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Dentística 1 (Materiais Dentários)


1. Materiais Dentários e suas Propriedades Mecânicas;

2. Abordagem Clínica da Doença Cárie;

3. Isolamento do Campo Operatório (Absoluto e Relativo);

4. Nomenclatura e Classificação das Cavidades;

5. Princípios Gerais do Preparo Cavitário (Tempos Operatórios);

6. Limpeza e Proteção do Complexo Dentinopulpar;

7. Limpeza e proteção do Completo Dentinopulpar – PARTE 2;

8. Cimentação (prática);

9. Cimentos de Ionômero de Vidro (prática);

10. Cimento de Ionômero de Vidro – Parte 1;

11. Cimento de Ionômero de Vidro – Parte 2;

12. Preparo Cavitário para Materiais Adesivos;

13. Sistema Adesivo;

14. Resina Composta;

15. Amálgama – Parte 1;

16. Amálgama – Parte 2;

PROIBIDO A VENDA E DIVULGAÇÃO DO MATERIAL, ALÉM DE NÃO SER PERMITIDO POSTAR O MESMO
EM PLATAFORMAS ONLINE COMO “PASSEI DIRETO”, POR EXEMPLO. O SEU MATERIAL VEM COM SUA
IDENTIFICAÇÃO, NOME COMPLETO E CPF, SENDO ASSIM UMA FORMA DE PROTEGER O MATERIAL E NÃO
CIRCULAR SEUS DADOS NA INTERNET.

DESDE JÁ, AGRADEÇO A COMPREENSÃO, @RESUMODONTOLOGIA!

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Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais Dentários e suas Propriedades Mecânicas

 Materiais Dentários
 Há séculos os materiais dentários vêm buscando repor ou alterar a estrutura dentária existente, por meio de
materiais biocompatíveis e duráveis para restaurações dentárias de preenchimento direto e materiais
protéticos processados, indiretamente capazes de suportar as condições adversas do ecossistema oral.
O material ser biocompatível significa que não vai fazer mal ao organismo e dentro dos materiais existem
materiais que são mais biocompatíveis e materiais que são menos biocompatíveis, e todos eles, devido a
condição do meio bucal, que é um meio úmido com bactérias, com diferença de pH, esses materiais têm que
ter uma durabilidade pelo menos razoável.
Tem-se materiais que podem ser utilizados de forma direta, como é o caso da resina composta, e tem
materiais que são os protéticos, que são utilizados de forma indireta, como é o caso das coroas, dos pinos.

 Grupos:
o Metais;
 A maioria atua de forma indireta, porém há metais como o amálgama que atua de forma
direta, que é colocado na cavidade bucal;
 Tem coroas que são totalmente metálicas;
 Tem-se os pinos metálicos;
 Tem-se próteses também que são livres de metais.
o Cerâmicas:
 As coroas podem ser metalocerâmicas, sendo que por dentro elas são de metal e por fora
são de cerâmica;
 Já se tem implantes que são cerâmicos, a base de zircônia.
o Polímeros:
 É como se fosse uma variação da resina composta;
 As dentaduras são feitas com polímeros, depois tem-se os elastômeros, cimento de
ionômero de vidro, selante de cicatrículas e fissuras, então todos eles são agrupados em
polímeros, que são materiais de polimento.
o Resinas compostas

 Material Ideal:
o Ser biocompatível;
o Ter adesão permanente as estruturas dentárias e ósseas;
o Ser estético;
o Exibir propriedades semelhantes ao tecido que irá substituir;
o Ser capaz de promover regeneração ou reparação tecidual.

 Classificação dos materiais:


o Materiais preventivos
- Usa antes de a pessoa ter um problema, logo servirá para prevenir;
- Ex.: Selante de cicatrículas e fissuras  Se a pessoa tem um molar com um sulco muito profundo,
coloca-se um material para preencher esse sulco, o que dificulta a retenção de placa.
- Materiais que diminuem a quantidade de microorganismos na boca como a clorexidina.
- Flúor  pode ser em formato de verniz ou gel, e são utilizados para remineralizar, então a pessoa
ainda não está com cárie, então tem-se que usar esse flúor para que essa cárie, não apareça.

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o Materiais restauradores
- São os materiais que vão servir para a restauração;
- Ex.: Resina, amálgama, cimento de ionômero de vidro, sistema adesivo.
o Materiais auxiliares
- São os materiais que não vão ficar na boca do paciente de uma maneira definitiva, e sim
temporariamente;
- Resina acrílica, gesso...

 Propriedades dos materiais:


o Para que estudar as propriedades dos materiais? R: Para que se consiga entender e ter uma visão
de como aquele material é aplicado, quais são realmente as suas propriedades, para que eles
servem, como eles são utilizados;
o O estudo das propriedades dos materiais odontológicos permite ao cirurgião-dentista definir quais
materiais odontológicos estarão indicados para cada tipo de procedimento, em cada situação, com
o intuito de atingir o sucesso em seus procedimentos.
o As propriedades dos materiais podem ser:
1- Mecânicas;
2- Físicas;
3- Elétricas;
4- Outras propriedades

1- Propriedades Mecânicas

 Definição:
o São definidas pelas leis da mecânica, isto é, ciência física que trata de energia e forças, e seus
efeitos nos corpos, então é basicamente uma força que a gente põe em cima do corpo, que vai
gerar uma outra resposta sobre a gente;
o O estudo das propriedades mecânicas implica no exame das relações entre um corpo e as forças
que atuam sobre o mesmo, assim como as consequências dessas relações.

 Tensão e deformação:
1) Força: ação que produz ou tende a produzir alteração de movimento de um corpo ou a sua deformação.
FORÇAS OCLUSAIS

INCISIVOS = 150 N
CANINOS = 200 N
PRÉ-MOLARES = 300 N
MOLARES = 400 A 800N

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OBS.: Dentes x Restaurações  Não consegue-se devolver com as restaurações, a mesma força que o dente natural
tem. Quanto maior a restauração, menos força esse dente vai ter, por isso que o dente vai se tornando mais frágil,
conforme vai se tendo um maior volume de material restaurador.

2) Tensão
o Reação interna de um corpo a uma força externa com igual intensidade e com direção oposta.
o Quando a seta empurra o bloco ao lado com uma força, esse bloco vai empurrar essa seta com
uma mesma força, só que com direção oposta.
o Unidade de medida: N/m²
o Tensão (T) = Força/Área
Pa (Pascal) = 1 N/m²
Mpa (MegaPascais) = 106 Pa

o Tipos de tensão:
2.1) Tensão de tração:
 Resposta a uma força que tende a esticar ou alongar um corpo.
 Ao puxar o bloco (dos dois lados) para fora, tem-se uma resposta, uma tensão de
tração para dentro do corpo.

2.2) Tensão de compressão:


 Resposta à uma força que tende a comprimir ou encurtar um corpo.

2.3) Tensão de cisalhamento:


 Resposta a uma força que tende a deslocar ou torcer um corpo;
 É uma força que “esfrega” ou é uma força que torce.

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2.4) Tensão por flexão:
 Aplicação de uma força concentrada sobre a porção mediana do corpo apoiado pela
suas extremidades;
 A parte que aplica-se a força não está apoiada.
 Um exemplo clássico é quando se tem uma prótese fixa, quando tem-se dois dentes
que tem raiz, e um dente que não tem raiz, então ele é apoiado em outros dois
pilares.

3) Deformação:
o Alteração do corpo pela ação da força/tensão;
o Ocorre quando a reação interna (tensão) é superada pela força;
o Logo, quando tem-se uma força que é maior que a força do objeto, isso tende a causar uma
deformação.

Força Deformação
Axial Alongamento
o
Contração
Cisalhamento Cisalhamento

Torção Torção

Flexão Flexão

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o Tipos de deformação:
1) Deformação elástica:
 Conceito: a deformação elástica é uma deformação reversível;
 Quando coloca uma força sobre o elástico vai ser esticado;
 Desaparece quando a força é removida

2) Deformação plástica:
 Conceito: a deformação plástica é uma
deformação permanente;
 Não se recupera quando a força é removida

o Lei de Hooke
 A intensidade da Força elástica é diretamente proporcional à deformação elástica;
 É utilizada para calcular a deformação causada pela força exercida sobre um corpo;
 Logo quanto mais aumenta o peso, mais estará aumentando a deformação elástica.

o Limite Proporcional (LP)


 É a tensão máxima que uma estrutura pode suportar antes de começar a apresentar
deformação plástica;
 Valor acima do qual as tensões aplicadas não mais serão proporcionais às deformações
respectivas.

Gráfico: Tensão/Deformação

Carga Deformação
100 Kg 0,1 %
200 Kg 0,2 %
300 Kg 0,3 %
400 kg 0,4 %
500 Kg 0,68 %
600 kg 0,83 %

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Explicação gráfico: Se colocar uma força de 400kg, suportará antes de começar a se deformar plasticamente, logo, se
deformará apenas elasticamente, teve uma deformação de 0,4%, ao tirar essa força a sua deformação volta para
zero, entretanto se for colocado uma força maior do que 400kg irá se deformar plasticamente.

o Limite Elástico:
 Tensão máxima suportada por um material de modo que, removida a carga, o mesmo
retorne às suas dimensões originais.
 Limite proporcional X Limite Elástico
 Limite Proporcional
Tensão acima da qual não há mais proporcionalidade entre a tensão aplicada e
a deformação.
 Limite Elástico:
Tensão máxima que um material pode suportar antes de apresentar
deformação plástica.

OBS: O limite proporcional e o limite elástico é o mesmo ponto no gráfico. A única


diferença entre eles é o conceito.

o Limite de Escoamento:
 Valor da tensão necessária para induzir uma pequena quantidade de deformação
plástica.
 É o primeiro ponto que vai e não volta mais, após aplicar uma força.
o Limite Convencional de Escoamento (LCE)
 Tensão necessária para se produzir uma deformação em particular previamente
escolhida;
 É o limite que a gente escolhe, vai-se aplicar uma força e vai ver o quanto o corpo
deforma.

Carga Deformação
100 Kg 0,1 %
200 Kg 0,2 %
300 Kg 0,3 %
400 kg 0,4 %
500 Kg 0,68 %
600 kg 0,83 %

o Propriedades mecânicas nas deformações ELÁSTICAS


 Módulo de elasticidade, elástico ou de Young (E)
Descreve a rigidez de um material dentro do LP (limite proporcional);
Quanto menor o módulo de elasticidade, maior vai ser a deformação elástica,
quanto maior o módulo de elasticidade, menor a deformação elástica.

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Contraste

E = Tensão/Deformação

E = Deformação elástica

 Flexibilidade
Propriedade de ser passível a grandes deformações elásticas.

 Flexibilidade máxima ( )

Deformação que ocorre quando o material é tensionado ao seu LP (Limite
proporcional).

o Propriedades mecânicas nas deformações PLÁSTICAS


 Resiliência
Energia absorvida por um material quando tensionado até o LP

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 Friabilidade
Incapacidade relativa do material de suportar uma deformação plástica;
Suporta mais uma deformação elástica, em compensação quando ela chega em
uma deformação plástica, ela logo para, pois aí ela quebra.

 Ductibilidade e Maleabilidade

TRAÇÃO COMPRESSÃO

Definição para ambos Capacidade do material de suportar uma deformação


permanente sem ruptura
A diferença entre um e outro, é que, se usa o termo dúctil quando está se
falando de tração e usa-se o termo maleável quando está se falando de
compressão.

 Explicação gráfico: No gráfico tem-se escrito ductibilidade, mas também


poderia está escrito maleabilidade.
Tem-se o material A, ele tem um grande limite de proporcionalidade, depois
desse grande limite de proporcionalidade, ele tem uma alta deformação plástica
também, então ele tem uma deformação elástica que aguenta uma grande
força, mas que se deforma pouco, e depois ele vai se deformando e
deformando, desde que não aumente muito a força.

Tem-se um material B, que vai ter um limite de proporcionalidade, com uma


força menor, então com menos força ele se deforma mais. Tem-se também o
material C, que se deforma com pouca força, e se deforma mais, mas quando
ele entra no limite de deformação plástica ele já se rompe. Agora, ao pensar em
ductibilidade ou maleabilidade, tem-se que, apesar do material A aguentar bastante força sem se deformar, de
maneira que ele não volte, ele também consegue se deformar bastante, sem romper, então a ductibilidade dele é
maior, do que um material que vem se deformando, deformando, vem se alterando sem se deformar, e depois
rompe. Então a ductibilidade vem da somatória tanto da deformação elástica, quanto da deformação plástica, então
seria o quanto esse material conseguiria se deformar plasticamente.

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 Tenacidade
Quantidade de energia necessária para a fratura

OBS.: RMT (Resistência Máxima


de Tenacidade)

 Propriedades de resistência
 Resistência
Tensão necessária para causar fratura ou deformação plástica;
Vai-se observar o quanto o material suporta de força antes de se deformar ou
quanto o material suporta de força antes de se romper;
Resistência máxima
 Tensão máxima suportada antes da fratura

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Propriedades de resistência
1) Resistência à tração
- Geralmente usa-se esses testes com materiais metálicos;
- Quanto o material vai suportar se puxar ele.

2) Resistência à tração diametral


-Esse teste é utilizado quando se tem
materiais friáveis ;
- Vai-se colocar uma força, e apesar de
está escrito tração geralmente é uma
força de compressão, e o objeto que é
cilíndrico que vai está em estudo, tende a
se romper na metade, ao meio.

3) Resistência à compressão
- Vai comprimir um corpo, e esse corpo vai se deformar da maneira que ele
quiser, não necessariamente vai quebrar ao meio, ele vai se quebrar de
qualquer maneira.

4) Resistência à flexão
- Tem-se duas bases, um material em cima e faz-se uma força no meio desse
material;
- Se quiser por exemplo saber quanto uma prótese vai suportar, fazer uma força
entre as próteses.

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- Tem-se os implantes dentários, se pegar uma dentadura e colocar sobre esses implantes, só que o material que é
feito a dentadura que é um polímero, quando a pessoa começar a mastigar, vai tender a quebrar entre um implante
e outro, para tentar solucionar esse problema, pode-se colocar uma barra metálica, e quando fizer a força de flexão,
vai resistir muito mais do que se só tivesse um material sem essa barra. Então a força de flexão que o metal aguenta
é muito maior do que a que o acrílico aguenta. Então para conseguir fazer com que não quebre a dentadura entre
um implante e outro, coloca-se uma barra metálica e vai distribuir melhor essa tensão.

5) Resistência á fadiga
- É um teste que se faz para ver o quanto de ciclos aquela estrutura vai suportar;
- Quantos ciclos a estrutura aguenta até formar ou um defeito ou uma trinca ou
uma fratura.

6) Resistência ao impacto
- Coloca-se dois pilares/suportes, coloca-se uma barra, nessa barra faz-se um
entalhe e depois coloca-se um pêndulo, o pêndulo pode bater apenas uma
única vez, e o objeto quebrar, ou o pêndulo pode bater várias vezes até que o
objeto se quebre.

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Propriedades mecânicas de superfície
1) Dureza
- Resistência á endentação ou penetração na superfície;
- Quanto mais o material se deformar menos duro ele é.

- TESTES DE DUREZA

2) Fricção
- Resistência de um material sobre o outro ao movimento.

3) Desgaste
- Perda de material pela remoção e deslocamento de materiais através do
contato entre eles.

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o Propriedades mecânicas nas estruturas dentárias

ESMALTE E DENTINA

 Esmalte é um material mais rígido e mais friável, então ele demora para se
deformar, tem uma resistência elástica maior, e quando ele começa a se deformar
plasticamente logo ele quebra.
 Dentina é um material mais flexível e mais tenaz. Tem uma deformação elástica
menor do que a do esmalte, mas tem uma deformação plástica maior do que a do
esmalte.

2) Propriedades Físicas

 O que são?
o São baseadas em leis da mecânica, acústica, óptica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo,
radiação, estrutura atômica ou fenômenos nucleares.
 Óptica;
 Térmica;
 Elétrica

 Propriedades ópticas

o Cor
 A percepção de cor de um objeto é resultado de uma resposta fisiológica a um
estímulo física, que é a luz.
 A cor pode sofrer interferência
 A cor ela “não é fixa”, cada pessoa vai enxergar de uma maneira. Contudo quando
vai-se para a boca de um paciente, tem-se que acertar a cor, logo o aluno de

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odontologia deve começar a treinar o olhar, para conseguir ter semelhanças do que
se está enxergando com a cor real do dente.
 Luz Visível
 Dentro do espectro visível de luz, vai-se desde o violeta até o infra-vermelho.
São as cores que nós vamos conseguir enxergar.

 Dentro da odontologia divide-se as cores de três maneiras, que se chama de:


- Matiz
- Croma
- Valor

 Matiz
Determina a cor, segundo o seu comprimento de onda no espectrograma.
Descreve o tipo de cor (nome)
Vai definir se a cor é amarela, se é vermelho, se é azul, por exemplo.

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 Croma/Saturação
Mede a intensidade do matiz;
Maior ou menor intensidade de saturação;
Quanto maior a saturação mais escura fica, quanto menor a saturação mais claro fica.

 Valor/Luminosidade
Brilho da cor – quantidade de pigmentos brancos ou preto, que o dente vai ter;
Cada dente tem uma característica de absorver ou refletir a luz, então quanto mais ele
reflete a luz, mais branco ele tende, e quanto mais esse dente absorve, mais pigmentos
para o escuro se tende;
Gradação de quanto essa cor reflete ou absorve luz.

o Mensuração de cor
- Para poder conseguir medir a cor tem-se dois métodos:
 Técnicas instrumentais:
Espectrômetro  vai avaliar a cor de acordo com equações
matemáticas, então aponta a ponta para o dente e ele vai
medir. Ele vai dar tanto os valores que costuma-se usar que é
os que vêm na resina A1, A2, A3, como também vai-se dar
valores mais específicos, que são valores de delta.
Odonto – Sensor Digital de Cor
Easyshade Advance 4.0 Vita – Wilcos

 Técnicas Visual:
Usa-se a escala de cores
A escala de cor que se tem na clínica da Fainor foi feita para avaliar cerâmicas, quando
vai fazer uma prótese indireta. Para avaliar resina, cada resina tem um sub tom
diferente, então muitas vezes o tom da resina de uma marca, muitas vezes não é o tom
da resina A”x”, que seria semelhante a da outra marca. Então o ideal é sempre que se
teste depois a resina na boca, para poder saber se aquele A”x” escolhido realmente
condiz com o A”x” da boca do paciente.

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X = 1 ou 2 ou 3 ou...
Ex.: Escala de Cores Vita Classical – Wilcos

OBS.: Os “A’s” são os tipos de matiz, depois A1, A2, A3, A3/2, A4... são o nosso croma, e
depois a nossa saturação a gente só consegue medir quando se tem esse tipo de escala, que
é uma escala já mais completa.

o Metamerismo
 Capacidade de uma cor ser idêntica a outra em uma mesma fonte de luz.
 É quando muitas vezes achamos que é uma determinada cor quando estamos sob
uma luz, ou a mesma cor em diferentes luminosidades se tornem diferentes.
 **Pode se tornar diferente ao mudar a iluminação

o Fluorescência
 É a emissão de energia luminosa por um material, quando
um feixe de luz brilha sobre ele;
 É a capacidade que um material tem de refletir uma luz;
 As luzes azul e ultravioleta produzem uma luz fluorescente
passível de ser vista;
 O dente tem uma fluorescência natural, tem dentes que são
mais fluorescentes e tem dentes que são menos fluorescentes;
 As resinas compostas tem umas que são muito fluorescentes e
outras que são bem menos fluorescente.

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o Opacidade | Translucidez e Transparência
o Opacidade:
 É a propriedade dos materiais que previne/evitar a passagem da luz.

o Translucidez:
 É a propriedade das substâncias que permite a passagem de luz, mas a dispersa, então os
objetos não podem ser vistos através do material.

o Transparência:
 Permitem a passagem de luz, de tal forma que ocorre
pouca distorção e os objetos podem ser claramente
visualizado através deles.

 Propriedades térmicas
1) Calor de fusão
2) Calor específico
3) Condutibilidade térmica
4) Coeficiente de expansão térmica
1) Calor de fusão:
 É o calor em calorias, ou joules, necessário para converter 1 g
de material do estado sólido para o estado líquido.

2) Calor específico:
 É a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura
de 1g da substância em 1°C.

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3) Condutibilidade térmica:
 É a capacidade que o material tem de conduzir o calor;
 É quantidade de calor, em calorias ou joules por segundo, que passa através do corpo com 1
cm de espessura, com uma secção transversal com 1cm2, quando a diferença de temperatura
for 1°C.
 Ao pensar no dente, por exemplo, a prata é muito mais condutora de calor do que quando se
pega o esmalte e a dentina. Então quando se tem uma restauração de amálgama, que entre
os componentes dele vai-se ter a prata, o amálgama conduz muito mais temperatura do que
o nosso dente. Então quem tem uma restauração grande e está comendo alguma coisa que é
quente, deve sentir mais nesse dente do que nos outros dentes que são naturais.
 Quanto de calor uma estrutura dentária comporta?
Nosso corpo está a +/- 37°C, e aí ele consegue aumentar até 5,5°, indo para 42,5°C, então
quando se tem uma resposta com um calor com mais de 5,5°C existe uma tendência de
causar um dando irreversível à polpa, então pode causar uma necrose e assim por diante. Por
isso que quando se usa a “alta rotação”, usa ela com água, para poder conseguir resfriar esse
calor, pois esse calor da alta rotação aquece o dente muito mais do que 5,5°C, e ao invés
dessa pessoa ganhar uma restauração ela vai ganhar um tratamento de canal.

MATERIAL CONDUTIBILIDADE TÉRMICA (cal/s/cm²/°C/cm)


Prata 1,006
Cobre 0,918
Ouro 0,710
Amálgama 0,055
Resinas Compostas 0,0026
Esmalte 0,0022
Dentina 0,0015

4) Coeficiente de expansão térmica:


 A mudança no comprimento por unidade de comprimento do material para uma mudança de
1°C na temperatura é chamada de coeficiente linear de expansão térmica;
 É o quanto o material expande ou contrai com a mudança do calor.
 A resina tem um coeficiente de expansão parecido com a estrutura dentária, enquanto que o
amálgama se expande muito mais do que o dente. Então quando se tem uma restauração de
amálgama e ela está ali sofrendo calor, aí ela expandiu, aí vai para o frio e aí contrai, aí vai
para o calor e expande novamente e aí volta para o frio e contrai novamente, aí pode ocorrer
uma fratura do dente. Então quando se tem um dente que tem pouca estrutura e bastante
amálgama, muitas vezes esse calor e esse frio pode causar uma fratura.

3) Propriedades Elétricas:

 “Dar choque” não é a única propriedade elétrica que existe


 O comportamento dos materiais, em resposta a um campo elétrico externo, define as suas propriedades
elétricas.

o Condutibilidade elétrica
 A capacidade de um material conduzir uma corrente elétrica;
 É importante quanto a avaliação do limiar de dor, resultante da aplicação de estímulo
elétrico;

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 Estímulo elétrico que pode passar pela estrutura do dente ou pela estrutura da restauração, e
quando o material é mais condutor, a gente sente as vezes muito mais esse choque, do que
quando o material é isolante.

 Dielétrico: Material que fornece isolamento elétrico, logo quando o material é isolante chama ele de
dielétrico.

o Galvanismo:
 Eletricidade desenvolvida pelas ações química ou pelo contato de dois metais diferentes, com
um líquido interposto;
 Resultada da diferença de potencial entre restaurações diferentes nos dentes opostos ou
adjacentes.

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4) Outras Propriedades:

1) Resistência à abrasão;
2) Viscosidade;
3) Deslustre e Descoloração;
4) Sorção da Água;
5) Solubilidade e desintegração;
6) Tempo de presa;
7) Vida útil;
1) Resistência à abrasão:
 Abrasão: perda de material da superfície pela ação mecânica, ou
combinação de ações mecânicas e químicas.
 Depende (o que vai poder ocasionar a abrasão):
Dureza do material;
Força da mordida;
Frequência de mastigação;
Abrasividade da dieta;
Composição dos líquidos;
Variações de temperaturas;
Aspereza de cada superfície;
Propriedades físicas dos materiais.

2) Viscosidade:
 Propriedade dos materiais em estado líquido;
 É a resistência do líquido a fluir;
 É a medida da consistência de um fluido e sua incapacidade de escoamento;
 Vai ser medido de acordo com a dificuldade que o material tem de cair;
 Quanto mais viscoso for o líquido mais dificuldade ele tem de sair.

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 Conforme diminui a viscosidade, aumenta a fluidez e vice-versa.
 A viscosidade da maioria dos líquidos diminui rapidamente com o aumento da temperatura;
Geralmente o líquido é mais viscoso quando ele está frio, e conforme vai esquentando ele,
vai se tornando mais fluido.

 Tixotropia:
Quando um líquido se torna menos viscoso e mais fluido sob pressão;
Quando pega a pasta de dente e coloca na escova ela não cai, porém se sofrer
alguma agitação, ou se pressionar ela, ela tende a ficar mais fluida.

3) Deslustre e descoloração
 Deslustre
Descoloração superficial do metal ou perda ou
alteração do acabado ou brilho superficial;

 Descoloração:
Perda, destruição ou desbotamento da cor natural;
A resina composta, de acordo o tempo vai passando,
ela vai sofrendo uma descoloração.

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4) Sorção de água:
 Adsorção:
Adesão firme de um líquido ou gás a superfície,
pela ligação das moléculas da superfície de um
sólido ou líquido.

 Absorção:
Uma substância absorvida penetra dentro da outra
(sólido) num processo chamado difusão;
A água ou líquido entra para dentro da estrutura
dentária.

 Sorção:
Representa a quantidade de água adsorvida na superfície ou absorvida para dentro
do corpo do material durante a sua confecção ou em quanto a restauração está em
uso.
É tanto ficar na superfície quanto penetrar para dentro da estrutura dentária.
Um dos materiais que acontece isso é o ionômero de vidro, por isso que quando faz-
se uma restauração com ionômero tem-se que proteger depois, para evitar que esse
líquido penetre na estrutura da restauração.

5) Solubilidade e Desintegração:
 Solubilidade:
Está relacionada com a capacidade que um
material, denominado de soluto, apresenta de
ser dissolvido por outro, o solvente;
Tem materiais que são mais solúveis e tem
materiais que são menos solúveis.

 Desintegração:
Ação ou efeito de desintegrar; condição daquilo
que se encontra desintegrado, descomposto,
separado;
Vai se desintegrar em uma outra superfície.

6) Tempo de presa:
 Tempo necessário para o material reagir e endurecer;
 Não é necessariamente o tempo que vai demorar para terminar de reagir;
 O ionômero, por exemplo, vai demorar uns 8 minutos para tornar preso, mas ele continua
reagindo geralmente até 48 horas;
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 Não indica o termino de reação;
 Pode ser influenciada pela manipulação;
 Podem ser acompanhadas de alterações exotérmicas e de modificações de volume.

7) Vida útil:
 Tempo aplicado para a deterioração geral e alteração da qualidade dos materiais durante o
transporte e armazenamento;
 É o tempo que o material vem se comportando de forma ideal;
 Pode ser alterada pela data de validade do material, ou pelo armazenamento dependendo da
temperatura que for armazenado, umidade, tempo a quantidade de material que se tem
junto, o tipo de recipiente que ele for armazenado...
 Temperatura, umidade tempo de armazenamento, quantidade do material, tipo de
recipiente para armazenamento, são fatores significativos.

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 Lesão de cárie:
 Conceito de cárie:
 É um processo de destruição localizada, dos tecidos duros
(minerais) dos dentes, causado por microrganismos;
 A origem dessa destruição pode ser multifatorial;
 A cárie envolve a dissolução da fase mineral, principalmente os
de cristais de hidroxiapatita, por ácidos produzidos pela
fermentação bacteriana;
 Quando o pH está em 5,5 o esmalte já começa o processo de desmineralização, já a dentina é
6,2

Obs.: Antigamente cárie era tida como uma doença infectocontagiosa, hoje em dia não é mais, ela é tida
como uma doença biofilme dependente.

 Tem-se uma placa, que é a massa branca que fica sobre o dente, ali está cheio de
microrganismos, então quando se ingere carboidrato, esse carboidrato vai ser convertido em
sacarose e a sacarose é o açúcar que o streptococcus mutans “gosta” logo vai ter a
fermentação do carboidrato sacarose. O produto dessa fermentação é o ácido, produzido pela
bactéria, e esse ácido na cavidade bucal faz com que se caia o pH, quando o pH desce começa
a dissolver (sair minerais) cálcio e fosfato da superfície dental do esmalte, então o processo
carioso acontece dessa forma. É o processo conhecido como des-re. Quando o pH cai, a saliva
tem o efeito tampão, então ela vai neutralizar aqueles ácidos produzidos.

Obs.: Quando o pH está em 5,5 o esmalte já começa o seu processo de desmineralização, e o pH crítico
para a dentina é de 6,2.

 Características da cárie
 Doença biofilme dependente; multifatorial;
 Depende do biofilme, da placa que se tem na estrutura dentária;
 Como é uma doença multifatorial, só a presença do biofilme não vai significar que vai se
ter cárie, para ter cárie vai precisar se ter mais fatores como a dieta, a saliva, o tempo,
então tudo isso envolve para entrar em desequilíbrio e causar a cárie.
 Ocorre perda de minerais;
 Os minerais são o cálcio e o fosfato;
 Ocorre em função dos ácidos das bactérias;
 Sacarose dependente;
 É o carboidrato que a bactéria (streptococcus mutans) mais gosta;
 Tem-se também o açúcar da frutose;
 Já em relação ao xylitol o streptococcus mutans não tem afinidade com ele
 Considerada uma epidemia;
 É uma doença que se dar em um elevado número de pessoas ao mesmo tempo em um
local.
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 Difícil de controlar;
 Pois é multifatorial e depende do paciente;
 A doença deve ser tratada de um modo
individualizado.

 Fatores etiológicos
 Diagrama de Keys abaixo;
 Com a interseção desses três tem-se a doença cárie;

 Multifatorial:

 Fatores Etiológicos da Cárie:

 Nem a dieta nem os microrganismos, atuando como fatores individuais podem provocar o
aparecimento da cárie;
 É necessário a presença desses fatores, simultaneamente, na superfície dentária, para que
ocorra a doença;
 A dieta, dentes e microrganismos são fatores primários, primordiais.
 Já o tempo, saliva, condição socioeconômica, idade são fatores secundários.
 O tempo é o tempo que se leva para higienizar a boca, controlar o biofilme da cavidade
bucal;
 Em relação à saliva vai-se avaliar o efeito tampão dela, que é significativo para o processo
de remineralização e também ela lava a cavidade bucal e assim elimina os microrganismos.
 A cárie é considerada um desequilíbrio no processo Des-Re (desmineralização e
remineralização) dos tecidos duros do dente;

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 O dente é composto 86% de tecidos minerais e o restante é composto de água e matriz
orgânica/tecido orgânico.
 Este processo ocorre constantemente na cavidade bucal;
 A velocidade na progressão das perdas de mineral decorrentes desse desequilíbrio é que
determinará o surgimento ou não de cavidades cariosas;
 Se ficar ingerindo coisas que tem sacarose e o pH fica caindo, não se da um tempo para o
pH voltar ao normal, e assim a cavidade podendo ficar neutralizada novamente, e aí ocorre
a saída de cálcio e fosfato da superfície dentária, com esse pH ácido.

 Substrato (dieta):
 Tipo de carboidrato;
 Frequência de ingestão;
 Difícil de controlar (pois é difícil mudar o hábito do paciente);
 Açúcar de cana  sacarose
 Erythritol, Xylitol.
 O streptococcus mutans codifica/entende o xylitol como se fosse uma frutose, então
engloba e trás essa molécula para dentro do seu citoplasma, tentando degrada-lo,
mas ele não consegue pois é uma molécula grande, assim o streptococcus mutans
gasta muito ATP, tem um gasto de muita energia, então acaba tendo a ruptura do
streptococcus mutans.

 Microbiologia:
 A cavidade bucal tem diversos tipos de bactérias;
 Microbiota bucal em equilíbrio  ao causar o desequilíbrio (baixa do pH) fica favorável o
aparecimento da cárie
 O tratamento mais eficiente é a prevenção, pois a cura é tratar sequela da doença, a
prevenção é prevenir o aparecimento da doença. Hoje principalmente no serviço público
está se batendo muito em cima da prevenção e promoção para diminuir o ciclo, pois não
adiante somente tratar e o paciente não saber como cuidar.

 Microbiota:
 Higiene Oral;
 Escovação, força mecânica para eliminar os microrganismo.
 Transmissão de pais para filhos
 A cárie é uma doença transmissível, de forma direta ou de forma indireta.
 Por exemplo, ao soprar a comida do bebê está transmitindo as bactérias para ali, ou
ao beijar alguém.
 A cárie é uma doença transmissível;
 Streptococus mutans (início do desenvolvimento da doença);
 Lactobacillus (desenvolvimento tardio, progressão da doença)
 Actinomyces (cárie radicular)  a acidez que essa bactéria provoca é muito pouca, é uma
ácido fraco.
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 Saliva:
 Pacientes com xerostomia (boca seca) ou hiposalivação têm maiores chances de
desenvolverem cárie;
 Utiliza-se algumas gomas para a estimulação da saliva.
 Capacidade tampão da saliva;
 Na saliva tem-se a mucina o bicarbonato e tudo isso neutraliza o ácido, faz subir o pH.
 Processo de des-re e neutralização dos ácidos (modulação do Ph).
 Essa é a função da saliva no processo carioso.

 Evolução:
 Tem-se a película adquirida que é uma película acelular, transparente e fina, então assim que o
dente entra em erupção na cavidade bucal, essa película já tem. Essa película protege o
esmalte, protege o dente, entretanto ela também facilita a adesão da bactéria.
 Película adquirida:
 Camada acelular;
 Formação instantânea por processo iônico;
 Facilita a desão bacteriana, a partir do tempo que vai se evoluindo, mais bactérias vão se
aderindo, então essa camada vai ficando uma camada grossa, e vai criando bactérias
anaeróbias perto do contato com a superfície dental. É aí que começa o processo de
descalcificação;
Como as bactérias só vão aumentando, então vai ficando uma camada mais espessa, e
as bactérias antigas vão ficando anaeróbias, pois o oxigênio não chegam até elas.
 Presença de proteínas salivares.
 Filme orgânico derivado principalmente da saliva e aderido ao esmalte dentário;
 Espessura 0,1 a 0,3 mm;
 Não causa danos ao elemento dental;
 Todos nós temos;
 Ao acabar de higienizar os dentes, se demorar um pouco e passar a língua percebe-se
uma camada viscosa;
 É acelular, não tem bactéria e é uma proteção;
 A película é um reservatório de flúor.

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 Características da película adquirida:

o Proteção do esmalte +
o Reservatório de flúor +
o Aderência dos microrganismos -
 Biofilme:
 É formado quando as bactérias são capazes de colonizar e crescer na superfície do dente;
 Agregados bacterianos que estão aderidos aos dentes ou próteses;
 Formada após 8 horas;
 Se não remover a camada de biofilme, vai ficando um biofilme velho, maduro, aí ele
começa a pigmentar, já não fica mais branco, e como a saliva tem minerais começa a
calcificar, é quando se vê os tártaros nos dentes. Então tudo (doença periodontal e o
processo carioso) começa disso aí.
 Além do biofilme provocar a desmineralização provoca também a doença periodontal, a
gengiva sangra no mínimo toque com a gengivite.
 Amadurecimento do biofilme:
o Adsorção contínua de bactérias específicas da saliva ao biofilme
o Após 7 dias ocorre a dissolução do esmalte superficial;
 Com a escovação, consegue-se desorganizar essa placa, esse biofilme.
o Se não removido, evolui para a cárie.

 Evolução – Processo Des-Re


 ph crítico  Início da desmineralização;
Necessário à presença de sacarose;
Ingeriu sacarose, as bactérias fermentaram, o processo da fermentação produziu o
ácido, o ácido na cavidade bucal reduziu o pH, e aí começou o processo de
desmineralização;
pH 5 < 5; Perda de cálcio e potássio.

 pH neutro  Remineralização
Capacidade Tampão e ausência da sacarose;
Ganho de cálcio e potássio
Flúor ajuda na remineralização

 Lesão de cárie
o Depende do tempo que vai levar para higienizar, o tempo que vai permanecer o
biofilme na superfície dental;
o Perda de mineral inicial  Aparecimento de mancha branca  Cavitação
o Para fazer o diagnóstico tem-se que ter uma superfície limpa, seca e iluminada.
o A partir do momento que se tem as perdas minerais dos dentes, os espaços dos
prismas de esmalte, ficam maiores. O índice de refração do dente vai está menor,
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pelas perdas de cálcio e fosfato, então quando a luz bate no dente já volta de
uma forma tão translúcida, volta mais opaca, logo consegue identifica.
o Cárie ativa:
 Aspecto em esmalte: mancha branca, rugosa e opaca;
 Aspecto em dentina: tecido amolecido de cor marrom clara.

o Cárie inativa:
 Aspecto em esmalte: mancha branca, lisa e brilhante ou pigmentada;
 Aspecto em dentina: tecido duro e escurecido.
 Obs.: Tomar cuidado para não confundir com fluorose, que também são
manchas brancas que se tem, pela alta ingestão de flúor, só que a
fluorose acontece bilateralmente, e a forma dela não é delimitada, é
irregular.
A hipoplasia também é uma mancha branca, que é causada pela falta de
pouco esmalte, só que ela também é de forma uniforme e pode
acometer um só dente específico.
 Mancha branca:
o Não há cavidade;
o É uma desmineralização superficial do esmalte  pode ainda remineralizar ao
interferir na higienização e na dieta;
o Higienização e aplicação de flúor.

 Classificação da cárie:
 Quanto à evolução do processo;
 Quanto á sua localização no dente;
 Quanto ao tipo de processo carioso;

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1) Quando à evolução do processo
 Aguda:
 Segue um curso clínico de
desenvolvimento rápido, e, muitas
vezes resulta em comprometimento
precoce da polpa dental;
 É uma cárie onde o paciente sente dor,
é uma cárie de evolução rápida;
 Ocorre mais frequentemente em
crianças e adultos jovens, porque os
canalículos dentinários possuem maior
diâmetro, sem esclerose, tornando a dentina altamente permeável aos ácidos;
 Em razão da rápida evolução do processo carioso, não há formação de dentina de
reação por parte da polpa dental;
 Frequentemente promove dor;
 Possui coloração clara;
 Consistência macia, friável.
 Crônica:
 É de evolução lenta, permitindo a esclerose dos
canalículos dentinários, com consequente menor
permeabilidade dentinária;
 Promove formação de dentina de reação (dentina
reacionária);
 A dor não é característica comum da cárie crônica, ao
contrário da cárie aguda;
 Consistência dura à remoção.

 Resumo classificação da cárie  Quanto à evolução do processo

Cárie Aspecto Sintomatologia


Agua Lesão úmida e amolecida Há dor
Crônica Lesão seca amarelada e Não há dor
endurecida

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2) Quanto à localização
 Cárie de fóssulas e fissuras
 Localizadas nas superfícies oclusais de molares e
pré-molares e nos sulcos das superfícies linguais dos
dentes anteriores.

* Cárie oclusal  forma de dois cones, onde estão superpostos.

 Na superfície oclusal os prismas de esmalte, estão em forma de dois cones


superpostos, uma base sobre a outra base;
 Tem-se a sensação/se vê uma cárie menor, porém quando se “entra” a cárie se
expande mais, ela está maior.

 Cárie de superfícies lisas


 Localizados no terço cervical das superfícies
vestibulares e lingual de todos os dentes
*Cárie sup. lisa  forma com o ápice do triângulo
contra a base.
 Tem-se o ápice superposto à base, tem-se uma visão de que a cárie está
imensa, e profunda, mas na verdade, ela só está um pouco mais larga e
quando se aprofunda tem pouca profundidade, ela é mais larga do que
profunda e isso ocorre por conta da localização dos prismas.

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3) Quanto ao tipo de processo carioso:
 Primária:
 Que têm seu início nas cicatrículas, fissuras
e superfícies lisas do dente hígido;
 O tecido está sadio, começa o processo de
desmineralização e tem-se o aparecimento
da cárie, então essa cárie é uma cárie
primária.

 Secundárias
 As cáries secundárias (recidivantes ou recorrentes), detectadas ao redor das margens
das restaurações;
 É a cárie que surgiu embaixo das restaurações, é a cárie que surge em torno das peças
de prótese, das coroas...

 Métodos de Diagnóstico
1) Clínico;
2) Radiológico/Radiográfico;
3) Transiluminação;
4) Medição da resistência elétrica;
5) Separação temporária de dentes posteriores;
6) Corantes detectores de cárie;
7) Aparelhos específicos para diagnóstico;

1) Clínico:
 Exame visual e tátil;
 É o exame principal;
 Auxilio de uma sonda exploradora:
 Vai-se utilizar a sonda OMS, pois como o esmalte
está poroso está em processo de desmineralização
de encostar a ponta da outra sonda pode cavitar, e
se cavitar vai interferir de forma restauradora.
 Utiliza-se, preferencialmente, as “costas” da sonda se for a da foto;
 Vai-se perceber se a cárie está mole ou está dura;

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2) Radiológico/Radiográfico:
 Avaliação por meio da radiografias intra orais;
 É um exame complementar ao exame clínico;
 A radiografia de eleição para o diagnóstico de cárie é a
radiografia interproximal

3) Transiluminação:
 Utilização de uma fonte de luz por palatino/lingual;
 Quando há presença de lesão a intensidade da luz fica
modificada;

4) Medição da resistência elétrica;

5) Separa temporária de dentes:


 Para possibilitar o exame direto de superfícies “escondidas” nas próximas dos elementos;
 Utiliza-se um separador ortodôntico;
 Quando se está em dúvida no exame clínico, ai faz o exame radiográfico e a cárie ainda está
insipiente, começando o processo de desmineralização, então não consegue-se visualizar
radiograficamente aí vai pegar as borrachinhas deixar nos dentes de 2 à 3 dias, vai-se afastar e
vai-se assim conseguir fazer uma análise melhor/analisar.

6) Corantes detectores de cárie:


 Pode ser empregados para auxiliar na visualização de lesões iniciais de esmalte e para delimitar
a existência de lesões dentinárias.

7) Aparelhos específicos para diagnóstico;

 Terapêutica da doença cárie:


 Métodos não invasivos de tratamento cárie  Não invasivo geralmente é para se tratar mancha
branca;
 Ações sobre o hospedeiro;
 Ações sobre os microrganismos;
 Ações sobre a dieta.
1) Ações sobre o hospedeiro:
o Saliva  capacidade tampão;
o Higiene Oral – precoce e correta;
o Forma dos dentes – selantes;
o Flúor:
 Cariostático  dificulta a evolução da doença;
 Diminue a adesão dos microorganismos;
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 É anti-enzimático;
 É anti-microbiano;
 Altas concentrações  bactericida;
 Altas frequências e baixa concentração;
 Via sistêmica;
 Alta frequência e baixa concentração;
 Via tópica (aplicação tópica);
 Ingestão crônica do flúor – fluorose;
 Ingestão aguda - náuseas, vômitos, diarreia.

2) Ações sobre a microbiota


o Higiene oral  eliminação das bactérias
o Controle mecânico e químico de placa  através da escovação e enxaguante
bucal
o Evitar a transmissão

3) Ações sobre o substrato:


o Tipo do carboidrato – sacarose;
o Escolher alimentos fibrosos e proteínas, pois na mastigação estimula a salivação;
o A maça é um alimento detergente, pois na hora da mastigação fazer a limpeza da
superfície dos dentes;
o Refeições – período curto de desmineralização e longo de remineralização.

 Resumo

 Ao cavitar uma cárie pode está em esmalte,


pode está em dentina ou ela pode atingir a polpa.
Quando atinge a polpa os microrganismos vão
para a parte radicular, polpa coronária e polpa
radicular, onde se não ter o tratamento
endodôntico vai comprometer o dente.

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 Procedimentos Clínicos:
 Dentística;
 Fases de evolução – Mancha Branca:
 Ativa:
 Controle da dieta;
 Flúor;
 Correta Higienização;
 Remineralização:
o Controle da dieta;
o Flúor (uso tópico);
o Correta higienização;
 Uso de infiltrantes (Icon Proximal);
 Icon próxima  Indicado para impedir a evolução da cárie precocemente sem uso de
brocas e remove as manchas brancas e escuras de cáries.

 Fases de evolução – Cárie em ESMALTE:

 Tratamento não invasivo.

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 Fases de evolução – Cárie em DENTINA:
 Tratamento Restaurador Direto:
o Restaurações em resina composta;
o Restaurações em amálgama;
o Restaurações com ionômero de vidro.

 Tratamento restaurador Indireto:


o Próteses Fixas-Coroas;

Legenda:

 MBA (MANCHA BRANCA ATIVA)

 OBT (Obturação)

 LC (Lesão cariosa)

o Tem-se uma lesão cariosa a nível ZERO, que são lesões subclínicas onde não se
consegue visualizar a olho nu, nem radiográfico, somente com o histopatológico;
o Lesão cariosa a nível 1, tem-se uma mancha branca ativa, e vai-se tratar com
reequilíbrio da des-re, entrando o flúor, controle de dieta, higiene;
o Lesão cariosa nível 2;
o Lesão cariosa nível 3  Afeta a dentina;
o Lesão cariosa nível 4  Afeta dentina e polpa.

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Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Isolamento do Campo Operatório

Isolamento do Campo Operatório

 Campo Operatório:

 Objetivos: Isolamento do campo operatório


 Retração e proteção dos tecidos moles;
 Visibilidade do campo;
 Proteção contra aspiração e/ou deglutição;
 Controle de infecção cruzado;
 Redução do tempo de trabalho.

 Tipos de isolamento:
1- Absoluto

2- Relativo

1- ISOLAMENTO ABSOLUTO
 É um procedimento pelo qual separa a porção coronária dos dentes dos tecidos moles e da
saliva presentes na cavidade bucal, mediante o uso de um lençol de borracha.
 Vantagens:
o Melhor visibilidade;
o Retração e proteção dos tecidos moles;
o Condições adequadas na inserção e
condensação dos materiais  pois a maioria
dos materiais é sensível à umidade;
o Proteção do paciente e do profissional;
o Auxílio no controle de infecção.

 Indicações
o Cimentações;
o Restaurações;
o Selamento de cicatrículas e fissuras;
o Clareamento Dental;
o Intervenções endodônticas.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Isolamento do campo operatório –


Thales Ribeiro Página 1

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 Limitações
o Pacientes com fobia;
o Dificuldades respiratórias  pacientes que têm asma, bronquite, logo para eles
respirarem melhor, tender a fazer um buraco em cima;
o Pacientes alérgicos  tem pacientes que têm alergia ao látex, ao lençol de
borracha, onde nesses casos pode-se colocar gaze, para a borracha não entrar em
contato direto com a pele.

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 Materiais utilizados:
o Pinça;
o Espelho
o Sonda exploradora nº 5;
o Pinça porta grampo;
o Perfurador de borracha;
o Caneta de marcação;
o Fio dental;
o Variedade de grampos;
o Protetor labial/lubrificante (vaselina);
o Tesoura;
o Lençol de borracha;
o Sugador;
o Arco.

1- Lençol de borracha (dique de


borracha)
 Fina  0,15 mm
 Média  0,20 mm
 Grossa  0,30 mm
 Extra-Grossa  0,35 mm
 São de várias cores, porém
no Brasil tem-se mais a da azul.

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2- Porta Lençol de Borracha
 Arco de Young

 Arco de Ostby

 As garra é onde vai se prender o lençol de borracha;

3- Perfurador de lençol de borracha

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 Posição dos orifícios no lençol de
borracha
o O espaço entre os orifícios
devem ser igual à distância do
longo eixo de um dente a
outro.
 Condições:
o Tamanho dos dentes;
o Contorno dos dentes;
o Altura da gengiva interdental;
o Espaço entre os dentes (ausência)
o Má posição dos dentes no arco;
o Posição da cavidade no dente

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 Posição dos orifícios no lençol de borracha

 Métodos de marcação para perfuração da borracha


o Divisão em quadrantes;
o Marcação na boca (USAMOS ESSE);
o Mordida em cera;
o Carimbos;
o Gabarito.

 Métodos de marcação para perfuração da borracha;

 Regra para perfuração da borracha


o Quanto maior o número de dentes incluídos no isolamento, melhor será
o acesso e a visibilidade.
 Dentes posteriores: no mínimo dois dentes para distal até o canino
do lado oposto.

 Dentes anteriores: de pré-molar a pré-molar.

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4- Grampos

 Classificação dos grampos

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 Grampos:
o 200 A 205  Molares

o
o

o 206 a 209  Pré-Molares

o 210, 211 e 212  Dentes Anteriores

 Divisão dos Grampos - Grampos Especiais


o 14A e W8A – Molares parcialmente erupcionados

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o 14 e W8 – Molares inferiores e molares superiores

5- Pinça Porta-Grampo

 Pinça Palmer

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 Amarria dos dentes e grampos

 Técnica de colocação do lençol de borracha:


 Grampo, lençol de borracha e arco;
 Lençol de borracha, grampo e arco;
 Grampo + Lençol de borracha, depois o arco;

2) ISOLAMENTO RELATIVO

 Controla a umidade do campo operatório por meio de absorção e eliminação dos fluidos salivares;
 Quando o rolo de algodão estiver encharcado coloca-se o sugador e troca-se o rolinho de algodão;
 O algodão é inserido/colocado na saída dos ductos salivares;
 Indicações:
 Restaurações provisórias;
 Aplicação tópico de flúor e verniz;
 Colagem de braquetes;
 Cimentação de bandas;
 Cimentação de peças protéticas;
 Total impraticabilidade do isolamento absoluto.

 Materiais utilizados
 Espelho pinça;
 Sonda;
 Rolo de algodão;
 Sugador;
 Uso do fio retrator;

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 Isolamento absoluto + Matriz + Cunha

 Matriz e porta-matriz

 Porta-Matriz de Tofflemire

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 Cunhas

 Função:
o Estabilizar e aproximar a banda matriz do dente ao longo
da margem gengival de preparos classe II, III ou IV
 NÃO se escolhe a cunha porque gosta mais desta ou daquela
cor, elas são escolhidas de acordo com o formato da sua
ameia.
 As cunhas servem, para quando for fazer uma restauração e
for inserir o material, pode-se ter excesso de material nessa região, então a cunha inserida
vai adaptar perfeitamente a matriz, e não vai ter excesso de material, logo não vai-se ter
degraus negativos.

 Excessos Degraus Negativos (excesso de material)

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Cavidades

 Nomenclatura:
 É um conjunto de termos peculiares a uma arte ou ciência, pelos quais indivíduos de uma
mesma profissão são capazes de entender-se mutuamente.

 Nomenclatura dos dentes


 Classe Tipo Conjunto Arcada Posição
o Incisivo central permanente superior esquerdo
 Classe: Incisivo;
 Tipo: Central;
 Conjunto: Permanente
 Arcada: superior
 Posição: esquerdo
o Canino (?) permanente inferior direito
 O canino só tem ele, logo não tem tipo;
 Classe: canino;
 Tipo: X;
 Conjunto: permanente;
 Arcada: inferior;
 Posição: direito.
o Primeiro molar permanente superior direito
 Classe: molar;
 Tipo: primeiro;
 Conjunto: permanente;
 Arcada: superior;
 Posição: direito

o Primeiro pré-molar (permanente) superior esquerdo


 Classe: pré-molar
 Tipo: primeiro
 Conjunto: só existe ele em dentes permanente
 Arcada: superior;
 Posição: esquerdo

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 Cavidade
 Em odontologia, é o termo empregado para definir a lesão
ou a condição do dente, causada pela destruição de tecido
duro;

 Tipos de cavidade:
o Patológica: é uma cavidade com forma e dimensões
irregulares causadas pela destruição dos tecidos duros do
dente;
Quando se encontra a cárie.

o Terapêutica: é a cavidade com forma geométrica e dimensões


definidas, resultante de um processo cirúrgico que visa
remover o tecido cariado;
Já tirou a cárie, está preparada para receber o material
restaurador.

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 Nomenclatura das cavidades:
 De acordo com o número de faces;
 De acordo com as faces envolvidas;
 De acordo com a forma e extensão da cavidade

1) De acordo com o número de faces


 1 FACE  Simples
 2 FACES  Composta
 3 ou + FACES  Complexa

2) De acordo com as faces envolvidas

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3) De acordo com a forma e extensão da cavidade
 Cavidade intracoronária não tem envolvimento de cúspide e é chamada de “inlays”, quando
tem o envolvimento de cúspide é chamada de “onlay” e é uma cavidade extracoronária parcial,
já a cavidade extracoronária total é quando se tem um preparo para fazer prótese, uma coroa
total.

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 Estrutura das cavidades
 Paredes:
o Circundantes;
o De fundo (onde “pisa”)
 Ângulos  junção das paredes;
o Diedros (encontro de duas paredes);
o Triedros (encontro de três paredes);
o Cavossuperficial  é o ângulo externo, é o ângulo que vem da face interior das
paredes, até o encontro com a face externa do dente;

1) Paredes circundantes
 As paredes circundantes contornam toda a cavidade

 As paredes circundantes contornam toda a cavidade

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2) Parede de fundo
 Assoalho da cavidade
 Parede Pulpar: perpendicular ao longo eixo do dente

 Parede Axial: Paralela ao longo eixo do dente

 Ângulos:
 1º Grupo  Encontro entre paredes CIRCUNDANTES
 2º grupo  Encontro entre paredes CIRCUNDANTES E DE FUNDO
 3º Grupo  Encontro entre paredes DE FUNDO

 Diedros  Formado entre 2 paredes;

 Triedros  Formado entre 3 paredes ;

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1) Diedro  Formado entre 2 paredes

 OBS: Só existe um ângulo de terceiro grupo que é o AXIOPULPAR, que é o encontro das duas paredes de
fundo.

2) Triedros  Formado entre 3 paredes

 ÂNGULOS INCISAIS
 Ângulo triedro = Encontro da parede vestibular
+ incisal + palatina;
 Ângulo diedro = encontro da parede vestibular
e palatina.

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3) Ângulo Cavossuperficial
o Formado pela junção das paredes circundantes com a superfície externa do dente;
o Encontro da parede interna com a parede externa, limite entre a parte de dentro e a
parte de fora.

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Classificação das Cavidades
 Classe 1;
 Classe 2
 Classe 3;
 Classe 4;
 Classe 5;

 Classificação das cavidades


Black, G. V. Operative Dentistry. Chicago: Medico Dental, 1908

1) Cavidade Natural:
o Áreas susceptíveis à cárie;
o Cavidades de cicatrículas e fissuras;
o Cavidades de superfícies lisas.
2) Cavidade Artificial ou Terapêutica:
o Preparos cavitários.

 Preparo cavitário:
o É o tratamento biomédico da cárie e de outras lesões dos tecidos duros do dente, a
fim de que as estruturas remanescentes possam receber uma restauração que as
proteja, seja resistente e previna a reincidência de cárie, devolvendo, a forma,
função e estética.
 Critérios:
o Agrupou as cavidades de acordo com características semelhantes entre elas;
o Considerou a localização das cavidades (se essa cavidade tem uma face mesial, ou se
tem uma face oclusal...)

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 Classificação de BLACK
1) CLASSE 1
 Lesões de cárie/ cavidades localizadas em áreas de má coalescência (má
formação/deposição) de esmalte  área de cicatrículas e fissuras – Entra todos os
dentes

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2) CLASSE 2:
 Lesões de cárie/cavidades localizados nas faces proximais (mesial e distal) de pré-
molares e molares superiores e inferiores (dentes posteriores)

3) CLASSE 3:
 Lesões de cárie/cavidades localizadas nas faces proximais de incisivos e caninos,
superiores e inferiores, SEM o ENVOLVIMENTO da borda incisal.

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4) CLASSE 4:
 Lesões de cárie/cavidades localizadas nas faces proximais de incisivos e caninos,
superiores e inferiores, COM ENVOLVIMENTO da borda incisal.

5) CLASSE 5:
 Lesões de cárie/cavidade localizadas no terço cervical das faces vestibular e/ ou palatina
(lingual) de todos os dentes.

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 Cavidades Modernas
1) CLASSE 6 DE HOWARD E SIMON
 Lesão de cárie/ cavidade localizadas nas bordas incisais de dentes anteriores e/ ou
pontas de cúspides de dentes posteriores.

2) CLASSE 1 DE SOCKWELL
 Cicatrículas e fissuras incipientes (de ponto), na face vestibular de dentes anteriores.

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 Cavidades naturais/patológicas:

 Cavidades Artificiais ou Terapêuticas:

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Tempos Operatórios

 O que é preparar uma cavidade?


 Vai-se preparar uma cavidade para ela receber o material restaurador, vai-se preparar de
acordo com o material que vai-se utilizar.

 Cavidade Patológica  Cavidade Terapêutica


 É aquela onde está  Quando se faz a remoção
instalada a lesão de cárie; do tecido cariado, tem-se a
cavidade terapêutica, que
é a cavidade que está
preparando para receber o
material restaurador;
 Essa cavidade tem formas
geométricas definidas
 Suporta a restauração;
 Proteger o dente;
 Dar resistência ao dente;
 Evitar recidiva de cárie;
 Preconizados por Black
 Extensão para prevenção  Preparos Localizados
(margem de segurança) (minimamente invasivos)

 Antes imaginava que, fazendo um preparo extenso, estava prevenindo cárie, teria
uma margem de segurança, e hoje não, hoje se vê que, cárie é uma doença
multifatorial, que tem como intervir na dieta, na higienização, não é só fazer um
preparo extenso que vai prevenir a recidiva ou a instalação de uma cárie;
 Hoje utiliza-se os preparos localizados, que são os preparos minimente invasivos.

 Incorporação de mais de um tempo operatório:


 Abertura da cavidade;
 Remoção do tecido cariado;
 Para Black a cavidade já estava aberta, não precisava de um tempo operatório que
seria a abertura da cavidade junto com a remoção do tecido cariado, então para ele
não precisava da abertura da cavidade, a cavidade já se encontrava aberta, com o
passar do tempo, foi necessário esse tempo operatório que é a abertura da
cavidade.

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 Tempos operatórios  Passo a passo que se tem para poder fazer o processo
restaurador.
 É o tempo de abertura da cavidade;
 Forma de contorno;
 Forma de resistência  não utiliza para resina;
 Forma de retenção  não utiliza para resina;
 Forma de conveniência;
 Remoção da dentina cariada remanescente;
 Acabamento das paredes e margens de esmalte;
 Limpeza da cavidade.

1. Forma de Contorno:
 Define a área a ser incluída no preparo;
 É a área/superfície que vai incluir no preparo, é a área da cárie;
 A forma de contorno deve englobar todo o tecido cariado e áreas suscetíveis à carie a serem
restauradas;
 Princípios básicos:
1.1 Todo o esmalte sem suporte dentinário friável deve ser removido, ou então, quando não
for friável, apoiado sobre um material adesivo calçador.
 Quando faz-se o preparo, e removeu toda a estrutura cariada, e ficou áreas com o
esmalte bem transparente, esse esmalte bem friável, sem suporte dentinário, esse
esmalte tem que ser removido, se ele não for removido, ele tem que ser apoiado em
um material calçador, um ionômero de vidro por exemplo, se não tiver apoiado em uma
estrutura que seja similar à dentina, teria que ser removido, pois não pode-se deixar
preparo com esse esmalte sem suporte dentinário.
1.2 O ângulo cavossupericial do preparo deve localizar-se em áreas de relativa resistência à
cárie e que possibilite um correto acabamento das bordas da restauração, e isso quer
dizer que tem que estar em 90°;

1.3 Devem ser observadas as diferenças de procedimentos para as cavidades de cicatrículas


e fissuras daquelas de superfícies lisas.

 Cicatrículas e fissuras:
 Extensão da cárie:
 Deve englobar tanto a extensão superficial da cárie quanto a sua propagação ao
longo da junção amelodentinária;

Extensão de conveniência:

 Deve englobar todas as cicatrículas, fissuras, sulcos muito profundos e próximos à


cárie para permitir um bom acabamento das bordas da restauração  isso é válido
para amálgama, para resina não, pois em resina vai-se desgastar somente onde a
cárie está.

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 Variará conforme os detalhes anatômicos de cada dente  a cavidade vai variar de
acordo com a anatomia de cada dente;
 Estruturas de reforço dos dentes, como as cristas marginais, pontes de esmalte,
arestas e vertentes de cúspides, devem ser preservadas durante o preparo da
cavidade, a menos que tenham sido em volvidas pela cárie  se tem um cárie e não
envolveu ponte de esmalte, não envolveu crista marginal, não tem porque romper,
tem que preservar ao máximo;
 Quando duas cavidades distintas se encontram separadas por uma estrutura sadia
de menos de 1 mm, elas devem ser unidas (unir esse preparo) em uma única
cavidade, a fim de eliminar essa estrutura enfraquecida, mas se a distância for maior
que 1 mm ou igual, vai-se fazer preparos separados.

Idade do paciente
 Pacientes idosos:
 Faces triturantes dos dentes com desgaste oclusal funcional acentuado e
sulcos praticamente desaparecidos = a forma de contorno se limita à
remoção do tecido cariado e à determinação de paredes em dentina e
esmalte hígido;
 A face oclusal se torna desgastada;
 Em dentes de pacientes idosos, a face oclusal se tornou lisa e reta.
 Superfícies lisas:
 Nesses casos a cárie se propaga como dois cones superpostos, ápice contra base, na
junção amelodentinária, deve ser totalmente incluída no delineamento do contorno;
 O ângulo cavossuperficial da cavidade deve ser estendido até que seja encontrada uma
estrutura dental sadia e o preparo possibilite um bom acabamento da margem da
restauração;
 O esmalte remanescente deve estar idealmente suportado por dentina sã.

 Extensão para gengival


 Extensão ideal da parede gengival: seria o mais distante possível do tecido
gengival;
 O preparo facilitaria todos os procedimentos operatórios:
 Acabamento de margem gengival;
 Isolamento do campo operatório;
 Adaptação da matriz;
 Remoção de possíveis excessos;
 Moldagens e etc.
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 Quando a extensão para a gengival é orientada por vários fatores:
 Cáries e outros tipos de lesões:
Parede gengival  Supragengival (acima da gengiva)
 Ao nível da gengiva;
 Subgengivalmente (abaixo da gengiva)
 Para restaurações de amálgama  extensão gengival correta = separação de
0,2 a 0,5 mm da superfície proximal do dente vizinho.
 Paciente jovens  geralmente o preparo tem que estar supragengivalmente
 Quando a extensão gengival é orientada em relação à estética:
 Região ântero-superior  localização subgengival do limite cervical das
restaurações estéticas. Cerca de 0,5 mm ou metade do sulco de
profundidade.
 O preparo pode entrar 0,5 mm, abaixo da gengiva, até isso ele é
permitido, até isso ele é um preparo estético, só que se esse preparo
descer mais de 0,5 mm não será mais estético, pois aí já vai ser retentivo
para acúmulo de placas, não terá como dar um bom acabamento para a
restauração, e além disso, vai inflamar a gengiva.
 Em casos que se passaria de 0,5 mm não vai poder restaurar, vai fazer
cirurgia periodontal, aumento de coroa clínica, para depois restaurar.
 O ideal da parede gengiva é que o preparo termine supragengival, em
alguns casos essa cárie pode avançar e aprofundar mais um pouco,
então se ela aprofundar um pouco, passar de 0,5 mm, aí é a
“responsabilidade” da periodontia resolver.

 Quando a extensão gengiva é orientada favorecendo a retenção:


 Coroas clínicas curtas  quando tem uma coroa do dente curta, para
fazer um preparo retentivo, vai acabar invadindo às vezes
subgengivalmente;
 Pouca estrutura dentária remanescente;
 Cavidade com paredes axiais sem altura satisfatória:

 Ás vezes ultrapassa o limite da lesão cariosa, para poder dar retenção


para esse preparo, aí o término vai acabar sendo subgengivalmente.

 Extensão para vestibular e lingual:


 Quando a cárie for incipiente, após a sua remoção as terminações vestibular e
lingual da cavidade devem ser estendidas em direção às respectivas faces, até
que fiquem livres de contato com o dente vizinho  A vestibular tem-se que
descer até que o ponto de contato entre os dentes se separem.

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 Esse procedimento visa assegurar o acabamento da cavidade e restauração
mais fáceis de serem executados, além de favorecer a higienização da interface
dente-restauração.
 Para materiais temporários ou semipermanentes, por apresentarem
características adesivas, as formas de contorno interna e externa devem limitar-
se à remoção da cárie e à conformação das paredes cavitárias  Precisa-se de
toda uma geometria que foi falada anteriormente para fazer um preparo
retentivo para amálgama, já quando usa materiais temporários e /ou adesivos
não precisa-se daquilo, vai-se limitar a extensão preparo conforme esteja a
cárie.
 Cavidades as mais conservadoras possíveis.

2. Forma de Resistência:
 É a característica da cavidade para ela resistir as forças mastigatórias, tanto a própria cavidade
quanto o próprio material, para quando morder, não fraturar;
 Característica dada à cavidade para que as estruturas remanescentes resistam às forças
mastigatórias.
 Baseia-se em princípios mecânicos, pois os movimentos mandibulares dão origem a forças que
podem provocar a fratura das paredes cavitárias ou do material restaurador  as mastigação,
os movimentos mandibulares geram forças, que pode fraturar tanto dente quanto o material
restaurador;
 Princípios relacionados com a estrutura dental remanescente e com o material restaurador.
 A forma de resistência depende diretamente do material restaurador; materiais frágeis nas
bordas, como o amálgama, exigem restaurações mais espessas  restauração em amálgama a
parede não pode está fina para receber o amálgama, tem que está espessa
 Paredes circundantes da caixa oclusal para o amálgama devem ser paralelas entre si e
perpendiculares à parede pulpar; paredes pulpar e gengival planas, paralelas entre si e
perpendiculares ao eixo longitudinal do dente possibilitam melhor distribuição dos esforços
mastigatórios  o preparo para amálgama as paredes vestibular e lingual tem que está retas,
uma de frente para a outra, retas, porque se elas forem divergentes o material sai, a parede de
fundo deve ser plana, lisa sem degrau, e essa parede de fundo é perpendicular ao longo eixo do
dente;
 O ângulo cavossuperficial ideal das cavidades para amálgama deve ser de 90°, para compensar a
baixa resistência da borda desse material  a borda do material em amálgama é friável, por
isso que o ângulo cavossuperficial deve terminar em 90°, tem que ficar nítido;
 O ângulo áxio-pulpar deverá ser arredondado, para diminuir a concentração de esforços
capazes de provocar a fratura do material restaurador  se essa ângulo ficar “vivo” com uma
quina, quando morder a força mastigatória vai direcionar em um ponto só, então há facilidade
fraturar maior as forças não dissipam, então por isso tem que arredondar;
 As paredes vestibular e lingual da caixa proximal, em cavidades para amálgama, devem ser
convergentes para a oclusal, dessa forma, além de oferecem uma forma auto-retentiva à caixa
proximal, no sentido gengivo-oclusal, essa convergência preserva maior quantidade de tecido

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da crista marginal e expões em menor grau a restauração às forças mastigatórias nessa região,
que são áreas de apoio dos contatos oclusais;
 Vistas por oclusal, as paredes vestibular e lingual da caixa proximal devem formar um ângulo de
90° (ângulo cavossuperficial) com a parede externa do dente, de maneira a acompanhar a
orientação dos prismas do esmalte;
 O esmalte deve ficar apoiado em dentina hígida;
 A profundidade da cavidade deve ser adequada de modo a permitir uma espessura mínima de
material, suficiente para a sua resistência.
 Para o amálgama deve-se ter uma maior profundidade do que extensão, então o preparo deve
ser mais profundo do que extenso, pois se ocorrer o contrário, não ocorre a retenção.

3. Forma de Retenção
 Forma dada à cavidade para torna-la capaz de reter a restauração, evitando seu deslocamento;
 Tem-se que dar uma forma geométrica à cavidade, para que assim o material restaurador não
se desloque;
 As formas de retenção e resistência apesar de didaticamente serem consideradas passos
distintos, são obtidas, muitas vezes, simultaneamente;
 A forma de retenção é conseguida mecanicamente pela configuração interna da cavidade
(inclinação das paredes), por retenção adicionais (sulcos, orifícios, canaletas, pinos metálicos) e
pelo atrito friccional do material restaurador com as paredes da cavidade, além de adesão
micromecânica proporcionada pelos sistemas e materiais adesivos.
 Em alguns casos quando se tem coroas curtas, que não se consegue preparar essa cavidade com
paredes paralelas, parede gengiva plana, a coroa é curta, não consegue um preparo mais
profundo do que extenso, aí vai lançar mão de retenções adicionais;
 A finalidade da forma de retenção é evitar o deslocamento da restauração por:
 Ação das forças mastigatórias;
 Tração por alimentos pegajosos;
 Diferença de coeficiente de expansão térmica entre o material restaurador e a estrutura
dentária, especialmente nos casos das resinas restauradoras.
 Forma de retenção para cavidades simples:
 Nas cavidades tipo Black para amálgama, pode-se aplicar o princípio geral por ele
anunciado:
“Quando a profundidade de uma cavidade for igual ou maior que sua largura
vestíbulo-lingual por si só ela será retentiva”; contudo, se a abertura vestíbulo-
lingual for maior que a profundidade, deverão ser providenciadas retenções
mecânicas adicionais internas determinadas em dentina, na base das cúspides ou,
como recomenda Markley, devem ser preparadas as paredes vestibular e lingual
convergentes para oclusal, tornando a cavidade auto-retentiva  o preparo para
amálgama deve ser mais profundo do que extenso.

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 Forma de retenção para cavidades compostas e complexas:
 Inclinação das paredes vestibular e lingual da caixa proximal  paralelas entre si
 Sulcos proximais;
 Pinos metálicos;
 Dupla inclinação da parede cervical.
 Forma de retenção – inclinação das paredes vestibular e lingual da caixa proximal
 Para materiais de inserção direta;
 Paredes convergentes para oclusal  exposição às forças de mastigação.
 Forma de retenção – sulcos proximais:
 Recurso retentivo confeccionado à custa das paredes vestibular e lingual da caixa proximal,
com o objetivo de se evitar o deslocamento lateral da restauração quando da incidência de
uma carga oclusal  fez o preparo, ele ficou pouco retentivo, ou a parede vestibular e
lingual ficou com pouca retenção ou a coroa é curta, não teve como aprofundar mais a
restauração e ela fica mais larga do que profunda, vai-se fazer os sulcos ou canaletas para
poder ter as retenções adicionais.
 Forma de retenção – lança mão de pinos metálicos tanto na coroa quanto na raiz.

4. Forma de Conveniência
 É o que vai utilizar para facilitar a inserção do material, para facilitar o preparo;
 Possibilita a instrumentação adequada da cavidade e inserção de material restaurador;
 Meios que se utiliza para facilitar o procedimento que será feito;
 Depende das propriedades do material restaurador, dos métodos empregados para a confecção
da restauração e da localização e extensão da lesão;
 Ex: isolamento absoluto, retração gengiva, aumento da extensão da cavidade (sempre que
possível por face lingual);
 Confecção de parede pulpar inclinada de vestibular para lingual em PMI e da parede axial
convexa em preparos classe V, constitui forma de conveniência biológica pois, evita a exposição
pulpar e preservam estrutura dentária.

5. Remoção da Dentina Cariada Remanescente:


 Procedimento que visa remover toda a dentina cariada que pode permanecer após as fases
anteriores;
 Caso exista cárie remanescente após as fases prévias somente a porção cariada deve ser
removida, o que ocasionará uma depressão no assoalho cavitário  vai-se fazer um
preenchimento com base protetora, com um material forrador;
 No entanto, no caso de cárie extensa e profunda, a remoção poderá ser feita previamente à
delimitação da forma de contorno externa;
 Área de dentina desmineralizada, mas não infectada, sem presença de microrganismos  pode
ser preservada e protegida;
 Área de dentina infectada  deve ser removida
 Dúvida: utilização de fucsina básica 0,5% em propileno glicol.

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6. Acabamento das Paredes e Margens de Esmalte:
 Remoção de prismas de esmalte fragilizados;
 Promove a remoção de irregularidades e prismas de esmalte sem suporte, friáveis e fragilizados,
deixados pela instrumentação inicial, de forma a proporcionar a melhor adaptação marginal
entre o material restaurador e a estrutura dental  Onde se tem esmalte, esse esmalte deve
ser eliminado;
 Paredes internas são alisadas;
 Ângulo cavossuperficial poderá ser vivo ou biselado, em ambos os casos será nítido, liso e
uniforme;
 Pode ser realizado com instrumentos manuais cortantes ou instrumentos rotatórios, com
brocas multilaminadas, discos, pontas diamantadas e pedras montadas para acabamento.

7. Limpeza da Cavidade:
 Todo dente antes de ser restaurado deve apresentar-se devidamente limpo e seco;
 A limpeza da cavidade é o último tempo operatório num preparo cavitário: é a remoção de
detritos deixados durante a instrumentação; tais detritos deixados sobre a superfície do
preparo podem obliterar os canalículos dentinários recém-cortados, interferir na adaptação do
material restaurador às paredes cavitárias, favorecendo a infiltração marginal em níveis mais
acentuados, assim como contribuir para a inflamação pulpar  Quando faz-se o preparo existe
o smear layer que é uma lama dentinária que fica ali, com isso o preparo deve ser limpo, antes de inserir
o material restaurador.
 Limpeza  Jatos de água e de ar (partículas maiores);
 Agentes: hipoclorito de sódio, água oxigenada, clorexidina e água de hidróxido de cálcio;
 Hidróxido de cálcio: compatibilidade biológica
 Restaurações adesivas: hipoclorito de sódio ou clorexidina.

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 O que proteger?
 Por que proteger?
 Como limpar?
 Como proteger?

1. O que proteger?
 A natureza destinou à dentina e à polpa uma relação de permanente interação biológica. [...] Por tal
intimidade e interdependência, passam a ser compreendidas e identificadas como complexo
dentinopulpar”. Pereira (2004)
 Nós temos um complexo que é chamado de complexo dentinho pulpar, e a gente quando vai
proteger, por mais que estejamos visando uma proteção pulpar que é para manter a vitalidade da
polpa, ela está intimamente ligada com a dentina, a dentina é feita de túbulos, onde os túbulos são
preenchidos justamente pelo prolongamentos odontoblásticos que é o que sai da polpa e o que dá a
sensibilidade dentinária. A dentina em si não é uma estrutura viva.
 Tem-se casos onde vai proteger aonde a polpa já está exposta, mas tem casos de proteção que são
de cavidades superficiais.

 Polpa Dentária:
 Tecido conjuntivo altamente especializado, ricamente especializado, ricamente inervado,
vascularizado e responsável pela formação e manutenção da dentina. Mondelli (1998);
 A polpa vai fazer com que a dentina seja depositada para a gente durante toda a vida
toda, tanto por uma maneira fisiológica quanto por uma maneira patológica.
 Funções da polpa:
Formação dentinária;
Nutrição da dentina;
Inervação;
Defesa.
 Dentina:
 Principal constituinte da estrutura dentária;
 Processamento de formação:
Deslocamento centrípeto dos odontoblastos;
Começa na polpa e vão até a junção esmalte-dentina (amelodentinária);
 Composição:
70% substâncias inorgânicas (hidroxiapatita);
18% substâncias orgânicas (fibras de colágeno);
12% de água.
 Tipos:
Diferenciadas de acordo com o estímulo e período de formação;
Primaria:
o Formada até o término da formação da raiz;
o É toda dentina que vai ser formada até o momento que o dente estiver
em formação;
Secundária:
o Formada após a completa formação da raiz;
o Formada naturalmente durante toda a nossa vida;

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o Estímulos de baixa intensidade.
Terciária:
o É uma dentina que vai ser formada frete a um estímulo patológico.
o Nova dentina formada no tento da câmara pulpar;
Esclerótica:
o É a dentina que já foi formada, contudo tem um aumento da deposição
mineral nela, ou seja , é uma dentina mais hipermineralizada ou seja,
não é uma dentina nova sendo formada.
o Aumento da deposição mineral em dentina pré-existente

 Distribuição dos túbulos:


Como a distribuição dos túbulos é de forma centrípeta, vai fazer com que
quando se tenha uma dentina mais próxima ao esmalte, vai-se ter muito mais
espaço de dentina entre um túbulo e o outro, e conforme vai chegando
próximo da polpa o espaço entre os canalículos é bem menor, os canalículos
vão está bem pertinho;
Quando se pensa na capacidade de transmitir tanto um estímulo bom quanto
um estímulo ruim para a polpa a parte mais próxima da polpa é muito mais
permeável do que a que está mais distante, por isso que quanto mais perto da
polpa, mais biocompatível tem que ser o material.
Limite amelodentinário 10.000/mm²;
Região média 20.000 a 30.000 mm²;
Próxima a polpa 50.00 mm²
Dentina peritubular É mais mineralizada do que a INTERTUBULAR;
Dentina intertubular:

2. Por que proteger?


 Pois existem muitas situações podem levar à injúria do complexo dentinopulpar;
 Uma dessas situações é o trauma, tem situações que são progressivas e tem situações que são
mais imediatas, o trauma é uma situação mais imediata, no sentido que a polpa e dentina está
sem nenhuma injúria e de repente quebrou o dente, então ela não conseguiu se organizar para
conseguir escapar dessa agressão. Quando se tem trauma a polpa não foi diminuída de volume,
como a dentina terciária, ela se encontra com a dentina primária e com a dentina secundária
normal, então tem-se muito mais chance de ter uma exposição pulpar e de ter alguma lesão da

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polpa de forma irreversível do que quando se uma tecido carioso que a polpa já vai se
organizando para se defender;
 O calor da alta rotação pode causar um dano ao complexo dentinopulpar, logo deve trabalhar
sempre com ela irrigada.
 Os materiais restauradores são agentes agressores, quando se tem uma cavidade bastante
profunda, não consegue-se colocar o amálgama ou uma resina composta direto sobre ele, vai-se
colocar um material mais biocompatível em baixo, e um material que seja mais estético e resistente
na parte de cima;
 Lesão de cárie
 Zona da cavidade
 Dentina cariada superficial
 Dentina cariada profunda
 Dentina esclerosada
 Dentina terciária

 Zona da cavidade:
Coloração contrasta com as estruturas normais;
Bordas irregulares;
Intensa atividade bacteriana;
Material Necrótico.

 Dentina cariada superficial:


Conhecida também como dentina infectada. A dentina infectada não é passível
de ser deixada;
Desmineralizada e sem estrutura de colágeno;
Presença de bactérias;
Comprometimento irreversível da dentina.

 Dentina cariada profunda:


Rara presença de microrganismos;
Tecido desorganizado pela ação de ácidos;
Apresenta sensibilidade;
Passível de recuperação/de ser remineralizada;
Só tem uma situação que se deixa essa dentina que é quando vai-se fazer um
tratamento expectante, e isso significa que  está com risco de expor a polpa,
então vai-se fazer um tratamento para ver se essa dentina consegue reagir, de
modo que não tenha uma exposição pulpar, pois muitas vezes quando expõe a
polpa já vai evoluir para um tratamento endodôntico.

 Dentina esclerosada:
Aumento da deposição mineral em dentina pré-existente;
Agressão ou envelhecimento da estrutura dentária;
Menor permeabilidade de íons e bactérias.
Quando se tem uma lesão que não é cariosa, que vai fazendo tipo uma cunha
na cervical do dente vai-se notar que é bem brilhosa, ali é uma dentina
característica de ser uma dentina esclerótica, muitas vezes é uma dentina que
não dói pois já se mineralizou quase a ponto do tubo se fechar, então o
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prolongamento do odontoblastos não chega ali naquela parte superficial. É
mais comum em pré-molar.

 Dentina terciária:
Dentina formada frente à um estimulo agressor;
Nova dentina que se forma no teto da câmara pulpar na região
correspondentes aos odontoblastos agredidos por estímulos externos:
o Dentina terciária reacional  Formada por odontoblastos que já
estavam ali, então ele só reage contra esse estímulo;
o Dentina terciária reparadora  São células da polpa indiferenciadas
que vão migrar para essa região da junção dentina-polpa e vão se
diferenciar em odontoblastos para daí fazer uma deposição de dentina
mais acelerado evitando esse tipo de agressão.

3. Como limpar?
 O dente antes de receber o material restaurador deverá apresentar-se devidamente limpo, seco e
livre de contaminação...
 Sempre que cavitar vai formar resto de tecido necrótico, quando vai fazer a limpeza. Esse resto de
tecido necrótico é conhecido como Smear Layer;
 Smear Layes (Camada agregada, barro ou lama dentinária):
 O termo “smear layer” é mais usado para descrever os microfragmentos ou microdetritos
deixados sobre a dentina durante o preparo cavitário. O termo também se aplica a qualquer
tipo de fragmento produzido iatrogenicamente pelo corte ou desgaste, não somente da
dentina mas também do esmalte, cemento e mesmo da dentina do canal radicular.
 Consiste de duas camadas (classificação): a camada externa superficial e amorfa (“smear
on”), agregada sobre superfície dentinária, em cima dos os túbulos, e a interna (“smear in”
ou “plug”), formada por micropartículas que forçadamente penetram por alguns
micrometros na interior do complexo tubular da dentina.

 Agentes de limpeza:
 Biocompatibilidade  do material de proteção e do material de limpeza:
 Não deve ser irritantes aos tecidos bucais apresentar uma concentração, atividade
tensiométrica, eletrolítica e pH aceitáveis ao meio bucal.
 Os agentes desmineralizantes são a parte dos ácidos, e o não desmineralizantes são os
agentes que vão atuar mais pela força do impacto, pelo esfregaço que vai se soltar.
 Eles sã utilizados independente da profundidade das cavidades.
 Geralmente tem-se dois materiais que se utiliza mais, quando se tem uma exposição
pulpar vai-se utilizar mais a água do que o hidróxido de cálcio, e quando não tem uma
exposição pulpar geralmente o material de eleição é a clorexidina, mas todos os
materiais que são não desmineralizantes dentro de um princípio de lógica, sem contar a
exposição pulpar, podem ser utilizados para todas as cavidades, desde a cavidade
superficial/rasa até as cavidades mais profundas.

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 Agentes desmineralizantes e não desmineralizantes
 Não desmineralizantes:
Vai manter a smear layer ali, e vai tirar realmente o tecido que está mais solto
Ação de lavagem, removendo os detritos pela força do impacto do jato da
substância ou por esfregaço.
Germicidas  vão matar os germes, como é o caso da água oxigenada.
Detersivos (similares à detergentes);
Soluções de clorexidina;
Alcalinizantes (hidróxido de cálcio P.A)
 Desmineralizantes:
O que vai remover a smear layer são os agentes desmineralizante. Os ácidos
mais fracos removem parcialmente, e os ácidos mais fortes removem quase na
totalidade.
Considerados bons limpadores por reagirem com os microfragmentos
dentinários, removendo total ou parcialmente a “smear layer”
Esse tipo de produto vai ser utilizado em cavidades mais superficiais, rasa e
média, já quando for profunda e bastante profunda já não utiliza o ácido de
forma direta;
Ácido fosfórico  quando for colocar uma resina composta;
Ácido poliacrílico (vidrion)  quando for colocar cemento de ionômero de
vidro, principalmente modificado por resina.
E.D.T.A  mais utilizado na endodontia para fazer limpeza de canal radicular;
Ácidos (utilizados na periodontia):
o Fluorídrico;
o Maleico;
o Bórico;
o Cítrico.

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4. Como proteger:
 Fatores a considerar/avaliar:
 Idade do paciente;
 Profundidade da cavidade;
 Condição pulpar
 Materiais de proteção que utiliza:
 Técnicas de proteção do complexo dentinopulpar:

 Fatores a considerar/avaliar:
4.1 Idade do paciente:
 Volume da polpa diminui com o aumento da idade;

4.2 Profundidade da cavidade


4.2.1 Cavidade superficial:
 Podem estar aquém, ao nível ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária.
4.2.2 Cavidade rasa:
 Estabelecidas para lesões incipientes, com parede de fundo localizada entre 0,5 a 1,0 mm
além da junção amelodentinária.
4.2.3 Cavidade média:
 Atingem até a metade da espessura de dentina remanescente (1 a 2 mm além da junção
amelodentinária).
4.2.4 Cavidade profunda:
 Ultrapassam a metade da espessura da dentina, mantendo cerca de 0,5 mm de dentina
remanescente.
4.2.5 Cavidade bastante profunda:
 O assoalho dentinário, na porção mais profunda, fica a 0,5 mm ou menos da polpa.

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4.3 Condição Pulpar
4.3.1 Anamnese:
 Dor Dentinária X Dor pulpar
 Dor dentinária:
Costuma ser aguda, lancinante (dor que vai alta, depois volta ao normal) e
localizada;
Acontece pelo toque, frio, ácido, açúcar e desidratação;
Desaparece com a remoção do estímulo.
 Dor pulpar:
Polpa potencialmente reversível  pode fazer um tratamento mais conservador
Polpa provavelmente irreversível  não adianta tentar colocar um material
biocompatível em cima da polpa pois ela não vai responder de maneira
satisfatória.
4.3.2 Exame clínico:
 Palpação;
 Percussão vertical (bate na incisal)  ao sentir dor, o problema é no periápice;
 Percussão lateral (bate na vestibular) ao sentir dor é sinal de um problema no ligamento
periodontal, logo é um problema periodontal.
 Testes térmicos:
Resposta ao frio e calor.
 Teste de cavidade  não anestesia e vai passando a broca, se não sentir dor ao toque,
significa que aquele dente não tem mais capacidade de responder, o dente já está para
necrosar.
4.3.3 Exame radiográfico:
 Faze uma avaliação da condição daquele dente radiograficamente;
 Interproximal  radiografia para dentes posteriores;
 Periapical  radiografia para dentes anteriores.

 Materiais de proteção que utiliza:


 Material Ideal:
 Biocompatibilidade;
 Estimular formação de ponte de dentina;
 Bactericida e bacteriostático;
 Vedar margens cavitárias;
 Adesividade às estruturas dentárias;
 Resistência às estruturas dentárias
 Resistência mecânica para suportar a mastigação;
 Isolante térmico e elétrico;
 Insolúvel em meio bucal.

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Procedimentos de limpeza da cavidade

 Água dical = Soro fisiológico misturado com o hidróxido de cálcio P.A (pó), faz a mistura deles dois, espera o
pó decantar, e depois usa essa água. Essa água vai ter um pH alcalino, por isso ela consegue inibir a ação
enzimática dos microrganismos e ela também atua com um efeito hemostático. Geralmente utiliza a água
dical quando se tem uma exposição pulpar, a polpa já está viva, então esse material é bastante
biocompatível, que além de promover a diminuição dos microrganismo, ainda promove o efeito
hemostático. Não está errado também fazer o uso em cavidades normais sem exposição pulpar mas ela não
é o material mais efetivo para ser utilizado para isso, se não tiver outra coisa para limpar, como é barata,
essa mistura é melhor limpar com isso do que não limpar com nada.
 Pode-se utilizar ela de duas formas:
 APLICAÇÃO ATIVA: vai com um algodão esfregando;
 APLICAÇÃO PASSIVA: vai-se irrigar.

 Água oxigenada = é um material que já foi bastante utilizado, só que nos dias de hoje quase não se utiliza.
 Tem-se de 3 à 10 volumes;
 Tem ação germicida e provoca um borbulhamento/efervescência;

 Digluconato de clorexidina/gluconato de clorexidina/clorexidina = é o material que mais vem sendo


utilizado.
 Quando não se tem a polpa exposta, independente da profundidade da cavidade, é feita a limpeza
anterior com a clorexidina;
 Geralmente é utilizada a de 2%;
 Tem efeito:
 Bacteriostático quando em baixa concentração (é o que nós utilizamos);
 Bactericida se for em alta concentração;
 É aplicada de forma ativa e deixa-se mais ou menos por um minuto.

 Agentes desmineralizantes:
 Ácido fosfórico:
 Utilizado para resina composta;
 É mais forte do que o ácido poliacrílico, ele desmineraliza mais, do que o ácido poliacrílico.
 Ácido poliacrílico:
 Utiliza-se quando vai usar o cimento de ionômero de vidro;
 Como o ionômero tem a capacidade de se ligar ao dente, não pode desmineralizar demais,
se não perde essa estrutura dentária onde ele iria se ligar.
 É uma “aguinha” que vai ser aplicado de forma ativa durante uns 15 segundos, aplicando
mesmo, esfregando, depois se lava e seca. A secagem não pode ressecar demais a dentina,
então vai ser com bolinha de algodão estéril ou vai ser com um papel absorvente estéril.
 Primeiro aplica-se o ácido na borda em esmalte por 30 segundos e aplica-se 15 segundos em
dentina.
 Tixotropia: o ácido fica no lugar, contudo se fizer movimento vibracional ele escorre.

 A clorexidina vem antes do ácido, então aplica-se de forma ativa de 10 segundos à 15 segundos. A
clorexidina geralmente lava, não vai dar problema se não lavar, mas geralmente se lava.
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Procedimentos de proteção pelos materiais

 Hidróxido de cálcio:
 Vem com duas bisnagas, sendo:
 Pasta base: tem a maioria dos componente;
 Pasta catalizadora: faz com que o cimento endureça
 Apresenta-se nas formas:
 Pó, pasta e cimento
 Vantagens:
 Tem o pH alcalino;
 É biologicamente compatível;
 Estimula a formação de dentina reparadora ou
esclerosada;
 Desvantagens:
 É solúvel em meio bucal, por isso que não pode fazer uma restauração com o hidróxido de
cálcio;
 Não apresenta boa resistência a tração, compressão e ao desgaste.
 Preparo:
 Utiliza-se primeiramente a placa de vidro do lado liso, a espátula nº 24 e o aplicador de
hidróxido de cálcio;
 Coloca uma porção igual da pasta base e da pasta catalizadora;
 Pega-se a espátula nº 24 e vai homogeneizar as duas pastas até ficar sem estrias e vai com o
aplicador de hidróxido de cálcio só na ponta e leva na posição, cavidade mais profunda
específica do dente.;
 Não deve deixar encostar nas bordas, pois quando vier com o outro material por cima e o
material todo for para boca vai-se formar uma fenda, pelo fato dele ser solúvel.
 Se por ventura encostar na borda, pega-se uma colher de dentina e faça a remoção desse
material depois que já estiver seco, faz-se uma raspagem.

 IRM (óxido de zinco e eugenol)


 Óxido de zinco (pó)
 Eugenol (líquido)  “cheiro de dentista”
 Finalidade:
 Utilizado para restaurações provisórias, ou base
para restaurações de amálgama;
 Ele é biocompatível, pois ele não é tóxico, não é
porque ele estimula a formação de dentina, pois
não a faz;
 Ação anódina: efeito sedativo sobre a polpa;
 Ação antibacteriana (devido ao seu pH neutro);
 Facilidade de uso;
 Isolamento térmico e elétrico.
 Bom vedamento marginal: deve selar as margens da cavidade para evitar infiltração de
bactérias

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 Quase não usa ele, pois ele tem uma baixa resistência mecânica, não é adesivo, então se ele fica um
tempo mais na boca ele já tende a formar uma fenda e dar uma infiltração e principalmente porque
ele não é compatível com a resina composta, que é um material que geralmente vai-se colocar
depois, então sempre que colocar o óxido de zinco e o eugenol, depois tem que vim com uma
restauração de amálgama.
 Preparo:
 Utiliza-se a placa de vidro do lado fosco, espátula 70, espátula de (inserção, silicado ou nº 1)
e hollemback 3s;
 Coloca-se um porção do pó para uma gota de líquido;
 Divide a porção do pó em 3 partes . Vai homogeneizar a parte maior da porção do pó
primeiro, depois a segunda parte depois a terceira parte.
 Tem que fazer força na espátula, vai começando a formar estrias, depois vai esperar mais
ou menos uns 30 segundos, vai com a segunda metade, depois vai mais ou menos 15
segundo e vai com a terceira metade, vai ter um tempo total de manipulação de 1 minuto.
 Vai dar um ponto onde consegue-se pegar com a mão e fazer como se fosse uma
“cobrinha” com ela, é nesse ponto que se deve chegar. Pega divide em 2 ou 3 porções, e
pega com a espátula de inserção e leva na cavidade dental. Acomodou na cavidade bucal,
vai-se com uma bola de algodão, e vai tentando também acomodar. Depois vai tentar tirar
os excessos, não deixando nem com sobra nem com falta de material e depois se precisar
quando tiver começando a endurecer, vai com a hollemback 3s tentando esculpir.
 OBS: Depois que endurece de vez a hollemback 3s não consegue mais cortar, então tem que
ser em um ponto que está em endurecimento.

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 Composição:
 Pó  É composto por: vidro de flúor, alumínio e silicato (Al2O3-CaF2-SiO2)
 Sílica e alumina: darão resistência
 Fluoreto: participa da reação de presa e liberação de flúor.

 Líquido  é uma solução aquosa de ácido poliacrílico:


 Ácido poliacrílico;
 Ácido maléico;
 Ácido tartárico  diminui a viscosidade e aumenta o tempo de trabalho/tempo de presa.
 Ácido com alto peso molecular e isso da  Maior resistência do material;
 Maior viscosidade.
 Água: participa no processo de ionização do ácido poliacrílico;
material fraco mecanicamente e reduz a velocidade de presa.

OBS: A água faz com que o material fique fraco mecanicamente e reduz a velocidade de presa, por isso tem um
passo em que se faz a proteção do ionômero de vidro, para evitar sinérese (perda de água) ou embebição (ganho de
água). Se ganhar ou perder água esse material vai perder as suas propriedades mecânicas dele, ficando fraco.

 Propriedades  é um cimento que tem:


 Melhor adesão = na reação do ácido poliacrílico, com a água, o grupamento carboxílico que fica livre
vai se ligar aos íons de cálcio, do pó de silicato e esse grupamento é que vai se ligar também ao
cálcio da dentina, do esmalte, por isso que fala que é o cimento que tem melhor vedamento
marginal, melhor adesão química;
 Liberação de flúor;
 Biocompatibilidade  é um dos cimentos que são mais biocompatíveis, tem menos irritação pulpar,
é o cimento que tem o coeficiente de expansão térmica linear bem parecido com o esmalte e
dentina, do que qualquer outros cimentos
 Propriedades térmicas  é o coeficiente de expansão térmica linear.

 Desvantagens:
 Baixa propriedades mecânicas
 Fraca ligação entre partículas de vidro e matriz de poliácidos;
 Não tem tanta resistência mecânica;
 Ele não pode ficar definitivo na boca do paciente, pois ele não tem tanta resistência
mecânica, ele fratura fácil, e também não é estético, o modificado já melhorou a parte de
estética
 Alterações dimensionais:
 Tem Sinérese e embebição;
 Tem uma fase na hora que está reagindo, tomando presa, de 1 à 4 minutos, pode ter ganho
ou perda de água e para isso tem-se que fazer um isolamento.

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 Tipos de cimentos:
 Convencionais:
 Tipo 1 – Cimentação  C
 Tipo 2 – Restauração  R
 Tipo 3 – Base, forramento e selamento de cicatrículas e fissuras  F
 Cada colher tem um medidor diferente, se mudar a colher que vai utilizar para pegar o material, vai
modificar completamente a composição do material.
 CIV Restaurador modificado por resina  Colocaram monômeros resinosos nessa composição.

 Manipulação

 A composição do CIV é 1 para 1, no entanto como a centrix que se tem em sala é muito grande, vai-
se fazer dois para dois no restaurador
 Tem-se a espátula
 Deve-se primeiramente agitar o frasco levemente para poder homogeneizar as partículas do pó;
 Tem-se um líquido que é uma solução aquosa;
 Usa-se a placa de vidro do lado liso;
 Deve-se espalhar e preparar o material em um menor área possível;
 Vai-se utilizar a espátula nº 24, o ideal seria de plástico, pois o ionômero de vidro tem partículas de
vidro e ao utilizar a espátula metálica pode-se está incorporando o metal ao ionômero de vidro;
 O líquido despreza-se a primeira gota, pois a mesma sai com bolha. O frasco deve ser colocado
sempre na vertical.

 Aglutinar é diferente de espatular:

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 Como esse cimento tem partículas de vidro, não pode manipular deve-se aglutinar, se forçar vai
arranhar as partículas de vidro.

 Inserção  o cimento deve ficar:


 Brilho superficial  só pode inserir na cavidade
de estiver brilhoso, se estiver opaco está-se
perdendo os íons que o material tem.
 Homogeneidade;
 Em ponto de fio;
 Eliminação de bolhas
 Sinérese e embebição:
 Uso de verniz;
 Esmalte Colorama;
 Adesivos
 Tira de poliéster
 Centrix:
 A centrix tem várias pontas (são 3 ao todo), a ponta mais afunilada tem um sistema de
embolo próprio para ela que também é mais afunilado e utiliza-se quando tem cavidades
pequenas;
 O segundo tipo de ponta que é uma ponta ampla, vai-se utilizar em cavidades maiores;
 E a ponta intermediária vai ser utilizada em uma cavidade que não seja tão restrita nem
tão ampla.
 Pega-se o cimento preparado com a espátula e leva ele até a ponta de trás e coloca-se
posteriormente o embolo, depois coloca na seringa centrix.
 Coloca-se a ponta da centrix na parede de fundo e vai subindo, e faz um movimento
lateral para não criar bolhas, vai-se ajustar com a espátula de silicato.
 Depois pega-se o verniz/esmalte de colorama/adesivo ou tira de poliéster “passa no dedo” e
coloca-se por cima. Depois retira-se os excessos.
 Deve-se ter um bom vedamento marginal e um ajuste oclusal, não pode deixar a restauração alta
para não dar um trauma oclusal.
 Ao colocar o ionômero de vidro, deve-se esperar um tempo até 4 minutos para passar o verniz e
fotopolimerizar, pois precisa-se até as 48 horas evitar o ganho ou perda de água.

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 Materiais Utilizados:
 Manequim;
 Espátula nº 24;
 Espátula nº 1/silicato;
 Placa de Vidro/
 Verniz;
 Seringa centrix e pontas;
 Pinça Clínica;
 Algodão;
 CIV- Pó e líquido.

 CIV-Restaurador: Tratamento expectante:


 A remoção parcial da cárie na zona de maior proximidade pulpar deve ser realizada
preferencialmente com broca esférica de maior diâmetro, removendo o tecido cariado superficial e
sem exercer pressão excessiva. Nesta fase, o uso de curetas aumenta o risco de exposição uma vez
com este instrumento o corte é realizado na base da cárie;
 Aplicação de uma fina camada de hidróxido de cálcio apenas na zona de maior proximidade pulpar;
 Restauração provisória com cimento de ionômero de vidro;
 O paciente deve retornar após aproximadamente 45 dias para reavaliação. O êxito do tratamento
está relacionado à ausência de sensibilidade e de imagem radiográfica sugestiva de lesão periapical.
O dente também deve responder positivamente ao teste de sensibilidade pulpar;
Neste retorno do paciente, o material restaurador e o restante do tecido cariado devem ser
removidos para a restauração definitiva.

 CIV- Restaurador Modificado por Resina:


 Qual a diferença dos CIVs convencionais para os modificados por resina?
 A diferença está na composição, no líquido tem-se o acréscimo de monômeros metacrilax
que são os GMA, EMA, e no pó teve a incorporação de fotoiniciadores que são substancias
que são incorporadas no líquido para quando tiver a presença da luz começar o processo de
endurecimento, ou seja, o processo de presa ou de fotopolimerizaçao;
 No ionômero convencional foi incorporado monômeros metacrilax no líquido e no pó, foi
incorporado fotoiniciadores.

 Composição:
 Líquido:
 Pó:

 Reação de presa:
1. Reação de ácido-base do CIV convencional;
2. Polimerização ativada pela luz;
3. Polimerização ativada quimicamente.

 Vantagens:
 > Resistência ao desgaste;
 > Resistência à compressão, á tração diametral
 Estética

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 < Dureza;
 Estabilidade dimensional
 A resina, quando joga luz e ela vai fotopolimerizar, ela encolhe, quando ela encolhe tem a
contração de polimerização, então forma trincas, fica espaços, e isso antes do adesivo
convencional não tinha, pois a adesão era química, tinha-se um grupamento carboxílico que
se ligava ao cálcio do dente, então vedava já hoje tem uma adesão por adesivos, e quando
joga a luz o material contrai, tendo assim fendas, podendo ter microinfiltração, cáries
secundárias, então o vedamento marginal não é igual ao convencional;
 Com o tempo vai ter manchamento;
 Melhorou a estética, pois esse material tem cores então se tem uma variedade de cores, A1,
A2... Já o convencional não tem cores variadas...
 Melhorou a resistência ao desgaste e a resistência à compressão e à tração.

 Indicações  a mesma do outro, porém esse terá uma melhor estética, então pode utilizar por exemplo
classe 5.
 Selante de fóssulas e fissuras;
 Núcleo de preenchimento;
 Obturador;
 Base;
 Forramento;
 Restaurações;
 Cimentação.

OBS:. Só em pediatria já se deixa esse material como definitivo.

 Passo a passo:
 Ácido poliacrílico;
 L
 Preparo:
 Forrador:
 Utiliza-se a parte lisa da placa;
 Agita o pó para homogeneizar;
 A proporção é de 1 do pó para 1 do líquido;
 Fecha-se o pó, pois ele é sensível à umidade;
 Despreza-se a primeira gota do líquido;
 Pinga o líquido próximo ao pó;
 Divide o pó em duas partes e aglutina a primeira parte do pó com o líquido depois leva
segunda parte do pó e faz a aglutinação;
 Deve ser colocado na parede de fundo com o porta dycal;
 Se tocar na parede circundante, espera-se endurecer um pouco e vai com a colher de
dentina e tira-se.
 Limpa-se a placa e prepara o material restaurador

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 Restaurador:
 Utiliza-se a parte lisa da placa;
 Agita-se o pó para homogeneizar;
 OBS:. A proporção vai ser 2 gotas para 2 colheres de pó, no entanto o padrão também é 1
para 1, só vai utilizar essa proporção de 2 para 2 por conta da centrix que se tem em sala de
aula;
 Após, colocar 2 para 2,;
 A primeira gota do líquido é desprezada;
 Vai misturar duas colheres do pó com duas gostas;
 Depois coloca na centrix;
 Depois coloca o material restaurador na cavidade;
 Logo após, passa-se um pouco do verniz para proteger o sistema, depois espera-se 4
minutos e passa o verniz novamente quando estiver rígido;
 Vai aproveitando enquanto está mole e vai ajustando com a hollemback;
 Depois deve-se fazer a fotopolimerizaçao, coloca-se 20 segundos...

 Face vestibular do dente (fio retrator):


 Fio retrator coloca-se na gengiva interna;
 Depois faz a limpeza da cavidade com o ácido (poliacrílico ou fosfórico) com o auxílio do
microbrush, depois vai lavar cavidade com ar e água;
 Depois seca-se a cavidade;
 Coloca-se uma proporção de 1 de pó (material restaurador de ionômero) para 2 gotas de
líquido (material restaurador de ionômero);
 Fazer a aglutinação;
 Depois colocar na seringa centrix e aplicar;
 Retirar o excesso com a espátula de silicato;
 Aplicar o verniz;
 Fotopolimerizar (20 segundos)

 Aula prática:
 Tanto o forrador quanto o restaurador a proporção é um colher de pó e uma gota do líquido,
entretendo na aula prática em sala para o restaurador a proporção que será utilizada será dois para
dois, já o forrador mantém a mesma proporção.
 A composição do F e R é a mesma, o que vai mudar são o tamanho das partículas.
 Forrador (F)
 Cor da colher: vermelha;
 Proporção 1 para 1 tanto do pó quanto do líquido.
 O tamanho das partículas são menores, porém maiores do que o cimentador.
 Restaurador (R)
 Cor da colher: azul;
 Proporção 2 para 2 tanto do pó quando do líquido;
 Tem partículas maiores comparado ao F.

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(CONTINUAÇÃO)

Como proteger?

 Materiais de proteção que utiliza:


 Características para o material ideal a ser utilizado:
 Biocompatibilidade;
 Estimular formação de ponte de dentina;
 Bactericida e bacteriostático;
 Vedar margens cavitárias;
 Adesividade às estruturas dentárias;
 Resistência às estruturas dentárias
 Resistência mecânica para suportar a mastigação;
 Isolante térmico e elétrico;
 Insolúvel em meio bucal.

OBS.: Não se tem muito material que consiga abarcar todas essas características, por isso quanto mais próximo se
estiver da polpa, mais biocompatível precisa ser aquele material, já os que estão mais longe da polpa não
necessariamente precisa ter toda essa biocompatibilidade, vai ter a capacidade de estimulação de dentina, alguns
são bactericidas outros são bacteriostáticos, principalmente quando se usa na parte de limpeza.

 Tipos de materiais de proteção:


Selantes e/ou vedadores Forradores cavitários e bases Bases cavitárias
protetoras
Vedam a embocadura dos Forradores são agentes São empregados para
túbulos e os microespaços que protetores com espessura proteger e/ou substituir
se formam entre as paredes da mínima (menos de 0,5 mm); dentina, permitindo menor
cavidade e o material A base protetora constitui volume de material
restaurador uma cama mais espessa (0,5 a restaurador.
Ex.: Verniz Cavitário; Sistema 2mm)
Adesivo

 Os selantes e/ou vedadores  são aqueles que se usa mais superficialmente, mais perto do
esmalte.
 Os forradores cavitários e bases protetoras  servem para forrar ou para servir para utilizar
uma menor quantidade de material restaurador, então ao invés de completar toda a
cavidade com o amálgama, vai-se colocar uma base forradora em baixo que vai servir como
um volume embaixo para ter algumas características que o amálgama não tem e depois vem
com o amálgama. O amálgama é um material rígido que transmite bastante calor,
eletricidade, então vai colocar um material embaixo dele para servir de volume e também
para servir como amortecedor, então como ele é um material mais maleável ele vai e volta, o
amálgama não, ele é rígido, então coloca-se esse material como por exemplo o ionômero
forrador, que vai servir como esse material que “vai e volta”, e em cima coloca o amálgama
ou a resina composta. A resina a dificuldade que se encontra nela é que ela sofre contração
de polimerização, logo quando endurece tente a diminuir de tamanho, e assim é a resina
composta, o que pode criar uma fenda entre o dente e a restauração, quando coloca-se um
material que não diminui tanto de tamanho, minimiza esse tipo de prejuízo.

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 As bases cavitárias  são basicamente os mesmos princípios dos forradores, mas não
necessariamente elas vão conseguir uma característica de benignidade para a polpa, então
muitas vezes quando tem um dente que é tratado endodônticamente e quer apenas
preencher em volume na resina composta se fosse fazer isso para evitar essa contração de
polimerização, teria incremento por incremento, e aqui consegue-se colocar incremento
único, então ganha-se tempo clínico.

 Selantes e vedadores cavitários


OBS: Esse selante não é o selante de cicatrículas e fissuras.
 Verniz Cavitário/Verniz forrador  Serve para o amálgama;
 Sistema adesivo  Serve para a resina composta.
 Sistemas adesivos:
O sistema adesivo apesar de ele está diretamente ligado à adesão da resina
composta ao substrato dentário, ele também é um material de proteção do
complexo dentina-polpa.
Adesão à estrutura dentária;
Capacidade de união a múltiplos substratos unindo material restaurador ao
dente;
Ótimo isolante térmico;
Película fina do material;
Aplicação realizada de acordo com as recomendações do fabricante, cada
adesivo tem uma característica de aplicação  Geralmente são duas camadas,
uma camada que vai funcionar como PRIMER e uma segunda camada que vai
funcionar como se fosse um adesivo mesmo que chama-se de BOND. Na grande
maioria dos sistemas são duas camadas. No entanto é sempre interessante ler a
bula do produto.
Não pode deixar ele empoçar, pois como ele é um material monométrico, ele
forma um volume, não é que ele vai desaparecer, se colocar em excesso vai-se
formar uma camada de adesivo, que vai se polimerizar, então não é interessante
ser uma camada espessa de adesivo, pois ele é menos resistente que a resina
composta, ele é mais solúvel, então é sempre uma camada fina.
 Forradores cavitários e bases protetores.
 Vem desde a água dical com pó hidróxido de cálcio, que é quando vai-se ter a exposição
pulpar vai funcionar como limpeza e também como material de proteção;
 Depois se tem o cimento de hidróxido de cálcio, quando tem cavidades bastante profundas;
 Depois tem-se o cimento de ionômero de vidro, onde tem-se o forrador e o restaurador onde
o forrador é utilizado como uma base.
 Hidróxido de cálcio:
 pH alcalino (faixa de 12);
 Induz a neoformação dentárias;
 Ação antibacteriana;
 Proteção termoelétrica.
 Solução (água dical):
 Essa água dical não vende, ela deve ser preparada com os materiais;
 200 ml de solo fisiológico + (10 g à 20 g) do pó de hidóxico de cálcio P.A. = água dical;
 Pasta (ou pó):
 Pasta formada pela mistura do pó com soro fisiológico ou água dical;
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 Estimula a formação de dentina reparadora;
 Serve para exposição pulpar ou tratamento expectante
 Baixa resistência mecânica.
 Funcionamento: coloca-se uma camada no fundo da cavidade. Utiliza-se a pasta de
hidróxido de cálcio ou quando tem uma exposição pulpar ou como uma vertente do
tratamento expectante, a outra vertente do tratamento expectante, foi o que foi
feito, que foi a utilização do cimento, então tem as duas opções quando não tem
polpa exposta. O expectante é feito quando tem uma cavidade bastante profunda
com risco de exposição pulpar, para evitar que a polpa seja exposta, para-se antes,
deixa a dentina profunda ou a dentina afetada, remove a dentina infectada, e vai
colocar uma proteção na tentativa de remineralizar essa dentina e que a polpa se
afaste dessa agressão, em um segundo momento, abre-se para terminar de limpar.

 Cimento:
 Tem uma maior resistência mecânica;
 Menor solubilidade;
 Estimula formação de dentina reparadora;
 Proteção contra estímulos termoelétricos e toxicidade dos monômeros resinosos.
 Serve para tratamento expectante ou cavidades bastante profundas, proteção
mesmo em uma restauração direta, uma restauração definitiva.

 Agregado de tri-óxido mineral (MTA):


 Funciona basicamente como se fosse o hidróxido de cálcio, é uma versão melhorada do
hidróxido de cálcio, contudo, o valor dele é muito alto, o que muitas vezes o torna inviável.
 Partículas hidrofílicas de cálcio e fosfato que endurecem na presença de umidade;
 Excelente biocompatibilidade;
 Comportamento biológico semelhante ao hidróxido de cálcio.
 Utilizado principalmente quando se tem perfuração radicular, pois ele é menos solúvel.

 Cimento de ionômero de vidro:


 Também atua como proteção do complexo dentinho-pulpar;
 Menor solubilidade comparado ao hidróxido de cálcio, porém também é solúvel em boca,
principalmente quando não se protege. Quando terminou-se uma restauração passou-se um
adesivo e fotopolimerizou, isso foi feito para diminuir a solubilidade que é chamado de
sinérese e embebição que é a perda e o ganho de água;
 Liberação de flúor (ação anticariogênica)  isso auxilia na remineralização da estrutura
dentária;
 Isolante térmico e elétrico;
 Adesão às estruturas dentárias;
 Biocompatível;
 CETL (Coeficiente de expansão térmica linear) próximo ao da estrutura dentária;
 Resistência suficiente como material protetor  não é muito utilizado como material
restaurador, é mais para restaurações provisórias e/ou dentes decíduos. Ele vai ser mais
utilizado como material protetor.

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 Bases cavitárias  Elas servem para preenchimento cavitário. Então quando se tem uma cavidade
bastante profunda, e vai colocar um material e se quer preencher de maneira mais rápida, elas
surgiam nesse sentido.
 Tem-se 3 tipos de materiais que podem ser utilizados para preenchimento de cavidade:
1. Cimento de ionômero de vidro modificado por resina no caso;
2. Resina Flow  o flow significa que ela escoa, logo é uma resina fluida, ela é normal,
contrai mais ou menos o mesmo tanto que uma resina composta normal;
3. Resina bulk fill  É um tipo de resina flow que contrai menos, tem uma contração de
polimerização menor do que uma resina convencional.

OBS.: Quanto menor a contração do material melhor.

 Tem-se duas opções de disposição dos materiais. Na imagem acima está representada a primeira opção.
 Se não tivesse polpa, poderia fazer toda a parte de baixo com uma base.

OPÇÃO 1 OPÇÃO 2
RESINA OU RESINA ou
AMÁLGAMA AMÁLGAMA
BASE CIVF
CIVF OU DYCAL
DYCAL

 Os forradores são materiais que são especificamente para tentar voltar à uma vitalidade pulpar, para
fazer com que a polpa não seja afetada;
 As bases servem para ganhar volume.

 Técnicas de proteção do complexo dentinoupulpar


 Proteção pulpar indireta;
 Tratamento expectante;
 Proteção pulpar direta.

1- Proteção pulpar indireta


 Quando não tem a polpa exposta na boca;
 Aplicação de agentes protetores no assoalho cavitário, a fim de resguardar o complexo
dentinopulpar dos diferentes tipos de injúrias ou irritantes, manter a vitalidade pulpar, inibir o
processo carioso e estimular a formação de dentina esclerosada, reacional e/ou reparadora.

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 A proteção indireta, começa-se com o material de limpeza, que provavelmente vai ser a clorexidina
2%,
 Agentes não desmineralizantes:
 Solução de Clorexidina:
 Clorexidina 2%;
 Capacidade de ser absorvida pelas paredes celulares dos microrganismos.
 Cavidades superficiais, rasas e médias:
 Amálgama
 Utiliza-se: clorexidina, Verniz e o Amálgama
 Passa-se uma camada de verniz de forma ativa, espera ele evaporar mais ou menos
1 minuto, vem com uma segunda camada de verniz, e aí por fim vem com o
amálgama.
 Resina
 Utiliza-se: clorexidina, ácido fosfórico, sistema adesivo e resina.
 O sistema adesivo geralmente são duas camas depois vem com a resina composta.

 Cavidades profundas com e sem esclerose:


 O primeiro passo sempre é a utilização da clorexidina, ela vai sempre limpar depois que terminou
o preparo cavitário.
 Amálgama:
 Utiliza-se: clorexidina + Cimento de ionômero de vidro + verniz + amálgama
 Resina:
 Utiliza-se: clorexidina + Cimento de ionômero de vidro + ácido fosfórico+ sistema
adesivo + resina composta;

 Cavidades bastante profundas:


 O que vai mudar é a quantidade de cimento de hidróxido de cálcio que será maior.
 Amálgama:
 Clorexidina + Cimento de hidróxido de cálcio + cimento de ionômero de vidro +
verniz + amálgama.
 Resina:
 Clorexidina + Cimento de hidróxido de cálcio + cimento de ionômero de vidro +
ácido fosfórico + sistema adesivo + resina.

2- Tratamento expectante:
 Tratamento de cáries agudas e profundas, na iminência de expor a polpa, mantendo parte da
dentina cariada no fundo cavitário;
 Logo, o tratamento expectante não vai fazer a remoção de todo o tecido cariado, é para tentar
manter a vitalidade pulpar, vai-se deixar a dentina cariada profunda ou a dentina afetada;
 Objetivos do tratamento expectante:
 Bloquear a penetração de agentes irritantes;
 Interromper o circuito metabólico bacteriano;
 Inativar tais bactérias pela ação bactericida e bacteriostática do material de proteção (que
vai ser o hidróxido de cálcio);
 Remineralizar parte da dentina amolecida;

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 Hipermineralizar a dentina sadia subjacente  transformar em dentina esclerótica a dentina
subjacente;
 Estimular a formação de dentina terciária  (reacional ou reparadora);

 Passos operatórios (tratamento expectante):


1. Remoção da dentina cariada com brocas em baixa rotação e curetas, principalmente nas
paredes circundantes  as paredes circundantes vão ter que ficar limpas, a única coisa que
possa ser que fique com tecido cariado vai ser a parede de fundo;
2. Lavar a cavidade com solução de hidróxido de cálcio ou pode ser clorexidina;
3. Aplicar camada de cimento de hidróxido de cálcio;
4. Restaurar a cavidade com cimento de ionômero de vidro restaurador;
5. Aguardar 45 a 90 dias;
6. O paciente retorna, faz os exames para ver se a polpa encontra-se dentro da normalidade;
7. Radiografia periapical (verificar periápice e formação de barreira dentinária mineralizada);
8. Teste de sensibilidade pulpar (frio|calor);
9. Dentro da normalidade remove-se o material provisório e o remanescente cariado e faz-se a
restauração definitiva indicada.

OBS.: Anestesia é um passo opcional;


Vai remover com brocas esféricas a maior que couber na cavidade;
Vai deixar a dentina de fundo que ainda está cariada mas que é passível de remineralização;
Vai fazer a camada de hidróxido de cálcio PA que é em forma de pasta ou cimento;
Depois vai fechar com o cimento de ionômero de vidro;
O tempo de espera é de mais ou menos 45 à 90 dias;
Quando o paciente é mais jovem, tende a responder de forma mais acelerada;

3- Proteção pulpar direta


 É quando se tem diretamente material sobre a polpa, quando expõe a polpa, a polpa está na
cavidade bucal;
 É uma exposição pulpar chamada de acidental. É aquela onde o preparo já estava limpo, já está sem
o tecido cariado e de repente se ver um sangue na região;
 A polpa dental exposta involuntariamente é recoberta com um material par protege-la de injúrias
adicionais e, ao mesmo tempo, estimular a formação de uma barreira ou ponte de dentina
reparadora.
 Dentro da proteção pulpar direta tem-se:
 Capeamento pulpar direto;
 Curetagem pulpar;

Ambos os casos acima são casos onde a polpa está exposta na boca. Logo esta no meio da remoção
do tecido cariado e chegou na polpa, logo tem-se esses dois tipos de procedimentos diferentes.

 Alguns fatores a serem observados:


 Grau de comprometimento pulpar  se a polpa está passível de responder ou não à
proteção que está se pretendendo fazer;
 Ausência de bactérias  se teve bactérias ou não, quando se tem bactéria, faz um tipo de
tratamento;

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 Idade do paciente  paciente mais idoso tem uma resposta mais lenta;
 Tamanho da exposição;
 Agente capeador  no caso vai ser o pó de hidróxido de cálcio;
 Vedamento da cavidade  a cavidade precisa está bem vedada, pois se isso não ocorrer, as
bactérias vão penetrar e esse processo carioso só vai fazer aumentar;

 Passos operatórios (capeamento pulpar direto)


1. Hemostasia com soro fisiológico ou com a água de hidróxido de cálcio;
2. Limpeza com água de hidróxido de cálcio;
3. Aplicação do pó de hidróxido de cálcio (PA) sobre a lesão;
4. Sequência de proteção;
5. Restauração (definitiva ou temporária);
6. Período de observação;
7. Reavaliação e inspeção da área de exposição.

 Passos operatórios (curetagem pular)


 A curetagem pulpar só é indicada quando se tem o ápice aberto, pois a curetagem, está
removendo tecido cariado, que expos a polpa, e aí remove um pedaço da polpa que é o
pedaço que está mais em contato com as bactérias e depois vem com toda a sequência de
proteção, coloca o pó de hidróxido de cálcio, coloca o cimento, coloco o cimento de
ionômero de vidro e fecha. Por que não costuma fazer? Porque se ela não der certo, como
foi visto, a intenção do pó de hidróxido de cálcio é formar uma barreira, contudo quando
ele entra na polpa vai-se formando calcificações distróficas, ou seja, aonde penetrou esse
pó pode causar uma calcificação, e isso pode fazer com que toda a parte coronária, se
calcifique, mesmo a polpa não respondendo, aí quando vai-se fazer um tratamento
endodôntico, isso dificulta muito, aí muitas vezes causa até mesmo a perda do elemento
dentário. Então “não faz-se” curetagem pulpar na faculdade, só vai fazer em casos de jovens
com o ápice completo, aí faz-se para tentar fazer com que o ápice feche, caso contrário,
expos a polpa no meio da remoção do tecido cariado, já vai partir para a endodontia.
Além da curetagem tem-se a pulpotomia, que é fazer a remoção da parte da polpa
coronária, é o mesmo princípio, viria com uma cureta, romperia esse tecido e depois selaria
da mesma maneira, contudo aí também já teria uma obliteração direta dos canais
radiculares, e aí vai ficar mais complicado uma endodontia caso necessário. Então esses dois
tratamentos só vão ser eleitos em caso de rizogênese incompleta.

1. Remoção de todo o tecido cariado;


2. Lavagem cavidade com soro fisiológico;
3. Curetagem da porção exposta da polpa com cureta afiada;
4. Sequência de capeamento pulpar direto.

 O que concluir?
 A proteção do complexo dentinopulpar não é uma etapa a mais durante o procedimento
restaurador e por isso não deve ser realizada mecanicamente. É importante que saibamos
diagnosticar corretamente a condição pulpar e entender tudo o que acontece nesse
complexo pra que possamos determinar a melhor forma de protegê-lo, evitando sua injuria,
o que pode levar à perda da vitalidade do dente.

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 História do CIV
 O cimento de ionômero de vidro é um dos materiais mais versáteis da odontologia. É um cimento
que não é só utilizado para sustentar, só para a base, só para restaurar, ele pode ser usado em quase
todas as especialidades da odontologia. Ele pode ser utilizado em periodontia, ortodontia,
dentística, pediatria como ART...
 É um dos materiais biocompatíveis e mais versáteis dentro da odontologia;
 A formulação e o desenvolvimento dos cimentos de ionômero de vidro por Wilson & Kent (1971)
teve por objetivo combinar as boas propriedades do cimento de silicato e de policarboxilato de
zinco. Os cimentos de silicato possuem propriedades anticariogênicas devido à liberação de flúor,
enquanto o de policarboxilato de zinco possui capacidade de adesão à estrutura dentária e ocasiona
pouca irritação pulpar;

 Composição do CIV:
 Varia de acordo com o fabricante:
 Estão sempre presentes no pó:
 Sílica (SiO2);  Vidro;
 Alumínio (Al2O3);
 Fluoreto de cálcio.
 Alguns ainda tem bário e estrôncio que dão radiopacidade ao material
 Podem estar presentes no líquido:
 Ácido maléico;
 Ácido tartárico  vai diminuir a viscosidade do material, logo mais fácil de ser manipulado;
com esse material aumento o tempo de trabalho e o tempo de presa;
 Ácido tricarboxílico;
 Ácido poliacrílico  na maioria das vezes o ionômero de vidro tem maior proporção desse
ácido;
 Ácido itacônico;
 Água  é fundamental no processo da fase de ionização do ácido poliacrílico;
 Propriedades do CIV:
 Boa adesividade;
 Liberação de flúor;
 Biocompatibilidade;
 Expansão térmica linear semelhante à do dente;
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 Solubilidade muito solúvel  isso não é positivo;
 Estética  Não é muito estético.

1) Adesividade:
 O mecanismo de adesão do CIV à estrutura dentária não foi totalmente elucidado, mas se sabe que
ele é químico na sua natureza  sabe-se que a adesividade desse material se da de uma forma
química, através da reação, existe a liberação do ânion, que é o grupamento carboxílico, ele faz a
adesão com o cálcio presente no esmalte, por isso que a adesão é química, não precisa-se de outro
material, de um adesivo para fazer essa adesão;
 80% da adesão ocorre nos primeiros 20 minutos  os 20 minutos onde começa a manipulação;
 A adesão está diretamente relacionada com a estrutura dental  tem-se uma melhor adesão onde
tem maior quantidade de minerais. O tecido do dente que tem mais mineral é o esmalte, logo o CIV
possui maior adesão ao esmalte;
Tem-se maior adesividade na dentina esclerosada do que na dentina normal, pois na esclerosada
tem maior componente mineral;
o Esmalte
o Dentina esclerosada  tem maior adesividade por ter maior componente mineral
o Dentina
+2
o Os grupamentos carboxílicos (-COO-) reagem com o íon cálcio Ca do dente para realizar a
união.
No momento que ocorre a mistura do pó com o líquido ocorre a ionização do ácido
poliacrílico. Como produto dessa mistura, dessa ionização do ácido poliacrílico ocorre a
liberação de hidrogênios e fica o grupamento carboxílico (ânion = negativo) livre, que vai
se ligar com o cálcio da estrutura dentária e com o cálcio que será liberado das partículas
de vidro.

 Tem-se um intimo contato


 Molhabilidade  garantida pelo brilho úmido
A molhabilidade é o material (adesivo) penetrar em uma grande área, se espalhar pela cavidade
toda. Consegue-se isso quando faz-se a limpeza, o tratamento da superfície com o ácido poliacrílico,
então o ácido poliacrílico tira a smear layer, que é a lama dentinária, com isso aumenta a energia de
superfície naquela área e com isso consegue-se fazer com que o material penetre, se espalhe de
uma forma uniforme.

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Vai-se saber se tem uma boa molhabilidade, quando o material ainda está úmido, por isso que não
se deixa inserir o material quando perde o brilho, pois ali não vai ter uma boa molhabilidade, não
vai escorrer pela cavidade toda, e também os grupamentos carboxílicos não vão está mais
disponível para fazer a adesão do cálcio no dente, então não adianta inserir na cavidade um
material que já perdeu brilho porque ele não vai conseguir fazer uma boa adesão, porque não tem
mais o grupamento carboxílico disponíveis;

 10-20’’

 O ácido poliacrílico é diferente do ácido fosfórico, pois o ácido poliacrílico é um ácido mais fraco, e
passa-se ele na cavidade de 10 a 20 segundo, já o ácido fosfórico é um ácido mais forte, e é um
ácido que desmineraliza mais, então se ele desmineraliza mais ele vai ser desfavorável para o
cimento de ionômero de vidro, pois com menos mineral, tem menos adesão.

 Smear Layer | Ácido Poliacrílico 11,5%


 Explicação da imagem acima: Foi feito um preparo na dentina, tem-se ali o smear layer a lamana
dentinária (primeira imagem), se aplicar o ionômero de vidro do jeito que está não vai ter uma boa
adesão, não vai ter uma boa penetração, não vai ter um bom molhamento, os túbulos dentinários
estão tampados. Quando faz a aplicação do ácido poliacrílico, tem-se a limpeza dessa superfície,
logo favorece a adesão e a penetração do material.
 Após aplicação do ácido poliacrílico a cavidade deve ser lavada abundantemente pelo mesmo
tempo de aplicação, e a dentina deve ser mantida úmida;
 A secagem é feita com a bola de algodão ou com papel absorvente;
 A secagem excessiva da dentina pode comprometer o resultado pós operatório, pois se secar muito
aquela dentina as fibras vão colabar, não tendo a maior penetração do material

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2) Liberação de Flúor
 Torna o elemento dental mais resistente ao processo des-remineralização;
 A liberação de flúor ajuda no processo de remineralização, então isso fortalece mais o dente
evitando assim a reincidência de cárie;
 A liberação de flúor não compromete a estrutura do material e não provoca nenhuma perda de
resistência ou enfraquecimento superficial da restauração;
 Na primeira reação que vai-se ver também tem a liberação de flúor;.
 Liberação de flúor em CIV máxima para os utilizados para cimentação  O cimento de ionômero de
vidro, que é utilizado para a cimentação, são os cimentos que vai liberam flúor.
 A liberação de flúor ocorre em maior intensidade nas primeiras 24-48 horas e permanece constante
durante períodos prolongados;
 Depois a liberação de flúor não é tão intensa;
 O flúor vai sendo liberado aos poucos;
 Atua como um “reservatório” de flúor  se o ionômero de vidro estiver na cavidade, além de
liberar flúor, se ingerir algum alimento que contenha flúor, ele vai armazenar esse flúor e aos
poucos vão sendo liberado na cavidade;

3) Biocompatibilidade
 O ácido poliacrílico, utilizado como condicionamento, é extremamente fraco  logo não vai
desmineralizar muito, então, ele não vai ter um intimo contato com a polpa;
 Já em relação ao ácido fosfórico, por ele ser um ácido muito forte ele desmineraliza muito, deve-se
tomar cuidado com o tempo da sua aplicação, pois se ficar muito tempo ele pode penetrar a polpa,
causando injúria pulpar;
 Ao decorrer da reação de presa ocorre o aumento do pH (ácido  básico), então no decorrer dessa
reação, o pH passa de ácido para básico, então por isso que ele tem uma excelente
biocompatibilidade;
 O ácido poliacrílico é rapidamente precipitado pelos íons de cálcio nos túbulos;
 Tem pouca irritação pulpar;
 É um dos materiais que tem maior biocompatibilidade com a estrutura do dente;

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4) Coeficiente de expansão térmica linear
Material/Estrutura Dentária Coeficiente de expansão Condutividade Difusividade térmica
térmica linear térmica
Esmalte 11,4 0,0022 0,469
Dentina 8,3 0,0015 0,183
Amálgama 22-28 0,055 9,6
Ionômero de vidro convencional (restaurador) 10,2-13 - 0,198
Ionômero de vidro convencional reforçado por 15 - -
metal
Ionômero de vidro convencional (base) 8 - -
Ionômero de vidro modificado por resina 31,5 - -
Resina composta híbrida 35-50 0,0026 0,675
Resina composta microparticulada 50-60 - -

Tabela Wilson, Mclean, 1988; Burgess et al., 1994


Reis A., Lougueiro AD., 2007
 O coeficiente de expansão térmica linear quanto mais próximo ao da estrutura do dente, melhor é
aquele material;
 O CIV restaurador tem um coeficiente de expansão térmica linear semelhante ao esmalte/ao dente;
 Se comparar com o coeficiente de expansão térmica linear do amálgama, é muito grande, logo se
comparar com a do esmalte, tem uma diferença muito discrepante, logo o amálgama quando sofrer
alguma alteração térmica vai expandir, e como não é o mesmo coeficiente ou próximo ao do dente,
aquele dente vai fraturar.

5) Solubilidade:
 Alto grau de solubilidade e desintegração  por isso que fala que ele sofre sinérese e embebição,
pois se ele não tivesse um alto grau de solubilidade, tanto faz se adicionasse água ou não; não iria
dissolver nada, pois ele não seria solúvel.
 Sinérese  Perda de água para o meio  é como se o material ficasse desidratado:
o Acontecem alterações dimensionais, alterações na estrutura do material;
o Provocando trincas e rachaduras;
o Por isso que tem que proteger o ionômero de vidro com verniz, com esmalte colorama.
 Embebição  Ganho de água do meio:
o Provoca erosão superficial;
o Perda da translucidez;
o O material ganhando água ele vai ficar mais fluido, e aí também o tempo de presa vai
aumentar, vai demorar de endurecer o material, e a composição e as propriedades do
material não serão as mesmas.
6) Propriedades Estéticas:
 São negativas;
 Não tem uma boa propriedade estética porque o material não é translúcido
 Material opaco  Opacidade;
 Dificuldade de polimento  pois ele tem uma rugosidade superficial por causa das partículas de
vidro;
 Rugosidade superficial;
 Limitação de cores fornecidas pelo fabricante  não tem uma ampla variedade de cores.

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 Classificação do CIV:
 Quanto à natureza
 Quanto à indicação

1) NATUREZA
 Ionômero de vidro convencional  Ex.: CIV ANIDRO
 Ionômero modificado por resina;
 Ionômero acrescido de metais (MERMETS)  foi acrescido metais antigamente para poder melhorar
na resistência desse material; era meio acizentada, a estética era ruim; nem se usa mais.
 Ionômero de vidro condensável ou de alta viscosidade  Utilizado para técnica ART (Atraumatic
Restorative Treatment), rede pública e em locais de pouca infraestrutura ou em pediatria. Esse
ionômero de vidro não vai espalhar por ser bem viscosidade.

 Apresentação comercial: tem-se essas cápsulas e é um excelente material pois já se tem as


proporções corretas, na cápsula, então não tem como errar na quantidade de líquido e pó, logo as
proporções continuam as mesmas, porém ele é um material caro, pois precisa-se de um dispositivo,
uma seringa para encaixar e utilizar essa cápsula.

2) INDICAÇÃO
 Tipo 1:
 Cimentação de artefatos ortodônticos e protéticos;
 É um ionômero de vidro mais fluido, justamente para
cimentar mesmo, então as partículas de vidro dele é bem
pequena.
 Tipo 2:
 Restauração;
 As partículas maiores do pó do ionômero de vidro é no
ionômero de vidro para a restauração, pois é ele que vai
ficar no meio bucal, é ele que vai sofrer as forças
mastigatórias
 Tipo 3:
 Selamento de cicatrículas e fissuras;
 Base de forramento;
 Ele é o intermediário, não fica tão fluido nem
mais viscoso, então as partículas dele são
intermediárias.
 Vai ficar debaixo da restauração ou debaixo do
ionômero de vidro se for colocar

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 Indicação clínica:
 Tipo 1: Indicado para qualquer tipo de cimentação;
Granulação das partículas de 20 µm
 Tipo 2: Indicado para restauração, base;
Granulação das partículas de 45 µm
 Tipo 3: Indicado para selamento, forramento;
Granulação das partículas de 25-35 µm

 Indicações e Contraindicações
 Indicações:
 Cimentação de coroas ou núcleos em prótese;
 Núcleo de preenchimento  restaura o dente para poder fechar a cavidade e fechar aquele
dente para receber uma prótese;
 Cimentação de bandas ortodônticas;
 Colagem de Braquetes;
 Selamento de cicatrículas e fissuras  por exemplo, crianças que tenham um sulco profundo e
estreito, então para não ter impactação alimentar faz o selamento para facilitar a higienização
daquele local;
 ART  faz-se a escavação com colher de dentina e coloca o ionômero de vidro;
 Forramento;
 Restaurações
 Dentistica:
o Classe 1 conservadora;
o Classe 2 tipo túnel;
o Classe 2 Slot Horizontal;
o Classe 3;
o Classe 5;
o Lesão cervical não cariosa.
o Restauração mista;
o Cimentação de pinos;
o ART;
o Adequação do meio bucal  quando o paciente está com várias cavidades abertas, e
aquelas cavidades estão sendo foco de retenção de alimentos, de bactéria, logo precisa-se
adequar o meio, logo faz uma limpeza dessas cavidades e veda-se com ionômero de vidro.
o Restaurações provisórias.
 Contraindicações:
 Classe II com envolvimento de crista marginal  pois a crista é onde recebe maior impactado e
esse material não tem uma boa propriedade de resistência mecânica;
 Classe IV;
 Estética;
 Dentes com grande perda de esmalte vestibular  por causa também da estéstica;
 Áreas de cúspides;

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 Áreas de grandes esforços mastigatórios

 Como ocorre a reação de presa CIV convencional?


 Quando se aglutina pó e líquido o que acontece para aquele material começar a tomar presa, aquele
material endurecer?
 Vai ser dividido em três fases, porém as três fases ocorrem ao mesmo tempo.
 Reação de presa:
 Reação exotérmica  libera calor (libera +/- 5°)
 Aglutinação do pó ao liquido;
 Tem-se um Ácido + Base = Sal;
 Didaticamente dividida em 3 fases:
 Pois os eventos (as 3 fases) ocorrem simultaneamente em maior ou menor grau.

Fase 1: Ionização do ácido poliacrílico e deslocamento de íons:

 Partículas de água atacam a superfície do ácido poliacrílico fazendo com que sejam liberadas partículas de
hidrogênio para o meio, deixando esses grupamentos carboxílicos ionizados.
 Inserção do CIV
 Clinicamente há presença de brilho úmido;
 As partículas de Hidrogênio que foram liberadas pelo grupamento poliacrílico/carboxílico passam a atacar
as partículas vítreas do pó, promovendo uma dissolução superficial das partículas vítreas e liberando íons
sódio, cálcio, alumínio e flúor;
 Apenas 20-30% das partículas do pó são atacadas;
 pH (1,5);
 As partículas inatacadas são as responsáveis pela maior parte da resistência do CIV.
 Explicação:
 Tem-se uma molécula, ou seja, a cadeia de ácido poliacrílico, o ácido poliacrílico está contido no
+
líquido. Então a molécula do ácido poliacrílico na presença de água, libera H para o meio, logo
liberou um ion positivo e ficou com um ion negativo, um ânion. Então o que sobrou é chamado de
grupamento carboxílico que é o (-COO-), então esse grupamento veio do processo de ionização da
cadeia de ácido poliacrílico.
 Esse ion H+ liberado vai atacar a superfície das partículas de vidro, ocorrendo dissociação
(liberação) dos minerais que estão na superfície dessas partículas de vidro, sendo assim, libera-se
cálcio, alumínio, flúor, sódio tudo para o meio. Logo o –COO- vai-se ligar ao cálcio do material e ao
cálcio da estrutura do dente.

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FASE 2: Formação da matriz de polissais.

 A precipitação do cálcio origina o policarboxilato de cálcio – reduz mobilidade das cadeias e aumenta a
viscosidade (aspectos borrachóide);
 Os íons de sódio e cálcio são os primeiros a serem removidos devido a sua afinidade química com as
moléculas de ácido poliacrílico e por possuírem menos elétrons livres na sua última camada eletrônica.
 Matriz de polissais
 4-8 min;
 Perda do brilho;
 Embebição
 Matriz de policarboxilato de alumínio e início de sua precipitação (propriedades mecânicas).
 Explicação:

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 Quando vê que o ionômero já perdeu a fase de brilho, que coloca-se na cavidade e ele volta, com as
aspecto borrachóide, ele está nessa fase;
 Em 4 minutos está-se entrando nessa fase que é quando pede-se para colocar o verniz, para
proteger contra a sinérese e embebição;
 Tinha-se a molécula completa de ácido poliacrílico, o hidrogênio veio a água ionizou, liberou
hidrogênio, o hidrogênio atacou a superfície das partículas vítreas do pó, liberou cálcio, liberou flúor,
e ficou-se com esse grupamento livre.
 Nessa segunda fase esse grupamento livre vai se ligar ao cálcio do dente, e ao cálcio que foi liberado,
formando o policarboxilato de cálcio que é chamado de matriz de polissais.
 Depois esse grupamento livre vai-se ligar ao alumínio formando o policarboxilato de alumínio;
 O policarboxilato de cálcio e de alumínio fazem parte da matriz de polissais;
 Entre 4 à 8 minutos é a segunda etapa;

Fase 3: Formação do gel de sílica e presa final:

 A presa inicial do material se dá pela precipitação da matriz de gel de sílica ao redor das partículas de vidro.
A parte da partícula que é preferencialmente atacada é a de fluoreto de cálcio seguida por óxido de
alumínio. Só em um terceiro estágio é que ocorre o ataque da sílica, formando um complexo chamado de gel
de sílica;
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 Gel de sílica;
 Embebição
 8min – 48 horas
 Estrutura de um cimento de ionômero de vidro;

 Presa Inicial:
 Ocorre devido à rápida reação dos íons de Ca+2 com os grupamentos carboxílicos (cerca de 6 a 8
minutos);
 O material requer proteção superficial para evitar SINÉRESE e EMBEBIÇÃO;
 Presa Final:
+3
 Ocorre quando os íons Al reagem com os grupos -COO- (cerca de 24 a 48 horas);
 Há formação de ligações cruzadas entre as cadeias dos poliácidos;
 O material adquire sua resistência final;
 Esta reação pode prolongar-se por até sete dias.
 O endurecimento total/presa final/presa total pode envolver até 7 dias.

 Sobre as três fases:

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Odontologia Pré-Clínica 1 OPC 1 – 4º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Cimento de Ionômero de Vidro (CIV) – Parte 2

 Protocolo Clínico
 Profilaxia da cavidade;
 Isolamento absoluto;
 Remoção do tecido caiado/preparo cavitário;
 Proteção do complexo dentinopulpar;
 Tratamento da superfície;
 Manipulação e inserção do material;
 Compressão e proteção do material;
 Acabamento e polimento.

1. Profilaxia e isolamento absoluto


 Todos os materiais restauradores requerem campo isolado, seco e perfeitamente limpo para serem
inseridos ou condensados nas cavidades.

2. Preparo cavitário:
 Deve ter a facilidade de inserção do material  não pode-se ter esmalte sem suporte ou uma quina
de esmalte que esteja atrapalhando a inserção do material.
 Melhor acesso e visualização;
 Obtenção de melhores resultados clínicos;
 Preparo conservador;
 Remoção do tecido cariado;
o Utiliza-se brocas de baixa rotação (2,3,4) ou curetas, colheres de dentina;
 A abertura da cavidade se faz com broca esférica de alta rotação, (1012, 1014,1016)
 Retenções adicionais:
 Sulcos ou canaletas (utiliza mais em amálgama)
 Acabamento das paredes cavitárias:
 Brocas em baixa rotação (56) e recortadores manuais.
 Ângulo cavossuperficial reto:
 Sem bisel.
 Proteção do complexo dentinopulpar se houver necessidade
 Em cavidades muito profundas utiliza-se o:
o Hidróxido de cálcio
3. Tratamento da superfície:
 Melhora a adesão  pois vai descalcificar um pouco e vai limpar a superfície, fazendo com que
aumente o contato do material restaurador com o dente, e isso aumenta a adesividade, a adesão
do material;
 Ácidos fracos
 Ácido poliacrílico entre 10-20%
o Melhora a energia de superfície;
o Aumenta o molhamento;
o Melhora a adaptação do material.

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4. Manipulação:
 Pó e líquido:
 Manter os frascos bem fechados;
 Não manter o líquido na geladeira;
 Não misturar pó e líquido de diferentes produtos ou fabricantes;
 Evitar o ponto de umidade na placa de vidro resfriada  alguns profissionais para aumentar
o tempo de trabalho do material coloca-se a placa na geladeira, mas isso não é ideal a ser
feito, pois altera as propriedades da placa.

5. Cuidados durante a técnica clínica:


 Proporcionamento do pó e do líquido
 Leia as instruções do fabricante;
 Agite o pó para homogeneizá-lo.
 A concha dosadora deve estar sem excessos;
 Pouco pó:
o Mistura fluida;
o Aumenta a solubilidade do material;
o Diminui a resistência à abrasão
 Muito pó:
o Diminui o tempo de presa;
o Diminui a adesividade;
o Diminui a translucidez;
o Causa trincas.
 O frasco do líquido deve ser posicionado na vertical e a uma distância da placa que permita a
saída livre da gota, sem bolha.

6. Manipulação
 Um colher de pó e uma gota do líquido (cuidado com a proporção);
 Divide o pó em duas partes iguais;
 Aglutina a primeira porção por 10-15 segundos;
 Aglutina a segunda porção por no máximo 45-60 segundos;
 Aspecto e consistência adequada;
 Ponto de fio de 1 cm
 Brilho úmido;
 Manipulação
 Tem-se sistema em cápsulas (coloca no amalgamador) – já tem a proporção correta de pó e
líquido. Entretanto é um material caro.
 Inserção na cavidade
 Aplicação utilizando a seringa centrix, e em cada ponto tem um êmbolo correspondente;
 Com a centrix tem-se uma facilidade de inserção e evita formação de bolhas dentro da
restauração.
 Inserção na cavidade:
 Cavidades pequenas: sonda
 Cavidades maiores: espátula de inserção
 Aplicador de cimento de hidróxido de cálcio;

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7. Compressão e proteção do material:
 Uso de matrizes;
 Melhora a adaptação do material;
 Proteção da superfície  faz com o adesivo (quando faz com o adesivo fotopolimerizar por 20
segundos) ou passa o colorama ou passa o glaze
Quando faz essa proteção evita-se a sinérese e embebição

8. Acabamento de polimento
 Imediato:
 Instrumentos rotatórios;
 Lamina de bisturi.
 Refinamento (após 24 horas)
 Instrumentos rotatórios lubrificados;
 Brocas multilaminadas; tiras e discos de lixa e discos de lixa e discos de feltro com pastas de
polimento.

9. Cuidados durante a técnica clínica:


 Prevenção de falhas:
 Adesão  ao fazer o ataque ácido, inserindo o material quando ele está ainda de forma
brilhosa, respeitando a proporção;
 Erosão;
 Trincas e rachaduras  acontece quando sofre sinérese, podendo ocorrer porosidade e
manchamento;
 Porosidade e manchamento;
 Limpar e secar a cavidade preparada;
 Usar corretamente a proporção pó e líquido;
 Inserir material com brilho úmido;
 Prevenir contaminação com umidade;
 Não remover a matriz precocemente;
 Remoção inicial dos excessos com a lâmina de bisturi;
 Aplicar proteção superficial imediatamente na restauração;
 Realizar acabamento na próxima sessão;
 Para fazer a proteção deve-se esperar 4 minutos.

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 Fatores que afetam a reação de presa:
 Composição e tamanho das partículas:
 Quando maior o tamanho da partícula, mais longo o tempo de presa, pois mais tempo será
necessário para que haja o deslocamento de íons de partículas de vidro;
 Proporção pó/líquido:
 Pouco pó:
 Mistura fluida;
 Aumenta a solubilidade;
 Diminui a resistência;
 Muito pó:
 Menor tempo de trabalho/presa;
 Diminui a adesividade;
 Reduz a translucidez

 Temperatura:
 O aumento da temperatura também acelera a reação de presa pelo fato de aumentar a
energia cinética das moléculas.

 Cimento de ionômero de vidro modificados

 Cimento modificado por resina;


 Cimento modificado por resina de nanopartículas:
 São partículas minúsculas;
 Cimento de Ionômero de Vidro modificado por resina
 Utilizar técnica incremental  pode-se colocar com a centrix ou com a espátula de inserção,
pois tem um maior tempo de trabalho;
 Forma de inserção é igual ao do Cimento de Ionômero de Vidro Convencional;
 Agente de proteção próprio a ser aplicado sobre a restauração (foi utilizado o glaze);
 Indicações:
o Cimentação;
o Base e forramento;
o Abrasão e erosão;
o Restauração classe I conservador;
o Restauração classe II, III e V;
o Selante;
o Técnica mista.
 Reação de presa:
o Pó (partícula de vidro);
o Líquido (quimioiniciador/fotoiniciador/HEMA (monômeros resinosos)/cadeia de
poliácidos)
 Ativação:
o Quimicamente ativados;
o Fotoativados;
o Reação tripla:
 Reação química ácido-base  como se tem no convencional;
 Reação química de oxi-redução  perda de elétrons;

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 Reação física ativada pela luz  quando incide a luz a luz ativa os
fotoiniciadores e começa a reação de presa.
o Diminuição do tempo de presa;
o Controle do tempo de trabalho  enquanto não tiver a incidência de luz, ela não
toma presa completa, mas deve –se tomar cuidado com o calor, com a luz do refletor,
a luz ambiente, pois pode-se iniciar um pouco o processo de presa.

 Propriedades do cimento de ionômero de vidro modificado por resina:


o Melhor estética inicial;
o Maior resistência total
o Menor solubilidade e sensibilidade à umidade, pois tem o controle do tempo, ativando
a luz;
o CIV modificado por resinas apresentam alteração de cor em períodos de 1 e 2 anos 
pois vai tendo a incorporação de fluidos, de alimentos, e aí vai modificando a cor
desses materiais.
o Liberação do flúor.

 Técnica sanduíche ou mista:


 É quando se tem uma cavidade muito profunda, na eminência de expor a polpa. Então vai-se
aprender a fazer um capeamento pulpar indireto (quando não tem exposição da polpa).
Depois faz-se a combinação.
 Combinação do CIV com Resina Composta:
o Cavidades com margens cervicais em dentina;
o Cavidades que apresentem esmalte periférico sem suporte.
 CIV:
o Melhor adesividade;
o Excelente biocompatibilidade;
o Liberação de flúor;
 Resina composta:
o Relativa resistência à abrasão;
o Estética satisfatória.

 Imediata: materiais colocados em uma mesma sessão  é quando faz-se o preparo cavitário,
a limpeza, coloca o ionômero de vidro forrador, espera endurecer um pouco, e aí faz o ataque
ácido e restaura no mesmo dia;
 Mediata: CIV colocado num sessão, posteriormente é rebaixado e coloca-se o outro material
 é quando veda/sela a cavidade com o ionômero de vidro restaurador, o paciente vai para
casa e em uma outra sessão vai-se rebaixar e restaurar.

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 Evolução:
 1955 – Buonocore  Condicionamento ácido;
 1962 – Bowem  BIS-GMA;
 1966 – Newman e Sharpe  Agentes de união;
 1982 – Nakabayashi  Camada híbrida;
ANUAVICE, 2005

 Antigamente começou com o amálgama e o amálgama não era um material adesivo. Então começou a
ter uma era de adesão mais propriamente dita em 1955 com Buonocore, quando ele reparou que
quando as pessoas pintavam navios e faziam um condicionamento ácido antes de passar a tintura, essa
tintura durava mais e descascava menos, e ele tentou fazer isso no nosso dente, aí começou-se com a
era do condicionamento ácido.
Passado a era do condicionamento ácido, em 1962, foi desenvolvido o BIS-GMA, que é o principal
componente da resina composta e do sistema adesivo.
Em 1966 tem-se os agentes de união, que é o sistema adesivo em si, e depois em 1982 Nakabayashi
descobriu a camada híbrida, que é uma camada de sistema adesivo. Essa camada hibrida vai fazer a
resina se grudar ao dente. Camada híbrida ou zona de interdifusão dentina/resina é a camada que se
forma após o condicionamento ácido da dentina e é formada pela dentina e o adesivo dentinário.
Nakabayashi descreveu a camada híbrida como uma combinação resultante da dentina e polímero que
pode ser definida como a impregnação de um monômero à superfície dentinária desmineralizada,
formando uma camada ácido-resistente de dentina reforçada por resina. A camada híbrida é uma zona
de transição entre a resina polimerizada e o substrato dentinário, formada por uma mistura de
componentes dentinários, monômeros resinosos e resina polimerizada ao nível molecular.

 Restauração com resinas compostas:


 Para que uma restauração seja satisfatória, é necessário compreender as propriedades das resinas
compostas, familiarizar-se com as técnicas dos preparos dos dentes, respeitar os protocolos adesivos
dentinários e adotar uma técnica de reconstrução incremental racional e eficiente.
Baratiere, 2003
 Pra que se tenha uma restauração de resina composta satisfatória, vai-se ter algumas propriedades que
precisa ter o conhecimento. Logo a resina composta para ser eficiente precisa de um passo a passo bem
rigoroso, já o amálgama se fizer um preparo bem feito, ele tende a se manter, a resina composta é muito
dependente da parte de adesão ao substrato dentário, então quando não tem uma adesão de qualidade,
dificilmente vai-se ter uma restauração de qualidade.

 Preparos cavitários mais conservadores

 No preparo de cavidades de um dente para


receber uma restauração adesiva direta deve ser respeitado o
princípio da máxima preservação dos tecidos. Logo, o fato de se
ter uma era adesiva, fez com que se conseguisse preparos
cavitários mais conservadores, pois para o amálgama como se
ver ao lado, ele precisa de uma retenção, então para que o

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material fique, precisa-se ter uma base maior do que o ápice. Já na resina composta, consegue-se
remover só o tecido cariado, consegue-se preservar uma estrutura sadia muito maior.

 Indicações dos preparos adesivos  vão desde dentes posteriores até dentes anteriores.
 Lesão de cárie na superfície oclusal;
 Lesão de cárie na superfície proximal;
 Lesão de cárie envolvendo superfícies proximal e oclusal;
 Lesão de cárie em superfícies livres;
 Dentes fraturados;
 Substituição de restaurações antiga, deficientes ou por estética;
 Restauração com ampla lesão de cárie;
 Fechamento de diastemas;
 Basicamente tudo o que não precisa ser indireto (parte protética, que são as coroas, próteses, inlays,
onlays) a resina composta é uma indicação.
 Vantagens (comparando a outros materiais)
 Preparo conservador;
 Restauração esteticamente agradável;
 Reforça a estrutura dental remanescente;
 Facilidade de reparo;
 Custo inferior comparado com técnicas indiretas.
Conceição, 2007
 Limitações da técnica:
 Dificuldade na obtenção de contornos satisfatórios e no reestabelecimento do ponto de contato;
 Diferença de coeficiente de expansão térmica entre a estrutura dental e as resinas compostas (é
próxima mas não é igual);
 Resistência ao desgaste e fraturas marginais;
 Contração de polimerização.
Lopes et al., 2005
 Princípios gerais do preparo cavitário  para que se tenha uma restauração satisfatória deve-se obedecer a
esses princípios:
 Forma de contorno;
 Remoção do tecido cariado;
 Forma de retenção;
 Forma de resistência;
 Forma de conveniência;
 Acabamento das paredes de esmalte;
 Limpeza da cavidade;

 Tudo isso vai promover:


 Promoção da saúde bucal;
 Preservação da estrutura dentária
 Manutenção da vitalidade pulpar;
 Estética satisfatória.

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 Protocolo clínico (restaurações classe I, II, III , IV e V em resina composta):
 Independe da classe que se for fazer, vai-se seguir o padrão do preparo cavitário que é:
1. Diagnóstico da lesão de cárie;
2. Seleção de cor;
3. Isolamento do campo operatório;
4. Remoção tecido cariado ou restauração insatisfatório;
5. Preparo cavitário;
6. Proteção do complexo dentino-pulpar;
7. Condicionamento ácido + aplicação do sistema adesivo;
8. Inserção incremental da resina;
9. Acabamento e polimento.
 Classe I:
 Simples  Tipo “Shot Gun”

 Composta  Estritamente palatino;

 Tipo ponto

 Estritamente vestibular;

 Tipo risco

 Dentes anteriores.

 Tipo olho de cobra;

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 Classe II:
 Composta;

 Estritamente proximal  a cárie está


na proximal e provavelmente o
paciente não tem o dente vizinho.
 “Slot” vertical  é quando se tem
uma abertura na oclusal, mas ela não
se propaga para a oclusal em si, ela
pega mais a parte de crista marginal;

 Tipo túnel  quando tenta-se


preservar a crista margina.

 “Slot” horizontal  tem o acesso sem


romper a crista marginal. Isso
funciona em casos que há diastema,
ou quando não tem um dente vizinho

 Preparo Cavitário  REGRAS


 Na face oclusal de dentes posteriores, a lesão de cárie pode
apresentar maior envolvimento em dentina do que em esmalte.
Sendo possível manter o esmalte socavado (e hígido), a cavidade
acaba adquirindo forma ovoide durante o preparo;
 O módulo de elasticidade da resina composta é mais semelhante
ao das estruturas dentárias mineralizadas, o que possibilita a
manutenção de porções de esmalte hígido sem (ou com pouco)
suporte dentinário;
 O preparo deverá ficar restrito à área da lesão;
 Preservar esmalte socavado (o esmalte socavado é o esmalte que
não tem o suporte dentinário)

 Registo dos contatos


 Como o paciente na grande maioria das vezes vai está anestesiado, logo ele muitas vezes não vai saber
se a restauração ficou alta, se não ficou alta, ou se onde ele mordia, ele parou de morder e isso poder
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causar algum desvio, por isso vai-se com o papel carbono e pede-se para o paciente ocluir. Aí vai-se ter
uma marcação para quando fazer uma restauração, fazer uma comparação com pontos que já se tinha
anteriormente, para serem semelhantes aos que se tinha anteriormente.

 Classe I:
 Penetração inicial com broca: 245, 330, 1012, 1014 ou 1151;
 Movimentação no sentido mésio-distal;
 Vai-se fazendo os acabamentos com os cortantes manuais, como os
cortadores de margem (28 ou 29);
 A broca de baixa rotação vem a maior que couber no preparo cavitário,
pois quando se tem uma cavidade e coloca-se uma broca pequena, tende-
se a ficar com ela mais ou menos no mesmo ponto, e isso faz com que se forme um caminho que tende a
fazer uma exposição pulpar, se tiver com a maior que couber na cavidade já limpa-se todo o fundo do
assoalho de uma única vez, e isso diminui a chance de expor a polpa.
 Classe II:
 Remoção do amálgama com broca 245;
 Proteção do dente vizinho;
 Limite periférico terminar em esmalte;
 Remoção do forramento e tecido cariado com brocas
esféricas e colheres de dentina;
 Acabamento das margens com recortadores manuais.

 Preparo cavitário:
 Término em esmalte;
 Remover somente tecido cariado;
 Ângulos internos arredondados;
 Remover esmalte friável;
 Acabamento final das paredes e ângulos cavossuperficial com instrumentos manuais
 O acabamento pode ser feito com a broca 56, mas na boca as espículas geralmente se tiram com os
cortantes manuais, e tem-se assim o preparo cavitário finalizado.

 Classe III:
 Cavidades preparadas nas faces proximais de incisivos e caninos
(dentes anteriores), sem remoção do ângulo incisal;
 Delimitação da forma de contorno (desenha o que vai remover)
 Penetração inicial com ponta diamantada com tamanho compatível
com a cavidade;
 Remoção do tecido cariado em broca esférica em baixa rotação;
 Contorno externo e interno da cavidade antes da determinação do
bisel;

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 Determinação do bisel:
 Mascarar o limite de transição ente resina composta e estrutura dentária;
 Pode ser feita em toda a extensão do preparo (vestibular e lingual) ou somente na vestibular;
 Pontas diamantadas em forma de chama ou esféricas;
 Espessura do bisel em classe III  +/- 0,25 a 0,50 mm;
 O bisel pode ser feito com a 1111 ou a 3118, mas também pode ser feito com uma esférica de
calibre maior como a 1016.
 Acabamento da margem de esmalte cervical com recortador de margem;
 Aspecto final da cavidade;
 Características da cavidade classe III:
 Envolvimento conservador;
 Paredes circundantes perpendiculares às superfícies externas do dente e acompanhando a
conformação das faces correspondentes.;
 Parede axial plana e paralela ao longo eixo do dente;
 Ângulos internos arredondados;
 Ângulos cavossuperficial biselados.

OBS: Se a cárie estiver na próxima sem afetar a vestibular, dá-se sempre prioridade por entrar pela face palatina.
Quando dá, coloca-se um afastador e tenta-se fazer um acesso estritamente proximal.

Classe III complexa  Começa na vestibular e transpassar até a lingual;

 Classe IV:
 Cavidades preparadas nas faces proximais de incisivos e caninos (dentes
anteriores) com remoção e restauração do ângulo incisal.
 Etiologia:
Fratura X cárie  Quando se chama de classe IV, é uma lesão cariosa,
muitas vezes quando um paciente fratura um dente, chamamos erroneamente de classe IV, mas não é
uma classificação, a classificação de Black vem classificando lesões cariosas, então tem diferença quando
é uma fratura e quando é uma cárie.
* Classificação das fraturas (Galan et al., 1981)
 Tipo I, 2, 3, 4, 5 ,6

 Restauração de classe IV insatisfatória  vai-se começar a remover seguindo os mesmos princípios,


coloca a proteção do dente vizinho, entra com a ponta diamantada esférica, vai fazer o bisel...
 Remoção da restauração de classe IV insatisfatória com ponta diamantada esférica.;
 Determinação do bisel;

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 Largura do bisel  0,5 a 2 mm;
 Acabamento da margem de esmalte cervical com recortador de margem;
 Aspecto final.
 Características da cavidade classe IV:
 Extensão da cavidade apenas para englobar a lesão de cárie;
 Ângulos internos arredondados;
 Ângulo cavossuperficial biselado.
 Classe V:
 Cavidades preparadas no terço gengival, não de cicatrículas, das faces vestibular e lingual de todos os
dentes.
 Penetração inicial com ponta
diamantada esférica ou broca
multilaminadas esférica;
 Remoção do tecido cariado com brocas
multilaminadas em baixa rotação;
 Acabamento da margem com recortador de margem;
 Determinação do bisel com largura próxima a 0,5 mm (opcional);
 Aspecto final da cavidade;
 Características da cavidade classe V:
 Parede axial convexa em todos os sentidos;
 Paredes circundantes ligeiramente expulsivas (é um pouco aberto);
 Ângulos internos arredondados;
 Ângulo cavossupericial nítido, com ou sem bisel.

 Após 110 anos os princípios propostos por Black continuam válidos e devem ser adaptados ao tipo de material
restaurador;
 Considerar sempre a intervenção com menos desgaste possível de tecido hígido.

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Odontologia Pré-Clínica – 4º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 - Sistema Adesivo

 Introdução
 Odontologia restauradora conservadora – menor desgaste dental;
 Base para a odontologia estética – viabilização de restaurações em resina composta e porcelanas, logo
o sistema adesivo possibilitou o surgimento das restaurações em resina composta e em porcelana;
 Foi visto anteriormente os princípios dos preparos, onde para se terem retenção, ter adesão era
necessário fazer um preparo retentivo. A partir do momento que surgiram os sistemas adesivos,
aquelas princípios de preparos foram “ao chão”, pois não precisou fazer mais preparos retentivos,
onde se desgastavam muito o elemento dental, então os preparos com a evolução do sistema adesivo,
passaram a ser minimamente invasivo, e hoje os preparos são minimamente invasivos por conta do
sistema adesivo.

 Conceitos estéticos:
 Técnicas adesivas:
 Procedimentos diretos:
o Tem-se um preparo para resina, preparo mais estético.
 Procedimentos indiretos:

 Sistemas adesivos

SISTEMAS ADESIVOS
 Evolução
 1955 – Buonocore
 Bounocore analisou que na engenharia naval estavam utilizando o ácido fosfórico nos cascos dos
navios com a finalidade da tinta ficar mais retentiva naqueles cascos, então a partir da aplicação
do ácido fosfórico, a tinta ficava mais aderida
 Ácido ortofosfórico 85% / 30s  Resina acrílica ficou mais aderida.
 “O ácido tornou o esmalte mais receptivo à adesão”
 Novos conceitos:
o Preparo  minimamente invasivo;
o Prevenção  pelo uso de selantes;
o Estética  se tem um preparo menos invasivo, melhora-se a estética.

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 1979 – Fusayama
 Fez a sugestão da utilização do ácido fosfórico 40%
 Ácido fosfórico 40%  durante 60 s
 Éster-fosfato  Hidrófobo
 Tags na dentina
 Total etch (tempo de aplicação em dentina e esmalte foi a mesma, logo não teve sucesso com
isso, pois é sabido que a composição da dentina e do esmalte são diferentes).

 1982 – Nakabayashi (Solução de ác. Cítrico 10% e cloreto férrico 3%);


 Surgimento da camada híbrida onde se tem a aplicação do primer e do bond;
 Camada híbrida | Zona de interdifusão
 Ác. Cítrico 10% / Cloreto férrico 3%  30s
 4-META 5% / MMA-TBB
 Monômero hidrófilo (PRIMER) e Hidrófobo (BOND/ADESIVO)

 1992 – adesivos hidrófilos – técnica adesão úmida;

 1996 – adesivos de frasco único – solventes orgânicos;

 2001 – adesivos auto-condicionantes.

 Adesão
 É a atração de moléculas dissimilares (diferentes) quando dois substratos são postos em
contato íntimo um com o outro.
 Tipos de adesão:
1) Química;
2) Física;
3) Mecânica;

 Mecânica: é quando se cria retenções


 Macro-retenções: através do preparo que teria que ser
feito.

 Micro-retenções: feita no esmalte através do ácido


fosfórico.

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 Critérios para adesão:
 Coesão;
 Tensão Superficial;
 Energia de superfície;
 Molhamento.

1) Coesão:
 CONCEITO: Atração entre átomos similares ou moléculas dentro de um mesmo corpo.

2) Tensão Superficial:
 CONCEITO: Efeito que ocorre na camada superficial de um líquido – comportamento semelhante a
uma membrana elástica.

3) Energia de superfície:
 CONCEITO: Capacidade das moléculas de formar ligações;
 Quanto maior a energia de superfície, maior a capacidade
de se fazer ligações, melhor a adesão do material;
 Presença de radicais livres;
 Quando se faz o ataque ou condicionamento ácido, cria-se
micro porosidades, aumentando a área de superfície, com
isso, aumenta também a energia de superfície;

4) Molhamento:
 CONEITO: Capacidade de escoamento de um
líquido sobre um sólido.
 Ɵ = Ângulo de contato
 Quanto menor o ângulo, maior o molhamento, e
maior a adesividade;
 Quanto maior o ângulo, menor o molhamento, e
menor a adesividade.

 Composição em volume:
 Esmalte
 Água e matéria orgânica: 8%
 Hidroxiapatita (material inorgânico): 92%
 Dentina:
 Material orgânico: 30%
 Hidroxiapatita (material inorgânico): 50%
 Água: 20%

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 Orientação tubular e umidade local:
 Quanto mais próximo da polpa, os túbulos são de maior diâmetro e tem-se mais túbulos;

 Ao se aplicar o ácido fosfórico (condicionamento ácido), o mesmo faz a limpeza, remove o smear layer e
o smear plugs que é a lama dentinária, para que assim os túbulos dentinários sejam expostos
aumentando a área de microposoridades, aumentando a energia de superfície, desse modo, esses
túbulos estarão sendo preparados para receber o adesivo.

 Componentes do sistema adesivo:


 Agentes condicionantes (ácido fosfórico 37%)
 O ácido ele tem que ser gel, e não líquido, pois não quer que esse
ácido esparrame.

 Adesivos (bond)

 Primer

 Classificação dos sistemas adesivos:


 Convencionais:
 Tem de 2 passos (ácido e “primer + bonde”) – ácido em um
frasco no outro frasco tem o primer e bond em um único
frasco;
 Tem de 3 passos (ácido, primer e bond/adesivo) – todos os
três em frascos separados;
 Autocondicionantes:
 Tem ele de 2 passos (primer ácido, adesivo) – em um frasco já
tem o ácido e o primer, e no outro frasco tem-se o
bond/adesivo
 Tem ele de passo único (tudo junto “ácido+primer+bond”).

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 Classificação:
1. Convencionais:
 3 passos;
 2 passos.
2. Auto-Condicionantes: 2 passos
 Frasco A (Agente condicionante + primer)
 Frasco B (adesivo)
Auto-condicionantes: 1 passo
 Agente condicionante + primer + adesivo

 Instrumentação:
 Isolamento
 Grampo retrator

 Smear Layer
 Composição:
 Restos de estrutura dental
 Saliva
 Bactérias

 Condicionamento ácido  remove o Smear Layer deixando os túbulos abertos


 Ácido fosfórico: 31M34S
 Características:
o Inorgânico;
o Desmineralização rápida  pois é um ácido mais forte
o Estabilidade química;
o Baixo custo.

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 Ácido maléico e poliacrílico:
 Características:
o Orgânicos;
o Desmineralização lenta  ácido mais fraco, tem um peso molecular maior;

 Funções (esmalte)  o que ocorre com o esmalte com a aplicação do ácido fosfórico?
 Dissolução seletiva dos prismas de esmalte;
 Porosidade  retenções na superfície do esmalte
 Aumento da energia superficial;
 Maior umedecimento pelo adesivo  é a parte de molhamento, então se cria retenções, molha-
se mais a superfície, entra-se mais o adesivo;

 Esmalte  Tempo total: 30 segundos (15 segundos iniciais, depois os 15 segundos da dentina)

 Funções (Dentina)  o que ocorre com a dentina com a aplicação do ácido fosfórico?
 Abertura dos túbulos dentinários;
 Remoção da smear-layer;
 Exposição das fibrilas colágenas;
 Redução da energia de superfície.

 Dentina  Tempo total: 15 segundos

 Agentes condicionantes – ESMALTE

 Ácido fosfórico;
 Autocondicionante;
 Ácido maleico

 Exposição das fibrilas colágenas

 Lavagem:
 Mínimo de 20 segundos (lavagem abundante).

 Secagem:
 Bolinha de algodão ou papel absorvente.

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 Colágeno

 Tem-se na primeira imagem a matriz dentinária de fibras colágeno mineralizada, na segunda imagem
tem-se a matriz dentinária desmineralizada após a aplicação do ácido fosfórico, e se secar muito vai-se
ter o que está representado na terceira imagem, que é uma matriz dentinária desmineralizada seca com
ar + pontes de H2, onde está colabada (junto/grudado), e não tem espaço para o adesivo penetrar ali, e
para reverter essa situação, deve-se jogar água ali para poder ocorrer uma Reexpansão, que é o que está
representado na quarta imagem, uma matriz dentinária desmineralizada reexpandida, só que as fibras
colágeno não voltam a forma geométrica delas como antes, logo não vai ter uma adesividade tão boa
quanto antes.

 Colágeno – Reexpansão:
 Umidade deve estar aparente;
 Agentes reexpansores  aplica a ÁGUA novamente por (20 segundos)
 Tempo para reexpansão

 Aplicação do primer
 Composição:
 (Monômeros hidrófilos + solventes orgânicos)
 Os solventes orgânicos podem ser: água, álcool, acetona)
 Função do primer:
 Preparar a superfície para receber o adesivo  o adesivo é hidrófobo, ele tem aversão a água,
então como a dentina é úmida, como vai aplicar uma adesivo que “não gosta” de água, em um
tecido que é úmido, então criaram o primer que é hidrofílico, logo tem afinidade com a água;
 Aumentar a energia de superfície do substrato
 O primer preenche os espaços para impedir o colapso das fibras colágenas.

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 Solventes do primer:
 Acetona:
o Dentina úmida;
o Secagem com bola de algodão ou papel absorvente;
o A acetona não é muito boa, porém o primer que tem a acetona tem a característica da
acetona ser mais volátil, logo a quantidade que se tem no início não vai ser a quantidade
que se tem no final, pelo fato de ser volátil.
 Água ou Etanol/Água:
o Dentina seca, não ressecada;
o Leve secagem com ar.
 Espaços interfibrilares:

 Fibras colágenas.

 Aplicação do adesivo:
 Composição do adesivo:
 Monômero hidrófobos/hidrófilos tudo junto;
 Iniciador (Canforoquinona ou dimetilaminoetilmetacrilato)  substância que fica no frasco para
que quando jogue a luz começar a reação de presa;
 Perículas de carga, flúor, agentes antimicrobianos (alguns sistemas).
 Funções do adesivo:
 Responsável pela copolimerização com o primer;
 Penetração nos espaços interfibrilares: resistência estrutural à camada híbrida;
 Penetração nos túbulos dentinários: tags (quando faz a aplicação do adesivo, a última camada,
coloca o primer e o adesivo, e aí vai fotopolimerizar, aí onde aquele adesivo entrou,
fotopolimerizado, chama-se de “tags”, tags resinosos).
 Logo, o adesivo vai penetrar no mesmo espaço que o primer penetrou, e vai formar a camada
híbrida.
A CAMADA HÍBRIDA é composta pela parte que o ácido descalcificou, limpou a lama, pelo
primer e pelo adesivo, que é a camada que fica acima da entrada dos túbulos dentinários, acima
da superfície descalcificada.

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 HEMA (2-hidroxietil metacrilato):

 Bis-gama (bisfenol glicidimetacrilato):

 Primer + adesivo:
 Solventes orgânicos:
 Água| Álcool | Acetona
 Função: “Water-Chasers”  Carregadores de água (remover a água da dentina, preparando,
para aplicação do adesivo).
 Logo a função do solvente é que eles são carregadores de água, tem-se a dentina úmida, o
adesivo é hidrofóbico, ele não gosta de água, então o que se tem primer e bond tudo junto, tem-
se moléculas hidrofóbicas e hidrofílicas, então as hidrofílicas tem afinidade por água, então
penetra nos túbulos onde está ali descalcificados, alí está úmido ainda, então eles pegam, essa
umidade essa água, joga para fora e carrega.
 Volatilização do solvente
 Leves jatos de ar
 Solventes orgânicos:
 Porcentagem em volume do solvente em:
o Single Bond – 31%;
o Prime & Bond 2.1 – 81%;
o OptiBond Solo – 32%;
o Primabond 97 – 40%.
 Fotoativação:
 Seguir instruções do fabricante (20s - 30s) e levar em consideração também o aparelho
fotoativador.

 Formação da camada híbrida  UNIÃO DENTIÁRIA


 Camada híbrida:
 Estrutura formada por tecidos dentários duros (esmalte, dentina, cemento) e pela
desmineralização da superfície e subsuperfície devido pela infiltração de monômeros e
subsequente polimerização)  então nada mais é do que a estrutura formada pela
desmineralização do tecido e subsequente penetração do monômeros hidrofílicos e
hidrofóbicos, e a fotopolimerização desses monômeros.

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 CAMDA HIBRIDA E TAGS

 Infiltração incompleta  Nanoinfiltração


 É a presença de infiltração, na camada híbrida de nitrato de prata
sem a ocorrência de fendas marginais”  se não tiver uma
penetração completa, do sistema adesivo, por exemplo, vai-se
desmineralizar mais do que penetrou o adesivo, então existem
fendas, fendas na região onde o adesivo não penetrou por
completo, então vai-se ter nanoinfiltrações.

 Infiltração incompleta causa:


o Colapso das fibrilas colágenas  logo o adesivo não completou
por completo, logo isso pode provocar nanoinfiltrações;
o Profundidade de condicionamento  a área que se desmineralizou, se o adesivo, não
penetrar ela completa, pode-se ter infiltração, por isso pode-se ter sensibilidade pós
operatória;
o Difusibilidade do sistema de união.

 Colapso das fibrilas colágenas

 Em “A” as fibras colágenas estão afastadas, e em “B” tem-se as fibras colágenas juntas, secou-se muito,
tem-se a união das fibras colágenas.

 Profundidade do condicionamento
 Se o adesivo penetrar menos do que se
desmineralizou não vai-se ter uma boa
camada híbrida, a camada híbrida vai ser
menos espessa.

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 Adesivos (sistemas adesivos) auto-condicionantes:
 Composição:
 Monômero resinosos adicionados de ésteres fosfatados, logo vão ser monômeros resinosos
onde tem-se ácido dentro, logo serão monômeros ou prime acídico.
 Água, solventes orgânicos e diluentes.

 Características:
 pH do sistema adesivo (ph 1,0 – 3,0) > pH do ácido fosfórico (pH 0,6)
 Menor capacidade de condicionamento do substrato;
 Menor variação com o substrato;
 Remoção parcial da smear layer;
 Logo o sistema autocondicionante tem na composição dele um ácido fraco, então com esse
ácido fraco ele não tem a mesma capacidade, de desmineralizar como o ácido fosfórico tem,
então ele vai desmineralizar menos, então por isso é uma remoção parcial da smear layer.
 “O ácido fosfórico remove por completo a smear layer, já o sistema adesivo autocondicionante,
o ácido dele é um ácido mais fraco, e que remove parcial a smear layer”.

 Utilização de um monômero ácido (não cai na prova esse tópico)

 A superfície é desmineralizada e infiltrada simultaneamente


 MDP (monômero acídico) | HDP  São ácidos
 MDP: 10 metacriloxidecil dihidrogênio fosfato

 Aplicação com o sistema autocondicionante


 A desmineralização não é tão grande.

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 Características de aplicação:
 Dentina seca;
 Aplicar o adesivo com vigor;

Convencionais X Auto-condicionantes
Nanoinfiltração: superfície homogênea e estável. Apresenta menor nanoinfiltração
Dor pós-operatória: o sistema autocondicionante tem uma diminuição da dor pós-operatória, por que
tem-se um ácido fraco, logo o primer acídico, não vai desmineralizar além do que o adesivo vai penetrar. O
adesivo penetra a quantidade correta que foi desmineralizada
Camada híbrida: Sistema adesivo apresentam menor espessura de camada híbrida. Resistência de união
similares. Logo a camada híbrida dos sistemas autocondicionantes ela é menor do que a do sistema
convencional

 Caso clínico (convencional)


 Seleção de cores pela escala vita. Na dentistica vai-se aprender a fazer pela técnica natural, com uma
bolinha de resina na superfície vestibular;
 Isolamento absoluto;
 Remoção do tecido cariado com a broca esférica de baixa rotação;
 Limpeza da cavidade:
 Condicionamento dos tecidos dentais:
 30 segundos em esmalte;
 15 segundos em dentina.
 Lavagem;
 Controle da umidade:
 Bola de algodão umedecida.
 Aplicação do sistema adesivo:
 Aplicação do adesivo;
 Esperar 20-30 segundos para evaporação do solvente;
 Se necessário aplicação de outra camada;
 Polimerização por 20-30 segundos.

 Inserção da resina composta de forma incremental:


 Resina micro-hibrida, microparticulada, nanopartícular;
 Inserção em incrementos.
 Acabamento e polimento;

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 Caso clínico (AUTO-CONDICIONANTE)
 Superfície deve estar completamente seca;
 Não precisa-se fazer o ataque ácido, pois o adesivo é autocondicionante;
 Aplica o adesivo esfregrando;
 Aplica o primer ácido (20 seg), depois aplica o bond (20 seg)
 Fotopolimerização apenas do BOND
 Às vezes no esmalte não tem uma desmineralização boa, então o adesivo autocondicionante, em esmalte
não é tão bom, então na superfície do esmalte costuma-se complementar a desmineralização com a
aplicação extra do ácido fosfórico, só em esmalte;
 Logo não precisa da lavagem nem da secagem, pula-se essa etapa, por isso o paciente tem menos dor pós
operatório, logo não corre risco de secar e colabar as fibras colágenas.

Devo saber sobre o sistema adesivo...


 Composição do sistema adesivo;
 Saber para que serve o solvente;
 Para que serve o ácido  tem a função de desmineralizar, preparar a superfície para receber o primer;
 Para que serve o primer  o primer é hidrofílico, vai preparar a região para receber o bond que é um
adesivo hidrofóbico, então se fosse jogar ele (bond) primeiro na dentina que é úmida, não teria uma boa
adesão;
 O sistema convencionais são divididos em: 2 passos e 3 passos;
 O sistema autocondicionante tem ele dividido em: 2 passos e passo único;
 Qual o melhor adesivo em esmalte, o convencional ou o autocondicionante?
- Convencional, pois é um ácido mais forte, vai desmineralizar mais, vai aumentar a energia de
superfície;
 Saber sobre o molhamento;
 Saber a diferença entre convencional e autocondicionante;
 O autocondicionante vai ser melhor em dentina, pois a dentina é um tecido menos mineralizado, então o
que ele desmineralizar vai conseguir penetrar, só que ele é bom em dentina e não em esmalte.

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 Contextualizando:
 Só foi possível fazer a utilização da resina composta depois da criação do sistema adesivo;
 Antes da evolução e o surgimento das resinas compostas tinham-se preparos cavitários com um
desgaste maior da estrutura dental, pois não se tinha um material adesivo e a adesão era feita a
partir de um preparo cavitário, então ali, mesmo que se tivesse uma lesão cariosa pequena, teria
que fazer um preparo onde iria gastar mais estrutural dental sadia para poder dar retenção à essa
restauração e o material não sair da cavidade.

 Histórico e evolução
 1904 – Cimento de Silicato
 1940 – Resinas Acrílicas  são quimioativadas, onde se tem uma pasta e uma base, o catalizador;
 1956 – Resina Epóxica  resina onde se tem uma longa duração para pegar presa, então isso
dificultou muito o uso dela;
 1963 – Resina Composta  Composta por uma matriz orgânica e uma matriz inorgânica mais
agentes de união.

Bowen  Ele vai juntar a qualidade que se tinha da resina epóxica,


com a resina acrílica, e criou o Bisfenol Glicidilmetaacrilato.
 Resina Epóxica + Resina Acrílica  Bisfenol Glicidilmetaacrilato
BIS G M A

 Resina epóxica Resina Acrílica


BIS + GMA
Éster do Bisfenol Metacrilato de Glicidila
BisGMA
Bisfenol Glicidil Metacrilato

 Compósito:
 “Materiais poliméricos repletos de ligações cruzadas, reforçadas por uma dispersão de vidro, cristais ou
partículas de carga unidas à matriz por agentes de união silanos” Logo, tem-se monômeros, e esses
monômeros através da incidência de luz, que é o aparelho foto, ele desencadeia a reação de
polimerização que é converter esse monômero em polímero então essas ligações cruzadas são feitas,
são monômeros quando ele vão ser convertidos em polímeros, eles fazem ligações covalentes, ligações
cruzadas, transformando isso em polímero.

 Compósito odontológico:
 Material plástico ---ativação pela luz---> Material Rígido

 Evolução
 Ativação química;
 Luz ultra violeta;
 Luz visível  Luz com o espectro azul.

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 Composição das resinas compostas:
 Matriz Orgânica  Bisgma – Tegma – Udma
 Monômeros
 Iniciadores  Canforoquinona  Da início a cadeia de polimerização
 Inibidores  Hidroquinona  Se não tivesse inibidores na composição da matriz da resina
composta, ela poderia polimerizar, a todo instante. Logo só vai começar a polimerizar com um
tamanho de onda adequado, não é com qualquer potência de aparelho que se coloque luz que vai
fotopolimerizar.
 Pigmentos  Corantes (testar a cor da resina  A1, A2, A3, pois tem esses corantes para poder ter
essa variedade de cor)
 Carga inorgânica  Partículas de vidro, quartzo, trifluoreto de itérbio, sílica, etc;
 Agentes de união  Agente que vai fazer a união entre a matriz orgânica e a matriz inorgânica. Ex:.
Silano

1. Matriz Orgânica
 Monômeros
 Quanto menor a viscosidade da matriz orgânica, maior a quantidade de carga que pode ser
incorporada. No início tinha-se dificuldade de incorporar as cargas, pois era muito viscosa, aí
alguns na sua composição incorporaram o TEGMA, para poder deixar essa matriz orgânica um
pouco menos viscosa, mais fluida, aí teve maior facilidade de incorporar as partículas
inorgânicas.
 Quanto menor a viscosidade (é mais fluida), logo é mais fácil de incorporar partículas de carga.
 Monômeros de baixa viscosidade possuem aumento da contração de polimerização, logo
quanto mais fluida for essa resina, ela contrai mais, então é mais prejudicial, por isso que teve
que incorporar partículas inorgânicas para diminuir a contração de polimerização.
 Bis-GMA (Bisfenol glicidil metilmetacrilato);
 UDMA (Uretano dimetacrilato);
 TEGMA (Trietileno-glicol dimetacrilato);
 EGDMA (Etilenoglicol dimetacrilato);
 BIS-HEMA (Etilenoglicol dimetacrilato)  Resinas mais recentes que se estão utilizando;
 O que diferencia esses acima são o tamanho das moléculas, das cadeias.

 Mecanismo de presa – POLIMERIZAÇÃO


 Ligação química (covalente) das unidades monoméricas (monômeros para formar uma
molécula) de alto peso molecular (polímero).
 Monômeros antes da incidência de luz:

 Monômeros após a incidência de luz  Transformou uma cadeia longa em uma cadeia mais
curta, passando de monômero para polímero.

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 Inibidores:
 BHT – hidroxitolueno butílico;
 Hidroquinona (geralmente é esse).

 Pigmentos/Modificadores de cor
 Opacificadores  Quando se tem um dente mais escurecido irá ser necessária uma camada de
resina opaca, para fazer um mascarament
 Dióxido de titânio;
 Óxido de alumínio;
 Bário.

 Iniciadores
 Mecanismo de presa – POLIMERIZAÇÃO;

Formas de presa:
 Quimicamente ativadas  Tem-se uma pasta base e uma pasta catalizador, onde se tem o
peróxido de benzoila e amina terciária, quando junta as duas quimicamente, tomam presa;
 Fotoativados  Um exemplo é a Canforoquinona;
 Dual (Química e Foto)  tem a presa tanto da forma química quanto da forma fotoativada.

 Classificação das resinas quanto a forma de ativação da reação:


 Química  Autoativação;
 Física  Fotoativação.
 Ativação:
 A ativação da reação ocorre no intuito de promove um radical livre de uma molécula que venha
quebrar a ligação dupla (vinílica) do radical acrilato do monômero formador de cadeia Tem-se um
monômero, na incidência de luz são excitados a canforoquinona, que através disso atinge a amina
terciária, então quebra-se moléculas e esses radicais livres induz essa conversão, essa
fotopolimerização.
 Químicamente ativada  Autoativação:
 Sistema de mistura pasta-pasta
 Tempo de trabalho menos controlável  pois a presa não tem como controlar;
 Resistência coesiva inferior ás resinas fotoativadas;
 Formação de bolhas pois na hora da mistura pode-se incorporar oxigênio;
 Contato com o oxigênio (inibidor da polimerização);
 Mais susceptíveis ao manchamento;
 Maior utilização na colagem de brackets ortodônticos  Hoje não utiliza-se mais
 Peróxido de benzoíla  iniciador;
 Amina terciária  ativadora.

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 Fisicamente ativada  Fotoativação (através da luz):
 A fotoativação ocorre através da aplicação de uma fonte de luz de espectro específico sobre
monômero. Canforoquinona (470 nm)  Ocorre a aplicação de uma fonte de luz, em um
espectro de 400 nm vai ativar essa canforoquinona, que é o iniciador e vai ocorrer a reação
de polimerização.
 A resina só vai fotopolimerizar a partir do momento que se incidir a luz, entretanto não é
qualquer luz, pois a onda tem que ser com um espectro de onda adequado, por isso que os
professores falam para olhar o aparelho, para saber se está em uma potência correta, se
não, não vai adiantar;
 Além disso, a luz não pode ser halógena (amarela), que antes era utilizado, hoje utiliza-se a
luz com o espectro de onda azul;
 O monômero entra em estado excitatório (a canforoquinona deixa ele excitado), formando
radical livre que irá atuar na amina terciária;
 Fotoativação:
 Conceitos:
 Luz visível  fica em um espectro de onda AZUL;
 Comprimento de onda;
 Ativação da CQ (Canforoquinona) – 470 nm.
 Principal iniciador  CANFOROQUINONA;
 Tem-se o monômero, onde se teve a incidência de luz, gerou um radical
livre, onde foi induzir a amina terciária.

 Aparelhos fotoativadores

 Fonte de luz:
 Luz halógena  parece uma pistola;
 LEDS;
 Arco de plasma;
 Laser.

1. Luz Halógena:
 Lâmpadas halógenas;
 Amplo espectro de luz;
 Alta liberação de calor  Com esse aparelho gera muito calor, esquentava muito, então foi
aprendido nas partes dos tecidos, que na polpa o excesso de calor é prejudicial.

2. LEDs – Diodos emissores de luz:


 Luz fria;
 Menor espectro de luz;
 Aparelhos menores
 Silenciosos;
 São aparelhos mais portáteis, sem fio, então tende a facilidade de coloca sobre a posição certa na
restauração.

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 Fotoativação Convencional:
 Tempo de foto ativação  40s, o mais próximo possível da massa resinosa  Cada incremento
coloca-se 40 s;
 Técnica Incremental:
 Inserção de resina em incrementos de até 2,0 mm;
 Com isso tem-se menor tensão de contração nas margens da cavidade;
 Incremento deve unir o menor nº de paredes possível;
 O incremento não deverá unir paredes opostas;
 Polimerização correta da base da massa resinosa;

 Fator de configuração cavitária


 Fator C = Superfície aderida
---------------------------
Superfície não aderida
 Superfície aderida dividido por superfície não aderida
 “Quanto maior for o fator C, maior a probabilidade de gerar tensão entre as superfícies aderidas e a
resina composta”. (FEILZER et al., 1987)
 Composição das resinas compostas
 Matriz orgânica:
 Iniciadores:
 Quimicamente ativada
 Iniciador – peróxido de benzoíla;
 Ativador – amina terciária
 Iniciadores:
 Fotoativados;
 Canforoquinona.

 Luz visível 450-500nm CQ (Canforoquinona)  A canforoquinona é excitada com a luz visível entre 450 a 500
nm.
 CQ  EXCITA CQ  AMINA  Radical Livre  C = C  Ligações cruzadas
 Tem-se uma luz visível que vai incidir a resina, e na resina tem a canforoquinona onde a luz
vai-se excitar essas moléculas de canforoquinona, aí gera um radical livre que atinge a amina,
gerando radical livre, onde da início as ligações cruzadas.

 Carga Inorgânica:
 A carga inorgânica vai aumentar as propriedades mecânicas;
 Reduzir a quantidade de matriz orgânica;
 Partículas de quartzo, sílica, partículas de vidro;
 Em alguns se tem bário e estrôncio que da radiopacidade ao material;
 Reforço da matriz resinosa;
 Redução da contração de polimerização  pois a matriz orgânica é a parte mais sensível da resina
composta, a partir do momento que se coloca partículas inorgânicas está-se diminuindo a parte
orgânica que é a parte mais sensível, então vai-se melhorar a contração de polimerização.
 Aumento da viscosidade  Tornou-se uma massa mais viscosa, com a inserção de partículas
inorgânicas;
 Aumento da radiopacidade  pela inserção do bário, pela inserção do estrôncio;

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 Quartzo  As suas características impossibilitou que ele continuasse sendo usado nas resinas
compostas:
 Molécula com uma partícula muito grande (50 micrometros)
 Rugosa;
 Alta dureza;
 Polimento difícil;
 Falta de radiopacidade nas resinas que tinha o quartzo;
 Alto coeficiente de expansão térmica.

 Sílica Coloidal:
 A partir do momento que se utilizou a sílica coloidal como parte da matriz inorgânica, teve-se
resina composta de:
 Ótimo polimento  são partículas bem pequenas
 Não apresentam radiopacidade.
 Resina fraca mecanicamente  são moléculas menores, são mais frágeis.

 Partículas de Vidro:
 Vão dar radiopacidade;
 Vidro de bário e estrôncio, vidro de flúor alumino-silicato, trifluoreto de itérbio, zircônia e
outros  essas são as partículas que se tem de vidro;

 Composição das resinas compostas:


 Agentes de união:
 Silano (Sl): moléculas bifuncionais e anfótera (são hidrofóbicos e hidrofílicos), capazes de
estabelecer ligações químicas com compostos diferentes.
 Sl – O – Si – C – Matriz.
 Silano:
 Une a parte inorgânica à orgânica da resina;
 Molécula bifuncional;
 Evita a perda das partículas por desgaste  quando não tinha esse agente de união,
desprendia/soltava as partículas da resina composta;
 Na carga inorgânica se liga à sílica (Si – O – Si);
 Na porção orgânica se liga aos radicais metacrilatos (BisGMA, TEGMA, UDMA, vai
depender dos monômeros metacrilato que estão na matriz orgânica).

 Classificação das Resinas Compostas:


 Quanto ao tamanho das partículas de carga;
 Quanto à polimerização;
 Quanto à consistência;
 Quanto ao número de partículas;
 Quanto à indicação.

1. Quanto ao tamanho das partículas de carga:


 Resinas macroparticuladas:
 São partículas de 1 à 100 micrometros (µm);
 Presente nas 1ªs resinas compostas  São as rezinas que se tinham QUARTZO

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 Quartzo;
 Partículas irregulares;
 Baixa resistência ao desgaste;
 Utilizadas em dentes posteriores, pois não tem uma boa estética;
 Não tem lisura, não tem brilho, por isso não teve sucesso;
 Exemplos de resinas macroparticuladas: Concise (da 3M), Adaptic  São resinas
quimicamente ativadas (Não utiliza-se mais)

 Resinas microparticuladas:
 São partículas de 0,04 à 0,4 micrometros (µm);
 Normalmente têm como partícula de inorgânica a  Sílica;
 Partículas pré-polimerizadas;
 Alta lisura superficial
 Facilidade de polimento;
 Baixa resistência ao desgaste;
 Maior contração de polimerização  Pois são partículas menores, então vai-se ter maior
quantidade de carga orgânica, então tem maior parte sensível, tem maior contração de
polimerização;
 Exemplo: Durafill VS (ainda tem-se no mercado);
 Boa estética  Pois tem partículas pequenas;
 Utilizada apenas em dentes anteriores  Pois como as partículas são pequenas, então ela
não tem boa resistência ao desgaste, ela tem uma boa lisura, mas uma boa resistência não
tem.

 Resina de partículas pequenas (NÃO CAI)


 Partículas de 1 a 5 micrometros (µm)
 Zircônia;
 Trifluoreto de itérbio;
 Lisura superficial satisfatória.
 Resistência ao desgaste satisfatória;
 Tentativa de utilização em posteriores.

 Resinas compostas híbridas


 Partículas de 0,04 à 1,0 micrometros (µm)
 Macropartículas com sílica coloidal (micropartícula);
 Melhores propriedades mecânicas em relação às anteriores;
 Melhor estética;
 Tem-se partículas inorgânicas grandes e pequenas  Na composição isso melhorou a lisura
e a resistência;
 Alta lisura superficial;
 Facilidade de polimento;
 Alta resistência ao desgaste;
 Menor contração de polimerização.
 Microhibridas:
 0,04 – 0,4 micrometros (µm)
 Excelente estética;
 Boas propriedades mecânicas;
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 Maioria das resinas disponíveis comercialmente utilizadas;
 Partícula pequena + sílica coloidal;
 Falsamente chamada de nanoparticulada ou nanohíbrida;
 Maior quantidade de partículas pequenas do que grandes.
 Macrohibridas
 Maior quantidade de partículas grandes do que pequenas.

 Nanoparticuladas  São partículas menores ainda;


 Até 100 nanômetros (nm) = 0,1 micrometros (µm)
 Propriedades mecânicas similares às resinas microhíbridas  Por isso que as microhíbridas
são falsamente chamadas de nanoparticulas;
 Tem-se maior lisura superficial, maior polimento, se ela desprender da restauração, fica
muito pequena a falha, então tem-se um manchamento menor, uma infiltração menor;
 Então como são menores as partículas quando se ativa a luz, ela junta tudo, então fica
menos espaço de matriz orgânica então isso melhor a contração de polimerização;
 Melhor lisura superficial;
 Tecnologia desenvolvida pela 3M/ESPE;
 Filtek Supreme ou Z350
 Nanopartículas de zircônia;
 Nanopartículas de sílica coloidal;
 Excelente brilho e polimento
 Alta resistência ao desgaste
 Menor contração de polimerização

2. Quanto a forma de ativação (polimerização)


 Fotoativadas.
 Ativação química;
 Luz Ultra Violeta;
 Luz Visível;
o Luz visível 450-500nm CQ (Canforoquinona)
o CQ  EXCITA CQ  AMINA TERCIÁRIA  Radical Livre  C = C  Ligações cruzadas
 Tem-se uma maior variedade de cores;
 Menor contração de polimerização;
 Controle do tempo de trabalho;
 Só começa o processo de fotoativação quando se tem a incidência de luz.

 Quimicamente ativadas:
 Não se tem um tanto de tempo para se trabalhar, pois quando se misturou as pastas
começou-se o processo de polimerização;
 Incorporação de bolhas;
 Pigmentação  por causa das bolhas.
 Menor tempo de trabalho
 Iniciador – Peróxido de benzoila;
 Ativador – Amina terciária.

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3. Quanto à viscosidade (consistência)
 Baixa viscosidade:
 É mais fluida;
 Tem mais matriz orgânica;
 Partículas pequenas;
 Utilizado para selamento de fissuras;
 Base de restauração de resina composta  São as resinas FLOW, onde não consegue levar a
resina condensada, que são as utilizadas, essa aí vai penetrar, então preparos estreitos, vão
acabar sendo utilizados essas resinas;
 Essa resina também pode ser utilizada para se fazer forramento, pois ela não tem uma boa
resistência, então ela não pode ficar como cobertura, então a utiliza como base, pois ela tem
elasticidade, recebe melhor os impactos.

 Média viscosidade:
 São as resinas que são mais utilizadas;
 Maioria das resinas do mercado;
 Indicado para restaurações anteriores e posteriores;

 Alta viscosidade:
 Resinas condensáveis;
 Restaurações de dentes posteriores;
 Resina cara;
 Ela é bem dura;
 É uma resina que tem maior facilidade de devolver o ponto de contato, muito fácil de se
adaptar ao local.

 Propriedades FÍSICAS da resina composta:


1. Contração de polimerização
 Monômeros com alto peso molecular  Ex.: BisGMA, TEGMA...
 Partículas inorgânicas Ex:. São as partículas de vidro, de quartzo, de sílica...
 Essas partículas quando são ativadas elas se transformam em polímeros, então tem essas
contrações, vão se juntar, vão preencher esses espaços, fazer ligações. E aí fica uma molécula
menor;
 2 a 4%  polimeriza;

 Maior quantidade de partículas de carga (matriz inorgânica) – menor a contração de polimerização


 Quanto maior a quantidade de partículas de carga (matriz inorgânica) que é a sílica, as
partículas de vidro, o quartzo, menor vai ser a contração de polimerização, então se tiver uma
resina composta onde na composição dela se teve mais matriz orgânica do que matriz inorgânica,
essa matriz vai contrair MAIS. Se tiver uma resina composta onde na composição dela tiver mais
matriz partículas inorgânicas e menos matriz orgânica, vai-se contrair MENOS;
 Logo orgânico, é mais fluido, menos viscoso;

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 Resinas de baixa viscosidade – alta contração de polimerização;
 Grau conversão – adequada polimerização (exposição de luz)  Quando os monômeros se
convertem em polímeros;
 Monômeros residuais  são os monômeros que ficam sem a conversão, o que não se
transformam em polímeros;
 Fator “C” = nº de faces aderidas/nº de faces livres:

 Quanto menor o fator C, menor a contração. Quanto maior o fato C, maior a contração;
 Polimerização por camadas;
 Técnica incremental;

2. Sorção (ganho ou perda) de água:


 Inversamente proporcional ao percentual de carga  Se tiver muita carga se tem menos sorção;
 Liberação de monômeros residuais;
 Expansão higroscópica (ganho de água)  aumento de volume (água) e peso  Se ganhou água,
inchou, isso é um ponto negativo, pois a propriedade/composição dela não será mais a mesma
coisa, fica fraco.
 Lixiviação (perda de água)  Quando se perde água, chama-se assim de lixiviação, e junto com a
água vão sair monômeros residuais, então o material vai ficar mais fraco;
 Logo, tanto o ganhou como a parca de água é prejudicial;
 A resina composta é uma técnica muito sensível, tem-se que fazer o isolamento absoluto e tem
que seguir todos os passos;

3. Radiopacidade:
 Através do bário, partículas de vidro, de alumínio, vai-se ter radiopacidade no material, então
pode-se distinguir o que é material restaurador o que é dentina, o que é esmalte e o que é cárie
secundária.

4. Cor
 Resinas com menor quantidade de partículas de carga são mais translúcidas  Então resinas
translúcidas são as resinas que elas estão mais na face palatina que são colocadas, e na parte
mais de esmalte, pois se quer realmente resina translúcida;
 É a parte mais difícil em termos de restauração em dentes anteriores, pois em cada terço do
dente, tem-se cores diferentes, então às vezes em um dente para restaurar utiliza-se 5 tipos
de resinas diferentes, então não é fácil fazer essa variedade e voltar a cor natural;
 É dada pela  MATIZ - CROMA – VALOR
 MATIZ (família – A, B, C, D)
- Características Ópitcas
 A  Matiz marrom-avermelhada
 B  Matiz amarelo-avermelhada
 C  Matiz cinza
 D  Matiz cinza-avermelhada

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 CROMA
 O quanto a resina é mais escura ou mais clara;
 A resina A1 é mais clara do que a A2;

 VALOR
 Quantidade de totalidades de cinza, o quanto tem mais de branco e o quanto tem mais de
preto.

5. Estabilidade de cor:
 Ao longo do tempo as resinas compostas perdem a combinação de cor;
 Resinas quimicamente ativadas são mais instáveis  Pois não tem esses estabilizantes de cor;
 Com o tempo a resina vai perdendo partículas/materiais, vão manchando e vai perdendo a cor,
então é fundamental que se dê orientação aos pacientes quanto a esse processo;
 Sorção de água  Se ganha ou perde água, modifica as propriedades, logo a coloração;
 Tamanho das partículas de carga  se tem partículas grandes e elas soltarem da composição,
então vai-se ter uma espaço maior, então vai pigmentar mais;
 Rugosidade superficial  se é mais rugosa vai reter mais placas e reter mais pigmentos.

 Propriedades MECÂNICAS
1. Resistência à compressão:
 Semelhante ao amálgama e tecidos dentários.
2. Resistência à flexão e módulo de elasticidade:
 Microhíbridas de média e alta viscosidade  são melhores;
3. Dureza:
 Na resina composta é menor que esmalte e amálgama;
 Grau de conversão dos monômeros;
4. Desgaste.

 Acabamento e polimento
 Serve para melhorar a estética e longevidade dos dentes restaurados;
 Tamanho, dureza, e quantidade de partículas de carga  vão influenciar no acabamento e
polimento;
 Características dos instrumentos abrasivos  Se as partículas, os diamantes são mais duros ou
menos duros;
 Quantidade de pressão que se coloca e o tempo gasto;
 Sempre tem que fazer o polimento com a superfície úmida;
 O acabamento é a fase em que vai se remover os excessos depois que se testou o contato, e isso é
feito com a broca F e FF;
 O polimento é feito com os discos;
 Ordem decrescente deambulação, do disco mais escuro para o disco menos escuro, do mais
grosso para o menos grosso;
 Utiliza-se as taças de borracha;
 Utiliza-se o disco de feltro para fazer o polimento;
 Tem-se a pasta de polimento;

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 Tiras de lixa de aço:
 Remoção de excessos grosseiros proximais e ajuste anatômico em áreas de ameia e
proximais;
 Utilizada para amálgama;

 Tiras de lixa de poliéster:


 Granulação média e grossa (2 e 4 mm);
 Remoção de excessos finos e alisamento da resina em áreas proximais e de ameia;
 Utilizada para resina;

 Discos de lixa flexíveis:


 Granulação fina e ultrafina (3/8 e ½ pol.)
 Alisamento final – Remoção de pequenos riscos e imperfeições remanescentes nas áreas
vestibular, vestibuloproximal, linguo-proximal e incisal.
 Não utiliza-se discos em região oclusal;
 Discos ou rodas de feltro:
 Obtenção do brilho final juntamente com as pastas abrasivas;
 Cada um serve para uma coisa, e não pode-se pular etapas.

 Orientações ao paciente ao final de uma restauração:


 Instruções de higiene oral;
 Aconselhamento dietético  não são todos os alimentos que aquela pessoa vai pode comer;
 Motivação;
 Controle periódico  todo paciente deve voltar ao dentista periodicamente, pois as partículas da
resina podem soltar, o que pode prejudicar a qualidade da restauração.

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Odontologia Pré-Clínica 1 (OPC 1) – 4º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Preparo para Restauração de Amálgama
(Classe 1 e Classe 2)

 Amálgama:

 As restaurações de amálgama apresentam uma história clínica de sucesso muito satisfatória, têm um
protocolo de uso mais tolerante as dificuldades clínica do que os compósitos e apresenta capacidade de
autosselamento das margens, o que colabora na redução dos índices de infiltração marginal e lesões de cárie
secundárias;
 Uma das principais características que o amálgama tem é que ele é um material restaurador tem que um
custo baixo e uma durabilidade muito grande, além disso, ele é muito aplicado em saúde pública, no SUS;
 Entretanto hoje em dia se utiliza cada vez muito, pois a pior característica do amálgama está na forma do
seu preparo cavitário, então para fazer uma restauração de amálgama tem-se que dar um formato no
preparo, para ele ficar encaixado e não soltar;
 É um material que não tem adesão a nenhum tipo de estrutura dentária (esmalte, dentina...), nem nenhum
material outro material restaurador;
 O amálgama fica retido no dente pois dá-se um formato na cavidade para ele ficar encaixado e nunca mais
soltar, e esse formato que é feito muitas vezes acaba desgastando estrutura dental que não tem
necessidade;
 Hoje em dia ele perdeu muito espaço por conta da evolução das resinas e dos materiais adesivos, fazendo
assim um preparo mais conservador, desgastando menos estrutura dentária;

 Preparo dentário para amálgama:


 Forma de contorno;
 Forma de resistência;
 Acabamento das paredes da cavidade;
 Acabamento das margens de esmalte.

 Algumas observações  Pontos fundamentais para o preparo para amálgama:


1. Característica do dente após a simples remoção do tecido cariado  Não deixa a presença de
esmalte socavado (esmalte sem apoio);

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2. Brocas cone invertido com ângulos arredondados no interior da cavidade  São as brocas mais
utilizadas para pode fazer o preparo em amálgama. Essas brocas de cone invertido devem ter a
lateral arredondada, logo sua extremidade tem que ser arredondada, para se ter dentro da
cavidade ângulos arredondados, para que não se tenha uma concentração de forças
mastigatórias pela presença de ângulos vivos dentro da cavidade;

 Todo preparo de amálgama é tido como preparo retentivo, então significa dizer que o preparo
vai ficar no seguinte formato: na porção oclusal, mais estreita e na base, na parede de fundo, na
parede pulpar mais larga.
 As paredes circundantes vão convergir, vão ser convergentes para a parede oclusal, pois na hora
que coloca o amálgama, como ele vai ter esse formato convergente, na hora que a pessoa for
comer alguma coisa vai garantir que aquele amálgama não saia;
 Ângulos Vivos X Ângulos arredondados

3. Preparo sem esmalte socavado, paredes convergentes para oclusal e ângulos internos
arredondados;

 Ângulo cavossuperficial reto, bem definido e sem biséis  No amálgama não existe nenhum
tipo de Bisel;

 Sempre trabalhando a broca ao longo eixo do dente, logo não vai ter nenhum bisel formado;

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 Preparo para classe 1 para amálgama:
 Forma de contorno;
 Forma de retenção e resistência;
 Forma de conveniência;
 Acabamento das paredes da cavidade;
 Acabamento das margens de esmalte

 Forma de contorno
 Caixa oclusal
 Forma de contorno externo com lápis, envolvendo as áreas suscetíveis à cárie, preservando as
estruturas de reforço do dente, como vertentes de cúspides e cristas marginais;
 A forma de contorno vai seguir o contorno da restauração, qual o formato que vai-se querer essas
restauração;

 A caixa oclusal tem uma largura que corresponde a 1/4 da distância entre a ponta de cúspide, logo,
tem-se duas pontas de cúspides (vestibular-lingual), e a distância de uma cúspide a outra, a caixa
oclusal tem que ser de 1/4 dessa distância;
 Primeiro a broca esférica para simular a remoção do tecido cariado, depois a broca 245 ou 56
(Mondelli) ou broc 329 (Baratieri)  Usa-se o protocolo do Mondelli;
 Para facilitar a inserção da broca, pode-se inclinar ela um pouco para a mesial, para depois corrigir e
posicionar ela paralela ao longo eixo do dente, só no início para fazer uma canaleta central;
 Movimento de mesial a distal;
 A broca 245 tem uma leve convergência, então ela já vai dar para a cavidade as paredes circundantes já
convergindo, fechando no sentido da oclusal;
 A parede de fundo tem que ser perpendicular ao longo eixo do dente  Deve ser plana, ao mesmo
nível;

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 Forma de resistência e retenção:
 A confecção da parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente é um dos fatores
que determinam as formas de resistência e retenção;

 Paredes vestibular, lingual, mesial e distal convergentes para oclusal;

 Acabamento das paredes da cavidade:

 A broca 56 é uma opção para alisar as paredes circundantes, arredondando e vai evidenciar mais
também os ângulos internos;
 Na parede pulpar é bom utilizar o cortante, e utiliza-se ele raspando, firme e forte, passando com
força;
 Acabamento das paredes com enxada monoangulada;
 Na parede proximal, próximo à crista marginal pode-se dar uma leve divergida, inclinando a broca
um pouco, facilitando assim o acabamento para a inserção do amálgama;

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 Para facilitar o acabamento para a inserção do amálgama fica ligeiramente expulsiva.

 Acabamento das margens de esmalte:


 O acabamento das margens de esmalte é feito com broca de corte liso no 245, girando em baixa
velocidade e posicionada no angulo cavossuperficial das paredes circundantes. Esse acabamento
final remove todos os prismas fragilizados não eliminados durante o acabamento das paredes.
Durante a ação da broca na margem de esmalte natural, é possível visualizar o desprendimento dos
prismas fragilizados (na forma de um pó branco depositado no interior da cavidade).

 Características da cavidade classe 1 para AMÁLGAMA


1. Abertura vestíbulo-lingual na região do istmo (caixa oclusal), com 1/4 de distância entre os vértices das
cúspides correspondentes;
2. Parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente;
3. Paredes vestibular, lingual, mesial e distal convergentes para oclusal
*Obs.: No acabamento deixa-se as proximais com uma leve expulsividade, mas via de regra, todas as
paredes devem ser convergentes, pois nem em todos os dentes consegue-se deixar essa expulsividade.
4. Ângulo diedros ligeiramente arredondados (ângulo entra parede circundante e a parede de fundo).
5. Ângulo cavossupericial nítido e sem bisel.

 Preparo para classe 2 para amálgama


 Forma de contorno;
 Forma de retenção e resistência;
 Forma de conveniência  São ajustes que se faz para classificar o preparo, às vezes é um detalhe
anatômico que o dente tem que deve-se observar para por exemplo não ter exposição pulpar, ou vezes
conseguir adaptar aquele instrumental, para caber e assim se conseguir fazer uma restauração;
 Acabamento das paredes da cavidade;
 Acabamento das margens de esmalte;

 Forma de contorno
 Caixa Oclusal
 Forma de contorno externo om lápis, envolvendo as áreas suscetíveis à cárie, preservando as
estruturas de reforço do dente, como vertente de cúspide e cristas marginais;

 Forma de resistência e retenção:


 Caixa Oclusal
 Primeiro faz-se o preparo da caixa oclusal, depois estende-se e
faz o preparo da caixa proximal;
 A confecção da parede pulpar plana e perpendicular ao eixo
longitudinal do dente é um dos fatores que determinam as
formas de resistência e retenção;
 A determinação de paredes vestibular e lingual formando um
ângulo de aproximadamente 70º com a superfície externa do
dente.

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 Caixa proximal:
 Coloca-se matriz e cunha. No pré-encunhamento a cunha fica do lado do preparo, e a broca
pode bater na matriz, não tem problema;
 A extensão de conveniência, realizada com a mesma broca (nº 245 ou 56), deve separar as
paredes circundantes da caixa proximal aproximadamente (0,25 a 0,50 mm) do dente
vizinho;

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 Preparo da caixa proximal;
 As paredes vestibular e lingual da caixa proximal são convergentes para oclusal,
acompanhando o perfil das faces correspondentes;
 Movimentos pendulares para preparo da caixa proximal broca 329  Esse movimento é
feito meio que “no escuro”, é um movimento pendular, vestibular e lingual;
 Não deve inclinar a broca nem para um lado nem para o outro, pois se inclinar pode deixar
uma parede mais expulsiva e outra parede mais retentiva;

 A parede gengival da caixa proximal vai ter que ser plana, paralela com a parede pulpar, então significa dizer
que a parede gengival também tem que ser perpendicular ao longo eixo do dente;

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 Forma de resistência e retenção
 Caixa proximal:
 A parede gengival é plana e perpendicular ao eixo
longitudinal do dente, enquanto a axial é plana vestíbulo-
lingualmente e ligeiramente expulsiva no sentido gengivo-
oclusal;

 As paredes vestibular e lingual da caixa proximal devem formar um ângulo reto com a superfície
externa do dente, o que é conseguido com a curva reversa de Hollenback; do lado lingual, essa
curva reversa é, na maioria das vezes, dispensada;
 Pode-se tirar para o sentido da vestibular e lingual, mas geralmente tira-se mais na vestibular;

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 Caixa proximal:
 O Ângulo axiopulpar é arredondado – geralmente usa-se o recortador de margem gengival
(que é o cortante 28 e 29);
*Vai-se raspar o ângulo, com força, arredondando o ângulo. Pode-se passar a broca 56
também para arredondar;
 Nas caixas proximais nas paredes vestibular e lingual são confeccionados dois sulcos
verticais com a broca nº 699  Isso aumenta a retenção do amálgama.

 Acabamento das paredes da cavidade:

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 Características da cavidade classe II para amálgama:
1. Abertura vestíbulo-lingual na região do istmo (caixa oclusal), com ¼ de distância entre os vértices das
cúspides correspondentes;
2. Parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente;
3. Paredes vestibular, lingual, mesial e distal convergentes para oclusal;
4. Ângulo diedros ligeiramente arredondados;
5. Ângulo cavossupericial nítido e sem bisel.
6. Caixa proximal:
 Paredes vestibular e lingual convergentes para oclusal, formando com a superfície externa
do dente, ângulos de 90º, em função da determinação da curva reversa de Hollenback
nessas paredes;
 Parede axial plana vestíbulo-lingualmente e ligeiramente expulsiva no sentido gengivo-
oclusal;
 Parede gengival plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente, formando, em dentina,
ângulos agudos com as paredes vestibular e lingual;
 Ângulo áxio-pulpar arredondado;
 Ângulo cavossuperficial nítido, sem bisel e prismas.

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 Manipulação Clínica:
1. Seleção da liga e Proporcionamento;
2. Trituração;
3. Condensação;
4. Brunimento pré-escultua;
5. Escultura;
6. Brunimento pós-escultura;
7. Acabamento e polimento.

 Manipulação Clínica:
 Seleção de liga e Proporcionamento
 Antigamente tinha-se um frasco com pó, que se misturava com uma liga de mercúrio, o mercúrio é
toxico, então antes poderia ter um contato mais direto com o mercúrio. Já no dia de hoje tem-se
cápsulas, e nessas cápsulas já tem o mercúrio e a liga metálica do amálgama que é o pó, e cada
cápsula tem uma quantidade de gramas de limália e de mercúrio já prévio, já pre-dosado para se
manipular e se utilizar. Cada cor de cápsula tem uma determinada de “gramas”. Vai colocar o
amálgama no amalgamador, que vai triturar a liga.

ANTIGO ATUAL
Tipo de trituração Manual Mecânico
Instrumentos usados Gral e pistilo Amalgamador
Tempo gasto Maior Menor
Relação Hg/liga Maior Menor
Variável Humana Presente Ausente
Contaminação por Hg Presente Ausente

 Forma de apresentação do material:


 Cápsulas;
o 400, 600 ou 800 mg;
o Cor ou número de porções.
 Granel;

 Trituração:
 Tempo de trituração:
 Velocidade e oscilação do amalgamador;
 Liga a ser utilizada;
 Tamanho das porções de amálgama

 Condensação:
 Compactar o amálgama na cavidade  Vai pegar o amálgama e condensar dentro da cavidade. Para
condensar utiliza-se o porta amálgama que é o instrumental que compacta e leva esse amálgama na
cavidade;
 Para compactar o material na cavidade utiliza-se os condensadores, tem-se condensadores mais
largos e condensadores mais estreitos. Quanto mais pressiona, vai compactando vai retirando o
excesso de mercúrio, que degrada a liga com o passar do tempo, e vai apertar e melhor encaixar na
cavidade o material;

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 Quando vai-se restaurar começa-se com o condensador de menor tamanho para o condensador de
maior tamanho;
 Otimizar a adaptação do amálgama na cavidade;
 Remover excesso de mercúrio, que pode cair no lençol de borracha ou a gente mesmo vai remover;
 Mecânica
 Manual:
 A pressão de condensação depende tanto da força aplicada sobre o condensador como o
tamanho de sua ponta ativa.

 Brunimento:
 Vai-se espalhar a massa de amálgama;
 Esfregara massa de amálgama, em estado ainda plástico com auxílio de instrumentos metálicos;
 O brunimento é feito em duas etapas pré-escultura e pós-escultura;
 Momento para fazer a escultura é quando há o grito do amálgama;
 Remover o excesso de mercúrio;
 Reduz porosidade superficial;
 Melhora adaptação das margens cavitárias;
 Diminui rugosidade superficial.

 O polimento de amálgama só pode ser realizado após 24 horas, não é imediato.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MONDELLI, J. Fundamentos de Dentistica Operatoria. 1ª ed. São Paulo: Editora Santos. 2006.

CONCEIÇÃO, E.N. et al. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

BARATIERI, L.N.; et. al. Odontologia Restauradora: fundamentos e técnicas. Volume 1 e 2. 1ª ed. São Paulo: Santos,
2012.

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Técnica de Restauração, Acabamento e Polimento

 O amálgama é um material prateado, com uma coloração metálica. Infelizmente não é um material
estético, mas é um material com um alto selamento da região de cicatrículas e fissuras, então raramente
vai ter tecido cariado por baixo da restauração, o contrário da resina, pois a resina degrada ao longo do
tempo, então encontra-se cárie, já no amálgama raramente vai-se ver isso, só se ocorrer uma
restauração mal feita, uma falha muito grande;

 Atuação do amálgama dentro da Dentística:


 Principalmente na atenção básica;
 Raramente se encontra em consultório particular;
 Abrangente: perfis sociais e de saúde.
 Quando a estética não for uma prioridade, o amálgama deve SEMPRE ser considerado como opção
de tratamento, principalmente no serviço público de saúde.

 Indicação:
 Necessidade de intervenção;
 Dimensão, profundidade;
 Toda vez que tiver uma necessidade de intervenção, toda vez que avaliar a dimensão dessa cárie e a
profundidade dessa lesão cariosa é importante avaliar se há realmente indicação precisa para se fazer
aquele amálgama, pois cavidades extensas demais, uma cárie muito profunda, não vai poder realizar
o amálgama, pois aquela cavidade é extremamente frágil, não tem nem mais esmalte apoiado em
dentina, se realizar uma restauração de amálgama naquele dente, com o processo de expansão as
paredes vão fraturar. Se for uma cárie muito pequena, uma cárie incipiente demais, não vai-se
realizar o amálgama, pois vai precisar desgastar mais estrutura para fazer um preparo retentivo, por
isso que o amálgama fica muito no limite, precisa-se encontrar uma cavidade que seja realmente
uma indicação para esse material.

 Vantagens
 Longa experiência clínica  é um material altamente estudado, apesar de haver algumas correntes
que diz que o amálgama é tóxico ao organismo humano liberando alguns materiais pesados, mas
ainda não há comprovação clínica e científica;
 Facilidade de manipulação/custo;
 Alta resistência ao desgaste.

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 Desvantagens:
 Estética não é agradável;
 Toxicidade do mercúrio que é liberado ao longo do tempo;
 Condutibilidade térmica/corrosão
 Baixa resistência à tração;
 Ausência de união á estrutura dental  O amálgama não se une à estrutura do dente, e para ele ficar
no dente precisa-se fazer um preparo retentivo, já a resina se une/penetra através de retenções
micromecânicas.

 Composição

Elemento Químico Percentual


Prata (Ag) 40 – 70
Estanho (Sn) 17 – 30
Cobre (Cu) 2 – 40
Zinco (Zn) 0–2
Índio (In) 0 – 10
Paládio (Pd) 0–7
Mercúrio 0-3

 Composição: Cada um vai dar uma característa/função à liga


1. Prata
 É um componente que quando colocado na substância vai contribuir para o aumento da
resistência da restauração;
 É por isso que o amálgama é um material altamente resistente, é uma massa extremamente
dura;
2. Estanho:
 ¼ da composição;
 Facilitar a amalgamação, para a massa se tornar plástica e conseguir assim conseguir condensar,
é por conta do estanho que se consegue a condensação e a brunidura do material;
 Auxiliar na redução da expansão da prata

3. Cobre:
 Aumento da dureza e resistência mecânica do amálgama;
 Diminui o escoamento e a corrosão

->Ligas com baixo teor de cobre  Percentual de cobre inferior a 6%

-> Ligas com alto teor de cobre  Percentual de cobre entre 13 e 30% (mais encontradas no mercado)

4. Zinco:
 Agente desoxidante durante a fusão da liga;
 Afinidade com o oxigênio e impurezas;
 Diminui a possibilidade de formação de óxidos

-> Ligas com Zinco  Ligas com mais de 0,01% de Zinco;

-> Ligas sem zinco  Contêm menos de 0,01% de Zinco;

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5. Mercúrio:
 Algumas ligas contêm em pequena quantidade
 Ligas pré-amalgamadas;
 Tempos de presa e de trabalho mais curtos
 Menor quantidade de zinco: baixa expansão tardia.
6. Índio

 TEMPOS OPERATÓRIOS DE RESTAURAÇÕES EM AMÁLGAMA


 Toda restauração precisa seguir tempos operatórios, passos operatórios. A da resina composta e do
amálgama são diferentes:
 Anestesia;
o Pois será feito uma abertura, vai trabalhar em dentina que é uma área sensível;
o Por conta do isolamento que vai ser feito com o auxílio dos grampos.
 Profilaxia;
o Apenas do dente que vai ser restaurado, logo não precisa fazer da boca toda.
 Demarcação de contatos;
o Isso é importante, pois precisa-se saber onde é que aquele paciente mantém o contato
oclusal;
 *Isolamento absoluto;
 Preparo cavitário;
 Procedimentos restauradores.

 Princípios Gerais do Preparo


 Forma de contorno;
 Forma de resistência
 Forma de retenção
 Forma de conveniência
 Remoção do tecido cariado
 Acabamento das margens
 Limpeza da cavidade.

 Procedimentos Restauradores:
 Isolamento do campo operatório;
 Proteção pulpar;
 Proporcionamento;
 Trituração do amálgama
 Inserção na cavidade;
 Condensação;
 Brunimento;
 Escultura;
 Acabamento e polimento.

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1. Isolamento do Campo e profilaxia
 Clorexidina
2. Trituração do material
 Remoção da camada de óxidos que recobre as partículas de liga, possibilitando o íntimo contato com
o mercúrio e o início das reações químicas de cristalização do amálgama:
 Manual (“Não existe mais”);
 Mecânica (amalgamador)

3. Consistência da mistura
 ADEQUADA: lisa e brilhante
 Tempo de trabalho e presa normais
 Propriedades físicas adequadas
 Sub-Triturada
 Super-Triturada

4. Inserção na cavidade:
 Porta Amálgama
 Utiliza-se o porta amálgama para levar esse material à cavidade;

5. Condensação do amálgama:
 Compactar a liga;
 Precisa-se apertar a liga para aflorar o excesso de mercúrio, se não, vai ficar mercúrio contido na
liga;
 Vai começar condensar com o condensador de menor diâmetro para o condensador de maior
diâmetro;
 União dos incrementos
 Reduzir porosidade
 Vai-se condensar esse material em excesso, passando do cavossuperficial. Se não condensar em
excesso, quando brunir vai faltar material;
 Remoção do excesso de mercúrio;
 Superfície brilhante – Hg disponível.

6. Brunimento Pré-Escultura:
 Primeiro vai realizar o brunidura pré-escultura que é levar o brunidor e sair do centro da restauração
para a margem, para aflorar mais mercúrio e deixa a liga mais compacta, e depois que vai fazer a
escultura;

7. Escultura:
 Instrumento apoiado no dente;
 Definir sulco central, vertentes, sulcos secundários, fossetas mesial e distal.
 Instrumentais específicos para isso: Instrumental de Fran | Hollemback | Discoide e cleóide.
 Vertentes internas das cúspides bem caracterizadas;
 As vertentes se encontram no sulco principal, por isso que o dente é chato, existe uma inclinação;
 Quando é amálgama não precisa caracterizar demais, fazer sulcos muitos profundos, pois se não vai
haver colonização bacteriana naquela região de sulco, e quando opta por amálgama, geralmente é
para pacientes que não tem uma boa higiene oral.
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8. Brunimento pós escultura
 Adaptar as margens;
 Instrumentais utilizados: brunidor de bennett e o brunidor duplo;
 A brunidura pós-escultura é feita passando o brunidor em cima do sulco que foi caracterizado;
 Remoer excesso de Hg;
 Lisura superficial;
 Pré|Pós-Escultura;
 Nesse momento o amálgama não vai ficar brilhoso, pois só pode polir depois de no mínimo 24 horas;
 O importante aqui é caracterizar sulco e vertente;

9. Remove o isolamento

10. Faz o ajuste oclusal:


 Como o ajuste já foi feito antes de realizar o preparo, sabe-se onde o paciente realmente morde. Se
está em um lugar diferente é porque houve uma modificação, ou no preparo ou na restauração;
 Vai-se fazer isso com o auxílio do papel carbono;
 Vai colocar o papel carbono na pinça Miller que é uma pinça específica para prender o carbono;
 Prende o carbono, coloca na região, o paciente vai morder, faz todos os movimentos (lateralidade,
protusão...) e aí vai se verificar se está alta ou se não, a restauração.

11. Acabamento e polimento:


 Aguardar 24h! Calor – Liberação de Hg:
o Quando se faz o acabamento e polimento de maneira efetiva, está-se fazendo uma
estimulação do evaporamento do mercúrio, e aí a liga fica mais resistente e menos
propícia à corrosão;
 Nessa fase precisa-se deixar o amálgama quanto mais liso possível, não pode deixar o amálgama
poroso;
 Diminuir a rugosidade superficial;
 Diminuir a retenção de placa bacteriana;
 Refinamento da escultura;
 Aumentar resistência á corrosão e ao manchamento.

 Realização do acabamento e polimento


 Primeiro, na fase de acabamento, passa-se as pontas multilaminadas:
 4 em forma esférica (vai aumentando o diâmetro da esférica)  Passa na região de sulco (central
e secundário);
 2 em forma de chama ou pêra  Passa-se nas faces livres e vertentes da região oclusal.
 O polimento final é feito com pontas de borracha:
 Tem pontas específicas para polir o amálgama, se colocar pontas de resina ali, nada vai acontecer no
amálgama, não vai dar brilho na restauração;
 Ordem que deve ser utilizadas:
 Marrom (mais granulosa)  Verde (intermediária)  Azul (brilho final)
 Alguns kits, além da azul vem uma bege, que é como se fosse um hiperbrilho ao final;
 Utiliza-se a taça para região vestibular;

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 Já a ponta com formato de pera nas outras regiões;
 Brilho final  Finaliza com uma mistura de (oxido de zinco com álcool) ou (pedra pomes com álcool),
para dar um brilho melhor, ou utiliza uma mistura pronta, uma pasta de polimento específica para
amálgama “Amalgloss”, aí pode utilizar ela e depois utilizar uma taça de borracha;

 Sistema Matriz/Cunha
Para AMÁLGAMA utiliza-se  Porta Matriz  com a matriz de aço e cunha de madeira
Para RESINA utiliza-se  Unimatrix  Matriz seccionada com um anel. Não é legal para amálgama pois no
momento da condensação pode-se mexer/deslocar o anel, e aí a crista não fica como se deseja;

OBSERVAÇÕES

A matriz tem que passar um pouco do ângulo cavossuperficial (0,5 mm), se colocar uma matriz muito
curta, muito rente ou até mesmo abaixo, a crista vai ficar baixa, então a matriz tem que passa um
pouquinho do dente, para se conseguir devolver a altura da crista, que foi perdida;
A condensação do material sempre vai começa pela caixa proximal (mesial e distal), para depois
começar a condesar na caixa oclusal, pois se fizer o contrário vai ficar falha no material;
Condensar contra a base da cúspide;
Para estabelecer a altura da crista, pega uma sonda exploradora e passa, removendo o excesso,
deixando a altura do remanescente, do dente que se quer deixar;
Na hora de remover a matriz, primeiro tira-se o porta matriz, depois vai puxar a matriz no sentido do
dente, puxa com a pinça ou com o dedo. Se puxar para cima pode danificar a restauração, logo puxa-se
no sentido do dente;
Na classe II, além das pontas multilaminadas e da taça de borracha, precisa-se fazer o acabamento da
região proximal, com as tiras de lixa de aço, e aí finaliza.

 Higiene do Hg
 Os profissionais da equipe de saúde bucal estão constantemente expostos a elevados riscos de
contaminação pelos vapores de mercúrio em seus ambientes de trabalho.

 O descarte do resíduo do amálgama precisa ser em ambiente controlado. Pega-se o resíduo do amálgama,
coloca-se no frasco de água que os ASB colocam, eles vão juntar esses resíduos, aí vem uma empresa
específica para fazer o descarte desse material;
 Evitar presença de fontes de calor;
 Armazenar sobas em frascos tampados e com água;
 Sugadores potentes;
 Trabalhou com amálgama, deve-se utilizar EPI completo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MONDELLI, J. Fundamentos de Dentistica Operatoria. 1ª ed. São Paulo: Editora Santos. 2006.

CONCEIÇÃO, E.N. et al. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

BARATIERI, L.N.; et. al. Odontologia Restauradora: fundamentos e técnicas. Volume 1 e 2. 1ª ed. São Paulo: Santos,
2012.

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