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RESUMÃO HAM II – N1
Equilíbrio estático
Responsáveis: propriocepção, visão, função vestibular.
Prova de Romberg: paciente em pé, com os pés juntos, olhando para frente.
Permanecer nessa postura por alguns segundos. Em seguida, pedir para fechar
os olhos.
Indivíduo normal: nada se observa, apenas pequenas ligeiras oscilações do
corpo (prova de Romberg negativa).
Paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à
queda > prova de Romberg positiva.
➢ Lesão vestibular: queda sempre para o mesmo lado da lesão.
➢ Lesão cordonal posterior: queda imediata em qualquer direção.
➢ Lesão cerebelar: dificuldade de juntar os pés (mantém afastados para
compensar a falta de equilíbrio).
Coordenação
Interpretação
Pacientes com patologia cerebelar ao realizar estas tarefas podem exibir
dismetria e tremor de intenção:
● Dismetria: distúrbio na medida do movimento. O paciente não consegue
alcançar com precisão o alvo por hipermetria (movimento muscular
Victor Leal Campos – 2º período
Força muscular
Conceitos (força muscular)
Plegia Paresia
Paralisia, Diminuição do
ausência de movimento, fraqueza
movimento de um muscular.
segmento, de uma
parte do corpo ou
de várias delas.
Graduação da força
MRC (Medical Research Concil): gradua a força muscular em cinco níveis
Grau 5: força normal, vence a força da gravidade e força do examinador
Grau 4: movimento completo contra força a
gravidade e contra certa resistência aplicada pelo
examinador
Grau 3: movimento contra a força da gravidade
Grau 2: movimento completo sem a força da
gravidade
Grau 1: discreta contração muscular
Grau 0: nenhum movimento.
Tônus Muscular
Estado de tensão constante a que estão submetidos os músculos, tanto em
repouso (tônus de postura), como em movimento (tônus de ação).
➢ Regulado pelo cerebelo.
Conceitos
Hipertonia: consistência muscular aumentada, passividade diminuída e
extensibilidade aumentada. Pode ser transitória e/ou intermitente.
Hipotonia: consistência muscular diminuída, passividade aumentada e
extensibilidade aumentada. Observa-se achatamento das massas musculares.
Atonia: perda do tônus muscular.
Causas: neuropática, medular, radicular ou muscular.
Reflexos
➢ Resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza.
Base anatomofuncional dos reflexos motores > arco reflexo
➢ Reflexos proprioceptivos, profundos, musculares ou miotáticos
Aqueles em que o estímulo é feito pela percussão com martelo no tendão do
músculo a ser pesquisado.
Os reflexos aqui testados são: aquileu, patelar, flexor dos dedos, supinador,
pronador, bicipital e tricipital.
Victor Leal Campos – 2º período
Sensibilidade
Especial: (visão, audição, olfação, gustação – foi vista nos pares cranianos)
Geral:
➢ Superficial
➢ Profunda
Exame físico
Sensibilidade superficial
Tátil: pedaço de algodão, gaze ou pincel macio, os quais
são roçados de leve em várias partes do corpo.
➢ Hipoestesia: diminuída
➢ Hiperestesia: aumentada
➢ Anestesia: abolida
Térmica: dois tubos de ensaio, um com água gelada e outro com água quente,
com que se tocam pontos diversos do corpo alternando os tubos.
Dolorosa: estilete rombo, agulha, alfinete, palito,
monofilamento, capazes de provocar dor sem ferir o
paciente.
Comparar regiões: Distal X Proximal / Direito X Esquerdo
➢ Paciente mantém os olhos fechados durante todo o
exame (não deve ser muito demorado). Ambiente silencioso e agradável.
Se necessário, despir o paciente. Ao aplicar o estímulo indague: está
sentindo alguma coisa? O quê? Em que parte do corpo?
Sensibilidade profunda
Vibratória (palestesia): pesquisada com o diapasão de 128
vibrações por segundo, colocado em saliências ósseas.
À pressão (barestesia): verificada mediante compressão
digital ou manual em qualquer parte do corpo, especialmente
de massas musculares.
Cinético postural/proprioceptiva (batiestesia): explorada
deslocando-se qualquer segmento do corpo em várias direções (flexão,
extensão). Em dado momento, fixa-se o segmento em determinada posição, que
deverá ser reconhecida pelo paciente.
Sensibilidade discriminatória
➢ Sente ou não o toque (algodão, gaze pincel)
➢ Diferenciação de 2 pontos
➢ Estereognosia: capacidade de reconhecer um objeto com as mão sem
usar a visão. Quando se perde tal função > astereognosia/agnosia tátil
➢ Grafestesia: capacidade de perceber a escrita de palavras ou números
escrita sobre a pele estando de olhos fechados.
Nervos Cranianos
Nervo olfatório (I) – Sensitivo
Transmite informações sensoriais sobre odores para o SNC, onde são
percebidos como cheiro (olfato).
Victor Leal Campos – 2º período
Semiologia:
Perguntar ao paciente se ele tem notado qualquer alteração no seu olfato.
O olfato pode ser testado usando diferentes odores (ex.: limão, hortelã-pimenta,
café, álcool, canela, etc.).
Sintomas associados:
➢ Hiposmia: Redução do olfato
➢ Anosmia: Ausência de olfato
➢ Parosmia: Perversão do olfato
➢ Cacosmia: Sensação olfatória desagradável
Alteração extrínseca
Lesão no nervo:
1) Ptose completa
2) Pupila do lado afetado fica em midríase (pupila
dilatada)
3) Olhar para cima: reto superior disfuncional
4) Olhar para o meio: reto medial disfuncional
5) Olhar Primário: estrabismo divergente
6) Olhar para baixo: reto inferior disfuncional
“olhar para baixo e para fora”
Exame:
Parte motora: solicita-se ao paciente que enrugue a testa, franza os supercílios,
cerre as pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie, infle a boca e
contraia o platisma ou músculo cutilar do pescoço.
Parte sensitiva: pode perguntar se percebeu alguma anormalidade de gustação
ou realizar exame sensitivo.
Paralisias
Paralisia do nervo facial (periférica)= compromete toda
a hemiface ipsilateral.
Paralisia central (AVC)= compromete o terço inferior da
hemiface contralateral.
Avaliação:
Inspeção: Sinais de atrofia.
➢ Trapézio: Paciente levanta o ombro contra
resistência do examinador.
➢ Esternocleidomastóideo: Paciente gira a
cabeça contra resistência do examinador.
O músculo contralateral a movimentação é
avaliado (ex.: movimento para a esquerda,
avaliação do esternocleidomastóideo direito).
AESP e Assistolia
Principais ritmos de parada no ambiente intra-hospitalar.
• Pior prognóstico e taxas de sobrevida inferiores a 17%.
Reconhecimento da PCR
• Avaliação da consciência
• Avaliação de pulso central 10 segundos
• Ventilação/respiração/expansibilidade
Avaliação de SBV
A: Airway > abrir via aérea
B: Breathing > ventilação
C: Circulation > massagem cardíaca
D: Defibrillation > checar o ritmo cardíaco e se indicado, desfibrilar
• PCR na Gestante
Ventilação Artificial
• Método boca-a-boca
• Método boca-nariz-boca (lactentes)
• Método boca-máscara => Pocket Mark
• Reanimador manual (ambú)
Protocolo da PCREH
PCR
Parada respiratória
Automático
Instantâneo
Imediato
Victor Leal Campos – 2º período
Uso do DEA
DEA assim que disponível no extra-hospitalar, se a criança não tiver pulso central
palpável. No intra-hospitalar, o DEA também pode ser indicado se a PCR ocorrer
em áreas sem disponibilidade de desfibrilador manual.
DEA com atenuador de carga é preferível em crianças menores de 8 anos,
incluindo lactentes ou com menos de 25 kg. Caso as pás pediátricas não estejam
disponíveis, podemos utilizar o DEA sem atenuador de carga.
DEA analisa o ritmo e informa se o choque está indicado ou não. Se o choque
estiver indicado, deve ser realizado seguindo os passos de segurança.
No adulto: Região Subclavicular Direta e Hemiaxilar Esquerda.
Na criança: Anterior e Posteriormente no Tórax.
Victor Leal Campos – 2º período
Obstrução grave: paciente consciente e que não consegue falar. Pode não
respirar ou apresentar respiração ruidosa, tosse silenciosa e/ou inconsciência.
OVACE em crianças
Ações do socorrista:
Engasgo em lactentes
• Tosse efetiva – posicionar e observar
• Tosse ineficaz – realizar manobras
Lactente responsivo:
1) Vítima não responsiva > acionar o SME > abrir a VA, remover obstrução,
se visível > começar a RCP
2) Criança que se torna não responsiva e socorrista sozinho > comece a
RCP (NÃO checar o pulso antes) > após 2 minutos de compressão: abra
a VA, remova a obstrução, se visível > acione o SME se ninguém ainda
tiver o feito.
3) Vítima já não responsiva ao ser encontrada e não se sabe se OVAS >
RCP > SME após 2 minutos ou 5 ciclos
Obs.: Antes de cada ventilação, abrir a boca da vítima e procurar pelo corpo
estranho que causa a obstrução. Se visível, tentar removê-lo com os dedos. Se
não, voltar à RCP.
Obs.: NÃO realizar varredura às cegas procurando o corpo estranho na boca e
orofaringe pelo risco de empurrá-lo ainda mais para o fundo.
Impacto do TRR
Victor Leal Campos – 2º período
Código Azul
Modelo de acionamento de TRR para atendimento da PCR fora das unidades
críticas (unidade de terapia intensiva, pronto-socorro ou centro cirúrgico).
As tarefas são divididas para multiplicar a chance do resultado favorável.
O time deve objetivar chegar à emergência em 3 min no Código Azul.
Cada componente assume papel fundamental, e o líder organiza a equipe,
monitora a atuação e a assistência a cada membro, facilita o entendimento, e
concentra-se no tratamento abrangente do paciente.
Objetivos:
1) Sistematizar o atendimento de pacientes com suspeita de PCR, de forma
a abreviar, ao máximo, o acesso ao SBV e SAV.
2) Aumentar a taxa de sobrevida em paciente com PCR.
3) Verificar a incidência e analisar a forma como são atendidos as PCR.
4) Diminuir os custos hospitalares e sociais das PCR.
Sistema Endócrino
Glândulas Endócrinas
➢ Secreções de substâncias (hormônios) que atuam sobre a célula-alvo
➢ Regulação do organismo (homeostase)
➢ Hormônios: substâncias químicas que são produzidas por glândulas que
atuam no sentido de controlar ou auxiliar o controle de alguma função do
corpo.
As manifestações das doenças endócrinas quase sempre afetam o
organismo como um todo, mas muitos sinais e sintomas dependem da
glândula comprometida.
A principal função da tireoide é produzir os hormônios tireoidianos
para atender às demandas periféricas. Os dois principais HT são a
triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (tiroxina ou T4).
A tireoide é controlada pela atividade do eixo hipotalâmico-
hipofisário-tireoidiano. O hormônio tireoestimulante (TSH), também
chamado de tireotrofina, produzido pelas células tireotróficas na
adeno-hipófise, liga-se a receptores específicos nas células
tireoidianas e estimula todas as etapas da síntese de T3 e T4, bem
como sua liberação pela glândula.
Anamnese
➢ Doenças tireoidianas: mais comuns em mulheres
➢ Naturalidade e procedência do paciente: ele pode ser proveniente de
áreas pobre em iodo (regiões de bócio endêmico)
Victor Leal Campos – 2º período
1) Hipersensibilidade ao calor
2) Bócio
3) Aumento da sudorese corporal
4) Perda de peso (mesmo com o aumento do apetite)
5) Nervosismo, irritabilidade, insônia, tremores, hiperexcitabilidade, choro
fácil
6) Taquicardia, palpitações (Fibrilação atrial > principal arritmia)
7) Miocardiopatia tireotóxica (trabalho cardíaco exagerado > aumento do
consumo de O2 > lesões das miofibrilas)
Victor Leal Campos – 2º período
Doença de Plummer
Nódulo único de crescimento lento (bócio uninodular tóxico)
O tecido nodular é bem diferenciado e secreta hormônios tireoidianos de forma
autônoma, produzindo supressão do TSH.
Sintomas discretos, predominantemente relacionados com o sistema
cardiovascular:
Victor Leal Campos – 2º período
1) Hipersensibilidade ao frio
2) Bócio (menos comum)
3) Cansaço, fadiga, astenia
4) Tendência para ganho de peso (tecido adiposo tem distribuição universal,
obesidade é frequente)
5) Desatenção, apatia, lentificação motora, letargia, coma (casos graves)
6) Fácies mixedematosa (fisionomia apática, pele infiltrada, enoftalmia,
língua protusa) em casos avançados
7) Pele seca e descamada, anemia, unhas e cabelos fracos e quebradiços
8) Edema não depressível
9) Angina, bradicardia, bulhas hipofonéticas
10) Constipação intestinal (fezes secas e endurecidas, pode evoluir para
fecaloma)
11) Hipercolesterolemia
12) Galactorreia, amenorreia, infertilidade
13) Hiporreflexia, parestesias, dores musculares e articulares
14) Osteoporose e hipercalcemia (aumento da reabsorção de cálcio nos
ossos) > manifestações: náuseas, vômito, anorexia
15) Voz rouca, arrastada, paciente calmo, desinteressado, sonolento
16) PA normal ou pouco elevada, pulso lento e de pequena amplitude
17) Ascite volumosa (barriga d’água) indica hipofunção grave
18) Musculatura: aumenta de volume, torna-se firme e parece mais
desenvolvida (pseudo-hipertrofia). Cãibras musculares.
19) Queixas relativas a memória
Paratireoides
Os sintomas das doenças das paratireoides dependem do distúrbio funcional,
podendo haver hipo ou hiperfunção, sendo que em ambas as condições
ocorrem alterações do metabolismo do cálcio, do fósforo e das unidades
metabólicas dos ossos, origem de todas as manifestações clínicas.
HIPOPARATIREOIDISMO
Condição relativamente comum da tireoidectomia total ou subtotal pela
ligadura dos vasos paratireoidianos ou retirada inadvertida das glândulas
paratireoides.
Os sintomas mais importantes são decorrentes da hipocalcemia, que provoca
aumento da excitabilidade neuromuscular, clinicamente expressa por tetania.
A tetania caracteriza-se por contratura das extremidades – espasmo carpopodal
(mão de parteiro) que pode estender-se aos membros e ao tronco.
Quase sempre a tetania é precedida de parestesia (formigamento) rigidez
muscular e cãibras.
Sinal de TROUSSEAU: compressão da artéria braquial pelo
manguito do aparelho de pressão mantendo-o insuflado por 3
minutos, 20mmHg acima da pressão sistólica do paciente. Se
houver hipocalcemia ocorre flexão do punho com extensão dos
dedos.
Victor Leal Campos – 2º período
HIPERPARATIREOIDISMO
➢ Simetria
➢ Contornos
➢ Papilas (Mamilos)
Dinâmica
Palpação
➢ Mamas
➢ Cadeias linfonodais
Victor Leal Campos – 2º período