: O(A) estudante demonstra reflexão crítica sobre as questões
apresentadas, propondo intervenções estratégias e visando a solução do caso, de maneira
embasada nas discussões evidenciadas durante a aula.
● Arremate: O(A) estudante consegue extrair as compreensões duradouras desejadas de todas
as atividades e discussões feitas durante a aula .
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I: Dinâmica - Qual a chance?
Para saber mais
● Por que o índice de negros em cargos políticos é baixo?
● Número de deputados negros cresce quase 5%.
● Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil.
● Podcast “Qual vai ser?”.
Referencial Teórico:
● Conselho Nacional de Justiça. Perfil Sociodemográfico dos Magistrados Brasileiros 2018:
Relatórios por Tribunal. Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/wp-
content/uploads/2011/02/5d6083ecf7b311a56eb12a6d9b79c625.pdf>. Acesso em 26 nov. 2020
● NERI, Marcelo C. A Escalada da Desigualdade - Qual foi o impacto da crise sobre a
distribuição de renda e a pobreza?. Rio de Janeiro: FGV Social, 2019. Disponível em:
<https://cps.fgv.br/desigualdade>. Acesso em 26 nov. 2020.

Aula 8
Tema Diferentes formas de corrupção
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCG02; EMIFCG07; EMIFCG08.
Objetivos
● Reconhecer o conceito de corrupção.
● Identificar ações comumente presentes no cotidiano brasileiro e que, apesar de terem passado
por processo de naturalização, podem ser consideradas corrupções.
● Identificar a noção estereotipada acerca do conceito de “jeitinho brasileiro”.
Perguntas Essenciais
● Você conhece os diferentes tipos de corrupção?
● Existe corrupção também fora do âmbito político?
● O que significa a expressão “jeitinho brasileiro”? É algo bom ou ruim?
● De onde vem a cultura do “jeitinho brasileiro” e o que ela revela sobre a nossa história e nosso
jeito de resolver problemas?
● Quais tipos de prejuízos a sociedade sofre com as “pequenas corrupções” do dia-a-dia?
Compreensões Duradouras
● Compreender que condutas corruptas são aquelas transgressões realizadas com objetivo de
obter vantagem privada e que ocasionam prejuízos à sociedade, de uma maneira geral.
● Reconhecer que a corrupção não está limitada ao âmbito político.
● Relacionar que as “pequenas corrupções” do dia-a-dia também geram forte impacto na
sociedade.
● Associar que a cultura de tolerância a pequenas corrupções acaba legitimando as corrupções de
escala maior.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; caderno; caneta ou lápis e borracha; caso seja possível,
computador ou celular que viabilize a reprodução de podcast e caixa de som.

Passo-a-passo:
1) Introdução: (10 min.)
Oriente os(as) estudantes a refletirem, em pares, sobre as questões: “Se você precisasse explicar
para um extraterrestre o que significa corrupção, como explicaria? Quais exemplos você daria para
explicar o conceito?”. Utilize a estratégia “virem e conversem” para os(as) engajar nesse momento inicial
da aula, e para garantir que todos(as) realizem o exercício de reflexão proposto.
Estratégia “virem e conversem”: informe aos(às) estudantes que eles(as) terão 2 minutos para
conversarem com o(a) colega que está ao seu lado sobre as questões apresentadas. Cada um(a) terá 1
minuto para apresentar as suas ideias para o(a) colega. Reforce a instrução de que deverão conversar
com quem está sentado ao lado, evitando, assim, que se levantem, movimentem as cadeiras e, dessa
forma, percam a agilidade que a estratégia demanda. Informe a que, logo que der o comando “virem e
conversem”, você começará a marcar o tempo e, assim que completar um minuto desde o começo da
dinâmica, você sinalizará para que a outra pessoa da dupla comece a compartilhar as suas ideias.
Ao final do tempo estipulado, peça que a dupla elabore uma resposta escrita para a pergunta “o
que é corrupção?” e a registre em seus cadernos. Esclareça que farão investigações durante a aula
sobre o conceito, sobre exemplos práticos de corrupção e sobre os impactos da corrupção na sociedade.
Assim, essas respostas serão verificadas no final da aula, para que eles(as) façam a autoavaliação das
que elaboraram.

2) Tertúlia dialógica: (60 min. - 20 minutos de leitura prévia e 40 minutos de compartilhamento)


Para o momento de Tertúlia, é importante que haja uma preparação prévia da turma para a
vivência. Assim, reforce o combinado de que, nesse momento de diálogo, é ainda mais importante que
todos(as) mantenham postura respeitosa e estejam disponíveis para escutar os argumentos e opiniões
do(a) outro(a), permitindo que todos(as) usufruam do seu turno de fala. Além disso, reforce que, para
que a atividade realmente funcione e consigam alcançar os objetivos do dia, é muito importante que
todos(as) se sintam confortáveis para participar do momento de discussão.
Nessa aula, o papel do(a) Professor(a) será o de moderador(a), garantindo a participação
igualitária de todos(as), sem a interferência nas discussões levantadas pelos(as) estudantes ou a
exposição de temas ou conteúdos.
Esclareça, então, que deverão se sentar em trios e fazer a leitura de texto que será distribuído a
eles(as) (Anexo I). Após a leitura, cada um irá escolher, ao menos, um trecho do texto que mais tenha
chamado a sua atenção e registrar no caderno as razões pelas quais gostou ou não do trecho lido. Por
fim, passarão a compartilhar com os(as) colegas do trio os registros que fizeram e, caso as falas dos(as)
colegas tenham feito com que o grupo chegue a novas conclusões ou reflexões, todos(as) irão registrar
também essas reflexões no caderno. Diga aos(às) estudantes que terão 20 minutos para fazer a leitura,
os registros e as discussões.
Transcorrido esse tempo, disponha a turma em uma grande roda e pergunte quem gostaria de
compartilhar as suas reflexões. Anote, na lousa ou em um papel, a lista de pessoas que pediram a
palavra. Esclareça que essa parte da atividade deverá ser finalizada em até 40 minutos, razão pela qual,
para que a maior quantidade de estudantes consiga falar, é preciso que sejam concisos(as) em suas
falas e respeitem o turno de fala de cada um.
Peça ao(à) primeiro(a) da lista que leia o trecho escolhido e apresente os argumentos para a
escolha que fez. Instigue os(as) estudantes a não apenas dizer se gostaram ou não do trecho, mas
também a trazerem argumentos, expondo o porquê das suas escolhas.
Após a exposição feita pelo(a) primeiro(a) da lista, abra espaço para comentários, perguntando
se alguém também quer falar sobre o trecho que acabou de ser lido ou sobre a fala do(a) colega, e anote,
em uma segunda lista, o nome dos(as) inscritos(as) para fazer comentários - interessante firmar um limite
de até 3 estudantes, para que não seja ultrapassado o tempo previsto para a atividade.
Passe, então, para o segundo nome da lista de pessoas que desejavam compartilhar as reflexões
sobre os trechos do texto que chamaram a sua atenção e siga o mesmo protocolo anterior, até que todos
os inscritos tenham compartilhado as suas ideias ou até que se esgote o tempo previsto para a atividade.
Observação: esta atividade poderá ser feita, caso haja recursos suficientes (caixa de som e
computador ou celular para reproduzir o áudio), com o apoio de podcast (Anexo II), em substituição ao
texto lido pelos(as) estudantes. Nesse caso, os(as) estudantes poderão escutar o podcast sentados em
seus lugares, sem a necessidade de se dividirem em trios. Caso não seja viável compartilhar o podcast
durante a aula, deixe como sugestão para que, se possível, os(as) estudantes escutem em casa,
reforçando que é muito importante que se familiarizem com o gênero e as possíveis formas de ser
planejado e estruturado.

3) Corrupção na prática: (15 min.)


Mantenha os(as) estudantes sentados em círculo e peça que passem entre eles(as) as imagens
que serão entregues a um(a) estudante - Anexo III. Explique que se trata de uma campanha idealizada
pela Controladoria-Geral da União em 2013, com o objetivo de provocar reflexões acerca de atitudes
que, apesar de serem bastante comuns e consideradas pouco graves ou até mesmo aceitáveis, são
antiéticas e, em alguns casos, ilegais.
Pergunte, então, aos(às) estudantes: “Vocês concordam que esses são exemplos de corrupção?
Alguém, na atividade inicial da aula, utilizou um desses exemplos para falar de corrupção? Esses
exemplos se encaixam no conceito que vocês deram sobre corrupção, no começo da aula?”

4) Arremate: (5 min.)
Peça que os(as) estudantes retomem as anotações que fizeram em seus cadernos durante a
atividade inicial, fazendo as alterações ou acréscimos que agora, após o momento de estudo e
discussão, entendam ser necessários. Reforce que essas anotações vão servir de apoio para a
construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha -, e que, portanto, é muito importante que
eles realizem a atividade com seriedade.
Peça que 3 estudantes compartilhem com a turma as alterações que fizeram - caso não apareçam
voluntários(as), faça sorteio pelo número na lista de chamada ou pedindo para que algum estudante ou
funcionário da escola aponte, de olhos fechados, para algum(a) estudante.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: é importante observar se os(as) estudantes atenderam aos comandos iniciais,
ficaram atentos(as) às marcações de tempo e concentraram a discussão na reflexão proposta
pelo(a) Professor(a).
● Tertúlia: os(as) estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante o momento de leitura
silenciosa (ou de escuta do podcast) e conseguiram fazer reflexões acerca do que leram ou
ouviram, traçando paralelos entre as informações novas e os seus conhecimentos ou vivências
anteriores.
● Corrupção na prática: os(as) estudantes conseguiram relacionar as discussões realizadas ao
longo da aula às situações práticas apresentadas a eles(as), reconhecendo nessas atitudes,
corrupções capazes de reforçar estereótipos e cultura que geram grandes malefícios à sociedade.
● Arremate: os(as) estudantes foram capazes de realizar autocrítica com relação às concepções
que inicialmente carregavam a respeito do conceito de corrupção e das condutas que
correspondiam a esse conceito, de modo que, sem intervenção direta do(a) Professor(a),
avaliaram as respostas que deram no começo da aula e fizeram alterações e acréscimos
suficientes para incluir em suas anotações ideias que contemplem as compreensões duradouras
esperadas para a presente aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - "Jeitinho brasileiro: da criatividade à corrupção"
● Anexo II - Podcast - #058 - O jeitinho brasileiro
● Anexo III - Campanha Controladoria-Geral da União (Pequenas Corrupções - Diga Não!)
Para saber mais
● CONVERSA SOBRE POLÍTICA: Jeitinho Brasileiro.
● “Pequenas” corrupções, grandes impactos.
Referencial Teórico:
● BARROSO, Luís Roberto. Ética e jeitinho brasileiro: por que a gente é assim? Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/dl/palestra-barroso-jeitinho-brasileiro.pdf>. Acesso em 25 de outubro
de 2020.
● Comunidade de Aprendizagem. Tertúlia Dialógica - 7 atuações de êxito. Disponível em:
<https://www.comunidadedeaprendizagem.com/uploads/materials/6/580d15e17ff1060840d2c66
06046dc28.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire. TERTÚLIA DIALÓGICA:
resumo teórico e sugestões de atividades para professoras/res que atuam nos Anos Inicias.
Disponível em: <TEXTO 3 -
TERTÚLIA_DIALÓGICA_Resumo_Teórico_Sugestões_de_Atividades (4) (1).pdf
(recife.pe.gov.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.

Aula 9
Tema Corrupção e política
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFLGG02; EMIFCHSA01.
Objetivos
● Identificar os sentidos do "jeitinho brasileiro" e observar que pode ser abordado de maneira
positiva.
● Investigar como a ideia de corrupção e jeitinho brasileiro afetam a política.
● Associar a importância da democracia no combate à corrupção.
● Avaliar a importância da participação e fiscalização ativa no campo político.
Perguntas Essenciais
● O conceito de “jeitinho brasileiro” está associado somente com práticas corruptas e ilegais?
● Como o Estado e os agentes políticos podem atuar no combate à corrupção?
● É importante participar e acompanhar o que acontece no campo político? Por quê?
Compreensões Duradouras
● Compreender que a ideia de “jeitinho brasileiro” pode estar associada com a capacidade de
demonstrar a criatividade. Ainda, pode caracterizar o traço solidário e conciliador brasileiro.
● Associar que é importante fortalecer as instituições democráticas para garantir um combate efetivo
à corrupção, em que distintos atores precisam trabalhar conjuntamente, sobretudo no campo
político, para diminuir os índices de corrupção.
● Compreender que é importante manter uma postura ativa perante à política, acompanhando e
fiscalizando a atuação dos representantes políticos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Materiais impressos; cartolina; canetas coloridas; blocos de notas adesivas; pincel e lousa.

Passo-a-passo:

1) Introdução (15 min.)


Retome o que foi apresentado na última aula, que a corrupção existe em diferentes níveis e que
existe a construção de um “jeitinho brasileiro” no imaginário popular. A partir disso, proponha aos(às)
estudantes os seguintes questionamentos: “Só há um lado negativo na ideia de jeitinho brasileiro? Quais
outras ações e características é possível enquadrar em uma visão positiva?” e colha algumas respostas.
Em sequência, registre na lousa o seguinte silogismo: “Os humanos são políticos/ Os corruptos
são humanos/ Logo, os corruptos são políticos”. Explique que a estrutura apresentada é de um silogismo,
método utilizado por Aristóteles ao desenvolver seus estudos no campo da argumentação, em que, a
partir de duas proposições (premissas), é possível obter, por dedução, uma terceira (conclusão).
Peça para que os(as) estudantes que concordam com a conclusão levantem a mão e selecione
alguns(algumas) estudantes para compartilharem as razões que os(as) fazem acreditar na veracidade
daquele silogismo. Em sequência, do mesmo modo, solicite aos(às) estudantes que discordam dessa
afirmação para que se manifestem e exponham suas opiniões em relação à conclusão apresentada.

2) World Café (45 min.)


Com algumas adaptações, propõe-se o modelo de dinâmica conhecido como World Café, uma
metodologia pautada na troca em grupos e que visa evidenciar a inteligência coletiva. Para tanto, organize
3 mesas de conversas e separe a turma em grupos. Deixe nas mesas uma cartolina em branco, canetas
coloridas e blocos de notas adesivas para que registrem as ideias e insights.
Após os(as) estudantes se acomodarem nas mesas, informe que eles(as) precisam escolher
um(a) anfitrião(ã), que permanecerá fixo(a) na mesa, enquanto os(as) outros(as) entrarão no esquema
de rodízio de mesas, denominados(as) como “viajantes”. A(O) anfitrião(a) é responsável por viabilizar o
debate na mesa e atualizar os(as) novos(as) viajantes que chegam sobre quais foram os pontos
abordados anteriormente. Cabe, assim, ao(à) anfitrião(ã) conectar as ideias apresentadas pelos grupos
anteriores com as discussões suscitadas pelo grupo presente. Os temas das mesas serão os seguintes:

❖ Mesa 01: O lado positivo do jeitinho brasileiro (Anexo 1);


❖ Mesa 02: Democracia e percepção sobre a corrupção (Anexo 2);
❖ Mesa 03: Mecanismos de acompanhamento da atuação dos agentes públicos (Anexo 3).

Cada rodada terá duração de 15 minutos, sendo que os primeiros 5 minutos serão destinados
para a reflexão da pergunta disparadora da respectiva mesa, a qual está em destaque no Anexo. Em
sequência, os(as) estudantes terão acesso ao Anexo da mesa com as leituras indicadas. Após todos(as)
os(as) viajantes lerem as informações disponibilizadas, o(a) anfitrião(ã) retomará a pergunta disparadora
para que os(as) estudantes discutam as principais informações do texto e como se relaciona com a
pergunta disparadora.
Encoraje que os(as) estudantes registrem suas reflexões, ideias e insights na cartolina, por meio
de frases, rabiscos e até desenhos. Além de um registro da construção coletiva do grupo, serve para que,
tanto o grupo quanto o(a) anfitrião(ã)) façam conexões com ideias de viajantes anteriores.

3) Momento de troca (25 min.)


Para viabilizar a troca e o debate dos principais pontos da atividade anterior, organize a sala em
círculo ou em meia lua (modelo U), formas de organização de espaço que facilitam a discussão entre
os(as) estudantes.
Solicite que os(as) estudantes designados como anfitriões(ãs) contem quais foram os principais
pontos levantados durante as discussões, bem como se houve algum padrão entre as respostas e
reflexões apresentadas pelos grupos. Encoraje para que os(as) viajantes contem como foi a experiência
e quais foram os principais aprendizados. Inclusive, solicite que façam relações com os temas estudados
nas aulas anteriores. Este é um momento para sintetizar as descobertas e analisar a efetivação do
conhecimento coletivo desenvolvido no decorrer da atividade.

4) Arremate (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e ao
final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo -
o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus cadernos.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: O(A) estudante demonstra a capacidade de defender seu ponto de vista de maneira
coerente e com propriedade.
● World Café: O(A) estudante demonstra participação colaborativa, exercitando a escuta ativa e
com ponderações que agregam para o debate. Além de evidenciar a capacidade de trabalhar em
grupo, o(a) estudante apresenta posições que fogem do senso comum e se relacionam com os
materiais de apoio e com os conhecimentos adquiridos nas aulas anteriores.
● Arremate: A partir das discussões pautadas nos distintos grupos, o(a) estudante consegue
sistematizar os principais aprendizados no decorrer das atividades, no sentido das compreensões
duradouras desejadas para esta aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo 1: Mesa 01 - O lado positivo do “jeitinho brasileiro”.
● Anexo 2: Mesa 02 - Democracia e percepção sobre a corrupção.
● Anexo 3: Mesa 03 - Mecanismos de acompanhamento da atuação dos agentes públicos.
Para saber mais
● Controle Social: o que você tem a ver com isso?
● Medindo a corrupção: conheça o ranking da Transparência Internacional
● Controle Social
Referencial Teórico:
● BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro - a arte de ser mais igual que os outros. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 1992.
● Barros Filho, Clóvis de. Corrupção: Parceria degenerativa/Clóvis de Barros Filho, Sérgio
Praça.– Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2014.
● BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
● LEAL, Rogério Gesta. Estado, democracia e corrupção: equações complexas. Revista de
Investigações Constitucionais, Curitiba, vol. 6, n. 1, p. 91-106, jan./abr. 2019

Aula 10
Tema Finalidade do Direito Administrativo
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG03; EMIFCHSA03; EMIFCG08.
Objetivos
● Compreender a definição de Estado e as suas atribuições específicas.
● Identificar as finalidades principais do Direito Administrativo, estabelecendo comparativo entre as
diretrizes que pautam o setor público e o setor privado.
Perguntas Essenciais
● O que é o Estado? Qual é a diferença entre “estado” e “Estado”?
● Qual é o papel fundamental do Estado?
● Por que não é viável administrar uma cidade da mesma forma como se administra uma empresa
privada?
● Qual é a importância de garantir que, em determinados momentos, os interesses da coletividade
se sobreponham a interesses individuais?
● Qual é o ramo do Direito que regula a atuação do Estado na sociedade?
Compreensões Duradouras
● Compreender que Estado é o conjunto de instituições que cuidam, administram e controlam uma
nação e seu conjunto de normas.
● Reconhecer que a finalidade do Estado é zelar pelo bem da coletividade.
● Associar que a Administração Pública se difere da Privada principalmente porque naquela os
interesses da coletividade se sobrepõem aos interesses privados.
● Identificar o Direito Administrativo como o ramo do direito que trata das normas jurídicas as quais
estão submetidas a Administração Pública.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; folha A4; caderno, caneta ou lápis, borracha e, caso seja
viável, projetor multimídia.

Passo-a-passo:
1) Introdução: (15 min.)
Destine esse momento inicial para fazer um levantamento das concepções prévias dos(as)
estudantes acerca dos conceitos que serão tratados ao longo da aula, sobretudo o conceito de Direito
Administrativo, investigando por meio de perguntas disparadoras, como: “Do que vocês acreditam que
o Direito Administrativo cuida? Com o que parece a palavra ‘administrativo’? E a Administração Pública,
para o que acreditam que serve?”. Registre na lousa, em tópicos, as ideias compartilhadas pelos(as)
estudantes.

2) Mapa mental: (30 min.)


Esclareça aos(às) estudantes que deverão ler o texto que será distribuído a eles(as) (Anexo),
destacando as palavras-chave e as informações que considerem mais importantes. Em seguida,
deverão elaborar na folha A4, que irão receber, um mapa mental com as principais informações e
conceitos presentes no texto lido.
Esclareça que o mapa mental deverá ser construído da seguinte forma: no centro da folha deverá
estar representado, por desenhos, símbolos ou palavras-chave, aquilo que os(as) estudantes
consideram que é o mais importante dentre todos os conceitos e informações presentes nos textos. A
esse centro deverão estar ligadas as informações e os conceitos que considerem que são derivados ou
menos relevantes. Oriente também que usem estratégias visuais, como utilizar as linhas que conectam
as informações com traçado mais fino ou mais grosso, para dar ênfase ou fazer associações em seu
mapa mental. Reforce que são apenas exemplos e que eles não precisam ficar presos a nenhum desses
modelos, desde que sigam a lógica do mapa mental.
A turma deverá ser organizada em grupos de quatro a cinco estudantes, sendo que cada um dos
componentes do grupo exercerá uma função específica (mediador(a): mediar a conversa e estimular
que todos(as) participem e que estejam compreendendo os comandos da atividade, além de levar as
eventuais dúvidas do grupo ao(à) Professor(a)(a) - nesse caso, deverá levantar a mão em silêncio e
aguardar que o(a) Professor(a)(a) venha até o grupo; relator(a): coletar e registrar as respostas
construídas pelo grupo; orador(a): apresentar a produção do grupo para o restante da turma; cuco:
controlar o tempo da atividade e garantir que todos estejam se sentindo confortáveis e engajados), além
de participar de todas as discussões e construções necessárias para a realização da atividade, como
um todo.

3) Análise e intervenções: (20 min.)


Recolha os mapas mentais construídos pelos(as) estudantes e explique que eles(as) irão receber
um mapa mental construído por outro grupo. Assim, deverão analisar o mapa mental que receberam e
discutir sobre os pontos que considerem de mais destaque, assim como aquelas informações que não
compreenderam ou que discordam. Feita essa análise e discussão, deverão realizar intervenções no
mapa mental para incluir as considerações que acreditem que precisam ser feitas, seja para reforçar
ideias já presentes no mapa, para acrescentar informações ou seja para apresentar reflexões críticas
sobre algo. Reforce o combinado de manifestar as suas opiniões de maneira respeitosa, sem
desmerecer ou anular as opiniões divergentes.

4) Compartilhamento de ideias: (20 min.)


Peça que os(as) estudantes organizem-se e apresentem para a turma, de maneira bastante
sucinta (em, aproximadamente, 2 minutos) as informações que consideraram mais importantes ao
elaborar o seu próprio mapa mental e as reflexões que tiveram, ao analisar o mapa mental dos(as)
colegas, compartilhando e justificando as intervenções que fizeram.

5) Arremate: (5 min.)
Escreva as perguntas na lousa: “Qual é a importância de garantir que, em determinados
momentos, os interesses da coletividade se sobreponham a interesses individuais? E de que forma o
Estado pode garantir isso?”. Peça que algum(a) estudante se voluntarie para responder uma delas na
própria lousa - caso não apareçam voluntários, faça sorteio através doo número na lista de chamada ou
pedindo para que algum(a) estudante ou funcionário(a) da escola aponte, de olhos fechados, para
algum(a) estudante.
Após o registro da resposta na lousa, pergunte à turma o que pensaram de diferente do que foi
respondido pelo(a) colega e o porquê disso. Oriente-os(as), então, a registrarem, de forma resumida, as
reflexões que foram levantadas a respeito da pergunta presente no quadro, de modo que essas
anotações apoiem a construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha. Reforce que essa
anotação será muito importante para os(as) ajudar, depois, com essa produção final.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: os(as) estudantes participaram do momento de conversação oral, compartilhando
as suas concepções prévias e respeitando o turno de fala do outro.
● Mapa mental: os(as) estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante o momento de leitura,
participaram ativamente das discussões promovidas em seu grupo, assim como da construção
do mapa mental. Aqui, é importante avaliar se os(as) estudantes destacaram as informações
mais importantes dos textos lidos, demonstrando que compreenderam o conceito de Estado, de
Direito Administrativo e as suas finalidades respectivas.
● Compartilhamento de ideias: os(as) estudantes mantiveram postura crítica-reflexiva, de modo
que conseguem autonomamente fazer apontamentos sobre o trabalho dos(as) colegas,
reforçando a avaliação do entendimento dos conhecimentos duradouros previstos para a aula.
● Arremate: os(as) estudantes conseguiram extrair de todas as atividades e discussões feitas
durante a aula as compreensões duradouras desejadas para esta aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Texto de apoio

Para saber mais


● Estado: entenda o que é esse conceito! (politize.com.br)
● Estado, país ou nação? Entenda as diferenças | Politize!
● Exemplos de Mapas Mentais
Referencial Teórico:
● BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
● REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.

Aula 11
Tema Princípios da administração pública
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCHSA01; EMIFCHSA02.
Objetivos
● Identificar que existem princípios que regem a atuação da Administração Pública;
● Reconhecer a existência dos princípios expressamente previstos no artigo 37, caput, da
Constituição Federal;
● Diferenciar os princípios do artigo 37 da Constituição Federal e listar as funções e características.
Perguntas Essenciais
● O que rege as ações dos agentes na administração pública?
● Qual a importância dos princípios previstos no artigo 37 da Constituição Federal para a
manutenção do Estado? É importante respeitar esses princípios?
● Quais as principais características e funções de cada um dos princípios explícitos da
Administração Pública?
Compreensões Duradouras
● Compreender que as ações dos agentes públicos e de toda máquina estatal é balizada por
princípios previstos na Constituição Federal.
● Analisar que cada princípio explicitado no artigo 37 da Constituição Federal possui uma finalidade
distinta e que sua observância vincula todo o Estado.
● Compreender que a não observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência fere toda a administração pública e pode significar o cometimento de um
crime.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Materiais impressos; cartolina; lápis; canetas coloridas; lousa; pincel.

Passo-a-passo:
1) Introdução (10 min.)
Inicie esta aula questionando se os(as) estudantes sabem o que é a Constituição Federal e qual
a finalidade deste documento. Retome que a Constituição Federal é a lei mais importante do país e
responsável por reger toda a atuação do Estado, visto que contém regras sobre como devem ser feitas
as leis e como devem funcionar os três Poderes, além de diversos outros temas importantes.
Registre na lousa o seguinte fragmento do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, contido no
capítulo sobre a Administração Pública:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]

Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>.
Acesso em 18 de Jun de 2021.

Peça para que os(as) estudantes, a partir das reflexões da aula anterior, pontuem o que entendem
por Administração Pública. Em seguida, explique que esta aula é destinada para explicar cada um desses
princípios e o porquê da administração pública obedecê-los.

2) Quebra-cabeça: (20 min.)


Para realização desta atividade, organize cinco estações com os respectivos textos contidos no
Anexo I, sendo que cada uma será destinada para um dos princípios da Administração Pública
(legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). Em seguida, separe a turma em
grupos de cinco estudantes, sendo que cada um(a) deverá ser nomeado com uma dessas letras: L - I -
M - P - E. Por exemplo, o grupo 01 será composto pelos(as) estudantes 1L, 1I, 1M, 1P e 1E, já o grupo
2 será formado pelos(as) estudantes 2L, 2I, 2M, 2P e 2E, assim sucessivamente.
Após a organização dos grupos, solicite que os(as) estudantes se dirijam para a estação em que
a primeira letra do princípio corresponda à sua letra de identificação, de forma que, quem tem L após os
números, deve ir para a estação do princípio da Legalidade; os(as) com a letra I devem ir para estação
da Impessoalidade; com a letra M, devem se dirigir para o princípio da Moralidade; os(as) estudantes
com a letra P se referem ao princípio da Publicidade; e, por fim, aqueles(as) com a letra E devem ir até
a estação do princípio da Eficiência.
Com os(as) estudantes em suas respectivas estações, solicite que leiam os textos disponíveis,
discutam e cheguem a uma compreensão final. Todos os membros do grupo recebem a missão de se
apropriarem do correspondente princípio da Administração Pública. Informe que os grupos terão 15
minutos para leitura, discussão e anotação das compreensões.

3) Juntando as peças: (30 min.)


Finalizado o tempo disponibilizado na atividade anterior, os(as) estudantes retomam aos seus
grupos originários. Neste momento, cada estudante deverá socializar as informações apresentadas nas
estações e, em sequência, o grupo deverá construir um produto final com as informações coletadas.
Dessa forma, os(as) estudantes terão acesso a todas as peças, o que resultará na compreensão geral
dos princípios da Administração Pública.
Entregue uma cartolina para cada grupo e informe que deverão escolher um(a) estudante como
harmonizador(a), responsável por garantir que todos tenham espaço para compartilhar as compreensões
das respectivas estações.
O(A) harmonizador(a) deverá conduzir um momento inicial de troca entre os(as) estudantes, em
que deverão expor os principais pontos suscitados nas estações, suas anotações e as compreensões
resultantes. Sequencialmente, o grupo deverá sistematizar todas essas informações na cartolina que
receberam. Encoraje os(as) estudantes a utilizarem abordagens criativas, em que poderão construir
mapas mentais e conceituais, infográficos, cartazes com lettering, entre outras possibilidades.

4) Socializando os resultados: (15 min.)


Solicite para que cada grupo apresente qual foi o produto final elaborado para o restante da turma.
Os grupos deverão expor, de maneira breve, o que entenderam de cada princípio e qual foi a estratégia
de sistematização utilizada na cartolina, como mapa mental, organização em tópicos, colunas, infográfico
etc.
Além disso, os grupos poderão pontuar quais são as principais dúvidas em relação ao tema, a fim
de encontrar respostas a partir do debate com o restante da turma e com o(a) Professor(a). Para esta
atividade, é interessante que a organização da sala esteja em meia lua, no modelo U, para que todos(as)
os(as) estudantes estejam voltados para a lousa e, ainda, seja propício para o debate.

5) Arremate: (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e ao
final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo
- o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus cadernos.

6) Atividade para casa: Pesquisa para a culminância (10 min.)


Considerando a proximidade da fase de produção da culminância - podcast ou cartilha -, informe
aos(às) estudantes que eles(as) deverão realizar pesquisas em relação aos temas que serão explorados
na atividade final desta Eletiva. Os grupos, cuja divisão ocorreu na aula 02, deverão responder as
respectivas perguntas contidas no Anexo VI. Nesse documento, constam perguntas que sintetizam os
principais elementos trabalhados no decorrer da Eletiva e apresentam reflexões que os(as) estudantes
já tiveram contato anteriormente.
Reforce que essa pesquisa é essencial para o desenvolvimento dos próximos passos da
culminância, pois será a principal fonte de informações para a elaboração do roteiro e a posterior
gravação do podcast ou a escrita da cartilha. Por esse motivo, destaque que as respostas precisam ser
bem elaboradas e devidamente embasadas por meio do uso de referenciais confiáveis.
Leia as instruções contidas no Anexo e, caso haja tempo, pontue quais questionamentos foram
designados para cada grupo. Em sequência, solicite que os grupos façam essa atividade em casa ou, se
possível, na escola durante o contraturno, e tragam para a próxima aula, visto que será de grande
importância para o processo de construção do esboço de roteiro que será exigido na aula 12.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Quebra-cabeça: Além de evidenciar a capacidade de trabalhar em grupo, o(a) estudante
apresenta posições que se relacionam com os materiais de apoio e com os conhecimentos
adquiridos nas aulas anteriores.
● Juntando as peças: O(a) estudante demonstra participação colaborativa, exercitando a escuta
ativa e com ponderações que agregam para o debate. Ainda, demonstra a capacidade de articular
os conhecimentos adquiridos de maneira coordenada e criativa.
● Arremate: A partir das discussões pautadas nos distintos grupos, o(a) estudante consegue
sistematizar os principais aprendizados no decorrer das atividades, no sentido das compreensões
duradouras desejadas para esta aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I: Estação 01 - Princípio da Legalidade
● Anexo II: Estação 02 - Princípio da Impessoalidade
● Anexo III: Estação 03 - Princípio da Moralidade
● Anexo IV: Estação 04 - Princípio da Publicidade
● Anexo V: Estação 05 - Princípio da Eficiência
● Anexo VI: Instruções para pesquisa - Culminância
Para saber mais
● Princípios Básicos da Administração Pública: Poderes, Deveres, Direitos e Responsabilidades do
Servidor.
Referencial Teórico:
● DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 19.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
● MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 1990, São Paulo: R. dos Tribunais.
● OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Princípios do Direito Administrativo. 2ª ed., São Paulo:
Método, 2013.
● Conheça os 5 princípios da Administração Pública!. Disponível em:
https://www.politize.com.br/principios-administracao-publica/. Acesso em 26 de Dez de 2020.

Aula 12
Tema Corrupção e princípios da administração pública
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCG02; EMIFCG03; EMIFLGG01.
Objetivos
● Identificar diferentes tipos de corrupção relativos à atuação no setor público.
● Associar casos de corrupção noticiados na mídia à violação de Princípios da Administração
Pública.
● Analisar os impactos causados na sociedade pela não observância dos Princípios da
Administração Pública.
● Organizar um rascunho para o roteiro do podcast ou da cartilha, a serem produzidos pelos(as)
estudantes e apresentados na culminância da Eletiva.
Perguntas Essenciais
● De quais formas o Direito cuida de evitar que atos de corrupção, prejudiciais à sociedade,
aconteçam?
● Quais prejuízos a sociedade sofre em decorrência de atos de corrupção?
● É possível que os prejuízos causados por atos de corrupção gerem impactos somente isolados,
ou seja, a apenas um ou outro setor da sociedade? Por quê?
● De que forma os Princípios da Administração Pública orientam as condutas dos agentes
públicos?
Compreensões Duradouras
● Reconhecer os Princípios da Administração Pública como norteadores para as definições legais
de combate à corrupção.
● Compreender que existem várias leis que visam combater a corrupção.
● Compreender que uma mesma conduta corrupta pode ser rechaçada por mais de uma lei, a
depender da ótica que se analisa o caso.
● Reconhecer que os atos de corrupção geram largos impactos na sociedade, podendo abalar a
economia do país, aumentar desigualdades e injustiças, assim como afastar a população do
cenário de decisão política, em razão do descrédito existente em torno dos governantes e
agentes públicos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; caderno, caneta ou lápis e borracha; cartolina; fita
adesiva (para expor os cartazes ao final); caneta hidrográfica.

Passo-a-passo:
1) Introdução: (5 min.)
Registre na lousa a seguinte proposta: escolha um dos Princípios da Administração Pública
estudados na aula anterior e escreva no seu caderno por que considera importante que ele seja
observado na administração da escola. De que maneira a rotina de todos que fazem parte da escola é
impactada pela observância desse Princípio?
Peça que os(as) estudantes reflitam sobre a questão exposta e elaborem uma breve resposta
em seus cadernos, em até 3 minutos. Em seguida, convide um(a) estudante a fazer a leitura do pequeno
texto que escreveram e abra espaço para que os(as) demais estudantes comentem os textos do(a)
colega, em um breve momento de discussão.

2) Breve exposição dialogada: (10 min.)


Comece esse momento de exposição dialogada pedindo que levante a mão quem acha que a
corrupção é um grave problema visto no Brasil. Em seguida, peça que levante a mão quem acha que a
corrupção é o problema mais grave enfrentado no Brasil. Conte então à turma que, em 2015, foi feita
uma pesquisa pelo Datafolha, que revelou que os brasileiros consideram a corrupção o maior problema
do país, superando outras questões, como educação, saúde, violência, etc.
Explique que existem diversas leis que estipulam medidas de combate à corrupção. Algumas leis
prevêem penalidades/sanções de caráter penal, ou seja, com a aplicação de pena de restrição de
liberdade e multa, enquanto outras buscam a reparação civil dos danos gerados pela conduta corrupta.
Assim, o Código Penal imputa como crimes alguns atos, como: 1) o de oferecer vantagem a
funcionário público, para benefício próprio - corrupção ativa; 2) o ato do servidor público que recebe ou
solicita, em razão de sua função, vantagem indevida - corrupção passiva; 3) o de influenciar ato de
servidores públicos, para benefício próprio ou de outras pessoas - tráfico de influência; 4) o ato do
servidor público que se apropria de dinheiro ou bem público que está em sua posse, em razão da função
que exerce - peculato; 5) o de exigir quaisquer vantagens, para si ou para outrem, em razão da função
que exercem - concussão, dentre outros. Existem outras leis, além do Código Penal, que também
prevêem pena de prisão por atos corruptos, como é o caso Lei de licitações, da Lei de lavagem de
dinheiro, Lei das Organizações Criminosas, etc.
Acrescente que existem, também, normas que preveem a reparação civil, ou seja, o pagamento,
pelo(a) corruptor(a), de valor suficiente para reparar os danos causados pela conduta corrupta. São leis
como o Código de Defesa do Consumidor, a Lei de Improbidade Administrativa, a Lei Anticorrupção e o
próprio Código Civil.
O Ministério Público Federal criou um portal que apresenta os diferentes tipos de corrupção
existentes e para os quais são previstas penalizações em lei, com a indicação de exemplos práticos
para cada um deles.
Por fim, questione aos(às) estudantes por que acreditam que existem tantas leis para tentar
combater a corrupção. O que entendem que há de problemático com a corrupção? Por que é vista como
um problema tão grave?

3) Mapeamento de consequências: (25 min.)


Esclareça aos(às) estudantes que irão receber um caso de corrupção que foi bastante divulgado
nas mídias. Eles(as) deverão ler o caso e analisar quais Princípios da Administração Pública foram
feridos por meio das condutas noticiadas. Além disso, deverão fazer um mapa de consequências,
registrando no centro de uma cartolina qual foi o caso de corrupção que receberam e qual é o principal
problema relacionado a esse caso (exemplos: rombo nos cofres públicos; abuso de poder; abuso de
informação, etc) e relacionar a esse caso e a esse problema principal possíveis consequências negativas
imputadas para a sociedade em razão dele. Advirta os(as) estudantes que devem tentar refletir e buscar
não apenas as consequências mais diretas, que atingem aquelas pessoas que estão estreitamente
ligadas ao fato ocorrido, mas todos os âmbitos da sociedade, de uma forma geral.
A ideia é desenhar um modelo simples de mapa de consequências, em formato de diagrama.
Peça, então, que os(as) estudantes se dividam em grupos de, no mínimo, 3 e, no máximo, 5 pessoas, e
cumpram essa primeira etapa da atividade, que consiste em leitura, discussão e construção do mapa
de consequências mental em 20 minutos.
Para tanto, distribua um cartão, contendo o relato de um caso de corrupção, por grupo (Anexo I).
Relembre-os(as) que cada um dos componentes do grupo deverá exercer uma função específica
(mediador(a): mediar a conversa e estimular que todos(as) participem e que estejam compreendendo
os comandos da atividade, além de levar as eventuais dúvidas do grupo ao(à) Professor(a) - nesse caso,
deverá levantar a mão em silêncio e aguardar que o(a) Professor(a) venha até o grupo; relator(a): coletar
e registrar as respostas construídas pelo grupo; orador(a): apresentar a produção do grupo para o
restante da turma; cuco: controlar o tempo da atividade e garantir que todos estejam se sentindo
confortáveis e engajados), além de participar de todas as discussões e construções necessárias para a
realização da atividade, como um todo.
4) Análise e intervenções: (20 min.)
Após a realização da primeira etapa da atividade, recolha os mapas de consequências
construídos pelos(as) estudantes e os respectivos cartões. Explique a eles(as) que irão receber um novo
caso de corrupção, bem como um mapa de consequências construído por outro grupo. Assim, deverão
ler e discutir o novo caso, bem como analisar o mapa que receberam. Irão acrescentar outras
consequências que ainda não estavam presentes no mapa e realizar intervenções, reforçando ideias ou
mesmo apresentando reflexões críticas sobre alguma consequência inserida pelos colegas do grupo
anterior. Reforce o combinado de manifestar as suas opiniões de maneira respeitosa, sem desmerecer
ou anular as opiniões divergentes. Explique que terão 10 minutos para completar essa etapa da
atividade.
Repita o procedimento até que toda a turma faça a leitura de três dos casos de corrupção e faça
intervenções em 2 respectivos mapas mentais .

5) Exposição e análise das versões finais dos mapas mentais: (10 min.)
Recolha todos os mapas de consequências e redistribua-os, entregando aos grupos aqueles
mapas que construíram inicialmente. Oriente os(as) estudantes a analisarem as ideias apresentadas
pelos(as) colegas, registrando no caderno as sugestões e interferências que mais chamaram a atenção
deles(as) e, em seguida, compartilhando com o seu grupo as anotações que fizeram, contando por que
acharam aquela interferência interessante e o que mais chamou a sua atenção. Esclareça que terão 10
minutos para realizar essa etapa final da atividade.

6) Arremate: (5 min.)
Escreva as perguntas na lousa: “É possível que os prejuízos causados por atos de corrupção
geram impactos somente isolados, ou seja, a apenas um ou outro setor da sociedade? Por quê?” Peça
que algum(a) estudante se voluntarie para responder a pergunta na lousa - caso não apareçam
voluntários, faça sorteio pelo número na lista de chamada ou pedindo para que algum(a) estudante ou
funcionário da escola aponte, de olhos fechados, para algum(a) estudante.
Após o registro da resposta na lousa, pergunte à turma o que pensaram de diferente do que foi
respondido pelo(a) colega e o porquê disso. Oriente-os(as), então, a registrarem, de forma resumida, as
reflexões que foram levantadas a respeito da pergunta presente no quadro, de modo que essas
anotações apoiem a construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha. Reforce que essa
anotação será muito importante para os(as) ajudar, depois, com essa produção final.

7) Elaboração do rascunho do roteiro - para podcast ou cartilha: (15 min.)


Destine esse período final da aula ao início da produção do podcast ou da cartilha, a ser
apresentada no dia da culminância. Desse modo, faça uma breve exposição dialogada acerca do passo
a passo necessário para essa produção. Feita a divisão dos grupos e a distribuição dos temas na aula
02, bem como tendo sido os(as) estudantes orientados(as) a iniciarem pesquisa a respeito do tema que
irão trabalhar, este é o momento de elaborarem um primeiro rascunho do roteiro do podcast ou da
cartilha, que será revisado e finalizado na aula seguinte.
Caso a turma tenha optado por produzir um podcast, é importante esclarecer a que tal gênero
pode ter diferentes formatos e estilos. Assim, um podcast pode ter um tom de um bate-papo sobre
determinado assunto, pode conter entrevistas ou pode ser a construção mais firmemente pré-
estabelecida de uma reflexão aprofundada sobre a temática abordada.

Esclareça, então, que, até o final da aula, deverão ter:

1) definido qual será o público-alvo do podcast ou da cartilha;


2) listado os tópicos que irão abordar;
3) planejado a maneira como irão abordar os assuntos (se no podcast haverá trechos de
entrevistas, se será um bate-papo, se apenas uma ou mais pessoas apresentarão reflexões, se irão
construir uma história para tratar do assunto. Caso optem pela cartilha, precisarão também definir como
será a construção do texto);
4) organizado e elaborado um rascunho para roteiro do podcast ou da cartilha.

Para apoiá-los(as) na escolha dos assuntos a serem trabalhados, distribua, entre os grupos, um
cartão com com a descrição dos temas distribuídos a cada grupo (Anexo II). Além disso, oriente-os(as)
a retomar as anotações que fizeram no caderno, ao longo do semestre, principalmente aqueles registros
feitos ao final de cada aula, assim como as pesquisas que fizeram em casa.
Passe pelos grupos durante a aula, para verificar como está o andamento do trabalho, bem como
as dificuldades que os(as) estudantes estão encontrando. É possível que os(as) encontrem certa
dificuldade para esboçar a estrutura do roteiro.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: Os(As) estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante o momento de escrita,
demonstrando que refletiram sobre a questão proposta pelo(a) Professor(a). Além disso, foi
possível perceber, por meio dos pequenos textos compartilhados e pelas contribuições orais
dos(as) estudantes, que compreenderam a importância e aplicabilidade dos Princípios da
Administração Pública estudados na aula anterior.
● Mapeamento de consequências: Os(As) estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante
o momento de leitura, participaram ativamente das discussões promovidas em seu grupo, assim
como da construção do mapa de consequências, momento em que demonstram que conseguem
resgatar, de suas percepções e vivências prévias, possíveis impactos sociais causados pelos
casos de corrupção que leram.
● Exposição e análise das versões finais dos mapas mentais: Os(As) estudantes mantiveram
postura crítica-reflexiva, de modo que conseguem autonomamente fazer apontamentos sobre o
trabalho dos(as) colegas, reforçando a avaliação do entendimento dos conhecimentos
duradouros previstos para a aula.
● Arremate: Os(As)estudantes conseguiram extrair as compreensões duradouras desejadas de
todas as atividades e discussões feitas durante a aula
● Elaboração do rascunho do roteiro: Os(As) estudantes fizeram bom uso do tempo e se
engajaram na tarefa de começarem as discussões acerca da elaboração do roteiro para o
podcast ou para a cartilha. Ouviram ativamente as ideias apresentadas pelos(as) colegas e
fizeram o registro das propostas elaboradas neste momento.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - cartões com casos de corrupção emblemáticos.
● Anexo II - cartões de apoio para a elaboração do rascunho do roteiro.
Para saber mais
● 10 leis contra a corrupção no Brasil (jusbrasil.com.br)
● Portal de Combate à Corrupção (mpf.mp.br)
● Datafolha: Corrupção lidera, pela primeira vez, pauta de problemas do país
● Artigo sobre podcasts
● Construção de cartilhas
Referencial Teórico:
● MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 1990, São Paulo: R. dos Tribunais.
● Datafolha. Corrupção lidera pela primeira vez pauta de problemas do país. Disponível em
<https://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2015/11/1712972-corrupcao-lidera-pela-
primeira-vez-pauta-de-problemas-do-pais.shtml>. Acesso em 18 de Jun de 2021.

Aula 13
Estrutura composicional do podcast ou da cartilha e
Tema roteiro
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFLGG03; EMIFCG06.
Objetivos
● Revisar o roteiro do podcast ou da cartilha e elaborar a sua versão final.
● Aplicar a gravação do podcast ou a escrita da cartilha.
Perguntas Essenciais
● Como é feita a produção de um podcast ou cartilha?
● O que torna um podcast ou uma cartilha interessantes?
● Quais tópicos ou abordagens não podem faltar no podcast ou na cartilha produzida por vocês?
● Quais ferramentas são necessárias para a gravação do podcast ou a escrita da cartilha?
Compreensões Duradouras
● Reconhecer a importância de planejar a produção de um texto, escrito ou oral, antes da sua
produção, propriamente dita.
● Compreender que podcast é um gênero oral, publicado nos meios digitais, normalmente
composto por diversos episódios, semelhantes a programas de rádio.

Ou, caso seja feita a opção pela elaboração da cartilha:

● Compreender que a cartilha é um texto impresso de caráter educativo ou instrutivo, que tem por
finalidade apresentar informações aos leitores, acerca do tema abordado na cartilha.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Caderno, lápis, caneta; caixa de som (caso tenham optado pela produção do podcast); material
impresso (caso tenham optado pela produção da cartilha).

Passo-a-passo:

No fim, deixamos essa aula para produção da versão final do roteiro e começo das gravações.
1) Finalização e revisão da versão final do roteiro: (40 min.)
Comece a aula explicando aos(às) estudantes que, durante os primeiros 40 minutos da aula, irão
finalizar e revisar o roteiro da cartilha ou do podcast. E que, após esse tempo, irão iniciar a gravação ou
escrita de seus produtos finais. Assim, oriente-os(as) a fazerem a divisão dos grupos e a retomarem os
trabalhos que iniciaram na aula anterior. Passe pelos grupos para acompanhar o desenvolvimento dos
trabalhos e para esclarecer eventuais dúvidas.
Decorridos os 40 minutos destinados à finalização e revisão dos roteiros, caso opte por produzir
o podcast, siga normalmente para o próximo passo. Caso sua escolha seja pela cartilha, siga para o
passo 3 deste plano.

2) Gravação do podcast: (50 min.)


A produção de um podcast demanda itens tecnológicos básicos, sendo indispensável um celular
ou computador e um microfone, o qual pode ser externo ou embutido no celular ou nos fones de ouvido.
Além disso, é necessário um software ou aplicativo de edição de áudio, mas esse ponto será trabalhado
no tópico seguinte.
É importante que a gravação ocorra em espaços com poucos ruídos e interferências externas,
então, caso seja possível, possibilite que os grupos se organizem em distintos espaços da escola ou
estabeleça turnos de gravação para cada grupo na sala de aula, sendo que, neste momento, os demais
estudantes não podem fazer barulhos ou deverão se retirar da sala. Uma dica é fechar as portas e as
janelas para diminuir os sons externos.
Sugere-se que cada episódio do podcast tenha 15 minutos de duração, sendo um para cada
sequência didática. De toda forma, considerando que o produto passará por edição, os(as) estudantes
podem gravar áudios mais longos, desde que seja viável o corte de partes, mas com a manutenção do
sentido dos elementos dialogados.
No momento da gravação, acompanhe os(as) estudantes para verificar a entonação, dicção, a
forma e os usos de expressão, a fim de garantir que mantenham uma linguagem clara e adequada para
o público-alvo.
Uma sugestão é padronizar a vinheta de abertura para todos os episódios, o que corrobora para
a construção de uma identidade única para esta culminância. Alinhe com os(as) estudantes uma forma
interessante para iniciar cada episódio, seja com uma música, uma chamada oral, um jingle, dentre
outras possibilidades.
Ao final do tempo destinado para a realização desta atividade, informe a turma que, na próxima
aula, haverá mais 20 minutos para a finalização das gravações. Inclusive, faculte aos(às) estudantes
para que, caso se mostre viável e necessário, deem continuidade na atividade em casa ou na escola
durante o contraturno, caso essa última opção seja autorizada.

3) Produção da cartilha: (50 min.)


Após a construção do roteiro de elaboração da cartilha, agora é momento de efetivamente
construí-la. Alguns pontos devem ser observados na elaboração da cartilha como a utilização de
linguagem clara e objetiva, adequação ao público-alvo definido anteriormente e o uso de referências
confiáveis. Se possível, leve exemplos físicos ou digitais de cartilhas para que os(as) estudantes utilizem
como forma de inspiração, tanto para o processo de criação do conteúdo quanto para a fase de edição.
Pontue que o roteiro previamente elaborado serve como um guia para execução do projeto, mas
que é passível de alterações e reorganizações. Alguns pontos elaborados no processo de ideação, na
prática, deixam de fazer sentido ou é inexequível, sendo que isso faz parte do processo de construção
da culminância.
Os(as) estudantes devem definir quais serão os tópicos abordados e, em sequência, produzir o
texto informativo relativo aquela parte da cartilha. Considerando a finalidade desse gênero, mencione
que é recomendado evitar que as abordagens sejam extensas e muito detalhistas, visto que o foco é
garantir acesso fácil à informação. Circule nos grupos para verificar se a abordagem e o uso da
linguagem estão compatíveis com a finalidade da cartilha e, caso seja necessário, auxilie os grupos para
adequar ou alinhar o texto com a ideia da culminância.
Além disso, é importante pensar em qual será o título da cartilha. Para tanto, os(as) estudantes
devem refletir sobre qual título faz mais sentido ante todo o trabalho desenvolvido e que seja capaz de
dar uma noção geral de qual é a temática abordada.
Ao final do tempo destinado para a realização desta atividade, informe aos(as) estudantes que,
na próxima aula, haverá mais 20 minutos para a finalização da produção da cartilha. Inclusive, faculte
aos(as) estudantes para que, caso se mostre viável e necessário, deem continuidade à atividade em
casa ou na escola, durante o contraturno, caso essa última opção seja autorizada.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Finalização e revisão da versão final do roteiro: Os(As) estudantes mantiveram-se engajados,
participando ativamente das discussões e construções promovidas em seu grupo, demonstrando
que conseguem resgatar os aprendizados obtidos ao longo da Eletiva.
● Gravação do Podcast e Produção da Cartilha: Além de evidenciar a capacidade de trabalhar
em grupo, o(a) estudante consegue executar os pontos elaborados no roteiro com autonomia e
propriedade da temática. Demonstra a capacidade de se posicionar de maneira crítica e
consciente, a partir de argumentos robustos e embasados, visando a produção da culminância
definida.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Não possui.
Para saber mais
● Agregadores de podcast:
- Spotify: <https://www.spotify.com/br/>
- Deezer: <https://www.deezer.com/br/>
- Castbox: <https://castbox.fm/>
- Soundcloud: <https://soundcloud.com/>
- Podcasts Google: <https://podcasts.google.com/>
Referencial Teórico:
● CUNHA, Juliana Andrade Cunha; NEJM, Rodrigo. Preocupado com o que acontece na Internet?
Quer conversar? SaferNet Brasil, 2015. Disponível em:
<Diálogo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf (safernet.org.br)>. Acesso em: 13 dez.
2020.
● Nova Escola. Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula. Disponível em: <Chegou a hora
de inserir o podcast na sua aula (novaescola.org.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.

Aula 14
Tema Elaboração do podcast ou da cartilha.
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHSA01; EMIFCHSA02; EMIFCG09.
Objetivos
● Esquematizar as ferramentas necessárias para a gravação do podcast ou para a produção da
cartilha.
● Aplicar a gravação do podcast ou a escrita da cartilha.
● Editar o material produzido com o uso das ferramentas disponíveis.
Perguntas Essenciais
● O que é necessário observar na gravação do podcast ou na escrita da cartilha?
● Quais ferramentas são necessárias para a produção da culminância?
● Como garantir que o roteiro seja executado na produção do podcast ou da cartilha?
Compreensões Duradouras
● Reconhecer a importância do planejamento prévio para viabilizar a produção de um produto final,
no caso a cartilha ou o podcast;
● Compreender a importância do trabalho colaborativo para materialização de um projeto;
● Compreender os passos necessários para a produção de um podcast ou de uma cartilha, desde
a elaboração até o processo de edição e revisão.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Roteiros manuscritos ou digitados; celular ou computador; papel; caneta.

Passo-a-passo:

1) Gravação do Podcast: Parte II (20 min.)


Informe, através da plataforma de contato, que os(as) estudantes devem concluir o processo de
gravação e verificação de qualidade do áudio. Assim, após o momento de gravação, peça que enviem
os áudios para você. É importante ouvir os áudios para verificar se foram captados corretamente e se
não existem interferências que prejudiquem a construção do produto final.
Caso seja necessário, os(as) estudantes devem regravar a parte prejudicada para substituir
durante a edição. É importante destacar que a má qualidade do áudio ou a existência de interferências
ou ruídos consideráveis pode inviabilizar que as pessoas consumam o material produzido pelo grupo,
motivo pelo qual é extremamente importante se atentar a esses detalhes durante o momento de revisão.

2) Edição do Podcast: (55 min.)


Existem diversos aplicativos e softwares de uso gratuito e que podem funcionar como
instrumentos de gravação e edição dos episódios do podcast, conforme exemplos abaixo:

❖ Audacity: é um programa gratuito que pode ser usado para editar, gravar, importar e exportar
diversos formatos diferentes de arquivos de áudio. Com uma interface intuitiva, o audacity é um
software de fácil uso.
❖ Spreaker Podcast Studio: é um aplicativo para celulares que possibilita a gravação e edição de
áudios. Disponível gratuitamente para android e iOS.
❖ CutMP3: uma plataforma online que permite cortar trechos de um arquivo de áudio. Apesar das
funcionalidades limitadas, o CutMP3 é uma boa ferramenta para ações básicas de tratamento do
arquivo.

Além desses, conta-se com a disponibilidade de diversas outras ferramentas que podem ser
utilizadas. Apesar dos vários programas de edição se mostrarem intuitivos, é importante se apropriar das
funcionalidades básicas para garantir o sucesso da atividade, motivo pelo qual tanto os(as) estudantes
quanto os(as) Professores(as) devem pesquisar tutoriais de como utilizar o software ou aplicativo
escolhido.
Na fase de edição, é necessário ter como principal foco minimizar os ruídos e aumentar o som
da gravação. Isto é, é importante que eventuais ruídos e inadequações das falas das pessoas sejam
tratados, bem como é importante garantir que o volume da fala das pessoas estejam compatíveis.
Vale se atentar para garantir que a trilha e os efeitos sonoros não se sobressaiam em relação à
voz dos apresentadores. O principal foco é garantir que o episódio apresente um áudio de qualidade e
agradável. De modo geral, será por meio da edição que os(as) estudantes terão a possibilidade de cortar
partes dos áudios, adicionar a vinheta, trilha sonora, diminuir os ruídos e adequar ao tempo indicado
para cada episódio.
3) Produção da cartilha: Parte II (20 min.)
Informe os(as) estudantes, através da plataforma de contato, que devem concluir o processo de
produção da cartilha. É um momento importante para se atentar se todos os tópicos e elementos
apresentados no roteiro foram devidamente contemplados na cartilha, bem como se todas as ideias
foram apresentadas de uma forma que seja compatível com o público-alvo estabelecido previamente.
Ainda, é de suma importância a revisão ortográfica, se atentar para os elementos de grafia,
ortografia, coesão e coerência do texto construído, sobretudo para garantir que a mensagem seja
repassada conforme planejado e que sejam removidos e/ou alterados elementos que atrapalhem a
posterior leitura e interpretação do produto final desta Eletiva.

4) Edição da cartilha (55 min.)


Além da parte escrita, há a fase de edição do conteúdo produtivo. É neste momento que as
imagens, desenhos, mapas mentais, gráficos devem ser introduzidos. Existem diversos aplicativos,
plataformas e softwares de uso gratuito e que podem funcionar como instrumentos de edição da cartilha,
conforme exemplos abaixo:

❖ Word, google docs, libreoffice, etc: Há uma pluralidade de programas que funcionam como
editores de texto, em que é possível escrever os textos, dividir os tópicos, incluir imagens,
construir infográficos, dentre outras funcionalidades. Além disso, existem versões online que
permitem que diversas pessoas trabalhem simultaneamente no mesmo documento, sem a
necessidade de baixar qualquer programa.
❖ PowerPoint e Google Slides: São programas de apresentação em que é possível incluir textos,
imagens e definir o layout. Essas ferramentas usualmente são utilizadas apenas para
apresentações, mas é possível construir a cartilha e salvar na extensão .pdf para posterior
impressão. Existem versões online e para dispositivos móveis.
❖ Canva: É uma plataforma de design gráfico que permite aos usuários criar gráficos de mídia
social, apresentações, infográficos, pôsteres e outros conteúdos visuais. Está disponível online
e em dispositivos móveis

Lembre os(as) estudantes que uma cartilha demanda um visual leve, atraente e de fácil
compreensão, motivo pelo qual precisam estudar a melhor forma de dispor os textos e imagens, além
de refletirem qual a melhor combinação de cores, fontes e layout. Existem diversas indicações de paletas
de cores na internet que facilitam a escolha harmônica das eventuais cores que farão parte dos trabalhos
desenvolvidos.

5) Revisão e hospedagem (15 min.)


Neste ponto da aula, espera-se que a culminância esteja finalizada, demandando apenas
pequenos ajustes. Após todo o processo de produção e edição, peça para que os(as) estudantes façam
um processo de revisão para analisar se existem falhas que demandam correção. Circule pela sala para
analisar o produto final elaborado pelos(as) estudantes e, caso julgue necessário, faça os apontamentos
pertinentes para melhoria da atividade.
Em relação ao podcast, os(as) estudantes devem observar a qualidade da gravação, no sentido
de verificar se há clareza das falas e dos sons; a eventual existência de ruídos que atrapalhem
substancialmente o episódio; se o volume, tanto das falas quanto da trilha sonora, está harmônico e,
ainda, se o conteúdo e a linguagem se mostram adequados para a finalidade e para o público-alvo.
Por sua vez, em relação à cartilha, os(as) estudantes precisam verificar se é visualmente
agradável; se a leitura parece fluida e atende ao propósito comunicativo; a existência de falhas de
digitação; a existência de coesão e coerência; o uso de linguagem clara e objetiva e, por fim, avaliação
se está adequada para o público-alvo.
Finalizada a revisão, os(as) estudantes devem hospedar a culminância para posterior divulgação.
No caso do podcast, sugere-se o uso do SoundClound que possui a opção para armazenamento
gratuito de até 3 horas de áudio, o Anchor que é uma plataforma gratuita para criação de podcast, o
Spreaker que também serve como plataforma de hospedagem de podcasts, dentre outros. Em
sequência, é possível publicar os arquivos nas plataformas como Spotify, Google Podcast, Deezer, etc.
Já no caso da cartilha, a hospedagem depende do tipo de divulgação escolhida pela turma. Caso
optem por produzir cartilhas físicas, basta salvar o arquivo e imprimir no formato das cartilhas. Caso
optem por compartilhar pelas redes sociais, é possível salvar o documento em uma extensão de imagem
(.jpg, jpeg) ou de arquivo (.pdf). Além disso, existem possibilidades de disponibilização online, como a
plataforma Issuu, que faz a hospedagem de documentos e revistas eletrônicas.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Gravação do Podcast e Produção da Cartilha: Além de evidenciar a capacidade de trabalhar
em grupo, o(a) estudante consegue executar os pontos elaborados no roteiro com autonomia e
propriedade da temática. Demonstra a capacidade de se posicionar de maneira crítica e
consciente, a partir de argumentos robustos e embasados, visando a produção da culminância
definida.
● Edição do Podcast ou da Cartilha: O(a) estudante demonstra participação colaborativa e a
capacidade de articular os conhecimentos adquiridos de maneira coordenada e criativa. Além
disso, apresenta atenção aos detalhes e engajamento na utilização de novas tecnologias digitais.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Aplicativos e plataformas:
● Audacity. Disponível em: <https://www.audacityteam.org/>
● Spreaker Podcast Studio. Disponível em: <https://www.spreaker.com/download>
● CutMP3. Disponível em: <https://mp3cut.net/pt/>
● Canva. Disponível em: <https://www.canva.com/>
● SoundCloud. Disponível em: <https://soundcloud.com/>
● Anchor. Disponível em: <https://anchor.fm/>
● Spotify. Disponível em: <https://www.spotify.com/br/>
● Google Podcast. Disponível em: <https://podcasts.google.com/>
● Deezer. Disponível em: <https://www.deezer.com/br/>
Para saber mais
● Podcast: o que é e como criar um de qualidade em 5 passos.
● Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula.
● Criar um livreto ou um livro no Word
● Como fazer panfleto online.
Referencial Teórico:
● FREIRE, Eugênio Paccelli Aguiar. Podcast na educação brasileira: natureza, potencialidades
e implicações de uma tecnologia da comunicação. 2013. 338 f. - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Natal, 2013. Disponível em:
<https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/14448> . Acesso em 01 dez. 2020.

Aula 15
Tema Divulgação e encerramento
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHSA03; EMIFCG06; EMIFCG08.
Objetivos
● Apresentar para a comunidade escolar o produto final desta Eletiva - cartilha ou podcast;
● Dialogar e debater sobre os temas abordados nos episódios do podcast ou nos tópicos da cartilha;
● Refletir e avaliar a trajetória de aprendizagem dentro da Eletiva, tanto individual quanto coletiva.
Perguntas Essenciais
● Quais são as melhores formas de expor os resultados da Eletiva?
● Como traduzir os principais pontos da culminância em cartazes para o evento de divulgação?
● Quais foram os principais aprendizados da Eletiva?
● Quais são os pontos de destaque e os de melhoria da Eletiva e da atuação dos estudante e do(a)
Professor(a)?

Compreensões Duradouras
● Compreender formas efetivas de sintetizar e explanar um conjunto complexo de informações para
alcançar distintos públicos de maneira clara e coerente.
● Compreender como agregar novas perspectivas e visões a partir da troca entre pares com uma
postura aberta e harmônica.
● Analisar os impactos da disseminação de informação com qualidade para a comunidade escolar,
por meio da culminância.
● Avaliar os impactos que a Eletiva teve no seu processo de formação, sobretudo no sentido de
despertar a consciência crítica em relação aos temas abordados e de possibilitar uma atuação
cidadã ativa.

Fase 2 - Plano de Aprendizagem


Materiais para aula
● Cartolinas; canetas coloridas; caixas de som (caso opte pelo podcast); materiais impressos (caso
a cartilha seja física).

Passo-a-passo:
1) Introdução (20 min.)
A última aula tem dupla finalidade: divulgar a culminância elaborada e proceder o encerramento da
Eletiva. Para realização do evento de divulgação da cartilha ou do podcast, sugere-se que o espaço da
sala de aula seja organizado por ilhas temáticas, ou seja, que cada grupo fique responsável por uma parte
do espaço da sala de aula, em que deverá apresentar a sua cartilha ou episódio.
Encoraje os(as) estudantes para que produzam cartazes, infográficos, mapas conceituais e outras
formas de comunicação para ilustrarem a produção realizada na culminância e decorar as ilhas temáticas.

2) Evento de divulgação da culminância (40 min.)


Após a organização do espaço da sala de aula, chegou a hora de divulgar os trabalhos elaborados
durante a Eletiva. Converse com a turma para analisar qual a melhor forma de realizar o evento. Por
exemplo, pode ser um momento para que os pais e responsáveis compareçam na escola para conhecer
a culminância ou dedicada para que os(as) estudantes das outras turmas passem pelas ilhas temáticas.
Os(As) estudantes devem aproveitar esse momento para explicar o conteúdo trabalhado, contar
os detalhes do processo de construção da cartilha ou culminância, realizar indicações de fontes de
aprofundamento, dentre outros pontos.
Caso a culminância esteja disponível digitalmente, sugere-se a utilização de um gerador de QR-
Code, disponível em diversos sites, para que os(as) participantes do evento consigam acessar a
culminância de maneira ágil por meio do aparelho móvel.

3) Roda de encerramento (30 min.)


Para finalizar a Eletiva, após o evento de divulgação, organize a sala em círculo para possibilitar
um momento de troca entre toda a turma. Explique que será um momento de reflexão sobre os principais
aprendizados que obtiveram durante as aulas e quais foram as principais contribuições práticas da Eletiva.
Inicialmente, devolva aos(às) estudantes o roteiro de perguntas da primeira aula, referente à
atividade diagnóstica, em que precisavam responder determinadas perguntas com base nos
conhecimentos prévios. Questione se existiram alterações das percepções em relação aos temas
apresentados e de que forma a disciplina teve papel nesse processo de mudança de compreensão.
Em seguida, pergunte para a turma quais são as principais compreensões que a Eletiva
proporcionou para cada um(a), quais foram os melhores momentos das aulas, bem como quais são os
pontos de atenção e melhoria. Além disso, aproveite para questionar como essa Eletiva impactará suas
vidas a longo prazo, por exemplo, na escolha da profissão ou na vida adulta.
Não se esqueça de registrar esse encerramento tão especial por meio de fotos e vídeos. Por fim,
agradeça a participação de todos e, se for pertinente, aproveite esse momento para conceder e receber
feedbacks sobre o desempenho dos(as) estudantes e do(a) Professor(a) no decorrer das atividades. Além
disso, aproveite para compartilhar com a comunidade escolar e com a sua rede de Professores(as) as
fotos desse momento e a sua experiência com a Eletiva.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Evento de divulgação da culminância: Os(as) estudantes demonstram a capacidade de articular
com propriedade os tópicos abordados no decorrer da Eletiva e materializados na culminância.
Além disso, mostram-se capazes de desenvolver as atividades de maneira colaborativa e mantém
uma postura aberta na interlocução com distintos públicos.
● Roda de encerramento: Os(as) estudantes conseguem indicar quais foram os principais
benefícios da Eletiva, bem como os pontos de atenção, tanto individuais quanto coletivos. Ainda,
observa-se que eles(as) conseguem realizar a avaliação da progressão em seu processo de
aprendizagem ao analisar as respostas concedidas no início da Eletiva e a percepção atual em
relação aos temas indicados.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Não possui.
Para saber mais
● Seis dicas para organizar eventos com a comunidade escolar.
● Roda de conversa: como usar essa estratégia na sala de aula
Referencial Teórico:
● FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 2005.
CADERNO DE AULAS REMOTAS
Orientações didáticas para o Ensino Remoto

Professor(a), é sugerido que, antes de iniciar a Eletiva, se faça um diagnóstico com a turma,
perguntando quais, dentre as plataformas digitais disponíveis, são mais utilizadas e acessíveis para ela
. Desta forma, você consegue analisar quais possibilidades fazem mais sentido para o contexto. Além
disso, é importante mencionar aqui que é possível adaptar aulas de acordo com a realidade de horários
de cada escola.
Neste documento, há instruções de ferramentas digitais acessíveis e de uso mais simples. Há
também alguns conceitos presentes ao longo de todas as aulas planejadas, cujas definições
encontram-se a seguir:

● Aula síncrona: É necessária a participação do(a) estudante e Professor(a) no mesmo instante


e no mesmo ambiente virtual, logo, ambos devem se conectar no mesmo momento e interagir
entre si de alguma forma para concluírem o objetivo da aula.
● Aula assíncrona: É a aula desconectada do momento real e/ou atual, ou seja, não é necessário
que os(as) estudantes e professores(as) estejam conectados(as) ao mesmo tempo para que as
tarefas sejam concluídas e o aprendizado seja atingido.
● Plataforma: É o meio pelo qual há a interação entre o(a) Professor(a) e os(as) estudantes.
Exemplo: Google Sala de Aula.
● Ferramenta: É o recurso digital utilizado dentro da atividade proposta. Exemplo: Site Padlet.
Orientações gerais para a preparação das aulas

O que fazer antes de uma síncrona

● Criar e deixar salvo um link para a reunião.


● Disponibilizar o link para os(as) estudantes. No Google Sala de Aula, é possível criar um link do
Google Meet para a turma, que fica disponível logo abaixo do nome da turma e pode ser usado
para todas as aulas.
● Preparar as ferramentas digitais que serão utilizadas.
● Alinhar com a turma as expectativas e enviar instruções para aula.
● Enviar para os(as) estudantes todos os materiais que irão utilizar durante a aula.
● Lembrar que, para cada nova ferramenta utilizada, é necessário designar um tempo da aula para
instruções/testagem/dúvidas. Esse tempo é estratégico para garantir a eficácia da metodologia
daquela aula e das seguintes.
● Preparar um Google Formulário com questões reflexivas sobre os aprendizados, erros e
contribuições que a aula gerou para o(a) estudante, além de perguntas que possam fornecer
dados para o(a) Professor(a), como: “Quais são os meios de comunicação mais usados por
você? Cite três.” Esse Google Formulário pode estar atrelado à atividade final da aula, chamada
no plano de aula de “arremate.”

O que fazer antes de uma assíncrona

● Preparar links e ferramentas digitais que serão utilizadas.


● Preparar textos e outros materiais usados como atividades, como vídeos e áudios.
● Alinhar com a turma as expectativas e enviar instruções para aula.Preparar um Google
Formulário com questões reflexivas sobre os aprendizados, erros e contribuições que a aula
gerou para o(a) estudante, além de perguntas que possam fornecer dados para o(a)
Professor(a), como: “Quais são os meios de comunicação mais usados por você? Cite três.”
Esse Google Formulário pode estar atrelado à atividade final da aula, chamada no plano de aula
de “arremate.”

O que fazer após uma aula assíncrona ou síncrona

● Colher os dados fornecidos pelas ferramentas digitais aplicadas.


● Avaliar a eficiência das ferramentas utilizadas para sua reutilização ou buscar novas
ferramentas.
● Dar devolutivas, de preferência individuais, aos estudantes sobre as atividades.

Sugestões de ferramentas digitais

Ferramentas do Google (Gsuite)

● Google Documentos: criação de documentos interativos e compartilhados. Os estudantes


podem trabalhar e editar um mesmo documento simultaneamente.
● Google Apresentação: criação de apresentações interativas e compartilhadas. Os estudantes
podem produzir e editar uma mesma apresentação simultaneamente. Você pode criar uma
dinâmica em que cada estudante elabora um slide, por exemplo.
● Google Formulário: criação de formulários. Pode ser usado para que os estudantes criem os
seus formulários para alguma atividade que requer criação de gráficos, por exemplo, ou para
que você possa coletar dados sobre seus estudantes e elaborar questionários sobre o conteúdo.
● Google Meet: um serviço de comunicação por videoconferência.
● Google Sala de Aula: um sistema de gerenciamento de conteúdo para escolas, em que é
possível a criação, a distribuição e a avaliação de trabalhos.

Ferramentas de gravação de vídeo

● Loom: para gravar vídeos de sua tela, câmera ou ambos (Site em inglês).
● Screencastify: uma extensão do Google Chrome que possibilita gravar a tela do computador
(Site em inglês).
● CamStudio: uma ferramenta semelhante às demais, mas que, segundo análises, é bem simples
(Site em inglês).

Ferramentas para a construção de murais e mapas mentais

● Miro: plataforma para Brainstorms ou para criação de mapas conceituais. Possibilita que
todos(as) acessem juntos(as) e adicionem seus post-its e suas anotações (Site em inglês). Vídeo
sobre como utilizar (em inglês, mas possui legendas).
● Padlet: plataforma para a criação de murais interativos(site simples e em português). Vídeos
sobre como utilizar.
● Jamboard: uma extensão do Google Chrome, que é uma lousa digital interativa. Tem
compatibilidade para colaboração on-line. Vídeo sobre como utilizar (em inglês, mas possui
legenda).
● Mind Map: uma ferramenta gratuita para a elaboração de mapas mentais. Vídeos sobre como
utilizar.
● Mentimeter: uma ferramenta que cria apresentações com feedback em tempo real, como, por
exemplo, nuvens de palavras, enquetes, gráficos de respostas etc. Vídeos sobre como utilizar.
Ferramentas para edição de áudio e vídeo

● ADV Gravador de Tela: Aplicativo disponível para Android e IOS.


● Shotcut: programa disponível para computadores.

Ferramentas para sorteio e formação de grupos

● Sorteador: site muito simples para sortear números.


● Excelendo: um site que gera cartas com números diversos, muito funcional para sortear
grupos.

Sugestões de trabalhos em grupos remoto (de forma síncrona)

Em momentos de realização de atividades em grupos, os(as) estudantes devem receber as


informações de forma bem clara, isto é, comandos breves e diretos. Os grupos, no geral, serão de quatro
ou cinco integrantes. Para formar grupos, existem duas possibilidades: a primeira é separá-los por salas
temáticas dentro da mesma reunião.No Google Meet, isso é possível através do ícone Atividades ,
que fica no canto superior direito. A segunda é separar os grupos em reuniões diferentes. Nesse caso,
é importante deixar uma pessoa do grupo responsável por criar o link e ser o(a) anfitriã(o) da nova
reunião do Google Meet. Essa mesma pessoa deve enviar o link para o(a) Professor(a), pois a turma
toda vai sair da sala principal do Google Meet e criar outras reuniões para realizarem a atividade.
É interessante também que os grupos sejam separados por funções, por exemplo, uma pessoa
será o(a) redator(a), que vai anotar as opiniões de cada um(a), uma pessoa será o cuco, controlando o
tempo da atividade e fazendo a ponte de comunicação direta com o(a) Professor(a) e, por fim, alguém
que irá mediar a discussão para deixá-la mais organizada e proveitosa. Antes de dividir os grupos,
explique como será a atividade e a sua duração. Ao final do tempo determinado, todos(as) devem voltar
para a sala principal, sem atrasos, para discutir e encerrar a aula. Para esta dinâmica, reserve, ao
menos, 5 minutos para passar todas as instruções aos(às) estudantes.
Sobre o acompanhamento pedagógico dos grupos, é importante que o(a) Professor(a)
acompanhe cada grupo por alguns minutos em cada sala criada do Google Meet. É importante saber
como cada grupo está realizando a atividade e orientar em caso de dúvidas.

Planos de aula Remotos

Aula 1
Tema Moral e ética
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Síncrona
Plataforma de ensino Google Meet, WhatsApp
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHSA01; EMIFCHSA02; EMIFCG07.
Objetivos
● Identificar, de uma forma geral, os conceitos de moral e de ética.
● Reconhecer formas de manifestação dos conceitos de moral e de ética no cotidiano.
● Listar presunções a respeito das concepções de direitos, justiça e corrupção.
Perguntas Essenciais
● É possível viver harmonicamente em sociedade, sem ajustar regras para a convivência?
● O ajuste de regras e costumes é suficiente para que haja convivência harmônica entre as
pessoas?
● Como definir quem será responsável pelos ajustes de regras e costumes?
● De que forma a ética e a moral influenciam as nossas tomadas de decisão (individuais e
coletivas)?
Compreensões Duradouras
● Reconhecer que o julgamento a respeito de determinadas posturas pode variar de acordo com
as circunstâncias envolvidas ou a perspectiva de quem faz o julgamento.
● Associar que a ética diz respeito a um conjunto de valores e princípios, que norteiam o
comportamento humano, e que, portanto, está ligada à noção de certo e errado, justo ou injusto.
● Compreender que a moral tem fundamento nos costumes e hábitos de uma sociedade e refletem
a construção social a respeito das ações e condutas que se considera adequadas ou não.
● Identificar que o sujeito ético é aquele que vive em plena consonância com sua cultura, com
seus objetivos e com os outros.
● Reconhecer que a moral é construída a partir da coletividade e que todos(as) devem procurar
agir de acordo com essa moral e de forma ética, para que possam ter uma convivência
equilibrada.
● Analisar que tanto a ética quanto a moral são responsáveis por guiar a conduta do ser humano
e apoiam a convivência em sociedade.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Ferramentas para a aula: Google Formulário e Google Documentos.
● Materiais para a aula: caderno, caneta, lápis e borracha.

Passo-a-passo:
1) Introdução: (15 min.)
Como se trata da aula introdutória do módulo, dedique o momento inicial da aula a uma breve
explanação sobre o que será trabalhado nesta disciplina “Entre o Direito e a Justiça”, destacando que:
Esta Eletiva tem como proposta promover reflexões sobre a relação entre o Direito
e a Justiça. Vamos refletir sobre os conceitos de moral, ética, leis, sobre o que é ou
não justo, e pensar, de forma mais aprofundada, sobre o exercício da empatia.
Vamos também repensar as nossas próprias ações e pensar sobre como elas
reverberam na coletividade. Em resumo, vamos refletir sobre a vida em sociedade,
adquirindo consciência e criticidade a respeito das questões que enfrentamos.

Nesse momento, é importante que fique claro para os(as) estudantes quais são os objetivos
principais da Eletiva, bem como a relevância dos temas trabalhados, destacando-se que a proposta é
a de que eles(as) terminem o módulo com entendimento acerca de algumas concepções do direito que
os(as) apoiem a atuar no mundo de maneira mais consciente e crítica.
Conte à turma sobre a proposta para a culminância, prevista para ser implementada até o final
do módulo, em que serão produzidos podcasts ou cartilhas, com a exposição dos aprendizados obtidos
ao longo da Eletiva. Sugira também que seja feito um evento online de lançamento do podcast ou da
cartilha, para divulgação para a comunidade escolar e realização de trocas de informações e conversas
com os(as) visitantes.
Explique, então, que o gênero podcast é um texto oral, publicado virtualmente, em plataformas
digitais e funciona como se fosse uma espécie programa em áudio, organizado em diversos episódios,
podendo abordar diversos assuntos e atingir públicos bastante variados. Conte que existem várias
plataformas de compartilhamento de podcasts - são os chamados agregadores de podcasts, sendo que
alguns são gratuitos, alguns são pagos e alguns oferecem uma versão gratuita e outra versão paga.
São exemplos: Spotify; Deezer; Castbox; SoundCloud; Google Podcasts; Spreaker.
É um gênero midiático que pode ser produzido com certa facilidade, já que não exige,
necessariamente, autorização prévia ou pagamento de licenças, além de depender de poucos recursos
tecnológicos para fazer a gravação do áudio - um celular, por exemplo, pode ser suficiente.
Esclareça que os podcasts podem conter entrevistas, podem ser feitos por uma pessoa só,
trazendo reflexões, podem ter o formato de contação de histórias, ou mesmo ser um bate-papo entre
algumas pessoas.
Avise aos(às) estudantes que, ao longo da Eletiva, irão ouvir alguns podcasts e outros serão
sugeridos para que se familiarizem com o gênero. Para exemplificar, sugira que, caso seja possível,
eles(as) ouçam o episódio “Voto nulo pode anular uma eleição. Mito ou verdade?”, do podcast
“Educação Política - de Politize!”, disponível nas plataformas Spotify e Spreaker, e pesquisem outros
exemplos de podcasts que tratem de assuntos do interesse deles(as).
Caso a turma opte pela produção de cartilha, seja em razão da disponibilidade de recursos
tecnológicos, seja em razão da preferência, esclareça que a cartilha é um texto escrito, impresso e
distribuído para as pessoas, com a finalidade de informá-las ou conscientizá-las acerca de algum
assunto. As cartilhas também podem ser digitais e compartilhadas no meio virtual.
Para exemplificar e tornar a explanação mais clara, mostre aos(às) estudantes, através do
compartilhamento de tela, parte da cartilha (até a página 04) disponibilizada pela SaferNet, sobre
segurança digital (Anexo I). Explique que se trata de uma cartilha elaborada para informar as pessoas
sobre os riscos que envolvem o uso da internet e medidas que podem ser tomadas para que esse uso
seja feito de forma mais segura. Enquanto explica, disponibilize a cartilha a um(a) estudante e peça
que passe para o(a) colega que está ao seu lado, de modo que a cartilha seja visualizada por toda a
turma.

Sugestão de atividade assíncrona: (10 min.)


Como essa é aula inaugural, seria muito importante estabelecer um contato mais próximo
dos(as) estudantes, por isso, se não for possível um encontro por videoconferência, grave um
vídeo curto para ser enviado aos(às) estudantes pelo WhatsApp ou outra ferramenta de contato,
explicando qual será o objetivo da Eletiva, o que se espera dos(as) estudantes e sua
culminância.

2) Atividade diagnóstica: (10 min.)


Apresente aos(às) estudantes a proposta de atividade em que deverão preencher um roteiro
de perguntas, que será enviado um link do Google Formulário - pelo chat da videoconferência e pelo
WhatsApp (Anexo II) relativo aos assuntos. Caso não seja possível a atividade por meio de formulário,
peça que os(as) estudantes registrem as respostas no caderno e encaminhem fotos para um mural de
registros de atividades no Padlet. Ressalte que as questões devem ser respondidas de acordo com as
convicções que possuem, naquele momento, sem se preocuparem com o certo ou errado. Por fim,
esclareça que, nos últimos dias de aula deste módulo, o formulário será revisitado para que analisem
as respostas que deram e avaliem se passaram por mudanças de compreensões, ao longo do percurso.

3) Exposição dialogada: (10 min.)


Pergunte aos(às) estudantes, com a finalidade de atrair sua atenção e engajar a discussão oral,
“Com quais tipos de regras precisamos conviver, no nosso cotidiano? Qual é a relação entre ética,
moral e regras?”. Peça para que os(as) estudantes registrem suas opiniões no caderno e depois
escolham 3 colegas para compartilhar o que registraram. Estimule os(as) demais estudantes a
compartilhar suas opiniões e se concordam ou não com os colegas.
Registre, em tempo real e em um slide, tanto as perguntas, quanto as respostas apresentadas
pela turma.
Questione, então, se entendem a moral e a ética como sinônimos ou como conceitos distintos,
ainda coletando as respostas e deixando claro, em seus registros, aquelas respostas que evidenciam
divergências de opiniões ou contrariedades.
Por fim, esclareça que tanto a ética, quanto a moral interferem na maneira como se estabelecem
as convivências em sociedade e, portanto, esbarram na forma como se dá o comportamento humano.
No entanto, enquanto a ética está vinculada aos comportamentos individuais - ou os comportamentos
de grupos de pessoas específicos, como os de determinadas profissões, que seguem um código de
ética - considerados “certos e errados”, “justos ou injustos” dentro de uma coletividade, a moral está
atrelada aos valores de uma sociedade como um todo, construídos a partir de hábitos, costumes e
conjunto de crenças, de acordo com a cultura de um povo ou com o contexto em que a situação se dá.
Importante pontuar que a análise moral pode oscilar bastante, já que varia de acordo com o
ponto de vista que se elege para realizar o julgamento. A análise pela ótica da ética, porém, tende a ser
mais rígida, pois parte de pressupostos mais permanentes.

Sugestão para atividade assíncrona: (15 min.)


A exposição pode ser feita de maneira assíncrona, através de um vídeo gravado pelo(a)
Professor(a) e enviado pela plataforma de interação com os(as) estudantes. O vídeo pode ser
feito mostrando o rosto do(a) Professor(a) ou a tela do computador com os slides. Também
existem programas, como o CamStudio, em que é possível gravar a tela do computador e
sobrepor com a imagem da webcam em um canto. É importante que exista interação com os(as)
estudantes no fórum ou comentários da plataforma, assim a exposição se torna mais dialogada.

4) Ética e moral na prática: (25 min.)


Explique aos(às) estudantes que eles(as) receberão um cartão (Anexo III) com a descrição de
situações com as quais, provavelmente, já se depararam em algum momento da vida e com algumas
perguntas, que deverão responder no caderno. As perguntas os(as) levarão a fazer a análise das
situações, sob o ponto de vista da moral e da ética.
Para registro da atividade, peça que os(as) estudantes enviem para um mural de registros do
no Padlet as respostas referente ao Anexo lll.

Sugestão para atividade assíncrona: (25 min.)


A atividade pode ser trabalhada no Google Formulário ou no caderno. Não se esqueça de pedir
para que os(as) estudantes enviem fotos de suas respostas.

5) Socialização: (15 min.)


Depois de registrarem as suas respostas no caderno, é hora de compartilhar com os(as)
colegas para debate. Estimule o debate para que todos(as) os(as) estudantes participem, pedindo para
que três a cinco estudantes respondam a primeira pergunta pelo chat. Depois, provoque outros(as) três
estudantes para que respondam a segunda pergunta pelo microfone.
Estabeleça um combinado com os(as) estudantes de que procurem sempre manter uma postura
aberta ao diálogo durante a realização da atividade. Este, assim como outros momentos ao longo da
disciplina, será um momento em que o debate estará presente e é muito importante que haja escuta
atenta e respeitosa, para que todos(as) se sintam seguros(as) para apresentarem os seus
posicionamentos. Isso irá enriquecer as discussões, pois permitirá que ideias variadas apareçam.
O(a) Professor(a) deve pedir para que alguns estudantes compartilhem com a turma, em
aproximadamente 3 minutos, suas respostas e as análises que fizeram.
Sugestão de atividade assíncrona: (15 min.)
Uma alternativa é criar um mural na ferramenta Miro, plataforma de chuva de ideias e criação
de mapas conceituais, onde os(as) estudantes poderão registrar suas opiniões e interagir com
os(as) colegas.

6) Arremate: (5 min.)
Ao final das apresentações, peça que os(as) estudantes reflitam sobre, pelo menos, dois
aprendizados que tiveram com a aula de hoje,registrem esses aprendizados em seus cadernos e
posteriormente, compartilhem o registro de suas anotações no mural do Padlet. Este mural será
alimentado com os registros dos(as) estudantes ao longo da Eletiva, tendo subdivisões referentes a
cada atividade realizada. Esclareça que esses registros, feitos durante e ao final de cada aula do
módulo, serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo - o podcast ou a
cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus cadernos.
Fase 3 - Evidências para avaliação
● Exposição dialogada: participação e exposição de ideias de maneira clara. Os(As) estudantes
demonstram conseguir aproveitar das suas próprias vivências para elaborar hipóteses a respeito
de conceitos supostamente novos.
● Ética e moral na prática: os(as) estudantes foram capazes de articular bem as suas ideias e
contribuir para organizar os seus posicionamentos.
● Socialização: os(as) estudantes mobilizam os seus conhecimentos acerca de moral e de ética
e, de acordo com as circunstâncias, apontam como eles se aplicam às situações práticas.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Diálogo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf (safernet.org.br)
● Anexo II - Atividade introdutória - diagnose de compreensões acerca da proposta da ementa.
● Anexo III - Ética e moral na prática - cartões a serem distribuídos aos grupos
● Anexo IV - AULA 1 - Apresentação
Para saber mais
● Ética e Moral
● Vídeo "Ética e Moral".
● RESUMÃO DE FILOSOFIA: Moral, ética, livre-arbítrio.
● Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula
Referencial Teórico:
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in schools.
Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto
Alegre: Penso, 2017.
● FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão,
dominação, 4ª ed., São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 7; p. 356-358.

Aula 2
Tema Leis e Justiça
Tempo estimado 80 min (2 aulas de 40 minutos cada)
Formato da aula Síncrona
Plataforma de ensino Google Meet, WhatsApp
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFCHSA01.
Objetivos
● Compreender os conceitos de Lei e Justiça;
● Analisar como os conceitos de legal e justo se manifestam em diferentes contextos;
● Reconhecer a ideia de justiça como importante fundamento da organização social.
● Avaliar a maneira com que as ideias de Lei e Justiça guiam as decisões e o convívio em
sociedade.
Perguntas Essenciais
● Qual a compreensão de Justiça e quais são as suas principais formas de manifestação?
● Qual a importância das leis para manutenção da organização social?
Compreensões Duradouras
● Compreender que a Justiça tem um conceito amplo e possui diversas formas de manifestação,
em que a análise se algo é ou não justo demanda um processo de reflexão e entendimento do
contexto.
● Compreender que as leis fazem parte do cotidiano, tendo em vista que são responsáveis por
manter a organização social, estabelecer deveres e garantir direitos;
● Compreender como identificar as posições que exprimem a ideia de justiça para resolução de
dilemas complexos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Ferramentas para a aula: Google Formulário, Google Documentos, Padlet, Miro, Jamboard,
Slido e Excelendo.
● Material para a aula: caderno, caneta, lápis e borracha.

Passo-a-passo:
1) Introdução: (8 min.)
Inicie a aula retomando os conceitos de moral e ética, questionando os(as) estudantes sobre o
enquadramento moral e ético do ato de furar fila. Após responderem verbalmente a pergunta anterior,
registre em um slide e apresente para os(as) estudantes a seguinte pergunta: “Furar a fila é ilegal? E é
injusto?” Em sequência, compartilhe um link do Slido com as perguntas para que os(as) estudantes
registrem as suas opiniões e, por fim, selecione 3 estudantes para compartilharem suas reflexões com
o restante da turma. Como pode ser a primeira vez que os(as) estudantes estarão em contato com essa
ferramenta, é importante que o(a) Professor(a) reserve os minutos iniciais da atividade para explicar
essa ferramenta para os(as) estudantes.

2) Entre estações: O que é Justiça? (30 min.)


Para início da aula, reúna os(as) estudantes em uma conferência do Google Meet. A dinâmica
está pautada na metodologia de Rotação por Estações de Aprendizagem, a qual consiste em criar um
esquema de circuito para que pequenos grupos de estudantes façam um rodízio entre esses pontos
elencados, refletindo sobre questões distintas em cada estação.
Para começar a atividade, divida os(as) estudantes em grupos aleatórios com, no mínimo, cinco
integrantes, por meio de sorteio no site Excelendo. Em seguida, apresente aos(às) estudantes, por meio
de slide ou arquivo pdf, o problema geral para que, a partir dele, compreendam as situações
destacadas. Importante mencionar que essas situações foram, em parte, baseadas na obra “Justiça: o
que é fazer a coisa certa”, do autor Michael Sandel.
Problema geral: Suponha que você seja o(a) motorista de um bonde desgovernado
avançando sobre os trilhos a quase 100 quilômetros por hora. Adiante, você vê cinco
operários(as) em pé nos trilhos, com as ferramentas nas mãos. Você tenta parar,
mas não consegue. Os freios não funcionam. Você se desespera porque sabe que,
se atropelar esses(as) cinco operários, todos eles(as) morrerão.

Utilizando a ferramenta Google Apresentações, crie um quadro dividido em quatro slides e, em


cada slide, coloque um caso do Anexo I. Oriente que os(as) estudantes leiam o caso exposto em cada
slide com calma e respondam a pergunta em destaque, agregando um comentário com o número
correspondente do seu grupo. A cada 6 minutos, solicite que troquem de slide até que todas sejam
contempladas. Para isso, eleja um(a) estudante que assuma a função de compartilhar o material e
contabilizar o tempo.

Sugestão para atividade assíncrona: (15 min.)


Os(As) estudantes podem ser divididos(as) em grupos de forma assíncrona (prévia e
intencionalmente selecionados pelo(a) Professor(a)), ler os casos e fazer comentários sobre
cada um dentro do Google Apresentações. Cada grupo deve ter, pelo menos, um(a) redator(a),
responsável por organizar as respostas individuais e consolidá-las em uma só.

3) Exposição dialogada: (15 min.)


Agora é o momento de avaliar o resultado da atividade. O(A) Professor(a) deve reunir
novamente todos(as) os(as) estudantes pelo Google Meet no link inicial da aula e apresentar em sua
tela a ferramenta utilizada na atividade anterior - Google Apresentações. Para cada estação, escolha
um comentário de um grupo e questione se os(as) demais estudantes concordam com a opinião
registrada. Incentive a discussão a partir de perguntas como: “Qual foi a decisão mais difícil?", “Foi uma
decisão unânime do grupo?”, “O grupo acredita que tomou as decisões mais justas? Por quê?” “Vocês
acham que a Lei influencia na resolução desse caso?”.
Após essas reflexões, o(a) Professor(a) poderá relembrar que “Lei” é uma regra jurídica,
estabelecida por uma autoridade constituída, o legislador, com o intuito de prescrever a natureza e as
condições de existência de um Estado ou forma de governo.
Considerando a ideia que todos(as) os(as) cidadãos(ãs) devem respeitar a lei, os(as) estudantes
são incentivados(as) a pontuarem quais leis conhecem. Fazendo uso da ferramenta Mentimeter, medie
a tempestade de ideias para possibilitar que compreendam que as leis garantem direito e deveres,
desde o direito à educação, prevista na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), até a punição estatal pelo cometimento de
um crime por intermédio do Código Penal, por exemplo. Além disso, aproveite esse momento para
abordar quem são os(as) responsáveis pela construção das leis no país, explicando que podem ser
elaboradas em nível federal, estadual e municipal, dependendo da matéria e do alcance.

Sugestão para atividade assíncrona: (15 min.)


Considerando que a atividade já está ocorrendo em um Google Jamboard ou Miro, o(a)
Professor(a) pode deixar já expostas as perguntas em um outro quadro e explicar as atividades
para que os(as) estudantes respondam às questões por meio de áudios do WhatsApp de até 1
minuto.

4) Leitura compartilhada: (13 min.)


O(a) Professor(a) promoverá uma leitura compartilhada do fragmento da obra “A República” de
Platão, especificamente sobre a história do anel de Giges, conforme consta no Anexo II (o texto pode
ser encaminhado no formato pdf ou slide para os(as) estudantes). Considerando o uso de algumas
palavras incomuns no cotidiano, o(a) Professor(a) poderá explorar o momento da leitura para refletir
sobre o significado das palavras que os(as) estudantes não demonstraram familiaridade, elaborando
um glossário, listando-as e colocando seus significados ao final do texto. Após a leitura, questione o
que os(as) estudantes compreenderam da história e os(as) instigue a refletir sobre o que fariam se
encontrassem o mesmo anel que Giges achou.

Sugestão para atividade assíncrona: (13 min.)


Incentive a leitura com um olhar bem atencioso, instigando a compartilhar o que fariam se
encontrassem o mesmo anel que Giges encontrou. Os(As) estudantes podem interagir criando
um Gif sobre a sua ação e argumentando por meio de áudios no WhatsApp.

5) Arremate: (8 min.)
Após a leitura, os(as) estudantes deverão responder às seguintes perguntas, por meio de um
Google Formulário:

❖ O texto traz a possibilidade de duas pessoas, uma justa e uma injusta, terem acesso a essa
relíquia. Como você acha que elas agiriam diante do poder decorrente do uso do anel?
❖ Qual o sentido da afirmação que “ninguém é justo por vontade própria, mas por obrigação”?
❖ Qual o papel que a lei desempenha para garantir que a justiça seja alcançada?

Convide e/ou selecione alguns(mas) estudantes para que compartilhem suas reflexões.

Sugestão para atividade assíncrona: (8 min.)


As perguntas podem ser respondidas no Google Sala de Aula, em um Padlet ou no site Kialo,
em que você pode pedir para que os(as) estudantes comentem e rebatam, pelo menos, dois
argumentos de outros colegas.

6) Divisão da turma em grupos temáticos para a Culminância: (8 min.)


Esclareça aos(às) estudantes que serão produzidos 5 episódios de podcast (ou 5 cartilhas, a
depender da escolha feita para a culminância), sendo que cada um deles abordará 1 dos 4 grandes
subtemas trabalhados ao longo da Eletiva: 1) Moral, ética, leis e justiça; 2) Concepções do direito; 3)
Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade; 4) Discussão crítica do "Jeitinho
brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis. Desse modo, a turma deverá se dividir em 5 grupos
e a divisão dos temas poderá ser feita de maneira autônoma, segundo a livre escolha dos(as)
estudantes ou por meio de sorteio. Poderá, ainda, ser feito sorteio para definição da ordem em que os
grupos irão fazer a escolha de qual tema desejam desenvolver.
É importante deixar claro para os(as) estudantes que este grupo será para a culminância e não
um grupo fixo, ou seja, durante outras atividades em grupo, a formação poderá ser diferente.
Fase 3 - Evidências para avaliação
● Entre estações: O que é Justiça?: Os(As) estudantes demonstram a capacidade de trabalhar
de maneira harmônica em grupo, exercitando a escuta ativa e se posicionando de maneira
coerente e fundamentada.
● Exposição dialogada e leitura compartilhada: Os(As) estudantes participam ativamente das
discussões e expõem seu ponto de vista de maneira alinhada com a temática desenvolvida em
sala de aula, de modo que explicita a relação entre os conceitos de justiça e lei com as situações
apresentadas.
● Arremate: Os(As) estudantes conseguem sintetizar os tópicos e as teorias apresentadas e
relacionar com questões atuais e do cotidiano.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos:
● Anexo I - Casos para a atividade Entre Estações: O que é Justiça?
● Anexo II - Fragmento da obra “A República”, de Platão, com a história sobre o anel de Giges.
● Anexo III - AULA 2 - Apresentação
Para saber mais:
● Escolas devem trabalhar o conceito de justiça desde o Ensino Infantil
● Justiça social: conceito e importância
● Entendendo a estrutura das leis
● Aristóteles (Ética a Nicômaco): justiça distributiva e justiça corretiva. Direito e Filosofia
Referencial Teórico:
● BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05.10.1988. Brasília, 1988.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:
04 nov. 2020.
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in
schools. Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [trad. de Heloísa Matias e Maria
Alice Máximo]. 6ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
● NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Cap. 11. p. 105-116. Rio de Janeiro:
Forense, 2013.
● Dicionário Michaelis. Disponível em <https://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em 21 de Jun. de
2021.

Aula 3
Tema Correntes do Direito
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Assíncrona
Plataforma de ensino Google classroom, WhatsApp
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHSA01; EMIFCHSA03.
Objetivos
● Identificar como se dá a compreensão do direito, a partir da ótica do jusnaturalismo e do
positivismo jurídico.
● Relacionar as interpretações do direito pelo jusnaturalismo e pelo positivismo a diferentes
formas de se interpretar e aplicar a norma ao caso concreto.
Perguntas Essenciais
● O que é o direito natural?
● Existem normas universais e imutáveis, ou seja, que se aplicam a todas as sociedades,
independentemente do tempo histórico em que elas se situam?
● Existe uma justiça absoluta ou apenas um ideal de justiça?
● O que os positivistas defendem ser necessário considerar, para a criação e aplicação de leis?
● De que forma o jusnaturalismo e o juspositivismo explicam a formação e o desenvolvimento de
normas jurídicas?
Compreensões Duradouras
● Compreender que existem diversas teorias que explicam a razão para se ter criado regras e
normas a serem respeitadas por todos(as), e essas teorias variam bastante de acordo com o
momento histórico em que foram criadas.
● Avaliar que a maneira como se explica a formação e o desenvolvimento de leis influencia na
maneira como essas leis/regras serão aplicadas na prática.
● Relacionar que, de forma abreviada, pela ótica do jusnaturalismo, as normas jurídicas têm
como base princípios básicos, que são imutáveis e universais. E que pela ótica do
juspositivismo, o direito só deve ser considerado a partir do que está imposto pela lei.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Materiais para aula: caderno, lápis e textos para a leitura.
● Ferramentas para aula: Miro/Kialo, Google Formulário, Padlet..

Passo-a-passo:
1) Introdução: (5 min.)
A ideia é que os(as) estudantes façam uma reflexão prévia, através da seguinte questão:
"Vocês concordam com a afirmação de que algumas regras/normas existem desde sempre e em todo
lugar? Contem por que concordam ou discordam.”. A questão pode ser enviada para eles(as) através
de ferramentas digitais de debate, em que um(a) estudante pode ver e comentar a resposta do outro,
como: Miro ou Kialo, ou de forma mais individualizada através de um Google Formulário.
Caso seja o primeiro contato dos(as) estudantes com essas ferramentas, o(a) Professor(a)
deve tirar um tempinho para explicar o uso das ferramentas para os(as) estudantes.

2) Tempo de leitura e investigação: (25 min.)


Envie para os(as) estudantes, pelo WhatsApp ou pela outra ferramenta de contato, um
pequeno texto em PDF (Anexo I) em que estão sendo explicadas, de forma bastante sucinta, as
concepções de jusnaturalismo e de juspositivismo.
Oriente que leiam o texto com atenção, sublinhando as partes que considerarem importantes,
e registrando no caderno as informações principais. Peça que também registrem as dúvidas que
surgirem a partir da leitura, ressaltando que deverão transformar essas dúvidas em perguntas, para
que evitem registros semelhantes a “não entendi nada”. Estimule-os(as) a partir daquilo que
entenderam. Peça que compartilhem as dúvidas através do fórum ou nos comentários da atividade.
Aproveite as ideias apresentadas pelos(as) estudantes para fazer uma breve exposição
dialogada no fórum a respeito das correntes do jusnaturalismo e do juspositivismo, esclarecendo que
a primeira corrente está diretamente ligada às teorias contratualistas vistas na aula anterior, já que
parte do princípio de que existe um direito natural, que é inteiramente justo, imutável, universal, até
mesmo transcendental e imposto pela natureza de forma igualitária a todos os seres. E que, segundo
essa concepção, foi a partir de transformações sociais e econômicas que os seres humanos passaram
a compreender o Estado como uma instituição criada a partir de um contrato social, necessária para
assegurar a paz e a segurança. Para essa corrente do direito, aquilo que é injusto não pode nem
mesmo ser considerado como um fenômeno jurídico.
Já o juspositivismo é uma corrente que considera apenas aquilo que está previsto na lei,
imposta pelo Estado e aplicada pelas autoridades competentes, ou seja, autorizadas a exercerem esse
papel. A justiça, segundo essa ótica, advém das normas formais, escritas e impostas à sociedade,
tendo caráter racional e mutável - considerando que a sociedade está constantemente se
transformando. A aplicabilidade das normas, nesse caso, deve ser literal e afastada de juízos de valor
que passem pela análise moral e ética.

Sugestão para atividade síncrona: (25 min.)


Se o(a) Professor(a) optar por uma aula síncrona, pode trabalhar com estratégias de leituras
coletivas, em que cada estudante lê um trecho do texto. Também pode pedir que as perguntas
s sejam feitas de maneira oral e aproveitá-las para fazer a exposição dialogada.

3) Disputa Pedagógica/Questionário: (25 min.)


Envie aos(às) estudantes um formulário, feito através do Google Formulário, com um
questionário de verdadeiro e falso (Anexo II) e peça para que adicionem eventuais dúvidas nos
comentários das atividades.

4) Correção: (10 min.)


Faça a correção, através de um vídeo ou áudio, e envie para os(as) estudantes pelo WhatsApp
ou outra plataforma de contato com os(as) estudantes. (Anexo III - chave de respostas).

Sugestão para atividade síncrona: (35 min.)


Tanto o questionário quanto a correção podem ser feitos de maneira síncrona. Nesse caso, dê
um tempo para os(as) estudantes responderem o questionário e faça a correção de forma oral.

5) Arremate: (5 min.)
Através do Google Sala de Aula, abra um fórum para que os(as) estudantes respondam a
seguinte pergunta: “Qual das duas correntes do direito você acredita que é mais aplicada no nosso
dia-a-dia? Por quê?”. Além de responderem as perguntas, os(as) estudantes devem comentar nas
respostas dos(as) colegas, concordando ou discordando do ponto de vista apresentado.
Peça também que registrem em seus cadernos tudo que acharem importante sobre as
atividade (e encaminhe imagens de registro do caderno para o mural do Padlet), relembrando-os(as)
que esse registro será utilizado como apoio para a construção do produto final do módulo - o podcast
ou a cartilha.

Sugestão para atividade síncrona: (5 min. )


Peça que os(as) estudantes respondam a pergunta do Arremate e que algum(a) estudante se
voluntarie para responder a pergunta de forma oral. Peça também que registrem em seus
cadernos tudo que acharem importante sobre as atividade (e encaminhem imagens de registro
do caderno para o mural do Padlet), relembrando-os(as) que esse registro será utilizado como
apoio para a construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha.

Fase 3 - Evidências para avaliação


● Introdução: é importante observar se os(as) estudantes atenderam aos comandos iniciais e
concentraram a discussão na reflexão proposta pelo(a) Professor(a).
● Tempo de leitura e investigação: as informações compartilhadas pelos(as) estudantes e as
contribuições que deram no fórum, ou nos comentários, indicam que compreenderam as
principais acepções acerca das correntes jusnaturalista, segundo a qual as normas jurídicas
têm como base princípios básicos, que são imutáveis e universais, e juspositivista, que
compreende o direito a partir do que está imposto pela lei.
● Questionário: os(as) estudantes conseguiram acertar as questões e deixaram contribuições
importantes nos comentários da atividade.
● Arremate: os(as) estudantes acertaram boa parte da atividade e demonstraram compreender
as questões que erraram, após a correção. Além disso, conseguiram aplicar, de maneira
resumida, os aprendizados que tiveram ao longo da aula, incluindo as compreensões
duradouras previstas para a aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos:
● Anexo I - texto para o momento de “leitura e investigação”
● Anexo II - cartela para “Disputa pedagógica”
● Anexo III - chave de respostas
● Anexo IV - AULA 4 - Apresentação
Para saber mais:
● Jusnaturalismo e Juspositivismo
● Escolas do Direito
Referencial Teórico:
● LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª ed. Porto
Alegre: Penso, 2018. Cap. 9; p. 265 - 274.
● NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. Cap.
37, 38 e 39; p. 373 - 389.
● REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.

Aula 4
Tema Hegemonia nos espaços de tomada de decisão.
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Síncrona
Plataformas de ensino Google Meet, Whats App
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFCG08; EMIFCHSA06;
Objetivos
● Identificar as distintas estruturas de poder que guiam as tomadas de decisão e influenciam na
vida do indivíduo;
● Analisar o perfil homogêneo nos espaços de poder com a pluralidade existente na sociedade;
● Associar a importância de políticas de inclusão e diversidade para representação de distintos
grupos sociais.
Perguntas Essenciais
● O que se entende por espaços de poder e tomada de decisão?
● Existe um perfil majoritário que ocupa esses espaços?
● Há uma explicação para o descompasso entre a multiplicidade de identidades e perfis na
sociedade e a hegemonia dentro dos espaços de tomada de decisão?
● Como garantir que os recortes de raça, gênero e condição socioeconômica sejam contemplados
e representados nos principais cargos existentes?

Compreensões Duradouras
● Reconhecer que existem diversas estruturas de poder que influenciam - direta e indiretamente
- nas ações e possibilidades do indivíduo;
● Compreender que os espaços de tomada de decisão precisam ser reflexo de toda a estrutura
social, motivo pelo qual é necessário que distintos perfis integrem esses cargos de liderança.
● Analisar que não há equidade de gênero e raça nos espaços de poder;
● Compreender a necessidade de implementação e manutenção de políticas de inclusão e
acesso para garantir a diversidade nesses espaços.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Materiais para aula: caderno, lápis, textos para dinâmica.
● Ferramentas para aula: Google Slides/PowerPoint Online, Jamboard, Sorteador e Padlet.

Passo-a-passo:
1) Introdução: (20 min.)
Indique aos(às) estudantes que a temática central da aula será a compreensão da hegemonia
nos espaços de tomada de decisão e que o primeiro momento da aula será destinado à construção de
um mapa das relações de influência e dependência que existem na sociedade. Para isso, registre no
centro da lousa digital a palavra “Educação” e, a partir das perguntas disparadoras destinadas aos(às)
estudantes, crie conexões com as respostas apresentadas por eles(as) no decorrer da atividade. Para
substituir a lousa física no espaço virtual, pode-se usar o Jamboard, que é uma extensão do Google
Chrome que pode ser compartilhada, ou ferramentas de apresentação de Slides como o Google
Apresentação ou PowerPoint Online.
Para guiar esse momento, questione os(as) estudantes: “Quem determina e os(as) influencia a
estarem na escola?”. É provável que informem o papel da família, que a sociedade cria uma pressão
para isso, que a escola acompanha a frequência dos(as) estudantes, dentre outros. Registre na lousa
digital as instituições e agentes indicados pelos(as) estudantes (escola, família, sociedade, etc.).
Em sequência, pergunte “Quem define o que vocês aprendem na escola?”. Caso apresentem
dificuldades em criar conexões com instituições e agentes que fazem essa delimitação, pontue que os
conteúdos apresentados em sala de aula não são selecionados de forma aleatória e facilite o caminho
de reflexão de que há atuação de Poder Legislativo na elaboração de diretrizes e normas gerais, das
Secretarias de Educação na construção do referencial curricular, da escola na sistematização do seu
currículo e do(a) Professor na seleção dos conteúdos e na estruturação do planejamento. Repita o
procedimento de registrar as respostas na lousa digital, fazendo conexões com a palavra central.
Por fim, apresente o seguinte questionamento: “Quem garante que você tenha direito à
educação? E quem fiscaliza para que não seja violado?”. Guie o debate para que os(as) estudantes
reflitam o papel do Poder Legislativo - em nível federal, estadual e municipal - para a criação de leis
que possibilitem o acesso à educação, da importância do Poder Executivo para o cumprimento dessas
determinações legais e a ação do Poder Judiciário para fiscalizar e garantir que esse direito seja
garantido e para solucionar determinados impasses e conflitos de direitos, como a garantia de vaga
nas instituições de ensino, adequação do espaço escolar para atender estudantes com deficiência,
dentre outras situações.
Com as principais respostas na lousa digital, evidencie aos(às) estudantes que existem diversas
estruturas, agentes e sistemas que influem, de forma direta e indireta, a nossa vida, sendo que a
educação é apenas um exemplo, visto que é possível verificar essas relações em diversos outros
campos. Nesse sentido, os(as) congressistas, deputados(as) e vereadores(as), por exemplo, compõem
espaços de poder e tomada de decisão que determinam os rumos da Educação, na mesma proporção
que o Presidente, Governador e Prefeito decidem as melhores formas de execução da lei e de seus
projetos, além da atuação dos Tribunais de Justiça e do Ministério Público no julgamento e fiscalização
de demandas nessa área.

Sugestão para atividade assíncrona: (20 min.)


Para enviar as questões norteadoras para os(as) estudantes, é sugerido o Mentimeter, uma
ferramenta de criação de nuvens de palavras, de enquetes, de questionário em que as
respostas vão aparecendo em tempo real. Após obter as principais respostas, é importante
enviar uma contextualização como está sugerido acima, para isso, pode ser enviado um texto
ou vídeo através da plataforma.
2) Dinâmica: Qual a chance? (30 min.)
Explique que os(as) estudantes receberão um jogo em que assumirão a posição de um
personagem fictício e acompanharão todas as possibilidades de decisões e caminhos até chegarem
no grande sonho final, após passarem por quatro estágios. Para realização dessa atividade, separe a
turma em grupos de, aproximadamente, 6 estudantes, sendo que 5 serão participantes e um(a)
conduzirá a dinâmica, o(a) qual será denominado(a) como Mestre(a) do Tempo. A divisão pode ser
feita através de salas temáticas no Google Meet.
O Anexo I contém as informações do jogo, os cartões com as situações de cada etapa e os
números de 1 a 5. Além disso, é importante que cada grupo tenha uma ferramenta para a realização
de sorteios, pois se trata de um jogo de sorte. Recomenda-se o site Sorteador, mas também pode ser
realizado de maneira física pelo(a) estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo. Cada uma das
etapas se refere a uma fase da vida de João, o personagem principal, desde a adolescência até a
escolha de carreira após a graduação.
Após a divisão dos grupos, envie ao(à) estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo um
link contendo os casos e números contidos no Anexo I. Peça para que ele(a) compartilhe a tela com
os(as) demais para que todos(as) possam visualizar os casos.
Em cada rodada, o(a) Mestre(a) do Tempo deverá ler a situação apresentada no campo
contexto do card e passar a vez do sorteio para que cada participante escolha um número de 1 até 5,
que são correspondentes às alternativas de decisões contidas na folha. É importante que o(a)
estudante diga o número sorteado para que o(a) Mestre(a) do Tempo registre e leia qual foi a opção
atribuída.
Cada situação contém a informação se o(a) participante prossegue para a próxima rodada,
aqueles(as) que não prosseguirem devem permanecer assistindo o jogo até que o(a) último(a)
participante alcance o grande sonho ou seja eliminado. Finalizada a atividade, feche as salas interativas
e traga todos(as) os(as) estudantes de volta à sala principal do Google Meet.

Sugestão para atividade assíncrona: (30 min.)


Para funcionar de maneira assíncrona, essa atividade deve ser feita de maneira individual,
o(a) estudante vai sorteando e lendo o caminho traçado por si só. Para aumentar a interação
entre os(as) estudantes, é possível criar um fórum ou uma atividade para que compartilhem o
resultado do seu personagem e as suas impressões sobre o jogo.

3) Exposição dialogada: (25 min.)

De maneira inicial, solicite que os(as) estudantes compartilhem como se sentiram em relação à
última atividade, especialmente aqueles(as) que foram eliminados(as) logo no início da atividade.
Questione o porquê somente poucos(as) estudantes conseguiram alcançar o objetivo almejado pelo
personagem. Além disso, peça que respondam se o sucesso do personagem dependia, de maneira
exclusiva, da sua ação individual ou existiam outras questões que poderiam criar barreiras para isso.
Com base nas respostas da última pergunta, retome para a primeira atividade e demonstre
aos(às) estudantes que existe uma extensa e complexa estrutura por trás das nossas ações e que se
relacionam com as diversas áreas da vida. É o momento de demonstrar a centralidade que os espaços
de tomada de decisão e poder detêm na sociedade, em que assumem a função de nortear as
possibilidades de caminhos a serem trilhados. Nesse ponto, questione os(as) estudantes quem são as
pessoas que ocupam esses espaços, qual o perfil majoritário e as características socioeconômicas.
Em sequência, com a finalidade de demonstrar a intencionalidade da dinâmica, explique aos(às)
estudantes que na primeira fase da dinâmica, o objetivo era refletir o levantamento feito pelo IBGE em
2018, o qual demonstrava que a taxa de conclusão do ensino médio da população preta ou parda
estava em 61,8%. Ou seja, esse dado foi traduzido na dinâmica no sentido de que o personagem só
tinha 3 das 5 opções selecionáveis para concluir o ensino médio, em um total equivalente a 60% das
chances, similar ao que acontece na realidade.
Referente ao ingresso no ensino superior previsto na 2ª rodada, observa-se uma distância entre
as taxas de pessoas negras e brancas no acesso a esse nível de ensino. Em 2018, conforme o IBGE,
a taxa de ingresso era de 35,4% na população preta ou parda e de 53,2% na população branca. Por
essa razão, na dinâmica, o personagem só tinha 40% de chances de entrar na Universidade, o que
seria equivalente a duas situações para avançar no nível educacional e continuar no jogo.
A terceira fase reflete dados do nível de desemprego, em que, conforme levantamento realizado
em 2019 pelo IBGE, a média nacional era de 11,9%, sendo que a taxa de desocupação foi de 9,3%
para brancos e 13,6% para pretos ou pardos. Em razão disso, o personagem somente tinha 80% de
chances de conseguir um emprego, após a conclusão do curso superior. Essa fase encaminhava o
personagem para trilhar distintos caminhos, cada qual refletindo a porcentagem de eventual sucesso
compassada com a realidade.
Na rodada destinada para a carreira de magistratura, em que o personagem tem o desejo de
se tornar juiz, apenas uma das opções levava para esse objetivo, uma vez que apenas 18% dos juízes
brasileiros são pardos ou pretos, conforme relatório do perfil sociodemográfico dos magistrados
brasileiros de 2018, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça.
A rodada da carreira política retrata que, após as eleições de 2018, apenas 24,36% da
Composição da Câmara dos Deputados eram de deputados federais negros, o que justifica o porquê
apenas uma das opções da dinâmica resultavam na eleição do personagem. Inclusive, conforme a
Agência Câmara de Notícias, homens, brancos, casados e com curso superior formam o perfil
dominante entre os candidatos à Câmara.
Por fim, a rodada atinente ao Setor Privado evidencia que, conforme dados de 2018 do IBGE,
apenas 29,9% dos cargos gerenciais eram ocupados por pretos ou pardos, enquanto 68,6% eram
ocupados por brancos. Com o objetivo de aproximar da realidade, o personagem somente tinha 20%
de chances, isto é, apenas em uma situação ele conseguiria o cargo gerencial almejado.
Pontue com os(as) estudantes que esses dados evidenciam a sub-representação de pretos e
pardos, mesmo compondo 56% da população brasileira. Esse processo de reflexão e análise também
pode ser associado aos níveis de representação de mulheres, LGBTs, pessoas com deficiência, dentre
outros recortes, nos espaços de poder e tomada de decisão.

Sugestão para atividade assíncrona: (25 min.)


A exposição pode ser feita de maneira assíncrona, através de um vídeo gravado pelo(a)
Professor e enviado pela plataforma de interação com os(as) estudantes. O vídeo pode ser
feito mostrando o rosto do(a) Professor(a) ou a tela do computador com os slides. Também
existem programas como o CamStudio, em que é possível gravar a tela do computador e
sobrepor com a imagem da webcam em um canto. É importante que exista interação com
os(as) estudantes no fórum ou comentários da plataforma, assim a exposição se torna mais
dialogada possível.

4) Arremate: (5 min.)
Ao final, peça para que os(as) estudantes registrem nos comentários da atividade os principais
aprendizados que tiveram a respeito do conteúdo. Peça também que registrem em seus cadernos tudo
que acharem importante sobre as atividade (e encaminhe imagens de registro do caderno para o mural
do Padlet), relembrando-os(as) que esse registro será utilizado como apoio para a construção do
produto final do módulo - o podcast ou a cartilha.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução e exposição dialogada: O(A) estudante participa ativamente das discussões e
expõe seu ponto de vista de maneira coerente e alinhada com a temática desenvolvida em sala
de aula. Além disso, traz contribuições pautadas em seu repertório sociocultural e apresenta
uma visão crítica em relação aos temas abordados.
● Dinâmica: Qual a chance?: O(A) estudante demonstra a habilidade de trabalhar em grupo de
maneira harmônica, exercitando a escuta ativa e sua capacidade de colaboração. Ainda, o(a)
estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo desenvolve a atividade de maneira
coordenada e é capaz de seguir as instruções estabelecidas.
● Arremate: O(A) estudante consegue extrair as compreensões duradouras desejadas de todas
as atividades e discussões feitas durante a aula .
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Dinâmica - Qual a chance?
● Anexo II - AULA 7 - Apresentação
Para saber mais:
● Por que o índice de negros em cargos políticos é baixo?
● Número de deputados negros cresce quase 5%.
● Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil.
● Podcast “Qual vai ser?”.
Referencial Teórico:
● Conselho Nacional de Justiça. Perfil Sociodemográfico dos Magistrados Brasileiros 2018:
Relatórios por Tribunal. Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/wp-
content/uploads/2011/02/5d6083ecf7b311a56eb12a6d9b79c625.pdf>. Acesso em 26 nov.
2020
● NERI, Marcelo C. A Escalada da Desigualdade - Qual foi o impacto da crise sobre a
distribuição de renda e a pobreza?. Rio de Janeiro: FGV Social, 2019. Disponível em:
<https://cps.fgv.br/desigualdade>. Acesso em 26 nov. 2020.

Aula 5
Tema Diferentes formas de corrupção
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Síncrona
Plataforma de ensino Google Meet, WhatsApp
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCG02; EMIFCG07; EMIFCG08.
Objetivos
● Reconhecer o conceito de corrupção.
● Identificar ações comumente presentes no cotidiano brasileiro e que, apesar de terem passado
por processo de naturalização, podem ser consideradas corrupções.
● Identificar a noção estereotipada acerca do conceito de “jeitinho brasileiro”.
Perguntas Essenciais
● Você conhece os diferentes tipos de corrupção?
● Existe corrupção também fora do âmbito político?
● O que significa a expressão “jeitinho brasileiro”? É algo bom ou ruim?
● De onde vem a cultura do “jeitinho brasileiro” e o que ela revela sobre a nossa história e nosso
jeito de resolver problemas?
● Quais tipos de prejuízos a sociedade sofre com as “pequenas corrupções” do dia-a-dia?
Compreensões Duradouras
● Compreender que condutas corruptas são aquelas transgressões realizadas com objetivo de
obter vantagem privada e que ocasionam prejuízos à sociedade, de uma maneira geral.
● Reconhecer que a corrupção não está limitada ao âmbito político.
● Relacionar que as “pequenas corrupções” do dia-a-dia também geram forte impacto na
sociedade.
● Associar que a cultura de tolerância a pequenas corrupções acaba legitimando as corrupções
de escala maior.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Ferramentas: Google apresentação, Padlet e Excelendo.
● Material para a aula: caderno, caneta, lápis e borracha.

Passo-a-passo:
1) Introdução: (15 min.)
Oriente os(as) estudantes a refletirem, sobre as questões: “Se você precisasse explicar para um
extraterrestre o que significa corrupção, como explicaria? Quais exemplos você daria para explicar o
conceito?” O(a) Professor(a) deve deixar expostas as questões, através do compartilhamento de tela.
Os(As) estudantes terão cinco minutos para refletir e responder no chat da conferência. Depois, convide
dois(duas) estudantes para dizer seu posicionamento pelo microfone. Utilizando recursos variados para
interação, o(a) Professor(a) garante que mais estudantes participem da aula.
Após a interação, peça para que elaborem uma resposta escrita para a pergunta: “O que é
corrupção?” e a registrem em seus cadernos. Esclareça que farão investigações durante a aula sobre o
conceito, sobre exemplos práticos de corrupção e sobre os impactos da corrupção na sociedade. Assim,
essas respostas serão verificadas no final da aula, para que façam a autoavaliação das respostas que
elaboraram.

2) Tertúlia dialógica: (50 min. - 15 minutos de leitura prévia e 35 minutos de compartilhamento)


Para o momento de Tertúlia, é importante que haja uma preparação prévia da turma para a
vivência. Assim, reforce com a turma o combinado de que, nesse momento de diálogo, é ainda mais
importante que todos(as) mantenham postura respeitosa e estejam disponíveis para escutar os
argumentos e opiniões dos(as) outros(as), permitindo que eles(as) usufruam do seu turno de fala.
Nessa aula, o papel do(a) Professor(a) será o de moderador(a), garantindo a participação
igualitária de todos(as), sem a interferência nas discussões levantadas pelos(as) estudantes ou a
exposição de temas ou conteúdos.

Etapa assíncrona:
Para este momento, organize os(as) estudantes em trio - recomenda-se que use a ferramenta
Excelendo. Sugere-se que nomeie um(a) representante de cada grupo para que este(a) fique
responsável por criar um link separado para uma nova conferência do Google Meet e compartilhar com
os(as) colegas de seu trio e com o(a) Professor(a), além de ser responsável por cuidar do tempo.

Esclareça, então, que deverão se reunir por videoconferência em trios e fazer a leitura de texto
que será encaminhado a eles(as) pelo WhatsApp (Anexo I). Após a leitura, cada um(a) irá escolher, ao
menos, um trecho do texto que mais tenha chamado a sua atenção e registrar no caderno as razões
pelas quais gostou ou não do trecho lido. Por fim, passarão a compartilhar com os(as) colegas do trio
os registros que fizeram e, caso as falas dos(as) colegas tenham feito com que o grupo chegue a novas
conclusões ou reflexões, todos(as) irão registrar também essas reflexões no caderno. Diga aos(às)
estudantes que terão 15 minutos para fazer a leitura, os registros e as discussões.
Transcorrido esse tempo, oriente os(as) estudantes a se reunirem no link da videoconferência
do Google Meet compartilhado pelo(a) Professor(a) e inicie o momento de troca, perguntando quem
gostaria de compartilhar as suas reflexões. Lembre aos(às) estudantes que estão em um ambiente
seguro e de respeito. Compartilhe com os(as) estudantes um slide em branco e vá anotando o nome
daqueles(as) que pediram a palavra. Esclareça que essa parte da atividade deverá ser finalizada em
até 35 minutos, razão pela qual, para que a maior quantidade de estudantes consiga falar, é importante
pedir aos(às) estudantes que sejam concisos(as) em suas falas e respeitem o turno de fala de cada
um(a).
Peça ao(à) primeiro(a) da lista que leia o trecho que escolheu e apresente os argumentos para
a escolha que fez. Instigue os(as) estudantes a não apenas dizer se gostou ou não do trecho, mas
também a trazer argumentos, expondo o porquê das suas escolhas.
Após a exposição feita pelo(a) primeiro(a) da lista, abra espaço para comentários, perguntando
se alguém também quer contribuir sobre o trecho que acabou de ser lido ou sobre a fala do(a) colega,
e anote, em uma segunda lista, o nome dos(as) inscritos(as) para fazer comentários - interessante
considerar um limite de até dois(duas) estudantes, para que não seja ultrapassado o tempo previsto
para a atividade.
Passe, então, para o segundo nome da lista de pessoas que desejavam compartilhar as reflexões
sobre os trechos do texto que chamaram a sua atenção, e siga o mesmo protocolo anterior, até que
todos(as) os(as) inscritos(as) tenham compartilhado as suas ideias ou até que se esgote o tempo
previsto para a atividade.

Sugestão de atividade assíncrona: (50 min.)


Caso o acesso a internet seja um limitador, esta atividade poderá ser feita de forma assíncrona
com o apoio de podcast (Anexo II), em substituição ao texto lido pelos(as) estudantes. Nesse
caso, os(as) estudantes poderão escutar o podcast, sem a necessidade de se dividirem em trios.

3) Corrupção na prática: (10 min.)


Apresente aos(às) estudantes, por meio do compartilhamento de tela, a imagem do Anexo III.
Explique que se trata de uma campanha idealizada pela Controladoria-Geral da União em 2013,
com o objetivo de provocar reflexões acerca de atitudes que, apesar de serem bastante comuns e
consideradas pouco graves ou até mesmo aceitáveis, são antiéticas e, em alguns casos, ilegais.
Pergunte, então, à turma: “Vocês concordam que esses são exemplos de corrupção? Alguém,
na atividade inicial da aula, utilizou um desses exemplos para falar de corrupção? Esses exemplos se
encaixam no conceito que vocês deram sobre corrupção, no começo da aula?”

Sugestão de atividade assíncrona: (10 min.)


É importante que haja uma interação entre os(as) estudantes, então, como alternativa, podeeria
usar uma ferramenta como o Mural ou o Padlet. O(a) Professor(a) colocaria a imagem em
exposição e as perguntas norteadoras para que os(as) estudantes debatessem.
4) Arremate: (5 min.)
Peça que os(as) estudantes retomem as anotações que fizeram em seus cadernos durante a
atividade inicial, fazendo as alterações ou acréscimos que agora, após o momento de estudo e
discussão, entendam ser necessários. Peça que 3 estudantes compartilhem com a turma as alterações
que fizeram - posteriormente, encaminhando imagens deste registro no mural do Padlet.
Fase 3 - Evidências para avaliação
● Introdução: é importante observar se os(as) estudantes atenderam aos comandos iniciais,
ficaram atentos(as) às marcações de tempo e concentraram a discussão na reflexão proposta
pelo(a) professor(a).
● Tertúlia: estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante o momento de leitura
compartilhada (ou de escuta do podcast) e conseguiram fazer reflexões acerca do que leram ou
ouviram, traçando paralelos entre as informações novas e os seus conhecimentos ou vivências
anteriores.
● Corrupção na prática: os(as) estudantes conseguiram relacionar as discussões realizadas ao
longo da aula às situações práticas apresentadas a eles, reconhecendo nessas atitudes,
corrupções capazes de reforçar estereótipos e cultura que geram grandes malefícios à
sociedade.
● Arremate: os(as) estudantes foram capazes de realizar autocrítica com relação às concepções
que inicialmente carregavam a respeito do conceito de corrupção e das condutas que
correspondiam a esse conceito, de modo que, sem intervenção direta do(a) Professor(a),
avaliaram as respostas que deram no começo da aula e fizeram alterações e acréscimos
suficientes para incluir em suas anotações ideias que contemplem as compreensões duradouras
esperadas para a presente aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos:
● Anexo I - "Jeitinho brasileiro: da criatividade à corrupção"
● Anexo II - Podcast - #058 - O jeitinho brasileiro
● Anexo III - Campanha Controladoria-Geral da União (Pequenas Corrupções - Diga Não!)
● Anexo IV - AULA 8 - Apresentação
Para saber mais:
● CONVERSA SOBRE POLÍTICA: Jeitinho Brasileiro.
● “Pequenas” corrupções, grandes impactos.
Referencial Teórico:
● BARROSO, Luís Roberto. Ética e jeitinho brasileiro: por que a gente é assim? Disponível
em: <https://www.conjur.com.br/dl/palestra-barroso-jeitinho-brasileiro.pdf>. Acesso em 25 de
outubro de 2020.
● Comunidade de Aprendizagem. Tertúlia Dialógica - 7 atuações de êxito. Disponível em:
<https://www.comunidadedeaprendizagem.com/uploads/materials/6/580d15e17ff1060840d2c6
606046dc28.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire. TERTÚLIA DIALÓGICA:
resumo teórico e sugestões de atividades para professoras/res que atuam nos Anos Inicias.
Disponível em: <TEXTO 3 -
TERTÚLIA_DIALÓGICA_Resumo_Teórico_Sugestões_de_Atividades (4) (1).pdf
(recife.pe.gov.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
Aula 6
Estrutura composicional do podcast ou da cartilha e
Tema roteiro
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Assíncrona
Plataforma de ensino Google Classroom, WhatsApp.
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFLGG03; EMIFCG06.
Objetivos
● Revisar o roteiro do podcast ou da cartilha e elaborar a sua versão final.
● Aplicar a gravação do podcast ou a escrita da cartilha.
Perguntas Essenciais
● Como é feita a produção de um podcast ou cartilha?
● O que torna um podcast ou uma cartilha interessantes?
● Quais tópicos ou abordagens não podem faltar no podcast ou na cartilha produzida por vocês?
● Quais ferramentas são necessárias para a gravação do podcast ou a escrita da cartilha?
Compreensões Duradouras
● Reconhecer a importância de se planejar a produção de um texto, escrito ou oral, antes da sua
produção, propriamente dita.
● Compreender que podcast é um gênero oral, publicado nos meios digitais, normalmente
composto por diversos episódios, semelhantes a programas de rádio.

Ou, caso seja feita a opção pela elaboração da cartilha:

● Compreender que a cartilha é um texto impresso de caráter educativo ou instrutivo, que tem por
finalidade apresentar informações acerca do tema abordado r
Fase 2 - Plano de Aprendizagem

Materiais para aula/ferramentas para aula:


● Materiais para aula: roteiros; celular ou computador; papel e caneta.
● Ferramentas para aula: gravadores digitais (Use o aplicativo que os(as) estudantes já usaram
ou têm costume de usar)

Passo-a-passo:

1) Finalização e revisão da versão final do roteiro: (30 min.)


Envie para os(as) estudantes, através da plataforma de contato, que eles(as) terão um tempo
destinado à finalização e revisão do roteiro da cartilha ou do podcast. Após esse tempo, irão iniciar a
gravação ou escrita de seus produtos finais. Assim, oriente-os(as) a fazerem a divisão dos grupos pelo
Google Meet e a retomarem os trabalhos que iniciaram na aula anterior. É importante que você esteja
disponível para acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos e para esclarecer eventuais dúvidas. Caso
opte por produzir o podcast, siga normalmente para o próximo passo. Caso sua escolha seja pela
cartilha, siga para o passo 3 deste plano.

2) Gravação do Podcast: (50 min.)


A produção de um podcast demanda itens tecnológicos básicos, sendo indispensável um celular
ou computador e um microfone, o qual pode ser externo ou embutido no celular e/ou nos fones de ouvido.
Além disso, é necessário um software ou aplicativo de edição de áudio, mas esse ponto será trabalhado
no tópico seguinte.
Instrua os(as) estudantes, através da plataforma online, que é importante que a gravação ocorra
em espaços com poucos ruídos e interferências externas, então, devem procurar espaços silenciosos
dentro de casa. Uma dica é fechar as portas e as janelas para diminuir os sons externos.
Sugere-se que cada episódio do podcast tenha 15 minutos de duração, sendo um quinto para
cada sequência didática. De toda forma, considerando que o produto passará por edição, os(as)
estudantes podem gravar áudios mais longos, desde que seja viável o corte de partes, mas com a
manutenção do sentido dos elementos dialogados.
No momento da gravação, peça que os(as) estudantes enviem prévias dos áudios para verificar
a entonação, dicção, a forma e os usos de expressão, a fim de garantir que mantenham uma linguagem
clara e adequada para o público-alvo.
Uma sugestão é padronizar a vinheta de abertura para todos os episódios, o que corrobora para
a construção de uma identidade única para esta culminância. Alinhe com os(as) estudantes uma forma
interessante de iniciar cada episódio, seja com uma música, uma chamada oral, um jingle, dentre outras
possibilidades.
Após o momento de gravação, é importante ouvir os áudios para verificar se foram captados
corretamente e se não existem interferências que prejudiquem a construção do produto final. Caso seja
necessário, os(as) estudantes devem regravar a parte prejudicada para substituir durante a edição.

3) Produção da cartilha: (50 min.)


Após a construção do roteiro de elaboração da cartilha, agora é momento de efetivamente
construí-la. Alguns pontos devem ser observados na elaboração da cartilha, como a utilização de
linguagem clara e objetiva, adequação ao público-alvo definido anteriormente e o uso de referências
confiáveis. Se possível, envie mais exemplos digitais de cartilhas para que os(as) estudantes utilizem
como forma de inspiração, tanto para o processo de criação do conteúdo quanto para a fase de edição.
Pontue com os(as) estudantes, através da plataforma, que o roteiro previamente elaborado serve
como um guia para execução do projeto, mas que é passível de alterações e reorganizações. Alguns
pontos elaborados no processo de ideação, na prática, deixam de fazer sentido ou é inexequível, sendo
que isso faz parte do processo de construção da culminância.
Os(As) estudantes devem definir quais serão os tópicos abordados e, em sequência, produzir o
texto informativo relativo àquela parte da cartilha. Considerando a finalidade desse gênero, mencione
que é recomendado evitar que as abordagens sejam extensas e muito detalhistas, visto que o foco é
garantir acesso fácil à informação. Circule nos grupos para verificar se a abordagem e o uso da
linguagem estão compatíveis com a finalidade da cartilha e, caso seja necessário, auxilie os grupos a
adequar ou alinhar o texto com a ideia da culminância.
Além disso, é importante pensar em qual será o título da cartilha. Para tanto, os(as) estudantes
devem refletir sobre qual título faz mais sentido ante todo o trabalho desenvolvido e que seja capaz de
dar uma noção geral de qual é a temática abordada.

Sugestão para atividade síncrona: (50 min.)


O(a) Professor(a) pode marcar uma reunião síncrona com os membros dos grupos para tirar
dúvidas e passar as orientações acima. Além disso, é interessante marcar um horário para estar
disponível pela plataforma de contato ou pelo WhatsApp para auxiliar os(as) estudantes.
Fase 3 - Evidências para avaliação
● Finalização e revisão da versão final do roteiro: os(as) estudantes mantiveram-se
engajados(as), participando ativamente das discussões e construções promovidas em seu grupo,
demonstrando que conseguem resgatar os aprendizados obtidos ao longo da Eletiva.
● Gravação do Podcast e Produção da Cartilha: além de evidenciar a capacidade de trabalhar
em grupo, o(a) estudante consegue executar os pontos elaborados no roteiro com autonomia e
propriedade da temática. Demonstra a capacidade de se posicionar de maneira crítica e
consciente, a partir de argumentos robustos e embasados, visando a produção da culminância
definida.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos:
● Anexo I - AULA 13 - Apresentação
Para saber mais
● Agregadores de podcast:
- Spotify: <https://www.spotify.com/br/>
- Deezer: <https://www.deezer.com/br/>
- Castbox: <https://castbox.fm/>
- Soundcloud: <https://soundcloud.com/>
- Podcasts Google: <https://podcasts.google.com/>
Referencial Teórico:
● CUNHA, Juliana Andrade Cunha; NEJM, Rodrigo. Preocupado com o que acontece na
Internet? Quer conversar?. SaferNet Brasil, 2015. Disponível em:
<Diálogo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf (safernet.org.br)>. Acesso em: 13 dez.
2020.
● Nova Escola. Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula. Disponível em: <Chegou a hora
de inserir o podcast na sua aula (novaescola.org.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.
Instituto de Educação Política - Politize!
Programa da Escola da Cidadania Ativa

A Politize! - Instituto de Educação Política é uma organização sem


fins lucrativos que tem como missão formar uma geração de cidadãos
conscientes e comprometidos com a democracia. Através do Projeto Escola da
Cidadania Ativa, levamos conhecimento sobre cidadania, democracia e
liderança para os estudantes do Ensino Médio brasileiro. Atuamos através de
apoio às secretarias estaduais de educação no desenvolvimento de trilhas de
aprendizagem, componentes curriculares eletivos e formação de professores.
Acesse <https://www.politize.com.br/escolas> para mais informações.

Diretor Geral
Gabriel Marmentini - Politize!

Diretora do Programa Escola da Cidadania Ativa


Kamila Nunes da Silva - Politize!

Autores da Eletiva
Adonias Calebe de Moraes
Bianca Ferreira Mesquita dos Santos

Revisores
Paula Samogin Campioni
Beatriz Souza Ramos dos Santos
Kamila Nunes da Silva
Lahís Cristina da Silva Belizário

Revisão Final
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Coordenadoria Pedagógica
Isis Fernanda Ferrari - CEM/PEI
Lucifrance Elias Carvalhar - CEM/PEI

Data: Julho de 2021 - 2ª Edição.

CC BY-NC-SA
Os conteúdos originais deste caderno podem ser reproduzidos total ou
parcialmente para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito à Politize! -
Instituto de Educação Política.

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