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WITZEL, Marcelo
SATO, Claudio T.
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Adesão
Introdução
O principio da adesão
tratos, empregam-se substâncias capazes de preencher es- suas particularidades de superfície. Aí reside o maior obstá-
ses “vãos livres” e manter unidas as duas superfícies. Essas culo a ser superado, ou seja, o de se obter um material ade-
substâncias denominam-se adesivos4. Os adesivos podem sivo que proporcione união forte, estável e de fácil aplicação,
simplesmente preencher as rugosidades superficiais e, co- independentemente das superfícies envolvidas. Na Odonto-
mumente, realizar ligações superficiais com os substratos, logia, este material denomina-se sistema adesivo universal.
sendo, neste caso, o microembricamento o maior responsá- O termo “sistema” se deve ao fato do material adesivo ser
vel pela união. Podem também realizar ligações primárias, formado por um conjunto de componentes básicos: um ácido,
mais fortes, com os substratos, sendo o termo adesão o um modificador de superfície, doravante chamado de primer;
mais correto para esses casos. e um adesivo propriamente dito, denominado bond. Quanto
O princípio de adesão aplicado em Odontologia parte do ao termo “universal”, este se refere ao fato do sistema adesivo
pressuposto que substratos totalmente diferentes precisam poder ser utilizado para unir substratos totalmente diferentes,
ser unidos de forma bastante eficiente para resistirem, sobre- ou seja, os diferentes materiais restauradores aos peculiares
tudo, aos esforços mastigatórios, às variações de temperatu- tecidos dentários. Sendo assim, todo profissional, previamen-
ra e aos diferentes fluidos presentes na cavidade oral, bem te ao desenvolvimento de diversos procedimentos restau-
como apresentar uma grande longevidade (Fig. 1). O grande radores ou protéticos, deveria dominar o assunto “adesão”.
desafio é o de se ter um material adesivo que seja de fácil Este é demasiadamente vasto e este capítulo direcionará tal
e rápida aplicação, e que tenha afinidade aos tecidos duros tema para uma abordagem mais clínica, levando-se sempre
dentais, esmalte e dentina; e aos materiais restauradores, re- em consideração que os sistemas adesivos, em grande parte
sina composta, ligas metálicas em geral e cerâmicas. Cada dos casos, serão aplicados sobre tecidos vivos, o que merece,
substrato dental, bem como cada material restaurador, tem portanto, algumas importantes considerações.
Sistema esivo
Ad
ência à s
Resist luido Longe
ação, F vidade Restau
Mastig emperatura ração
Dente orais e
T
O elemento dental apresenta estruturas extremamen- sar por uma proteção do complexo dentino-pulpar através
te diferentes uma das outras. O esmalte, devido à sua de outro material.
função de proteger o complexo dentino-pulpar e resistir A manutenção da saúde pulpar frente às etapas do tra-
aos esforços mastigatórios e desafios químicos do meio tamento restaurador e aos materiais empregados sempre
bucal, é altamente mineralizado, alcançando até 97% de foi motivo de controvérsia entre os clínicos e entre os pró-
seu peso. Já a dentina pode ter até 70% do seu peso em prios pesquisadores. Até pouco tempo atrás, creditava-se
mineral, é de estrutura mais porosa, formada por canalí- quase que exclusivamente às bactérias as injúrias pulpares.
culos com origem no órgão pulpar e que se distribuem de Para esta corrente filosófica, um vedamento marginal satis-
forma raiada até a interface com o esmalte, região esta fatório, a ausência de bactérias e o controle do sangramen-
chamada de junção amelo-dentinária. Enquanto o esmalte, to em exposições pulpares seriam suficientes para a polpa
mesmo em contato direto com os fluidos bucais, é pouco se comportar positivamente5,6. Entretanto, diversos estudos
permeável, e sua estrutura tem aproximadamente 2% de mostraram que não basta a ausência de bactérias para ga-
água, a dentina, por ter os túbulos dentinários repletos de rantir a saúde pulpar, sendo que alguns materiais restaura-
uma solução glicoprotéica, chega a ter aproximadamente dores podem ser extremamente citotóxicos11,13.
12% de água. Outra diferença importante entre estes dois Os materiais resinosos, especificamente os sistemas
substratos é a quantidade de matriz orgânica presente, adesivos, podem provocar intensa reação inflamatória crô-
principalmente o colágeno, que no esmalte chega a ter nica na polpa quando utilizados em cavidades profundas9
1% em peso, e na dentina pode atingir 18%. Sem contar agravando-se nos casos de exposição pulpar2,19.
ainda com a presença, na dentina, dos prolongamentos No caso dos adesivos do tipo total-etch, também cha-
dos odontoblastos no interior dos túbulos, conferindo a mados de etch & rinse ou convencionais, muitos profissio-
este tecido vitalidade, sensibilidade e potencial de rea- nais acreditam ser a etapa de condicionamento ácido a
ção frente aos estímulos externos. mais agressiva à polpa. Entretanto, o estudo do efeito dos
Uma vez que os substratos dentários possuem compo- diversos componentes dos sistemas adesivos convencio-
sições totalmente distintas, sendo a dentina rica em material nais na citotoxicidade às células pulpares mostram que o
orgânico e água, os sistemas adesivos precisam ter flexibi- primer e/ou bond são os principais agentes agressores (Ac-
lidade para se adaptarem às diferentes condições em cada corinte2. Em contrapartida, os adesivos autocondicionantes
tecido. Além disso, cabe ao profissional saber distinguir as (self-etch) não geram injúrias pulpares significativas quando
diferentes necessidades das mais variadas cavidades, ten- utilizados em cavidades profundas10, mas quando aplicados
do em vista que nem sempre o sistema adesivo poderá ser diretamente à polpa apresentam níveis inflamatórios eleva-
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aplicado diretamente à cavidade sem antes a mesma pas- dos e não aceitáveis clinicamente3.
Odontologia Estética: a arte da perfeição
Além do cuidado com a proximidade ao tecido pulpar, os resultados obtidos em laboratório são de grande valia para
durante a seleção do sistema e realização do protocolo se avaliar a efetividade de um sistema adesivo em particular.
adesivo, deve-se levar em consideração também o esta- Entretanto, é importante observar o comportamento dos sis-
do no qual o substrato, no caso a dentina, se encontra. O temas adesivos no que tange à resistência de união diante
acometimento pela lesão cariosa e as respostas frente a de diferentes substratos de dentina alterada, tais como den-
esse e outros agressores podem inviabilizar o uso de um tina acometida por cárie e dentina esclerosada.
determinado sistema adesivo e/ou requerer cuidados es- A dentina acometida por cárie apresenta alterações
peciais durante a preparação do substrato e/ou aplicação em sua estrutura morfológica e histológica decorrentes
Rasa
Não é necessária
(em esmalte ou pouco além da junção amelo-dentinária)
Média
Não é necessária
(remanescente dentinário de 1 a 2 mm)
Profunda 2
Deve-se realizar capeamento com hidróxido de cálcio P.A. ou MTA,
(exposição pulpar acidental em dentes jovens, com rizogênese incompleta
seguido de restauração provisória e proservação
sem presença de tecido infectado)
Profunda 3
Contra-indicada. Neste caso o dente deve ser submetido a
(exposição pulpar em dentes com rizogênese completa e/ou presença
tratamento endodôntico
6 de tecido infectado)
Adesão
A B C
Figuras 2A-D. Após a remoção do amálgama e tecido cariado, realiza-se o capeamento apenas das regiões profundas ou muito profundas com
hidróxido de cálcio tipo “pasta x pasta”.
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Odontologia Estética: a arte da perfeição
da lesão de cárie apresenta duas camadas, uma mais ex- adesivo nessa superfície devido à presença de cristais ao
terna, chamada de dentina infectada, com grande presen- longo da mesma, mas tal fato parece não influenciar nos
ça de bactérias, muito amolecida e com desnaturação tal valores de resistência de união quando comparados aos da
do colágeno que inviabiliza o potencial de remineraliza- dentina sadia31.
ção, a qual, portanto, deve ser obrigatoriamente removida. Tendo em vista o exposto, ao conduzir os procedimen-
A outra camada mais interna foi denominada de dentina tos restauradores, o profissional deve se atentar aos seguin-
afetada, a qual raramente apresenta bactérias e cuja des- tes critérios:
mineralização ainda é passível de ser revertida, devendo,
assim, ser mantida durante o preparo cavitário12. a. Manutenção da dentina afetada. Diante dos fatos
Na Odontologia moderna, o conceito de preservação expostos, é inconcebível na Odontologia moderna
de estrutura dental está apoiado justamente nesta filoso- remover-se todo substrato acometido pela cárie
fia, ou seja, da manutenção de um tecido que se encontra (dentinas infectada e afetada) até se deparar com
desmineralizado em função da lesão de cárie, porém com uma dentina sadia, uma vez que a preservação de
a capacidade de reversão. Entretanto, a manutenção des- estrutura dentinária afetada se faz pertinente fren-
se substrato alterado de dentina culminou em uma grande te à sua capacidade de remineralização comprova-
dúvida: “Será que a resistência de união em dentina afetada da em literatura.
é a mesma daquela obtida em dentina sadia?” Em um estu- b. Cuidadoso diagnóstico da profundidade da cavi-
do com diversos sistemas adesivos aplicados em diferen- dade e seleção do material. Diante de cavidades
tes substratos de dentina, observou-se que os resultados profundas de dentina afetada (remanescente den-
obtidos em dentina sadia foram superiores ao da dentina tinário menor que 1 mm, e sem exposição pulpar
afetada por cárie, provavelmente pela presença de algumas clínica), recomenda-se, sobre o material de capea-
substâncias como glicoproteínas, que podem interferir ne- mento, a utilização do ionômero de vidro como au-
gativamente na conversão dos monômeros em polímeros17. xiliar na remineralização deste substrato. A subse-
Além disso, a presença de cristais provenientes dos túbulos qüente aplicação do sistema adesivo e restauração
dentinários pode dificultar a capacidade de molhamento do com resina composta é perfeitamente conveniente
sistema adesivo, bem como dificultar a formação dos pro- sobre o material de base. Diante de cavidades mé-
longamentos de resina no interior dos túbulos dentinários, dias de dentina afetada (remanescente dentinário
os chamados tags resinosos7. Os sistemas adesivos tipo de 1 a 2 mm), pode-se optar pela aplicação dire-
etch & rinse, que utilizam condicionamento ácido, quando ta de sistemas adesivos. Se a escolha for por um
aplicados na dentina afetada, produzem uma camada híbri- sistema adesivo tipo etch & rinse, pode-se conduzir
da muito fina31. Isso se dá pela dificuldade de difusão do o condicionamento ácido dessa superfície da for-
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Adesão
Figura 3. Procedimentos
Necessidade clínica e Procedimentos Materiais
restauradores e respectivos
diferentes substratos restauradores restauradores
materiais empregados.
Esmalte
97% Amálgama de prata
Mineral Resina composta
Diretos Ionômero de vidro
Orgânico
-2% -1%
Água
12% 18%
do executado por todos os profissionais. Antes de qualquer sivo e a resina composta, nas técnicas indiretas, o embrica-
execução, é fundamental um correto planejamento do caso mento mecânico passa a ter uma importância muito maior,
a fim de se selecionar o material ideal e que, de preferência, apesar da união química também ocorrer.
o profissional possua certa intimidade com o mesmo a fim O quadro 2 apresenta, de forma resumida, a inter-relação
de conhecer sua forma correta de aplicação, adesão e/ou dos diferentes substratos dentários e suas diversas possibi-
cimentação. Além disso, a forma de confecção da restaura- lidades de restauração frente ao tratamento das superfícies.
ção também deve ser previamente determinada de acordo Pode-se notar que o princípio básico dos procedimentos ade-
com os critérios citados. Por exemplo, as restaurações de sivos em Odontologia fica bastante evidente. Independente-
resina composta, na técnica direta, são polimerizadas junto mente do substrato, geralmente este é tratado para ter sua
à camada de adesivo aplicada na estrutura dental, enquanto superfície recoberta com o bond, que servirá de união entre
que, na técnica indireta, são polimerizadas previamente à os diferentes substratos, como os tecidos duros do dente,
sua cimentação na estrutura dental. Enquanto no primeiro materiais restauradores diretos e diversos tipos de cimentos,
caso, há uma união química bastante eficiente entre o ade- muitas vezes utilizando-se alguns materiais acessórios.
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Adesão
QUADRO 2. Relação entre os diferentes substratos dentários e suas diversas possibilidades de restauração frente ao tratamento das superfícies (colaboração do Prof. Dr. Eduardo Miyashita – Universidade Paulista – UNIP.
COMPÓSITOS
DIRETOS
ESMALTE
SECO
Ácido
Fosfórico
B Restaurações Indiretas
Cimento Resinoso
(Dual ou Quimicamente ativado)
(Opcional)
AMÁLGAMA
ADESIVO
O
Resinoso (opcional) ou
Ac. Fluorídrico
ESMALTE
Silano ou
+ Ácido Cimento Jateamento
Primer BOND Primer com silica RMF
DENTINA Fosfórico Resinoso
(Dual ou (opcional) Metal/ ou asperização
(sempre úmida) Quimicamente METALOCERÂMICAS
Zircônia (ponta diamantada)
ativado)
CERÂMICAS
Jateamento (Feldspáticas, Dissilicato de Lítio e
SÓ DENTINA Ácido BOND Ac. (óxido de alumínio)
Primer Cimento Silano Fluorapatita) (TRADICIONAIS, EMPRESS
N
Fosfórico (opcional) (opcional)
(sempre úmida) Fluorídrico 2, E-MAX, EMPRESS ESTHETIC)
Resinoso
Jateamento CERÂMICAS
(óxido de alumínio) (ALUMINA)
Cimento Resinoso Silano (IN CERAM, PROCERA Alumina)
(opcional)
Quimicamente ativado
(1a Opção)
Dual (2a Opção)
Primer Metal/ Jateamento CERÂMICAS
(óxido de sílica) (Zircônia estabilizada por Ítrio YZ)
Zircônia (opcional) (IN CERAM, PROCERA FORTE
CERCON, LAVA)
D Cimento
Resinoso
BOND
(opcional)
Silano
(opcional)
Pinos
MATERIAIS RESTAURADORES DIRETOS meses após a confecção da restauração, o que não ocorrerá
com relação à técnica adesiva. Assim, é salutar o clínico ter
Resina composta
em mente que, embora o material amálgama tenha a chance
O procedimento adesivo para uma restauração de re-
de se autovedar, quando utilizada a técnica adesiva, aumen-
sina composta é relativamente simples, pois a aplicação do
ta-se a chance de insucesso se o isolamento do campo ope-
material é imediata. É importante que o clínico dimensione
ratório falhar, pois o autovedamento ocorrerá entre o adesivo
bem o tempo que vai trabalhar, pois, dependendo da exten-
e o amálgama, e não entre o adesivo e a estrutura dental.
são da cavidade, o procedimento restaurador com resina
A técnica de amálgama adesivo inicialmente foi desen-
composta pode ser bastante demorado, e é importante que
volvida utilizando um cimento resinoso sobre o adesivo, e
durante todo este procedimento o controle de umidade seja
condensando-se o amálgama durante a polimerização des-
absoluto para garantir uma restauração, no mínimo, adequa-
te cimento, propiciando o microembricamento entre eles.
da. Vários outros fatores envolvidos no processo restaurador
Posteriormente, vários estudos denominaram “amálgama
direto de resina composta podem afetar a qualidade da ade-
adesivo” a restauração deste material sobre um adesivo já
são obtida. A contração inerente à polimerização deste ma-
polimerizado, sem ter a chance do microembricamento, mas
terial gera inevitavelmente tensão na interface adesiva. Esta
mantendo a vantagem do selamento imediato obtido com o
tensão pode ser responsável pela diminuição da longevidade
sistema adesivo na estrutura dental. Assim, parece ser mais
da linha de união, formação de gaps (fendas) e sensibilidade
conveniente aproveitar as vantagens deste embricamento,
pós-operatória. Fatores como a geometria da cavidade, vo-
utilizando um cimento resinoso dual ou quimicamente ativa-
lume do material restaurador, modo de fotoativação, relação
do sobre a camada de adesivo já polimerizada.
carga/matriz da resina e seu comportamento visco-elástico
podem interferir significativamente aumentando ou diminuin-
MATERIAIS RESTAURADORES INDIRETOS
do tal tensão. Em suma, o profissional deve estar atento ao
Durante a realização de procedimentos restauradores
fato de que não apenas os passos envolvendo a escolha e a
indiretos, sabe-se da relevância que o preparo cavitário pode
aplicação do sistema adesivo são suficientes para garantir
ter sobre o sucesso da retenção. Devem-se seguir rigorosa-
longevidade clínica da união.
mente os princípios de retenção de próteses fixas, que vão
Amálgama adesivo variar de acordo com o tipo e localização da reconstrução
Embora o uso de amálgama tenha diminuído por ques- (coroa, onlays, facetas, etc.) e o material selecionado para
tões estéticas, não se pode negar que é um material prático, a futura peça, sendo sua importância ainda maior quanto
rápido de trabalhar, de baixo custo e tecnicamente muito me- mais difícil for a adesão ao material como, por exemplo, em
nos crítico, comparado a uma restauração de resina compos- peças metálicas.
ta. É importante salientar que o amálgama por si só é um ma- De igual relevância, são os cuidados a serem tomados
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terial restaurador que tem autovedamento com o passar dos durante a cimentação dessas peças, desde o tratamento
Adesão
das superfícies até a seleção do sistema de cimentação. propiciando o microembricamento do cimento. Esta as-
Este assunto ainda é muito controverso, cabendo aqui uma perização pode ser obtida por jato abrasivo de óxido de
discussão mais detalhada. Por exemplo, é muito freqüente alumínio (50µm) ou através de pontas diamantadas. Uma
a seguinte dúvida: “Utilizo um sistema adesivo fotoativado outra opção de tratamento é a aplicação de ácido fluo-
na estrutura dental e realizo a fotoativação antes da cimen- rídrico, desde que não se exceda o tempo de aplicação
tação ou utilizo um sistema de cura dupla, e fotoativo após além de 40 segundos. Após esses tratamentos, pode-se
a cimentação?” Se há a chance da peça protética não as- lançar mão do silano, uma substância com moléculas bi-
sentar adequadamente devido à polimerização precoce do funcionais que se ligam tanto às partículas de vidro do
sistema adesivo (gerando acúmulos em ângulos da cavida- compósito, como à matriz resinosa do bond ou do cimento
de), melhor optar por um sistema de cura dupla ou química. resinoso. Nunca se deve simplesmente assentar a peça
Além disso, a utilização desses sistemas que possuem ativa- sem previamente tratá-la como especificado, pois, embo-
ção química garante a polimerização em situações de difícil ra tenha similaridade em relação à natureza química do
acesso à luz, como no caso de peças espessas e/ou opacas. adesivo, estas peças não têm mais a camada superficial
Entretanto, no caso das facetas estéticas, a alteração de cor não-polimerizada, situação essencial para que haja união
em longo prazo provocada pela oxidação dos componentes química entre as partes envolvidas.
da ativação química (aminas) pode gerar comprometimento
estético significativo. Dessa forma, sistemas quimicamente Restaurações metálicas fundidas, coroas metálicas
ou metalocerâmicas
ativados ou de dupla cura passam a ser contra-indicados
A união à liga metálica sempre foi um desafio. A união
para facetas. Nesses casos, indicam-se apenas sistemas fo-
química entre óxidos metálicos das peças feitas com ligas
toativáveis, uma vez que a luz acessará o sistema de cimen-
alternativas (não-nobres) e o cimento resinoso, através das
tação devido à translucidez e pequena espessura da peça.
moléculas bifuncionais de primers metálicos, não é suficien-
Verifica-se, portanto, a complexidade do assunto, que
te por si só, sendo recomendada também a asperização in-
exige do profissional conhecimentos específicos, uma vez
terna da peça com pontas diamantadas ou com jatos de
que cada substrato requer um tipo de tratamento prévio à
óxido de alumínio ou sílica.
cimentação. A seguir, apresentam-se os tratamentos para
Como as peças metálicas bloqueiam por completo a
os diversos substratos.
passagem de luz, impossibilitando a fotoativação do cimen-
Compósitos indiretos to, a escolha deste é fundamental para se obter grau de
As peças de resina composta de laboratório, também conversão clinicamente aceitável. Pode-se optar por um ci-
conhecidas por “cerômeros” (nomenclatura esta questio- mento de dupla cura, cuja ativação química seja comprova-
nável, já que se trata de resinas compostas semelhantes damente eficaz, ou, preferencialmente, adotar um cimento
às diretas) precisam ter a superfície interna asperizada, de ativação química.
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Odontologia Estética: a arte da perfeição
Cerâmicas de baixo teor cristalino ou ácido susceptíveis sistemas de ativação química ou dual; 2) optar por adesi-
(exs: porcelanas, Empress II, Empress Esthetic, E-Max)
vos sabidamente compatíveis com o cimento resinoso, pois
Estas cerâmicas devem ser condicionadas com ácido
sistemas adesivos com acidez acentuada, principalmente
fluorídrico pelo tempo recomendado pelo fabricante. Como
sistemas autocondicionantes, podem interferir na ativação
opção, tem-se o jateamento com óxido de alumínio. A seguir,
química da polimerização do cimento, o que acarretará em
deve-se aplicar o agente de união (silano), que vai se ligar à
possível descolamento do pino da raiz; 3) perfeita adapta-
porção vítrea do material e à matriz do cimento resinoso. Para
ção entre pino e paredes radiculares, proporcionando uma
peças delgadas como facetas é interessante utilizar preferen-
linha de cimentação fina.
cialmente sistemas fotoativados pelos motivos já expostos. Já
as peças espessas ou opacas como onlays ou coroas reque-
Constituintes básicos dos sistemas adesivos e suas funções
rem o emprego de sistemas de ativação dupla ou química.
Os sistemas adesivos são convencionalmente compostos
Cerâmicas de alto teor cristalino ou ácido resistentes
(exs: Cercon, Procera, InCeram e Lava) por três elementos básicos: um ácido, um primer e um bond.
Estas cerâmicas não são passíveis de condicionamento O ácido, normalmente fosfórico na concentração de 30 a
ácido. Para a obtenção de adesão no processo de cimenta- 37%, irá interagir com os tecidos duros dentais, proporcionan-
ção, é recomendado o jateamento com óxido de alumínio, do uma limpeza e desmineralização superficiais. Com relação
posterior aplicação de primer metálico (também aplicável à à limpeza, tanto no esmalte, bem como na dentina, forma-se
zircônia), ou jateamento com deposição de sílica (sistemas uma camada superficial de resto de minerais provenientes do
Rocatec ou Cojet) e aplicação de silano. Destas duas for- corte das pontas de desgaste, óleo dos motores, saliva, san-
mas, cria-se uma superfície com radicais livres para reagir gue, bactérias etc., que recobrem as estruturas e interferem
na adesão. Esta camada recebe o nome de esfregaço, lama,
com o sistema de cimentação.
ou do inglês smear layer. Assim, o uso de ácidos permite uma
Pinos intra-radiculares remoção deste “contaminante” e exposição dos tecidos du-
Para cimentar um pino pré-fabricado é essencial conhe- ros do dente aos outros componentes do sistema adesivo.
cer sua natureza como de fibra de vidro, de carbono, de Com relação à desmineralização superficial, para cada tecido
quartzo, ou metálicos. Todos os pinos de fibra devem ser duro dental tem-se uma condição específica. No esmalte, o
limpos inicialmente com álcool, sendo que os pinos de fibra condicionamento ácido permite uma desmineralização sele-
de vidro podem receber a aplicação de silano (ligação quí- tiva, criando porosidades e, conseqüentemente, microrreten-
mica entre as fibras de vidro e o sistema de cimentação). Os ções (Fig. 4) que, devido a sua alta energia superficial, são
pinos podem receber uma camada de bond, ou serem re- facilmente preenchidas pelos monômeros fluidos presentes
cobertos diretamente com o cimento resinoso. Três aspec- no primer e no bond dos sistemas adesivos. O mesmo efeito
tos devem ser frisados quanto à cimentação de pinos intra- observado no esmalte se observa na dentina, ou seja, a ocor-
16
radiculares: 1) devido à dificuldade de acesso à luz, utilizar rência de uma desmineralização seletiva, criando porosida-
Adesão
des, mas, devido às particularidades da estrutura dentinária quanto que junto ao limite amelo-dentinário, 1µm. Como os
e de sua composição, a penetração dos monômeros fluidos túbulos são repletos do fluído tubular, que é uma solução gli-
dos sistemas adesivos torna-se muito mais complexa. coprotéica, fica claro entender o porquê da maior umidade
A dentina é formada por uma quantidade enorme de tú- em dentina profunda comparada à superficial (Fig. 5).
bulos dentinários que se originam na polpa e emergem até o Quando a dentina é condicionada com um ácido fosfórico,
limite amelo-dentinário, numa distribuição raiada. Assim, tor- a camada de smear layer é dissolvida, deixando a luz dos tú-
na-se de fácil compreensão que, em cavidades profundas, se bulos dentinários aberta, aumentando o fluxo do fluido tubular
encontre um maior número de túbulos dentinários por milíme- em direção à superfície; e a superfície dentinária subjacente é
tro quadrado (aproximadamente 45.000) quando comparado desmineralizada seletivamente, aumentando a luz dos túbulos
ao número junto à junção amelo-dentinária (aproximadamente dentinários, bem como expondo uma camada superficial de
20.000). Outro detalhe importante é que tais túbulos junto à fibrilas colágenas (Fig. 6). Diferentemente do esmalte, a ex-
polpa podem apresentar diâmetro interno de até 2,5µm en- posição dessas fibrilas colágenas leva a uma diminuição da
Polpa
Limite
amelo-dentinário
1. Túbulo dentinário
2. Odontoblastos
3. Prolongamento do odontoblasto
4. Terminação nervosa amielínica
5. Sentido do fluxo do fluido tubular
4 5
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Odontologia Estética: a arte da perfeição
chamados autocurados, ou selfcure, recomendados estes Quando as três etapas básicas do protocolo adesivo
dois últimos quando não se tem a certeza do alcance da (condicionamento ácido, aplicação do primer e aplicação
luz do aparelho fotopolimerizador ao material, como no do bond) são realizadas seqüencialmente, o sistema adesi-
caso de todas as peças protéticas metálicas e alguns ca- vo é classificado como sendo de três passos (three-step).
sos de peças cerâmicas e de resina composta laboratorial Já quando um ou dois passos são suprimidos/simplifica-
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS com a classificação pelo número de frascos, os sistemas
Conforme já exposto anteriormente, diferentemente da de três passos podem também ser chamados de múltiplos
adesão em esmalte, consagrada há muito na literatura16, a frascos, os de dois passos, de frasco único ou one bottle,
adesão em dentina ainda é um desafio a ser superado devi- e os de um único passo, all-in-one. Cabe salientar que em
do a todas as adversidades inerentes ao tecido16. Em virtude alguns sistemas, componentes presentes em diferentes
disso, o desenvolvimento contínuo dos sistemas adesivos frascos são misturados previamente à aplicação, como é
de tais dificuldades, além da simplificação da técnica para qual o primer e o bond são misturados logo antes da apli-
o clínico. Várias classificações vêm sendo propostas por di- cação, que é feita em apenas um passo.
versos autores para os diferentes sistemas adesivos odon- Os sistemas adesivos de múltiplos frascos, também
tológicos27. Todas elas são coerentes, embora apresentem ditos convencionais, atualmente disponíveis no mercado
diferentes enfoques. Algumas se baseiam na cronologia do brasileiro são: Scotchbond Multi-Uso* (3M ESPE), OptiBond
desenvolvimento do sistema adesivo (classificação por ge- FL (Kerr), All Bond 2* e All Bond 3* (Bisco), Bond-It (Jeneric
rações), outras, no tipo de tratamento aplicado à camada de Pentron), Syntac/Heliobond (Ivoclar vivadent), Solobond
smear (etch & rinse ou convencionais e autocondicionantes), Plus (Voco) e Paama 2 (SDI). O quadro 4 apresenta uma
no número de passos clínicos de aplicação (três, dois ou seqüência de aplicação do sistema adesivo Solobond Plus
um passo), ou ainda no número de frascos em que primer (Voco) com os respectivos cuidados a serem tomados.
e bond se apresentam (dois frascos, também chamados de Os sistemas adesivos one bottle surgiram a partir da
20
Adesão
QUADRO 4. FIGURAS 7A-E. Seqüência de aplicação de um sistema adesivo convencional de múltiplos frascos (SOLOBOND PLUS, VOCO) com os respectivos cuidados clínicos
Figura
Seqüência clínica
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Odontologia Estética: a arte da perfeição
1. O número de camadas de primer, primer/bond que devem ser aplicadas irá depender basicamente do tipo de solvente do sistemas
adesivo e da permeabilidade do substrato, devendo o profissional atentar-se ao material que selecionou e às condições do
22 substrato que receberá o material (vide item “Constituintes básicos dos sistemas adesivos e suas funções”).
* Sistemas que apresentam a opção de polimerização dupla através da utilização de um ativador químico.
Adesão
Com o intuito de facilitar ainda mais os procedimen- próprio aplicador no momento da utilização. Um novo ade-
tos adesivos, foram desenvolvidos sistemas de passo sivo autocondicionante, o Filtek LS (o LS refere-se ao ter-
único, também chamados de all-in-one. Eles podem se mo low shrink – baixa contração) da 3M ESPE foi desenvol-
apresentar de duas formas: agregando todos os compo- vido para uso exclusivo com o compósito Filtek LS a base
nentes em apenas um frasco – iBond (Heraeus Kulzer), de siloranos, com indicação para dentes posteriores.
AQBond (Sun Medical), Clearfil 3S Bond (Kuraray), Stae + Com relação à eficácia dos sistemas autocondicionantes
(SDI), Adhese One (Ivoclar Vivadent) e One coat 7.0 (Col- sobre o esmalte, cabe um comentário muito importante. Em
tène Whaledent)*, ou em dois frascos – All Bond SE (Bis- geral, o padrão de condicionamento proporcionado pelos pri-
co), AdperPrompt (3M ESPE), One UP Bond F (Tokuyama), mers ácidos é bem inferior daquele obtido através do ácido
Xeno III (Dentsply) cujos conteúdos são misturados em fosfórico (Fig. 9), o que normalmente resulta em uma resis-
um casulo plástico previamente à aplicação ou na forma tência adesiva menor15. Dessa forma, ainda hoje, em cavida-
de blisters individuais – Adper Prompt L Pop (3M ESPE) e des mistas com margens em esmalte, recomenda-se realizar o
XENO IV (Dentsply) – com os componentes localizados em condicionamento prévio e isolado do esmalte com ácido fosfó-
compartimentos separados e que são misturados com o rico e, só a seguir, aplicar o sistema autocondicionante21.
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Odontologia Estética: a arte da perfeição
QUADRO 5. FIGURAS 8A-F. Seqüência de aplicação de um sistema adesivo autocondicionante de múltiplos frascos (All Bond SE, Bisco) com os respectivos cuidados clínicos
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A B
C D
Figuras 13A-D. Remoção de restaurações de amálgama a partir de cortes estratégicos e desgaste mínimo.
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mastigação. Esses fatores podem corroborar para • obliteração dos túbulos dentinários: a partir de
a sensibilidade pós-operatória esporadicamente substâncias que causem a redução ou inibição do
reportada com o uso de adesivos convencionais. movimento dos fluidos nos túbulos ou a permeabi-
lidade dentinária através da precipitação de prote-
Conforme visto, a ocorrência da hipersensibilidade ínas ou deposição de cristais. Dessensibilizantes à
pós-operatória tem como causa primária a falta de plane- base de oxalatos ou glutaraldeído aplicados sobre
jamento e/ou a realização de procedimentos inadequados a dentina após o condicionamento ácido e antes da
pelo próprio profissional. Tirando condições que fogem ao aplicação do sistema adesivo reduziriam o fluxo su-
nosso controle e sapiência, faz-se totalmente viável a pre- perficial da dentina condicionada. Os dessensibili-
venção desse tipo de intercorrência, seguindo os cuidados zantes a base de oxalatos estão disponíveis como
transcritos anteriormente e se atualizando constantemente géis ou soluções que consistem em baixas concen-
sobre o assunto. trações de ácido oxálico. Com o uso dessas subs-
Uma maneira coadjuvante de se tentar aliviar a sensi- tâncias, é possível reduzir-se o fluxo superficial da
bilidade pós-operatória é o uso de substâncias que podem dentina condicionada. Quando os íons cálcio são
apresentar os seguintes modos de ação: quelados da smear layer e dentina subjacente, os
íons oxalatos se difundem mais para baixo dos tú-
• ação antiinflamatória: acredita-se que a aplicação bulos dentinários até haver mais íons cálcio dispo-
de glicocorticóides topicamente sobre a dentina níveis para a reação. A redução da permeabilidade
exposta diminui a sensibilidade da mesma, ao redu- dentinária é, portanto, obtida via oclusão tubular
zirem a pressão intrapulpar; subsuperficial. Entretanto, a oclusão superficial dos
• despolarização das terminações nervosas: o prin- túbulos dentinários promove apenas uma redução
cipal representante desta categoria é o nitrato de temporária na permeabilidade dentinária e na sen-
potássio que bloqueia a passagem do estímulo ner- sibilidade uma vez que os cristais são na realida-
voso ao atuar por despolarização das membranas de parcialmente dissolvidos pelos fluidos orais. O
das fibras nervosas, efeito este temporário. O gel Oxa-Gel (Kota) e o BisBlock (Bisco) são represen-
Dessensiv (SSWhite) e o Desensibilize (FGM), se- tantes comerciais desta categoria. Já a teoria que
gundo os fabricantes, combinam essa ação com a explicaria a ação do glutaraldeído relata que essa
de obliteração dos túbulos através da associação substância seria capaz de fixar proteínas no inte-
de nitrato de potássio, oxalato de potássio e flu- rior dos túbulos, reduzindo assim a permeabilidade
oreto de potássio, no primeiro caso, e cloreto de dentinária. O Gluma Desensitizer (Heraeus Kulzer) é
estrôncio, no segundo caso; um exemplo de marca comercial.
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COMO AUMENTAR A DURABILIDADE DAS único, por serem esses sistemas muito ricos em mo-
INTERFACES ADESIVAS
nômeros hidrofílicos, o que reduz drasticamente a
As pesquisas mais recentes no assunto mostram que
longevidade da união. Essa camada insolúvel reduz
uma união eficiente e duradoura é mais bem garantida a par-
a sorção de água, estabilizando a camada híbrida
tir da obtenção de uma camada híbrida e tags resinosos de
através do tempo.
qualidade, independentemente da sua espessura ou morfo-
• Aumento do tempo de polimerização do adesivo
logia. Melhor ainda, quando se preserva esmalte na cavidade.
além do recomendado pelos fabricantes: resulta em
Com relação à dentina, todos os cuidados se remetem à ob-
uma melhor polimerização do material e redução da
tenção de uma maior impregnação do substrato dentinário,
permeabilidade dessa camada adesiva.
através dos componentes do sistema adesivo, reduzindo-se
• Uso de inibidores de enzimas colagenases: a aplica-
assim a sorção de água e a degradação das fibrilas colá-
ção dessas substâncias como um primer adicional
genas. Algumas das mais atuais modificações no protocolo
parece reduzir o envelhecimento da interface inibin-
adesivo convencional estão apresentadas abaixo:
do a ativação das enzimas endógenas da dentina
que são responsáveis pela degradação das fibrilas
• Preferência aos sistemas adesivos etch & rinse de colágenas. Entretanto, isso é algo recente e outras
três passos e autocondicionantes de dois passos pesquisas ainda precisam ser desenvolvidas sobre o
aos sistemas simplificados. assunto.
• Caso se selecione um sistema autocondicionante, de- • Melhora da impregnação do sistema adesivo: a agi-
ve-se pré-condicionar o esmalte com ácido fosfórico tação vigorosa durante a aplicação, o aumento no
antes da aplicação do primer autocondicionante. tempo de aplicação e a mais recente associação
• Caso selecione um sistema simplificado, uso de de corrente elétrica durante a aplicação dos siste-
uma camada de adesivo hidrofóbico: tal feito torna- mas adesivos garantem uma melhor penetração dos
se necessário nos sistemas simplificados etch & rin- componentes, o que garante uma melhor união do
se de dois passos e autocondicionantes de passo material aos substratos dentários.
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Odontologia Estética: a arte da perfeição
sobre os autores
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