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Piracicaba
2018
MARIA ANGELA ADAMOLI DE MORAIS ROSSETTO
Piracicaba
2018
Ficha Catalográfica
DEDICATÓRIA
The patients affected by Head and Neck Cancer (CCP) are a group of patients
with high vulnerability, high lethality, stigmatized by society due to craniofacial
deformities that are common in this type of neoplasia and, therefore, often have
sequelae both physical, emotional, affective or social factors that may impact their
quality of life. This study evaluated the factors associated with the quality of life of
patients diagnosed with PCC inserted in the level of medium complexity of an Oncology
Care Network. This is a cross-sectional analytical study. The sample consisted of 240
patients diagnosed by CCP from July 2016 to April 2017 and enrolled in a non-
governmental association of a medium-sized municipality in the State of São Paulo /
Brazil. The dependent variable was quality of life (QOL) assessed by the WHOQOL-
bref instrument. The independent variables were sociodemographic and clinical
characteristics, collected through a semi-structured questionnaire. Simple regression
analysis was performed for each independent variable with the outcome and then
estimated the multiple regression model, adjusted for the negative binomial
distribution, estimating the Prevalence Ratio Ratios (PRR) and the respective 95%
confidence intervals. For each year of schooling, there was a 3% increase in the quality
of life score (PRR = 1.03, CI = 1.00-1.21, p = 0.0153). For each income unit, there was
a 10% increase in the quality of life score (PRR = 1.10, CI = 1.02-1.17, p = 0.0076).
The individuals without diabetes (PRR = 1.10, CI = 1.01-1.21, p = 0.0248), who had no
physical sequelae (RR = 1.16, CI = 1.04 -1, 29, p = 0.0069) and functional sequela
(PRR = 1.17, CI = 1.03-1.32, p = 0.0124) had 10%, 16% and 17% higher quality of life
scores, respectively. The quality of life of patients with CCP is associated with
socioeconomic and clinical conditions.
1 INTRODUÇÃO 10
3 CONCLUSÃO 38
REFERÊNCIAS 39
ANEXOS 45
1 INTRODUÇÃO
RESUMO
ABSTRACT
Patients with Head and Neck Cancer (CCP) experience a challenging experience in the
treatment and recovery of health, which interferes with quality of life (QoL). In this sense, the
Oncology Care Network should assist in the process of health care. This study aimed to evaluate
the factors associated with the quality of life of patients diagnosed with PCC inserted in the
average complexity of an Oncology Care Network. All 240 patients diagnosed with CCP, from
July 2016 to April 2017, were enrolled in a non-governmental association of a medium-sized
municipality in the State of São Paulo / Brazil. The QOL was the dependent variable evaluated
by the WHOQOL - Bref instrument. The independent variables were sociodemographic and
clinical characteristics, collected through a semi-structured questionnaire. Simple regression
analysis was performed for each independent variable with the outcome and then estimated
multiple regression model, adjusted for the negative binomial distribution, estimating the
Prevalence Ratio Ratios (PRR) and the respective 95% confidence intervals. For each year of
schooling, there was a 3% increase in the quality of life score (PRR = 1.03, CI = 1.00-1.21, p =
0.0153). For each income unit, there was a 10% increase in the quality of life score (PRR =
1.10, CI = 1.02-1.17, p = 0.0076). The individuals without diabetes (PRR = 1.10, CI = 1.01-
1.21, p = 0.0248), who had no physical sequelae (PRR = 1.16, CI = 1.04-1. 29, p = 0.0069) and
functional sequela (PRR = 1.17, CI = 1.03-1.32, p = 0.0124) had 10%, 16% and 17% higher
quality of life scores, respectively. The quality of life of patients with CCP is associated with
socioeconomic and clinical conditions.
Key words: Quality of life. Head and neck neoplasms. Health Care Network.
17
INTRODUÇÃO
Representa a sexta neoplasia mais comum e é responsável por meio milhão de casos de
câncer no mundo2. No ano de 2014, estimou-se que nos Estados Unidos, 43.371 pessoas
apresentavam câncer na cavidade bucal e faringe, sendo 71,2% homens e 28,8% mulheres.
Além disso, foi revelado que 9.404 pessoas morreram vítimas dos agravos da doença3. No
Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) previu 22.840 novos casos de câncer bucal e na
vitais como a deglutição, fala e sentidos de sabor e olfato6. Os danos físicos podem ser
variáveis que possam influenciar na qualidade de vida de pacientes afetados pela doença, a fim
A Qualidade de Vida (QV) pode ser avaliada através da percepção do indivíduo sobre
as condições que contribuem para o seu bem físico, espiritual, psicológico, emocional e nas
investigar a influência de outros fatores que também permeiam na QV, como a inserção dos
O cuidado dos pacientes com câncer deve se dar de forma integral. Para isso, devem
realizar ações que visam à promoção, prevenção, detecção precoce, tratamento e cuidados
esse fim, o sistema de saúde deve estar organizado em rede. Cada serviço, dentro do sistema de
saúde, deve ser pensado como um componente fundamental da integralidade do cuidado, como
uma estação no circuito que cada indivíduo percorre para obter a integralidade de que
necessita17. Assim, a Rede de Atenção à Saúde é uma forma de organizar e definir pontos de
O arcabouço normativo da oncologia no Sistema Único de Saúde (SUS) tem como base
duas portarias, ambas de 2005: a GM 2.439, que institui a Política Nacional de Atenção
Oncológica, e a SAS 741, que define a Rede de Atenção Oncológica, que deve ser implantada
cuidado que perpassa todos os níveis de atenção (básica, média complexidade e alta
maior capacidade para realizar o cuidado integral dos pacientes oncológicos do que as práticas
Oncológica apresenta uma peculiaridade em sua linha de cuidado. Além da atenção básica de
humanizada e multiprofissional a todos os pacientes com câncer, inclusive com CCP. Portanto
é importante avaliar a qualidade de vida e outros aspectos que possam influenciam estes
pacientes.
estruturada para possibilitar aos pacientes com câncer acesso favorável e equitativo na
prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer 21. Nesse sentido, o presente estudo pode agir
como ferramenta importante na assistência ao paciente com câncer, pois ao reconhecer como a
Rede de Atenção Oncológica está contribuindo com a QV, haverá a possibilidade de mobilizar
Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os fatores associados à qualidade de
vida de pacientes diagnosticados com CCP inseridos na média complexidade de uma Rede de
Atenção Oncológica.
MATERIAL E MÉTODOS
Aspectos Éticos
Tipo do estudo
O estudo foi conduzido em um município de médio porte, com uma população estimada
de 397.322 habitantes22.
A amostra foi constituída por todos os 240 pacientes diagnosticados com câncer de
por uma associação não governamental no período de julho de 2016 a abril de 2017.
câncer e tem por missão assegurar e aumentar o rastreamento do câncer no município, diminuir
a mortalidade da doença e melhorar a qualidade de vida. Assiste aos pacientes do Sistema único
meio das Unidades Básicas de Saúde ou dos Centros de Especialidades Médicas, por suspeita
quimioterapia, radioterapia e cirúrgico são realizados somente nos hospitais da cidade (alta
Cabe ressaltar que os usuários contra referenciados pelos hospitais são acompanhados
por uma equipe multiprofissional da associação, formada por médicos cooperados que atendem
É uma instituição sem fins lucrativos, solidária e única que atua em parceria com o
de promoção e prevenção de saúde, como por exemplo, o “Apodere-se” que arrecada cabelos
para confecção de perucas para mulheres e homens que passam por quimioterapia bem como o
projeto “Parceiros do Peito” que envolve o companheiro na prevenção de câncer de mama, entre
outros23.
Critérios de inclusão/exclusão
acompanhados pela rede pública municipal, pela associação não governamental e que aceitaram
pacientes com idade menor de 18 anos tiveram a autorização de um responsável para participar
com duas perguntas gerais sobre a qualidade de vida geral e outras 24 perguntas que
representam quatro domínios: relações, físicas, psicológicas, sociais e meio ambiente. Cada
domínio é composto de perguntas com respostas que variam de um a cinco, de modo que quanto
avaliadas por meio de um questionário semiestruturado (apêndice I), como segue: sexo
(masculino e feminino), estado civil (solteiro, casado e outros), renda familiar mensal (≤ 1
(ativo, aposentado e não trabalha), religião (pratica e não pratica), tempo em tratamento externo
(em meses), tempo em tratamento no Ilumina (em meses), diabetes (sim e não), hipertensão
(sim e não), sequela física (sim e não), sequela funcional (sim e não), conhecimento da doença
(sim e não), tipo de câncer (pescoço até ombro, mandíbula até nariz e nariz até cabeça) e câncer
da coleta de dados.
central e dispersão. Análise de regressão simples foi realizada para cada variável independente
com o desfecho e em seguida foi estimado modelo de regressão múltipla pelo procedimento
variáveis que apresentaram p≤0,20 na análise de regressão simples foram testadas na análise de
regressão múltipla. Um modelo final foi ajustado com as variáveis que permaneceram com
p≤0,05, após o ajuste das demais variáveis. Todas as análises foram realizadas pelo programa
RESULTADOS
Na tabela 1 são apresentados os valores da média, desvio padrão, mediana, valor mínimo
A tabela 2 apresenta os valores da média, desvio padrão, valor mínimo e máximo das
tinham em média 55,2 anos (desvio padrão=18,6), residiam em casas com 2,8 pessoas em média
(desvio padrão=1,5), sendo que o tempo médio em tratamento externo e na associação foi de
10,9 meses (desvio padrão=17,8) e 5,0 meses (desvio padrão =7,8), respectivamente. Além
disso, tinham em média 1,7 doenças associadas e apresentaram score médio de qualidade de
vida de 58,3.
analisadas. Observa-se que 60,8% dos participantes era do sexo feminino e 39,2% do sexo
masculino, 56,7% era casados, 81,2% dos voluntários tinham ensino médio e fundamental
religião, 53,6% recebiam até 2 salários mínimos, 50,9% tinham diabetes, 51,4% não eram
hipertenso, 77,1% não tinham sequela física, 84,6% não apresentaram sequela funcional,
57,5% tinham conhecimento da sua doença, 75,8% eram portadores de câncer de pescoço até
regressão simples e múltipla para descrever a influência das variáveis independentes sobre a
nível de escolaridade, renda familiar mensal, diabetes, sequela física e sequela funcional. Para
p=0,0124) tiveram 10%, 16% e 17% escore maior de qualidade de vida, respectivamente.
DISCUSSÃO
Assim, buscando compreender os fatores que influenciam a qualidade de vida (QV) dos
pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CPP), o presente estudo identificou que para cada
ano de escolaridade há um aumento no escore da qualidade de vida dos pacientes com CCP. O
pelo câncer 27. Estudos demonstraram que a escolaridade compromete o diagnóstico precoce e
tratamento do câncer, pois é menor o acesso a serviços médicos por parte dos segmentos
leitura e compreensão 29. Esse dado traz um alerta para a necessidade do uso de uma linguagem
visual por parte da equipe de saúde e de outros recursos das práticas de educação em saúde que
podem ser aplicadas ao longo do acompanhamento dos usuários. Para que a informação tenha
novos, transmitidos pelos profissionais de saúde, devem ser debatidos com os pacientes,
escore da qualidade de vida. A literatura reporta, que quanto maior a renda familiar melhor a
15,31,32
qualidade de vida dos pacientes com câncer . Sabe-se também que pode ocorrer
considerável redução na renda familiar dos pacientes durante o tratamento do câncer, gerando
complementares 32.
pessoas que sofrem de diferentes doenças crônicas devem se adaptar a suas limitações, uma vez
decorrer de um tempo. Esse ajustamento por si só, pode implicar em uma pior QV34. A diabetes
mellitus, é considerada uma doença crônica associada na qualidade de vida diminuída 35, uma
decorrente do tratamento rígido, o que pode levar até mesmo a depressão grave 36. Verifica-se
vigentes causam nas atividades diárias, os efeitos da quimioterapia, como fadiga, náuseas,
Este estudo evidenciou que pacientes sem sequelas física e funcional tem melhor
qualidade de vida, corroborando com outros achados 33,38,39. Os pacientes acometidos pelo CCP
26
emocionais do tratamento podem prejudicar a qualidade de vida e a luta contra a doença 40, 41.
paladar, tosse43, manifesta sintomas como dor, perda de peso, disfagia, xerostomia e limitação
CCP. Nesse sentido, as práticas profissionais compartilhadas permitem uma melhor avaliação
multidisciplinar coordenar ações eficientes para atender as necessidades integrais dos pacientes,
casos, mediante o acesso aos serviços de qualidade e estratégias de educação participativa até
com garantia de ações voltadas para o cuidado, tem sido um nó crítico para construção das
linhas de cuidado 46. Segundo Mendes et al. (2015)47, há um espaço vazio no nível da média
complexidade, principalmente em relação aos cuidados paliativos dos pacientes com câncer.
Esse descompasso dos serviços revela a inevitabilidade de discutir o modelo de saúde que
para o enfrentamento e combate ao câncer, é uma peculiaridade importante a ser estudada. Por
realizar atividades que contam com o apoio de uma gama maior de profissionais de diferentes
maneira impactante os usuários da rede e seus familiares. Isso pode minimizar os efeitos do
tratamento e contribuir com uma melhor QV aos pacientes diagnosticados com CCP.
Este estudo apresenta algumas limitações por ser um estudo transversal buscou
inferências em relação a fatores causais sem, no entanto, estabelecer uma relação temporal.
Apesar de terem sido utilizados instrumentos auto aplicáveis, confiáveis e válidos, e assegurada
indivíduos podem não responder com fidedignidade aos questionários. Além disso, a obtenção
de dados sobre renda é muito sensível e os entrevistados podem não ter informado com precisão.
multidisciplinares de todos os níveis do sistema. Por serem pacientes com CCP, incorporados à
prática clínica, pode-se sugerir que essas informações auxiliam no processo de decisão
oncológicos.
CONCLUSÃO
A qualidade de vida dos pacientes com CCP inseridos em uma Rede de Atenção
MAAMR: Foi o autor sênior que propôs o desenho do estudo, contribuiu na análise e
IPC: Contribuiu para a interpretação dos dados e na redação da versão final do artigo.
LMG: Contribuiu na análise e interpretação dos dados, além da redação final do artigo.
KLC: Propôs a hipótese, design, análise e interpretação dos dados e escreveu a primeira versão
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33
Anexos artigo
Tabela 1. Média, desvio padrão, mediana, valor mínimo e máximo dos domínios do WHOQOL
-Bref.
Valor Valor
Média Desvio padrão Mediana
Domínios mínimo máximo
Físico 57,0 19,6 57,1 3,6 100,0
Psicológico 63,4 20,7 66,7 8,3 100,0
Relações Sociais 58,2 24,4 58,3 0,0 100,0
Meio Ambiente 54,8 17,2 56,3 9,4 100,0
34
Tabela 2. Média, desvio padrão, mediana, valor mínimo e máximo das variáveis independentes analisadas.
Desvio Valor Valor
Variável Média Mediana
padrão mínimo máximo
Idade (anos) 55,2 18,6 58,0 10,0 90,0
Número de pessoas na casa 2,8 1,5 2,0 1,0 10,0
Número de doenças associadas 1,7 0,9 1,0 1,0 4,0
Tempo em tratamento no serviço público
(meses) 10,9 17,8 3,0 1,0 192
Tempo de tratamento na associação (meses) 5,0 7,8 1,0 1,0 36
Qualidade de vida 58,3 16,8 60,1 11,6 94,0
35
Variável Categoria n %
Sexo Feminino 146 60,8
Masculino 94 39,2
Solteiro 51 21,2
Estado civil Casado 136 56,7
Outros 53 22,1
≤ 1 salário mínimo 8 3,3
Até 2 salários mínimos 123 50,8
Renda familiar mensal
≤ 2 a ≤ 4 salários mínimos 100 41,3
Acima de 4 salários mínimos 11 4,6
não sabe ler 26 10,7
fundamental incompleto 78 32,1
fundamental completo 31 12,7
Nível de escolaridade ensino médio incompleto 28 11,5
ensino médio completo 58 23,9
ensino superior incompleto 6 2,5
ensino superior completo 16 6,6
ativo 82 34,2
Situação profissional aposentado 79 32,9
não trabalha 79 32,9
pratica 214 89,2
Religião
não pratica 26 10,8
sim 89 50,9
Diabetes
não 86 49,1
Sim 85 48,6
Hipertensão
Não 90 51,4
Sim 55 22,9
Sequela física
Não 185 77,1
Sim 37 15,4
Sequela funcional
não 203 84,6
Sim 138 57,5
Conhecimento da doença
Não 102 42,5
pescoço até ombro 182 75,8
mandíbula até nariz 48 20,0
Tipo de câncer de cabeça e pescoço
nariz até cabeça (fronte, parietal,
occipital e posterior) 10 4,2
Câncer de cabeça e pescoço com sim 22 9,2
acometimento de outros órgãos não 218 90,8
36
Tabela 4. Análise de regressão simples para qualidade de vida como variável dependente.
Regressão simples
Variável Estimativa Erro padrão p-valor
Sexo (ref=feminino) 0,0539 0,0408 0,1860
Idade (em anos) -0,0016 0,0011 0,1336
Estado civil (ref=solteiro)
casado 0,0428 0,0509 0,4003
outros 0,0621 0,0607 0,3062
Número de pessoas na casa -0,0025 0,0138 0,8551
Nível de escolaridade 0,0433 0,0116 0,0002
Situação profissional (ref=ativo)
aposentado -0,0742 0,0485 0,1263
não trabalha -0,0612 0,0485 0,2067
Religião (ref=pratica) -0,0524 0,0645 0,4165
Renda familiar mensal 0,0808 0,0311 0,0092
Número de doenças associadas -0,0547 0,0261 0,0363
Diabetes (ref=sim) 0,1081 0,0479 0,0239
Hipertensão (ref=sim) -0,0142 0,0486 0,7702
Sequela física (ref=sim) 0,1995 0,0463 <0,0001
Sequela funcional (ref=sim) 0,2219 0,0544 <0,0001
Conhecimento da doença (ref=sim) -0,0157 0,0404 0,6976
Tempo em tratamento no serviço público -0,0017 0,0089 0,8517
Tempo de tratamento na associação 0,0561 0,0820 0,4944
Tipo de câncer (ref= pescoço até ombro)
mandíbula até nariz -0,0974 0,0498 0,0506
nariz até cabeça (fronte, parietal, occipital e posterior) 0,1535 0,0978 0,1165
Câncer de cabeça e pescoço com acometimento de outros
órgãos (ref=não) 0,0027 0,0693 0,9686
37
Tabela 5. Análise de regressão múltipla para qualidade de vida como variável dependente.
Regressão múltipla
Estimativa Erro padrão IC95% PRR IC95% p
valor
Nível de 0,0315 0,0130 0,0060-0,0570 0,0153
1,03 1,00-1,06
escolaridade
Renda familiar 0,0928 0,0348 0,0246-0,1609 0,0076
1,10 1,02-1,17
mensal
Diabetes 0,0998 0,0445 0,0127-0,1870 0,0248
1,10 1,01-1,21
(ref=sim)
Sequela física 0,1488 0,0550 0,0409-0,2566 0,0069
1,16 1,04-1,29
(ref=sim)
Sequela 0,1546 0,0618 0,0335-0,2757 0,0124
funcional 1,17 1,03-1,32
(ref=sim)
AICC 1473,2396
Ajuste do modelo pelo AICC (Akaikes information criterion); IC (intervalo de confiança), PRR (Prevalence
Ratio Ratios).
38
3 CONCLUSÃO
A qualidade de vida para os pacientes com CCP assistidos por uma Rede
de Atenção Oncológica está relacionada com os aspectos clínicos e socioeconômicos.
39
REFERÊNCIAS*
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De acordo com as normas da UNICAMP/FOP, baseadas na padronização do International Committee of Medical
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core curriculum for palliative nursing. International Council of Nurses, United Kingdom;
2002
43
ANEXOS
Instruções
Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e
outras áreas de sua vida. “Por favor, responda a todas as questões”. Se você não tem
certeza sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a
que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha. Por
favor, tenham em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos
perguntando o que você acha de sua vida, tomando como referência as “duas últimas
semanas”. Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia ser:
Nada Muito pouco Médio Muito Completamente
Você recebe dos 1 2 3 4 5
outros o apoio de
que necessita?
Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos
outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve
circular o número 4 se você recebeu "muito" apoio como abaixo.
Nada Muito Médio Muito Completamente
pouco
Você recebe dos 1 2 3 4 5
outros o apoio de
que necessita?
Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio. Por favor, leia
cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.
1 Como você avaliaria Muito Ruim Nem ruim Boa Muito boa
sua qualidade de ruim nem boa
vida? 1 2 3 4 5
2 Quão satisfeito (a) Muito Insatisfeit Nem Satisfeito Muito
você está com a sua satisfe o satisfeito satisfeito
saúde? ito nem
insatisfeit
o
Nada Muito Mais ou Bastante Extremamente
pouco menos
3 Em que medida você 1 2 3 4 5
acha que sua dor
(física) impede você
de fazer o que você
precisa?
4 O quanto você 1 2 3 4 5
precisa de algum
tratamento médico
para levar sua vida
diária?
5 O quanto você 1 2 3 4 5
aproveita a vida?
6 Em que medida você 1 2 3 4 5
acha que a sua vida
tem sentido?
7 O quanto você consegue se concentrar? 1 2 3 4 5
8 Quão seguro (a) você se sente em sua 1 2 3 4 5
vida diária?
48
relações pessoais
(amigos, parentes,
conhecidos,
colegas)?
21 Quão satisfeito (a) 1 2 3 4 5
você está com sua
vida sexual?
22 Quão satisfeito (a) 1 2 3 4 5
você está com o
apoio que você
recebe de seus
amigos?
23 Quão satisfeito (a) 1 2 3 4 5
você está com as
condições do local
onde mora?
24 Quão satisfeito (a) 1 2 3 4 5
você está com o seu
acesso aos serviços
de saúde?
25 Quão satisfeito (a) 1 2 3 4 5
você está com
o seu meio de
transporte?