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MARCHA
Tandem-gait: solicitar ao paciente que coloque os pés em linha reta, andar com um pé
na frente do outro, pé ante pé.
Marcha 1
Marcha paraparética espástica: Velocidade de progressão é bastante lenta e a
passada curta dada a espasticidade que afeta ambos os membros inferiores. O
aspecto mais característico desta marcha deve-se ao grande envolvimento dos
adutores da coxa. Isto resulta em uma tendência dos joelhos para cruzar a linha
média a cada passo.
Marcha hemiplégica: O enfermo inicia sua marcha sempre com o membro não
afetado independente de qual era o dominante previamente à doença. No
movimento do membro afetado é que veremos as diferenças. Em primeiro lugar,
dada a diminuição de força, o paciente apenas posicionará o pé deste membro ao
lado do outro. Deste modo, o indivíduo só avança com o lado são e o membro
parético servirá apenas como apoio. Dada a espasticidade e a diminuição de
força, há dificuldade ou mesmo impossibilidade de se dobrar o joelho do lado
afetado, assim a maneira mais eficiente para se deslocar implica na circundução do
membro parético resultando no característico movimento ceifante.
Marcha 2
EQUILÍBRIO
Propriocepção
Teste de Romberg: paciente preferencialmente sem calçados, tornozelos encostados
um no outro, braços cruzados na frente do tórax, inicialmente de olhos abertos fixando
um alvo a sua frente há cerca de 60 cm, mantendo-se assim por cerca de 30 segundos.
A seguir, na mesma posição, com os olhos fechados por mais trinta segundos.
Alteração: abrir os olhos, dar uma passada lateral, afastar os braços do corpo ou
oscilar de modo a ameaçar cair.
O sinal de Romberg quando consistentemente positivo para um dos lados e após
breve latência, sugere disfunção vestibular homolateral. Queda imediata para
qualquer lado sem latência sugere disfunção cordonal posterior. Habitualmente o
paciente cerebelar já encontra dificuldade ao juntar os pés e esta dificuldade não
aumenta se fechar os olhos, salvo se houver concomitante prejuízo na
propriocepção ou na função vestibular.
FORÇA MUSCULAR
Avaliar a força muscular nos
grupamentos musculares
Manobras deficitárias:
Marcha 3
ou da perna ou da coxa, combinadas ou isoladas, caracterizando déficits distais,
proximais ou globais. A manobra de Mingazzini verifica também déficit motor da
musculatura dos MMSS. O paciente na posição sentada ou em pé, estende os
MMSS, afasta os dedos, com a mão pronada lhe for solicitado que mantenha a
posição por 2 min. O teste será positivo se houver um membro parético que
oscilará e abaixará de forma lenta e progressiva.
Barré: doente em decúbito ventral; pernas fletidas sobre as coxas, em angulo reto.
Esta posição, mantida por alguns minutos sem maior esforço, não persiste se
houver déficit dos músculos flexores das pernas. Em consequência, queda deste
segmento.
Marcha 4
⚠ → Quando existe ausência absoluta de movimentação voluntária utiliza-se o
termo plegia, enquanto o déficit parcial é descrito como paresia.
→ Monoplegia quando apenas um segmento é afetado; hemiplegia quando
um hemicorpo é acometido; paraplegia quando membros simétricos são
afetados, podendo ser braquial ou crural; tetraplegia quando os quatro
membros estão paralisados e diplegia quando os dois hemicorpos estão
acometidos.
→ Nas doenças musculares e da junção neuromuscular, o déficit de força
usualmente afeta segmentos simétricos e predomina nas porções proximais
dos membros.
→ O neurônio motor inferior (ou motoneurônio) tem seu corpo celular
localizado no corpo anterior da substância cinzenta da medula espinal ou nos
núcleos motores dos nervos cranianos. A lesão de motoneurônios ocasiona
sintomas e sinais que constituem a síndrome motora periférica ou síndrome
do neurônio motor inferior. Dentre esses sinais, o déficit de força é o mais
importante.
→ Os neurônios que se originam no SNC e que atuam sobre os
motoneurônios são denominados “neurônios motores superiores”.
COORDENAÇÃO MOTORA
Manobra calcanhar-joelho: o paciente, deitado, deve colocar o calcanhar sobre a
patela oposta e deslizá-lo sobre a tíbia, em linha reta até o hálux; realizada com olhos
abertos e fechados.
Manobra índex-nariz e índex-índex: estender e abduzir o membro superior e, em
seguida, tocar a ponta do nariz com a ponta do indicador; realizada com olhos abertos
e fechados.
Diadococinesia: capacidade de realizar movimentos alterados e sucessivos. Paciente
sentado, com as mãos espalmadas sobre a coxa ou sobre a mesa, deve efetuar
movimentos alternados de pronação e de supinação das mãos. Nos membros
inferiores, a prova consiste na extensão e flexão dos pés.
Manobra do rechaço (Stewart-Holmes): solicita-se ao paciente que gire a cabeça
para o lado oposto e realize com toda força possível, e contra a resistência do
Marcha 5
examinador, a flexão do antebraço sobre o braço. Em determinado momento solta-se o
antebraço subitamente. Num indivíduo normal, entraria em ação imediatamente a
contração antagonista do tríceps para frear o deslocamento da mão que rapidamente
se dirige para golpear o ombro. Porém, nos pacientes cerebelares, esta contração
pronta não aparece e sua mão choca-se de encontro ao ombro.
Sinal da Gangorra: decúbito dorsal, paciente não consegue levantar o tronco sem o
apoio das mãos.
Tremor de intenção: tremor característico que aparece no final de um movimento,
quando o paciente está prestes a atingir um objetivo; associado a lesão cerebelar.
TÔNUS MUSCULAR
Normal: os músculos apresentam certo grau de tônus que pode ser examinado pela
inspeção, palpação ou pela movimentação passiva.
Hipotonia: tônus muscular diminuído; ocorre em síndromes cerebelares, nas fases
agudas de lesão dos neurônios motores superiores e em algumas síndromes
extrapiramidais.
Rigidez espástica: o sinal do canivete= o estiramento passivo do músculo espástico
encontra grande resistência inicial que cessa bruscamente, de modo semelhante ao
que ocorre ao se abrir ou fechar um canivete.
Rigidez plástica (roda dentada): O estiramento lento do músculo encontra resistência
aumentada que se reduz e volta a se opor ao movimento sucessivamente, de modo
semelhante ao que se observa quando se movimenta uma engrenagem defeituosa;
comum em Parkinson.
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⚠ → Na síndrome piramidal frequentemente há hipertonia porque a
mobilização passiva estimula os fusos musculares e, através do arco reflexo,
os motoneurônios. Como estes estão hiperativos, a contração reflexa é mais
acentuada que em condições normais. A hipertonia que ocorre nas lesões
dos neurônios motores superiores é denominada hipertonia espástica ou
espasticidade. Como os fusos musculares são mais sensíveis ao estiramento
rápido do músculo, a hipertonia é mais evidente quando os músculos são
mobilizados com maior velocidade.
TROFISMO MUSCULAR
Atrofias: diminuição do volume do músculo, que ocorre devido a uma diminuição do
tamanho das células musculares.
Pseudo-hipertrofia: é causada pela substituição das células musculares degeneradas
por tecido adiposo e por fibrose.
Hipertrofia: aumento do volume dos músculos.
REFLEXOS
7.1. Tendinosos Profundos
É a contração brusca do músculo quando este é submetido a um estiramento rápido.
Tem por base o arco reflexo. O estiramento rápido do músculo produzido pela
percussão do tendão através do martelo de reflexos estimula receptores situados em
seu interior – os fusos musculares.
Marcha 7
⚠ Observação:
Arreflexia ou hiporreflexia ocorre quando há comprometimento dos
elementos que constituem o arco reflexo.
São observados nas miopatias, nas lesões dos motoneurônios ou em
afecções da alça aferente do arco,
formada pelos axônios do neurônio pseudo-unipolar. Na síndrome piramidal,
os reflexos tornam-se exaltados
porque os motoneurônios tornam-se hiperativos. Portanto, em condições
normais alguns dos tratos
encefalospinais exercem ação inibitória sobre o arco reflexo. A lesão desses
tratos ocasiona os denominados
sinais de liberação piramidal, entre os quais a hiperreflexia é o mais
marcante.
Marcha 8
perna. Quando há exaltação, pode-se obter o reflexo à percussão da tíbia ou até
resposta contralateral. Nos casos de hipotonia, como na síndrome cerebelar ou na
coreia, pode-se observar resposta pendular, quando a pesquisa é realizada com o
paciente sentado. O reflexo patelar depende de nervo femoral e é integrado nos
segmentos L2 a L4. (Quadríceps)
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parkinsonianos e na exacerbação dos reflexos axiais da face em distúrbios do lobo
frontal. O reflexo trigeminofacial consiste no fechamento dos olhos em resposta a
estímulos dolorosos na face.
8. SENSIBILIDADE
Superficial: dolorosa, térmica e tátil
→ A lesão do trato espinotalâmico lateral determina anestesia térmica e dolorosa da
região do corpo situada abaixo e contralateralmente à lesão.
Profunda ou proprioceptiva:
Marcha 10
quando esta situar-se na medula. Quando a lesão estiver acima do cruzamento das
fibras, ou seja, acima da porção inferior do bulbo, o déficit de sensibilidade
profunda será contralateral à lesão.
Alodínea: existe sensação de dor produzida por estímulos que normalmente não a
provocam.
Hiperalgesia
Anestesia
Parestesia: são sensações espontâneas de dor, adormecimento, formigamento, de
picadas de dor ou de queimação.
Hiperestesia: aumento da intensidade e/ou da duração da sensação produzida por um
estímulo.
Marcha 11
paciente, e desaparecem durante o sono. Eles impedem o movimento voluntário.
Atenção e concentração
Memoria
Linguagem e fala
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da palavra. No primeiro caso, resultam da malformação ou de alterações de
inervação da língua, da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação.
Encontram-se em casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino ou
como consequência de traumatismos dos órgãos fonadores. Por outro lado, certas
Dislalias são devidas a enfermidades do sistema nervoso central. Quando não se
encontra nenhuma alteração física a que possa ser atribuído a Dislalia, esta é
chamada de Dislalia Funcional. Nesses casos, pensa-se em hereditariedade,
imitação ou alterações emocionais e, entre essas, nas crianças é comum a Dislalia
típica dos hipercinéticos ou hiperativos. Também nos deficientes mentais se
observa uma Dislalia, às vezes grave ao ponto de a linguagem ser acessível
apenas ao grupo familiar.
💡
Agnosia: perda da capacidade
de reconhecer objetos apesar Visual: incapaz de reconhecer
de as vias sensitivas e das vias objetos pela visão, embora possa
aéreas de projeção cortical reconhecer por outras formas de
estarem perfeitamente normais. sensibilidade.
Tátil: incapacidade de reconhecer
objetos pelo toque.
Somatoagnosia: incapacidade de
reconhecer as partes do próprio
corpo.
Prosopagnosia: incapacidade de
reconhecer rostos de familiares ou
de conhecidos.
Marcha 13
Marcha 14