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Sistema osteomioarticular

➢ Etapas do exame osteomioarticular: 1. Rotação interna e externa


2. Flexão
1. Inspeção 3. Extensão
2. Palpação 4. Abdução (40˚)
3. Movimentação ativa (movimentos realizado 5. Adução (30˚)
pelo paciente)
4. Movimentação passiva (movimentos
realizados pelo examinador) Queixa de lombalgia

Coxa e quadril Deve-se investigar a presença de ciatalgia.


Ciatalgia = compressão das raízes do nervo
➢ Inspeção ciático (L4 a S1)
A articulação do quadril está localizada mais Dor irradia para o membro inferior ipsilateral.
profundamente, logo, a inspeção poderá não
trazer muitas informações. ➢ Manobra de Laségue
- Movimentação passiva
➢ Palpação - Testar ciatalgia
Também fica prejudicada. - Segurar o tornozelo do paciente, mantendo
Pode-se avaliar sintomas como a dor: paciente o joelho em extensão, elevando-se a perna
em decúbito dorsal, pressiona-se ambas as do paciente até 30/45˚. Essa manobra
espinhas ilíacas anterossuperiores para baixo deve ser indolor.
com a região tenar das mãos, observando se - Manobra positiva: dor irradiada pelo trajeto
há dor nas articulações sacroilíacas. do nervo ciático, pensar em ciatalgia.

➢ Movimentação da articulação do quadril - Laségue-Bragard: intensificação da


manobra com dorsiflexão do pé.

➢ Manobra de Neri

- Movimentação ativa
- Testar ciatalgia
- Paciente em pé, instruir para tentar
encostar a ponta do dedo das mãos no
chão, sem flexionar os joelhos.

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- Manobra positiva: dor em fisgada ao articulação sacroilíaca.


realizar a manobra, flexionando o - Paciente em decúbito dorsal
joelho automaticamente para - Faz-se um movimento de abertura da
amenizá-la. bacia do paciente, empurrando e
lateralizando as espinhas ilíacas
➢ Teste de Patrick ou FABER anterosuperiores.

➢ Manobra de Lewin

- Testa a
capacidade de
mobilização da
articulação
sacroilíaca
- Movimentação passiva
- Paciente em decúbito lateral
- Testar simultaneamente articulações
- Pressão na crista ilíaca do paciente
coxofemoral e sacroilíaca
- FABER = flexion, abduction, external
➢ Teste de Trendelenburg
rotation
- Paciente em decúbito dorsal. O
examinador forma um “4” com o
membro examinado, flexionando o
joelho em ângulo reto com o pé sobre
a patela oposta. Em seguida, o
examinador empurra o joelho fletido
lateralmente o mais longe que a
articulação do quadril permitir.
- Dor no início do movimento (dor na
frente): comprometimento da
articulação coxofemoral - Testa-se o músculo glúteo médio.
- Dor no fim do movimento (dor atrás): - Pede-se ao paciente para se apoiar
comprometimento da articulação apenas sobre a “perna boa”. O glúteo
sacroilíaca médio irá contrair-se, mantendo firme a
ligação entre o quadril (asa do ilíaco) e
o fêmur.
➢ Manobra de Volkman - Teste positivo: quando o paciente é
instruído a ficar apenas sobre a “perna
- Testa a ruim”, o glúteo médio não irá conseguir
capacidade de contrabalançar o peso, então, o quadril
mobilização da fica caído para o lado contralateral e
não se inclina.

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(pode estar presente na osteoartrite).


Joelho

➢ Maior articulação do corpo humano, o que


aguenta maior carga.

➢ Proeminências que dão forma ao joelho:


1. Tuberosidade da tíbia
2. Côndilo medial e lateral da tíbia
3. Patela
4. Epicôndilo medial e lateral do fêmur

➢ Movimentação do joelho

1. Flexão
2. Extensão
3. Leve
laterização

➢ Inspeção
1. Pode denotar deformidades, como joelho: ➢ Pesquisa de lesão nos ligamentos
Geno varu (para fora) cruzados
Geno valgo (para dentro)
Genu recurvatum

2. Aumento do volume do joelho:


Sinais inflamatórios
Hidroartrose - Movimentação passiva
Hemartrose - Coloca-se o paciente em decúbito dorsal,
Pioartrose (pus articular) com a perna semifletida e, então, apoia-se
uma mão sobre a panturilha e empurra-se
para frente e para trás a perna, estando a
➢ Palpação coxa fixada.
Palpar as proeminências que dão forma ao
joelho, procurando superfícies ósseas
irregulares ao longo das bordas articulares

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➢ Sinal da Gaveta - Paciente em decúbito ventral realizamos


flexão do joelho e rotação interna e
- Movimentação externa segurando pelo pé.
passiva - A dor medial ou lateral na articulação do
- Trava o pé do joelho indica lesão do lado oposto.
paciente e puxa o
joelho para frente e ➢ Bursite
para trás, - Consiste na inflamação das bursas
segurando na crista da tíbia (dois ossinhos presentes nas articulações do joelho.
nas regiões laterais abaixo da tíbia) 1. Bursite pré-patelar: edema flutuante no
- Positivo: sinal de lesão no ligamento subcutâneo sobre a metade inferior da
cruzado anterior (se joelho se desloca para patela e sobre metade superior do
frente) ou sinal de lesão no ligamento ligamento patelar.
cruzado posterior (se joelho vai pra trás) 2. Bursite infrapatelar: edema surge em
ambos os lados do ligamento patelar,
➢ Pesquisa de lesão nos ligamentos próximo à tuberosidade tibial.
colaterais
Tornozelos e pés
- Movimentação
passiva Pododáctilos = dedos do pé
- Coloca-se o Quirodáctilos = dedos da mão
paciente em decúbito
dorsal ou ventral e ➢ Inspeção
tenta-se fazer a
lateralização da - Inspecionar a sola do sapato do paciente
perna, fixando a pode ser útil.
coxa. - Sinais inflamatórios
No paciente com ácido úrico elevado e
- Sinal positivo: movimentação anormal apresentam gota, nota-se acometimento
para a linha lateral indica lesão. principalmente da primeira articulação
metacarpofalangiana do primeiro
➢ Teste de Apley pododáctilo.
- Avaliar número de dedos, sua disposição.
- Hálux abductovalgo = “joanete”
- Pé cavo = arco plantar exagerado
- Pé plano = arco plantar diminuído

➢ Palpação
Deve começar pelo tornozelo, seguindo-se
para os pés.
- Dor na compressão das articulações
- Movimentação passiva
metatarsofalangianas constitui um sinal

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precoce de Artrite Reumatoide. 1. Postura geral


- Tendão de Aquiles deve ser palpado em 2. Alinhamento dos ombros
toda sua extensão. 3. Alinhamento das cristas ilíacas (se
diferentes, sugere membros inferiores com
➢ Movimentação do tornozelo e dos pés comprimentos diferentes)
4. Alinhamento das escápulas, dos ilíacos,
das fossas poplíteas e das apófises
espinhais.
5. Com o paciente de perfil, examinar as
curvaturas da coluna vertebral.

➢ Curvaturas da coluna vertebral

Coluna vertebral
1. Cifose
➢ Principal função da coluna: servir de apoio - Concavidade anterior da coluna torácica.
para outras partes do esqueleto - Postural ou estrutural (quando durante o
movimento de flexão for visto um
➢ Paciente deve estar em posição ortostática, abaulamento da coluna, cifose estrutural).
pés descalços e juntos, com os braços ao - Quando acentuada: postura ou
longo do corpo. osteoporose senil

➢ Coluna cervical: C1-C7 2. Lordose


➢ Coluna torácica: T1-T12 - Concavidade posterior da coluna.
➢ Coluna lombar: L1-L5
➢ Sacral: S1-S5 3. Escoliose
- Desvio lateral da coluna.
➢ Inspeção - Postural ou compensatória (curvatura em
O examinador deve observar a região S, membro inferior encurtado)
posterior do paciente.

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4. Giba
- Curvatura angulada, resultado do colapso
dos corpos vertebrais
➢ Teste de Schober

➢ Palpação
- O examinador deve pressionar cada
processo espinhoso.
- A musculatura paravertebral deve ser
palpada com os polegares até a região
lombar, verificando se há hiper ou hipotonia
ou espasmo muscular (musculatura
espessada)

➢ Movimentação da coluna
1. Extensão - Investigação de espondilite
2. Flexão anquilosante.
3. Rotação - Paciente em pé, marca-se um ponto a
4. Lateralização 10cm acima da linha imaginária que liga as
espinhas posterossuperiores. Pede-se ao
paciente que realize a flexão da coluna,
sem dobrar os joelhos.
- Normal: linha aumenta cerca de 5cm.
- Na espondilite anquilosante: aumento
menor de 5 cm.
- Osteoartrite: diagnóstico diferencial

➢ Manobra de Spurling

- Faz-se a compressão das raízes


nervosas: pressiona a cabeça e avalia se o
paciente refere dor (dor neuropática)

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➢ Manobra de distração (oposta a


Spurling)

- Faz-se a descompressão das raízes ➢ Principais padrões dolorosos:


nervosas: ergue a cabeça e avalia se o 1. Síndrome do impacto/manguito rotador
paciente refere alívio da dor. 2. Ombro congelado
3. Instabilidade
4. Osteoartrite acromioclavicular
Articulação temporomandibular
5. Quadros traumáticos
➢ Articulação da mandíbula com o osso
➢ Músculos do manguito rotador:
temporal.
1. Redondo menor
➢ O examinador deve colocar o dedo
2. Supraespinal
indicador à frente do trago de cada orelha.
3. Infraespinal
➢ Pede-se ao paciente que abra e feche a
4. Subescapular
boca e que movimente a mandíbula para
um lado e para o outro.
➢ A ponta dos dedos deverá entrar nos
espaços articulares, quando a boca é
aberta.
➢ Quando há dor, edema ou diminuição da
amplitude da articulação, deve-se pensar
em artrite.

Ombros e adjacências ➢ Inspeção


- Inspeção do ombro e da cintura escapular
➢ Articulação complexa entre o membro na parte anterior.
superior e a cintura escapular. - Cintura escapular também deve ser
observada na parte posterior.
➢ Formado por 4 articulações:
1. Articulação glenoumeral ➢ Palpação óssea
2. Articulação esternoclavicular 1. Incisura supra-esternal
3. Articulação acromioclavicular 2. Clavícula
3. Articulação escapulotorácica 3. Acrômio
4. Articulação acromioumeral 4. Processo coracoide

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5. Tubérculos do úmero interna) da escápula oposta com a mão


6. Espinha escapular (T3) do lado afetado.
7. Bordos vertebral e lateral da escápula
8. Ângulo inferior da escápula (7˚ costela) ➢ Teste de Jobe (supraespinhal)
- Pedir para o
➢ Movimentação do ombro paciente elevar o braço
1) Flexão em extensão e em
2) Extensão rotação interna, ao
3) Abdução mesmo tempo que o
4) Adução examinador confere
5) Rotação interna resistência manual ao
6) Rotação externa movimento.
- Teste positivo: dor na região
➢ Movimentos da escápula ântero-lateral o ombro.
1) Elevação e abaixamento
2) Adução e abdução (retração e protusão) ➢ Teste de Patte (infraespinhal)
3) Rotação medial e lateral

➢ Movimentação passiva
- Estressa ligamentos e cápsulas
articulares.
- Ligamentos: ligam osso ao osso.
- Solicita-se ao paciente que resista à
➢ Movimentação ativa rotação interna feita pelo médico.
- Estressa também músculos e tendões
- Tendões: ligam músculos ao osso. ➢ Teste de Gerber (subescapular)

➢ Músculo supraespinhal:

➢ Teste do Coçar de Apley (supraespinhal)


- Paciente coloca o dorso da mão ao
- Pedir ao nível de L5, procurando afastá-la
paciente para ativamente das costas, rodando
tentar tocar o internamente o braço.
ângulo superior - O examinador aplica uma resistência e
(rotação externa) e o paciente deve ser capaz de afastar a
inferior (rotação

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mão das costas e manter o demostrará apreensão, indicando que o


afastamento. teste é positivo.

➢ Teste de Neer (impacto subacromial) 2) Teste da gaveta (anterior ou posterior)

- Elevação passiva do
braço, no plano da escápula, Cotovelos
de 0˚ a 180˚.
➢ Formado por 4 articulações:
1. Articulação úmero-ulnar
2. Articulação umerorradial
3. Articulação radioulnar proximal
➢ Teste de Speed/ do bíceps 4. Articulação radioanular

- Manter o membro
examinado em supino,
elevação do braço com
cotovelo em extensão a 0˚
grau, contra resistência
manual do examinador.
- Teste positivo: dor na
região anterior do ombro.

➢ Instabilidade glenoumeral ➢ Principais padrões dolorosos:


1. Epicondilite lateral (cotovelo de tenista)
1) Teste da 2. Epicondilite medial (cotovelo de golfista
apreensão (anterior ou dos lançadores de beisebol)
ou posterior) 3. Fratura do olécrano e outros traumas
- Com o paciente em
decúbito dorsal, ➢ Inspeção
mantém-se o cotovelo - O examinador deve tentar identificar os
fletido em 90º, o epicôndilos medial e lateral do úmero e
ombro em abdução do olécrano da ulna. Existe uma bursa
de 90º e rotação entre o olécrano e a pele.
externa. O examinador deve então - Bursite olecraniana (cotovelo do
realizar uma compressão na região estudante): acúmulo de líquido no
posterior ou anterior do úmero proximal interior da bursa olecraniana, edema
no sentido de anteriorizá-lo ou flutuante, superficial ao olécrano.
posteriozá-lo, observando a reação do - Nódulos reumatismo: ao longo da
paciente. superfície extensora da ulna, rígidos,
- Ao perceber a iminência de indolores e não são fixos à pele.
deslocamento articular, o paciente

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➢ Movimentos do cotovelo ➢ Teste de Tinel


1) Flexão - Percussão da borda
2) Extensão radial do tendão palmar.
3) Pronação (virar a palma da mão para - Teste positivo para
baixo) Síndrome do Túnel do
4) Supinação (virar a palma da mão para Carpo: paciente cita
cima) parestesia na distribuição
do nervo mediano.
➢ Teste de Cozen
➢ Teste de Phalen

- Pede-se ao paciente que encoste uma


- Com o cotovelo fletido, fazer extensão do região dorsal da mão sobre a outra,
punho, contra resistência. mantendo um ângulo reto das mãos com os
- Positivo para epicondilite lateral quando antebraços.
gera dor localizada na região do epicôndilo - Teste positivo para Síndrome do Túnel do
lateral. Carpo: surge parestesia na superfície
palmar do polegar e dos dedos indicador,
Punho médio e parte do anular.

➢ Palpação Mão
- Palpar extremidades ósseas do rádio
(porção lateral) e da ulna (porção medial). ➢ Inspeção
- Atenção às extremidades ósseas e
➢ Movimentos do punho articulares.
- Flexão - Deformidades nos dedos:
- Extensão
- Lateralização radial
- Lateralização ulnar
- Rotação das mãos (lateral e medialmente)

➢ Síndrome do Túnel do Carpo

- Ocorre um Dedo em botoeira: flexão da articulação


estreitamento do túnel interfalangiana proximal com
do carpo, que comprime hiperextensão da distal
os nervos e vasos que Dedo em “pescoço de cisne”:
passam por ele. hiperextensão das articulações

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interfalangianas proximais com flexão - Inflamação do tendão dos músculos


das distais. flexores digitais
- Causa mais comum: LER (lesão por
➢ Artrite reumatoide esforço repetitivo)
- Inflamação crônica preferencialmente em
articulações periféricas e de modo ➢ Teste de Finkelstein
simétrico - Segurar a mão do doente em adução e
flexão do polegar e desvio ulnar do punho.

- Positivo para tendinite


de De Quervain
quando induzir dor na
região do primeiro
- Notam-se tumefações e espessamentos compartimento dos
nas articulações interfalangeanas tendões.
proximais, Nódulos de Bouchard. (à
esquerda)
- Dedos em vendaval: desvio ulnar dos
dedos, bastante característico (à direita)
-Diagnóstico diferencial: rizartrose.
➢ Osteoartrite
- Processo articular degenerativo.
- Observação de
proeminências ósseas
na face dorsolateral das
articulações
interfalangianas distais,
denominadas de
Nódulos de Heberden.
- Os Nódulos de Heberden são duros e
indolores.

➢ Rizartrose
- Patologia que acomete a articulação da
base do polegar, e acontece quando existe
um desgaste da cartilagem provocado pela
artrose que atinge o local, resultando num
contato direto entre os ossos, causando dor
e deformidade

➢ Tenossinovite estenosante (de De


Quervain)

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