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A INFLUÊNCIA DO ISOLAMENTO SOCIAL NA QUEDA DO NÚMERO DE

MAMOGRAFIAS REALIZADAS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NO


BRASIL: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA
55º CONGRESSO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DO DISTRITO
FEDERAL

Loiola LS1, Kimura EKI2, Machado ACR3, França PO4, Oliveira AS5, Araújo JLD6,
Santos YM7, Santos MEN8
1 Acadêmico de Medicina pelo Centro Universitário Maurício de Nassau de Barreiras
(UNINASSAU/BARREIRAS), luan_sloiola@hotmail.com
2Ginecologista e Obstetra, Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, FEBRASGO, ekkimura@uol.com.br
3 Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário Maurício de Nassau de Barreiras
(UNINASSAU/BARREIRAS), contato.carolinamachado@outlook.com
4 Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário Maurício de Nassau de Barreiras
(UNINASSAU/BARREIRAS), pallomaofranca@gmail.com
5 Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário Maurício de Nassau de Barreiras
(UNINASSAU/BARREIRAS), avelinys@hotmail.com
6 Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário Maurício de Nassau de Barreiras
(UNINASSAU/BARREIRAS), jadeluizad@gmail.com
7 Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário Maurício de Nassau de Barreiras
(UNINASSAU/BARREIRAS), yasmimm459@gmail.com
8 Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário Maurício de Nassau de Barreiras
(UNINASSAU/BARREIRAS), dudanascimento02@hotmail.com

RESUMO
O câncer de mama representa o tumor de maior incidência e maior mortalidade
na população feminina, representando 522 mil óbitos anualmente no mundo. No
Brasil sua incidência é de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres, tratando-se de
um problema de saúde pública. A detecção precoce se mostra como a principal
estratégia para o combate ao câncer de mama, baseando-se primordialmente no
rastreamento, que tem como método de escolha a mamografia. Foi calculado
que entre 1987 e 1997, nos EUA, 10 mil mulheres deixaram de morrer por câncer
de mama devido ao efetivo rastreio realizado. No brasil, o número de
mamografias aumentou em 248% entre 2009 e 2019. Em contrapartida, durante
a pandemia pelo coronavírus, milhões de pacientes foram impedidas de realizar
a mamografia devido às políticas de isolamento social. O estudo em questão
objetivou a análise da relação entre o número de mamografias realizadas no
Brasil nos anos anteriores a pandemia e os anos em que foram implementadas
políticas de isolamento social. Referiu-se a uma pesquisa de natureza
quantitativa, baseada em dados disponíveis na plataforma DataSUS, por meio
do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN). A busca resultou em dados
disponíveis entre os anos de 2009 e 2023, sendo utilizado o período entre 2017
e 2022 para o levantamento de dados. A análise indicou um aumento no número
de mamografias realizadas entre os anos de 2017, com 2.641.307 mamografias,
e 2019, com 3.068.804 mamografias. No ano de 2020, em que se disseminou o
coronavírus e foram aplicadas políticas de isolamento social no Brasil, foram
realizadas 1.868.352 mamografias, representando uma queda de 60,88% em
relação ao ano anterior. Nos anos seguintes, 2021 e 2022, foram realizadas
respectivamente 2.680.554 e 3.296.244 mamografias. Desse modo, é possível
inferir que a pandemia de covid-19 acarretou prejuízos ao rastreamento do
câncer de mama, gerando prejuízos incalculáveis às mulheres que não foram
diagnosticadas com câncer de mama precocemente.
PALAVRAS-CHAVE: mamografia, isolamento social, covid-19

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