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 No exame da olfação, empregam-se substâncias com odores conhecidos: café, canela,

cravo, tabaco, álcool etc.


 De olhos fechados, o paciente deve reconhecer o aroma que o examinador colocar
diante de cada narina.

 Acuidade visual. Pede-se ao paciente que diga o que vê na sala de exame (na parede,
na mesa) ou leia alguma coisa. Examina-se cada olho em separado. Havendo
diminuição da acuidade, fala-se em ambliopia; quando abolida, constitui-se em
amaurose. Ambas podem ser uni ou bilaterais e costumam ser causadas por neurite
óptica, neoplasias e hipertensão intracraniana
 Campo visual. Sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador, postado à
sua frente. O examinador desloca um objeto nos sentidos horizontal e vertical, e o
paciente dirá até que ponto está “percebendo” o objeto nas várias posições. Cada olho
é examinado separadamente. A isso se denomina avaliação do campo visual ou
campimetria.

 Esses três nervos são examinados em conjunto, pois inervam os vários músculos que
têm por função a motilidade dos globos oculares.
 Esses músculos são: o reto medial, o reto superior, o reto inferior, o oblíquo inferior
(inervados pelo oculomotor), o oblíquo superior (inervado pelo troclear) e o reto
lateral (inervado pelo abducente).
 O III nervo inerva também a musculatura elevadora da pálpebra.
A investigação semiológica desses nervos:
 Motilidade extrínseca: exame é feito em cada olho separadamente e, depois,
simultaneamente, da seguinte maneira: paciente com a cabeça imóvel, o examinador
solicita que desloque os olhos nos sentidos horizontal e vertical, além da prova da
convergência ocular, que é feita aproximando gradativamente um objeto dos olhos.
 Motilidade intrínseca: exame da pupila, que é examinada por meio de um feixe
luminoso e pela convergência ocular. Em ambiente de pouca luminosidade, o paciente
deve olhar para um ponto mais distante. O examinador incide o feixe de luz em uma
pupila e observa a resposta nos dois lados. Chama-se reflexo fotomotor direto a
contração da pupila na qual se fez o estímulo, e de reflexo fotomotor consensual a
contração da pupila oposta. Em seguida, aproxima-se dos olhos um objeto, e as
pupilas se contrairão normalmente – é o reflexo da acomodação.
 Exame das raízes sensitivas: é semelhante ao da sensibilidade superficial, estudada
anteriormente, cabendo apenas acrescentar a pesquisa da sensibilidade corneana,
feita com uma mecha de algodão que toca suavemente entre a esclerótica e a córnea.
O paciente deve estar com os olhos virados para o lado oposto, a fim de perceber o
menos possível a prova. A resposta normal é a contração do orbicular das pálpebras,
daí a denominação de reflexo córneo-palpebral.
 Exame raízes motoras: representada pelo nervo mastigador, que inerva os músculos
destinados à mastigação (temporal, masseter e pterigóideos). Avaliar abertura da boca
(se tem desvio da mandíbula), atrofia das regiões temporais e masseterinas, pedir para
o paciente trincar os dentes e fazer movimento de lateralização da mandíbula

 Musculatura da mímica facial: solicita-se ao paciente enrugar a testa, franzir os


supercílios, fechar as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a boca
e contrair o platisma ou músculo cutilar do pescoço.

 Constituído por duas raízes: a coclear, incumbida da audição, e a vestibular,


responsável pelo equilíbrio.
 Exame da raíz coclear:
 Diminuição gradativa da intensidade da voz natural
 Voz cochichada
 Atrito suave das polpas digitais próximo à orelha
 Prova de Rinne: que consiste em aplicar o diapasão na região mastoide
 Raíz vestibular: pesquisa de nistagmo, desvio lateral durante a marcha, desvio
postural, sinal de Romberg
 Romberg positivo: o desvio é para o lado da lesão

 Observar desvio do véu palatino, pedir ao paciente para pronunciar as vogais A ou E (e


observar se há desvio do céu da boca), observar desvio da parede posterior da faringe
para o lado normal (sinal da cortina) pela cuidadosa estimulação, testar reflexo
velopalatino (reflexo do vômito)
 Inervação esternocleidomastóideo e trapézio
 Avalia-se: atrofia desses músculos, deficiência na elevação do ombro (trapézio) e na
rotação da cabeça para o lado oposto (esternocleidomastóideo)

 Investiga-se o hipoglosso pela inspeção da língua – no interior da boca ou exteriorizada


–, movimentando-a para todos os lados, forçando-a de modo que vá de encontro à
bochecha e, por fim, palpando-a, para avaliação de sua consistência.

Monitoria - HAM II
Luísa Lacerda

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