O documento discute os desafios no tratamento de pacientes oncológicos durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, incluindo o aumento de casos de câncer, riscos de tratamento atrasado, e escassez de recursos. Recomendou-se a criação de unidades livres de COVID para continuar o tratamento cirúrgico de pacientes com câncer grave. Adaptações como reutilização de equipamentos de proteção foram necessárias devido à sobrecarga nos sistemas de saúde. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor os impactos da
Descrição original:
Embriologia
Título original
Desenvolvimento Embrionário do Fígado, Pâncreas e Vesícula Biliar.
O documento discute os desafios no tratamento de pacientes oncológicos durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, incluindo o aumento de casos de câncer, riscos de tratamento atrasado, e escassez de recursos. Recomendou-se a criação de unidades livres de COVID para continuar o tratamento cirúrgico de pacientes com câncer grave. Adaptações como reutilização de equipamentos de proteção foram necessárias devido à sobrecarga nos sistemas de saúde. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor os impactos da
O documento discute os desafios no tratamento de pacientes oncológicos durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, incluindo o aumento de casos de câncer, riscos de tratamento atrasado, e escassez de recursos. Recomendou-se a criação de unidades livres de COVID para continuar o tratamento cirúrgico de pacientes com câncer grave. Adaptações como reutilização de equipamentos de proteção foram necessárias devido à sobrecarga nos sistemas de saúde. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor os impactos da
A ASSISTÊNCIA AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO NA ERA COVID-19
Anderson Ferreira Pinheiro 1
Alana Cristina Canceglieri Stuhr 2 Gabriela Pizano Purificati 3 Waleska Vitória de Oliveira Tostes Peixoto 4 Renan Tomazini Leite 5 Afrânio Simões Pessanha 6 1,2,3,4,5 Acadêmico(a) de Medicina no Centro Universitário Redentor - UniRedentor. Itaperuna, Rio de Janeiro. 6 Docente no Centro Universitário Redentor - UniRedentor. Itaperuna, Rio de Janeiro.
E-mail do 1° autor: andersonferreira.filho@gmail.com
Liga Acadêmica: Liga Acadêmica de Clínica Cirúrgica em Oncologia- LACCON.
Introdução: Levantamentos apontam que ocorreram 625 mil casos novos de câncer
no Brasil durante a era pandêmica, sendo os cânceres de mama e próstata os que mais cresceram, seguido pelo de cólon e reto. Esses dados corroboram com a magnitude do problema, estudos, ainda limitados abordam o risco de COVID-19 associada a pacientes com casos de recidiva, a associação dessas doenças e as relações com nossa população são ainda pouco conhecidas. A discussão sobre o adiamento do tratamento oncológico gera polêmica, uma vez que a definição de gravidade é mutável de acordo com o tipo de câncer e estadiamento. No Brasil, existem ainda implicações legais com risco de penalização dos gestores segundo a lei nº 12.732/12, que estabeleceu que o primeiro tratamento oncológico no SUS (Sistema de Saúde Pública Brasileiro) deve se iniciar no prazo máximo de 60 dias a partir da assinatura do laudo patológico ou em prazo menor. Objetivos: Levantar uma discussão quanto a escolha e atrasos no tratamento de pacientes oncológicos durante a pandemia de COVID-19, a fim de elucidar a atuação dos médicos durante estes casos. Métodos: O resumo foi baseado em uma revisão literária de dados em plataformas digitais, a partir de um questionamento em campo prático da LACCON. Com isso, a escrita do presente resume foi realizada a partir desse levantamento de dados, bem como avaliação integral dos escassos artigos relacionados a essa área. Resultados/Discussão: Sabe-se que pacientes com câncer podem ter maior risco de manifestações da doença COVID-19 quando comparados a indivíduos saudáveis, além de apresentarem piores resultados de evolução clínica da COVID-19. O cuidado com pacientes oncológicos foi redobrado durante a pandemia pelo aumento considerável dos riscos. Levando em consideração a necessidade unânime de continuidade do tratamento dos pacientes portadores de câncer e eminente exaustão de recursos humanos e de toda ordem, além de lotação dos hospitais por doentes infectados com COVID-19. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) recomendou uso de Unidades Livres de COVID-19, principalmente para assistência de pacientes portadores de cânceres graves, que necessitavam de iniciar ou dar continuidade ao tratamento cirúrgico oncológico independente do momento pandêmico em questão. Estudos em todo o mundo apontavam descasos no atendimento destes até mesmo em situações onde o risco de morte neste período de espera era superior a 50%. Outro problema apontado foi na redução do número de doadores para possíveis cirurgias. Grande desafio deste período, apesar da tentativa de preparo prévio, foi a escassez de equipamentos de proteção individual (EPIs). Houve necessidade de algumas adaptações, tais como: a reutilização de máscaras e equipamentos inicialmente considerados descartáveis, além de montagem de comitês cirúrgicos, visando decidir sobre as prioridades e indicações de tratamento cirúrgico. As evidências científicas são incipientes, portanto, quaisquer conclusões generalizadas para esses pacientes devem ser interpretadas com cautela, mas os efeitos prolongados induzidos por quimioterapia, radioterapia e outros tratamentos oncológicos, que podem levar a imunossupressão, não podem ser negligenciados. Conclusão: Conclui-se que houve necessidade de maior cautela na escolha do tratamento do paciente oncológico, que levou em consideração características individuais de cada caso, bem como a característica de sobrecarga operacional de sistemas de saúde no país, que tornou a situação ainda mais preocupante, principalmente em áreas de recursos escassos. Entretanto, faltam dados para entender a dinâmica da doença e a propagação em um país com características peculiares como o Brasil.
Palavras-chave: Assistência Oncológica; Atraso no Tratamento Oncológico;