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Anatomia Interna e

Abertura Coronárias de
Molares
Desafios no tratamento endodôntico de molares

Cavidade Pulpar

Sistema de Canais Radiculares

Ramificações do Canal Principal

Anatomia do Forame Apical

Variações Anatômicas
Cavidade Pulpar Sistema de Canais
Radiculares
 Semelhante a anatomia externa do  Canais acessórios, istmos, zona
dente crítica apical

 Modificações em sua morfologia  Classificação de Vertucci (1984)

 Cavidade pulpar dividida em:


CÂMARA PULPAR
 Teto da câmara pulpar
 Paredes da câmara pulpar
 Assoalho da câmara pulpar
 Cornos pulpares (divertículos)
CANAIS RADICULARES
 Entrada dos canais radiculares
 Canais radiculares
 Zona crítica apical
Ramificações do canal Anatomia do forame
principal apical
“A presença de canais laterais  Canal dentinário – CD
contaminados e não preenchidos pela  Canal cementário – CC
obturação pode ocasionar e perpetuar  Canal/Dentina/Cemento - CDC
uma lesão periodontal...”
Almeida et al.,2007

Distância constrição-forame 0,5 a 1,0 mm

Distância forame-ápice 0,2 a 3,8 mm


Variações Anatômicas
Variações Anatômicas
Atípicas
 Alterações com a idade  Dilaceração

 Presença de lesões cariosas  Canal em C

 Traumatismos  Radix entomolaris – raiz supranumerária


localizada na posição distolingual dos
 Calcificações e reabsorções radiculares molares inferiores

 Radix paramolaris - raiz supranumerária


localizada na posição mesiovestibular dos
molares inferiores
Primeiro Molar Superior CURVATURADAS RAÍZES

 Normalmente possui 3 raízes e 3 ou 4 canais

 Raiz Mésio-Vestibular pode apresentar 1 (40%) ou 2


(60%) canais e apresenta maior volume; VESTIBULAR MESIAL DISTAL

Ponto de eleição: Superfície


 Possui comprimento médio de 21,30 mm e21,50mm; oclusal, no centro da fossa mesial;
Direção de trepanação: Vertical,
 Inclinação do dente –VESTIPALATINO (15º com a vertical) e paralela ao longo eixo do dente;
MESIODISTAL (paralelo com o plano sagital) Forma de Contorno: Configuração
triangular para vestibular e
 Raiz palatina geralmente possui uma curvatura para vestibular. remoção do teto da câmara pulpar;
Corte transversal Forma de Conveniência:
Conduto MV abaixo da cúspide
 VD:Vestíbulo-Distal
 P:Palatina MV; Conduto DV próximo ao
 MV:Mésio-Vestubular (MV1) centro do sulco ocluso
 Mesio-Palatino (MV2) vestibular; Conduto P abaixo da
3canais e 4 canais
cúspide MP;
Segundo Molar Superior CURVATURADAS RAÍZES

 Normalmente possui 3 raízes, próximas e as vezes até


fusionadas, podem ter 3 ou 4 canais;
 Raiz Mésio-Vestibular pode apresentar 1 (60%) ou 2 (40%)
canais;
VESTIBULAR MESIAL DISTAL
 Possui comprimento médio de 21,00 e 21,70mm;
 Inclinação do dente –VESTIPALATINO (11º com a vertical) e Ponto de eleição: Superfície
MESIODISTAL (paralelo com o plano sagital) oclusal, no centro da fossa mesial;
 Câmara pulpar possui maior achatamento no sentido MESIODISTAL,
Direção de trepanação: Vertical,
sulco em forma de Y.
 Formato dos canais: MÉSIO-VESTIBULAR achado no
paralela ao longo eixo do dente;
sentido mesiodistal; DISTO-VESTIBULAR oval ou Forma de Contorno: Configuração
ligeiramente achatado; PALATINA achatado vestíbulo- triangular para vestibular e
palatino, tendendo a circular; remoção do teto da câmara pulpar;
 Raizpalatina geralmente possui uma curvaturaparavestibular. Forma de Conveniência:
Conduto MV abaixo da cúspide
Cortetransversaldo segundo MV; Conduto DV próximo ao
molar superior centro do sulco ocluso
 VD:Vestíbulo Distal vestibular; Conduto P abaixo da
 P:Palatina cúspide MP;
3canais e 4 canais  MV:Mésio-vestibular
 MP:Mésio-Palatino
Primeiro Molar Inferior CURVATURADAS RAÍZES

 Normalmente possui 2 raízes separadas,


raramente fusionada ou 3 raízes; Normalmente 3
ou 4 canais;
 Raiz mesialpodese apresentar com 2 condutos (60%) e VESTIBULAR MESIAL DISTAL
raiz distalpode apresentar 2 (40%) ou1 (60%)
Ponto de eleição: Área central da superfície
conduto.
 Possui comprimento médio de 21,00 mm e 21,60mm; oclusal junto à fossa central;
Direção de trepanação: Vertical, paralela ao
 Inclinação do dente –VESTIBULOLINGUAL (13º com a
longo eixo do dente;
vertical) e MESIODISTAL (10º com o plano sagital)
 Dente penta-cuspidado; convexidade das paredes mesiais; Forma de Contorno: Configuração triangular,
assoalho com formato triangular; canais mesiais com dupla- irregular ou trapezoidal, broca operando
paralelamente ao longo eixo do dente, remoção
curvatura; canal cavo-intrarradicular;
do teto da câmara pulpar e penetração inicial
Cortetransversaldo primeiro deve ser dirigida ao canal distal;
molar superior Forma de Conveniência: Conduto MV
 D:Distal
abaixo da cúspide MV; Conduto ML
 DL: Disto-Lingual
abaixo da cúspide ML; Conduto D
 MV:Mésio-Vestibular
3canais e 4 canais partindo da fossa central, 2mm para distal;
 MD:Mésio-Distal
CURVATURADAS RAÍZES
Segundo Molar Inferior
 Normalmente possui 2 raízes separadas, raramente 3 raízes;
Possui 3 ou 4 canais

 Possuicomprimento médiode 22,40 mm e21,70mm; VESTIBULAR MESIAL DISTAL

 Inclinação do dente –VESTIBULOLINGUAL (12º com a vertical) Ponto de eleição: Área central da superfície
e MESIODISTAL (15º com o plano sagital) oclusal junto à fossa central;
Direção de trepanação: Vertical, paralela ao
 Características das raízes: DISTAL –reta e achatada no sentido longo eixo do dente;
MD; MESIAL- achatada no sentido MD, com curvatura no Forma de Contorno: Configuração triangular,
sentido apical; irregular ou trapezoidal, broca operando
paralelamente ao longo eixo do dente, remoção
Corte transversal do segundo do teto da câmara pulpar e penetração inicial
molar inferior deve ser dirigida ao canal distal;
 D:Distal Forma de Conveniência: Conduto MV
 DL: Disto-Lingual abaixo da cúspide MV; Conduto ML
 MV:Mésio-Vestibular abaixo da cúspide ML; Conduto D
3canais e 4 canais  MD:Mésio-Distal partindo da fossa central, 2mm para distal;
Acesso Coronário - Objetivo

Trepanar a câmara pulpar e


localizar as entradas dos canais
radiculares

Alcançar direta e corretamente o


acesso ao forame apical ou à
curvatura inicial do canal

Conservação da estrutura
dentinária
Etapas Operatórias

1. Ponto de Eleição

2. Direção de Acesso

3. Forma de Contorno

4. Desgaste Compensatório
Localização e Demarcação
Ponto ou Área de Eleição
dos Pontos
 Inclinação e posicionamento do dente  Face lingual/palatina dos dentes
no arco dental anteriores

 Relação coroa/raiz  Face oclusal dos dentes posteriores

 Espessura do teto da câmara pulpar  Estabelecendo o limite da abertura


coronária
Forma de Contorno Forma de Conveniência

 Sondagem dos orifícios dos canais


 Facilitar penetração dos instrumentos
 Análise da necessidade de pequenos
 Evitar a permanência de
desgastes
microrganismos e restos necróticos

Evitar a alteração da cor da Desgaste Compensatório


coroa  Técnica de instrumentação anti-curvatura

 “A preparação direcionada e controlada


 Remanescente do tecido pulpar das zonas volumosas [de dentina] ou zonas
de segurança, repudiando as porções
 Material obturador delgadas [de dentina] ou zonas de perigo
da estrutura da raiz onde podem ocorrer
 Medicação Intracanal perfurações ou adelgaçamentos laterais por
desgaste das paredes do canal...”
Abou-Rass et al.,1980
Instrumentais

 Cirurgia de Acesso
Brocas esférica Brocas tronco Broca Endo Z Broca de Batt Broca CPdrill
diamantada cônica

 Preparo da Embocadura
Gates-Glidden Microscópio Clínico Ultrassom
 Preparo do terço cervical e médio
 Remoção de material obturador
 Ponta inativa
 Forma de pêra
 Nº 1 a 6
 Comp. 28 e 32 mm
 Cinemática: penetração e retrocesso
 500 a 800 rpm
Princípios fundamentais a serem observados durante a abertura coronária

1. Planejamento prévio e cuidadoso, apoiado na radiografia


inicial de diagnóstico;
2. A dimensão da abertura deverá ser a mais restrita possível;
3. As aberturas deverão ser realizadas pelas faces oclusais dos
posteriores;
4. Eliminação de todo o teto da câmara pulpar;
5. Não provocar desgaste no assoalho da câmara pulpar dos
dentes bi ou multiradiculares
6. A execução das aberturas coronárias deve ser feita sob
isolamento absoluto desde o início (logo após anestesia);
7. Desgaste compensatórios apropriados.
EndoTips

 Leis da centralidade e concentricidade


 Assoalho pulpar está sempre localizado no centro
do dente;
 As paredes da câmara são sempre concêntricas em
relação à superfície externa do dente;
 A distância da superfície externa da coroa à
paralela da câmara é a mesma em toda a
circunferência do dente;
 Leis da simetria dos orifícios dos canais
 Estão equidistantes de uma linha média imaginária
que atravessa o dente no sentido mesiodistal/estão
alinhados a uma reta imaginária que passa
perpendicularmente a esta linha mesiodistal;
EndoTips

 Lei da Mudança de Cor


 A cor do assoalho pulpar é sempre mais escura que
as das paredes e do teto;

 Leis da localização
 Os orifícios estão SEMPRE localizados na junção
das paredes com o assoalho pulpar, nos ângulos da
junção entre o assoalho e as paredes da câmara
pulpar, e no término das linhas de fusão do
desenvolvimento radicular;
Bibliografia Sugerida
LOPES, H.P.; LEONARDO, M.R; RAMOS, C.A.S;
SIQUEIRA JÚNIOR, LEONARDO, R.T. BRAMANTE,
J.F. Endodontia: Tratamento de canais C.M. Endodontia –
biologia e radiculares – Fundamentos
técnica. 3. ed., Rio de Princípios técnicos e Biológicos e
Janeiro: Guanabara biológicos. Ed. Artes Clínicos. 2. ed., 2001.
Koogan, 2015 Médicas, 2005

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