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FORMULÁRIO PARA PROJETO DE PESQUISA


CICLO 2023/1-2023/2

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE


Nome Andreza Lúcia Menezes
CPF: 028985564-08
Titulação: ( ) Doutor (x) Mestre ( ) Especialista ( ) Graduado
Endereço Residencial: Rua dos Bem-te-vis, quadra 02, lote 30, condomínio Belvedere
Bairro Jardim Imperial Cidade Cuiabá
Estado Mato Grosso
Fone residencial Fone celular (65)98167-4272
E-MAIL menezesandreza@hotmail.com
Curso Medicina
Linha de Pesquisa Epidemiologia e controle dos agravos em saúde.
CV do Currículo Lates:

2. TÍTULO DO TRABALHO
Avaliação da incidência de casos de lesões pré-malignas e malignas de colo de útero das pacientes
atendidas no Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da Clínica Integrada do UNIVAG, antes e durante
a pandemia da COVID-19.

2.1 PALAVRAS-CHAVE
Exame Colpocitológico, Câncer de Colo Uterino, Pandemia por COVID-19.

2.2 INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS


UNIVAG

2.3 EQUIPE EXECUTORA/COLABORADOR


Nome do Pesquisador Titulação Curso
1- Andreza Lúcia Menezes – Orientadora (Docente da Faculdade de Mestre Medicina
Medicina da UNIVAG)

2- Rosa Maria Elias – Colaboradora (Docente da Faculdade de Medicina da Doutora Medicina


UNIVAG)

3- Amanda Paola de Oliveira – discente da Etapa 6 Discente Medicina

4- Amanda Simionatto Fontana – discente da Etapa 7 Discente Medicina

5- Carla dos Anjos Pires Moreira – discente da Etapa 6 Discente Medicina

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6- Daniela Christ Rodrigues - discente da Etapa 7 Discente Medicina

7- Érica do Carmo Dias Matos – discente da Etapa 6 Discente Medicina

8- Iara Cristina Gauer Barcelos – discente da Etapa 7 Discente Medicina

9- Marco Antônio Oliveira Santos Junior – discente da Etapa 7 Discente Medicina

2.4 VIGÊNCIA
2023/1-2023/2

2.5 LOCAL DE REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES


Clínica Integrada; Laboratório de Análises Clínicas; Sala de Reuniões (todos localizados nas
dependências da UNIVAG).

2.6 INTRODUÇÃO.

O Câncer do Colo do Útero (CCU) é o quarto tipo de câncer que mais ocorre no mundo, e a quarta causa
mais frequente de morte por câncer entre as mulheres1. No Brasil, as maiores incidências estão na região Norte e
Centro-Oeste (23,9/100 mil mulheres), e as menores na região Sudeste (11,3/100 mil mulheres)1. Assim, devido a
seu grande impacto epidemiológico, ao longo dos anos foram criadas medidas governamentais para reduzir a
incidência deste tipo de câncer, sendo criado no Brasil, em 1968, o primeiro programa de controle do câncer do
colo do útero².
Outros marcos históricos importantes foram criados, tais como o Programa Nacional de Combate ao
Câncer de Colo do Útero (em 1998), e do sistema de informações para o monitoramento das ações (Siscolo) em
1999. Mais recentemente, em 2014, o Ministério da Saúde iniciou a campanha de vacinação de meninas
adolescentes contra o papilomavírus humano (HPV) por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) 2, haja
vista a importante correlação da infecção por este vírus com as lesões intraepiteliais escamosas e a frequência do
carcinoma cervical3,4,5. Atualmente, o calendário vacinal para adolescentes (meninas de 9 aos 14 anos e meninos de
11 aos 14 anos7) inclui a proteção contra os subtipos de HPVs 6, 11, 16 e 18 (recombinante), sendo os subtipos 16
e 18 os mais oncogênicos6.
Tendo em vista que esta neoplasia possui evolução lenta, bom prognóstico quando detectada precocemente
e tratamento especializado¹, torna-se evidente que o rastreamento das lesões pré-malignas e malignas é a chave
principal para redução dos casos de CCU. Desse modo, uma das maneiras mais importantes de rastreamento é a
realização do exame citopatológico do colo do útero (CCO), o qual deve ser feito periodicamente por mulheres
sexualmente ativas, especialmente entre 25 e 64 anos². Esse exame surgiu no Brasil a partir da década de 1940,
onde os profissionais de saúde trouxeram para nosso meio a citologia e a colposcopia, sendo até hoje ferramentas
de suma importância na prática clínica e diagnostico inicial das lesões².

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As lesões pré-cancerígenas do colo uterino revelam alterações epiteliais caracterizadas histologicamente


pelo aumento da taxa mitótica, atipia e organização citológica anormais 8. Sua gravidade está atrelada ao nível de
comprometimento da espessura do epitélio escamoso e invasão para o epitélio endocervical8,9. O sistema Bethesda,
que regulamenta a terminologia internacionalmente, estabelece como anormalidades epiteliais escamosas: a Lesão
intraepitelial de baixo grau (L-SIL), a Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (H-SIL), carcinoma escamoso
invasor, adenocarcinoma in situ e adenocarcinoma invasor8. Essa classificação é necessária para se estabelecer o
manejo clínico preconizado em cada tipo de lesão².
No ano de 2020, o mundo inteiro entrou no cenário da pandemia da covid-19. No Brasil, os esforços da
saúde pública foram direcionados para a contenção do avanço do SARS-CoV-2. As demais medidas de saúde
acabaram tornando-se secundárias, como o sistema de rastreamento precoce do CCU, o qual foi impactado
maleficamente nesse período10. Estudos já demonstram uma redução média de 35% no diagnóstico de casos de
CCU no Brasil durante esse período, evidenciando uma possível subnotificação10. Além disso, em 2020, houve
redução de 44,6% na realização dos exames citopatológicos comparando-se ao ano de 201911.
Diante disso, evidencia-se a importância do empenho em diagnosticar rápida e efetivamente o CCU,
detectando de maneira precoce a existência de células atípicas, visando melhor prognóstico.

2.7 JUSTIFICATIVA.
Nesse contexto, evidencia-se a necessidade de realização do CCO no rastreamento e diagnóstico
das lesões pré-malignas e malignas do colo do útero, como ferramenta essencial no prognóstico da doença.
No Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), no Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia
(AGO) da Clínica Integrada, são realizados os exames de CCO das pacientes atendidas nessa
especialidade, cumprindo o objetivo de rastreio e diagnóstico do CCU.
Diante do cenário pandêmico, que dificultou as políticas de saúde pública, e consequentemente o
rastreio do CCU, este projeto visa comparar a incidência de lesões pré-malignas e malignas das pacientes
atendidas no AGO antes (biênio 2018/2019) e durante o período da pandemia (biênio 2020/2021).
Nessa perspectiva, a relevância da pandemia em relação a um possível aumento do número de casos
de lesões do colo do útero, devido a um menor número de exames realizados nesse período, torna
necessário um estudo de dados comparativos, na tentativa de elucidar se haverá impacto desses números
nas redes de saúde pública e no contexto da saúde da mulher.

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2.8 OBJETIVOS
Objetivo Geral
Comparar a incidência de lesões pré-malignas e malignas das pacientes atendidas no AGO do UNIVAG
antes (biênio 2018/2019) e durante o período da pandemia (biênio 2020/2021).

Objetivos Específicos
1. Analisar os dados coletados através dos laudos, a fim de se obter dados clínicos e epidemiológicos.
2. Desenvolver trabalhos científicos, tais como artigos, resumos, publicações em congressos da área.
3. Integração de dados epidemiológicos com outras Instituições, que realizam projetos semelhantes.

2.9 METODOLOGIA

A pesquisa será do tipo descritiva, de acordo com os objetivos, e quantitativa, quanto à sua
natureza.

As pesquisas descritivas têm como objetivo essencial caracterizar determinada população ou


fenômeno ou verificar a relação entre variáveis12. Essas pesquisas são as que habitualmente realizam os
pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática12.

Com relação às pesquisas quantitativas, para a coleta de dados é importante o uso de técnicas
fidedignas e que oportunizem informações precisas e sem duplicidade, destacando-se o uso de
questionários, a consulta de dados numéricos em documentos e a realização de experimentos
controlados13.

A respeito do campo de estudo, será realizada análise dos laudos de CCO das pacientes atendidas
no AGO. Tais exames são coletados pelos acadêmicos de graduação em Medicina, que estão cursando
o internato de GO, das mulheres atendidas no AGO da Clínica Integrada do Univag, no período de 2018
a 2021. Suas identidades serão preservadas, sendo utilizadas informações quanto a faixa etária, tipos de
alterações citológicas encontradas, bem como a incidência destas no período pré e durante a pandemia
da COVID-19. O presente projeto foi submetido ao Comitê de Ética da Plataforma Brasil, aguardando
parecer final.

Serão realizadas reuniões semanais entre os integrantes do projeto, a fim de organizar e


sistematizar as informações contidas nos laudos, bem como comparar e discutir os dados obtidos com
a literatura relacionada ao tema.

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2.10 BIBLIOGRAFIA

1. Ferreira M de CM, Nogueira MC, Ferreira L de CM, Bustamante-Teixeira MT. Detecção


precoce e prevenção do câncer do colo do útero: conhecimentos, atitudes e práticas de profissionais da
ESF. Cien Saude Colet [Internet]. 2022 May 27 [cited 2022 Oct 26];27(6):2291–302. Available from:
http://www.scielo.br/j/csc/a/Z3tXcyhpMP6MLcJzTCmq9bn/

2. Johnson CA, James D, Marzan A, Armaos M. Cervical Cancer: An Overview of


Pathophysiology and Management. Semin Oncol Nurs. 2019 Apr 1;35(2):166–74.

3. Stofler MECW, Nunes RD, Rojas PFB, Trapani Junior A, Schneider IJC. Avaliação do
desempenho da citologia e colposcopia comparados com a histopatologia no rastreamento e diagnóstico
das lesões do colo uterino. ACM arq catarin med [Internet]. 2011 [cited 2022 Oct 26]; Available from:
http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/876.pdf

4. Brasil., Ministério da Saúde., Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes Da Silva.
Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero [Internet]. 2a Edição. 2016
[cited 2022 Oct 26]. Available from: www.inca.gov.br

5. Origoni M, Prendiville W, Paraskevaidis E. Cervical cancer prevention: New frontiers of


diagnostic strategies. Biomed Res Int. 2015;2015.

6. Shrestha AD, Neupane D, Vedsted P, Kallestrup P. Cervical Cancer Prevalence, Incidence and
Mortality in Low and Middle Income Countries: A Systematic Review. Asian Pacific Journal of Cancer
Prevention [Internet]. 2018 Feb 1 [cited 2022 Oct 26];19(2):319–24. Available from:
http://journal.waocp.org/article_56041.html

7. Brasil., Ministério da Saúde. Calendário Vacinal - Adolescentes [Internet]. 2022 [cited 2022 Oct
26]. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-
de-vacinacao/calendario-vacinal-2022/anexo-calendario-de-vacinacao-do-adolescente_atualizado_-
final-20-09-2022-copia.pdf

8. Brasil., Ministério da Saúde. Atlas de citopatologia ginecológica [Internet]. 2012 [cited 2022
Oct 26]. Available from: www.saude.gov.br/sgtes

9. Primo WQSP, Corrêa FJS, Barguil JP. Brasileiro. Manual de Ginecologia da Sociedade de
Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. 2a Edição. 2017.

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10. Dal’Negro SH. Impacto da pandemia da COVID-19 no rastreamento e diagnóstico do câncer do


colo do útero no Brasil. 2022 [citado 2022 out 27]; Available from:
https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/73987

11. Ribeiro CM, de Miranda Correa F, Migowski A. Efeitos de curto prazo da pandemia de COVID-
19 na realização de procedimentos de rastreamento, investigação diagnóstica e tratamento do câncer no
Brasil: estudo descritivo, 2019-2020. Epidemiologia e Serviços de Saúde [Internet]. 2022 Mar 7 [cited
2022 Oct 26];31(1):2019–20. Available from:
http://www.scielo.br/j/ress/a/txZ8ZMpQ3FgcLdpLrh8LbbD/

12. Oliveira MF. Metodologia científica: um manual para a realização de pesquisas em


administração. 2011.
13. Faria Rodrigues TD de F, Saramago de Oliveira G, Alves dos Santos J. AS PESQUISAS
QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS NA EDUCAÇÃO. Rev. Pris. [Internet]. 25º de dezembro de
2021 [citado 27º de outubro de 2022];2(1):154-7. Disponível em:
https://revistaprisma.emnuvens.com.br/prisma/article/view/49

2.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


2022 2023
ETAPAS DO
PROJETO SET OUT NOV DEZ FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV
Elaboração do Projeto X X
Revisão da
X X X X X
Literatura/bibliografia
Coleta de
Dados/Entrevistas X X X

Tabulação Dos
Resultados X X X

Relatório Parcial X X
Análise Estatística
dos Resultados X X X
(quando houver)
Conclusão da
Pesquisa X X

Elaboração Relatório
Final X

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Elaboração de Artigo
Cientifico X X X

2.12 RECURSOS MATERIAIS


Especificação Quantidade Valor Fonte*
(R$)Total
Programa de Tabulação de Dados (de
Propriedade dos Integrantes do Grupo do
Projeto)
Computadores (de Propriedade dos Integrantes do
Grupo do Projeto)
Emissão de Certificados

TOTAL R$

3 .PARECER
( ) – APROVADO ( ) - REPROVADO ( )- REFORMULAR

RECONSIDERAÇÕES ( Apontar as reconsiderações necessárias para reformulações )

Data: / /
Assinatura: ______________________________________________________

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