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2. Introdução.
O Câncer do Colo do Útero (CCU) é o quarto tipo de câncer que mais ocorre no mundo,
e a quarta causa mais frequente de morte por câncer entre as mulheres (1). No Brasil, as
maiores incidências estão na região Norte e Centro-Oeste (23,9/100 mil mulheres), e as
menores na região Sudeste (11,3/100 mil mulheres) (1). Assim, devido a seu grande
impacto epidemiológico, ao longo dos anos foram criadas medidas governamentais para
reduzir a incidência deste tipo de câncer, sendo criado no Brasil, em 1968, o primeiro
programa de controle do câncer do colo do útero (2).
Tendo em vista que esta neoplasia possui evolução lenta, bom prognóstico
quando detectada precocemente e tratamento especializado (1), torna-se evidente que o
rastreamento das lesões pré-malignas e malignas é a chave principal para redução dos
casos de CCU. Desse modo, uma das maneiras mais importantes de rastreamento é a
realização do exame citopatológico do colo do útero (CCO), o qual deve ser feito
periodicamente por mulheres sexualmente ativas, especialmente entre 25 e 64 anos (2).
Esse exame surgiu no Brasil a partir da década de 1940, onde os profissionais de saúde
trouxeram para nosso meio a citologia e a colposcopia, sendo até hoje ferramentas de
suma importância na prática clínica e diagnostico inicial das lesões (2).
As lesões pré-cancerígenas do colo uterino revelam alterações epiteliais
caracterizadas histologicamente pelo aumento da taxa mitótica, atipia e organização
citológica anormais (8). Sua gravidade está atrelada ao nível de comprometimento da
espessura do epitélio escamoso e invasão para o epitélio endocervical (8)(9). O sistema
Bethesda, que regulamenta a terminologia internacionalmente, estabelece como
anormalidades epiteliais escamosas: a Lesão intraepitelial de baixo grau (L-SIL), a Lesão
intraepitelial escamosa de alto grau (H-SIL), carcinoma escamoso invasor,
adenocarcinoma in situ e adenocarcinoma invasor (8). Essa classificação é necessária
para se estabelecer o manejo clínico preconizado em cada tipo de lesão. (2)
No ano de 2020, o mundo inteiro entrou no cenário da pandemia da covid-19.
No Brasil, os esforços da saúde pública foram direcionados para a contenção do avanço
do SARS-CoV-2. As demais medidas de saúde acabaram tornando-se secundárias, como
o sistema de rastreamento precoce do CCU, o qual foi impactado maleficamente nesse
período (10). Estudos já demonstram uma redução média de 35% no diagnóstico de casos
de CCU no Brasil durante esse período, evidenciando uma possível subnotificação (10).
Além disso, em 2020, houve redução de 44,6% na realização dos exames citopatológicos
comparando-se ao ano de 2019. (11)
3. Resumo.
Como este tipo de neoplasia possui evolução lenta, bom prognóstico quando detectada
precocemente e tratamento especializado (1), torna-se evidente que o rastreamento das
lesões pré-malignas e malignas é a chave principal para redução dos casos de CCU. Desse
modo, uma das maneiras mais importantes de rastreamento é a realização do exame
citopatológico do colo do útero (CCO), o qual deve ser feito periodicamente por mulheres
sexualmente ativas, especialmente entre 25 e 64 anos. (2)
4. Hipótese.
5. Objetivo Primário.
6. Objetivo Secundário
A respeito do campo de estudo, será realizada análise dos laudos de CCO das
pacientes atendidas no AGO. Tais exames são coletados pelos acadêmicos de graduação
em Medicina, que estão cursando o internato de GO, das mulheres atendidas no AGO da
Clínica Integrada do Univag, no período de 2018 a 2021. Suas identidades serão
preservadas, sendo utilizadas informações quanto a faixa etária, tipos de alterações
citológicas encontradas, bem como a incidência destas no período pré e durante a
pandemia da COVID-19. O presente projeto foi submetido ao Comitê de Ética da
Plataforma Brasil, aguardando parecer final.
8. Critério de Inclusão.
O projeto inclui mulheres entre 25 e 64 anos de idade que realizaram o CCO no AGO
durante o período de 2018 até 2021. Além disso, inclui mulheres com suspeita de lesão,
sendo essa pré-maligna ou maligna no colo de útero.
9. Critério de Exclusão.
11. Benefícios.
Como benefício do estudo, cada participante receberá um laudo da sua coleta, visando
estimular o rastreio e prevenção de Câncer de Colo do Útero para reduzir o impacto no
âmbito da saúde da mulher.
Espera-se que com a realização do Projeto, seja possível evidenciar, de forma concreta, o
aumento da incidência de lesões pré-malignas e malignas no útero. Dessa forma, haverá
uma análise epidemiológica da propensão de câncer de colo do útero, além da análise do
impacto no âmbito da saúde da mulher, devido ao período pandêmico da COVID-19.
14. Cronograma (As diferentes etapas da pesquisa devem ser identificadas apenas com as
indicações de semanas, quinzenas, meses (ou demais intervalos de tempo), conforme
apresentado no seguinte exemplo: “recrutamento de sujeitos de pesquisa” terá duração de
6 meses, com início previsto para o “mês 3” e término previsto para o “mês 9” da pesquisa
(sem a identificação de meses e anos).
A Elaboração do Projeto terá 2 meses, previsto para início no mês 1 e término no mês 2;
a revisão da literatura/bibliografia terá 4 meses, previsto para início no mês 3 e término
no mês 7; a coleta de dados/entrevistas terá 3 meses, previsto para início no mês 5 e
término no mês 7; a tabulação dos resultados terá 3 meses, previsto início no mês 8 e
término no mês 11; o relatório parcial terá 2 meses, previsto para início no mês 9 e término
no mês 10; a análise estatística dos resultados terá 3 meses, previsto para início no mês
10 e término no mês 13; a conclusão da pesquisa terá 2 meses, previsto início no mês 12
e término no mês 13; a elaboração de relatório final terá 1 mês, previsto no mês 13 e
término no mesmo; a elaboração de artigo científico terá 3 meses, previsto início no mês
12 e término no mês 15.
15. Orçamento.
A fonte dos recursos será das próprias integrantes do grupo, sendo necessário somente a
Emissão de Certificados pela UNIVAG.
16. Referências.