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ANATOMIA INTERNA DA CAVIDADE Em molares: no teto e assoalho da câmara pulpar

ocasionando mudanças na morfologia interna.


PULPAR
Polpa e dentina mantêm entre si uma relação
O objetivo principal da endodontia é resolver quadros
fisiológica e patológica nos processos inflamatórios.
de inflamação pulpar ou periapical.
A reação a estímulos externos provoca alterações na
Para que o profissional execute o tratamento anatomia interna como resposta.
endodôntico é imprescindível que ele domine o
A cavidade pulpar pode ser definida como um espaço
conhecimento da anatomia dental.
que vai abrigar a polpa na porção central do dente.
Incluindo o número de raízes, número de canais,
E é dividida em:
localização, formato da cavidade pulpar e as possíveis
singularidades anatômicas. 1. Câmara pulpar
2. Canal radicular
Estudo da anatomia interna:

Gyorgy Carabelli

Carabelli foi o primeiro autor em 1842 a fornecer


informações detalhadas do número e localização dos
canais radiculares;

Em 1986 Mayo e colaboradores introduziram na


endodontia o método computacional como
ferramenta para avaliar o SCR

Radiografias convencionais:

Informações básicas: Nos dentes anteriores, a câmara pulpar é contígua


 Número de raízes ao canal radicular; no entanto, em dentes
posteriores, geralmente apresenta o formato de
 Severidade da curvatura radicular
um prisma quadrangular irregular com seis lados:
 Presença de calcificações.
o teto, o assoalho e as quatro paredes axiais, que
 Reabsorções
recebem seus nomes de acordo com a face do
Porém é uma imagem 2D e tem muita sobreposição. dente para as quais estão voltadas, sendo
identificadas como mesial, distal, vestibular e
Exames de imagem 3D:
lingual (ou palatina).
 Desenvolvimento da tomografia O assoalho da câmera pulpar é a face oposta ao
computadorizada – método não invasivo. teto da câmara. No assoalho, estão localizadas as
 Riqueza de detalhes nas imagens da entradas dos canais, os orifícios, aberturas que
radiografia digital e nos exames que permitem conectam a câmara pulpar aos canais.
uma imagem tridimensional.
A fase oclusal da câmara pulpar dos dentes
Apesar dos avanços das imagens, é preciso saber a posteriores é́ conhecida como teto e para os
anatomia interna da cavidade pulpar. dentes anteriores, o teto da câmara pulpar
O que é a polpa? corresponde à face lingual/palatina.

- A polpa dental é um tecido conjuntivo fibrosos Com o passar dos anos existe a redução
ricamente vascularizado que se estende por todo progressiva do volume da câmera pulpar,
interior do dente. alterando sua configuração original.

Função: a polpa produz dentina terceária, porém


mesmo fisiológicamente a deposição deste tecido FORMA GEOMÉTRICA DA CÂMARA PULPAR:
mineralizado ocorre predominantemente em
determinadas áreas do dente.  Incisivos e caninos: triângulo alongado
 Pré-molares: circulo
 Molares superiores: triângulo robusto
 Molares inferiores: trapézio, com a parte 3. Canal secundário: ramificação que surge a
maior voltada para mesial partir do canal principal e termina no
periodonto apical.
4. Canal cavo: ramificação que se origina a partir
do assoalho da câmara pulpar em direção ao
ligamento periodontal na região da furca.
ANATOMIA DO CANAL RADICULAR: 5. Canal principal: aloja a polpa radicular desde
o terço cervical até o terço apical.
Canal Radicular: é a parte da cavidade pulpar 6. Canal lateral: ramificação que se origina no
localizada na porção radicular do dente. canal principal e se estende até o periodonto
Ele se afunila progressivamente em direção ao ápice, lateral (1/3 MÉDIO).
seguindo o contorno da raiz do dente – CONICIDADE 7. Canal recorrente: surge no canal principal e
segue um trajeto independente que
O canal radicular é dividido em 3 porções: desemboca no próprio canal principal, antes
1. 1/3 cervical da região apical.
2. 1/3 médio 8. Canal acessório: deriva de um canal
3. 1/3 apical secundário e atinge o cemento radicular.

Os canais principais desenvolvem um forame no ápice


da raiz.

Existe uma classificação de acordo com o quantitativo


de canais radiculares existentes no assoalho da
câmara pulpar de cada raiz, seguindo daqueles que
surgem ao longo do seu curso e que saem na região
apical:
O canal radicular pode apresentar variações em  Tipo I: um canal se estende da câmara pulpar
elação quando ao número, forma, direção e ao ápice (configuração 1).
configuração.  Tipo II: dois canais distintos deixam a câmara
pulpar, mas convergem perto do ápice para
O canal radicular apresenta diversos tipos de
formar um canal radicular (configuração2-1).
ramificações que constituem vias de comunicações
entre a polpa e o periodonto ou entre os próprios  Tipo III: dois canais distintos se estendem da
câmara pulpar ao ápice (configuração 2).
canais radiculares. Essas ramificações se formam por
meio do contorno de vasossanguineos durante a  Tipo IV: : um canal deixa a câmara pulpar e se
rizogênese (formação) divide perto do ápice em dois canais distintos
(configuraçaõ 1-2).

Vertucci e seus colaboradores (1972) por sua vez,


verificaram maior complexidade do SCR a partir do
estudo da anatomia interna de 200 pré́- molares
superiores, identificando oito diferentes tipos:

 Tipo I: um canal se estende da câmara pulpar


1. Canal colateral- ou bifurcado: corre paralelo ao ápice (configuração 1).
ao canal principal podendo atingir o ápice.  Tipo II: dois canais distintos deixam a câmara
2. Interconduto: canal que comunica outros pulpar, mas convergem perto do ápice para
canais entre si, sem contudo estender-se até formar um canal radicular (configuração2-1).
o periodonto.
 Tipo III: um canal deixa a câmara pulpar e se
divide em dois no corpo da raiz; então, os dois
se fundem para formar um canal (1-2-1)
 Tipo IV: dois canais distintos se estendem da
câmara pulpar ao ápice (configuração 2).
 • Tipo V: um canal deixa a câmara pulpar e se
divide, próximo ao ápice, em dois canais
distintos (configuração 1-2).
 Tipo VI: dois canais distintos deixam a câmara
pulpar, fundem-se no corpo da raiz e se
dividem novamente em dois canais próximo
ao ápice (configuração 2-1-2). Quanto à sua estrutura tecidual, o canal radicular
 Tipo VII: um canal deixa a câmara pulpar e se divide-se em canal dentinário e canal comentário.
divide em dois, que então se fundem, no Ambos os canais se unem pelos vértices dando o
corpo da raiz, e se divide novamente em dois formato de cones truncados com o canal dentinário
canais distintos próximos ao ápice representando quase toda a extensão radicular e o
(configuração 1-2- 1-2). canal cementário constituindo cerca de 0,5 a 0,7
 Tipo VIII: três canais distintos que se milímetro de distância do forame apical.
estendem da câmara pulpar ao ápice (configu
Esta junção dos canais é conhecida como junção ou
limite CEMENTO-DENTiNA-CANAL (CDC) e constitui
em geral a zona de maior constricçaõ do canal
radicular

Limite CDC: limite entre canal dentinário e canal


cementário, onde existe maior constrição do canal
radicular.

CANAL RADICULAR APICAL:

Anatomicamente, esta região compreende a porção


apical do canal principal, o forame apical e
ramificações, como canais acessórios e delta apical,
assumindo grande importância durante o preparo e
obturação do SCR, em razão de sua complexidade
GRAU DE CURVATURA:

Método de Schneider: Linha reta da câmara pulpar


para a embocadura e outra linha reta subindo do
ápice em direção a anatomia do dente, criando um
ângulo entre as duas linhas

A principal característica desta região é sua


variabilidade e imprevisibilidade, o que tem
alimentado inúmeras controvérsias a respeito do
limite apical de instrumentação e obturação, da
dimensão do alargamento apical, bem como da
realização de procedimentos complementares como a
patência apical e a ampliação foraminal.
 Suave (≤ 5 graus)
Diferença entre ápice anatômico e forame apical:
 Moderado (10 a 20 graus)
 Severo (> 20 graus).

MORFOLOGIA DA CAVIDADE PULPAR


Incisivo central superior risco de realização de falso canal vestibular ou mesmo
perfuração.

A câmara pulpar destes dentes é geralmente


volumosa com menor dimensão no sentido vestíbulo- CANINO SUPERIOR:
palatino e maior no sentido mesio-distal.

Apresenta-se com dois cornos pulpares concedendo à


câmara aspecto triangular com a base maior para
incisal.
Trata-se do dente mais longo da arcada dentária,
O canal radicular se afila a partir da porção cervical exigindo, do operador, uma rigorosa mensuração do
até se tornar constrito no ápice, sendo que o forame canal para atuar em toda sua extensão. Sua câmara
apical está localizado próximo a este podendo desviar- pulpar é a mais volumosa dos dentes anteriores
se para vestibular ou para palatino. apresentando formato de chama de Vela.
A raiz dos incisivos centrais superiores se apresenta ́
Seu maior diâmetro está no sentido vestibulo-lingual
com formato cônico, seu canal radicular é único, sendo que o canal se afila abruptamente quando se
amplo, central e reto aproxima do segmento apical.
INCISIVO LATERAL SUPERIOR: A raiz possui formato cônico com canal único, amplo
e reto sendo que sua porção final é fina e alongada,
podendo apresentar curvatura do terço apical para
distal ou ainda tomar direção vesti ́bulo-distal.

A anatomia interna deste dente é semelhante aquela


dos incisivos centrais, porém com diâmetros
menores. A câmara pulpar possui forma triangular
com base maior para incisal, porém de formato mais
alongado que a do incisivo central devido à menor
dimensão mesio-distal deste dente. PRIMEIRO PRÉ-MOLAR SUPERIOR:

No incisivo lateral, em virtude da inclinação da raiz


para o lado lingual, impõe-se muito cuidado no que
tange à direção de trepanação para não se correr o
em geral raiz única (94,6%) e um canal radicular
sendo este bastante largo no sentido vesti ́bulo-
palatino.

Quando da existência de canal único (53,7%), este se


apresenta fortemente achatado no sentido mesio-
distal.

PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR:

Apresenta geralmente duas raízes (61%) bem


desenvolvidas com forma cônicas e dois canais
(Possui um canal palatino e um canal vestibular)
sendo esses de secção transversal circular desde o
terço cervical.

Podem ser ainda observadas duas raízes não


totalmente separadas ou uma raiz única bem larga.
Embora ocorra variedade no número de raízes, esse
dente geralmente apresenta apenas dois canais
radiculares (84,2%)
A câmara pulpar é ampla sendo mais extensa no
O assoalho da câmara pulpar pode ser encontrado ́
sentido vestibulo-palatino com ligeiro achatamento
tanto no terço cervical como médio e mesmo apical. no sentido mesio-distal.
Importante variação anatômica encontrada neste
dente é a presença de três raízes, sendo duas Encontram-se geralmente três cornos pulpares sendo
vestibulares e uma palatina. dois deles localizados abaixo das cúspides mésio-
vestibular e palatina e o terceiro próximo ao centro
do dente adjacente à ponte de esmalte.
SEGUNDO PRÉ-MOLAR SUPERIOR: Este dente possui normalmente três raízes bem
diferenciadas, sendo duas vestibulares e uma
palatina. A raiz mésio-vestibular apresenta-se maior
no sentido vesti ́bulo-palatino do que a disto-
vestibular.

A raiz palatina é a mais robusta apresentando o canal


mais volumoso.

SEGUNDO MOLAR SUPERIOR:


A anatomia da câmara pulpar se assemelha à do
primeiro pré-molar superior. Entretanto, apresenta
Este dente possui anatomia semelhante aquela
observada nos primeiros molares superiores, porém CANINO INFERIOR:
com dimensões menores e raízes mais retas.

A maioria dos segundos molares superiores possui


três raízes e três canais radiculares com a raiz mesio-
vestibular menos complexa do que a do primeiro
molar.

INCISIVO CENTRAL INFERIOR:


PRIMEIRO PRÉ-MOLAR INFERIOR:

Apresenta em geral uma raiz com canal único sendo


este amplo no sentido vesti ́bulo-lingual, porém
achatado no sentido mesio-distal. A secção
transversal pode variar de ovoide a circular.
Menor dente da cavidade bucal. Sua cavidade
pulpar se apresenta grande no sentido Pode apresentar-se com duas raízes sendo uma
vesti ́bulolingual em um canal radicular que pode ser vestibular e outra lingual. Quando ocorre a bifurcação
duplo. A câmara pulpar possui aspecto triangular de seus canais podemos encontrar dificuldade para
porém com dimensões pequenas e bastante achatada localizá-los e quanto mais apical surgir a divisão,
no sentido mesio-distal. maior será́ esta dificuldade.

No sentido mesio-distal, esse dente é bastante Quando da detecção de dois canais, realiza-se um
estreito. Em geral, apresenta uma raiz com um canal desgaste compensatório na parede oposta à do canal
fortemente achatado no sentido mesio-distal. Este para facilitar sua manipulação.
achatamento pode chegar a bifurcar os canais em SEGUNDO PRÉ-MOLAR INFERIOR:
dois: vestibular e lingual

INCISIVO LATERAL INFERIOR:


suplementar é invariavelmente o vestibular (disto-
vestibular). Os canais distais podem, às vezes, ser
transformados em canal único mediante limagem do
septo que os separa.

A raiz mesial destes dentes frequentemente


apresenta uma curvatura em semicírculo para distal.
Pelo fato de a raiz mesial apresentar dois canais, sua
anatomia interna se apresenta usualmente complexa.

A presença de canal cavo-interradicular deve ser


considerada no tratamento endodô ntico desse dente,
Muito semelhante anatomicamente ao primeiro pré-
uma vez que tal canal pode se constituir em uma das
molar inferior, porém com menores chances de
vias de comunicação com o periodonto na região da
possuírem mais de uma raiz. Suas proporções são
furca.
maiores do que o dente anterior
SEGUNDO MOLAR INFERIOR:
PRIMEIRO MOLAR INFERIOR:
A anatomia deste dente é semelhante à do primeiro
A câmara pulpar apresenta-se ampla no sentido
molar inferior, podendo apresentar fusão parcial ou
mesio-distal apresentando formato trapezoidal com
total de suas raízes, sendo estas mais retas e menos
base maior para mesial ou ainda retangular
divergentes do que as do primeiro molar inferior.
dependendo da existência de três ou quatro canais
Observa-se para este dente, entretanto, maior
respectivamente.
incidência de 2 canais ou invés de 4, como no
primeiro molar, sendo neste caso um canal mesial e
um distal.

Apresenta geralmente duas raízes, sendo uma mesial


outra distal. Na maioria das vezes conta com três
canais sendo dois na raiz mesial (mesio-vestibular e
mésio-lingual) e um canal na raiz distal.

Dependendo do grau de achatamento, a raiz distal


pode conter dois canais dentre os quais o
ISOLAMENTO ABSOLUTO EM
ENDODONTIA
Isolamento: separação de certo elemento de seus
iguais.

Compreende um conjunto de procedimentos Numeração dos grampos:


realizados na cavidade oral com a finalidade de
Grampos SS WHITE
propiciar condições assépticas.
 Dentes anteriores: 210, 211, 212
Por que utilizar em endo?
 Pré-molares: 206, 207, 208, 209
 Prevenção da contaminação do campo  Molares: 200, 201, 202, 203, 204, 205
operatório por saliva, sangue e outros fluidos
Grampos tipo IVORY
 Manutenção da cadeia asséptica em todas as
fases do tratamento.  Dentes anteriores: 00, 01, 1A, 2ª
 Campo operatório seco, limpo e passível de  Pré-molares: 1, 1A, 2ª
desinfecção  Molares: 14, 14A, 5, 8
 Diminuição da possibilidade de infecção
Molares irregulares e parcialmente irrompidos: 8A,
cruzada
W8A, 14, 26
 Proteção do paciente, aspiração ou deglutição
de dentritos, instrumentos e materiais Retração gengival: 212
endodônticos.
Fratura de grampos: devido sua utilização os grampos
 Retração e proteção dos tecidos moles,
possuem vida curta, porque tendem a perder tensão,
impedindo do contato de substâncias nocivas
fator físico essencial para sua utilização.
aos tecidos.
O fio dental deve ser passado nas duas extremidades.
Se um instrumental endodôntico é inalado pelo
paciente é erro do dentista. Pinça porta-grampos
Seladores de lençol de borracha (top dam,
O paciente geralmente não apresenta aversão ao uso
cianocrilato)
do isolamento.
Abertura coronária:
 Permite melhor visualização do campo
operatório  Contaminação da cavidade pulpar por saliva
 Redução da fadiga do operador, aumento da  Posicionamento dentário
eficiência e reduzindo o tempo clínico  Presença de restaurações protéticas
 Promove afastamento da língua, bochecha,  Características anatômicas da câmara pulpar
lábio e seus movimentos
Preparo do dente:
MATERIAIS EMPREGADOS NO ISOLAMENTO
ABSOLUTO: 1. Anestesia do campo operatório
2. Remoção de cálculo supra gengival
Alicate perfurador (furos maiores para 3. Remoção de tecido cariado e restaurações
posteriores e menores para anteriores) defeituosas
Lençol de borracha (preferencialmente de 4. Verificar regularidades dos bordos dentais
cores escuras e espessura mais grossa 5. Remoção de arestas cortantes
para evitar rasgamento
Arco para lençol de borracha (de plástico Etapas do isolamento absoluto:
para não interferir na radiografia)- OSTBY 1. Preparação do dente
Grampos endodônticos 2. Seleção do grampo
3. Perfuração do lençol
4. Posicionamento do grampo e lençol
Esse posicionamento pode ser:
 Grampo+ lençol + arco
 Primeiro grampo depois lençol
 Lençol+ arco depois grampo
5. Adaptação do lençol de borracha ao dente
(levar lençol junto ao colo do dente)
6. Desinfecção do campo operatório
(clorexidina, hipoclorito de sódio, tintura de
iodo)
7. Remoção

Isolamento absoluto em situações especiais:

Sempre que o paciente apresenta uma situação que


impede o isolamento, deve adaptar o paciente.

Ex: caso de pólipo- pulpar.

Ex2: isolamento modificado em bloco


RADIOLOGIA EM ENDODONTIA Anatomia radiológica:

1. Etapa pré-operatória Estruturas dentárias (esmalte, dentina, polpa,


2. Etapa transoperatória espaço periodontal, lâmina dura, osso
3. Etapa pós-operatória esponjoso)
Dentes com rizogênese incompleta
A radiografia proporciona informações de importância (fechamento apical)
clínica. Porém tem limitações devido ser um exame
bidimensional.

O exame radiográfico quando devidamente associado


ao exame clínico, por ser um exame complementar,
orienta o diagnóstico do tratamento.

 Conhecimento das técnicas intra e extra-oral


 Conhecimento da anatomia radiográfica
Região anterior da maxila (canal incisivo, ENA,
 Conhecimento da patologia radiológica
fossas nasais)
 Análise da qualidade radiográfica
Seio maxilar (extensões, relação com pré-
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS INTRA-BUCAIS: molar e molar, septos)
Forame mandibular e canal mandibular
Tomadas nas quais o filme é posicionado no
interior da cavidade bucal. PATOLOGIA RADIOLÓGICA:

 Periapical As lesões inflamatórias que envolvem os ápices dos


 Oclusal elementos dentários têm a capacidade de promover
 Interproximal lise óssea na região.

Periapical (bissetriz): feixe radiográfico dirigido ao Diminuição da densidade óssea: (imagem radiolúcida)
plano médio do dente, e perpendicular a bissetriz do  Intensidade do processo inflamatório
ângulo formado entre o dente e o plano do filme.
 Tempo de duração
Alinhamento correto do feixe central dos raio – x do  Capacidade orgânica de defesa
filme e dos dentes.
Pericementite apical: aumento do ligamento
 Posição da cabeça do paciente periodontal. Primeiras manifestações:
 POSIÇÃO DO FILME
 ANGULAÇÃO VERTICAL DO CILINDRO  Aumento do espaçamento
LOCALIZADOR periodontal
 ANGULAÇÃO HORIZONTAL DO CILINDRO  Rompimento da lâmina dura
LOCALIZADOR
Abscessos periapicais agudos
 ÁREA DE INCIDÊNCIA DO FEIXE CENTRAL
Processos inflamatórios agudos e do curto tempo de
A técnica periapical com posicionador minimiza as instalação (24 a 48 horas) não apresentam
características indesejáveis de distorções de forma, normalmente outras alterações radiográficas
ampliação da imagem e penumbra.
Granuloma periapical / cisto periapical: sua
Oclusal: permite visualização de áreas maiores na principal diferença é a presença de tecido
maxila e mandíbula. epitelial no cisto. Porém suas imagens
radiográficas são similares e o diagnóstico
Interproximal: avaliação de áreas interproximal em definitivo somente é fornecido pelo exame
dentes posteriores, avaliação de cristas ósseas. histopatológico.
Outras patologias:
 Presença de calcificações das câmeras
 Lesões inflamatórias
 Referência do acesso
 Tumores e lesões císticas
 Observação da relação entre assoalho e teto
odontogênicas
da câmara pulpar
 Alterações displásicas e idiopáticas do
osso dos maxilares.
ANÁLISE DA QUALIDADE RADIOGRÁFICA:

 Observar linhas de contorno representando


traços bem definidos
 Variação entre o branco e o preto, passando
por diversas tonalidades de cinza
 Alongamento ou encurtamento nas
radiografias

ETAPA PRÉ-OPERATÓRIA

 Detecção do dente endodonticamente


envolvido

Imagem radiolúcida na coroa. Proximidade


restauração/ polpa. Alteração da lâmina
dura/densidade da cortical. Presença de alterações
periapicais evidentes.

 Planejamento do tratamento

Tamanho aproximado do dente. Mineralizações


pulpares/radiculares. Localização dos orifícios de
entrada. Inclinações das raízes, número de raízes e
canais, avaliação do forame apical

 Reconhecimento da anatomia

ETAPA TRANSOPERATÓRIA

 Odontometria

Recurso técnico radiográfico ou eletrônico que tem


por objetivo a obtenção do: comprimento real do
dente (CRD), comprimento real de trabalho (CRT)

Determinar os procedimentos operatórios.


Instrumentação de todo o canal radicular. Conter
materiais obturadores no interior dos canais favorecer
a reparação dos tecidos peripicais.

Como realizar?

 Meço o dente da coroa ao ápice com a régua, e


obterá o comprimento aparente do dente (CAD)
 Abro o dente e coloco a lima no canal com o stop
da lima na incisal E meço para ver o comprimento
real do dente (CRD). E isso te proporciona o
tamanho que você vai instrumentar, que será o
comprimento de trabalho
 Prova do Cone

Na prova do cone, ele precisa ocupar todo o


comprimento real de trabalho

 Radiografia de Qualidade

ETAPA PÓS-OPERATÓRIA
INSTRUMENTOS ENDODONTICOS: NORMAS DE ESTANDARDIZAÇÃO PARA FABRICAÇÃO
DE INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS MANUAIS
Concluída a etapa de abertura, preconiza-se o ESPECIFICAÇÃO 28 ADA 1981
esvaziamento da câmara pulpar, a localização e o
preparo das entradas dos canais. Assim, o dente
oferecerá condições para que se inicie o preparo do
canal radicular.

A instrumentação ou modelagem do canal radicular


corresponde ao uso de instrumentos cortantes
especializados (limas) com os quais alcança-se o
 Cabo colorido plástico
limite CDC, e através da ação destes amplia-se o canal
para desinfectá-lo e/ou dar-lhe uma forma adequada,  Parte ativa de no mínimo 16mm
possibilitando assim sua obturação.  Aumento de conicidade padrão de
0,02mm/mm
Para a correta seleção e manuseio dos instrumentos é
importante o conhecimento de sua estrutura e
funções específicas bem como a escolha do melhor
exemplar disponível no Mercado

HISTÓRICO:

 transição da idade média para os tempos


modernos, Pierre Fauchard – 1728
 Pai da Odontologia
Definição das séries:
Primeiro instrumento endodôntico a partir de uma
mola de relógio..

 Extirpação pulpar
 Alargar e dar forma cônica
 Ampliação dos canais radiculares

(Ingle e Levine, 1958)

1ª) Os instrumentos devem ser numerados de 10 a


140 com a numeração avançando de 5 em 5 até 60 e
de 10 em 10 até 140.

 06 rosa
 08 cinza
 10 roxo

2ª) Cada instrumento deve representar, em


centésimos de milímetros, o diâmetro do
instrumento no início da parte laminada (D0).

3ª) A parte laminar deve ter o comprimento de 16


mm.

4ª) A diferença entre o maior e o menor diâmetro


da parte laminar deve ser de 0,32 mm, o que
estabelece uma conicidade de 0,02 por mm de
comprimento. Ou seja, há aumento de 2% a cada 1
mm da parte de trabalho.
As limas possuem uma sequência de cores.

 Branca, amarela, vermelha, azul, verde,


preta.
 As series sempre começam com a branca.

CONSTITUIÇÃO DOS INSTRUMENTOS MANUAIS A haste não possui corte, e é sempre ela que muda de
tamanho pois a parte ativa sempre terá 16mm
 São constituídos de 4 partes:
3) Parte ativa ou laminar: possui desenho próprio e é
responsável pelo corte e/ou desgaste das paredes
dentinárias internas do canal radicular. Seu desenho
é dado à partir de sua confecção (torção ou
usinagem);

4) Ponta ou Guia de penetração: é a extremidade


da parte ativa; é a porção terminal e aguçada da
1) Cabo: geralmente de plástico, tem a forma de um
extremidade da parte de trabalho de um instrumento
cilindro com extremos arredondados e superfície
desenhado com um acabamento especial para cada
estriada para permitir melhor apreensão. A cor do
tipo de instrumento. Pode ser ativa no caso de
cabo identifica o número do instrumento. Geralmente
apresentar pontas e arestas cortantes, ou inativa
possuem um orifício, o número e a secção de corte.
quando se apresentar sem extremidade cortante
com bordas arredondadas. O diâmetro da base indica
a numeração do instrumento (D0).

*Secção de corte: como a lima foi feita, e como ela vai


cortar. (circular, quadrangular, triangular)

CONSTITUIÇÃO

- São fabricados à partir de hastes metálicas de


aço inoxidável, de niquel-titânio, de níquel-
2) Intermediário ou haste: corresponde ao segmento cromo, ou de titânio, triangulares,
da haste entre o cabo e a parte ativa do instrumento. quadrangulares ou circulares, que são
É a única parte variável do instrumento, que torcidos ou torneados (usinados), resultando
determina o tamanho do mesmo (21, 25 e 31 mm). em espiras, as quais são responsáveis pela
capacidade de corte do instrumento;
Atualmente, alguns fabricantes tem feito marcações
neste segmento para facilitar a delimitação do CT
durante a instrumentação.
- Dependendo do número de voltas que se imprime à Lima tipo Kerr
haste e do formato da secção transversal obtém-se
 As limas de secção quadrangular são
instrumentos com características diferentes;
denominadas de limas Kerr, ou limas K
INSTRUMENTOS:  Sua parte ativa apresenta-se na forma de
espirais de passos curtos e regulares
Lima tipo Hedstroen

 São chamadas também de lima tipo H;


 São torneadas (Usinadas) à partir de uma
 São instrumentos estandardizados na cor,
HASTE CIRCULAR com canaleta;
forma e tamanho;
 Sua morfologia assemelha-se à vários
 Possuem ponta ativa;
 cones de diâmetros crescentes e
 Indicados para a exploração, o esvaziamento
superpostos;
e a modelagem do canal radicular
 Suas lâminas cortantes estão situadas na
 Boa resistência
base desses cones que se acham
 Ponta ativa permite a passagem do instrumento
ligeiramente inclinadas;
entre obstáculos dentro do canal
 Tem grande poder de corte e pouca
 Instrumento de escolha para o cateterismo e
flexibilidade;
exploração inicial
 Usada para ALARGAR O CANAL,
movimento de LIMAGEM. Movimentos:

- Limagem: encosta na parede e vai e vem


- Cateterismo: para explorar
- Alargamento: mesmo movimento de
 Não podem ser giradas no interior do canal, limagem, e alarga as paredes
pois podem fraturar;
Lima tipo Flexofile
 São indicadas para instrumentação DE
CANAIS RETOS, remoção de obturações - Possuem secção triangular e ponta inativa
antigas e na preparação do terço cervical, que facilita sua ação em todos os tipos de
esvaziamento e alisamento das paredes dos canais, especialmente nos atrésicos e curvos;
canais antecedendo as brocas Gates Glidden;
 São estandardizadas na forma, tamanho e cor - Diferenciam-se das limas tipo K por possuírem
do cabo; maior número de espirais (corta menos) e
 São disponibilizadas na 1ª, 2ª e 3ª série, e por serem mais flexíveis;
também na série especial #08 e #10;
- Possuem maior qualidade e longevidade de
 Ponta inativa (diminui chance de desvio ou
corte, e resistência à fratura
rasgo)
 Cinemática: introdução, tração contra as - Diminuem a possibilidade de retificação do
paredes do canal (movimento de vai e vem) e canal, transposição do forame, formação de
retirada. zip ou mesmo perfuração do canal;

- Disponíveis somente na 1ª série

- Maior capacidade de corte apical, comparado


a lima tipo K.

Lima NiTi

- Diferenciam-se fundamentalmente das


demais limas devido ao material com o qual
são produzidos;
- Possuem maior poder e constância de corte
durante sua utilização;
- Possuem guia de penetração inativa;
- São encontradas apenas na 1ª série; B) Brocas de Largo
- Possuem memória de forma (voltam ao
- Numeração de 1 a 6 e comprimentos de 28 e
format inicial)
32 mm;
- Devem ser precedidas por instrumentos mais
firmes - Possui uma haste, um corpo, uma lâmina
cortante cilíndrica e uma ponta inativa;

- É de aço inoxidável

- São utilizadas em sentido horário;

- Apresentam maior resistência à fratura

Cuidados para a utilização das brocas de Gates


Glidden e Largo:

FABRICAÇÃO DE INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS  Utilizar as brocas somente após a


ROTATÓRIOS ampliação dos canais;
 Canal sempre inundado com a solução
Corresponde aos instrumentos e brocas acionadas por irrigadora;
motores de baixa rotação ou por aparelhos e sistemas  Rotação horária máxima durante toda a
especiais. manobra de introdução e retirada do
A) Brocas Gates Glidden instrumento;
 Nunca imprimir movimento de
- Indicadas no preparo dos segmentos cervical lateralidade
e médio dos canais radiculares;  Baixa rotação
- Fabricadas por usinagem em aço inoxidável São usadas só na parte reta do canal, ELAS NÃO
ou de níquel-titânio; FAZEM CURVATURA

- Apresentam estrias que indicam o número do


instrumento (de 1 a 6 com 28 e 32 mm);

- Utilizadas no sentido horário;

CINEMÁTICA DOS INSTRUMENTOS MANUAIS

CATETERISMO/exploração inicial
- Sua parte ativa apresenta-se em forma de  Realizado com limas tipo K e os alargadores;
chama ou pêra, com 3 hélices cortantes;
Técnica:
- Possui ponta inativa que evita a formação de
degrau, porém, quando empregadas  Penetração efetuada por movimentos de
inadequadamente, podem provocar introdução gradual de ¼ ou ½ de volta no
lateralmente perfurações ou rasgos sentido horário e anti-horário e no sentido
radiculares; (SEMPRE MOVIMENTO DE VAI E coronário-apical até que se ajuste no CT
VEM) (Comprimento de Trabalho);
- Possuem um ponto de menor resistência
Comprimento de trabalho: se utiliza a lima para
(área de concordância), próximo à sua porção
instrumentar o canal. 1mm aquém do ápice.
de maior volume que se encaixa no contra-
ângulo. Por este motivo, quando elas se - meia volta, meia volta, avança para o ápice.
fraturarem, na maioria dos casos será possível
sua remoção com facilidade.
ALARGAMENTO ▪ Alisamento das irregularidades do canal
radicular;
 Realizado com limas tipo K, flexíveis (Flexo-file
e Niti-flex) ▪ Dilatação final do canal;

Técnica 1: ▪ Obtenção de uma forma cônica obedecendo


o trajeto inicial do canal, propiciando sua
 Penetração efetuada por movimentos de obturação.
introdução e rotação gradual de ¼ ou ½ de
volta no sentido horário e anti-horário e no Técnica:
sentido coronário apical até que se ajuste no
▪ Introduzir a lima até o CT (Comprimento de
CT; ( mesmo que o cateterismo)
Trabalho);
 Agora, no CT realiza-se o movimento de
rotação de ¼ ou ½ de volta no sentido horário ▪ Realizar movimento de tração com pressão
e anti-horário, sem remover a lima da lateral de encontro a uma das paredes do
posição; canal;
 É neste movimento que as lâminas presas nas
▪ A lima deve trabalhar ao sair do canal e não
paredes do canal removem a dentina
quando penetrá-lo;
confeccionando o batente apical (alargando o
CDC) Cuidados no movimento:
Técnica 2: (LIMAS TIPO K) ▪ Deve ser utilizado após movimento de força
balanceada ou alargamento;
 Penetração efetuada por movimentos de
introdução e rotação gradual de ¼ ou ½ ▪ Limar toda a extensão da parede de forma
de volta no sentido horário e anti-horário que, ao final, não restem paredes infectadas
e no sentido coronário apical até que se ou sulcos;
ajuste no CT;
▪ Obter forma cônica ao final da limagem;
 Agora, no CT realiza-se o movimento de
rotação de ¼ ou ½ de volta no sentido ▪ Deve ser precedido de irrigação afim de
horário com leve pressão apical. remover as raspas de dentina;
Realizado quando o dente está em necrose, ▪ Utilizar este movimento em canais retos ou
pela presença de tecido contaminado abaixo com curvaturas brandas.
do CDC.
ALARGAMENTO E LIMAGEM
Cuidados no movimento:
 É o hibridismo das duas técnicas
▪ Risco de fratura do instrumento quando girar anteriores.
mais que ½ de volta e o instrumento estiver  Limas tipo K
travado total ou parcialmente nas paredes do  Flex (Flexofile, NitiFlex) – curvaturas
canal; brandas
▪ As paredes do canal devem estar úmidas FORÇA BALANCEADA
(hipoclorito de sódio) afim de facilitar a
remoção das raspas de dentina e o corte do TÉCNICA DOS MOVIMENTOS OSCILATÓRIOS
instrumento - Utiliza a rotação tanto no sentido horário como o
LIMAGEM anti-horário;

Realizado com limas tipo K, flexíveis (Flexo-file e Niti- - Objetivos:


flex) e Hedströen; ▪ Evitar a fratura de instrumentos em canais
Objetivos: curvos e atrésicos;

▪ Remoção do conteúdo do canal; ▪ Possibilitar o uso de instrumentos mais


calibrosos sem promover desvios ou
▪ Remoção de dentina das paredes do canal perfurações do canal;
radicular;
Manter a conformação original do canal evitando a
retificação de uma curvatura, transporte de forame,
zip, degrau, etc

Técnica:

▪ Fase 1: penetração do instrumento, rotação


de ¼ de volta para a direita, volta para o
centro;

▪ Fase 2: rotação de ¾ de volta para a esquerda;

▪ Fase 3: executar este movimento até o


instrumento ficar livre de tensões no interior
do canal. Remoção parcial do instrument
ABERTURA CORONÁRIA  Dentes portadores de restaurações
extensas ou coroas (prótese fixa).
Sinônimos:
Em dentes com restauração, significa que a
 PREPARAÇÃO DA CAVIDADE ENDODÔNTICA dentina já está afetada, já houve uma
 PREPARO INTRACORONÁRIO intervenção odontológica.
 FASE DE ACESSO
Perfuração lateral:
Motivo do acesso:

 Limpeza
 Modelagem
 Obturação

Definição: Fase operatória inicial do tratamento


endodôntico. É de primordial importância, pois Em pré-molares e molares, entra-se com a
quando bem executada nos possibilita a correta broca, paralelo ao longo eixo do dente.
execução do preparo biomecânico e obturação dos
O conhecimento da anatomia radicular e suas
canais radiculares.
variações são imprescindíveis para que
Cada passo na endodontia depende do passo anterior. possamos obter sucesso durante o
tratamento endodôntico.
Objetivos:
- Avaliação radiográfica pré- operatória:
 Permitir Acesso a Cavidade Pulpar
 Remoção do Teto da Câmara Pulpar e Desgastes Periapicais:
Compensatórios
 Volume cavidade pulpar
 Promover Visibilidade à Câmara Pulpar e aos
 Alterações (calcificações)
Orifícios de Entrada dos Canais Radiculares
 Relação proximidade teto assoalho câmara
 Possibilitar a Correta Execução do Preparo e
pulpar
Obturação dos Canais Radiculares
 Localização da câmara pulpar etc
Princípios da abertura da cavidade de acesso:
-Preparos prévios:
 REMOÇÃO TETO CÂMARA PULPAR
 Remoção de Tecido Cariado (antes de tudo, se
(preservando o assoalho)
acaso já atingiu a câmara pulpar, apenas
 OBTENÇÃO ACESSO DIRETO E LIVRE AO
acerte o contorno de conveniência).
CANAL
 Remoção de Estrutura Dentária sem Suporte
 PRESERVAÇÃO DO ASSOALHO DA CÂMARA
 Remoção de Restauração Deficiente /
PULPAR
Infiltração Margina
 CONSERVAÇÃO DE ESTRUTURA DENTÁRIA
(para realizar o isolamento, conservar Todos os pontos de contaminação devem ser
estruturas sadias, auxiliar na restauração). removidos, e removidos antes de isolar.
 PROVER RESISTÊNCIA PARA SELAMENTO
PROVISÓRIO (entre uma sessão e outra se Instrumentais:
esse material provisório cai, a consulta  Espelho Clínico
anterior é perdida, utilizar CIV).  Sonda Clínica Exploradora
A abertura coronária ocorre sempre antes de  Sonda Endodôntica
isolar. O isolamento é feito após a remoção do  Curetas Cureta de Extremidade Longa
teto da câmara pulpar.  Pinça Clínica

Preparos prévios:

- Anatomia externa:

 Angulação dentária
 Posição das cúspides
Brocas:  Comprovação – apreensão da parte reta
da sonda endodôntica no teto da câmara
 Alta rotação (na câmara pulpar, para
pulpar (a sonda fica presa na cavidade).
encontrar).
•Anteriores:
 Esféricas: 1012, 1012HL, 1014, 1014HL, 1016,
1º - 90º Longo Eixo do Dente (LED)
1016HL (diamante) – abrir cavidade
 Esféricas: 2, 4 e 6 ou 1157 (carbide) 2º - 45º ao LED
 Tronco-Cônicas de Ponta Inativa: 2082, 3082,
3083 (diamante) – para achar os canais, por isso
ponta ativa.
 Endo Z

• Baixa rotação (dentro do canal, para alargar).

 Esféricas: 2 ou 4 (carbide)
 Tronco-Cônicas de Ponta Inativa: Gates-
Glidden (3 e 2) e Largo (3 e 2) • Posteriores:
FASES DE ACESSO A CÂMARA PULPAR: 1º - Paralelo ao LED
 Ponto de eleição 2º - Desviado para porção mais volumosa
 Direção de trepanação
 Forma de contorno
 Remoção da dentina cariada
 Forma de conveniência

Ponto de eleição: onde irá começar a abertura


coronária.

 Anteriores: proximidade do cíngulo • BROCAS ESFÉRICAS DIAMANTADAS (1012-1016)


 Posteriores: fosseta central OU CARBIDES ( 2,4 ou 6 ), em alta rotação, de
acordo com o volume da câmara pulpa
A broca é inclinada em direção da raiz que possui
a raiz mais volumosa.

BROCA DIAMANTADA ESFÉRICA EM ALTA


ROTAÇÃO COM DIÂMETRO COMPATÍVEL COM
TAMANHO DA CÂMARA PULPAR:

Para confirmar a profundidade do acesso


coronário é utilizado radiografias interproximais.

Direção de trepanação:
Forma de contorno:
Direção dada a broca com a finalidade de atingir /
Forma da cavidade obtida após a remoção do teto da
perfurar o teto da câmara pulpar
câmara pulpar
 Sensação de “cair no vazio” – câmara
Movimentos de varredura de dentro para fora da
pulpar sem alteração
câmara pulpar. (tronco cônica de ponta inativa)

Depende:
 Tamanho da câmara pulpar
 Forma da câmara pulpar
Remoção de Dentina Cariada:
 Número, localização e direção dos canais
radiculares.  Eliminar microrganismos
• PONTAS DIAMANTADAS TRONCO - CÔNICAS DE  Alteração cromática
PONTA INATIVA: 2082, 2083 e 3083 (alta rotação)  Evitar infiltração marginal
• BROCAS ESPECIAIS COM A PONTA EMBOTADA: Forma de Conveniência:
ENDO- Z (alta rotação)
 Desgaste de paredes laterais e ampliação das
Incisivos: triangular com base voltada para entradas dos canais radiculares
incisal.  Acesso livre a entrada do canal
 Possibilitar a penetração dos instrumentos
até o forame apical
 Favorecer irrigação e obturação
O canal sempre precisa estar úmido.

Caninos e pré-molares: ovalada BROCAS TRONCO-CÔNICAS PONTA INATIVAS


(Baixa Rotação) GATES-GLIDDEN e LARGO

Acidentes durante a abertura coronária:

Porque acontece?
Molares Inferiores com 3 Canais Radiculares:
 Negligência
Triangular com a base voltada para a face Mesial.
 Incompetência
Se o canal palatino estiver no centro, o dente
 Pressa
possui apenas 3 canais.
1. Desgaste excessivo
2. Perfuração lateral:
Causa principal inclinação incorretaprocurar
canal com broca
➢Prevenção: atentar para o longoeixo do
dente!
Molares Inferiores com 4 Canais Radiculares:
Quadrangular. Se o canal distal estiver mais
deslocado para vestibular ou palatina, existe o
quarto canal.

Molares Superiores: Triangular com a base


voltada para a face Vestibular. Deve ser
preservada a ponte de esmalte e toda a região
distal.
ODONTOMETRIA: Importância: a fase seguinte é a instrumentação, que
consiste basicamente em, promover a remoção do
Primeiro é realizado uma radiografia: conteúdo pulpar, seja tecido hígido, ou acometido por
inflamação, estando infectado ou até mesmo
 Periapical
necrótico.
 Técnica do paralelismo; menor distorção
Como promover este saneamento sem a
*sempre se atentar ao ligamento periodontal nas
determinação precisa da extensão da cavidade
radiografias* o espessamento do LP nem sempre está
pulpar?
associado a uma lesão cariosa, pode ser por trauma.
- É necessário conter os procedimentos operatórios
Sistemas de canal radicular.
em um limite tal que não cause danos aos tecidos
Limite CDC periapicais, favorecendo o reparo após o tratamento

Local mais apertado no ápice radicular, o qual NÃO É MÉTODO DE INGLE:


VIZUALIZADO EM RADIOGRAFIAS.
Técnica radiográfica
Por isso em uma radiografia é retirado 2mm do ápice,
1. Tomada radiográfica inicial
com objetivo de realizar o tratamento até o limite
2. Determinação do comprimento aparente de
CDC.
canal (CAD) (medida do dente na radiografia
No limite CDC não se deve entrar nenhum com régua plástica)
instrumento endodôntico. Para obturar o canal
SEMPRE DEVE-SE RESPEITAR O LIMITE CDC.

 Dor
 Alergia
 Irritabilidade dos tecidos

Em algumas terapias esse limite é ultrapassado, como Ao ter o CAD, analise o canal, pegue uma lima que
em lesões apicais extensas. O que não é habitual, e se adeque ao conduto (amplo ou atrésico) e a lima
para que o canal seja obturado, o limite CDC precisa deve chegar 2mm aquém do CAD
ser respeitado pela guta independente do caso. Mede a lima 2mm aquém do CAD e deixa o stop
O limite CDC é de 0,5 a 1mm em todos os dentes! na incisal (régua endo)

O dente é restaurado 1mm aquém do ápice.

FORAME APICAL: o forame apical nem sempre vai


coincidir com o ápice apical.

BATENTE APICAL:

Ponto de parada da instrumentação.

 1mm aquém do ápice

CONSTRIÇÃO APICAL:

A constrição apical não limita apenas a cavidade


pulpar, mas também delimita até que ponto as
defesas do organismo realmente são capazes de Após a radiografia com a lima. Mede-se a
combater os agentes agressores. distância da ponta da lima e o ápice.
ODONTOMETRIA:

Determinação do comprimento do dente, objetivando


assegurar limites para a instrumentação e obturação
do canal
 Se essa diferença for menor ou igual a 4
ok EX1:
 Se essa distância for maior que 4 deve CAD= 20mm
repetir, colocando mais a lima
Instrumento = 18 mm (CRI) – obrigatoriamente 2mm
*verificar se a lima esta grossa deve-se
diminuir a lima* X= 3

3. Supondo CAD= 23mm e 1,5 mm entre o ápice CRD= 21mm


da lima e o ápice. Logo, o CRD comprimento
CRT= 20mm (21 – 1)
real do dente é de 24, mm.
Do comprimento real do dente deve-se retirar EX2:
1mm para ter o CRT comprimento real de
trabalho. CAD= 15mm

Instrumento= 13mm (CRI) (15-2)


CRI + (distancia do ápice a lima) = CRD
X= passou 3mm
CRD – 1mm = CRT
CRD= 10 mm (13-3)
CRI = CAD – 2mm
CRT= 9mm

Dentes Multirradiculares:

CRI: quantidade de instrumento que entra no dente.  Sua diferença é que cada canal terá uma
cúspide de referência e isso precisa ser
CAD: comprimento aparente do dente. anotado.
CRD: comprimento real do dente  Dentes com mais de um canal: empregar
limas diferentes.
CRT: comprimento real trabalho  Técnica radiográfica de Clarck.
*É indicado utilizar a lima 15 ou 20 tipo K para
radiografar*

VANTAGENS DA ODONTOMETRIA:

 Permitir visualizar inúmeros detalhes


referentes a anatomia do canal radicular e dos
tecidos circunjacentes.
 Fácil execução
 Não necessita de aparelhos específicos
DESVANTAGENS:

 O forame normalmente não coincide com


o ápice radiográfico
 Em dentes com rarefações apicais
significantes, nem sempre o contorno
apical é nítido
 É frequente a sobreposição de imagens
que podem dificultar ou até impedir a
visualização
 Não são raras tomadas radiográficas com
distorções

CONSEQUÊNCIAS DO ERRO NA ODONTOMETRIA:

 Deformação do forame apical


 Sobre- obturação ou sub- obturação do canal
 Aumento da incidência de dor pós- operatória
 Aumento dos índices de insucesso
 Aumento do tempo necessário para o reparo

FATORES A SEREM OBSERVADOS:

 Usar sempre radiografias nítidas


 Usar preferencialmente limas tipo K 15
 O limitador deve estar sempre em posição
perpendicular á lamina do instrumento e
apoiando no ponto de referência
 Repetir a tomada radiográfica caso a distância
entre a ponta do instrumento e o ápice do
dente seja superior a 4mm
 Utilizar dissociações que induzem o mínimo
de distorção

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