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Victor Leal Campos – 2º período

RESUMÃO HAM II – N1

Escala de coma de Glasgow

Como realizar o procedimento:


V > verifique as condições do paciente (fatores que podem interferir na
capacidade de resposta) e do ambiente.
O > observe o paciente e fique atento a qualquer comportamento espontâneo
dentro dos três componentes da escala.
E > estimule o paciente não haja espontaneamente nos tópicos da escala
(primeiro estímulo sonoro, depois estímulo físico).
P > pontue estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente (Ex.: O4,
V2, M1 e P0 = 7) (ocular, verbal, motor, pupilar).
Pontuação nova: Mínima de 1 e máxima de 15
➢ Leva em consideração a reação pupilar
Resultado final da ECG é calculado:
➢ Subtraindo 2 pontos se não há reação pupilar nos 2 olhos
➢ Subtraindo 1 ponto se não há reação pupilar em um olho
➢ Não subtraindo nada se há reação pupilar normal nos 2 olhos
Inclusão do NÃO TESTÁVEL (anota-se NT).

Anamnese do Sistema Nervoso


Principais sinais e sintomas das afecções do SN: distúrbios da consciência,
cefaleia, dor na face, tonturas e vertigens, convulsões, ausências, amnésia,
náuseas e vômitos, paresias, paralisias, distúrbios visuais e auditivos, disfagias,
distúrbios na marcha, distúrbios na sensibilidade, etc...
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Para uma boa avaliação semiológica é necessário identificar:


➢ Idade do paciente
➢ Evolução cronológica dos sintomas
➢ Antecedentes: familiares, pessoais (condições: pré-natais, do
nascimento, do desenvolvimento psicomotor, vacinações) e doenças
anteriores).
➢ Hábitos de vida

***Ao registrar a anamnese, evitar palavras técnicas como hemiplegia,


quando o paciente menciona paralisa da metade do corpo. Há palavras e
afirmações que não devem ser aceitas sem o devido esclarecimento, ex.:
“o que é tontura para você? e vista escura?”.

Exame físico do sistema neurológico


Marcha ou equilíbrio dinâmico
Avaliação feita a partir da observação do próprio caminhar da pessoa. Testes
que ajudam a sensibilizar a avaliação da marcha:

Marcha em Tandem: caminhar em linha reta com um pé na frente do outro.


Alterada na lesão vestibular. Ataxia cerebelar: paciente tende a cair para o lado
afetado. Idosos: perdem a propriocepção e com frequência não conseguem
realizar.

Avaliar força: caminhar sob os calcanhares ou na ponta dos pés. Neuropatia


diabética: diminuição de força discreta.

Pode pedir para o paciente saltitar em um pé só, flexionar o joelho.

Teste de Babinski-Weil (Prova de Marcha às Cegas) : paciente caminha de


olhos fechados, para frente e para trás num percurso de cerca de 1,5m. Em
indivíduos saudáveis espera-se que não ocorra desvio da marcha.

• Disbasia: nome dado a todo e qualquer distúrbio da marcha.

Hemiplégica/ceifante/helicópode: paciente ao andar mantém o


membro superior fletido em 90°C no cotovelo e em adução, e a mão
fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é
espástico, e o joelho não flexiona. A perna rígida tem de se arrastar pelo
chão, descrevendo um semicírculo quando o paciente troca o passo
(circundução). Pacientes que sofreram AVC.

Marcha anserina/do pato: o paciente para caminhar acentua a lordose


lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda,
alternadamente, lembrando o andar de um pato. É encontrada em doenças
musculares e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das
coxas.
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Parkinsoniana: o doente anda como um bloco, enrijecido,


sem o movimento automático dos braços. A cabeça
permanece inclinada para a frente, e os passos são miúdos e
rápidos, dando a impressão de que o paciente “corre atrás do
seu centro de gravidade” e vai cair para a frente. O tremor das
mãos pode ser perceptível. Ocorre nos portadores da doença
de Parkinson.

Cerebelar/do ébrio: ao andar, o doente ziguezagueia como um bêbado.


Esse tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos em
decorrência de lesões do cerebelo.

Tabética: para andar, o paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros


inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e, ao serem recolocados no
chão, os calcanhares tocam o solo de
modo bem pesado. De olhos fechados, a
marcha piora muito, ou se torna
impossível. Indica perda da sensibilidade
proprioceptiva por lesão do cordão
posterior da medula.

De pequenos passos: o paciente dá passos muito curtos e, ao caminhar,


arrastar os pés como se estivesse dançando “marchinha”. Aparece na paralisia
pseudobulbar e na atrofia cortical degenerativa.

Vestibular: o paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta


lateropulsão quando anda; é como se fosse empurrado para o lado
ao tentar mover-se em linha reta. Quando colocado em ambiente
amplo e solicitado ir de frente e voltar de costas, com os olhos
fechados, ele descreverá uma figura semelhante a uma estrela,
daí ser denominada também marcha em estrela.

Escarvante: quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal


do pé, ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para
evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, o que lembra o
“passo de ganso” dos soldados prussianos.

Claudicante: ao andar, o paciente manca em um dos lados. Ocorre na


insuficiência arterial periférica, em lesões do aparelho locomotor e na estenose
do canal vertebral lombar.
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Em tesoura/espástica: os dois membros inferiores enrijecidos e


espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se
cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O
movimento das pernas lembra uma tesoura em funcionamento. Comum
nas manifestações espásticas da paralisia cerebral.

Equilíbrio estático
Responsáveis: propriocepção, visão, função vestibular.

Prova de Romberg: paciente em pé, com os pés juntos, olhando para frente.
Permanecer nessa postura por alguns segundos. Em seguida, pedir para fechar
os olhos.
Indivíduo normal: nada se observa, apenas pequenas ligeiras oscilações do
corpo (prova de Romberg negativa).
Paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à
queda > prova de Romberg positiva.
➢ Lesão vestibular: queda sempre para o mesmo lado da lesão.
➢ Lesão cordonal posterior: queda imediata em qualquer direção.
➢ Lesão cerebelar: dificuldade de juntar os pés (mantém afastados para
compensar a falta de equilíbrio).

Prova de Romberg sensibilizada: teste com os braços estendidos

Coordenação

Coordenação muscular > taxia: proporcionada pela sensibilidade profunda


(propriocepção), cerebelo, sistema vestibular e visão.
Incoordenação muscular > ataxia (cerebelar, sensorial e mista).
***Córtex motor de um hemisfério cerebral está conectado com o hemisfério
cerebelar oposto.
Avaliação da coordenação:
Prova dedo-nariz (a): com o membro
superior estendido lateralmente, o
paciente é solicitado a tocar a ponta
do nariz com o indicador. Repetir
algumas vezes: primeiro, com os
olhos abertos e, depois, fechados.
Paciente sentado ou em pé.
Prova index-nariz-index (b):
1. Explique ao paciente o teste, demonstrando como fazê-lo.
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2. Posicione o dedo de forma que o paciente tenha que esticar


totalmente o braço para alcançá-lo.
3. Peça ao paciente para tocar o nariz com a ponta do dedo
indicador e, em seguida, toque a ponta do dedo.
4. Peça ao paciente para continuar a fazer este movimento dedo
para nariz o mais rápido possível.
5. Peça ao paciente para fechar os olhos e continuar a realizar o
movimento.

Prova calcanhar-joelho: paciente em decúbito dorsal,


pedir que toque o joelho oposto com o calcanhar do membro
a ser examinado. Repetir várias vezes, primeiro com os
olhos abertos e depois fechados. Casos de discutível
alteração, “sensibiliza-se” a prova mediante deslizamento
do calcanhar pela crista tibial, após tocar o joelho.

Prova dos movimentos alternados (diadococinesia):


1. Peça ao paciente para colocar as palmas da mão sobre
as pernas.
2. Peça ao paciente para alterar a posição da mão (palma-
dorso)
3. Peça ao paciente para repetir esta sequência de
movimentos o mais rápido possível, até que você diga para
parar. Muitas vezes é útil demonstrar a sequência de
movimentos ao paciente para ajudar na compreensão.
4. Observe a velocidade e a fluência com que o paciente
é capaz de realizar essa sequência de movimentos
alternados rapidamente.
Eudiadococinesia: capaz de realizar os movimentos.
Disdiadococinesia: dificuldade de realizar os movimentos
Adiadococinesia: incapaz de realizar os movimentos.

Interpretação
Pacientes com patologia cerebelar ao realizar estas tarefas podem exibir
dismetria e tremor de intenção:
● Dismetria: distúrbio na medida do movimento. O paciente não consegue
alcançar com precisão o alvo por hipermetria (movimento muscular
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voluntário ultrapassa o objetivo a que se destina ou hipometria


(movimento voluntário fica aquém da meta pretendida).
● Tremor de intenção: tremor amplo, grosso e de baixa frequência que se
desenvolve quando um membro atinge o ponto final de um movimento
deliberado. Clinicamente o tremor se torna aparente quando o dedo do
paciente se aproxima do seu.
A presença de dismetria e tremor de intenção é sugestiva de patologia
cerebelar ipsilateral (no mesmo lado do corpo).

Força muscular
Conceitos (força muscular)
Plegia Paresia
Paralisia, Diminuição do
ausência de movimento, fraqueza
movimento de um muscular.
segmento, de uma
parte do corpo ou
de várias delas.

Avaliação da motricidade voluntária


Motricidade espontânea: solicitar que o paciente realize uma série de
movimentos passivos, especialmente dos membros, tais como: abrir e fechar a
mão, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir e
estender a perna e o pé.
Força muscular: o paciente procura fazer os mesmos movimentos do exame
da motricidade espontânea, só que, desta vez, com oposição (movimento
contrário ao do grupo muscular avaliado no sentido de “barrar/parar o
movimento”) aplicada pelo examinador.
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Casos de discreta ou duvidosa deficiência motora dos membros, realizar as


provas deficitárias (manter a posição por 30 segundos):
Mingazzini: paciente em decúbito dorsal, com o membro
inferior elevado e a coxa fletida em 90°. Paciente tende a
abaixar a perna. Positivo quando, ao pedir o paciente para
elevar em paralelo os MMII, o membro afetado cai.
Barré: decúbito ventral.

Prova dos braços estendidos: estender os MMSS com as


palmas das mãos viradas para cima. Paciente tende a abduzir
(abrir) o quinto dedo ou abaixar o braço.
Pode ocorrer o sinal da pronação (Strumpel) > pronação da mão
+ flexão do cotovelo.

Graduação da força
MRC (Medical Research Concil): gradua a força muscular em cinco níveis
Grau 5: força normal, vence a força da gravidade e força do examinador
Grau 4: movimento completo contra força a
gravidade e contra certa resistência aplicada pelo
examinador
Grau 3: movimento contra a força da gravidade
Grau 2: movimento completo sem a força da
gravidade
Grau 1: discreta contração muscular
Grau 0: nenhum movimento.

Tônus Muscular
Estado de tensão constante a que estão submetidos os músculos, tanto em
repouso (tônus de postura), como em movimento (tônus de ação).
➢ Regulado pelo cerebelo.

Trofismo Muscular: estado de crescimento e desenvolvimento do músculo.


Volume da massa muscular que existe no corpo.

Avaliação do Tônus Muscular


➢ Avaliar todos os grupos musculares e simetria entre os lados.
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Inspeção: verifica-se a existência ou não de achatamento das massas


musculares. É mais evidente nas coxas e só tem valor significativo na acentuada
diminuição do tônus.
Palpação: verifica-se o grau de consistência muscular.
Movimentos passivos: imprimem-se movimentos naturais de flexão e extensão
dos membros e observam-se:
● Passividade > tônus diminuído
● Resistência > tônus aumentado
● Extensibilidade > se há ou não exagero no grau de extensibilidade da
fibra muscular. Diminuição do tônus: calcanhar toca facilmente o glúteo.
Balanço passivo: o examinador, com as duas mãos, segura e balança o
antebraço do paciente, observando se a mão movimenta-se de forma normal,
exagerada (na hipotonia) ou diminuída (na hipertonia).

Conceitos
Hipertonia: consistência muscular aumentada, passividade diminuída e
extensibilidade aumentada. Pode ser transitória e/ou intermitente.
Hipotonia: consistência muscular diminuída, passividade aumentada e
extensibilidade aumentada. Observa-se achatamento das massas musculares.
Atonia: perda do tônus muscular.
Causas: neuropática, medular, radicular ou muscular.

Síndromes do neurônio motor


As vias eferentes gerais são compostas por 2 neurônios. O
1º está no córtex cerebral e o 2º na medula espinhal.
● Lesão no N1 (hipertonia) = paralisia espástica
(exacerbação do tônus muscular; endurecimento).
● Lesão no N2 (hipotonia) = paralisia flácida.
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Reflexos
➢ Resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza.
Base anatomofuncional dos reflexos motores > arco reflexo
➢ Reflexos proprioceptivos, profundos, musculares ou miotáticos
Aqueles em que o estímulo é feito pela percussão com martelo no tendão do
músculo a ser pesquisado.
Os reflexos aqui testados são: aquileu, patelar, flexor dos dedos, supinador,
pronador, bicipital e tricipital.
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Para a classificação dos reflexos profundos usamos um registro de resultados


que mede a intensidade do reflexo:
➢ Arreflexia ou reflexo abolido: 0
➢ Hiporreflexia ou reflexo diminuído: –
➢ Normorreflexia ou reflexo normal: +
➢ Reflexo vivo: ++
➢ Hiper-reflexia ou reflexo exaltado: +++

➢ Reflexos superficiais ou exteroceptivos


O estímulo é feito na pele. Seus exemplos são:
Reflexo cutâneo-plantar: paciente em decúbito dorsal com os membros
inferiores estendidos, estimula-se superficialmente a região plantar, próxima à
borda lateral e no sentido posteroanterior, fazendo um leve semicírculo na parte
mais anterior.
Resposta normal: flexão dos dedos

A inversão da resposta normal, ou seja, a extensão do hálux,


constitui o sinal de Babinski, um dos mais importantes
elementos semiológicos do SN que indica lesão na via piramidal
ou corticoespinal.

Sensibilidade
Especial: (visão, audição, olfação, gustação – foi vista nos pares cranianos)

Geral:
➢ Superficial
➢ Profunda

Interocepção: é a função fisiológica do hipotálamo de ter percepções relacionada ao


interior do organismo como o sistema cardiovascular, respiratório e gastrointestinal.

➢ Visceral, pressão sanguínea, equilíbrio ácido-básico.


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Exame físico
Sensibilidade superficial
Tátil: pedaço de algodão, gaze ou pincel macio, os quais
são roçados de leve em várias partes do corpo.
➢ Hipoestesia: diminuída
➢ Hiperestesia: aumentada
➢ Anestesia: abolida

Térmica: dois tubos de ensaio, um com água gelada e outro com água quente,
com que se tocam pontos diversos do corpo alternando os tubos.
Dolorosa: estilete rombo, agulha, alfinete, palito,
monofilamento, capazes de provocar dor sem ferir o
paciente.
Comparar regiões: Distal X Proximal / Direito X Esquerdo
➢ Paciente mantém os olhos fechados durante todo o
exame (não deve ser muito demorado). Ambiente silencioso e agradável.
Se necessário, despir o paciente. Ao aplicar o estímulo indague: está
sentindo alguma coisa? O quê? Em que parte do corpo?

Sensibilidade profunda
Vibratória (palestesia): pesquisada com o diapasão de 128
vibrações por segundo, colocado em saliências ósseas.
À pressão (barestesia): verificada mediante compressão
digital ou manual em qualquer parte do corpo, especialmente
de massas musculares.
Cinético postural/proprioceptiva (batiestesia): explorada
deslocando-se qualquer segmento do corpo em várias direções (flexão,
extensão). Em dado momento, fixa-se o segmento em determinada posição, que
deverá ser reconhecida pelo paciente.
Sensibilidade discriminatória
➢ Sente ou não o toque (algodão, gaze pincel)
➢ Diferenciação de 2 pontos
➢ Estereognosia: capacidade de reconhecer um objeto com as mão sem
usar a visão. Quando se perde tal função > astereognosia/agnosia tátil
➢ Grafestesia: capacidade de perceber a escrita de palavras ou números
escrita sobre a pele estando de olhos fechados.

Sinais meníngeos e radiculares


Existem alguns testes capazes de nos auxiliar num diagnóstico de meningite e
problemas radiculares. São eles:
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Sinal de Lasègue: paciente em decúbito dorsal e MMII


estendidos. Eleva-se o membro inferior estendido sobre a
bacia, manobra que acarreta estiramento do nervo ciático. Se
houver compressão, ocorre dor no trajeto do referido nervo.
O sinal de Lasègue é positivo quando surge dor até 60°
(ângulo formado pelo membro elevado e pela mesa de
exame). Bloqueio e dor até 30° sugere hérnia discal.
É preciso caracterizar se a dor provocada pela elevação do membro ocorre
devido à real compressão do ciático ou à contratura dos músculos posteriores
da coxa. A dor muscular ocorre somente na parte posterior da coxa, enquanto a
ciatalgia pode acometer todo o membro.

Sinal de Bragard: pesquisado realizando-se a manobra do


sinal de Lasègue com a dorsiflexão do pé como uma forma
de sensibilizar o sinal de Lasègue. A elevação do membro
sadio pode também produzir dor no membro oposto afetado,
sugerindo compressão mais central.

Prova de Brudzinski: Com o paciente em decúbito dorsal


e membros estendidos, o examinador repousa uma das
mãos sobre o tórax do paciente e, com a outra colocada na
região occipital, executa uma flexão forçada da cabeça.
A prova é positiva quando o paciente flete os membros
inferiores, mas há casos nos quais se observam flexão dos
joelhos e expressão fisionômica de sensação dolorosa.

Prova de Kerning: consiste na extensão da perna, estando


a coxa fletida em ângulo reto sobre a bacia e a perna sobre
a coxa. Considera-se a prova positiva quando o paciente
sente dor ao longo do trajeto do nervo ciático e tenta impedir
o movimento. Essas provas são utilizadas para o
diagnóstico de meningite, hemorragia subaracnóidea e
radiculopatia ciática.

Nervos Cranianos
Nervo olfatório (I) – Sensitivo
Transmite informações sensoriais sobre odores para o SNC, onde são
percebidos como cheiro (olfato).
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Semiologia:
Perguntar ao paciente se ele tem notado qualquer alteração no seu olfato.
O olfato pode ser testado usando diferentes odores (ex.: limão, hortelã-pimenta,
café, álcool, canela, etc.).
Sintomas associados:
➢ Hiposmia: Redução do olfato
➢ Anosmia: Ausência de olfato
➢ Parosmia: Perversão do olfato
➢ Cacosmia: Sensação olfatória desagradável

Nervo óptico (II) – Sensitivo


Transmite informações sensoriais sobre a visão, que são captadas pela retina e
são conduzidas até ao centro de visão lobo occiptal pela via óptica.
Exame físico:
Acuidade visual: pede-se ao paciente para dizer o que vê na sala ou leia
algo, como no tabela de Snellen.
Campo visual: sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador,
postado à sua frente. O examinador desloca um objeto nos sentidos
horizontal e vertical, e o paciente dirá até que ponto esta “percebendo”
o objeto nas várias posições. Examina-se cada olho separadamente.
Fundoscopia: observa-se o fundo de olho utilizando o oftalmoscópio.
Deve-se observar a retina, papila óptica e os vasos.

Nervo oculomotor (III), Nervo Troclear (IV), Nervo Abducente (VI)


➢ Avaliados em conjunto pois inervam os vários músculos que tem por
função a motilidade dos globos oculares (são motores)
➢ Elevação da pálpebra e constrição da pupila - somente o Oculomotor

Motilidade extrínseca: o exame é feito em cada olho separadamente e depois


da seguinte maneira: estando o paciente com a cabeça imóvel, o examinador
solicita que ele desloque os olhos no sentido horizontal e vertical. No exame
simultâneo acrescenta-se a prova da convergência ocular, que é feita
aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente.
Motilidade intrínseca: dinamicamente, a pupila é examinada por meio por meio
de um feixe luminoso e pela convergência ocular. Em ambiente de pouca
luminosidade, o paciente deve olhar um ponto mais distante. O examinador
incide o feixe de luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados.
➢ Reflexo fotomotor direto: contração da pupila na qual se fez o estímulo
➢ Reflexo fotomotor consensual: contração da pupila oposta.
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Em seguida, aproxima-se dos olhos um objeto, e as pupilas se contrairão


normalmente. É o reflexo de acomodação.
Nervo oculomotor (III):
➢ Inerva os músculos reto superior, reto medial, reto
inferior e oblíquo inferior (movimentação dos
bulbos dos olhos)
➢ Movimentação da pálpebra superior
➢ Constrição das pupilas
➢ Ajuste da lente para visão a curtas distâncias
(acomodação).

Alteração extrínseca
Lesão no nervo:
1) Ptose completa
2) Pupila do lado afetado fica em midríase (pupila
dilatada)
3) Olhar para cima: reto superior disfuncional
4) Olhar para o meio: reto medial disfuncional
5) Olhar Primário: estrabismo divergente
6) Olhar para baixo: reto inferior disfuncional
“olhar para baixo e para fora”

Nervo Troclear (IV)


Inerva o músculo oblíquo superior, que movimenta o olho para baixo.
Lesão no nervo:
1) Paciente não consegue olhar para o nariz
do lado do nervo afetado
2) Olhar fica para cima
3) Resulta em diplopia vertical
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Nervo Abducente (VI)


Inerva o músculo reto lateral (movimento lateral dos olhos).
Lesão no nervo:
1) Estrabismo convergente
2) Diplopia horizontal

Nervo trigêmeo (V) – Misto


Transmite informações sensoriais sobre a sensibilidade facial e informações
motoras para os músculos da mastigação.
Possui três subdivisões:
Oftálmico (V1): transporta informações sensoriais do couro
cabeludo e da testa, nariz, pálpebra superior, bem como da
conjuntiva e da córnea do olho.
Maxilar (V2): transporta informações sensoriais da pálpebra
inferior, bochecha, narinas, lábio superior, dentes
superiores e gengivas.
Mandibular (V3): transporta informações sensoriais do
queixo, mandíbula, lábio inferior, boca, dentes inferiores e
gengivas. Também transporta informações motoras para os
músculos da mastigação (masseter, músculo temporal e os
pterigoides medial / lateral).
Avaliação da raiz sensorial (nervos oftálmico, maxilar e mandibular):
Avalie o componente sensorial de V1 , V2 e V3 testando toque leve e
sensação de picada de agulha nas regiões do rosto fornecidas por cada
ramo, comparando cada região em ambos os lados do rosto.
Reflexo córneo-palpebral ou corneano:
1. Pedir que o paciente olhe para um lado e, então, o examinador
usa um pedaço de algodão para tocar na borda lateral da córnea.
2. Espera-se que os dois olhos se fechem ao estímulo, por
contração bilateral da parte palpebral do músculo orbicular do
olho.
Avaliação da raiz motora (nervo mastigador) - músculos temporal,
masseter e pterigoideo:
● Inspeção e palpação: Atrofia das regiões
temporais e massesterinas.
● Abertura da boca / Trincar os dentes /
lateralização da mandíbula.
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Na paralisia do nervo trigêmeo a mandíbula, normalmente, desvia para o lado da


lesão.
Nervo facial (VII) - Misto
Se origina na ponte e possui uma raiz motora e uma
raiz sensitiva. As fibras eferentes são fibras motoras
ou fibras parassimpáticas, enquanto as fibras
aferentes são sensitivas. Isso garante algumas
responsabilidades a esse nervo:
➢ Movimentos faciais/mímica facial
➢ Secreção lacrimal
➢ Secreção salivar (inervação das glândulas
submandibular e sublingual)
➢ Gustação dos 2/3 anteriores da língua

Exame:
Parte motora: solicita-se ao paciente que enrugue a testa, franza os supercílios,
cerre as pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie, infle a boca e
contraia o platisma ou músculo cutilar do pescoço.
Parte sensitiva: pode perguntar se percebeu alguma anormalidade de gustação
ou realizar exame sensitivo.
Paralisias
Paralisia do nervo facial (periférica)= compromete toda
a hemiface ipsilateral.
Paralisia central (AVC)= compromete o terço inferior da
hemiface contralateral.

Nervo vestibulococlear (VIII) – Sensitivo


O nervo vestibulococlear tem duas raízes: a coclear responsável pela audição
e a vestibular incumbida do equilíbrio.
Exame físico:
Na raiz coclear:
Faz-se a avaliação da audição, por meio de testes como a voz cochichada e
atrito dos dedos próximo a orelha. As provas de Weber e Rinne avaliam as
conduções ósseas e aéreas.
Prova de Weber: coloca-se o diapasão na vértice do crânio e pergunta ao
paciente para qual lado o som é mais intenso. No teste normal o paciente irá
referir que escuta da mesma forma nas duas orelhas.
Victor Leal Campos – 2º período

Teste de Rinne: o diapasão deve ser posicionado no processo mastoide e após


o paciente não estiver mais ouvindo o som, o diapasão deve ser colocado ao
lado da orelha. No teste sem alteração o paciente refere o som é mais intenso
ao lado a orelha.
Na raiz vestibular:
Teste de marcha: solicitar ao paciente que ande em linha reta com os pés juntos
e em caso de alteração, observará um desvio lateral da marcha para o lado da
lesão.
Teste de Romberg: paciente em pé com os pés juntos, os MMSS estendidos
para frente. Primeiramente o paciente deve ficar com os olhos abertos e em
seguida pedir para fechar os olhos. Romberg positivo se paciente cair ao fechar
os olhos, caso a lesão seja no labirinto ele irá cair para o lado lesado.

Nervo glossofaríngeo (IX) e Nervo vago (X) – Mistos


O nervo glossofaríngeo contém função tanto motora como sensitiva. Além
disso, apresenta funções parassimpáticas. Atua na gustação e deglutição.
O nervo vago é o maior nervo craniano e tem origem
na parte de trás do bulbo raquidiano, uma estrutura
cerebral que liga o cérebro com a medula espinal, e
sai do crânio pelo forame jugular, descendo pelo
pescoço e tórax até terminar no estômago. É um
nervo importante já que realiza a inervação das
vísceras, garante a inervação parassimpática aos
órgãos, além de inervar partes da laringe e da faringe.
Exame:
São observados em conjunto devido suas estreitas ligações
quanto à origem, trajeto e distribuição. Observar o fundo da
cavidade oral (faringe, véu palatino, etc.). Pedir ao paciente
que abra boca e analisar se há algum desvio. Solicitar que
pronuncie as vogais “a” ou “e” e checar se existe desvio do
véu palatino. A úvula se desloca contralateralmente a lesão.
Importante > pode ser observada alguma anormalidade de
gustação na parte posterior da língua e o reflexo do vômito. Porém são exames
pouco solicitados.

Nervo acessório (XI) – Motor


Transmite informações motoras para os músculos esternocleidomastóideo e
trapézio (movimentação da cabeça). Não possui componente sensorial. Sua
paralisia resulta em atrofia desses músculos, deficiência na elevação do ombro
e na rotação da cabeça para o lado oposto.
Victor Leal Campos – 2º período

Avaliação:
Inspeção: Sinais de atrofia.
➢ Trapézio: Paciente levanta o ombro contra
resistência do examinador.
➢ Esternocleidomastóideo: Paciente gira a
cabeça contra resistência do examinador.
O músculo contralateral a movimentação é
avaliado (ex.: movimento para a esquerda,
avaliação do esternocleidomastóideo direito).

Nervo hipoglosso – (XII) – Motor


Transmite informações motoras aos músculos extrínsecos da língua
(exceto para o palatoglosso que é inervado pelo nervo vago).
Funções: fala, tratamento do alimento e deglutição.
Avaliação:
Inspeção da língua no interior da boca ou exteriorizada, movimentando-
a para todos os lados, forçando-a de modo que vá de encontro à bochecha
e, por fim, palpando-a para avaliar sua consistência.
Nas lesões unilaterais do hipoglosso, observam-se atrofia e fasciculação
na metade comprometida. Ao ser exteriorizada, a ponta da língua desvia
para o lado da lesão.

SBV e RCP em adultos


➢ Reuniões de 1999 a cada 5 anos
(Dallas, EUA) para revisão de informações
relevantes sobre RCP e AVCE.
➢ Define consensos e diretrizes sobre o
assunto.
Victor Leal Campos – 2º período

• Epidemiologia da parada cardiorrespiratória

> Emergência cardiovascular de grande prevalência e alta morbidade e


mortalidade.
> Criação de protocolos e algoritmos: padronização/organização do
atendimento.
Fibrilação e Taquicardia Ventricular
Principais ritmos de parada no ambiente extra-hospitalar.
• 80% dos casos
• Bom índice de sucesso se prontamente tratados > 50% a 70% de
sobrevida.

AESP e Assistolia
Principais ritmos de parada no ambiente intra-hospitalar.
• Pior prognóstico e taxas de sobrevida inferiores a 17%.

Parada Cárdio + Respiratória

A cada minuto transcorrido do início do evento arrítmico súbito sem desfibrilação,


a probabilidade de sobrevivência diminui em 7 a 10%.

➢ Reconhecimento imediato da PCR;


➢ Contato com o sistema de emergência;
➢ Início da RCP de alta qualidade;
➢ Uso do DEA, assim que disponível.

Reconhecimento da PCR
• Avaliação da consciência
• Avaliação de pulso central 10 segundos
• Ventilação/respiração/expansibilidade

Certifique-se de que a cena é segura antes de se aproximar do indivíduo e


conduzir o BLS ou ACLS.
Grite por ajuda!
Victor Leal Campos – 2º período

Avaliação de SBV
A: Airway > abrir via aérea
B: Breathing > ventilação
C: Circulation > massagem cardíaca
D: Defibrillation > checar o ritmo cardíaco e se indicado, desfibrilar

ABC => CAB

• Compressões torácicas de qualidade

1) Comprimir pelo menos 5 cm do tórax


2) Comprimir o tórax a uma velocidade de 100 a 120/min
3) Permita o retorno total do tórax após cada compressão
Victor Leal Campos – 2º período

• PCR na Gestante

Ventilação Artificial
• Método boca-a-boca
• Método boca-nariz-boca (lactentes)
• Método boca-máscara => Pocket Mark
• Reanimador manual (ambú)

Protocolo da PCREH
PCR

➢ 30 compressões / 2 ventilações (5 a 10”)


➢ 15 compressões / 2 ventilações - com 2 socorristas (vítima criança e
lactentes)
➢ Troca de função a cada 2 minutos

Parada respiratória

➢ 1 ventilação a cada 3-5” lactentes e crianças


➢ 1 ventilação a cada 5-6” adultos (se via aérea definitiva)

RCP de Alta Qualidade


1) Comprimir o tórax com força e rapidez.
2) Permita o retorno total do tórax após cada compressão.
3) Minimizar interrupções nas compressões (10 segundos ou menos).
4) Alterne as pessoas que aplicam as compressões a cada 2 minutos ou
antes se houver fadiga (essa troca deve levar 5 segundos ou menos).

Automático
Instantâneo
Imediato
Victor Leal Campos – 2º período

2 ações reduzem a taxa de mortalidade:


✓ RCP de qualidade
✓ Desfibrilação precoce de FV/TV sem pulso

DEA - Ritmos Chocáveis


Tratamento > Desfibrilação (DEA)
Não sincronizada

Suporte Básico de Vida para crianças e lactentes


Introdução
A PCR em pediatria ocorre em consequência da deterioração da função
respiratória ou choque, ocasionando hipoxemia e acidose progressiva,
culminando na PCR secundária.
A PCR primária de causa cardíaca, como nos adultos (FV e TV), constitui causa
menos frequente, entre 5 a 15% das PCR pediátricas pré-hospitalares.
O SBV é a base do SAV em pediatria. Apesar dos avanços em RCP, apenas
17% dos adultos e 27% das crianças sobrevivem à alta hospitalar após PCR.
A prevenção da PCR, o inicio precoce da RCP e o pronto acionamento do SME
constituem os fundamentos do SBV de qualidade.
O atendimento pediátrico inclui algumas particularidades, dependendo da faixa
etária. Define-se:
Lactentes: menores de 1 ano, excluindo os Recém-nascidos (RN).
Victor Leal Campos – 2º período

Crianças: maiores de 1 ano e antes de apresentar sinais de puberdade


(aparecimento do broto mamário em meninas e em meninos, pela presença de
pelos em região axilar).
Adolescentes: apresentam sinais de puberdade. Nesta grupo, aplicam-se as
recomendações dos adultos.

Sequencia Compressão Torácica e Ventilação: C-A-B VS A-B-C.


A abordagem C-A-B permite simplificação do ensino de SBV, pois uniformiza a
sequência para adultos e crianças.
Já́ a abordagem A-B-C considera a etiologia da asfixia da maioria das PCR em
pediatria, valorizando o início precoce das ventilações.
Sequência C-A-B é recomendada em pediatria, como nos adultos, pois o atraso
na ventilação é mínimo e uniformiza a RCP em adultos e crianças, além de
simplificar o ensino de RCP para profissionais de saúde e comunidade.

Ressuscitação Cardiopulmonar Convencional VS Só Compressão


Recomendada a ventilação intercalada com as compressões torácicas em
crianças e adolescentes.
A RCP convencional intercalando ventilação e a compressão torácica está
indicada na PCR pediátrica entra e extra-hospitalar.
Se não for possível ventilar o paciente, os ressuscitadores devem, ao menos,
realizar as compressões torácicas.

Local e a técnica de compressão


Lactentes: traçar uma linha imaginaria entre os mamilos e colocar dois dedos
logo abaixo da linha intermaxilar.
2 socorristas: envolver o tórax e sustentar as costas com os dedos de ambas
as mãos, utilizando os polegares lado a lado, para realizar as compressões
torácicas no terço inferior do esterno, evitando o apêndice xifoide.
Crianças: usar uma ou duas mãos, no terço inferior do esterno, evitando-se o
apêndice xifoide.
Victor Leal Campos – 2º período

Reavaliar a cada 2 minutos o pulso central e rodiziar, quando houver mais de um


ressuscitador, a função de compressão do tórax, para minimizar a fadiga.
Caso esteja presente e a FC for maior que 60 bpm com respiração regular, deixar
a criança em posição de recuperação (decúbito lateral).
Se pulso central ausente ou menor 60 bpm, manter as compressões torácicas.

Uso do DEA
DEA assim que disponível no extra-hospitalar, se a criança não tiver pulso central
palpável. No intra-hospitalar, o DEA também pode ser indicado se a PCR ocorrer
em áreas sem disponibilidade de desfibrilador manual.
DEA com atenuador de carga é preferível em crianças menores de 8 anos,
incluindo lactentes ou com menos de 25 kg. Caso as pás pediátricas não estejam
disponíveis, podemos utilizar o DEA sem atenuador de carga.
DEA analisa o ritmo e informa se o choque está indicado ou não. Se o choque
estiver indicado, deve ser realizado seguindo os passos de segurança.
No adulto: Região Subclavicular Direta e Hemiaxilar Esquerda.
Na criança: Anterior e Posteriormente no Tórax.
Victor Leal Campos – 2º período

Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE)


em adultos:
Avaliar a severidade
Obstrução leve: paciente capaz de responder se está
engasgado. Consegue tossir, falar e respirar.
Victor Leal Campos – 2º período

Obstrução grave: paciente consciente e que não consegue falar. Pode não
respirar ou apresentar respiração ruidosa, tosse silenciosa e/ou inconsciência.

Obstrução leve\parcial com paciente responsivo:


➢ Não realizar manobras de desobstrução
➢ Acalmar o paciente
➢ Incentivar tosse vigorosa
➢ Observar atenta e constantemente

Obstrução grave com paciente responsivo:


Executar a manobra de Heimlich:
1) Posicionar-se por trás do paciente
2) Posicionar uma das mãos fechada, com
a face do polegar encostada na parede
abdominal, entre apêndice xifoide e a
cicatriz umbilical
3) Com a outra mão espalmada sobre a
primeira
4) Comprimir o abdome em movimentos
rápidos, direcionados para dentro e pra cima (em J)
5) Repetir a manobra até a desobstrução ou o paciente tornar-se não
responsivo
Obs.: em pacientes obesos e gestantes, fazer as compressões sobre o esterno.

Obstrução grave com paciente não responsivo:

➢ Posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida


➢ Executar 30 compressões torácicas
➢ Abrir vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho >
se visível e alcançável (com dedos ou pinça)
➢ Nada foi encontrado, realizar 2 ventilações “se o tórax não expandir,
reposicionar a cabeça e insuflar novamente”
➢ Protocolo de RCP

OVACE em crianças

A obstrução de vias aéreas superiores ocorre predominantemente em menores


de 5 anos, sendo 65% abaixo de 1 ano.
Victor Leal Campos – 2º período

Os líquidos são responsáveis pela obstrução na maioria dos casos, porém


pequenos objetos, como balões, alimentos (salsichas, castanhas e uvas), podem
obstruir a via aérea em crianças.
Aparecimento abrupto de estridor, tosse , cansaço e broncoespasmo na
ausência de febre ou sintomas prodrômicos.
Reconhecimento da OVACE
Obstrução leve da via aérea
Sinais:
➢ Boa troca gasosa
➢ Responsividade e possibilidade de tosse
➢ Pode ter chiado no peito entre os acessos de tosse.
Ações do socorrista:

Enquanto houver boa troca de ar, encoraje a vítima a continuar tossindo


espontaneamente e com os esforços da respiração.
Não interfira com as tentativas da vítima de tentar expelir o corpo estranho, mas
fique ao seu lado e monitorize as condições.
Caso a obstrução leve da via aérea persista, acione o sistema de atendimento
de emergência.

Obstrução grave da via aérea


Sinais:
➢ Troca gasosa insuficiente ou ausente
➢ Tosse fraca e ineficiente ou ausência de tosse
➢ Estridor inspiratório ou ausência de ruídos
➢ Aumento da dificuldade de respiração
➢ Possível cianose
➢ Incapacidade de falar

Sinal universal da asfixia: agarrar o pescoço com os dedos

Ações do socorrista:

Pergunte à vítima se ela está engasgada.


Se ela responder afirmativamente com a cabeça e não conseguir falar, existe
uma obstrução da via aérea e você deve acionar o sistema de atendimento de
emergência.
Victor Leal Campos – 2º período

Engasgo em lactentes
• Tosse efetiva – posicionar e observar
• Tosse ineficaz – realizar manobras

Manobras de desobstrução das vias aéreas em lactente (<1 ano)

Lactente responsivo:

1. Perguntar a mãe se o lactente se engasgou


2. Informar que irá ajudar e pedir para segurar o lactente
3. Posicionar uma das mãos na cabeça/pescoço do lactente
4. Colocar um dos antebraços no dorso do lactente e a mão segurando a
cabeça/pescoço
5. Colocar o outro antebraço no ventre do lactente e a mão segurando a
cabeça/pescoço
6. Usar o próprio joelho como apoio
7. Virar o lactente deixando-o em decúbito ventral
8. Posicionar a cabeça abaixo do tronco
9. Iniciar as manobras com 5 golpes na região interescapular
10. Virar o lactente e aplicar 5 compressões torácicas com dois dedos na
metade inferior do tórax
11. Alternar golpes no dorso e compressões (5), até que ocorram sinais de
desobstrução (choro ou tosse efetiva) ou o paciente fique inconsciente.

Lactente não responsivo:


1. Se a vítima se torna não responsiva, pare com os golpes no dorso e inicie
a RCP (as compressões torácicas promovem uma pressão no tórax e
podem ser capazes de aliviar a obstrução).
2. Coloque o lactente sobre uma superfície rígida e plana
3. Inicie as compressões torácicas. NÃO checar pulso antes.
4. Após 2 minutos de RCP, abra a VA (inclinação da cabeça / elevação do
queixo / ocluir as narinas, procure o corpo estranho e remova-o, se visível.
Acione o SME se ninguém ainda o tiver feito.
5. Aplique 2 ventilações (observar elevação do tórax) e volte, em seguida,
para as compressões.
6. Repita os ciclos até que o corpo estranho seja expelido.
Victor Leal Campos – 2º período

Manobras de desobstrução das vias aéreas em crianças acima de 1 ano

1) Vítima consciente: Manobra de Heimlich

➢ Posicionar-se por trás do paciente


➢ Posicionar uma das mãos fechada, com a face do polegar encostada na
parede abdominal, entre apêndice xifóide e a cicatriz umbilical
➢ Com a outra mão espalmada sobre a primeira
➢ Comprimir o abdome em movimentos rápidos, direcionados para dentro
e pra cima (em J)
➢ Repetir a manobra até a desobstrução ou o paciente tornar-se não
responsivo

1) Vítima não responsiva > acionar o SME > abrir a VA, remover obstrução,
se visível > começar a RCP
2) Criança que se torna não responsiva e socorrista sozinho > comece a
RCP (NÃO checar o pulso antes) > após 2 minutos de compressão: abra
a VA, remova a obstrução, se visível > acione o SME se ninguém ainda
tiver o feito.
3) Vítima já não responsiva ao ser encontrada e não se sabe se OVAS >
RCP > SME após 2 minutos ou 5 ciclos

Obs.: Antes de cada ventilação, abrir a boca da vítima e procurar pelo corpo
estranho que causa a obstrução. Se visível, tentar removê-lo com os dedos. Se
não, voltar à RCP.
Obs.: NÃO realizar varredura às cegas procurando o corpo estranho na boca e
orofaringe pelo risco de empurrá-lo ainda mais para o fundo.

Equipes de alto desempenho em SBV


Conceito:
Time/Equipe de alto desempenho o Time de Resposta Rápida (TRR).
Victor Leal Campos – 2º período

Um dos avanços nas estratégias para atendimento das emergências e urgências


cardiovasculares.
Implantados a partir do resultado de alguns estudos, que evidenciaram que a
PCR era precedida de deterioração clínica, em média de 6 a 8 horas antes do
evento.
Composição e objetivo:
Os TRR são compostos por equipe multiprofissional.
Identificar e tratar precocemente os pacientes (adultos e pediátricos) que
apresentam deterioração clínica ou estão em risco de morte.
Fatores que podem ser considerados como preditivos da PCR em adultos:
Alterações significativas nos seguintes:
1) FC 7) Característica da fala
2) PA 8) Diurese nas últimas 4 horas
3) FR 9) Presença de dor
4) Saturação de oxigênio
10) Sangramento agudo significante
5) Temperatura corporal 11) Arritmias
6) Estado mental 12) Paciente relata que não se sente bem
13) Preocupação médica/enfermagem com
_____________________________ a situação clínica do paciente
A implementação dos TRR tem mostrado efetividade na prevenção do PCR, bem
como na diminuição das taxas de mortalidade hospitalar e nas admissões em
Unidades de Terapia Intensiva.
Atributos fundamentais a um TRR:
1. Todos os membros do TRR devem estar disponíveis e responder
imediatamente ao chamado.
2. Devem se apresentar no local e acessíveis.
3. Devem ter as habilidades técnicas e práticas para avaliar, atender o
paciente e prover a resposta necessária à equipe que solicitou seu
atendimento.
4. Deve ser formada por indivíduos capacitados e altamente motivados.

Impacto do TRR
Victor Leal Campos – 2º período

Código Azul
Modelo de acionamento de TRR para atendimento da PCR fora das unidades
críticas (unidade de terapia intensiva, pronto-socorro ou centro cirúrgico).
As tarefas são divididas para multiplicar a chance do resultado favorável.
O time deve objetivar chegar à emergência em 3 min no Código Azul.
Cada componente assume papel fundamental, e o líder organiza a equipe,
monitora a atuação e a assistência a cada membro, facilita o entendimento, e
concentra-se no tratamento abrangente do paciente.
Objetivos:
1) Sistematizar o atendimento de pacientes com suspeita de PCR, de forma
a abreviar, ao máximo, o acesso ao SBV e SAV.
2) Aumentar a taxa de sobrevida em paciente com PCR.
3) Verificar a incidência e analisar a forma como são atendidos as PCR.
4) Diminuir os custos hospitalares e sociais das PCR.

Sistema Endócrino

Glândulas Endócrinas
➢ Secreções de substâncias (hormônios) que atuam sobre a célula-alvo
➢ Regulação do organismo (homeostase)
➢ Hormônios: substâncias químicas que são produzidas por glândulas que
atuam no sentido de controlar ou auxiliar o controle de alguma função do
corpo.
As manifestações das doenças endócrinas quase sempre afetam o
organismo como um todo, mas muitos sinais e sintomas dependem da
glândula comprometida.
A principal função da tireoide é produzir os hormônios tireoidianos
para atender às demandas periféricas. Os dois principais HT são a
triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (tiroxina ou T4).
A tireoide é controlada pela atividade do eixo hipotalâmico-
hipofisário-tireoidiano. O hormônio tireoestimulante (TSH), também
chamado de tireotrofina, produzido pelas células tireotróficas na
adeno-hipófise, liga-se a receptores específicos nas células
tireoidianas e estimula todas as etapas da síntese de T3 e T4, bem
como sua liberação pela glândula.
Anamnese
➢ Doenças tireoidianas: mais comuns em mulheres
➢ Naturalidade e procedência do paciente: ele pode ser proveniente de
áreas pobre em iodo (regiões de bócio endêmico)
Victor Leal Campos – 2º período

➢ Profissão do paciente: manipulação de material que contenha iodo,


antissépticos iodados ou hormônios tireoidianos
➢ Questionar sobre uso de medicamentos
➢ Alterações do apetite e peso
➢ Alterações do trânsito intestinal
➢ Alterações neuropsíquicas
➢ Alterações de pele
➢ Dor nas tireoides

Sinais e sintomas > Alterações locais

Dor: Tireoidites agudas


Dispneia: compressão traqueal (flexão da cabeça)
Disfonia: compressão do nervo laríngeo recorrente (rouquidão)
Disfagia: compressão ou invasão do esôfago (dificuldade para deglutir)

Bócio: aumento do volume da glândula tireoide


Bócio difuso: aumento global e uniforme da glândula tireoide
Bócio nodular: presença de nódulos (uni ou multinodular)
Nos bócios pequenos a glândula é apenas palpável, tornando-se visível somente
com o pescoço em extensão
Em grau maior a glândula é visível com a cabeça em posição normal e à
deglutição
A maioria dos bócios se desenvolve por carência de iodo
Outras causas: tireoidites (inflamação da tireoide) ou uso de medicamentos

HIPERTIREOIDISMO > Hiperfunção Tireoidiana

Aumento do metabolismo basal

1) Hipersensibilidade ao calor
2) Bócio
3) Aumento da sudorese corporal
4) Perda de peso (mesmo com o aumento do apetite)
5) Nervosismo, irritabilidade, insônia, tremores, hiperexcitabilidade, choro
fácil
6) Taquicardia, palpitações (Fibrilação atrial > principal arritmia)
7) Miocardiopatia tireotóxica (trabalho cardíaco exagerado > aumento do
consumo de O2 > lesões das miofibrilas)
Victor Leal Campos – 2º período

8) Aumento da motilidade intestinal > diarreia


9) Alterações menstruais (oligo, ameno ou polimenorreia)
10) Abortos repetidos
11) Perda da libido, impotência sexual (homem)
12) Ginecomastia (aumento dos seios no homem)
13) Fraqueza muscular (proximal, cintura pélvica e escapular)
14) Exoftalmia ou exolftalmopatia
15) Fraqueza muscular (musculatura proximal, cinturas pélvica e escapular)
devido ao intenso catabolismo, mais grave nos homens
16) Pele fina, sedosa, úmida e quente devido a vasodilatação
17) Unhas descoladas do leito (onicólise)

Três entidades clínicas são responsáveis pela maioria dos casos:


Basedow- Graves
➢ Forma mais comum
➢ Acomete adultos jovens, preferencialmente mulheres
➢ Doença autoimune, com produção de anticorpos dirigidos contra os
receptores de TSH
➢ A síndrome é composta por bócio difuso tóxico, alterações oculares e
exoftalmia
➢ Geralmente os sintomas se desenvolvem em tempo curto (1 ano ou
menos)
➢ Mais raramente: mixedema pré-tibial e baqueteamento dos dedos
➢ Nervosismo, palpitações, tremores finos das extremidades e
emagrecimento com preservação do apetite.
➢ Estrabismo, diplopia, dificuldade de movimentação ocular, fotofobia,
lacrimejamento, sensação de corpo estranho, dor retroorbital
➢ Exoftalmo maligno > lagoftalmia, impedindo o fechamento completo das
pálpebras
➢ Taquicardia; pele fina, úmida e quente; unhas de Plummer; amenorreia,
infertilidade, abortos espontâneos
➢ Idosos: anorexia, perda de peso, diarreia, apatia

Doença de Plummer
Nódulo único de crescimento lento (bócio uninodular tóxico)
O tecido nodular é bem diferenciado e secreta hormônios tireoidianos de forma
autônoma, produzindo supressão do TSH.
Sintomas discretos, predominantemente relacionados com o sistema
cardiovascular:
Victor Leal Campos – 2º período

➢ Palpitações, nervosismo, tremor fino das mãos, pele quente e úmida,


emagrecimento.
➢ Não se observa exoftalmia na Doença de Plummer !!!

Bócio multinodular tóxico

Presença de bócio difuso ou nódulos durante muitos anos, antes das


manifestações de hiperfunção.
Os sintomas de hipertireoidismo são discretos e predominam no sistema
cardiovascular > palpitações com características de fibrilação atrial ou
taquicardia paroxística (FC uniforme e rápida – 160 a 220 bpm)
Não se observa exoftalmia !!!

HIPOTIREOIDISMO > Hipofunção Tireoidiana

1) Hipersensibilidade ao frio
2) Bócio (menos comum)
3) Cansaço, fadiga, astenia
4) Tendência para ganho de peso (tecido adiposo tem distribuição universal,
obesidade é frequente)
5) Desatenção, apatia, lentificação motora, letargia, coma (casos graves)
6) Fácies mixedematosa (fisionomia apática, pele infiltrada, enoftalmia,
língua protusa) em casos avançados
7) Pele seca e descamada, anemia, unhas e cabelos fracos e quebradiços
8) Edema não depressível
9) Angina, bradicardia, bulhas hipofonéticas
10) Constipação intestinal (fezes secas e endurecidas, pode evoluir para
fecaloma)
11) Hipercolesterolemia
12) Galactorreia, amenorreia, infertilidade
13) Hiporreflexia, parestesias, dores musculares e articulares
14) Osteoporose e hipercalcemia (aumento da reabsorção de cálcio nos
ossos) > manifestações: náuseas, vômito, anorexia
15) Voz rouca, arrastada, paciente calmo, desinteressado, sonolento
16) PA normal ou pouco elevada, pulso lento e de pequena amplitude
17) Ascite volumosa (barriga d’água) indica hipofunção grave
18) Musculatura: aumenta de volume, torna-se firme e parece mais
desenvolvida (pseudo-hipertrofia). Cãibras musculares.
19) Queixas relativas a memória

Avaliação do pescoço e da tireoide


Usam-se duas manobras para a palpação da tireoide:
Victor Leal Campos – 2º período

◗ Abordagem posterior: paciente sentado e o examinador de pé atrás dele.


As mãos e os dedos rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nuca, e as
pontas dos indicadores e médios quase a se tocarem na linha mediana. O lobo
direito é palpado pelos dedos médio e indicador da mão direita; para o lobo
esquerdo, usamos os dedos médio e indicador da mão esquerda.

◗ Abordagem anterior: paciente sentado ou de pé e examinador também


sentado ou de pé à sua frente. Os dedos indicadores e médios que palpam a
glândula enquanto os polegares apoiam-se sobre o tórax do paciente. O lobo
direito é palpado pelos dedos médio e indicador da mão esquerda e o lobo
esquerdo é palpado pelos dedos médio e indicador da mão direita.
Seja qual for a manobra empregada, sempre se solicita ao paciente que faça
algumas deglutições enquanto se palpa firmemente a glândula. A tireoide
eleva-se durante o ato de deglutir. A flexão ou rotação discreta do pescoço para
um lado ou para o outro provoca relaxamento do músculo
esternocleidomastóideo, facilitando a palpação da tireoide.

Paratireoides
Os sintomas das doenças das paratireoides dependem do distúrbio funcional,
podendo haver hipo ou hiperfunção, sendo que em ambas as condições
ocorrem alterações do metabolismo do cálcio, do fósforo e das unidades
metabólicas dos ossos, origem de todas as manifestações clínicas.

HIPOPARATIREOIDISMO
Condição relativamente comum da tireoidectomia total ou subtotal pela
ligadura dos vasos paratireoidianos ou retirada inadvertida das glândulas
paratireoides.
Os sintomas mais importantes são decorrentes da hipocalcemia, que provoca
aumento da excitabilidade neuromuscular, clinicamente expressa por tetania.
A tetania caracteriza-se por contratura das extremidades – espasmo carpopodal
(mão de parteiro) que pode estender-se aos membros e ao tronco.
Quase sempre a tetania é precedida de parestesia (formigamento) rigidez
muscular e cãibras.
Sinal de TROUSSEAU: compressão da artéria braquial pelo
manguito do aparelho de pressão mantendo-o insuflado por 3
minutos, 20mmHg acima da pressão sistólica do paciente. Se
houver hipocalcemia ocorre flexão do punho com extensão dos
dedos.
Victor Leal Campos – 2º período

Sinal de CHVOSTEK: percussão do nervo facial adiante do


pavilhão auricular. Quando há hipocalcemia observa-se
contração da musculatura da face e do lábio superior no lado em
que s e fez a percussão.

HIPERPARATIREOIDISMO

➢ A perda de peso é consequência principalmente da anorexia.


➢ As alterações psíquicas mais comuns são: labilidade emocional,
ansiedade e depressão, letargia e até estado de coma ocorrem nos casos
mais graves.
➢ Entre as manifestações neuromusculares destacam-se a astenia,
parestesias, cãibras e diminuição da força muscular.
➢ A dor nos ossos e articulações decorre de desmineralização por ação do
paratormônio e depósito intraauricular de pirofosfato de cálcio.
➢ As arritmias cardíacas são representadas pelas extrassístoles e pela
taquicardia paroxística.
➢ TGI: inapetência, vômitos, dor abdominal e obstipação.
➢ TGU: poliúria, nictúria, nefrolitíase e nefrocalcinose são os sintomas que
ocorrem no sistema urinário.

Exame físico do sistema genital feminino - Mamas


Inspeção:
Estática
Pele (eritema, retração, abaulamento)

➢ Simetria
➢ Contornos
➢ Papilas (Mamilos)

Dinâmica

➢ Sentada com braços ao lado do corpo


➢ Elevar os braços sobre a cabeça
➢ Colocar as mãos apoiadas firmemente nos quadris
➢ (solicitar que aperte uma mão contra a outra)
➢ Inclinar o tronco para frente

Palpação

➢ Mamas
➢ Cadeias linfonodais
Victor Leal Campos – 2º período

A palpação da mama, a paciente deve estar em decúbito dorsal com as mãos


apoiadas na cabeça e os braços bem abertos. Deve palpar toda a extensão do
parênquima mamário a procura de algum nódulo.
Na presença de nódulo palpável, definir localização, tamanho, consistência
(fibroelástica, cística ou endurecida), superfície (regular, lobulada ou irregular) e
aderência a planos superficiais ou profundos. Se eu tiver uma nodulação móvel
– bom. Mas se ela for fixa, tem que procurar saber o que é.

Exame físico do paciente obeso e técnica de aferição da glicemia capilar

Obesidade é o excesso de gordura corporal em quantidade que determine


prejuízos à saúde (OMS).
A obesidade é uma doença crônica considerada, atualmente, epidemia mundial.
Nos últimos 20 anos, a prevalência de obesidade duplicou em mulheres e
quadruplicou em homens, despontando como problema de saúde pública.
A obesidade aumenta o risco de câncer > cólon, pâncreas, estômago, tireoide,
mama, etc.
➢ Diagnóstico e avaliação inicial
A avaliação de sobrepeso ou
obesidade nos pacientes é realizada
através do cálculo do índice de massa
corporal (IMC) e da medida da
circunferência abdominal.
O IMC é obtido pela fórmula IMC =
peso (kg) / altura ao quadrado
(metros)
A avaliação inicial do paciente com
excesso de peso deve verificar a
presença de doença e uso de
fármacos causadores do sobrepeso,
mensurar o grau de
obesidade/obesidade central, e
investigar morbidades ou fatores de
risco para orientar a intensidade do tratamento.
No exame físico deve se atentar não só para o peso e estatura, mas também
para medidas de PA com manguito adequado e avaliação de sinais clínicos de
obesidade secundária a outras doenças ou fármacos.
Há indicação de encaminhamento para tratamento cirúrgico de obesidade
(bariátrica) nas seguintes situações:
Paciente com IMC maior ou igual a 50kg/m2
Victor Leal Campos – 2º período

Paciente com IMC entre 40 e 49,99k/m2, independente de comorbidade, após


tratamento clínico longitudinal por 2 anos sem sucesso, realizado na atenção
primária
Paciente com IMC entre 35 e 39,99kg/m2, com alguma das seguintes
comorbidades:
➢ Risco cardiovascular maior que 20% em 10 anos
➢ Doença cardiovascular
➢ Hipertensão arterial de difícil controle
➢ Diabetes mellitus de difícil controle
➢ Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (apneia do sono)
➢ Doença articular degenerativa, após tratamento clínico longitudinal, por 2
anos, sem sucesso, realizado na atenção primária.

Aferição da glicemia capilar


Identificar prontamente casos de hipoglicemia ou hiperglicemia na
urgência/emergência.
Controle ambulatorial de pacientes diabéticos e principalmente no grupo
insulino-dependente.
Sempre mensurar/aferir em situações de lipotimia, convulsões, rebaixamento do
nível de consciência sem causa definida.
Glicemia capilar: verificação da glicemia capilar através de punção puntiforme
nas polpas digitais (capilares sanguíneos) dos membros superiores com
equipamento apropriado.
Em recém-nascidos a glicemia capilar é aferida no membro inferior.
Hipoglicemia: distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no
sangue e que pode afetar pessoas portadoras ou não de diabetes.
Hipoglicemia > nível de glicose sanguínea < 70mg/dL.
Hiperglicemia: acontece quando há pouca insulina no organismo o quando
não conseguimos usá-la apropriadamente, desencadeando então elevação da
glicose no sangue.
Hiperglicemia > nível de glicose no sangue > 110mg/dL.
HI (High): acima do limite de detecção do aparelho.
Geralmente acima de 500mg/dL.
LO (Low): abaixo do limite de detecção do aparelho.
Geralmente abaixo de 40mg/dL.
Victor Leal Campos – 2º período

Aferição da glicemia capilar – Prática Operacional

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