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Ana Júlia Pereira – 81

Rinites
TIPO FISIOPATOLOGIA FATORES DE SINTOMAS EXAME FÍSICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
RISCO
ALÉRGICA Mediada por IgE, com HMF de atopia, TÉTRADE: Prurido + Respiração bucal de Clínico empírico (resposta para Anti-histamínicos: preferir os de
resposta imunológica do sexo masculino, IgE espirros + rinorreia suplência, fungar, glicocorticoides nasais). Se não segunda geração, principalmente
tipo Th2. Resposta inicial: específica, IgE > 100 clara + congestão pigarro, olheira (dupla responder faz IgE sérica ou prick se o paciente tiver menos
liberação de histamina antes dos 6 anos nasal linha de Dennie- test (teste para alérgeno tosse; Corticoides nasais: melhor
(espirros e rinorreia) + de idade, status Morgan), mucosa nasal específico) que anti-histamínico (recorrência
prostaglandinas e econômico mais Sazonal: espirro, edemaciada fina, e ficar sem crise). Budesonida
leucotrienos Resposta alto. rinorreia clara, secreção clara, prega (grávidas podem); se oral, não
tardia: IL3, IL4, IL13 – lacrimejamento nasal (“saudação fazer por tempo longo.
infiltração de eosinófilos Crônica: gotejamento alérgica”). Rinoscopia: Descongestionante oral: alívio
(IgE), basófilos. Faz pós-nasal, congestão pólipos e desvios de dos sintomas (pseudoefedrina);
congestão nasal + nasal, obstrução septo Descongestionante nasal: alívio
hipereatividade a Intermitente: gatilho Otoscopia: disfunção dos sintomas. Não usar mais de
estímulos. ambiental tubária. 7 dias (oximetazolina);
Cirurgia: pólipos crônicos e
refratários
VASOMOTORA Congestão nasal + 30-60 anos, O paciente pode ter Mucosa nasal O diagnóstico é basicamente Evitar o gatilho é o principal.
rinorreia sem alérgeno, mulheres. Gatilhos: dor de cabeça, edematosa com clínico. O prick test é possível e é Corticoides nasais:
por desregulação dos frio, álcool, pressão facial, secreções mucoides bem-vindo. Na grande maioria das Beclometasona e Flucartisona,
nervos simpáticos, alimentos gotejamento pós- claras vezes, é rinite alérgica, portanto a Budesonida (grávidas); Brometo
parassimpáticos e condimentados, nasal, tosse e pigarro, vasomotora costuma ser de ipratrópio (anticolinérgico)
nociceptivos que inervam odores fortes, etc. normalmente por diagnóstico de exclusão quando para a rinorreia; Anti-
a mucosa nasal, causada causa da congestão eu não achamos uma causa. Pode histamínicos têm papel limitado;
por algum gatilho. nasal. Sintomas fazer raio-x ou Capsaicina regula secreções
perenes com nasofibrolaringoscopia e TC de nasais.
exacerbações face para excluir diagnósticos Cirurgia: remoção de concha
sazonais diferenciais inferior, transecção do nervo
vidiano
Ana Júlia Pereira – 81

MEDICAMENTOSA Temos os Perda da função Respiração bucal, Edema da mucosa História clínica Descontinuação é o principal
descongestionantes ciliar, hipertrofia de boca seca, ronco. nasal, aparência (pode fazer desmame com
derivados de beta- glândulas, edema, Paciente relata que eritematosa e granular, diluição). Pode também usar
fenilefrina (alfa 1 – vasos metaplasia, aumento acorda no meio da além de aparências corticoides nasais para o período
de resistência) e os de de muco e linfócitos noite para pingar as pálidas e edematosas de abstinência ou orais de curta
imidazolina (alfa 1 e alfa 2 e fator de gotas, então há duração, anti-histamínico ou,
– vasos de capacitância crescimento quebra de sono ainda, adenosina oral
e resistência) Esses vão devido à rinite
agir nos receptores alfas medicamentosa com
e fazer vasoconstrição (o concomitante uso da
que diminui congestão). medicação
MECANISMOS: isquemia, novamente
fadiga, alteração do
tônus, vasodilatação de
rebote
Ana Júlia Pereira – 81

Epistaxe
LOCAL DO SANGRAMENTO ARTÉRIA ENVOLVIDA TIPOS DE TRATAMENTO
ANTERIOR Plexo de Kiesselbach (geralmente por traumas leves, frio, ressecamento) COMPRESSÃO BIDIGITAL, uso de descongestionantes tópicos
(não usar por muito tempo), dieta fria, lavagem com SF, espirrar
POSTERIOR Artéria esfenopalatina (ramo da carótida externa). São mais graves com boca aberta, evitar mexer ou assoar o nariz, evitar AAS,
anticoagulantes, vitamina E e Ginkgo biloba, repouso
SUPERIOR Provém das artérias etmoidais anteriores e posteriores
TAMPONAMENTO ANTERIOR: primeiro gaze embebida com
xilocaína e oximetazolina → depois coloca algodão em sanfona
com antibiótico (geralmente Neomicina)
TAMPONAMENTO POSTERIOR: bem doloroso, com auxílio de
sonda de Foley. Pretende comprimir toda a fossa nasal. Deixar de
48h a 72h. Pode complicar com dor na inserção e retirada, falha,
necrose, infecção, sinusite, choque tóxico, aspiração
CIRURGIA: sangramento nasal persistente após ter tentado os
tamponamentos → ligadura da esfenopalatina, ligadura da artéria
maxilar ou etmoidal superior e ligadura da etmoidal anterior
(sangramentos superolaterais de nariz)

INVESTIGAÇÃO: espéculo nasal com fibra ótica telescópica (0 a 30°).


HEMATOMA DO SEPTO NASAL: forma-se horas após o trauma. Se não for corrigido, a cartilagem necrosa e o nariz pode desabar causando uma deformidade de “nariz de tapir” e nariz
achatado. Se infeccionar esse hematoma, vai descolar até a lâmina crivosa e pode fazer um empiema cerebral ou uma celulite e levar a morte. Então, em questão de horas, o paciente tem
que receber antibiótico endovenoso, tem que fazer uma tomografia de órbitas e de face e tem que chamar um cirurgião especializado.

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