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Considerações preliminares
Em um mesmo indivíduo não existem dois dentes iguais, considerando-se entre outros
fatores, comprimento, largura e dimensões coronárias e radiculares, morfologias externa
e interna, número e trajeto de canais radiculares e inclinações dentárias nas arcadas.
Deste modo, trataremos dos casos mais comuns, citando outros, contudo, em vista de
suas consideráveis incidências.
Em todo dente existem duas porções distintas: uma livre - coroa e outra implantada no
osso - raiz. Há dentes que só possuem uma raiz (unirradiculares), ao passo que outros
apresentam, comumente, duas (birradiculares) ou mais raízes (multirradiculares). A sua
vez, toda raiz possui, normalmente, um ou dois canais, esta última, nos casos de
achatamento proximal acentuado.
A anatomia externa pode ser estudada pela simples observação não
oferecendo dificuldades, o mesmo não acontece com o estudo da
configuração interna.
Cavidade pulpar
A polpa dentária, o único tecido mole do dente, está protegida no
interior das estruturas calcificadas numa cavidade denominada cavidade
pulpar. Esta é limitada pela dentina coronária e pela dentina radicular,
reproduzindo a morfologia externa do dente.
A cavidade pulpar está dividida em duas partes: câmara pulpar e canal
radicular.
ICSup -
Vista
vestibular
Contudo, se o incisivo ou
canino inferior tiver dois
canais, a câmara pulpar terá,
além das faces acima
citadas, mais o assoalho.
O teto da câmara pulpar dos pré-molares e molares é a sua face oclusal, enquanto que o
teto da câmara pulpar dos incisivos e caninos corresponde à sua face lingual ou palatina.
De modo geral, a câmara pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores
localiza-se no centro do dente; já a dos pré-molares e molares inferiores, situa-se do
centro para mesial.
Composição da câmara
Com relação ao canal pulpar
radicular, seu início
confunde-se com o término
da câmara pulpar nos dentes
portadores de um canal (a A- Assoalho
nível do colo anatômico do C- Cornos pulpares
dente) e nos dentes com mais
P - Paredes
de um canal começa no
assoalho da câmara pulpar.
T - Teto
ICS MI
1o. PMI
Histológico Matsumya, S.
CDC - Junção Cemento
Dentina Canal
D - dentina
C - cemento
Menor diâmetro do canal se
dá: 42% Dentina e 32%
CDC
ICS
A
O fim do canal radicular - desembocadura
forame apical - situa-se quase do canal nas
sempre num dos lados da raiz imediações do
e muito raramente em seu ápice
vértice, mesmo em raízes raramente
retilíneas, apresentando o coincide de
forame localizado para- forma retilínea,
apicalmente. geralmente em
um dos lados
da raiz (seta).
2o. PMS ICS
Antes de estudar os grupamentos dentários individualmente podemos de forma geral
dizer que, nos incisivos e caninos superiores, nos pré-molares inferiores, na raiz distal
dos molares inferiores e nas raízes disto-vestibular e palatina dos molares superiores, o
canal é cônico. Nos incisivos e caninos inferiores, nos pré-molares superiores, na raiz
mesial dos molares inferiores e na raiz mesio-vestibular dos molares superiores, o canal
é achatado no sentido mésio-distal.
Sistema de condutos
radiculares, segundo REIG &
PUCCI.
Aspecto da
macroconfiguração da
cavidade pulpar, revelado
pela técnica da diafanização
onde se pode ver o
verdadeiro labirinto da
anatomia interna dental ou o
sistema de canais radiculares,
após as considerações básicas
da anatomia interna (coroa,
raiz, esmalte, dentina, câmara
pulpar, cemento, canal
radicular e ápice).
O sistema de canais
radiculares não é formado
exclusivamente por canais
únicos, e sim por um
emaranhado de canais, como
podemos observar a seguir:
Referências bibliográficas
2. BARRET, M.T. The internal anatomy of the teeth with special reference to the pulp
witer in branches. D. Cosmos, 67:581-9,1925.
5. BROWN & HERBRANSON Dental Anatomy & Interactive 3-D Tooth Atlas, 2002.
10. MUELLER, AH. Anatomy of the root canal of the incisors, cuspids and bicuspid of
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12. PAIVA, J.G.; ANTONIAZZI, J.H. “Endodontia – Bases para a prática clínica”.
Paiva & Antoniazzi. 2a. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1991. 886 p.
13. PECORA, J.D.; SAVIOLI, R.N.; VANSAN, L.P.; SILVA, R.G.; COSTA, W.F.
Novo método de diafanizar dentes. Rev Fac. Odonl. Rib. Preto, 23(1):1-5, 1986.
16. PRINZ, H. The Spaltehoitz method of preparing transparent animal bodies. Dental
Cosmos, 55(3):374-8, 1913.
O objetivo desta breve revisão de anatomia interna dos dentes humanos consiste em avivar os
conhecimentos adquiridos nos primeiros anos de Faculdade, pois têm importância fundamental
para se obter sucesso na terapia endodôntica. A anatomia do sistema dos canais radiculares
dita os parâmetros sob os quais o tratamento endodôntico será realizado e afeta as
possibilidades de sucesso. Essa anatomia de cada dente apresenta características comuns,
bem como variações muito complexas. A radiografia do dente pode revelar boa parte da
anatomia interna que, associada aos conhecimentos teóricos, ditam o tamanho da broca a ser
utilizada na cirurgia de acesso, sua direção, o tamanho do primeiro instrumento a ser utilizado
no interior do canal radicular e, ainda, quais as modificações que devem ser empregadas para
realizar o preparo da cavidade endodôntica, de modo a facilitar a localização dos canais
radiculares. Assim, o conhecimento da anatomia dos canais radiculares ajuda sobremaneira o
profissional, desde a cirurgia de acesso até a obturação dos canais e é uma rota segura para
se obter muito sucesso e evitar situações desagradáveis. Recordaremos, neste texto, de modo
bastante simples, a anatomia interna de cada grupo de dentes. Neste artigo, daremos especial
enfoque às anomalias de desenvolvimento que podem ocorrer nos dentes humanos.
SUMÁRIO
Introdução
Dentes Superiores:
Incisivos
Caninos
Pré-Molares
Molares
Dentes Inferiores:
Incisivos
Caninos
Pré-Molares
Molares
Referências Bibliográficas
INTRODUÇÃO
O objetivo desta breve revisão de anatomia interna dos dentes humanos consiste em avivar os
conhecimentos adquiridos nos primeiros anos de Faculdade, pois têm importância fundamental
para se obter sucesso na terapia endodôntica.
A anatomia do sistema dos canais radiculares dita os parâmetros sob os quais o tratamento
endodôntico será realizado e afeta as possibilidades de sucesso. Essa anatomia de cada dente
apresenta características comuns, bem como variações muito complexas.
A radiografia do dente pode revelar boa parte da anatomia interna que, associada aos
conhecimentos teóricos, ditam o tamanho da broca a ser utilizada na cirurgia de acesso, sua
direção, o tamanho do primeiro instrumento a ser utilizado no interior do canal radicular e,
ainda, quais as modificações que devem ser empregadas para realizar o preparo da cavidade
endodôntica, de modo a facilitar a localização dos canais radiculares.
Neste artigo, daremos especial enfoque às anomalias de desenvolvimento que podem ocorrer
nos dentes humanos.
DENTES SUPERIORES
INCISIVOS SUPERIORES
Para se obter uma boa instrumentação dos canais radiculares desses dentes, o ombro lingual
da região cervical do canal deve ser removido com o uso de broca de Batt. Isso possibilita boa
visibilidade do canal radicular e, ainda, proporciona a ação dos instrumentos em todas as
paredes do canal, de modo a facilitar a sua limpeza e desinfecção.
Os incisivos laterais superiores apresentam curvatura das raízes para a distal na maioria dos
casos. Portanto, deve-se pensar em uma técnica de instrumentação adequada, de modo a
evitar perfurações.
Esses dentes estão situados em uma área de grande risco embriológico e inúmeros
pesquisadores têm relatados casos de anomalias neles.
Dens invaginatus
Cúspide Talão
radicular grooves (depressão radicular)
O Dens invaginatus é também conhecido como Dens in dente, podendo ocorrer em qualquer
dente. Mas, sua maior incidência ocorre nos incisivos laterais superiores. Normalmente, esses
dentes podem apresentarem-se coniformes (peg shape).
Existem três tipos de Dens invaginatus, de acordo com a classificação de Oehler (1957):
Tipo III - a invaginação do esmalte estende-se até a região apical do dente, de modo a formar
diversos forames apicais.
O Dens invaginatus do tipo I não oferece dificuldade ao tratamento endodôntico, uma vez que a
invaginação é pequena e está situada na coroa dental.
O do tipo II oferece certa dificuldade ao tratamento endodôntico, uma vez que faz-se
necessária a remoção da invaginação do esmalte do interior do canal radicular. Pécora et al.
(1987) e Vansan et al. (1990) relatam casos de tratamento endodôntico de Dens invaginatus
tipo II.
O Dens Invaginatus tipo III oferece dificuldade ao tratamento endodôntico, pois deve ser
complementado com retro-obturação. Nem sempre é possível salvar um dente com esse tipo
de anomalia. Costa et al. (1990) relatam um caso de Dens invaginatus do tipo III em um
segundo molar superior.
Cúspide Talão
Outra anomalia que tanto pode ocorrer no incisivo central como no lateral superior é Dens
Evaginatus ou Cúspide Talão.
Essa anomalia consiste na evaginação da área do cíngulo desses dentes, promovendo uma
cúspide extra. A presença da cúspide extra nos incisivos superiores pode causar problemas de
estética, cárie em virtude da dificuldade de higienização, trauma de oclusão e, ainda, irritação
traumática da língua durante o ato mastigatório.
Caso haja comunicação com o órgão pulpar durante a remoção da cúspide extra, realiza-se o
tratamento endodôntico de modo convencional.
O incisivo lateral superior pode apresentar uma anomalia de difícil diagnóstico, que é a
presença da depressão radicular (radicular grooves). Essa depressão normalmente está
presente na lingual dos incisivos laterais, na área do cíngulo e se estende para a raiz, podendo
cessar em diferentes pontos da região radicular. A presença da depressão radicular constitui
uma via de penetração de microrganismos, que alimenta de modo definitivo um problema
periodontal.
O diagnóstico precoce dessa anomalia é importante pois o paciente pode ser orientado para
higienizar seus dentes de modo a evitar a instalação de uma bolsa periodontal. A confecções
de próteses fixas sobre um dente que apresenta depressão radicular deve ser evitado, pois o
problema periodontal não terá fácil solução.
CANINOS SUPERIORES
comprimento muito longo
Pela configuração anatômica, esses dentes apresentam canais com dimensões maiores no
sentido vestíbulo-lingual do que no sentido mésio-distal. Eles podem apresentar comprimento
muito longo. Em nossos estudos, observamos que os caninos superiores podem apresentar
um comprimento médio de 25.5 mm , variando de 20 mm até 32 mm.
Os caninos apresentam ombro na região cervical do canal radicular, que deve ser removido
para possibilitar uma boa instrumentação . Eles podem apresentar curvaturas de suas raízes.
Essas curvaturas podem ser, em muitos casos, bastante acentuadas.
Caninos superiores
com curvaturas de suas raízes.
Para detectar a direção da curvatura das raízes, deve-se tirar radiografias em diferentes
angulações. Se a curvatura apical da raiz mover em direção oposta à movimentação do cone
de raio X, a curvatura estará para a vestibular. Caso a curvatura mova-se na mesma direção
que o cone de raio X, a raiz apresenta curvatura para a lingual.
Dens invaginatus Tipo III
Os caninos superiores podem apresentar Dens Invaginatus. Ver Dens invaginatus Tipo III
com tratamento por retro-obturação e um Dens Invaginatus Tipo III em dente extraido.
Os caninos muito longos apresentam dificuldades para serem limpos. Portanto, utilize muita
solução irrigante e instrumente com muita atenção. Durante a obturação, leve pouco cimento
de cada vez, até preencher todo o canal radicular. Quando se coloca muito cimento obturador
no interior do canal radicular de uma só vez, há a possibilidade de o cimento ficar todo na
região cervical, não atingindo as regiões média e apical do canal.
PRÉ-MOLARES SUPERIORES
Normalmente, esses dentes são birradiculares, sendo uma raiz localizada na vestibular e
outra na lingual.
A cirurgia de acesso à câmara pulpar deve ter forma oval, sendo maior no sentido vestíbulo
lingual do que no sentido mésio-distal.
Quando esses dentes apresentam-se com raiz única, normalmente apresentam dois canais:
um na vestibular e o outro na lingual, que podem terminar em um único forame ou em dois
forames distintos.
Algumas vezes, os primeiros pré-molares superiores podem se apresentar com três raízes e,
portanto, três canais. Quando isto ocorre, a instrumentação dos três canais torna-se uma tarefa
bastante difícil, em virtude da pequena dimensão da coroa deste dente.
Para evitar complicações durante o tratamento endodôntico desses dentes, faça várias
radiografias de diagnóstico e as estude com atenção. Só inicie o tratamento endodôntico após
ter certeza das variações anatômicas que podem estar presentes no dente a ser intervido.
segundos pré-molares
Esses dentes apresentam-se com uma única raiz na maioria dos casos (90 %), mas somente
poucos apresentam-se com um único canal. Tudo o que foi relatado sobre os primeiros pré-
molares superiores deve ser observado nos segundos pré-molares superiores.
MOLARES SUPERIORES
Estes dentes têm sido bastante estudado quanto às suas anatomias internas, principalmente
em relação ao número de canais presentes na raiz mésio-vestibular.
Hoje, o primeiro molar superior deve ser encarado como um dente que apresenta,
normalmente, quatro canais, que podem estar distribuídos do seguinte modo: um canal na raiz
palatina (na literatura há casos citados de dois canais nessa raiz), um canal na raiz vestíbulo-
distal e dois canais na raiz vestíbulo-mesial.
A presença de dois canais na raiz palatina é bastante rara mas pode ser encontrada, e isto
exige do operador bastante atenção.
A presença de dois canais na raiz vestíbulo-mesial é bastante alta. O canal principal dessa raiz
é mais amplo que o segundo canal. O segundo canal, normalmente, está localizado mais para
a porção lingual da raiz vestíbulo-mesial. A presença de um sulco no assoalho pulpar , saindo
do canal principal, é um forte indicativo da presença do segundo canal nesta raiz.
Para localizar o segundo canal da raiz vestíbulo-mesial mais facilmente, estenda a cavidade de
acesso mais para a mesial e para a vestibular. No lugar de uma cavidade de forma triangular,
faça uma cavidade de forma de coração.
Esquema da cirurgia de acesso que facilita a localização do segundo canal na raiz vestíbulo-
mesial
Procure com bastante atenção o segundo canal da raiz mésio-vestibular, pois a sua não
localização e, portanto, a sua não instrumentação e obturação comprometem seriamente o
sucesso do tratamento endodôntico.
Observar que a raiz palatina pode apresentar curvatura para a vestibular em 54,6% dos casos.
Primeiro molar superior apresentando
a raiz palatina com curvatura
para a vestibular.
Esses dentes apresentam variação no número de raízes. Eles podem apresentar duas raízes,
três raízes e até mesmo quatro raízes. A fusão de raízes no segundo molar superior é um fato
comum, principalmente nos pacientes de origem mongólica. A presença de três raízes é um
fator indicativo de que a raiz mésio-vestibular deva ser muito bem pesquisada, pois ela pode
apresentar dois canais, como nos primeiros molares superiores.
Dens invaginatus pode ser encontrados nos segundos molares superiores (Costa et al, 1990).
Muitas vezes, faz-se necessário o tratamento endodôntico desses dentes e a sua anatomia é
bastante irregular. Eles tanto podem apresentar-se como um molar comum, como podem
apresentar-se com anatomia completamente irregular. Toda atenção é pouca para não
deixar nenhum canal sem tratamento.
DENTES INFERIORES
INCISIVOS INFERIORES
Esses dentes têm alta incidência de dois canais em sua raiz. No passado, eles eram
conhecidos como dentes com um só canal e essa crença, infelizmente, persiste até os dias
atuais. A incidência de dois canais é maior nos incisivos laterais do que nos incisivos centrais,
mas o fato não pode ser esquecido. Tenha sempre em mente que a possibilidade de encontrar
incisivos inferiores com dois canais é bastante grande.
As técnicas radiográficas de dissociação de imagem são bastante úteis para revelar a presença
de dois canais nesses dentes. Quando dois canais estão presentes, um estará situado na
vestibular da raiz e o outro na lingual.
Na presença de incisivos inferiores com dois canais, amplie a cavidade de acesso no sentido
vestíbulo lingual para se obter maior visibilidade dos canais. Normalmente o canal lingual está
situado abaixo do ombro. Portanto a sua remoção faz-se necessária.
CANINOS INFERIORES
Esses dentes apresentam achatamento mésio-distal de suas raízes e, desse modo, o canal é
mais largo no sentido vestíbulo-lingual do que no sentido mésio-distal. A área de dentina na
região vestibular e lingual do canal radicular é mais permeável que as paredes mesiais e
distais. A instrumentação do canal radicular deve ser feita atuando em todas as paredes dos
canais radiculares, principalmente na parede vestibular e lingual, pois nestas áreas estão
presentes os microrganismos em maiores números.
b) uma raiz com dois canais, que podem terminar em um único forame ou em dois forames
independentes e
com duas raízes e dois canais
c) com duas raízes e dois canais, que podem estar bifurcados na região média ou na região
apical ou, ainda, fusionados.
Observe muito bem a radiografia de diagnóstico para saber como é o canino inferior que você
vai intervir. Cuidado com os caninos inferiores, pois eles não são simples como parecem.
PRÉ-MOLARES INFERIORES
c) um canal que se bifurca no terço médio da raiz terminando em dois forames independentes;
d) dois canais separados desde o terço cervical da cavidade pulpar , terminando em dois
forames independentes,
f) dois canais que se bifurcam em quaisquer dos terços e terminam em um único forame. Além
dessas variações anatômicas, eles podem ainda apresentar raízes fusionadas com dois, três
ou quatro canais.
Mais uma vez, insistimos na atenção que deve ser dada ao estudo da radiografia de
diagnóstico antes de se iniciar o tratamento endodôntico desses dentes. Muitas vezes,
dependendo do número de canais presentes, devemos ampliar a cavidade de acesso à câmara
pulpar no sentido vestíbulo-lingual, para facilitar a instrumentação e obturação dos canais
radiculares.
A anatomia desses dentes pode apresentar-se bastante complexa, de modo semelhante aos
primeiros pré-molares inferiores.
MOLARES INFERIORES
Os primeiros molares inferiores também fazem partes dos dentes onde o mito de apresentarem
três canais é bastante forte. Hoje, após inúmeras pesquisas desenvolvidas no decorrer deste
século, esse mito não corresponde à realidade.
primeiros molares
Nos primeiros molares inferiores, apesar de sua grande maioria apresentar-se com duas
raízes , o número de canais radiculares pode variar do seguinte modo:
a) dois canais na raiz mesial e um canal na raiz distal;
Além dessas variações, esses dentes podem se apresentar com três raízes e todas as
variações anteriormente citadas. Desse modo, é possível verificar a enorme variação
anatômica que pode estar presente no primeiro molar inferior.
A incidência de três raízes nesse dente é baixa nos povos de origem caucasiana (5%) e alta
nos povos de origem mongólica (20%). A terceira raiz está situada na posição disto-lingual.
Esses dentes podem apresentar anatomia interna e externa semelhantes aos primeiros
molares inferiores. Na região da furca, eles podem apresentar uma pequena raiz acessória na
vestibular (forma peduncular).
Você pode colaborar com a pesquisa de anatomia interna, documentando e publicando todas
as variações detectadas nos dentes humanos.
Sugerimos a leitura de artigos sobre anatomia interna publicados nas Revistas Especializadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Costa WF, Sousa Neto MD, Pécora JD: Upper Molar Dens In dente - Case Report Braz. Dent.
J.1:45-49, 1990.
Christie WH, Peikoff MD, Acheson DW: Endodontic treatment of two maxillary lateral incisor
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