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ASMA

- doença heterogênea caracterizada por inflamação crônica das


vias aéreas com sintomas respiratórios de sibilância, dispneia, DIAGNÓSTICO
“aperto no peito” e tosse. Variável limitação ao fluxo aéreo - Sintomas típicos: sintomas variáveis no tempo e na intensidade
expiratório em exames de função pulmonar com piora noturna ou de manhã cedo, relação com fatores
- 1 a 18% da população mundial com predominância em meninos precipitantes.
na infância e em mulheres na idade adulta. - HPP e familiar de asma ou atopia podem estar ausentes.
- Fatores precipitantes: exercícios, risos, alérgenos, irritantes, - Espirometria: obstrução com prova broncodilatadora geralmente
mudança de tempo e infecções respiratórias. positiva (reversibilidade ou variabilidade com uso de
- HRB (hiperresponsividade brônquica) e inflamação são broncodilatador: 12 % VEF1 com 200 ml e maior confiabilidade
persistentes mesmo sem sintomas e sem obstrução, mas 15% com 400 ml)
suprimidas pelo tratamento. - obstrução normaliza após broncodilatador
Fisiopatologia: secreção excessiva de muco + edema + processo - A diferença com a DPOC é a reversão com uso de
inflamatório + broncoconstrição broncodilatador. Contudo, asmáticos graves podem possuir a
prova broncodilatadora negativa; na DPOC a obstrução é
persistente
- Padrão obstrutivo com diminuição da relação VEFI/CVF (indice
de Tiffeneau- Pinelli)

- Processo inflamatório pode ser eosinofílico (A), neutrofílico (B), Outros parâmetros para avaliação funcional:
misto (C) ou paucicelular (D). - Peak-flow: variação média diária de 10% é compatível com asma -
diagnóstico domiciliar
- Melhora funcional significativa após tratamento com corticóide
inalatório (20% no PFE e 12% VEFI com 200ml) sugere asma
funcional
- Testes alérgicos in vivo e in vitro: teste positivo com formação
de pápula maior ou igual a 3 cm sugere asma

Outras doenças que possuem padrão obstrutivo: ( “nem tudo que


sibila é asma”)

Fenotipos da asma

Exame fisico: Fascie atópica ou alérgica: dupla


Tratamento da asma: educação, controle dos fatores precipitantes
prega em palpebra inferior (sinal de Dennie
ou agravantes (reduzir os riscos), controle ambiental,
Morgan), madarose, proeminéncia de labio
medicamentos (ex: beta-bloqueadores não cardio-seletivos),
superior e formação de sulco nasal (estigmas
imunoterapia com aeroalérgenos (em casos de diminuição da
do indivíduo atópico)
produção de resposta Th2 e desvio para perfil Th1) e
imunobiológicos.

- O objetivo do tratamento é manter a asma bem controlada


(“well-controlled – figura”)
ETIOLOGIA

- Rinite idiopática precipitada por mudança de tempo e por cheiro


não é uma rinite alérgica.

- Os fatores precipitantes da rinite alérgica são similares com os


da asma e podem estar associados com: conjuntivite, respiração
bucal, otite média, rinossinusite, asma, tosse.

DIAGNÓSTICO

- Clínico: sintomas típicos (obstrução, rinorreia, espirros,


prurido e hiposmia), história de atopia e exame físico
compatível (aumento dos cornetos, mucosa pálida, coriza
hialina)

- Recursos diagnósticos: testes cutâneos alérgicos, IgE


sérica específica, provocação nasal, citologia nasal
( eosinófilos em rinite alérgica)

- Escovado nasal de paciente com rinite alérgica: presença de


eosinófilos
- Causas de controle inadequado da asma: não prescrição de
corticosteroide inalado, técnica inalatória inadequada, baixa
adesão ao tratamento, diagnóstico errado, manutenção de
alérgenos e/ou irritantes no ambiente, rinite alérgica não
controlada, outras comorbidades (refluxo GE, apneia obstrutiva
do sono, ansiedade, ICC, obesidade, etc.)

RINITE
- lnflamação da mucosa nasal, caracterizada pela presença de
- Tratamento: controle ambiental, anti-histamínico em
um ou mais dos sintomas: obstrução, rinorreia, espirros,
situações de exacerbações e em pacientes com rinite
prurido e hiposmia.
intermitente, corticosteroides tópicos nasais (não
- Rinite alérgica: rinite mediada por IgE; prevalência média de indicado em pacientes com glaucoma), cromoglicato
27% em crianças e 47% em adultos. dissódico(rinites leves e contraindicação para
corticóide tópico), antileucotrienos(rinites intensas),
imunoterapia, solução salina (remoção do muco e de
alérgenos da mucosa nasal)

 Descongestionantes tópicos podem piorar o quadro com o


tempo; descongestionantes sistêmicos devem ser evitados em
pacientes com HAS e glaucoma

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