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21/10/2019

Prof. Eleazar Lucena

 Coordenação ou movimento coordenado...

 É a habilidade de executar repostas motoras suaves,


precisas e controladas;

 Movimentos coordenados:
 Velocidade;
 Distância;
 Direção;
 Cadência;
 Tensão muscular apropriada.

 Déficit de integração entre os processos sensoriais, motores e


sensoriais;

 Vários exemplos de diagnósticos tipicamente demonstram déficit


de coordenação relacionados com o envolvimento do SNC:
 TCE;
 Parkinsonismo;
 Esclerose múltipla;
 Paralisia cerebral;
 Coréia de Sidenham;
 Tumores cerebelares;
 Patologia vestibular;
 Alguns distúrbios de aprendizagem.

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 Algumas características clínicas relacionadas à deficiência na


coordenação motora:
 Ataxia: é um termo abrangente, usado para descrever a influência
combinada da disfunção cerebelar e sensorial na marcha, na postura
e nos padrões de movimento;
 Alteração do tônus muscular: hipotonia (flacidez), hipertonia
(rigidez, espasticidade);
 Dismetria: distúrbio na habilidade de julgar a distância ou
amplitude de um movimento (hipometria ou hipermetria);
 Disdiadococinesia: comprometimento da habilidade de realizar
movimentos rápidos e alternados;
 Tremor: movimento oscilatório involuntário;
 Dissinergia: decomposição do movimento em vez de ser uma
atividade única e homogênea;
 Bradicinesia: movimento lento ou diminuído.

 Ajudam o fisioterapeuta a diagnosticar a origem dos


comprometimentos;
 Em geral, estão associados a limitações funcionais: tipo, extensão e
localização da patologia do SNC;

 Testes de coordenação sem uso de equilíbrio:


 Avaliam os componentes estáticos e móveis dos movimentos,
quando o corpo não está numa posição ereta;

 Testes de coordenação com uso de equilíbrio:


 Avaliam tanto os componentes estáticos quanto dinâmicos da
postura e do equilíbrio, quando o corpo está ereto. Envolvem
primariamente atividades motoras gerais, exigindo a observação do
corpo na estática e na dinâmica.

1) Índex-nariz;
2) Índex-dedo do terapeuta;
3) Índex-índex;
4) Índex-nariz, alternado;
5) Oposição dos dedos;
6) Pronação/Supinação;
7) Teste do rebote;
8) Calcanhar-joelho/ Calcanhar-hálux, alternado;
9) Hálux-dedo do examinador;
10) Calcanhar sobre a canela;
11) Desenho de um círculo;
12) Fixação ou manutenção da posição.

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1) Em pé:
 Postura normal;
 Pés unido (base de apoio estreita);
 com um pé diretamente na frente do outro (em posição alinhada);
 Em pé sobre o um pé;
2) A posição dos braços pode ser alterada em cada uma dessas posturas;
3) Deslocamento inesperado do equilíbrio (Cuidado!);
4) Flexão do tronco;
5) Olhos abertos e olhos fechados (Sinal de Romberg);
6) Andar por uma linha reta (olhos abertos e olhos fechados);
7) Caminhar lateralmente, para trás, ou com passos cruzados;
8) Marchar no lugar;
9) Alterar a velocidade das atividades;
10) Parar e recomeçar abruptamente enquanto caminha;
11) Andar em círculo;
12) Caminhar virando a cabeça;
13) Passar sobre obstáculos ou ao redor deles;
14) Subir e descer escadas com e sem uso de corrimão;

GRAU SITUAÇÃO

0 Não realiza a tarefa

1 Comprometimento severo

2 Comprometimento moderado

3 Comprometimento mínimo

4 Realiza a tarefa sem qualquer dificuldade

 Desenvolvidos em 1889: tratamento dos pacientes com ataxia;


 Problemas de incoordenação;
 Disfunção cerebelar;
 Constitui-se em uma série de exercícios com dificuldade
progressiva e ritmada;
 Objetivos:
 Estabelecer o controle voluntário do movimento;
 Treinar a coordenação motora ;
 Recuperar a propriocepção.

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 Posicionamento adequado: permitir a visão dos membros durante


toda a realização do exercício;
 Utilizar comando verbal uniforme: explicar o exercício de forma
clara;
 Velocidade e amplitude de movimento: comando do terapeuta;

 Repetir várias vezes, com intervalos para descanso;


 Antes da progressão: o exercício deve ser plenamente dominado
pelo paciente;
 Exercícios precisam ser variados;
 Progressão dos exercícios: complexidade e não pela intensidade;
 Iniciar os movimentos rápidos e depois fazê-lo lento;
 Treinamento com olhos abertos e depois fechado;
 Atendimentos individualizados.

 Os exercícios podem ser realizados com o paciente nas


diferentes posições:

 1° Grupo: Decúbito dorsal (DD);


 2° Grupo: Sentado;
 3° Grupo: Em pé;
 4° Grupo: Treino de giro.

 Deslizando o calcâneo em direção cefálica em contato


permanente com a cama e retornar (repetir com MI oposto);

 Deslizando o calcâneo em direção cefálica em contato


permanente com a cama e, ao final deste movimento abduzir e
retornar;

 Somente até a metade da ADM, manter a posição por alguns


segundos e retornar;

 Somente até a metade da ADM, realizar abdução e adução


do quadril e retornar;

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 Parando em qualquer ponto da ADM em flexão ou em


extensão sob comando do terapeuta;

 Flexão de quadril e joelho mantendo o calcâneo 5cm acima


do leito e retornar (unilateral);

 Flexão de quadril e joelho trazendo o calcanhar até a patela do


MI oposto e retornar;

 Aumentar a dificuldade: com o calcanhar, tocar na


tuberosidade da tíbia, sobre o pé e os artelhos do MI oposto;
fazer o trajeto inverso.

 Flexão simultânea dos MMII;

 Flexão simultânea dos MMII,


acrescentando abdução e adução dos
quadris e retornar;

 Flexão simultânea dos MMII, parando


na metade da ADM;

 Flexão simultânea dos MMII, parando


na metade da ADM, fazendo abdução
e adução do quadril;

 Flexão simultânea dos MMII, parando


na metade da ADM sob comando do
terapeuta.

 Flexão simultânea de MMII com os calcâneos cerca de 5


cm do leito e retornar;

 Realizar o mesmo procedimento agora parando ao comando


do terapeuta;

 Colocar o calcâneo exatamente onde o terapeuta indicar;

 Movimentar alternadamente as pernas, dobrando os joelhos e


retornando à posição inicial, como se estivesse pedalando.

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 Utilizar cadeira com encosto dorsal e apoio para os braços,


para ficar completamente apoiado e alinhado;

 Retira-se o apoio dos MS e solicita que o paciente mantenha-


se alinhado;

 Retira-se o encosto e solicita que o paciente mantenha-se


alinhado;

 Se o paciente consegue manter-se alinhado: solicitar para


retirar o calcanhar do chão, transferindo o peso para
antepé, retorna e realiza com outro membro.

 Paciente retira todo o pé do chão e retorna o contato


exatamente sobre uma posição indicada no chão;

 T invertido ou uma cruz no chão com giz ou fita: paciente


deve deslizar o pé no desenho;

 Treinar exercício de sentar-levantar por etapas: flexiona


joelho; inclinação anterior do tronco; transferir o peso para
antepé e estender o tronco e MMII; depois retornar.

 Ficar de pé com apoio bipodal e ambas as mãos segurando


na barra paralela;

 Soltar uma das mãos e transferir o peso do corpo para o


MI homolateral, repetir com outro lado;

 Soltar ambas as mãos do apoio e manter o peso do corpo


igualmente distribuído nos MMII;

 Andar de lado segurando a barra paralela, transferindo o


peso (afastar 20-30cm os pés).

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 Andar de lado sem o apoio das mãos na barra paralela;

 Andar para frente entre duas linhas paralelas afastadas


entre 25-35cm;

 Andar para frente colocando cada pé sobre uma pegada


ou marca desenhada no chão;
 Praticar o passo, depois a passada.

 Levantar os dedos do pé D e rodar o pé paralelamente,


girando sobre o calcâneo;

 Apoiar todo o pé D no chão (equilíbrio);

 Levantar o calcâneo E e rodar a perna E medialmente,


girando sobre os dedos do pé (impulsão);

 Trazer o pé E para junto do D;

 Treinar o giro para Direita e Esquerda.

 Exercícios semelhantes aos testes de coordenação:


 Índex-nariz;
 Índex-dedo do terapeuta;
 Índex-índex;
 Índex-nariz, alternado;
 Oposição dos dedos;
 Garra total;
 Pronação/Supinação;

 No caso dos braços estarem afetados, utilizar um quadro-


negro/branco e giz ou lápis;
 Desenhar diagramas simples (linhas retas, círculos, linhas
em zig-zag, etc.);
 Mudar um sinal de menos para um sinal de mais.

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 Um homem de 41 anos de idade, destro, com história de


acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico nos gânglios basais
esquerdos há 16 semanas, foi a uma clínica de fisioterapia.
Inicialmente, após o AVC, ele ficou hospitalizado durante uma
semana, com alta posterior para casa. O paciente apresenta
melhoras desde o AVC, continua, porém, fatigando-se
facilmente, sofrendo diminuição de equilíbrio e fraqueza nas
extremidades superior e inferior do lado direito. Diz que as
restrições às atividades incluem dificuldades na realização das
atividades de vida diária, como se alimentar e pentear o cabelo
(o que inclui falta de dinâmica em seus movimentos).
 Quais são as possíveis intervenções cinesioterapêuticas?
 A partir das intervenções propostas, quais os resultados mensuráveis
são os mais adequados para esse paciente?

 Um homem de 70 anos de idade foi diagnosticado com a doença


de Parkinson há oito anos, apresenta tremor unilateral nos
membros superiores e bradicinesia nos membros inferiores. Ele
chega na clínica de fisioterapia com relatos de rigidez,
instabilidade postural e dificuldades na marcha. Ele necessita
de assistência mínima para todas as transferências e mobilidade
no leito e deambula em casa (15m) com andador com rodas
dianteiras e apoio.

 Quais são as possíveis intervenções cinesioterapêuticas?


 A partir das intervenções propostas, quais os resultados mensuráveis
são os mais adequados para esse paciente?

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eleazar_lucena@hotmail.com

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