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ETIOLOGIA E

REPERCUSSÃO DA
CALCIFICAÇÃO
ENDODÔNTICA
Prof. MsC Hebertt Chaves
Graduação em Odontologia - UFF
Especialização em Endodontia -SLM
Especialização em Docência do
Ensino Superior - DSC
Introdução Tecido Vascularizado
Interior das
conjuntivo paredes
Frouxo

Polpa Formativ Sensitiva Nutriti Defensiva


dentária a va

Bacteriano Químico Físico

Fonte: (Hargreaves e Goodis, 2009; Solomon et al., 2015).


Introdução

O que é
Calcificação pulpar?

Fonte: (Tavares et al., 2018).


O que é
Calcificação pulpar?
Processos fisiológicos
Processos não fisiológicos

Fonte: (Piatelle, 1992; Bastos e Cortes, 201


O que é
Calcificação pulpar?
Processos fisiológicos
Deposição de dentina secundária e
esclerose dentinária-
Processo contínuo
Polpa viva

Fonte: (Piatelle, 1992; Bastos e Cortes, 201


O que é
Calcificação pulpar?
Processos não fisiológicos
Deposição de dentina terciária
Resposta a estímulos
ou traumas
Formato irregular e
quantidade variável
Fonte: (Piatelle, 1992; Bastos e Cortes, 201
Calcificação pulpar
O desenvolvimento da calcificação depende:
Idade do paciente
Tipo de injúria
sofrida pelo dente

Fonte: (Leonardi et al., 2011; Bastos e Cortes, 2018


Reações
Degenerativas
Inflamatórias

Tipo
Frequência
Intensidade
Agente irritante

Fonte: (Leonardi et al., 2011; Bastos e Cortes, 2018


Como resultado dessa deposição

Obliteração parcial ou completa do SCR


Ío
Ío ns Ío
ns Ío ns
Ío ns Ío
ns Ío ns
Ío ns Ío
ns
ns
Mecanismo de ação

Idade
Trau
ma
Fonte: (Robertson, 1998; Marques et al., 2013; Mello-Moura et al., 2017; Spinas, Pipi e Detto
onsequência...
Alteração de cor da coroa!
A
B C

Fonte: Google Imagens


alcificação pulpar
Classificação das calcificações
pulpares
Composição das calcificações
pulpares
Etiologia
Alterações fisiológicas
ssificação das calcificações pulpares
Quadro 1: Terminologia dos tipos de calcificação pulpar
VERDADEIRO Formado por dentina e alinhado por odontoblastos.

Formado por degeneração de células que


FALSO
mineralizam.

Sem relação com a parede da câmara pulpar,


LIVRE
circundada por tecido mole.
CÁLCULO PULPAR

Preso a parede da câmara pulpar, sem estar


ADERIDO
completamente rodeado de dentina.

Rodeado por paredes do canal radicular, menos


EMBEBIDO
aderido do que o citado acima.

Termo alternativo para cálculo pulpar, mais


DENTÍCULO usualmente preenchido com remanescentes de
células epiteliais circundada por odontoblastos.

FIBRODENTINA Produzido por fibroblasto próxima a dentina.

Biomineralização inapropriada da polpa na ausência


CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA
de balanço de minerais.

Fonte: (Goga et al.,


assificação das calcificações
Calcificação pulpar
Difusa
Discreta

Fonte: Google
Imagens
Fonte: (Pettiette et al., 2013).
assificação das calcificações
Calcificação pulpar
Difusa

Fonte: Google
Imagens
Fonte: (Pettiette et al., 2013).
assificação das calcificações
Calcificação pulpar
Discreta

Fonte: Google
Imagens
Fonte: (Pettiette et al., 2013).
assificação das calcificações
Nanci Antônio (2013)
Cálculos pulpares verdadeiros
Cálculos pulpares falsos
Cálculos pulpares aderidos
Cálculos pulpares livre
assificação das calcificações
gura 1: Representação esquemática de 6 tipos de cálculos pulpares

Fonte:
(Satheeshkumar,
2013).
mposição das calcificações pulpares
Química
Estrutural
mposição das calcificações pulpares
Química 20

Ca
2+

P
Ca Cu Zn
Sr

Figura 2: Tabela periódica mostrando os principais íons presentes na composição da


mposição das calcificações pulpares
Estrutural
Figura 3: Conformação estrutural em diferentes tamanhos de um cálculo pulpar

Fonte: (Mphil et al.,


2016).
mposição das calcificações pulpares
Estrutural
Figura 4: Cortes histológicos de um cálculo pulpar

Fonte: (Bahetwar et
Etiologia
Agente
irritante
Danos ao
suprimento
vascular
Obliteração
do canal
Fonte: (Spinas, Pipi e Dettori,
Etiologia

“25% dos dentes anteriores


traumatizados desenvolveram
Estímulo
patológico aos
Odontoblastos
Dentina Dentina
reacionári reparadora
a

Previne
Hipersensib
ilidade
Fonte: Do autor.
lterações fisiológicas
Deposição de dentina secundária fisiológica
Esclerose dentinária
lterações fisiológicas
Deposição de dentina secundária fisiológica
Dentes Dentes
anteriores Posteriore
s

Idade

Fonte: (Ferreira et al., 2012; Carvalho e Lussi, 2017; Mello-Moura et al.,


lterações fisiológicas

“A redução do volume da
polpa tem relação direta com o
lterações fisiológicas
Esclerose dentinária
Obstrução parcial ou total dos túbulos dentinários
causados por estímulos de lesões cariosas e
atrições na superfície do dente, protegendo a
polpa das agressões.

Fonte: (Luuko et al., 2011; Carvalho e Lussi, 2017; Mello-Moura et


lterações patológicas
Dentina reacional, reparadora ou terciária
Calcificação pulpar
Calcificações nodulares
Calcificações difusas
lterações patológicas
Dentina reacional, reparadora ou terciária

É formada em resposta a
um estímulo nocivo, como
preparos cavitários ou
lesões cariosas.
Fonte: (De Deus, 1992; Costa e
Tipos de dentina
Dentina primária
Dentina

v
v
secundária

Dentina
Fonte: Rosa, Piva terciária
e Silva (2018) adaptado por
lterações patológicas
Calcificações pulpares, nodulares e difusas

Não é possível fazer o


diagnóstico diferencial por
meio da radiografia , na
maioria dos casos, apenas
Fonte: (Costa e Merzel, 2015).
nsiderações sobre as calcificações

“Cerca de 24% dos dentes


traumatizados irão
nsiderações sobre as calcificações
Figura 5: Lesões traumáticas de tecido de sustentaçãoc

Legenda: (a) Luxação extrusiva, (b) Luxação lateral, (c)


Luxação intrusiva e (d) avulsão dentária. Fonte: (Andreasen
e Andreasen 2001; Rocha-Limas et al., 2015; Moura et al.,
nsiderações sobre as calcificações
onsiderações finais
O diagnóstico de dentes com calcificação é essencial
para o desenvolvimento de um correto plano de
tratamento (Krastl et al., 2021).
Exames clínico e radiográficos são extremamente
necessários para auxiliar no diagnóstico de
calcificações pulpares (Torabinejad et al., 2015;
Krastl et al., 2021).
Testes de sensibilidade podem gerar resultados falso-
negativos (Holcomb e Gregory, 1967; Torres et al.,
2019). Neste sentido, é aceito que testes de
onsiderações finais
A completa obliteração da polpa na imagem
radiográfica, não significa necessariamente a ausência
de espaço radicular (Patersson e Mitchell, 1965)
Em todos os casos há presença de um espaço
pulpar/radicular, mas a sensibilidade das radiografias
é muito baixa para permitir que sua imagem seja
capturada (Torneck 1990).
Estudo de Kuyk e Walton (1990) mostrou presença de
luz de canal em todos os terços radiculares.
onsiderações finais
Radiografias periapicais são os melhores exames para
observar a obliteração pulpar (Andreasen, 1970).

Gröndahl e Hummonem (2004) e Krastl et al., (2021)


mostraram que com o avanço da radiologia,
principalmente ao que se refere à TCFC, mostrou que
esse exame é de grande valia para auxiliar no
diagnóstico e planejamento deste tipo de situação.
onsiderações finais
TCFC permitem melhor visualização de dentes
traumatizados e eliminam sobreposições (Gröndahl e
Hummonem, 2004; Krastl et al., 2021).
Estudos demonstraram a melhora na capacidade de
diagnóstico com a TCFC quando comparada à
radiografia intraoral convencional (Shokri et al., Van
Der Meer et al., 2016; Torres et al., 2019).
onsiderações finais
O tratamento do SCR de dentes calcificados só devem
ser realizados se o dente apresentar sintomas ou sinais
radiográficos periapicais (McCabe e Dummer, 2012;
Gregorio et al.,os2018).
Isso porque canais calcificados são de grande
desafio (Dodds et al., 1985; Bourguignon et al., 2020;
Krastl et al., 2021).
Um estudo de Cvek et al., 1982 demonstrou um maior
número de fratura dos instrumentos endodônticos
quando em canais totalmente obliterados.
onsiderações finais
Buscando diminuir estes riscos, Van Der Meer et al.,
(2016), mostrou que é possível realizar o
planejamento digital do tratamento endodôntico por
meio de TCFC e escaneamento intraorais.
O uso da Endodontia Guiada permite melhor
orientação durante a cirurgia de acesso e preserva
estrutura dentária (Connert et al., 2019; Krastl et al.,
2021).
onsiderações finais
A ocorrência de obliteração do canal radicular em
dentes permanentes varia de 3% a 48% dos casos de
traumatismos dentários (Santos et al., 2011; Krastl et
al., 2021).
Segundo Moura et al., (2017) a calcificação pulpar
pode ser considerada um sinal de cura em dentes
traumatizados, no entanto, devido ao potencial de
necrose pulpar, o tratamento endodôntico é uma
situação amplamente discutida.
Referências
“No que diz respeito ao empenho, ao
compromisso, ao esforço, à
dedicação, não existe meio termo. Ou
você faz uma coisa bem feita Ayrton
ou não
faz.” Senna
Obrigado!
(31) 9 7573-4023
heberttchaves.endo
heberttchaves_@hotmail.com

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