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Semiologia Neurológica
Equilíbrio
➢ Equilíbrio Dinâmico
O equilíbrio dinâmico do paciente é avaliado a partir da sua própria marcha.
Por isso, começamos a avaliação desde o momento em que o paciente ENTRA NO
CONSULTÓRIO.
Em seguida, vamos dar continuidade à avaliação em um corredor, já que iremos solicitar para que
ele caminhe, assim:
• Deve caminhar, DESCALÇO, de 3 a 5 metros, ou seja, de 10 a 12 passos;
• Ele deve ir de frente e voltar de costas;
• 1° de olhos abertos, 2° olhos fechados.
Para sensibilizar a avaliação, podemos pedir para que o paciente:
• Acelere ou lentifique os passos;
• Ande nas pontas dos pés ou com os calcanhares;
• Cruze os brações;
• Manobra de Tandem: ande encostando o calcanhar de um pé no hálux do pé contralateral.
IMPORTANTE: devemos SEMPRE acompanhar o paciente durante a caminhada, de modo a fazer
APOIO com os nossos braços, protegendo o paciente contra eventuais quedas!!!
Por fim, vamos classificar a marcha do paciente em EUBÁSICA (normal) e DISBÁSICA (alterada).
Alguns exemplos de marchas disbásicas:
1°) Marcha talonante:
Paciente apresenta um acometimento proprioceptivo, logo, não consegue ter noção do seu corpo
no espaço.
Essa marcha é caracterizada por elevação abrupta dos membros inferiores que, ao retornarem ao
chão, o tocam de maneira pesada, fazendo barulho.
Com os olhos fechados a marcha piora ou se torna impossível (visão consegue compensar aquele
problema proprioceptivo).
Exemplo: neuropatia diabética.
2°) Marcha cerebelar ou ebriosa:
Paciente com lesão cerebelar.
Alarga a base quando fica em pé (bem característico de pacientes cerebelopatas) e seus passos
são longos e desequilibrados.
Observação: ziguezagueia como um bêbado.
3°) Marcha em estrela ou vestibular:
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
Paciente com lesão vestibular.
Ocorre lateropulsão quando anda, como se fosse empurrado para o lado (ipsilateral ao lado da
lesão) ao tentar se locomover em linha reta.
Ao ir de frente e voltar de costas com os olhos fechados, ele descreve uma figura semelhante a
uma estrela.
Modo certo de
fazer o apoio
Coordenação
Nós vamos dividir a avaliação da coordenação do paciente em dois momentos, primeiro o esqueleto
axial (ossos do crânio e coluna vertebral, ou seja, o tronco) e depois o esqueleto apendicular (ossos
dos membros superiores e inferiores).
➢ Axial:
• Teste de Fukuda:
- Nós vamos pedir para que o paciente marche sem sair do lugar, DESCALÇO, com os membros
superiores estendidos;
- SEMPRE: primeiro de olhos abertos e depois de olhos fechados;
- Vamos observar se o paciente gira em torno do seu próprio eixo ou sai do lugar;
- Resposta patológica (Fukuda positivo): se rotacionar mais que 30° e/ou se houver desvio lateral
maior que 1m da posição original.
# Sugestão de resposta para o professor na hora do OSC:
Se Fukuda for positivo: “teste de Fukuda positivo, paciente apresenta acometimento de
coordenação axial”;
Se Fukuda for negativo: “teste de Fukuda negativo, coordenação axial do paciente íntegra”.
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
➢ Apendicular:
• Prova índex-nariz:
- Pede-se para o paciente abrir os braços e tocar com o dedo indicador na ponta do nariz, um braço
de cada vez, depois os dois juntos;
- Fazer essa ordem primeiro de olhos abertos, depois de olhos fechados;
- Observar se o paciente acerta o alvo;
- Se não acerta o alvo, chama-se “dismetria”: sendo “hipometria” quando não chega ao nariz, e
“hipermetria” quando ultrapassa o nariz.
# Sugestão de resposta para o professor na hora do OSC:
Se o teste for positivo (resposta patológica): “prova índex-nariz positiva, paciente apresenta
dismetria”.
Se o teste for negativo: “prova índex-nariz negativa, paciente não apresenta acometimento de
coordenação apendicular bilateralmente”.
• Prova índex-nariz-índex:
- O examinador coloca o dedo na frente do paciente e, sem mudar de posição, pede-se para o
paciente tocar com seu dedo no dedo do examinador, depois no nariz e posteriormente voltar ao
dedo do examinador;
- A manobra deve ser feita bilateralmente;
- Observar se o paciente acerta o alvo;
Observação: essa manobra pode ser feita apenas com o paciente de olhos abertos, podendo o
examinador mudar a posição de seu dedo para maior sensibilização da manobra.
# Sugestão de resposta para o professor na hora do OSC:
Se o teste for positivo (resposta patológica): “prova índex-nariz-índex positiva, paciente apresenta
acometimento de coordenação apendicular em membro superior direito (exemplo)”;
Se o teste for negativo: “prova índex-nariz-índex negativa, paciente não apresenta acometimento
de coordenação apendicular bilateralmente”.
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
• Diadocosinesia:
- Pede-se para o paciente fazer movimentos alternados e repetitivos, o mais rápido que ele
conseguir, por exemplo: bater e virar a mão sobre as coxas, fazer o movimento de oposição com
os polegares, ou bater e levantar os pés do chão.
- A capacidade de realizar esses movimentos é chamada de ”eudiadocosinesia”; a incapacidade é
chamada de “disdiadocosinésia”.
# Sugestão de resposta para o professor na hora do OSC:
Se o teste for positivo (resposta patológica): “paciente apresenta disdiadocosinesia em membro
superior direito (exemplo)”;
Se o teste for negativo: “paciente apresenta eudiadocosinesia bilateral”.
• Prova do rechaço:
- Pede-se para o paciente fechar os olhos e girar um pouco o rosto para o lado contrário do braço
que primeiro será usado na manobra, depois pede-se para o paciente flexionar o antebraço sobre
o braço e fazer uma força (como em uma queda de braços);
-O examinador deve fazer um anteparo com a sua mão, a colocando entre o paciente e o braço
que faz a força. Com sua outra mão, o examinador faz uma força puxando o punho do paciente e,
depois, deve soltar de forma súbita (não avisar para o paciente);
- Espera-se que o paciente consiga evitar o choque entre seu antebraço e o rosto, devido à ação
dos músculos antagonistas;
- Caso não consiga ativar esses músculos, ele golpeia seu rosto (o que é evitado pelo anteparo
que o examinador faz), devido a uma alteração de coordenação apendicular;
- Realizar a manobra bilateralmente.
# Sugestão de resposta para o professor na hora do OSC:
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
Se o teste for positivo (resposta patológica): “prova do rechaço positiva, paciente apresenta
acometimento de coordenação apendicular em membro superior direito (exemplo)”;
Se o teste for negativo: “prova do rechaço negativa, paciente apresenta coordenação apendicular
preservada bilateralmente”.
• Prova calcanhar-joelho:
- Paciente deve colocar o calcanhar no joelho contralateral e descer até o tornozelo contralateral,
de forma contínua e linear sobre a tíbia;
- Primeiro de olhos abertos, depois de olhos fechados;
- Realizar a manobra bilateralmente.
- Observar se o paciente acerta o alvo (joelho contralateral) e desliza o calcanhar sobre a tíbia de
forma linear;
# Sugestão de resposta para o professor na hora do OSC:
Se o teste for positivo (resposta patológica): “prova calcanhar-joelho positiva, paciente apresenta
acometimento de coordenação apendicular em membro inferior direito (exemplo)”;
Se o teste for negativo: “prova calcanhar-joelho negativa, paciente apresenta coordenação
apendicular preservada bilateralmente”.
Trofismo Muscular
É o volume de massa muscular existente no corpo, sendo classificado como hipotrofismo,
eutrofismo (normal) e hipertrofismo.
Hipotrofia Hipertrofia
AVALIAÇÃO:
1. Inspeção: pedir para o paciente ficar de pé e tirar a blusa para observar a musculatura.
Avaliar abaulamentos e retrações.
2. Palpação: avaliar existência de atrofias ou hipertrofias.
Obs: Não esquecer de avaliar bilateralmente e comparar os segmentos corporais
Resultado: paciente apresenta trofismo preservado, aumentado ou diminuído
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Tônus Muscular
É o estado de tensão permanente dos músculos esqueléticos. Classificado em normotonia
(normal), hipertonia (aumentado) e hipotonia (diminuído).
HIPOTONIA
AVALIAÇÃO:
1. Inspeção: pedir para o paciente ficar de pé e tirar a blusa para observar a musculatura.
Avaliar a existência de abaulamentos e retrações.
2. Palpação: observar grau de consistência muscular e sua uniformidade pelo corpo.
Avaliar flacidez ou enrijecimento anormal da musculatura.
3. Movimentação passiva do membro: examinador deve movimentar segmento
examinado para verificar se há rigidez muscular.
• Manobras de Babinski (pulso – ombro e calcanhar – nádegas): com o paciente
em decúbito dorsal e relaxado, fazer a movimentação passiva de flexão do braço e da
perna, sempre bilateralmete.
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Força Muscular
A avaliação da força deve ser feita analisando segmento por segmento. Pode ser quantificada de
forma objetiva, com o uso do dinamômetro, ou de forma subjetiva, com a escala do MRC.Sempre
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avaliar os segmentos avaliados bilateralmente.
Obs: os músculos do lado dominante do paciente são ligeiramente mais fortes
➢ Graduação da Força
➢ Manobras Deficitárias
Utilizadas para detecção de déficits motores mais discretos. Usado quando se tem dúvida quanto
a uma possível deficiência no exame de contrarresistência. TODAS são realizadas por 30 segundos
de olhos abertos e 30 segundos de olhos fechados.
Para MMSS:
• Manobra dos braços estendidos ou Mingazzini dos Membros Superiores
Pedir para o paciente estender os braços, formando 90 graus com o tronco. As mãos podem estar
em supinação ou em pronação. Realizar, com o paciente de olhos abertos, por 30 segundos e,
depois, com o paciente de olhos fechados por mais 30 segundos.
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• Em supinação: apresenta o sinal do desvio pronador (sinal de barré), em que o
paciente realiza uma pronação seguida da queda do membro afetado.
• Em pronação: paciente apresenta o sinal do quinto dedo (sinal de wartenberg),
caracterizado pelo afastamento do quinto quirodáctilo. Se o paciente apresentar déficit motor
mais pronunciado, ocorrerá desnivelamento do membro afetado.
No exame, é esperado que os braços mantenham a posição sem desnivelar os braços pelo tempo
determinado, mas pequenos desníveis ao final da prova são aceitáveis devido a fadiga muscular.
Resultado: paciente apresenta força preservada ou deficitária no membro superior direito
ou esquerdo ou bilateralmete com a presença do sinal X
• Manobra de Raimiste
Paciente em decúbito dorsal, com os antebraços fletidos sobre os braços ao lado do tronco
com as mãos estendidas. Permanecer assim por 30 segundos de olho aberto e 30 segundos de
olho fechado. O paciente deve manter a posição pelo tempo determinado. Se ocorrer a queda de
um dos membros sobre o tronco, a prova será positiva. Obs: pode apresentar o
sinal do quinto dedo, sendo indicativo de um grau menos pronunciado de força deficitária, sendo
uma tentativa de compensação do paciente.
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• Manobra de Rolamento
Pedir para paciente realizar o rolamento sobre os dois braços. Avaliar se o paciente consegue fazer
ritmicamente e na mesma velocidade com os dois braços. A dificuldade para realizar o movimento
com algum dos membros caracteriza um déficit de força.
.
Resultado: Paciente apresenta força preservada ou deficitária no membro inferior direito ou
esquerdo ou bilateralmente
• Manobra de Barré
Paciente em decúbito dorsal com as pernas levemente afastadas e flexionadas formando um
ângulo de 90 graus. Não esquecer de permanecer por 30 segundos de olhos abertos e 30 de
olhos fechados. Se houver déficit motor, a perna com déficit decairá, tornando a prova positiva.
Obs: para sensibilizar a prova e detectar déficits mais sutis, pode solicitar para que o paciente
diminua o ângulo de inclinação das pernas para 45 graus.
Motricidade Involuntária
• Consiste na resposta muscular involuntária e inconsciente a um estímulo específico
• Se pesquisados repetidamente, os reflexos podem sofrer fadiga por ser uma atividade
muscular, necessitando de um breve intervalo para o seu reaparecimento
• Classificados em: musculares ou profundos e superficiais ou cutâneomucosos
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➢ Motricidade Reflexa Profunda
• Uso do martelo de reflexos para percutir os tendoes dos músculos: a percussão deve ser
rápida, direta e vigorosa
• Realizar bilateralmente para verificar simetria e graduação
• O paciente deve estar com a musculatura a ser pesquisada descoberta e relaxada,mas se
nao for possível, deve – se distrair o paciente pedido – o para contar de 1 até 30 ou através
da Manobra de Jendrassik (pedir para que o paciente encaixe as mãos uma na outra e
faça força, olhando para o lado)
Classificação
• Avalia - se com base na velocidade, vigor, limite de movimento e duracao da contracao
➢ Membros Superiores
➢ Membros Inferiores
A) Reflexo Patelar (L2 - L4)
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
• Pesquisa feita com paciente sentado, com as pernas pendentes ou cruzadas, ou em decúbito
dorsal, com os joelhos semifletidos e apoiados sobre o antebraco do examinador.
• Local de percussao: tendão patelar (abaixo da patela)
• Resposta: extensão da perna pela contração do músculo quadríceps femoral
B) Reflexo palmomentoniano
• Estimular palma da mão e observar contração dos múculos
periorais (regiao mentoniana/queixo) do mesmo lado.
• Se presente: indica lesão frontal ou cortical difusa
- Resposta esperada: contração dos músculos abdominais do lado estimulado, com leve
deslocamento da cicatriz umbilical.
- Raiz nervosa: T7 - T10 (reflexos supra - umbilicais) e T10 - Segmentos lombares superiores
(reflexos lombares superiores)
D) Reflexo cutâneo plantar
• Examinador estimular borda lateral da planta do pé, sem chegar na região abaixo do hálux.
• Resposta esperada: flexão do hálux
• Raiz nervosa: L5 - S2
• Se houver extensao do hálux:
▪ Fisiológico em criancas até 2 anos de idade, pois há mielinização incompleta do
sistema piramidal
▪ Patológico a partir dos 2 anos: lesão na via corticoespinhal ou piramidal (SINAL DE
BABINSKI)
Ex: AVE, compressao medular, doenca degenerativa do trato corticoespinhal (esclerose lateral
amiotrófica)
Avaliação da Sensibilidade
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
NA AVALIAÇÃO DE QUALQUER TIPO DE SENSIBILIDADE:
→ Sempre explicar para o paciente o que vai ser feito no exame, (tipo de estimulo, material
utilizado, localização que será testada ...)
→ Em seguida, SEMPRE pedir para o paciente FECHAR OS OLHOS antes de iniciar o exame.
→ Os testes devem ser realizados sempre no sentido craniocaudal /lateromedial
→ Sempre testar as regiões BILATERALMENTE
→ Ao final , anunciar o resultado do exame
• Perguntar ao paciente
1. Esta sentindo? O que ?
2. Onde esta sentindo?
3. É igual dos dois lados?
➢ Sensibilidade Superficial
• Tátil:
- material utilizado: chumaço de algodão(mais utilizado) , ou algum objeto leve (ex: pincel)
- Sempre respeitar os dermatomos (ex: na face , eles são horizontais, logo, o estimulo deve ser
horizontal
- RESULTADO: Sensibilidade tatil preservada; sensibilidade tatil direita alterada; ou
sensibilidde tatil alterada bilateralmete.
• Térmica:
- O examinador deve utilizar dois tubos de ensaio, um com água fria (5°–10°C) e o outro com água
quente (40°–45°C), também podem ser utilizadas placas de metal ou o diapasão;
-explicar para o paciente o exame
- Pergunta-se: “ O sr está sentindo quente ou frio ? onde? É igual dos dois lados ?
RESULTADOS: Termoanestesia ; Termo–hipostesia ; Termo–hiperestesia
Observação : temperaturas abaixo de 5°C e maiores que 45°C não dessem ser utilizadas pois
desencadeiam dor
• Dolorosa:
- O examinador utiliza um material que tenha uma ponta fina, e outra romba (grossa), normalmente
usa-se um palito quebrado.
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
- O examinador estimula a pele do paciente de forma comparativa , alternando entre a ponta romba
e a ponta fina e pede para ele avisar quando sentir dor, que deve ser sentida em resposta ao
estimulo com a ponta fina , e que não deve ser sentida em resposta ao estimulo com a ponta romba
- cuidado para não machucar o paciente
- o palito deve ser descartado no final do exame
Anunciar o resultado do exame: “ sensibilidade superficial X(tátil/ térmica/dolorosa)
preservada/alterada em região Y bilateralmente”
➢ Sensibilidade Profunda
- as regiões avaliadas tem que ser proeminências ósseas (ex: processo estiloide do radio ,
olecrano da ulna , maléolos ....)
- Nessa situação , além das perguntas tradicionais , pede-se para o paciente avisar quando sentir
a vibração parar, e comparar esse tempo bilateralmente
Perda do senso de vibração denomina–se palanestesia.
SENSIBILIDADE PRESSÓRICA / BARESTESIA
- é aplicada pressão sobre partes do corpo do paciente , normalmente com um aparelho especifico
-não foi mostrado para vocês na pratica
Sinais Meningoradiculares
➢ Rigidez de nuca
• Esta manobra possui semelhança com a manobra de rigidez de nuca. Uma mão do avaliador
fica na região occipital do paciente e a outra mão é posicionada no tórax do paciente. Então
se realiza uma flexão brusca da cabeça.
Caso o paciente possua irritação meníngea, apresentará uma dor lancinante e fará a flexão
involuntária dos membros inferiores, este é o sinal de brudzinski positivo.
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
• Lembrem que irritação meníngea não se restringe a meningite, também pode ser causada por
outros quadros, como hemorragia subaracnóidea
➢ SINAL DE KËRNING
➢ MANOBRA DE LASÈGUE
• Também pode ser utilizada para detectar estiramento radicular com acometimento do nervo
ciático
• Paciente em decúbito dorsal e membros inferiores estendidos. Deve ser realizada a elevação
dos membros inferiores do paciente, um de cada vez, sem flexionar os joelhos Sinal positivo
é quando ocorre dor na face posterior da coxa.
• A detecção da lombociatalgia ocorre acima de 30 º graus (30 – 70º)
Nervos Cranianos
➢ Nervo Olfatório: I Par
- O examinador deve testar uma narina de cada vez, com o paciente de olhos fechados, utilizando
substancias aromáticas não irritantes como: café, canela, hortelã. Ex:após realizar o exame, o
paciente apresentou normosmia o que indica o I par de nervos cranianos sem alterações.
• Acuidade Visual: Para testar a acuidade visual, solicita-se ao paciente que leia as letras do
jaleco ou deve ser utilizado a Tabela de Snellen para análise da capacidade de visualização.
Deve-se sempre avaliar um olho de cada vez, SENDO IMPERATIVO que o paciente mantenha
o uso ininterrupto dos óculos de grau ou lentes de conato para a realização do exame.
Ex:Senhor Caio,peço para você ler o que esta escrito em meu jaleco e depois me fale o que o
senhor visualizou, primeiro so com um olho e depois com o outro. Caso o paciente consiga realizar
o teste, a acuidade visual esta preservada. Sempre pedir para realizar bilateralmente
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
• Campimetria ou Campo Visual: O exame deve ser feito sempre ao mesmo nível do paciente,
por isso, para que o teste se torne mais confortável, solicita-se ao paciente sentar-se de frente
para o examinador. Não esquecer que é um exame comparativo.
• Para realizar o teste, o examinador pede ao paciente que cubra um dos olhos e fixe-o na face
do profissional, em seguida, irá cobrir o seu olho e movimentar o dedo indicador ou um objeto
da periferia para o centro do campo visual, perguntando se o paciente consegue enxergar, ao
passo que avalia os 4 quadrantes do campo visual (nasal superior, inferior, temporal superior e
inferior) realizando o exame sempre BILATERALEMENTE.
Ex: Dona Ana Clara, peço que a senhora cubra um de seus olhos e fixe o olhar no meu rosto e
quando eu perguntar a senhora diz se esta enxergando ou não.
- O exame dos pares III, IV e VI devem ser feitos ao mesmo tempo, por meio do
exame da motilidade extrínseca.
Ex: Dona Rafaela, acompanhe a ponta da caneta com os olhos, sem movimentar a cabeça. O
examinador deve Observar se a paciente consegue mover os olhos em todas as direções e caso a
paciente consiga, dizer que a motilidade extrínseca esta preservada.
- Para que o exame seja feito, o examinador deve incidir luz sobre o olho do paciente, devendo
observar o fechamento da pupila (miose) do lado ipsilateral, ou seja, do mesmo lado da luz (reflexo
fotomotor direto) e do lado contralateral (reflexo fotomotor consensual).
Ex: Senhorita Clarissa, irei usar o equipamento para lançar luz sobre o seu olho e peço para que a
senhorita use sua mão como anteparo, encostando-a na ponta do seu nariz e mantendo os olhos
abertos.
- No caso da luz incidir sobre o olho direito e não ocorrer contração de nenhuma das duas pupilas,
estaremos diante de uma provável Lesão no nervo óptico (aferência)
ATENÇÃO: NÃO TESTAR NO RAMO DISTAL DA MANDÍBULA, POIS ESSA REGIÃO NÃO É INERVADA
PELO TRIGÊMEO E SIM PELOS NERVOS CERVICAIS.
Ramo Distal da
Mandíbula
• O exame da porção motora é feito avaliando os músculos da mastigação, sendo eles o temporal,
masseter, pterigoide medial e lateral.
- Primeiro o examinador deve realizar a palpação dos músculos e observar o trofismo dos
mesmos, em seguida, com um abaixador de língua partido ao meio, pedir para o paciente morder
as duas partes com força tracionando os abaixadores. Dessa forma poderá avaliar se a força dos
músculos da mastigação está preservada.
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
Músculo Temporal
Músculo Masseter
• A paralisia facial pode ser divida em central ou periférica, sendo possível observar suas
diferenças a partir do exame do sétimo nervo:
- Na central, o paciente sempre vai apresentar a paralisia no andar inferior da face, sendo possível
observar nesse caso, o enrugar da testa.
- Sinal dos Cilios: Quando o paciente fechar os olhos com força, os cílios se expõem mais do lado
paralisado, por outro lado, no lado normal os cílios irão quase que desaparecer.
Aqui, os cílios
Observe os cílios bem
estão mais
aparentes; indica o
lado paralisado. escondidos,
quase
desaparecendo
; lado normal.
- Sinal de Negro: O paciente, ao olhar para cima, mostra que o olho paralisado sobe mais que o
olho do lado normal.
• Para testar o ramo coclear é necessário realizar dois testes: O teste de Rinne e o teste de
Weber.
No teste de Rinne, o examinador deve vibrar o diapasão e colocar sobre o processo mastoide do
paciente (osso atrás da orelha), e perguntar se o paciente esta escutando vibrar e solicitar que o
mesmo diga quando parar de ouvir; no momento em que paciente falar que parou de ouvir, o
examinador deve colocar o diapasão próximo ao ouvido do paciente e, mais uma vez, perguntar se
ele esta escutando. OBS: Devemos lembrar que a condução do som aérea é maior que a óssea, e
por isso:
- O normal é quando o paciente para de escutar a vibração quando colocada sobre o osso, mas
continua escutando quando o diapasão é colocado próximo do ouvido do paciente. Condução
Aérea>Condução Óssea. OBS: Nesse caso, devemos falar Rinne Positivo, indicando que o
paciente não tem alteração.
- O teste esta alterado quando o paciente escuta a vibração do diapasão quando esse esta
encostando no processo mastoideo e não escuta o som de vibrar quando aproximado próximo do
pavilhão auricular Condução Aérea<Condução Óssea OBS: Aqui, devemos falar Teste de Rinne
negativo, indicando hipoacusia.
OBS: não esquecer de realizar o exame bilateralmente e sempre especificar qual lado o resultado
do exame deu negativo.
• No teste de Weber, o examinador deve colocar o cabo do diapasão vibrando no vertex do crânio
e perguntar para o paciente se ele escuta um zumbido. Ex: Senhor, vou colocar esse equipamento
na sua cabeça e perguntar se você esta escutando vibrar igual dos dois lados do ouvido, ok?
- O teste é normal quando o paciente escuta igual dos dois lados. Logo, o resutado é Weber
centralizado ou indiferente.
Monitores: Ana Clara Moura, Caio Mouta, Clarissa Martins e Rafaela Pinho
- O paciente pode ouvir MAIS intensamente o som de um lado do ouvido e o resultado do exame
será Weber lateralizado (falar se é para o lado direito ou esquerdo).
• Se ouvir mais para o lado ipsilateral a hipoacusia, estamos diante de uma Surdez de
Condução, e o som será mais intenso no lado em que o canal auditivo esta obstruído.
Lembre-se que o som é uma onda mecânica e, por isso, se propaga melhor em meio sólido.
Exemplo de obstrução do canal auditivo (acúmulo de cera).
• Se ouvir mais para o lado contralateral a hipoacusia, estamos diante de uma Surdez
Sensorial. No lado em que o paciente escuta o vibrar, o ramo coclear esta íntegro e o lado
em que o som esta abolido, o ramo coclear esta comprometido.
- O examinador deve avaliar o véu palatino do paciente solicitando que ele abra a boca até que
seja possível observar o palato e a úvula, em seguida, solicitar para o paciente com a boca aberta
pronunciar a letra A. Ex: A senhora pode, por favor, abrir bem a sua boca e falar a letra A para mim,
por gentileza?
- O teste está normal quando ao pronunciar a letra A, os dois arcos palatinos (véu palatino)
levantam-se; e ai dizemos que os nervos estão íntegros, pois o véu palatino não apresentou
alterações durante o teste.
- O teste esta alterado, quando o véu palatino do lado ipsilateral a lesão não levanta e a úvula
aponta para o lado contralateral à lesão. Assim, dizemos que o exame do véu palatino apresenta o
SINAL DA CORTINA.
• O nervo acessório é um nervo motor, e por isso, para avaliar o mesmo devemos realizar o teste
de força.
- Para testar o músculo trapézio, pede-se para o paciente levantar os ombros contra a resistência
do examinador. Caso ocorra lesão de um lado, haverá déficit ipsilateral.
- O examinado deve avaliar a motricidade da língua, pedindo para o paciente abrir a boca no
intuito de observar atrofias, retrações e desvios. Feito isso, pede-se para o paciente colocar a língua
para fora e movimente-a para a direita e para a esquerda.
- Após realizar a inspeção, devemos testar a força dos músculos da língua pedindo que o paciente
faça uma força com a língua contra as bochechas, e o examinador realiza uma força contraria sobre
a língua.
- O exame esta alterado quando, dentro da boca, a Língua esta desviada para o lado contralateral
à lesão, e quando colocada para fora esta desviado para o lado ipsilateral à lesão.