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PACIENTE EM DECÚBITO DORSAL

NEUROLÓGICO 1
2. SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA
Finalidade: Diagnóstico semiológico de
distúrbios do sistema nervoso central e Pode ser meningite caso o paciente
periférico. apresente febre, vômito, cefaleia.

Indicação: Lesões de qualquer natureza RIGIDEZ DA NUCA: Com o paciente deitado, o


acometendo os hemisférios cerebrais, tronco examinador coloca uma das mãos sob a
cerebral, medula espinhal e raízes nervosas região occipital e faz uma suave flexão,
observando a amplitude do movimento, que
Deve ser realizado em ambiente iluminado, deverá ser ampla (nuca livre). Se não, há
com boa acústica e o paciente deve estar rigidez da nuca, que pode sinalizar a
com o mínimo de roupa possível. presença de uma irritação meníngea.

EXAME FÍSICO BRUDZINSKI: O examinador coloca uma mão


sob o tórax do paciente e a outra na região
1. AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA: occipital, fazendo uma flexão forçada. Se for
positiva, ocorrerá fáscies de dor e flexão dos
São feitas perguntas para avaliar se o membros inferiores.
paciente está consciente (acordado, lúcido e
interage com o entorno). KERNIG: O examinador flete o joelho do
paciente num ângulo de 90º e em seguida
Ele poderá estar lúcido, orientado no tempo, realiza a extensão do joelho. Se neste
no espaço e em relação a ele próprio ou com momento o paciente referir fáscies de dor,
transtornos sensoriais que variam desde opor resistência ao movimento e referir dor
graus leves até estado de coma. em região posterior do membro inferior
avaliado, a prova é considerada positiva.
Quando estiver lúcido, explicar os
procedimentos que serão realizados. Obs: em caso de hérnia de disco lombar com
pinçamento do ciático também relatará dor.
Quando apresentar déficit de consciência, Em caso de dúvida pode ser feita a PROVA DE
utilizar a escala de coma de Glasgow para LASEGUE: O examinador eleva o membro
quantificar este déficit. inferior esticado do paciente e se com cerca
de 30º de elevação, o mesmo referir dor na
● Escala de Glasgow face posterior do membro examinado, o sinal
é positivo, indicando ciático afetado.
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MANOBRA DE PATRICK: Para afastar
Nota de 15 a 0 (quanto menor pior)
diagnóstico ortopédico de acometimento do
quadril, como causa de dor em membro
Locais para estimulação: base dos
inferior. Coloca-se o tornozelo do paciente no
pododáctilos, pinçamento do trapézio e
joelho contralateral e pressiona-se o joelho
pressão supraorbitária.
ipsilateral para baixo. A presença de dor no
ECG = A + B + C - D quadril ipsilateral revelará o acometimento
desta articulação
15: Normal
3. MOTRICIDADE:
14-12: Levemente acometido
Avaliação de movimentos involuntários
11 a 9: Moderadamente acometido. (procurar a presença de tiques,
miofasciculações, abalos, tremores, coréia)
8 ou <: Gravemente acometido
Avaliação de movimentos voluntários: Pede
ao paciente que realize movimentos de
flexão, extensão, abdução e adução com os
membros superiores e inferiores, para avaliar O tônus pode estar
a amplitude de tais movimentos.
➔ Diminuído/Hipotônico
4. FORÇA MUSCULAR: ➔ Aumentado/Hipertônico (tétano)
Avaliar nesse momento os membros ➔ Ausente/Atônico (miastenia grave)
inferiores.
6. SENSIBILIDADE
Pede ao paciente para fazer uma força e o
avaliador faz a força contrária. Paciente com os olhos fechados

São realizados os movimentos de: Devem ser feitas as perguntas: sente algo? O
que sente? Onde sente?
I. Flexão e extensão da coxa.
II. Abdução e adução da coxa. Dividida em superficial (tátil, térmica e
III. Flexão e extensão da perna. dolorosa) e profunda (vibratória, de pressão,
IV. Dorso-flexão do pé e flexão plantar. cinésio-postural).

A força pode estar: Superficial Tátil: pesquisada com algodão ou


pincel macio, colocado em várias partes do
➔ Diminuída/Paresia (hemiparesia, corpo, sempre bilateral de forma
paraparesia, tetraparesia) comparativa. Pode estar normal, aumentada
(hiperestesia), diminuída (hipoestesia) ou
➔ Ausente/Plegia (hemiplegia, paraplegia,
ausente (anestesia)
tetraplegia)
Superficial Térmica: Realizada com 1 tubo de
Provas deficitárias: Feitas quando a força ensaio contendo água quente e outro com
estiver alterada. Para membros inferiores, água fria, alternadamente bilateral.
tem-se 2:
Superficial Dolorosa: Realizada com estilete
MINGAZZINI: deixa o paciente com as duas de ponta romba ou caso contrário um
pernas com os joelhos fletidos a 90º por 40s, alfinete de segurança ou em último caso uma
se a perna cair antes a força está diminuída. agulha hipodérmica, de forma simétrica.
Pode estar normal, diminuída (hipoalgesia),
BARRÉ: paciente em decúbito ventral, deixa as aumentada (hiperalgesia) ou ausente
duas pernas flexionadas por 40s e se cair (analgesia)
antes a força está diminuída.
Profunda Vibratória: Realizada colocando-se
OBS: TÔNUS X FORÇA (tônus é o grau mínimo um diapasão nas proeminências ósseas
de contração do músculo em repouso) bilateralmente.
5. TÔNUS MUSCULAR Profunda De Pressão: Realiza-se compressões
em regiões musculares comparativamente
INSPEÇÃO: procurar a presença de
bilateral.
hipotrofia/atrofia ou hipertrofia
Profunda Cinésio-postural: Pesquisada com
PALPAÇÃO: palpar os ventres musculares do
movimentos de flexão e extensão em áreas
paciente, avaliando a consistência
como hálux, polegar, mão e pé. Para-se em
MOVIMENTOS PASSIVOS: são realizados uma posição e o paciente deverá saber qual
movimentos passivos com as articulações, a posição do membro manipulado neste
avaliando-se a amplitude momento. Avalia a propriocepção

ELASTICIDADE
➔ Reflexos superficiais 9. AUSCULTA DA REGIÃO SUPRA-CLAVICULAR

REFLEXO SUPERFICIAL CUTÂNEO-PLANTAR: Detecção de sopros em artérias vertebrais.


Paciente em decúbito dorsal, com uma tampa
de caneta faz-se um semi-círculo da face 10. MOBILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL
lateral para a face medial do calcanhar até o
hálux na região da concavidade plantar e Pede-se ao paciente para realizar
como resposta o paciente apresentará movimentos de flexão, extensão, flexão lateral,
fechamento dos pododáctilos rotação, circundação.
correspondentes.
11. FORÇA MUSCULAR
Uma variante PATOLÓGICA desse reflexo é o
Nesse momento são avaliados os membros
sinal de Babinski, onde após estimulação
superiores
idêntica, o paciente apresenta dorsoflexão
do hálux correspondente ou abre os
Sempre pesquisada contra a resistência do
pododáctilos em leque. Presente em crianças
paciente:
com menos de 1 ano de idade.
I. Flexão e extensão do braços,
REFLEXO SUPERFICIAL CUTÂNEO-
antebraços e punhos
ABDOMINAL: Com o paciente em decúbito
II. Abdução e adução dos braços.
dorsal,estimular leve mas bruscamente cada
III. Abdução dos dedos.
lado do abdome, com uma chave ou a
IV. Prensa
extremidade de um cotonete sem algodão.
Ocorrerá contração da musculatura PROVA DOS BRAÇOS ESTICADOS: Paciente
abdominal e desvio do umbigo no sentido do sentado com os braços esticados, pede-se
estímulo que o mesmo sustente por 40 segundos. Se a
força estiver diminuída, o segmento afetado
7. COORDENAÇÃO
cairá.
Primeiro com o paciente de olhos abertos e
12. COORDENAÇÂO
depois de olhos fechados.
PROVA INDICADOR-NARIZ: Primeiro com os
Os déficits de coordenação surgirão
olhos abertos olhando para um ponto fixo em
principalmente no momento em que o
frente, o paciente tenta tocar de forma
paciente estiver de olhos fechados.
alternada e rítmica o dedo indicador na
ponta do nariz bilateralmente.Em seguida
PROVA DO CALCANHAR-JOELHO: Paciente
repete os movimentos com os olhos
tenta colocar de forma alternada e rítmica o
fechados.
calcanhar no joelho oposto. No momento que
estiver de olhos abertos, os mesmos deverão
PROVA DOS MOVIMENTOS ALTERNADOS:
fitar o teto. Caso o paciente bata o calcanhar
Paciente olhando para um ponto fixo,
fora do ponto de eleição, poderá repetir a
estende os braços e abre e fecha as mãos
prova, mas dessa vez após tocar o calcanhar
sincronicamente, realiza movimentos de
no joelho, deverá correr o mesmo pela tíbia
supinação e pronação com os membros
oposta.
superiores e supinação de 1 membro e
pronação do outro de forma alternada e
PACIENTE SENTADO rítmica. Em seguida repete os movimentos de
olhos fechados.
8. AUSCULTA E PALPAÇÃO DAS CARÓTIDAS E
PULSO CAROTÍDEO Diadococinesia: se faz corretamente
(eudiadocinesia) ou se não faz certo
Avalia-se a presença de sopros carotídeos,
(disdiadocinesia).
além da amplitude e ritmicidade do pulso
carotídeo.
13. REFLEXOS PROFUNDOS / SENSIBILIDADE

I. Reflexo bicipital
II. Reflexo tricipital
III. Reflexo estiloradial
IV. Reflexo patelar
V. Reflexo aquileu

PACIENTE EM PÉ

14. EQUILÍBRIO

Mobilização da coluna lombar: flexão,


extensão, flexão lateral.

Estático: PROVA DE ROMBERG: paciente com


os braços ao longo do corpo, pernas juntas,
olhar para um ponto fixo de olho aberto e
depois fechar, observa-se a presença ou não
de oscilações com tendência ao desequilíbrio
e à queda. Se oscilar o equilíbrio é positivo. O
avaliador fica com os braços em volta do
paciente para ele não cair.

Dinâmico: PROVA DA MARCHA: Pede-se


inicialmente que o paciente caminhe
normalmente pela sala para se detectar
alterações. Em seguida pede-se que o mesmo
execute algumas marchas:

I. Caminhar com um pé na frente do


outro, de forma que a ponta do pé
toque o calcanhar do pé da frente,
olhando-se para um ponto fixo
II. Caminhar na ponta dos pés
III. Caminhar nos calcanhares

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