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COMO DIAGNOSTICAR…………………………………………….

Possuem resistência à hipóxia (sobrevivem em

→ QUADRO CLÍNICO: situação de necrose). São caracterizadas por dor

Questionar o paciente sobre: Início da dor, severa, contínua, espontânea e difusa.

origem, intensidade, duração, frequência, Teste de sensibilidade em dentes com pulpite

localização e tipo. irreversível a fibra que responde é a fibra C.

Iniciar o exame clínico pela inspeção, DOR DE ORIGEM PULPAR………………………………………….


seguir com a exploração e palpação. Com HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA:
essas informações objetivas será possível
Geralmente causada pela exposição da dentina à
observar se há alteração de cor na coroa,
cavidade oral → Pode estar associada a recessão
presença de cárie, restauração fraturada, fístulas,
gengival.
alterações periodontais etc.
- CARACTERÍSTICAS DO QUADRO:
Testes adicionais como testes de sensibilidade,
• Dor aguda e localizada
anestesia seletiva, teste de cavidade e radiografias
• Provocada por estímulos → Mecánicos, térmicos,
fornecerão informações para um provável diagnóstico.
osmóticos e bacterianos.
★ Importante observar se a dor realmente possui
- TRATAMENTO: Depende da causa!
origem odontogênica!
1- Pode ser realizado com o uso de agentes

dessensibilizantes.
Dores de origem não odontogênica são crônicas, estão Mecanismo de ação:
presentes há mais de 6 meses e respondem bem a Oclusão dos túbulos dentinários → Reduz
analgésicos comuns. movimentação dos fluidos dentinários → Redução da
- Podem ser confundidas com dores odontogênicas: atividade sensorial.
• Neuralgia do trigêmeo 2- Utilização de materiais restauradores em regiões de
• Sinusite maxilar aguda coroa: Adesivos; Resina composta; Cimento ionômero
• Cefaléias de vidro; Recobrimento radicular → Em casos de raiz e
• Desordens temporomandibulares (DTM) cemento.

• Dor nos maxilares (origem cardíaca) 3- Laserterapia: Em casos de perda pequena de


esmalte.

FIBRAS A DELTA: Baixa potência: Atua na excitabilidade das fibras

São mielínicas → Possuem rápida velocidade de nervosas.

condução e baixo limiar de excitabilidade (é preciso Alta potência: Bloqueio físico dos túbulos dentinários.

estímulo de menor intensidade para que essa fibra PULPITE REVERSÍVEL:


desencadeie uma resposta). - CARACTERÍSTICAS DO QUADRO:
Elas são responsáveis pela dor de origem dentinária A dor provocada, especialmente pelo frio, é leve, fugaz,
No início da inflamação se tem a redução do limiar das localizada e desaparece imediatamente com a
fibras a-delta, portanto elas ficam mais susceptíveis remoção do estímulo térmico.
aos estímulos. - CAUSAS:
A dor provocada por essas fibras têm origem
• Lesão cariosa
provocada, de curta duração e cessa após a remoção
• Restauração profunda recente, fraturada ou com
do estímulo.
inflamação
FIBRAS C:
- TRATAMENTO:
São amielínicas → Baixa velocidade de condução e
Remoção do agente agressor + restauração do
alto limiar de excitabilidade (é preciso de um estímulo
elemento.
de alta intensidade para desencadear uma resposta).
OBS: Observar profundidade! paramono em casos de não instrumentação). Em
- CONDUTA EMERGENCIAL: qualquer situação, prescrever analgesicos e
Remoção do agente agressor + restauração provisória antiinflamatórios (máximo 3 dias).
com cimento ionômero de vidro ABSCESSO PERIAPICAL AGUDO
Em casos de cavidades profundas realizar proteção do
É uma coleção purulenta circunscrita, localizada nos
complexo dentino pulpar com cimento hidróxido de
tecidos periapicais.
cálcio.
- CARACTERÍSTICAS DO QUADRO:
PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMÁTICA: • A dor é espontânea, aguda, contínua, pulsátil e
- CARACTERÍSTICAS DO QUADRO: localizada; não alivia com aplicação de frio, mas pode
Caracterizada por dor espontânea, aguda, constante, aumentar com aplicação de calor.
contínua, difusa, latejante e, muitas vezes, alivia com o • O dente comprometido apresenta necrose pulpar,
frio. por isso, não responde ao teste de sensibilidade. Teste
Em estágios muito evoluídos, pode apresentar de percussão e palpação positivo.
repercussões sobre os tecidos periapicais fazendo com Importante: As vias de disseminação do abscesso são
que o dente fique sensível à percussão. determinadas em áreas de menor resistência.
- CAUSAS: - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
• Lesão cariosa • Pulpite aguda irreversível: Por também provocar dor
• Restauração profunda espontânea, aguda, contínua e pulsátil. Porém, na
- TRATAMENTO: pulpite a dor é difusa, polpa está vital, dente não tem
Tratamento endodôntico radical. mobilidade nem extrusão e paciente não apresenta
- CONDUTA EMERGENCIAL: tumefação facial.
• Em casos que há tempo: • Pericementite apical: Por apresentar mobilidade do
Realizar tratamento endodôntico em sessão única ou dente envolvido, extrusão e sensibilidade à percussão.
início de tratamento com instrumentação completa No entanto, essa inflamação não apresenta dor
dos canais e colocação de medicação de hidróxido de espontânea e a sensibilidade à percussão é menor.
cálcio. • Abscesso periodontal agudo: Por ter características
• Em casos em que não tiver tempo: comuns como dor espontânea intensa, extrusão,
Pulpotomia ou pulpectomia (a remoção do tecido aumento de mobilidade, linfoadenopatia, sensibilidade
ajuda na remoção da sintomatologia, pois terá a à percussão, alterações da mucosa, adenopatia
diminuição das pressão contra as fibras) + medicação regional e manifestações gerais como febre e
intracanal com otosporin. mal-estar. Nesta inflamação, porém, o
Sempre lembrar de aguardar a hemostasia antes de comprometimento da mucosa ocorre, geralmente,
realizar o curativo! entre a região apical e a margem gengival. O dente
DOR DE ORIGEM PERIRRADICULAR…………………………….. pode ter vitalidade e alterações periodontais e podem

PERIODONTITE APICAL AGUDA ser observadas clínica e radiograficamente.


- CONDUTA EMERGENCIAL:
É uma inflamação aguda do ligamento periodontal
Deve basear-se em remover a causa da infecção:
causada por agressões físicas químicas ou
tratamento endodôntico. Porém, é necessário
bacterianas que lesam as células do pericemento,
considerar 2 possibilidades:
provocando reação inflamatória de rápida evolução!
É possível acessar os canais do dente acometido:
- CARACTERÍSTICAS DO QUADRO:
→ SE SIM: Limpeza do SRC + medicação com hidróxido
Dor leve/aguda à percussão, discreta mobilidade e
de cálcio.
pequena extrusão (sensação de dente crescido).
Se o abscesso estiver em fase inicial, pode-se realizar a
Na radiografia, eventualmente, poderá ser notado um
drenagem via canal.
espessamento do periodonto apical muito discreto.
- CONDUTA EMERGENCIAL:
Se ela estiver sendo provocada por uma suboclusão,é
necessário fazer o ajuste oclusal.
Se sua presença estiver relacionada com alteração
pulpar, é necessário realizar pulpectomia (colocar
→ SE NÃO: Fazer drenagem do abscesso via incisão se a) EXTRUSÃO APICAL DE DETRITOS CONTAMINADOS:
houver ponto de flutuação + terapia medicamentosa Raspas de dentina contaminadas saem pelo forame
até a melhora do quadro que permita uma apical causando desequilíbrio na região periapical
intervenção endodôntica. pelo aumento de virulência e número das bactérias.
★Para fazer a drenagem do exsudato recomenda-se Isso gera uma reação inflamatória intensa.
bochecho com água morna e aplicação de frio Pode estabelecer um quadro de periodontite apical
externamente. aguda caracterizada pela dor, ou evoluir para
- CONDUTA EMERGENCIAL: abscesso perirradicular agudo com edema. A resposta
Drenagem da coleção purulenta + Pulpectomia + irá depender da intensidade da agressão e do sistema
prescrição de analgesicos e antiinflamatórios. imune do paciente.
QUANDO PRESCREVER ANTIBIÓTICOS: b) AUMENTO POTENCIAL DE OXIRREDUÇÃO:
• Quando houver edema generalizado ou difuso Ao iniciar o tratamento endodôntico, se tem o aumento
caracterizando celulite. da oferta de oxigênio nos canais, prejudicando a

• Envolvimento sistêmico (febre, mal estar, linfadenite sobrevivência de bactérias anaeróbias estritas (que só

regional. sobrevivem sem O2).


Com a limpeza ineficiente, pode haver o aumento da
• Pacientes comprometidos imunologicamente ou com
oferta de oxigênio. Portanto, as bactérias facultativas,
risco de endocardite.
que estavam presentes em pequenas quantidades,
ABSCESSO FÊNIX podem aumentar seu número gerando um
Evolução espontânea de lesões perirradiculares desequilíbrio e a partir daí, se tem uma agudização do
assintomáticas para quadros sintomáticos. As processo.
combinações bacterianas na infecção endodôntica e c) DESEQUILÍBRIO DA MICROBIOTA ENDODÔNTICA:
a resposta imunológica do hospedeiro determinam a Ocorrem principalmente em casos de preparo
agudização. Resumindo, o abscesso fênix é uma mecânico químico incompleto, causando desequilíbrio
agudização de um processo crônico. e, assim, favorecendo a multiplicação de novas
- TRATAMENTO: bactérias.
É o mesmo para abscesso perirradicular agudo. d) INTRODUÇÃO DE NOVAS BACTÉRIAS NO CANAL:
FLARE-UPS Entre sessões pode ocorrer a queda da cadeia
São agudizações que ocorrem entre a sessão do asséptica, por exemplo com a presença de uma
tratamento endodôntico, sendo caracterizada por dor infiltração coronária. Isso introduz novas bactérias
e/ou tumefação. dentro do canal gerando desequilíbrio e ,assim, um
O desenvolvimento de resposta inflamatória aguda aumento de virulência.
nos tecidos perirradiculares é caracterizada pelo DOR PÓS-OBTURAÇÃO
estabelecimento de: Após a obturação dos canais, um leve desconforto é
• Periodontite apical aguda → Quando tiver só dor normal. Portanto, é necessário alertar o paciente
• Abscesso perirradicular agudo → Quando tiver dor e quanto esta possibilidade e que irá resolver
tumefação. espontaneamente nos primeiro dias. Recomendar
- FATORES PREDISPONENTES: analgesicos e/ou antiinflamatórios em casos de dor.
• Dor prévia ao tratamento DOR SEVERA E PERSISTENTE:
• Sexo feminino > 40 Não é normal.

• Dentes inferiores Tirar radiografia e avaliar a qualidade da obturação.


→ Se tiver adequado prescrever analgésicos e
• Histórias de alergia
antiinflamatórios e fazer acompanhamento.
• Casos de retratamento
• Dentes com lesão periapical
- MECANISMOS PARA REAÇÕES INFLAMATÓRIAS ENTRE
CONSULTAS:
IMPORTANTE: O principal fator etiológico são as
bactérias!
→ Se a obturação não estiver adequada e com uma
sub-obturação realizar o retratamento.

→ Em casos de sobre-obturação ,ou seja,


extravasamento de cone ou cimento endodôntico
prescrever medicamento e fazer acompanhamento do
paciente.

DOR SEVERA E PERSISTENTE COM FORMAÇÃO DE


ABSCESSO:
→ Com obturação adequadas:
Tratar sintomas com medicamentos e bochechos para
realizar intervenção.
→ Com adequada:
- Pode ser por exemplo, flare up. Não há necessidade
de um retratamento.
- Tratar sintomas com medicação e aguardar
resolução do caso.
HIPERALGESIA: Dor exacerbada a estímulos que • Portadores de porfiria hepática ou deficiência
geralmente causa dor. congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase.
ALODINIA: Dor a estímulos que normalmente não causa • Gestantes nos 3 meses iniciais e 6 semanas finais.
dor. Isso ocorre pela redução do limiar das fibras.
• Anemia ou leucopenia.
→ ANTES DE PRESCREVER O MEDICAMENTO É NECESSÁRIO - DOSAGEM PARA ADULTOS:
DETERMINAR QUAL O QUADRO CLÍNICO PRESENTE:
DOSAGEM INTERVALO EM GOTAS
1) Em casos de dor instalada: Prescrição de
ENTRE DOSES
analgesicos ou antiinflamatórios AINES.
2) Previsão de dor: Antiinflamatórios AINES 500 mg 6-6 h Concentração:
3) Infecção associada com envolvimento com 500mg/ml:
1g 12-12 h ⇩
envolvimento sistema ou pacientes comprometidos
1 ml - 20 gotas
imunologicamente (ex: risco de endocardite):
Antibióticos. DOSAGEM MÁXIMA AO DIA: 4000 mg ou 4 g.

CONTROLE DE DOR:
ANALGESIA PREEMPTIVA: PARACETAMOL
Início antes do estímulo nocivo - fármacos que • Inibidor da ciclooxigenase mas não
previnem a hiperalgesia complementada por apresenta ação antiinflamatória (fraco
anestésicos locais de longa duração. → Maior inibidor da COX-1 e COX 2).
incidência de dor após 24 horas com pico de dor
• Evidências mostram que ele age
depois de 8 horas.
diretamente no SNC.
(Antes do tratamento)
• Controle de dor leve a moderada.
ANALGESIA PREVENTIVA:
• Uso seguro para gestantes e lactantes.
Início imediato após a lesão tecidual antes do início da
CONTRA-INDICAÇÕES:
sensação dolorosa - ainda sob o efeito da anestesia e
manutenção curta pós-operatória. • Pode causar danos ao fígado: Orientar ao paciente a
(Depois do tratamento). não fazer uso de álcool ou outras substâncias

ANALGESIA PERIOPERATÓRIA: hepatotóxicas

Antes da lesão tecidual e manutenção pós-operatória. • Pacientes que fazem uso de varfarina sódica: Risco
(Antes e depois do tratamento). de aumentar efeito anticoagulante e provocar

ANALGÉSICOS………………………………………………………. hemorragia.
• Alergia ao medicamento ou à sulfitos (gotas).
DIPIRONA- 1° OPÇÃO DE ESCOLHA!
- DOSAGEM PARA ADULTOS:

• Boa opção para controle da dor já iniciada DOSAGEM INTERVALO GOTAS


ENTRE DOSES
(analgesia preventiva). → Atua na atividade
nos nociceptores, que conduzem o estímulo 500 mg 6 ou 8 h Concentração:
da dor, diminuindo o estado de hiperalgesia 500mg/ml:
750 mg 6 ou 8 h ⇩
persistente.
(+ usado) 1 ml - 20 gotas
• Controle de dor leve a moderada.
• Eficaz e seguro para uso na odontologia. DOSAGEM MÁXIMA AO DIA: 3,25 g

CONTRA-INDICAÇÕES:
• Pacientes com hipersensibilidade aos derivados da
pirazolona
ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS - AINES………….. IBUPROFENO
COX 1: É encontrada em grandes quantidades nas - DOSAGEM PARA ADULTOS:
plaquetas, rins e mucosa gástrica. Pela ação da COX 1,
DOSAGEM INTERVALO EM GOTAS
as prostaglandinas são formadas sem precisar de
ENTRE DOSES
estímulos inflamatórios, ou seja, estão envolvidas em
processos fisiológicos. 400-600 mg 8-12 h Concentração:
COX 2: Está presente em pequenas quantidades nos 100mg/ml:
200 mg por 2 a 3 dias 20-80 gotas
tecidos e sua concentração é aumentada após um
*Essa quantidade apresenta efeito
estímulo inflamatório. analgésico.

DOSAGEM MÁXIMA AO DIA: 3200 mg


AÇÃO FARMACOLÓGICA NOME GENÉRICO CONTRA-INDICAÇÕES:
• Pacientes com história de gastrite ou úlcera péptica,
Inibidores não seletivos Ibuprofeno, cetoprofeno,
para COX 2 diclofenaco, cetorolaco, hipertensão arterial ou doença renal.
piroxicam e tenoxicam • Risco potencial de alergia cruzada nos pacientes
com história de hipersensibilidade ao AAS.
Inibidores seletivos para Etoricoxibe, celecoxibe,
COX 2 meloxicam e nimesulida

Inibidores não seletivos para COX 2 não apresentam ação NIMESULIDA


analgesica superior. Seu uso crônico pode gerar problemas
CONTRA-INDICAÇÕES:
em pacientes com condições cardiovasculares.
• Estudos sobre efeito hepatotóxico: Não usar por
AÇÃO DOS AINES: tempo prolongado.
POLPA INFLAMADA → Indução da expressão e da • Evitar seu uso com paracetamol.
atividade de COX 2 → Liberam prostaglandinas → Elas
• Não indicado para pacientes com problemas
causam sensibilização direta de nociceptores e
cardiovasculares.
transmissão aumentada da dor → Os AINES atuam na
- DOSAGEM PARA ADULTOS:
prevenção e no tratamento da dor endodôntica, além
de suprimir o desenvolvimento da inflamação. DOSAGEM INTERVALO ENTRE
DOSES
QUANDO UTILIZAR OS AINES:
100 mg 12-12 h por no máximo 3
• Controle de dor aguda de intensidade moderada a
dias
severa, em casos que somente dipirona e paracetamol
não conseguem suprir.
• São eficazes para analgesias preventivas TROMETAMOL CETOROLACO
• Úteis no controle da dor já instalada em decorrência • Indicado em casos de dores intensas.
de processos inflamatórios agudos como • Uso sublingual: Possui início de efeito rápido.
complemento aos procedimentos odontológicos.
DOSAGEM INTERVALO ENTRE
• Uso de 48-72 horas - Período em que a inflamação DOSES
fica aguda. Não se deve prolongar por muitos dias o
uso de antiinflamatórios. 10 mg a 20 mg Diária

• Em pacientes com problemas cardiovasculares, 10 mg 6-8-12 h


disfunção hepática ou alterações renais, trocar
*Sua dosagem e intervalo entre doses irá depender da
informações com o médico para avaliar o
intensidade da dor e inflamação!
risco/benefício da prescrição dos AINES em geral.
DOSAGEM MÁXIMA AO DIA: 90 mg
OPIÓIDES……………………………………………………………. AMOXICILINA - 1° ESCOLHA
São analgésicos eficazes de ação restrita ao SNC pelo
DOSAGEM INTERVALO
bloqueio da condução de sinais elétricos dolorosos
ENTRE DOSES
para regiões superiores do cérebro , nas quais o
estímulo seria percebido como dor. ADULTOS 500 mg 8h
Devem ser receitados apenas em casos de dores
875 mg 12 h
intensas. (ex: em casos de pulpite irreversível ou pós
operatório). PROFILAXIA 2g 1 h antes do
Pós operatório: 1 cp de 8/8 horas por 3 dias. procedimento

ASSOCIAÇÃO DOSAGEM INTERVALO


COM ENTRE DOSES
Em condições clínicas mais graves - Ex: Abscesso
OPIÓIDES
perirradicular agudo com comprometimento sistêmico
Codeína + 50 mg + 50 mg 1 a 3 cp dia → ASSOCIAR AMOXICILINA COM ÁCIDO CLAVULÂNICO
Diclofenaco máx 3 cp/dia
DOSAGEM INTERVALO ENTRE
Tramadol + 37,5 mg + 375 mg 1 cp - 4 h DOSES
Paracetamol 2 cp - 6 h
máx 8 cp/dia 50 mg/125 mg 8h

Codeína + 30 mg + 500 mg 1 cp - 4 h 875 mg/125 mg 12 h


Paracetamol 2 cp - 6 h *Pode causar distúrbios intestinais
máx 8 cp/dia

METRONIDAZOL
ANTIBIÓTICOS…………………………… …………………………
Utilizado em casos de resistência à amoxicilina após 48
INDICAÇÃO NA ENDODONTIA: horas → Associação do Metronidazol com Amoxicilina.
Possui papel complementar ao tratamento!
DOSAGEM INTERVALO ENTRE
1) Quadros de infecção grave com comprometimento DOSES
sistêmico do paciente.
2) Prevenção de agravamento de infecções em 250 - 400 mg 8h

pacientes imunocomprometidos (profilaxia).


→ Os antibióticos não chegam aos canais pela
CLINDAMICINA
ausência de circulação colateral e principalmente
• Opção para pacientes alérgicos às penicilinas.
após a necrose, além disso, a colonização em biofilmes
• Prescrever reconstituinte da flora intestinal, como
aumenta a resistência das bactérias. Portanto, não é
Floratil. 1 cápsula de 100 mg antes das refeições
capaz de tratar a infecção dos canais.
(almoço e jantar).
INDICAÇÕES DOS ANTIBIÓTICOS:
• Quadros não controlados pela resposta imune do DOSAGEM INTERVALO
hospedeiro. ENTRE DOSES

• Ajudar a impedir a disseminação da infecção ADULTOS 300 mg 6h


endodôntica e o desenvolvimento de infecções
secundárias em pacientes medicamente PROFILAXIA 600 mg 1 h antes do
(2 cp) procedimento
comprometidos.

- DOSES DE ATAQUE:
Usado para tratamento de infecções severas! Iniciar
terapia com o dobro da dose de manutenção.
ANSIOLÍTICOS……………………………………………………… - Antibióticos não são recomendados!

• Uso de receita de controle especial 2) PERIODONTITE APICAL AGUDA:


- Prescrição de analgésicos e antiinflamatórios após
• Quadros emergenciais caracterizados por relatos de
consulta por período de 48-72 horas. Ex: Dipirona +
dor intensa pelos pacientes geralmente vêm
Nimesulida
acompanhados por alterações emocionais como
- Redução dos contatos oclusais
ansiedade, medo e stress
- Antibióticos são recomendados apenas para
• Em situações de grande complexidade, os ansiolíticos
pacientes comprometidos imunologicamente
podem atuar como complementares para favorecer o
2) PERIODONTITE APICAL CRÔNICA E ABSCESSO
tratamento.
PERIRRADICULAR CRÔNICO:
Analgesicos pós-operatórios podem ser prescritos
BENZODIAZEPÍNICOS DOSAGEM para conforto do paciente por período de 24 horas.
2) ABSCESSO PERIRRADICULAR AGUDO:
Diazepam 6 a 10 mg 60 min antes
- Prescrição de analgésicos e antiinflamatórios após a
Midazolam 7,5 a 15 mg 30 min antes consulta por um período de 48-72 horas
- Redução de contatos oclusais.
Alprazolam 0,25 a 0,75 30 a 60 min
- Antibióticos são recomendados apenas para
antes
pacientes comprometidos imunologicamente, com
*Sempre deverá haver um acompanhante. envolvimento sistêmico e/ou edema difuso ou
generalizado.
EXEMPLOS DE SITUAÇÕES CLÍNICAS CLÍNICAS …………….
1) QUADROS ASSINTOMÁTICOS QUE NÃO OFEREÇA
MAIORES DESAFIOS AO TRATAMENTO:
Expectativa pós tratamento: Paciente assintomático
após o tratamento ou leve desconforto com dor de
intensidade leve a moderada, que pode ser prevenida
e controlada com o uso de um analgésico, por
exemplo dipirona.
Recomendar 1 dose logo após o atendimento,
enquanto o paciente ainda estiver anestesiado e
manutenção por um período de 24 horas.
2) QUADROS DE RETRATAMENTO OU TRATAMENTO
ASSINTOMÁTICO COM MAIORES DIFICULDADES
ANATÔMICAS:
Uso do analgésico com início antes do estímulo, com
objetivo de prevenir a hiperalgesia e a consequente
amplificação da dor inflamatória aguda.
Alguns autores recomendam o uso de AIES
Vale a reflexão da necessidade do uso de
corticosteróides e considerar que outros
medicamentos são capazes de controlar quadros de
dor pós-operatória.
2) PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMÁTICA:
- Nesse caso, a medicação analgesica possui pouca
ou nenhuma ação para os quadros de sintomatologia
antes do início do tratamento.
- Caso não seja possível realizar o tratamento no dia
para o alívio da dor prescrever tylex 30 mg.
Após o tratamento prescrever analgésicos
pós-operatórios por um período de 24 horas.
PREVALÊNCIA NA POPULAÇÃO: - Exame clínico dos dentes e estruturas de suporte
• Criança de 8-12 OBS: Olhar a boca como todo, não somente região do

• Sexo masculino trauma.

• Incisivo central superior • EXAME RADIOGRÁFICO:


- Definir potenciais áreas fraturadas.
• A estrutura do esmalte é a mais acometida, seguido
- Fazer principalmente técnica de Clark, pois mudando
pela dentina.
de angulações, é possível observar melhor as áreas
➔ Os traumatismos dento-alveolares são problemas
fraturadas!
de saúde pública pois geram impacto psicossocial em
- Observar presença de reabsorções: São comuns
relação a mastigação, fala e estética, além de
após traumas.
possuírem um custo elevado para o paciente.
- Em casos de dentes jovens, observar se houve
PREDISPOSIÇÃO:
paralisação da rizogênese. Se sim, avaliar a
• Overjet acentuado: dentes ficam mais expostos.
possibilidade de tratamento endodôntico.
• Falta de selamento labial adequado: lábios podem
• TESTE DE SENSIBILIDADE:
atuar como proteção.
Frente ao trauma, pode haver alteração na
• Fatores ambientais
capacidade de resposta das fibras nervosas sensoriais
• Fatores culturais
da polpa, ou seja, após o trauma o teste de
• Fatores comportamentais sensibilidade não é confiável.
EMERGÊNCIA……………………………………………………….. Isso acontece pois, após alguns meses, pode ocorrer o
Avaliar o estado neurológico do paciente: PRIORIDADE restabelecimento do fluxo sanguíneo.
Observar capacidade de locomoção e equilíbrio. Em Fazer controle periódico do paciente!
casos de confusão mental, reação pupilar anormal, • ALTERAÇÕES NA COLORAÇÃO DA COROA:
sangramento ou fluido claro nos ouvidos e nariz, Hemorragia intrapulpar: Penetração de sangue dentro
vômitos, náuseas e dores de cabeça, encaminhar para dos túbulos dentinários. Pode ser revertida com o
atendimento médico! restabelecimento da circulação.
ANAMNESE
• QUANDO: Importante para definir o prognóstico
• ONDE: Determinar a profilaxia e se há necessidade de
anti-tetânica
Necrose: Coloração acinzentada
• COMO: O tipo de impacto determina o local da face
que terá alterações.
• HISTÓRIA PRÉVIA DE LESÕES: Pode ter imagem de
algum traumatismo anterior.
• HISTÓRIA MÉDICA PCO (obliteração do canal): Deposição acelerada de
EXAMES dentina de fora para dentro diminuindo o lúmen.
Conduta:
• EXAME EXTRA ORAL:
- Palpação da ATM
- Arco zigomático
- Ângulo e borda da mandíbula
- Observar padrão de abertura e fechamento de boca
• EXAME INTRA ORAL:
- Palpação dos tecidos moles
Acompanhamento radiográfico - Pois pela grande Irrigação com solução salina
quantidade de dentina o teste de sensibilidade pode Sutura sob anestesia local
dar negativo.

*Laceração + avulsão
OBS: Lesões podem vir combinadas.
LESÕES DE TECIDO MOLE………………………………………… LESÕES DENTÁRIAS………………………………………………..
CONTUSÕES São classificadas pelas estruturas que foram
acometidas.
• Caracterizado pelo intenso quadro hemorrágico com
edema e hematoma FRATURA CORONÁRIA DE ESMALTE E DENTINA
• Ausência de ruptura de pele ou mucosa • Exposição de túbulos dentinários causando
• Dificuldade de manipulação devido à dor sensibilidade

TRATAMENTO: • Alteração na estética


Aplicação de compressas frias e prescrição de • Inflamação transitória: restabelece a normalidade
analgésicos. pois o suprimento sanguíneo não é afetado

ABRASÕES TRATAMENTO:
Reconstrução e vedamento adequados com o próprio
• Promovem exposições de rede capilar e terminações
fragmento perdido ou restaurações.
nervosas livres dos tecidos subcutâneos. Não tem
É necessário que a restauração seja feita de forma
necessidade de sutura
rápida, pois as bactérias presentes na boca podem
• Comumente há presença de sujidade. Fazer limpeza
colonizar a dentina exposta e começar a liberar seus
do local no consultório,
subprodutos, além da queixa de sensibilidade
TRATAMENTO:
Limpeza da área com gaze e solução salina ou
.FRATURA CORONÁRIA COM EXPOSIÇÃO PULPAR
anti-séptica
- Com a dilaceração do tecido pulpar e exposição
Irrigação com soro fisiológico
direta da polpa à cavidade bucal, ocorre uma resposta
inflamatória frente ao trauma. Assim, se tem uma
resposta benigna proliferativa do FVN (feixe vásculo
nervoso) na tentativa de restabelecer a normalidade.
- Caso o tecido fique exposto por muito tempo, ocorre
a formação de tecido de granulação hiperplásico na
tentativa de isolar os agentes agressores.
- Como a polpa está exposta à cavidade bucal, há a
LACERAÇÕES drenagem do edema fazendo com que não haja
• Envolvimento de camadas mais profundas do tecido sensação dolorosa, pois não tem compressão de
conjuntivo. fibras.
• Ruptura de vasos mais calibrosos e hemorragia IMPORTANTE:
• É comum a inclusão de corpos estranhos. - É de extrema importância que o tratamento seja feito
TRATAMENTO: o mais rápido possível, pois se o tecido pulpar
Limpeza e remoção dos fragmentos permanecer exposto à cavidade bucal por um período
prolongado, haverá intensificação da resposta OPÇÕES DE TRATAMENTOS CONSERVADORES:
inflamatória impedindo de realizar um tratamento
CAPEAMENTO CURETAGEM PULPOTOMIA
mais conservador nesse dente. DIRETO PULPAR
- Determinar o estágio de desenvolvimento radicular
Pequenas Pequena Exposições maiores
por meio de uma periapical. Pois o dente com a raiz
exposições até 24 exposição 24 com + de 1 semana
pouco formada é possível tentar realizar um horas após o horas até 1 *Avaliar tecido pulpar
tratamento mais conservador. trauma. semana (ideal até e remanescente
⇩ 72 horas) dental
Pasta de hidróxido ⇩ ⇩
de cálcio PA + Pequena Abertura coronária e
Cimento de ampliação da remoção de tecido 1
hidróxido de cálcio exposição e mm abaixo do nível
Proteção com CIV remoção 2 a 3 cervical
mm de tec. pulpar

- Ocorrência de luxações com dentes imaturos podem FRATURA CORONORADICULAR


gerar danos à integridade ao FVN que favorece o
Comprometimento de coroa, raiz e ligamento
suprimento sanguíneo. Portanto, luxações que agridem
periodontal acompanhado ou não de exposição pulpar
irreversivelmente o FVN, provavelmente se terá uma
Ocorre a invasão do espaço biológico (abaixo do nível
necrose nesse dente tendo que ser realizado um TER.
gengival ou até mesmo osso).
Sendo assim, sempre observar luxações
concomitantes e estágio de desenvolvimento radicular
➜ Dente imaturo apresenta dimensões mais amplas
do forame que favorece anastomose e ,assim, a
atividade proliferativa do folículo e papila dental.
- Observar luxações concomitantes e idade:
• Paciente mais jovens possuem respostas mais TRATAMENTO:

favoráveis. Em caso de exposição: Pulpectomia e imobilização

• Pacientes menos jovens possuem tecido mais fibroso provisória do fragmento caso seja possível. Se não,
fazer restauração provisória.
e redução do estroma que promove a redução da
capacidade de regeneração. FRATURAS RADICULARES…………………………………………
CONDUTA: São consideradas fraturas mais graves pois acometem
- Avaliação de quais estruturas foram acometidas a dentina, cemento e tecido pulpar.
- Idade do paciente • SÃO CLASSIFICADOS QUANTO:
- Se há luxação concomitante - Direção: Vertical, horizontal ou oblíqua
- O que restou de remanescente dentário - Número: Simples ou múltiplas
Sempre que o quadro houver características - Localização: Terço apical, médio e cervical
favoráveis, devemos optar por um tratamento *Esses fatores irão definir o prognóstico do caso.

conservador: • DIAGNÓSTICO:
Curativo pulpar com hidróxido de cálcio PA É feito através de exame radiográfico com variações
diretamente na polpa. Pois assim, irá promover uma de angulação. → Técnica de Clark.
necrose superficial por liquefação e coagulação que Possui semelhança clínica com luxações extrusivas e
promove uma resposta inflamatória no tecido pulpar e laterais.
estimula a reparação por formação de tecido • CARACTERÍSTICAS:
mineralizado. - Ocorre ligeira extrusão do elemento
- Deslocamento no sentido lingual
- Mobilidade do fragmento coronário
- São fraturas pouco frequentes
• TRATAMENTO EM FRATURA HORIZONTAL: • CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
1) Reposicionar o fragmento dental por pressão digital - Teste de percussão vertical: +++
2) Imobilização com fita ou fio de aço para - Mobilidade dentária pela presença do edema no
cicatrização ligamento periodontal.
3) Fazer ajuste oclusal: Correção de toque prematuro - Sangramento no sulco gengiva
para evitar cargas excessiva - Na radiografia é possível observar o ligamento
4) Controle clínico e RX: Acompanhar condição pulpar periodontal espessado
e cicatrização. - Sempre avaliar dentes adjacentes
O tratamento tardio dificulta o reposicionamento do • TRATAMENTO:
fragmento pois na interface entre o fragmento e o Caso haja grande mobilidade: Imobilização flexível por
restante do dente começa uma formação de tecido de 15 dias com alívio de interferências oclusais para
granulação resultando em um pior prognóstico. favorecer o reparo do ligamento periodontal.
• CICATRIZAÇÃO: HORIZONTAL Acompanhamento: 3 semanas; 3, 6, 12 meses;
FRATURA NO TERÇO MÉDIO OU APICAL: Anualmente.
- A consolidação dos fragmentos é feita por
deposição de tecido mineralizado ou
interposição de conjuntivo.
LUXAÇÃO EXTRUSIVA
- Geralmente o segmento apical não se - Rupturas de fibras do ligamento periodontal

desloca - Lesões esparsas na superfície radicular nos locais

- Necrose ocorre em 25% dos casos onde as fibras foram rompidas.

- Possui melhor prognóstico. - Ruptura ou estiramento do feixe FVN → Aumenta a

- Prognóstico melhor quando a necrose ocorre após o chance de necrose.

reparo → Evita a ocorrência de inflamação. • CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:


- O tratamento endodôntico é indicado apenas no - Extrusão parcial do elemento com eventual
segmento que necrosar - geralmente deslocamento da coroa em direção lingual
coronário. - Mobilidade horizontal e vertical
- Teste de percussão: +++
FRATURA NO TERÇO CORONÁRIO: - Sangramento cervical
- Deslocamentos dos fragmentos - Aumento do espaço do ligamento periodontal
- Chance de ocorrência de anastomose
pois os canais são amplos nesta região.
- Prognóstico ruim em relação ao reparo:
Fratura em nível da crista óssea.

.LESÕES DENTÁRIAS QUE ACOMETEM ESTRUTURAS DE SUPORTE


SUBLUXAÇÃO- Afetam tecidos de sustentação e
• TRATAMENTO:
pulpares - Reposicionamento do elemento sob leve pressão
- Laceração de fibras do ligamento periodontal com
digital e morder com gaze. → Esse reposicionamento
sangramento e edema
deve ser feito de modo atraumático, com o
- Sem deslocamento aparente
deslocamento gradual de coágulo formado entre
- Pode ocorrer estiramento de fibras ou compressão
ápice e fundo do alvéolo.
dos vasos sanguíneos por causa do edema
- Avaliar o reposicionamento no RX
- Ruptura de fibras é rara
- Imobilização flexível por 2 semanas com ajuste
oclusal.

LUXAÇÃO LATERAL
- Ruptura e laceração das fibras do ligamento
periodontal

*Sangramento no sulco é uma característica.


- São observadas lesões extensas na superfície - Em casos de luxações muito extensas realizar a
radicular e osso alveolar movimentação ortodôntica ou cirúrgica.
- Estrangulamento e ruptura no FVN apical. Grande
chance de necrose AVULSÃO
.• CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
- Completo deslocamento do dente do alvéolo
- Deslocamento oclusal e palatino associado à fratura - Ruptura total do feixe vásculo nervoso apical e fibras
da parede vestibular do alvéolo - combinação de dois do ligamento periodontal
movimentos - Lesão à camada odontoblástica
- Teste de palpação: +++
- Imagem de RX encurtada e de maior radiopacidade
- Aumento do espaço do ligamento periodontal
• TRATAMENTO:
- Reposicionamento com pressão no fundo do
vestíbulo em direção incisal para reconduzir ápice ao
alvéolo, depois apical até o fundo do alvéolo
- Compressão para acomodação do dente • TRATAMENTO:
- Fazer imobilização rígida em decorrência da fratura - Reimplante imediato, somente em dentes
de tábua óssea e radiografar permanentes, com melhor prognóstico em até 20
- Ajuste oclusal minutos. Pois a cicatrização do ligamento periodontal
depende da manutenção da vitalidade das fibras
LUXAÇÃO INTRUSIVA aderidas à superfície radicular.

- Deslocamento do elemento para interior do alvéolo Lavar o elemento em água corrente segurando pela

- No teste de percussão é comum escutar som coroa sem esfregar a raiz.

metálico - Caso o reimplante imediato não seja possível,

- Infraoclusão armazenar o elemento no leite, pois ele pois ph e

.• CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: osmolaridade semelhantes ao fluido extracelular e de

Dano intenso às estruturas de inserção com ocorrência fácil obtenção.

de anquilose e reabsorção por substituição (raiz é - Verificar a existência de fraturas, sujeira ou

reabsorvida e substituída por tecido ósseo). fragmentos ósseos

COMUM: Necrose pois, comprime o FVN, e reabsorção - Radiografar e inspecionar o alvéolo

inflamatória externa - Reposicionamento e compressão do alvéolo +


imobilização flexível com fio de aço.
Em um reimplante tardio, fazer limpeza rigorosa com
gaze.

• TRATAMENTO:
EM DENTES IMATUROS:
- Ocorre a erupção espontânea, portanto não é
necessário seu reposicionamento
- Se o processo paralisar antes de atingir o nível
oclusal realizar movimentação ortodôntica antes que o
dente anquilose
- Acompanhar de 7-7 dias
EM DENTES MADUROS:
- Fazer o posicionamento imediato
Tratamentos conservadores
O que são? ASPECTO DO SANGRAMENTO:
FAVORÁVEL:
São procedimentos realizados com objetivo de manter
- Sangramento normal após corte
a viabilidade e funcionalidade do tecido pulpar no
- Vermelho vivo
interior do SCR.
- Polpa consistente
• Capeamento pulpar
• Curetagem pulpar DESFAVORÁVEL:
• Pulpotomia - Sangramento ausente ou muito

Objetivos: escuro ou muito claro


-Polpa sem consistência de aspecto
• Eliminar fonte de infecção pastoso ou líquido
• Obter barreira de tecido mineralizado
• Permitir continuidade do desenvolvimento radicular - Sangue “azulado” contra indica a

Indicações: realização
conservador.
do
A
tratamento
coloração mais
• Pulpite reversível escura pode sugerir o acúmulo de
• Exposição acidental da polpa, preparos cavitários ou sangue venoso, menos oxigenado,
traumatismos dentários provavelmente em decorrência de graves alterações
• Rizogênese incompleta vasculares.

Fatores relacionados com o prognóstico: LUXAÇÕES CONCOMITANTES:


Quanto maior o aumento da gravidade da luxação,
ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO RADICULAR: maior se tem a extensão de tecidos afetados e maior
• Menor comprimento do elemento dentário favorece o gravidade de lesões ao FVN, restringindo os
tratamento conservador tratamentos conservadores.
• Amplo forame permite maior interface entre as TÉCNICAS…………………………………………………………….
células da polpa e as células da papila dentária
CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO
• Pacientes jovens
Usado em cavidades ou destruições coronárias
TEMPO DE EXPOSIÇÃO:
profundas sem exposição direta da polpa.
Quanto maior o tempo em que o tecido fica exposto
1) Proteção com fina camada de cimento de hidróxido
menor chance de sucesso.
de cálcio (pasta/pasta).
2) Reconstrução com CIV
3) Restauração
CAPEAMENTO PULPAR DIRETO 5) Cimento de Hidroxido de calcio
6) CIV
Indicado para casos com exposição pulpar de
pequena extensão.
É importante que esse tratamento seja realizado em
um período curto após a exposição em até 24 horas.
1) Proteção pulpar com hidróxido de cálcio PA ou MTA
na região de exposição.
2) Fina camada com cimento de hidróxido de cálcio
pasta
3) CIV

O nível do corte do tecido pulpar depende do dente em


tratamento. Nos dentes posteriores, a polpa deve ser
excisada no plano do assoalho da câmara pulpar. Nos
dentes uniradiculados, o corte deve ser executado no
plano do colo anatômico.
Nos casos de dentes com rizogênese incompleta, o
nível de corte deve ser o mais superficial possível. A
CURETAGEM PULPAR remoção do tecido pulpar em profundidade não
Indicado para casos com exposição pulpar de permitirá a formação de dentina, deixando as paredes
pequena extensão em um período curto de tempo até do canal, ainda finas, muito frágeis e sujeitas à fratura
72 horas.
1) Ampliação da área exposta
CONTROLE PÓS OPERATÓRIO……………………………………
2) remoção de 2 a 3 mm de tecido pulpar
O controle a longo prazo deve ser realizado durante 1
3) Proteção com hidróxido de cálcio PA ou MTA
ano, com avaliação clínica e radiográfica a cada 90
4) Cimento de hidróxido de cálcio
dias. Até 3 anos, acompanhar a cada 180 dias.
5) CIV
Incisivo com rizogênese após pulpotomia.

Barreira de tecido mineralizado e raiz praticamente


PULPOTOMIA
formada após 6 meses.
Indicado para os casos com exposição pulpar de
maiores extensões em períodos de mais longos + de 1
semana.
É a remoção do tecido pulpar de toda a região
coronária.
1) Abertura coronária
2) Remoção de tecido pulpar 1 mm abaixo do nível
cervical. Se for um dente multirradicular, fazer em
todas as embocaduras do canal.
3) Otosporin por 5 minutos
4) Hidróxido de cálcio PA ou MTA (no caso do MTA não
é necessário o cimento de hidróxido de cálcio)
MATERIAIS PARA PROTEÇÃO PULPAR DIRETA……………….. Indicadores de sucesso do tratamento:
.• CARACTERÍSTICAS IDEAIS:
• Respostas positivas aos testes de sensibilidade
- Ser bactericida ou inibir a atividade microbiana com
pulpar - Cuidado nos casos de pulpotomia
objetivo de manter o tecido pulpar sem agressões,
• Ausência de sinais e sintomas
voltando assim a sua forma normal
- Ser biocompatível - para não aumentar a reação
• Continuidade do desenvolvimento radicular

inflamatória • Observação de formação de tecido mineralizado


- Manter a vitalidade pulpar e estimular a formação de • Ausência de sinais radiográfico de alterações
dentina terciária e de barreira mineralizada, que periapicais
atuam como mais uma camada de proteção.
- Evitar infiltração de irritantes dos materiais TRATAMENTO DOS DENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA…...
restauradores e agentes cimentantes para a polpa.
TRATAMENTO DE DENTES COM POLPA
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
VIVA E RIZOGÊNESE INCOMPLETA
Ca (OH)2 PA em solução aquosa libera:
Sempre que for diagnosticada a vitalidade pulpar,
ÍONS Ca++ :
havendo necessidade de uma intervenção
Atuam na proliferação celular, coagulação sanguínea,
endodôntica, deve ser realizado um tratamento
mineralização tecidual, no controle de exsudato e
conservador. Com ele, será possível manter a
reação imunológica.
vitalidade de parte da polpa e permitir que o processo
ÍONS OH-:
fisiológico de formação radicular (apicogênese) tenha
Promovem o tamponamento local (pH 12,5), necrose
continuidade.
superficial e ação antibacteriana.
Vantagens da apicigênese:
Em resumo, o hidróxido de cálcio em contato com a
• O comprimento e a forma radicular: São fatores
polpa faz com que o meio se torne alcalino,
importantes para sua resistência e fixação na arcada
inflamações vão sendo controladas, e a necrose
dentária. Com o avanço da idade do paciente,
superficial do tecido com coagulação se torne
possíveis problemas periodontais com perda óssea
substrato para a deposição de tecido mineralizado.
poderiam colocar em perigo a estabilidade dos dentes
com raízes curtas. Da mesma forma, o diminuto
comprimento da raiz poderia dificultar a utilização de
retentores intrarradiculares.
• Formação apical: A formação correta do ápice inclui o
fechamento paulatino do fora- me até chegar a seu
Camada cálcica: Isolamento e proteção ao tecido tamanho normal. Nestas circunstâncias, havendo a
pulpar vivo. Atua como substrato para deposição de necessidade futura de um tratamento endodôntico
dentina. radical (pulpectomia), teremos a possibilidade de
confeccionar um stop apical adequado, o que
AGREGADO TRIÓXIDO MINERAL- MTA facilitará os procedimentos de preparo e obturação.

Estimula a formação de hidroxiapatita e • A espessura das paredes do canal radicular: Com a


biomineralização. presença da polpa vital, estará assegurada a

• Biocompatível deposição de dentina sobre as paredes do canal


radicular, o que aumenta consideravelmente a
• Excelente selamento marginal- se liga na estrutura
resistência mecânica do dente tratado.
dentária
• Indutor de dentinogênese, cementogênese e
osteogênese
• Potencial antibacteriano por ter pH alcalino
• Radiopacidade superior à dentina e tecido ósseo -
facilita controle radiográfico
TRATAMENTO DE DENTES COM POLPA • LIMITAÇÕES:
- É um tratamento muito prolongado
NECROSADA E RIZOGÊNESE INCOMPLETA - Necessita de retornos constantes e periódicos
• CONDUTA CLÍNICA - Aumento de risco de fratura do dente em tratamento
Em dentes com rizogênese incompleta e necrose INDUÇÃO DA FORMAÇÃO DE BARREIRA APICAL COM
pulpar, é muito importante a adequada limpeza do HIDRÓXIDO DE CÁLCIO:
canal radicular e o preenchimento tridimensional do - Permite tratamento em curtos períodos de tempo
espaço existente com um material que proporcione as - Maior previsibilidade de formação de barreira
condções e/ou induza o fechamento da abertura - Menor chance de contaminação entre consultas, por
apical com um tecido mineralizado que permita, no ser feito em menor período de tempo
futuro, o tratamento endodôntico definitivo. - Porém, sua utilização é mais eficaz em paredes do
Nestes casos, a amplitude do canal radicular e o grau conduto paralelas ou ligeiramente convergentes
de desenvolvimento radicular serão fatores 1) Descontaminação dos condutos
importantes a serem considerados para estabelecer o 2) Medicação com hidróxido de cálcio
prognóstico. 3) Nova consulta para realização de tampão apical
Canais amplos e com paredes divergentes com MTA de 3-4 mm (maior presença de
apresentam grandes dificuldades para a realização de ramificações) - anteparo com Ca(OH)2 ou hemospon
uma correta limpeza. Os tratamentos são sempre 4) Obturação do restante do conduto
muito longos e há possibilidade real de insucesso.
Em dentes com canais amplos, paredes ligeiramente
convergentes e esboço de constrição apical, os
procedimentos operatórios são mais fáceis, o tempo
necessário para alcançar os objetivos é quase sempre
menor e o prognóstico é mais favorável.
INDUÇÃO DA FORMAÇÃO DE BARREIRA APICAL COM
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO:
1) Descontaminação dos condutos com cuidado
2) Preenchimento de todo conduto com hidróxido de
cálcio manipulado com veículo viscoso - dura mais
tempo dentro dos canais.
3) controle radiográfico para avaliar homogeneidade
da pasta e condição dos tecidos periapicais
4) Avaliar troca de medicação
5) Detecção radiográfica de fechamento apical
6) Se houver formação de barreira, remover
medicação e verificação tátil da barreira formada com
lima K#30 ou K#35 sem exercer pressão
7) Obturação definitiva
8) Cuidado durante a condensação!

*Odontometria: 1 ou 2 mm a quem do ápice.

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