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resumos de

Endodontia

@sinteseodonto
Síntese Odonto
Olá! Eu sou Sara Milena, criadora da página Síntese Odonto, e vou te passar algumas informações
importantes sobre esse conteúdo! Esse é um resumo que aborda assuntos odontológicos, realizado
com a finalidade de auxiliar acadêmicos de Odontologia em seus estudos, caso encontre algo diferente
do que você aprendeu, fale cmg! Alguns protocolos mudam de profissional para outro e o mesmo serve
para autores, que nem sempre tem o mesmo ponto de vista de determinado assunto. Qualquer venda ou
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Endodontia 1
ANATOMIA INTERNA
INTRODUÇÃO CAVIDADE PULPAR
A cavidade pulpar pode ser definida como um • Geralmente situa-se no centro dos dentes.
espaço que abriga a polpa dentária, estando • Constituída por duas porções: câmara
normalmente situada na porção central dos coronária (pulpar) e canal radicular.
dentes. A cavidade pode ser dividida em câmara • Outras características são os cornos pulpares,
pulpar e canal(is) radiculares. A câmara pulpar se os canais acessórios, laterais e furcados, os
encontra na porção coronária da cavidade e os orifícios de entrada dos canais deltas apicais e
canais se localizam nas raízes. a forâmina apical
• Morfologia da cavidade corresponde à
Obstáculos do tratamento endodôntico morfologia externa do dente.
• Resposta inflamatória • A morfologia pode modificar-se, dependendo
• Microrganismos das agressões que o dente vier a sofrer.
• Morfologia interna •
• Qualificação profissional

Obs: no canal interno a microbiota é mista,


tornando-se mais resistente ao tratamento
endodôntico.
Obs: a morfologia interna é um obstáculo porque
não existe um instrumento capaz de acessar todas
as ramificações do canal.

CÂMARA PULPAR
• É uma cavidade única, geralmente volumosa,
que aloja a polpa coronária e ocupa
internamente o centro da coroa,
assemelhando-se em forma à superfície
externa do dente.
• Em dentes anteriores, a câmara pulpar é
adjacente ao canal radicular.
• Em dentes posteriores, geralmente apresenta o
formato de um prisma quadrangular irregular
A – Teto com seis lados: o teto, o assoalho e as quatro
B – Parede distal paredes axiais.
C – Parede mesial • O assoalho da câmara pulpar é a face oposta ao
teto e nele está localizado as entradas dos
D – Assoalho pulpar
canais radiculares.
E – Corno pulpar
F – Orifício

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Endodontia 2
Obs: com a progressão da idade, há a redução • CANAL PRINCIPAL: é o mais destacado, ocupa
progressiva do volume da câmara pulpar, o que todo o eixo dental, podendo alcançar, sem
pode bloquear os orifícios dos canais radiculares. interrupções, o ápice radicular. Geralmente
CANAL RADICULAR tem a forma cônica e é oval na sua secção
• É a parte da cavidade pulpar localizada na transversal, apresentando diâmetro maior em
porção radicular do dente. seu orifício. Pode ser dividido em três porções:
• Quase todos os canais radiculares são curvos, cervical, médio e apical.
particularmente na direção vestibulolingual. • CANAL ACESSÓRIO: é toda ramificação que se
Essas curvaturas podem ocasionar problemas inicia de uma outra ramificação e segue direto
durante os procedimentos de instrumentação e ao Periodonto. Contém tecido conjuntivo e
limpeza, pois elas não são evidentes na vasos (mas não suprem a polpa com circulação
radiografia ortorradial. A curvatura pode ser suficiente para formar uma fonte colateral de
gradual de todo o canal ou aguda próximo ao fluxo sanguíneo) e são difíceis de acessar,
ápice. limpar, descontaminar e obturar no tratamento
• O canal se afunila progressivamente em direção endodôntico. São canais diminutos que se
ao ápice, seguindo o contorno externo da raiz. estendem nas direções horizontal, vertical ou
• Geralmente, os canais são achatados ou ovais lateral da polpa para o periodonto. Em 74% dos
no sentido mésio-distal ou vestíbulo-lingual. casos, eles são encontrados no terço apical da
• Um ISTMO é uma área estreita, em forma de raiz; em 11% dos casos, no terço médio e, em
fita, que liga dois canais que contêm polpa ou 15%, no terço cervical.
tecidos derivados de polpa. Todos os istmos • CANAL LATERAL: localizado no terço cervical ou
devem ser encontrados, preparados e médio da raiz, se estende horizontalmente a
preenchidos durante a cirurgia, pois podem partir do espaço do canal principal.
funcionar como reservatórios de bactérias. • CANAL COLATERAL: é um canal que corre mais
ou menos lateralmente ao canal principal,
podendo chegar à região do ligamento
periodontal de maneira independente.
• CANAL SECUNDÁRIO: no terço apical, sai do
canal principal diretamente ao ápice do dente.
• CANAL RECORRENTE: se inicia e termina no
ramo ou no canal principal, podendo ocorrer
em outras ramificações também. Começa a
nível de terço cervical e termina no terço apical
• CANAL INTERCONTUDO: é uma ramificação
que comunica o canal colateral com o principal.
• CANAL CAVO-INTER-RADICULAR: é a
ramificação que comunica a câmara pulpar e
furca. Logo, ocorre em dentes com mais de uma
raiz.
• DELTA APICAL: São canalículos da região apical.

Obs: toda vez que houver ‘’apagamento’’ da luz interna do


canal na radiografia, deve-se suspeitar de bifurcação ou
mineralização.
Obs: a frequência do número de raiz pode apresentar
resultados diferentes em diferentes estudos.
Obs: canal mesial é sempre o mais largo que os demais.

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Endodontia 3
CANAL RADICULAR APICAL ÁPICE RADICULAR
• Final da raiz. • O conceito clássico de anatomia do ápice radicular
• Compreende a porção apical do canal principal, é baseado em três divisões anatômicas e
forame apical e ramificações, como canais histológicas na região apical da raiz: constrição
acessórios e delta apical. apical (CA), junção dentino-cementária (JDC) e
forame apical (FA).
• Vértice radicular (ponto extremo).
• FORAME APICAL X ÁPICE ANATÔMICO
Ø Forame apical: é a principal abertura do canal
radícular na região apical através do qual os
tecidos da polpa e do ligamento periodontal se
comunicam e por onde penetram os vasos
sanguíneos que vão suprir a polpa dentária. O FA
não sai normalmente no ápice anatômico, mas
aquém deste 0,5 a 3 mm.
Ø Ápice anatômico: é a ponta ou a extremidade da
raiz.
• O forame não apresenta formato uniforme e, na
maioria dos dentes, se encontra lateralmente à
superfície da raiz (0,2mm + ou – do ápice
anatômico).
Limite CDC • O forame apical pode coincidir com o ápice
• Limite cemento-dentina-canal. anatômico em 6,7% a 46% das vezes.
• Limite CDC é a zona de união entre o canal • Em 92,3% dos dentes, seus forames apicais abriram-
cementário e o canal dentinário, ou seja, é o se aquém do limite CDC.
ponto do canal onde o cemento encontra a
dentina. Trata-se do ponto onde o tecido
pulpar termina e o tecido periodontal começa.
• Limite para a realização do tratamento
endodôntico.
• O canal radicular é constituído por dois cones
unidos pelos seus vértices = um longo (canal
dentinário) + um menor (canal cementário)

VARIAÇÕES ANATÔMICAS
• Ramificações dentárias
• Distúrbios de desenvolvimento
• Canais em forma de C
• Canais em forma de baioneta (8)
• Canais achatados, afilados ou dilacerados
• Curvaturas graduais e não graduais
• Calcificações
• Reabsorções ou mineralizações

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Endodontia 4
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA CAVIDADE PULPAR

INCISIVO CENTRAL SUPERIOR CANINO INFERIOR


• Normalmente apresenta raiz única com canal reto e • É menor que o canino superior em todas as dimensões.
amplo. A câmara pulpar é mais larga no sentido • Possui raiz única com um canal, porém pode apresentar
mesiodistal apresenta-se estreita no sentido duas raízes (vestibular e lingual) e dois canais.
vestibulopalatino, havendo risco potencial de perfuração • Comprimento médio: 25,6 mm.
na face vestibular durante o procedimento de acesso • Curvatura radicular: reto (mais comum), distal.
coronário.
• Comprimento médio: 22,5 mm. 1º PRÉ-MOLAR SUPERIOR
• Curvatura radicular: reto (mais comum).
• Normalmente apresenta duas raízes (vestibular e
palatina) e dois canais com forames independentes.
INCISIVO LATERAL SUPERIOR • São dentes mais difíceis de realizar o tratamento, pois
• O formato da câmara pulpar do incisivo lateral superior é são mais achatados e possuem muitas variações
similar ao do incisivo central superior, embora seja anatômicas.
menor, e dois ou nenhum cornos pulpares estão • Comprimento médio: 20,6 mm.
presentes. Esse dente é mais largo no sentido mesiodistal • Curvatura radicular: raiz vestibular no sentido lingual
do que no sentido vestibulolingual. (mais comum).; raiz palatina sentido reto (mais comum);
• Comprimento médio: 22 mm. Quando se tem uma raiz sentido reto (mais comum).
• Curvatura radicular: distal (mais comum).
2º PRÉ-MOLAR SUPERIOR
INCISIVOS INFERIORES • Apresenta uma raiz com um único canal (geralmente).
• São os menores dentes permanentes. Dois ou mais canais podem ocorrer em uma única raiz.
• Pode haver um canal único principal, e também dois • O sistema de canais radiculares do segundo pré-molar
canais (vestibular e lingual) que se originam na câmara superior é mais largo no sentido vestibulolingual do que
pulpar e se unem no terço apical. no mesiodistal.
• Assim como os incisivos superiores, o ombro lingual deve • Cornos pulpares vestibular e palatino estão presentes; o
ser eliminado para permitir acesso direto à câmara corno pulpar vestibular é mais largo.
pulpar. O ombro pode esconder um segundo canal que, • Comprimento médio: 21,5 mm.
quando presente, é imediatamente encontrado abaixo • Curvatura radicular: sentido distal (mais comum)
dele. Ao contrário dos incisivos superiores, os incisivos
inferiores têm a polpa mais larga no sentido
1º PRÉ-MOLAR INFERIOR
vestibulolingual.
• Os incisivos inferiores, devido ao seu pequeno tamanho • Apresenta normalmente raiz única com um canal. Um
e à anatomia interna, podem ser cavidades difíceis de segundo canal pode aparecer em 30% dos casos.
acessar e preparar. • Os pré-molares inferiores são muito difíceis de tratar
• Comprimento médio: 20,7 mm. devido as extremas variações na morfologia do canal
radicular nesses dentes.
• Curvatura radicular: reto (mais comum).
• O sistema de canais radiculares do primeiro pré-molar é
mais largo vestibulolingualmente do que
CANINO SUPERIOR mesiodistalmente.
• É o maior dente permanente e normalmente apresenta • Dois cornos pulpares estão presentes: um maior e
raiz única com um canal. O canal radicular é pontiagudo no corno vestibular e um menor
normalmente reto e longo, exigindo, na maioria das arredondado no corno lingual.
vezes, o uso de instrumentais acima de 25mm. • O acesso direto ao canal vestibular é possível, enquanto
• O sistema de canais radiculares do canino superior é o canal lingual é mais difícil de encontrar
semelhante em vários aspectos ao dos incisivos. A maior • Comprimento médio: 21,6 mm.
diferença é que ele é mais largo no sentido • Curvatura radicular: reto (mais comum).
vestibulolingual do que no sentido mesiodistal. Outra
diferença é que não há cornos pulpares.
• Comprimento médio: 26,5 mm.
• Curvatura radicular: distal (mais comum).

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Endodontia 5
2º PRÉ-MOLAR INFERIOR 1º MOLAR INFERIOR
• Geralmente, apresenta raiz única com um canal. • É o maior dos molares inferiores.
• A morfologia do canal do segundo pré-molar é • Normalmente, apresenta duas raízes (mesial e distal).
semelhante à do primeiro pré-molar, com muitas Ocasionalmente, pode haver três raízes, com dois ou três
variações. Felizmente, essas variações são encontradas canais na raiz mesial e um, dois ou três canais na raiz
com menos frequência no segundo pré-molar. distal.
• Comprimento médio: 22,3 mm. • Mais de 25% das raízes distais apresentam dois canais
• Curvatura radicular: reto (mais comum). que geralmente são mais amplos que os da raiz mesial.
• Quando há canal único, ele normalmente é oval e sua
1º MOLAR SUPERIOR saída foraminal ocorre lateralmente ao ápice anatômico.
• A raiz mesial geralmente é curva no sentido distal e a raiz
• É o mais volumoso dos molares superiores e geralmente
distal é curva no sentido mesial. O canal mesiolingual é
apresenta três raízes divergentes (mesiovestibular,
maior e mais reto que o mesiovestibular.
distovestibular e palatina) com um total de três ou
quatro canais. • Os dois canais mesiais podem convergir apicalmente
apresentando forame único em 45% dos casos.
• A raiz palatina apresenta maior volume e oferece acesso
mais fácil, e pode ter curvatura no sentido vestibular. • O primeiro molar inferior parece ser o dente que mais
requer terapia de canal radicular. Ele é com frequência
• A raiz distovestibular é cônica, reta e normalmente
restaurado extensamente e é objeto de grande estresse
possui um canal, porém, pode apresentar dois canais que
oclusal. Assim, a câmara pulpar frequentemente é
se unem na porção apical.
recuada e calcificada.
• A raiz mesiovestibular frequentemente apresenta dois
• Usualmente, há quatro cornos pulpares (MV, ML, DV e
canais que se conectam por meio de istmos, podendo se
DL).
unir na porção apical ou terem saídas foraminais
• Comprimento médio: 21 mm.
independentes.
• Curvatura radicular: raiz mesial no sentido distal (mais
• Os canais mesiovestibulares podem apresentar
curvaturas severas na direção vestibulopalatina e comum); raiz distal no sentido mesial (mais comum).
possuem concavidade no sentido distal, o que favorece a
ocorrência de perfuração em caso de preparo excessivo 2º MOLAR INFERIOR
da porção coronária. • Tem morfologia externa semelhante ao primeiro molar
• Quatro cornos pulpares estão presentes inferior apresentando normalmente duas raízes (mesial
(mesiovestibular, mesiopalatino, distovestibular e e distal) com três ou quatro canais. Porém, as raízes são
distopalatino). mais curtas, com os ápices mais próximos e canais mais
• Comprimento médio: 20,8 mm. curvos, havendo alta prevalência de anomalias de
• Curvatura radicular: raiz mesiovestibular sentido distal desenvolvimento, incluindo a presença de canais em
(mais comum); raiz distovestibular sentido reto (mais forma de C. Além disso, há maior tendência ao
comum); raiz palatina sentido vestibular (mais comum). fusionamento radicular parcial ou total.
• A porção apical deste dente se encontra próxima ao
2º MOLAR SUPERIOR canal mandibular, exigindo maior atenção no sentido de
evitar trauma mecânico ou químico nos tecidos
• Apresenta morfologia externa semelhante ao primeiro
perirradiculares.
molar superior com a presença de três raízes
• As duas raízes com frequência se estendem distalmente
(mesiovestibular, distovestibular e palatina) com três ou
em uma curva gradual, com os ápices sempre juntos. Em
quatro canais. Porém, as raízes são mais curtas, menos
alguns casos, há apenas uma raiz.
divergentes e menos curvas, com maior tendência ao
• Comprimento médio: 19,8 mm.
fusionamento parcial ou total das raízes mesiovestibular
e palatina (segundo molar superior possui três raízes • Curvatura radicular: raiz mesial no sentido distal (mais
agrupadas muito próximas, às vezes fusionadas) comum); raiz distal sentido reto ou distal (mais comum;
• Geralmente, há um canal em cada raiz, porém podem se tiver apenas uma raiz sentido reto ou distal (mais
existir dois ou três canais na raiz mesiovestibular ou dois comum).
canais nas raízes distovestibular e palatina.
REFERÊNCIAS
• Comprimento médio: 20 mm.
• COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos da Polpa. Elsevier. 10
• Curvatura radicular: raiz mesiovestibular sentido distal ed. 2011.
(mais comum); raiz distovestibular reta (mais comum); • ESTRELA, Carlos. Endodontia laboratorial e clínica - Série Abeno
raiz palatina reta (mais comum). Odontologia Essencial – parte clínica. Artes Médicas, 2013
• LOPES, H.P.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.F. Endodontia: biologia e
técnica. 3. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

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Endodontia 1
ABERTURA CORONÁRIA
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA MOMENTO DA ABERTURA CORONÁRIA
1. Radiografias Iniciais (Periapical e Interproximal); Primeira sessão: início do tratamento endodôntico
2. Isolamento Absoluto (apenas o dente a ser tratado); (abertura coronária) após anestesia do elemento
3. Abertura Coronária (Acesso); dentário e antes do isolamento absoluto.
4. Irrigação/ Aspiração/ Inundação; • Na primeira sessão, faz-se as radiografias, a anestesia
5. Exploração/Esvaziamento do Canal Radicular e a abertura coronária antes do isolamento para não
6. Preparo do Terço Cervical/Médio; perder a referência de inclinação do dente e cometer
7. Odontometria; um possível erro.
8. Desbridamento Foraminal (polpa necrosada); Segunda sessão e sessões posteriores:
9. Preparo do Terço Apical; Abertura coronária após isolamento absoluto do
10. Medicação intracanal;
elemento dentário para evitar contaminação dos
11. Obturação.
condutos radiculares sanificados.

Diferenças do isolamento absoluto endodôntico com


O acesso coronário, o preparo químico-mecânico e a
o isolamento absoluto de dentística:
obturação do sistema de canais radiculares constituem
• Em endodontia se isola apenas o dente a ser
as três etapas operatórias básicas do tratamento
trabalhado.
endodôntico. Portanto, a realização de um correto
• Na primeira sessão, o desgaste inicial (abertura
acesso coronário está muito relacionada ao sucesso da
terapia endodôntica. A falta de conhecimento dos coronária) é feito antes do isolamento.
princípios ou a negligência na sua correta execução • O arco de endodontia é de plástico.
quase sempre conduz ao fracasso.
DETERMINAÇÃO DO PONTO DE ELEIÇÃO
DEFINIÇÃO • Local escolhido para o início do desgaste da
• É o acesso inicial ao canal radicular; abertura coronária.
• É o conjunto de procedimentos que vai possibilitar • Tem como característica se posicionar o mais
a chegada ao interior da cavidade pulpar; próximo possível da câmara pulpar.
DIREÇÃO DE ABERTURA
• A abertura coronária é um tempo operatório que
engloba desde o acesso à câmara pulpar, seu Uma linha imaginária que, saindo do ponto inicial,
preparo, sua limpeza, antissepsia e localização dos alcançará a parte mais volumosa da câmara pulpar. Ou
seja, é a inclinação dada pela broca para sair do ponto
orifícios de entrada dos canais radiculares.
Obs: emborcadura do canal radicular = divisão da inicial e ir para a parte mais volumosa da polpa.
FORMA DE CONVENIÊNCIA OU DE CONTORNO
câmara coronária com canal principal.
• Forma da cavidade de acesso à câmara pulpar com
configuração e dimensões peculiares a cada grupo
ETAPAS DO ACESSO AO CANAL
dental , com objetivo de facilitar a localização dos
1. Abertura coronária
canais e possibilitar a utilização de instrumentos
2. Esvaziamento da câmara pulpar endodônticos com um mínimo de interferências
3. Localização e preparo da entrada dos canais • Cada grupo dentário assume uma forma geométrica.
4. Preparo do terço cervical A FORMA DE CONVENIÊNCIA VISA:
• Facilitar o acesso dos instrumentos endodônticos ao
PRINCÍPIOS DA ABERTURA DA CAVIDADE DE ACESSO canal radicular.
1. Remoção de todo o teto da câmara pulpar para a • Possibilitar a visualização e dar linhas diretas às
retirada de remanescentes pulpares e exposição de paredes da cavidade pulpar em direção às entradas
orifícios de entrada dos canais. Remover apenas o dos canais (acesso direto e reto aos canais).
teto e não estrutura sadia do dente. • Permitir que a cavidade adquira paredes lisas e planas,
2. Preservação do assoalho da câmara pulpar, para favorecer a visibilidade adequada dos orifícios de
evitando perfurá-lo e facilitando a entrada dos canais radiculares.
localização da entrada dos canais . • Simplificar todas as manobras operatórias de
3. Conservação da estrutura dentária, prevenindo a instrumentação e de obturação dos canais radiculares.
fratura e o enfraquecimento do esmalte e dentina
remanescentes;

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Endodontia 2
ACIDENTES E ERROS COMUNS ABERTURA BROCAS DE PONTA INATIVA
CORONÁRIA • Ausência de corte na ponta
• Seleção inadequada do ponto de eleição; pois não possui superfície diamantada, isso diminui
• Seleção incorreta da broca (maior ou menor). A riscos de acidentes de perfurações e degraus
seleção da broca é avaliada no bom senso do durante a abertura.
profissional visualizando o tamanho do dente. • Evita acidentes de perfuração no assoalho da
• Manutenção do teto da câmara coronária; câmara pulpar.
• Perfuração na face vestibular de dentes anteriores; • Se usa principalmente em pré-molares e molares
• Manutenção de tecido cariado na câmara pois possuem o assoalho.
coronária; SONDAS
• Perfuração do assoalho de molares; Sonda reta: localizar os canais
• Degraus nas paredes dos canais; Sonda angulada: verificar se há presença de teto após
• Desgaste excessivo das paredes dos dentes; a abertura coronária.

Obs: Entre os fatores que podem interferir e/ou Obs: nunca procurar entrada de canal com broca
dificultar o acesso aos canais radiculares durante a esférica e nem penetrá-la no canal radicular. Broca
abertura coronária e o esvaziamento do canal, esférica serve apenas para desgastar o teto.
destacam-se nódulos na cãmara coronária,
calcificações, dente fora de posição e prótese unitária ABERTURA CORONÁRIA PARA OS DENTES
recobrindo totalmente a coroa. A imagem radiográfica ANTEROSSUPERIORES
pode auxiliar na identificação do tamanho e da forma Área de abordagem: face palatina, próximo ao cíngulo
da câmara coronária e da inclinação do dente no arco (abaixo do cíngulo)
antes de se iniciar a abertura coronária. Direção para abertura: broca quase perpendicular à
Obs: Um fator operatório prévio à abertura coronária face palatina, inclina-se a broca obliquamente ao longo
é a remoção de qualquer tecido cariado, restauração eixo do dente.
defeituosa ou estrutura dentlnária enfraquecida, o que Forma de contorno: os incisivos possuem forma de
altera a referência coronária. conveniência triangular com base para a face incisal. Os
Obs: Em alguns casos, a permanência do teto da caninos possuem forma de conveniência ovalada.
câmara pulpar pode levar ao futuro escurecimento da
coroa dentária pela retenção de restos pulpares,
sangue e resíduos. Além disso, a não localização dos
canais pode ser responsável; pelo surgimento,
desenvolvimento, persistência ou até mesmo a
perpetuação da doença endodôntica.
Obs: Algumas situações exigem também a
reconstrução coronária antes da abertura do dente.

MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA ABERTURA


CORONÁRIA
• Espelho de primeiro plano;
• Sonda exploradora reta;
• Sonda exploradora angulada;
• Pontas diamantadas esféricas convencionais ou
Haste longa (HL);
• Pontas de ponta inativa (2082,3080, 3082);
OBS: em incisivos e caninos devemos fazer a primeira
• Endo-Z 152
inclinação da broca (quase perpendicular ao longo eixo do
• Pontas de acabamento 3195F e FF, 2200; dente). Quando chegarmos na câmara faremos a segunda
• Gates Glidden 1, 2 e 3 inclinação ( buscando inclinação mais próximo do longo eixo
• Largo 1 do dente).
• LA Axcess Ou seja, nos incisivos e caninos se faz primeiro uma
penetração para ‘’cair’’ na câmara e uma segunda
penetração para remover o teto. Somente os incisivos e
caninos possuem essas duas inclinações.

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Endodontia 3
OBS: Uma vez que os orifícios foram identificados e ABERTURA CORONÁRIA PARA OS PRÉ-MOLARES
confirmados, o ombro lingual deve ser removido. Esta INFERIORES
estrutura é uma saliência/projeção de dentina que se Área de abordagem: face oclusal no centro do sulco
estende do cíngulo ao limite de aproximadamente 2 mm mesiodistal. Quando há ponte de esmalte, se desgasta
apical ao orifício. Sua remoção ajuda a acessar diretamente da ponte de esmalte para mesial.
e permite um contato íntimo maior das limas com as paredes
Direção para abertura: broca em sentido do longo eixo
do canal, além de uma instrumentação e um debridamento
mais efetivos. do dente ate chegar à câmara pulpar.
Forma de contorno: circular (ovalada no sentido
vestibulolingual deslocada para mesial)

OBS: o ponto de eleição dos premolares inferiores é


ligeiramente deslocado para a mesial.

ABERTURA CORONÁRIA PARA OS MOLARES


INFERIORES
Área de abordagem: face oclusal na fossa central no
encontro dos sulcos.
Direção para abertura: broca no sentido do longo eixo
do dente ate chegar à câmara pulpar.
Forma de contorno: quase retangular com lado menos
para distal. A base maior é voltada para mesial do
ABERTURA CORONÁRIA PARA OS PRÉ-MOLARES dente.
SUPERIORES
Área de abordagem: face oclusal no centro do sulco Obs: quem faz a limpeza do biofilme endodôntico são
mesiodistal. as limas.
Direção para abertura: broca em sentido do longo eixo Obs: a forma de contorno geralmente reflete a forma
do dente ate chegar à câmara pulpar, inclinando-a para externa do dente.
a face palatina. Obs: não se pode desgastar as paredes laterais da
Forma de contorno: ovalada (circular) câmara pulpar e deve-se acessar o canal no teto com
limas
ABERTURA CORONÁRIA PARA OS MOLARES
SUPERIORES RESUMINDO...
Área de abordagem: face oclusal na fossa central. Abertura coronária (brocas esféricas, brocas de ponta
Direção para abertura: broca paralela ao longo eixo do inativa e brocas de acabamento). Verificar o ponto de
dente, inclinada para a face palatina. eleição e a forma de conveniência. Numeração das
Forma de contorno: trapezoidal. Com base maior brocas de acordo com o tamanho do dente (volume da
voltada para face vestibular. câmara coronária) a ser tratado. Localização dos canais
com sonda reta e verificação de teto com sonda
ATENÇÃO: durante a abertura coronária de molares angulada.
superiores, não devemos ultrapassar a ponte de
esmalte para a distal pois não há canais. Logo a REFERÊNCIAS
• COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos da Polpa. Elsevier. 10 ed. 2011.
abertura coronária deve ser da ponte de esmalte para • ESTRELA, Carlos. Endodontia laboratorial e clínica - Série Abeno Odontologia Essencial
mesial. •
– parte clínica. Artes Médicas, 2013
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.F. Endodontia: biologia e técnica. 3. ed., Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015.

ABERTURA CORONÁRIA PARA OS DENTES


ANTEROINFERIORES
Área de abordagem: face lingual, próximo ao cíngulo
(acima do cíngulo).
Direção para abertura: broca quase perpendicular à
face lingual, inclina-se a broca obliquamente ao longo
eixo do dente.
Forma de contorno: triangular com base para a face
incisal.

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Endodontia 1

EXPLORAÇAO E ESVAZIAMENTO
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA ESVAZIAMENTO DO CANAL RADICULAR
1. Radiografias Iniciais (Periapical e Interproximal); • A completa limpeza do canal radicular representa um
2. Isolamento Absoluto (apenas o dente a ser tratado); ponto primordial para a execução do processo de
3. Abertura Coronária; sanificação. Esse objetivo é alcançado a partir da
4. Irrigação/ Aspiração/ Inundação; liberação do tecido ou material presente durante o
5. Exploração/Esvaziamento do Canal Radicular esvaziamento e a ampliação do canal radicular
6. Preparo do Terço Cervical/Médio; (pulpectomia, processo de sanificação ou
7. Odontometria;
desobstrução/desobturação)
8. Desbridamento Foraminal (polpa necrosada);
• O esvaziamento cervicoapical deve manter a
9. Preparo do Terço Apical;
conicidade afunilada do canal, capaz de sanificá-lo por
10. Medicação intracanal;
11. Obturação. completo.
• Os instrumentos usados são de pequeno calibre e com
EXPLORAÇÃO DO CANAL RADICULAR ponta pré-curvada se necessário
• O primeiro passo é a identificação clínica do orifício de • Para determinar qual lima usar tem que saber o
entrada do canal radicular e sua exploração – isso comprimento aparente do dente pela radiografia
permite a obtenção de um parâmetro inicial para o • Comprimento do instrumento para exploração:
mapeamento do canal; Comprimento aparente do dente (CAD) – 3mm
• O instrumento usado na exploração muito importante
para o êxito do preparo do canal radicular, pois cria PULPECTOMIA X SANIFICAÇÃO
uma primeira via de passagem para os demais Nas situações de polpa vital, o esvaziamento ocorre a
instrumentos; partir da pulpectomia.
• Ele deve ter pequeno calibre e apresentar ponta Nas necroses pulpares, o esvaziamento é feito a partir
encurvada, para que possa superar obstáculos mais do processo de sanificação.
facilmente. O parâmetro para a medida inicial do
instrumento explorador deve ser a média de Obs: Nas situações de polpa vital, a exploração antecede a
comprimento do dente e seu comprimento obtido pulpectomia.
pela radiografia inicial, diminuído em 2 mm Obs: Nas necroses pulpares, o ato da exploração permite o
{considerando possíveis distorções). esvaziamento parcial. Consequentemente, o esvaziamento
• A etapa exploratória permite o planejamento inicial Inicial e o processo de sanificação, que na realidade se
das dificuldades a serem enfrentadas, bem como de desenvolvem paralelamente, exigem cuidado especial para
um primeiro parâmetro para evitar a extrusão para o periápice de remanescentes
necróticos, raspas dentinárias infectadas e microrganismos
a determinação do limite lateral de instrumentação;
• Entre as finalidades da exploração, está a liberação do
material remanescente do canal radicular COMPRIMENTO DO INSTRUMENTO
(Esvaziamento) =
CAD – 3mm
• Para localizar os canais, é feito com sonda clínica
endodôntica reta (sonda 47) – pode ser realizado sem
isolamento após a Abertura na primeira sessão; TÉCNICA
• O uso de limas endodônticas para exploração e • A cinemática desenvolvida pela penetração
localização do canal radicular deve ser feito somente exploratória (cateterismo) ocorre com a introdução
após isolamento – instrumentos de linha especiais; Inicial da lima e o movimento de rotação horária e
anti-horária (um quarto de volta), seguido da remoção
da lima, sem rotação.
EXPLORAÇÃO DO CANAL RADICULAR
• A abundante irrigação-aspiração paralela à ação de
Mapeamento do canal;
cada instrumento deve ser constante.
Detecta os obstáculos e calcificações (não visualizados
na radiografia inicial); • Essa exploração deve ser feita em etapas,
Verificação de direção de curvatura; paulatinamente (feito aos poucos) de cervical para
apical.
Via de passagem dos instrumentos;
• Essa etapa inicial de exploração é fundamental para o
sucesso do esvaziamento e da sanificação do canal
radicular.

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Endodontia 2
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO Obs: Ao encontrar resistência, não se deve forçar o
MOVIMENTO DE CATETERISMO instrumento, mas sim retomar as manobras iniciais de
penetração, rotação à direita e tração.
Obs: O limite apical da exploração difere em duas situações
clínicas, a de polpa vital e de necrose pulpar. Na polpa vital,
a exploração se restringe às proximidades do limite
cemento-dentina-canal; já nas situações de necrose pulpar,
a exploração deve avançar até o vértice apical radiográfico
(zero apical), permitindo o esvaziamento do canal
cementário. A sanificação dessa área, considerada crítica,
• Pré-curvar, se necessário, o instrumento e realizar a tem importância significativa no controle de
exploração ou deslocamento (polpa viva) com limas microrganismos.
tipo K-file de pequeno calibre (K-file 06, 08, 10 e 15), a Obs: A exploração de canais curvos de molares deve ser
partir do terço inicial do canal e com irrigação feita, inicialmente com lima de n˚ 8 ou n˚ 10, conduzindo o
esvaziamento parcial até a lima de n°15, para favorecer as
abundante. O movimento do instrumento deve ser ¼
condições de penetração dos instrumentos subsequentes.
de volta para a direito e ¼ de volta para a esquerda e
Obs: A exploração em canais radiculares atresiados favorece
pouquíssima pressão apical.
o preparo da entrada dos canais e do terço cervical.
• Abundante irrigação/aspiração paralela a ação de
cada instrumento. A cada troca de instrumento ,
devemos fazer um novo procedimento de irrigação do
canal
• Quando trabalhamos com instrumentos de preparo
do terço cervical e terço apical , o canal deve estar
preenchido com solução irrigadora (nunca seco)
• Medida aplicada : CAD – 3mm

Movimento de cateterismo
O movimento de exploração ou cateterismo de um
canal radicular é realizado imprimindo-se ao
instrumento pequenos avanços em sentido apical, Resumindo...
conjuntamente com discretos movimentos de rotação à Esvaziamento e exploração com limas manuais tipo K em
direita e à esquerda, com pequenos retrocessos – sequência: #6, #8, #10 e #15 (CAD-3 mm) com movimento
movimento dentro do canal de 1⁄4 de volta para direita de cateterismo. A lima inicial depende do diâmetro dos
e esquerda e leve pressão em sentido apical. Este canais radiculares. Com irrigação abundantemente. Em
procedimento tem como objetivo o conhecimento da molares inicia-se com limas #8 e #10.
anatomia interna, o esvaziamento inicial do canal
radicular e a determinação da odontometria. O
instrumento endodôntico indicado é o tipo K de aço
inoxidável acionado com as mãos.

DICA
Preparo biomecânico: instrumentação manual; Endodontia
UCB https://www.youtube.com/watch?v=wZMVrQBaHQk

REFERÊNCIAS
• COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos da Polpa. Elsevier. 10
ed. 2011.
• ESTRELA, Carlos. Endodontia laboratorial e clínica - Série Abeno
Odontologia Essencial – parte clínica. Artes Médicas, 2013
• LOPES, H.P.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.F. Endodontia: biologia e
técnica. 3. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

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endodontia 1
PREPARO DO terço CERVICAL e MÉDIO
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA INSTRUMENTOS PARA PREPARO DO
1. Radiografias Iniciais (Periapical e Interproximal);
2. Isolamento Absoluto (apenas o dente a ser tratado); TERÇO CERVICAL
3. Abertura Coronária (Acesso); Brocas Gates Glidden
4. Irrigação/ Aspiração/ Inundação; Þ Baixa rotação
5. Exploração/Esvaziamento do Canal Radicular Þ Instrumento rotatório
6. Preparo do Terço Cervical/Médio; Þ Inoxidável, logo é bem fácil de faturar
7. Odontometria; Þ Partes: ponta ativa, inativa, intermediário e cabo
8. Desbridamento Foraminal (polpa necrosada);
9. Preparo do Terço Apical; Gates n˚ 1 = Lima 0,50
10. Medicação intracanal; Gates n˚ 2 = Lima 0,70
11. Obturação. Gates n˚ 3 = Lima 0,90
Parte operacional (ativa) de uma
INTRODUÇÃO broca Gates-Glidden. Veja a ponta
• PREPARO DOS TERÇOS CERVICAL E MÉDIO: Os dois ocorrem de segurança arredondada e a
ausência de bordas cortantes
simultaneamente, a menos que a variação anatômica
afiadas. O instrumento tem uma
comece no terço médio ranhura marginal para centralizar a
• É imprescindível preparar o orifício de entrada e o terço broca e possibilitar a
cervical do canal radicular, para alcançar um preparo instrumentação mais segura das
afunilado em direção apical, definido e cônico, que permita paredes do canal.
um maior contato do instrumento ao longo da parede do Brocas Largo
canal radicular após o mapeamento realizado durante a Þ Formato e tamanho diferente da Gates Glidden
exploração. Þ Usada em alta rotação
• As técnicas atuais incluem o uso de instrumentos rotatórios Þ De aço inoxidável
com a finalidade de facilitar o alargamento inicial do terço Largo n˚ 1 = Lima 0,70
cervical. Largo n˚ 2 = Lima 0,90
• A aplicação desses instrumentos busca a forma do canal Largo n˚ 3 = Lima 1,10
radicular, e não exclusivamente a limpeza. É importante Broca de Largo. Observe a
lembrar que, para o seu uso, o canal radicular deve estar ponta de segurança e as
inundado de substância química. arestas marginais de
VANTAGENS DO PREPARO DO TERÇO CERVICAL/MÉDIO orientação na superfície
• Remoção da projeção dentinária na entrada do canal; de corte.
• Favorece o escalonamento progressivo (avanço em
sentido cervicoapical); Brocas Gates Glidden X Brocas Largo
• Remoção de contaminação cervical;
• Remoção da contaminação cervical pela maior eliminação
do conteúdo do canal radicular;
• Redução na formação de degrau, desvio apical e fratura de
instrumentos;
• Maior controle sobre a parte ativa do instrumento
endodôntlco, diminuindo a tensão no preparo e possibilita Obs: A broca Gates é sempre utilizada antes da broca Largo.
uma ação mais direta sobre as paredes do canal radicular;
• Maior penetração da cânula de irrigação e, Wave One Gold
consequentemente, maior efetividade da solução irrigadora; Þ Reciprocante;
• Favorece o refluxo da substância irrigadora, o que implica Þ Gira para os dois lados;
a remoção do conteúdo presente no canal radicular; Þ Não é tralhada em sequência;
• Superação da influência da curvatura apical a partir do Þ Serve também para preparo apical;
acesso mais direto, o que facilita o preparo de canais curvos, Pre Race
independentemente do tipo de instrumento a ser utilizado; Þ Rotação contínua em 360°, por isso não é seguro
isso facilita a inserção de medicação intracanal e em como a reciprocante;
manobras de obturação do canal, como adaptação do cone Þ Específico para terço cervical;
principal e condensação lateral e também favorece o
preparo para a colocação de retentor intrarradicular e da Obs: sempre irrigando entre as trocas de instrumentos.
remoção de obturações incompletas nos retratamentos Obs: para evitar acidentes durante o preparo do terço
endodônticos; cervical deve trabalhar no sentido anti-curvatura do canal.
• Favorece a remoção de obturações incompletas;

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endodontia 2
ODONTOMETRIA TÉCNICAS PARA OBTENÇÃO DO CRT
• Odontometria é a medida do dente.
• Realizada após o preparo do terço Cervical/Médio – depois Tomografia computadorizada de feixe cônico
desse preparo há menores alterações de comprimento e permite Þ Indicado quando as outras não forem capazes de
maior controle do diâmetro anatômico do canal. definir a odontometria.
• Objetivo: determinar o comprimento de trabalho (CT) que
permite o estabelecimento do limite apical de trabalho. Técnica de ingle e Taylor (radiográfico)
CAD = Comprimento Aparente do Dente Þ Método convencional;
CRI = Comprimento Real do Instrumento Þ É o menos confiável;
CT = Comprimento Real de Trabalho Þ Feita manualmente;
CRT = Comprimento Real de Trabalho Odontometria eletrônica
CRD = Comprimento Real do Dente Þ Método eletrônico;
Þ Localizador foraminal;
CAD = Distância em mm da borda incisal/oclusal até o vértice radiográfico
Þ Precisa passar do forame e chegar no ligamento
CRI = CAD – 3mm
periodontal para para emitir o som indicativo. Esse som é
X = Espaço entre a ponta do instrumento e o vértice radiográfico indicativo que o instrumento está 1 mm aquém do ápice.
CRD = CRI + X Cuidados: Verificar a bateria do aparelho. O isolamento deve
CRT = CAD – 1 mm permitir campo seco. O canal radicular deve está úmido e
CT provisório = CAD – 2 mm câmara coronária seca. O eletrodo metálico deve estar do
lado oposto ao do dente a ser tratado. Evitar o contato da
1) Radiografia inicial/de estudo: utilizada para medir o lima com material restaurador metálico.
comprimento aparente do dente (CAD - distância em TÉCNICA ODONTOMETRIA ELETRÔNICA
milímetros da borda incisal ou oclusal e vértice radiográfico) 1.Isola-se o campo operatório com dique de borracha.
que vai sofrer intervenção endodôntica, porém passível de 2. Realiza-se a cirurgia de acesso à câmara pulpar.
distorções. Será medido com régua milimetrada transparente 3. Seca-se a câmara pulpar com o auxílio de algodão, tomando-se
(régua plástica). o cuidado para não secar o canal radicular.
2) A partir do CAD, subtraímos 3mm transferindo o valor para 4. Com auxílio da radiografia inicial, introduza a lima até 2/3 do
a lima de odontometria de no mínimo n˚ 15. Adaptar o canal radicular e conecte a lima ao eletrodo por meio do porta-lima.
5. O outro eletrodo, possui uma peça metálica em forma de gancho
cursor/stop na lima para marcar o comprimento que será
que deve ser colocada na comissura labial, ficando em contato com
introduzido no canal radicular que é o CRI ou CI (comprimento a bochecha do paciente.
real do instrumento ou comprimento inicial) è CRI = CAD - 3mm 6. O passo seguinte consiste no ajuste do ponteiro do mostrador do
3) Introduzir no canal o instrumento até o valor do CRI, aparelho na posição, este é o ponto de ajuste do aparelho.
ficando aquém do vértice radiográfico, para ser realizado uma 7. Após o ajuste, introduza a lima lentamente no interior do canal
nova radiografia. O instrumento deve ficar justo no canal, radicular até ouvir um som intermitente emitido pelo aparelho.
aproximado do diâmetro anatômico do canal. Esse som indica que o instrumento está 1 mm aquém do ápice.
4) Processada a radiografia, mede-se com régua mm 8. Ao ouvir o som intermitente, ajuste o cursor previamente
transparente, o espaço entre a ponta do instrumento e o colocado na lima, em um ponto referencial do dente, obtendo-se o
comprimento de trabalho.
vértice radiográfico. A esta medida teremos um valor X. De
9. Radiografe para confirmar se o instrumento está ou não na
posse desta medida X (no caso da foto abaixo foi igual a posição correta.
3mm) iremos acrescentar (somar) ao valor determinado pelo
CRI, totalizando desta forma o valor do CRD (Comprimento
Resumindo...
Real do Dente) è (CRD = CRI + X)
Preparo do terço cervical e médio com brocas Gattes 1, 2, 3 ou
5) O CRT (Comprimento Real de Trabalho) é a distância entre Gattes 1, 2 ou Largo 1 ou brocas L.A. (A cada troca de Gattes ,fazer
uma referência coronária e o provável limite CDC è CRT = CAD leve reinstrumentação com limas n˚ 15. ( Nunca Utilizar Gates 3 em
– 1 mm canais vestibulares e mesiais de molares).
Odontometria convencional: CRI = CAD – 3 mm, utilizar no mínimo
limas n˚15, após radiografia medir com régua transparente escolar
do ápice radiográfico até ponta da lima e fazer ajuste da lima para
1 mm aquém e radiografar novamente, se necessário.
Desbridamento foraminal (limas n˚ 10 ou 15, ou instrumento
utilizado na Odontometria) Fazer em todos os casos dentes com
polpa necrótica. (CRD+1 mm). Movimento de cateterismo, sem
alargamento do forame.

Obs: CRI objetiva dar margem de segurança para que o REFERÊNCIAS


instrumento não ultrapasse o forame apical e traumatize COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos da Polpa. Elsevier. 10 ed. 2011.
aquela região ESTRELA, Carlos. Endodontia laboratorial e clínica - Série Abeno
Obs: A subtração de 3mm do CAD é devido possíveis Odontologia Essencial – parte clínica. Artes Médicas, 2013
distorções da imagem na radiografia inicial, esse espaço LOPES, H.P.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.F. Endodontia: biologia e técnica. 3. ed.,
serve como margem de segurança. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

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endodontia 1
Diagnóstico em endodontia
INTRODUÇÃO 1. EXAMES SUBJETIVOS
• A dor odontogênica é o motivo mais frequente que ANAMNESE:
obriga o indivíduo a procurar o tratamento Representa o exame subjetivos realizado pela técnica
odontológico; do interrogatório do paciente, que direciona a
• O diagnóstico representa a base para a estruturação investigação ao surgimento dos sinais e sintomas
do tratamento odontológico, especialmente envolvidos no processo patológico, sempre
quando a queixa principal do paciente se relaciona questionando e ouvindo o paciente.
a dor. Logo, é indispensável obter informações à O que levou a procura à Qual fator estimula ou
sobre sinais e sintomas das doenças. do tratamento? diminuiu a dor?
à Quando apareceu a à Qual a frequência?
FASES DO DIAGNÓSTICO PARA A ESTRUTURAÇÃO DA dor?
à Onde se localiza a dor? à Qual intensidade?
HIPÓTESE DE DIAGNÓSTICO
à Como é a dor?
Semiogênese: gênese dos sinais e sintomas
(interrogatório do paciente)
• QUEIXA PRINCIPAL: finalidade que motivou o
Semiotécnica: recursos para coleta dos sinais e
paciente a procurar o tratamento.
sintomas (exame físico exploratório)
Obs: Descrita com as próprias palavras do paciente
Propedêutica: a análise, o estudo e a interpretação dos
‘’entre aspas’’. O paciente não transmite o real valor de
dados
sua queixa principal
• HISTÓRIA MÉDICA: sistema cardiorrespiratório,
DIAGNÓSTICO gastrintestinal, alergias, sensibilidade, doenças
1. Exames subjetivos passadas, doenças atuais, reconhecimento de alguma
2. Exames objetivos doença sistêmica
3. Exame de vitalidade pulpar
• HISTÓRIA DENTAL: aparecimento da dor (provocada
4. Exames radiográficos
ou espontânea), duração (curta ou longa)
5. Exames complementares
• CARACTERÍSTICAS DA DOR
SEDE à Localizada
RECURSOS SEMIOGÊNICOS E SEMIOTÉCNICOS PARA à Difusa
ESTRUTURAÇÃO DO DIAGNÓSTICO APARECIMENTO à Provocado
ANAMNESE àTécnica do interrogatório à Espontâneo
àTécnica da exploração DURAÇÃO à Curta
à Longa
Inspeção
EXAME CLÍNICO Exploração FREQUÊNCIA à Intermitente
à Contínua
Palpação à Leve
Percussão à Moderada
INTENSIDADE
àTécnica de estimulação à Severa
EXAME DE Teste térmico à Cessa com analgésico
VITALIDADE PULPAR Teste elétrico à Grau de 0 a 10
Teste mecânico
Outros testes Obs: Aparecimento: A DOR PROVOCADA depende do
EXAME POR IMAGEM àTécnica da interpretação agente etiológico e da intensidade da agressão, existe
radiográfica a possibilidade de desaparecimento dos sintomas com
a eliminação do fator desencadeante.
EXAMES àTécnica da investigação
A DOR ESPONTÂNEA sugere alterações inflamatórias,
COMPLEMENTARES
necessitando avaliação das condições clínicas do tecido
pulpar para definir a melhor opção de tratamento
Obs: A intensidade da dor é outra característica clínica
muito variável descrita com muita subjetividade, e
relacionada não apenas como o envolvimento
patológico e limiar de dor paciente como também, com
a emotividade e o aspecto psicológico

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endodontia 2

2. EXAMES OBJETIVOS (exame clínico) 3. TESTES DE VITALIDADE PULPAR (TVP)


• INSPEÇÃO Teste extremamente útil no diagnóstico clínico,
EXTRA-ORAL: aparência geral, assimetria facial, capazes de testar o estado de normalidade, inflamação
fístulas cutâneas, envolvimento de nódulos ou necrose pulpar
linfáticos
INTRA-ORAL: deve ser minuciosa e completa TESTE TÉRMICO
Verificar mucosa dos lábios, bochecha, palato e • As alterações inflamatórias pulpares relacionam-se
assoalho. Se há presença de fístulas (parúlides), com alterações vasculares (modificação da pressão
edema, presença de cárie, restaurações extensas, interna pulpar), agentes que promovam mudanças
fratura coronária, alterações de cor da coroa dental. nas mesmas (vasoconstrição ou vasodilatação) são
recursos expressivos capazes de induzir estímulos nas
Obs: Examinar o sulco gengival com sonda periodontal terminações nervosas, expressando o possível estado
Obs: Verificar a origem da lesão: periodontal ou clínico tecidual.
endodôntica
Obs: Alterações inflamatórias pulpares = alterações
CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS vasculares (pressão interna pulpar)
DO DENTE IMPORTANTES NO Obs: Utilização de agentes que induz a vasodilatação
DIAGNÓSTICO ENDODÔNTICO ou vasoconstrição
CAVIDADE Aberta (exposição pulpar) Obs: As fibras nervosas são as últimas a entrarem em
Fechada (sem exposição) degeneração, e em dentes com necrose pulpar, pode
RIZOGÊNESE Completa ocorrer sensibilidade quando essas fibras são
Incompleta estimuladas
TVP Positivo ao frio
Negativo ao frio TESTE COM gás refrigerante/ bastão de gelo/
Positivo ao calor FRIO gelo seco
Negativo ao calor TESTE PELO guta-percha em bastão aquecido em
CALOR chama de lamparina
• PALPAÇÃO
Verificar se há edema? dor? TESTE COM FRIO
Determina a partir da percepção tátil a consistência e • Estímulos nas terminações nervosas pulpares que
textura dos tecidos, a aderência, mobilidade e lisura, causam vasoconstrição
além de caracterizar respostas dolorosas frente a esse • Quanto maior a redução da temperatura, maior o
tipo de estimulação. estímulo.
• Deve-se ser feito inicialmente nos dentes adjacentes
• PERCUSSÃO ou até análogo ao dente em questão, de posterior
VERTICAL: revela se existe inflamação em torno do para anterior para posteriormente ser realizado no
ligamento periapical (inflamação periapical) dente em questão. O tempo de aplicação deve ser de
HORIZONTAL: revela se existe inflamação em torno do aproximadamente 1 a 2 segundos, sendo repetido
ligamento periodontal (inflamação periodontal) após intervalor de 5 minutos.
• A ausência de resposta dolorosa após a remoção do
Mobilidade estímulo pode indicar que a polpa dentária está
necrosada, uma vez que a presença de resposta
Grau 1: ligeiramente maior que o normal positiva é indicativa de vitalidade pulpar.
Grau 2: moderadamente maior que o normal
Grau 3: mobilidade grave vestibulolingual e PASSO A PASSO TESTE FACIMP
mesiodistal, combinada com deslocamento vertical 1. Isolar relativamente o dente, secar com gaze
2. Instruir o paciente a levantar a mão
3. Realizar o teste em dente adjacente primeiro (1/3
médio face vestibular ou oclusal)
4. Em seguida no elemento em questão
5. Tempo de aplicação 1 a 2 segundos, intervalo de 5
minutos (repetição)

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endodontia 3
TESTE TÉRMICO – CALOR 4. EXAME RADIOGRÁFICO
• Diagnóstico diferencial Posteriormente à tabulação de dados relativos aos
• Dificuldade em identificar o dente sinais e sintomas (anamnese, exame clínico, exame de
• Não é aplicado com rotina vitalidade pulpar), a observação e interpretação dos
aspectos radiográficos podem favorecer o diagnóstico
PASSO A PASSO TESTE COM CALOR clínico, e sugerir a partir de um determinado aspecto,
1. Isolar e lubrificar o dente com vaselina imagens condizentes de destruições dentárias e
2. Aquecer a guta-percha em lamparina a álcool até ósseas.
que fique brilhosa Obs: É valioso o uso de radiografia para o rastreamento
3. Aplicar no terço médio da face vestibular de trajeto fistuloso
4. Orientar o paciente a levantar a mão Obs: exame com mais riqueza de detalhes:
Tomografia computorizada
RESPOSTA PULPAR – VITALIDADE
POSITIVA: quando responde aos testes térmicos DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
NEGATIVA: quando não responde aos testes térmicos • Nas situações em que não se define o provável
diagnóstico clínico, deve-se considerar diferentes
RESPOSTA PULPAR FRENTE AOS TESTES TÉRMICOS possibilidades para o diagnóstico, a partir do
ESTÍMUL POLPA NORMAL POLPA INFLAMADA diagnóstico diferencial, até se obter o diagnóstico
O final.
Vasoconstrição Vasoconstrição • Displasia cementária periapical X lesões periapicais
Diminuição da Diminuição da • Abscesso periodontal X abscesso periapical sem
FRIO pressão interna pressão interna fístula
Dor (resposta Alívio da dor
imediata) Às vezes ‘’estimula a
dor’’
Vasodilatação Vasodilatação
Aumenta a Aumenta a pressão
CALOR pressão interna interna
Dor (resposta Dor (resposta
tardia) imediata)
Dano tecidual

Obs: existem ainda outros testes, como o teste pulpar


elétrico, teste de anestesia e teste de cavidade
(mecânico). Contudo, na rotina, os mais usados são os
testes térmicos.

REFERÊNCIAS
ESTRELA, Carlos. Endodontia Laboratorial e Clínica
- Série Abeno: Odontologia Essencial – Parte
Clínica. São Paulo: Artes Médicas, 2013.

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endodontia clínica 1

Alterações periapicais
Tratamento e diagnóstico
1. PERIODONTITE APICAL AGUDA 2. ABSCESSO PERIRRADICULAR AGUDO
2. ABSCESSO PERIRRADICULAR AGUDO • Pode ser a evolução da periodontite apical aguda
3. PERIODONTITE APICAL CRÔNICA • Reposta inflamatória não consegue eliminar o
4. GRANULOMA PERIRRADICULAR agente agressor
5. CISTO PERIRRADICULAR
• Há exacerbação por uma resposta inflamatória
6. ABSCESSO PERIRRADICULAR CRÔNICO
purulenta
• Pode evoluir para uma angina - disseminação da
Todas as alterações periapicais o TVP é negativo
infecção pode levar a morte
Sinais e sintomas
1. PERIODONTITE APICAL AGUDA
• Dor espontânea, pulsátil, lancinante e localizada
• Resposta inflamatória aguda no periodonto
• Linfanenite regional, febre e mal-estar
• Dor espontânea
• Dor (intraósseo)
• Aumento da permeabilidade vascular (edema)
• Tumefação
• Características histopatológica: hiperemia e
Inspeção intra-oral
infiltrado inflamatório
• Tumefação intra e ou extra-oral
Sinais e sintomas
• Flutuante ou não
• Sensação de dente ‘’crescido’’
• Dor provocada por pressão mastigatória • Fase inicial: ligamento periodontal
• Mobilidade dentária
• Dor intensa, espontânea e localizada
• Ausência ou discreta mobilidade dentária • Ligeira extrusão dentária
• Dor à percussão vertical (positiva) • Testes pulpares: NEGATIVOS
• Palpação e percussão: POSITIVOS
• Dor à palpação apical
Características radiográficas
• Sensibilidade pulpar negativa (TVP negativo)
• Cistos ou granuloma: destruição óssea
• Possibilidade de escurecimento coronário
• Extensão da necrose: espessamento do espaço do
ligamento periodontal
Obs: Se assemelha a pulpite irreversível, difere da
Tratamento
pulpite irreversível no teste de vitalidade. Pois a pulpite
irreversível a polpa ainda está viva. • Drenagem da secreção purulenta (via canal ou
mucosa)
Características radiográficas • Analgésicos/ anti-inflamatórios/ antibióticos
• Possibilidade de espessamento do espaço ANTIBIÓTICOS INDICADOS
periodontal Amoxilina (comprimidos solúveis) à875 mg de 12 em 12 h
Amoxilina (cápsulas) à 500 a 300mg de 6 em 6 h
• Lâmina dura contínua
Clindamicina à 150 a 300 mg de 6 em 6 h
Metronidazol à 400 mg de 8 em 8 h
Tratamento Metronidazol (associado a amoxilina)à250 a 400 mg de 8 em
• Tratamento endodôntico com desbridamento 8h
foraminal – MIC Ciprofloxacin à 500 mg de 12 em 12 horas
• Alívio oclusal Azitromicina à 250-500 mg por 1x por dia
• Analgésico e anti-inflamatório

Obs: Cavidade aberta: quando não se tem mais teto da


câmara

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endodontia clínica 2

3. PERIODONTITE APICAL CRÔNICA 5. CISTO PERIRRADICULAR


Sem dor e de forma silenciosa • Originado de um granuloma que se tornou
Características histopatológicas epiteliado
• Resposta inflamatória é capaz de reduzir a • Nem todo granuloma progride para um cisto
intensidade da agressão • Infecção endodôntica de longa duração
• Infiltrado inflamatório crônico Características histopatológicas
• Início da formação do granuloma • Cavidade com material fluído o semissólido
Sinais e sintomas
Sinais e sintomas: AUSENTES • Teste de sensibilidade negativo
Testes pulpares: NEGATIVO • Sinais ausentes ou esporádicos
Palpação e percussão: NEGATIVO • Sensação de pressão
Características radiográficas Características radiográficas
• Espaço do ligamento periodontal normal ou • Rarefação óssea bem definida, delimitada por uma
espessado linha radiopaca contínua
Tratamento • De contorno arredondado
• Tratamento endodôntico com desbridamento • Pode assumir grande diâmetro
foraminal + MIC Tratamento
• Tratamento endodôntico com desbridamento
4. GRANULOMA PERIRRADICULAR foraminal + MIC (pode haver mais de uma sessão de
• É uma infecção de muito tempo medicação intracanal)
• É uma proliferação de tecido de granulação em • Se há fracasso no tratamento: cirurgia
continuidade com o periodonto parendodôntica
• Reação inflamatória crônica, de longa duração,
induzido por agentes agressores Obs: o cisto é o resultado da resposta do hospedeiro
• Infiltrado de linfócitos, plasmócitos e macrófogos na frente à uma agressão e não é a fonte em si da irritação
região do forame apical e formação de tecido de Obs: pode afetas os dentes vizinhos pelo forame apical
granulação
Sinais e sintomas 6. ABSCESSO PERIRRADICULAR CRÔNICO
• Teste de sensibilidade negativo • Egresso gradual de irritantes para os tecidos
• Ausência de dor perirradiculares
• Escurecimento da coroa dental • Formação de exsudato purulento no granuloma
• Ausência de dor a percussão horizontal e vertical • Cronificação do abcesso perirradicular agudo
• Possibilidade de dor na palpação apical Sinais e sintomas
• Ausência de edema • Assintomático
Características radiográficas • Drenagem intermitente ou contínua (fístula)
• Área radiolúcida bem circunscrita • Intraoral ou exrtaoral
• Perda da integridade da lâmina dura • TVP: NEGATIVO
• Reabsorção óssea e substituição por tecido • Percussão e palpação: NEGATIVO
granulomatoso Características radiográficas
Tratamento • Destruição óssea perirradicular
• Tratamento endodôntico com desbridamento • Limites não bem definidos
foraminal + MIC
• Se há fracasso no tratamento: cirurgia
parendodôntica

REFERÊNCIA
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.F. Endodontia: biologia e técnica. 3. ed.,
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

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endodontia e dentística clínica 1
traumatismos DENTáRIos
Tipos, características e métodos de diagnóstico
O que é um traumatismo? 1˚ PASSO: ANAMNESE (exame subjetivo)
– São lesões de extensão, intensidade e gravidade • Identificação • O que aconteceu?
variáveis, de origem acidental ou intencional, causada • Quando? • Como?
por uma agressão térmica, química ou mecânica que • Onde? • Por que?
atuam no dente, cuja magnitude supera a resistência • Condições gerais de • Nível de consciência?
encontrada nos tecidos ósseo, muscular e dentário saúde? • Histórico
decorrentes de acidentes, espancamentos, brigas, entre
outros; afetando assim a região da boca e dos dentes; 2˚ PASSO: ASSEPSIA
– Os traumas dentários são inesperados, acidentais e – Objetiva avaliar a extensão da lesão(s), evitar infecção,
requerem um atendimento de urgência, sendo um eliminar corpos estranhos e favorecer à cicatrização;
atendimento peculiar a cada experiência; – Realizado com soro fisiológico ou Clorexidina 0,12% e gaze.
– O cuidado imediato e a continuidade do tratamento 3˚ PASSO: DIAGNÓSTICO
odontológico são decisivos no prognóstico à para • Exame clínico + Radiográfico
evitar alteração de cor do dente acometido pelo trauma, • Um correto diagnóstico, com precisão, influencia
sensibilidade/dor e a perda dentária; diretamente no tratamento, nas orientações e no
– São lesões em que o tempo do trauma até o momento prognóstico
a ser tratado interfere diretamente no prognóstico. Obs: hoje em dia usa-se muito da Teleodontologia –
Obs: Apesar de a queda ser a causa mais prevalente para os diagnóstico remoto
traumas dentários em crianças, outros motivos estão
frequentemente associados, como atividades esportivas, EXAME CLÍNICO:
ciclismo, violência e acidentes de trânsito. – HISTÓRIA MÉDICA: Possíveis doenças, medicações, alergias,
Obs: O trauma dental é a 2˚ doença bucal mais frequente! vícios , gravidez.
– HISTÓRIA DO TRAUMA: Conhecer, saber como, quando e
Prevenção de traumas dentais onde ocorreu o acidente.
Ø As ações preventivas relacionadas aos traumas dentais – EXAME EXTRA-ORAL: Análise de sinais visíveis de laceração
podem ser realizadas tanto no âmbito individual quanto facial, edemas, fragmentos de objetos, disformia facial.
no coletivo: Investigar dores na articulação temporomandibular,
– Promover a adequação das condições físicas dos locais de indicadores de luxação ou fraturas.
circulação da comunidade, incluindo principalmente os – EXAME INTRA-ORAL: tecidos moles (inspeção e a palpação)
espaços coletivos como creches, escolas, instituições de e tecidos duros / sustentação (Avaliar e anotar o grau de
longa permanência, centros de saúde e calçadas; mobilidade dos elementos dentarias; Checar e localizar a
– Informar a comunidade sobre como proteger os elementos fratura do elemento dentário ou ósseo; Teste de vitalidade
dentais; pulpar)
– Utilizar protetores bucais e faciais adequados a cada
esporte durante a atividade física; EXAME RADIOGRÁFICO
– Evitar hábitos deletérios, que podem gerar sobrecarga e – O exame deve sempre ser feito na consulta inicial, para
fratura do elemento dental; orientar o reposicionamento do dente traumatizado,
– Realizar correção ortodôntica; avaliar a estrutura dentária remanescente e verificar quais
Fatores associados ao tipo e gravidade da lesão, as dentes foram envolvidos. Nas sessões subseqüentes, será
sequelas e prognóstico: útil para análise da consolidação de fraturas, análise da
• Tipo e o momento do tratamento de emergência evolução/cura das lesões, bem como para observação do
fornecido surgimento/interrupção dos processos de reabsorção.
• Direção e intensidade da força
• Estágio de desenvolvimento dentário CLASSIFICAÇÃO DOS
• Idade TRAUMATISMOS DENTÁRIOS
1. Traumas do tecido dentário e tecido pulpar
Fatores clínicos predisponentes: Overjet acentuado e 2. Traumas dos tecidos periodontais
proteção labial 3. Trauma da gengiva e mucosa oral
4. Traumas do tecido ósseo de suporte

Obs: um tratamento adequado, orientação correta e


prognóstico bom dependem de 3 passos: ANAMNESE,
ASSEPSIA E DIAGNÓSTICO

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endodontia e dentística clínica 2
1. TRAUMA DOS TECIDOS FRATURA CORONORRADICULAR
DENTÁRIOS E À POLPA (mineralizados) • Fratura envolvendo esmalte, dentina e cemento, com
• Fratura coronária perda de estrutura do dente, com ou sem exposição da
Trinca de esmalte
Fratura coronária de esmalte
polpa;
Fratura coronária de esmalte-dentina • Fratura da coroa que se estende abaixo da margem
• Fratura coronária complicada gengival (sem exposição da polpa);
Fratura coronária de esmalte-dentina-polpa • Teste de percussão sensível para o fragmento coronal
• Fratura coronorradicular
Fratura coronorradicular sem envolvimento da polpa
que apresenta mobilidade gengival (sem exposição da
Fratura coronorradicular com envolvimento da polpa polpa);
• Fratura radicular • Teste de sensibilidade pulpar ao frio geralmente
positivo para fragmento apical gengival (sem exposição
TRINCA DE ESMALTE da polpa)
• Fratura incompleta do esmalte, sem perda de estrutura • TRATAMENTO: Sem exposição pulpar deve-se
dentária; imobilizar o fragmento.
• Não há sensibilidade à percussão.
• Precisa de monitoramento, para verificar se prejudicou FRATURA CORONORRADICULAR
o ligamento periodontal. COM ENVOLVIMENTO DA POLPA
• TRATAMENTO: não necessita de tratamento. • Fratura envolvendo esmalte, dentina e cemento,
FRATURA CORONÁRIA DE ESMALTE expondo a polpa;
• Fratura completa do esmalte com perda de estrutura; • Teste de percussão com sensibilidade;
• Sem exposição dentinária; • Fragmento coronal móvel;
• Sensibilidade ao frio geralmente é positivo; • Sensibilidade ao frio.
• Sem mobilidade; • TRATAMENTO: com exposição pulpar fazer
• TRATAMENTO: Restauração. pulpectomia e manutenção do fragmento em posição
FRATURA CORONÁRIA DE ESMALTE-DENTINA através da colagem provisória com resina composta.
• Fratura completa do esmalte e dentina com perda de
estrutura, sem exposição pulpar; FRATURA RADICULAR
• Dente com hipersensibilidade provocada; • Segmento coronal pode estar móvel, podendo ser
• Teste de percussão sem sensibilidade; deslocado;
• Sem mobilidade; • Possível sensibilidade à percussão e sangramento do
• Teste de sensibilidade pulpar ao frio geralmente sulco gengival;
positivo; • Testes de sensibilidade pode apresentar resultados
• TRATAMENTO: Restauração em resina composta, negativos inicialmente, indicando dano pulpar
colagem de fragmento viável e restauração com transitório ou permanente;
ionômero de vidro. • Descoloração transitória da coroa (vermelho ou cinza)
FRATURA CORONÁRIA DE ESMALTE-DENTINA-POLPA pode ocorrer;
• Fratura completa do esmalte e dentina com perda de • O fragmento coronal pode apresentar-se extruído.
estrutura, com exposição pulpar; • Quanto à direção: horizontais, verticais (único
• É denominada complicada, pois demanda maior tratamento é exodontia) e oblíquas.
intervenção e proservação • TRATAMENTO: deve ser imediato. Reposicionar o
• Sem mobilidade; fragmento coronário através de firme pressão digital à
• Teste de percussão: sem sensibilidade; verificar radiograficamente a redução da fratura à
• Polpa exposta sensíveis a estímulos ao frio. contenção semi-rígida à checar oclusão e ajustar para
• TRATAMENTO: fazer tratamento conservador quando a corrigir toques prematuros e deixar em infra-oclusão à
exposição for curta em menos de 24 horas (capeamento período mínimo de imobilização: 1 mês (fratura apical),
pulpar, curetagem ou pulpotomia) e Radical com 4 meses (fratura cervical) à controle clínico e
exposição longa (tratamento endodôntico); radiográfico nesse período.
• Deve-se controlar hemorragia sem aplicar nenhum
hemostático; Obs: A maioria das lesões dentárias, tanto na dentição
decídua quanto na dentição permanente, acometem os
• Traumatismo a nível de terço cervical deve-se fazer
incisivos centrais superiores e o segundo grupo de dentes
reabilitação com pino + tratamento endodôntico.
mais acometido são os incisivos laterais superiores.

Obs: Traumatismo sem exposição pulpar com polpa


avermelhada = capeamento pulpar + restauração
Traumatismo sem exposição pulpar com polpa enegrecida
= tratamento endodôntico
A: fratura de esmalte; B: fratura de esmalte e dentina; C: fratura de esmalte-
dentina- polpa.

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endodontia e dentística clínica 3
2. TRAUMA DOS TECIDOS • LUXAÇÃO INTRUSIVA: Deslocamento do elemento
PERIODONTAIS dental em relação ao osso do processo alveolar.
• Concussão Clinicamente, a coroa se apresenta encurtada e existe
• Subluxação
• Luxação extrusiva
sangramento gengival.
• Luxação lateral TRATAMENTO: rizogênese incompleta aguardar a
• Luxação intrusiva erupção espontânea. Em casos de rizogênese completa e
• avulsão busca tratamento tardiamente, realizar
reposicionamento ortodôntico. Quando o atendimento é
• CONCUSSÃO: Lesão de tecidos de suporte sem perda ou de urgência, realizar reposicionamento cirúrgico.
deslocamento do elemento dental. Pode levar a
Metaplásia Cálcica da polpa. • AVULSÃO: Deslocamento total do elemento dental.
TRATAMENTO: ajuste oclusal e deixar o dente em Clinicamente, o alvéolo dental fica vazio ou preenchido
infraoclusão. Dieta mole por 7 a 14 dias. Medicação com coágulo sanguíneo. O prognóstico depende do
antinflamatória/analgésica. Acompanhamento clínico e tempo extra-alveolar, do meio de armazenamento
radiográfico/tomográfico. dental (leite) e do manuseio do dente (não lavar o dente).
TRATAMENTO: preparo do paciente e do alvéolo sem
• SUBLUXAÇÃO: Lesão dos tecidos de suporte com limpar as paredes do alvéolo à exame radiográfico à
presença de hemorragia gengival. Afetam os tecidos de remoção cuidadosa do coágulo à reposicionamento do
sustentação e as estruturas pulpares. Laceram as fibras dente à imobilização flexível à tratamento
do ligamento periodontal, causando sangramento e endodôntico radical, com trocas de medicação
edema. Tem mobilidade mas não desloca o elemento intracanal.
dentário.
TRATAMENTO: imobilização flexível por um período 3. TRAUMAS DO TECIDO MOLE
máximo de 15 dias à ajuste oclusal à dieta mole à (GENGIVA E MUCOSA ORAL)
medicação anti-inflamatória à acompanhamento clínico • Contusão
e radiográfico/tomográfico. • Abrasão
• Laceração
• LUXAÇÃO EXTRUSIVA: O elemento dental se desloca Os Traumatismos à gengiva ou à mucosa apresentam-se
parcialmente no sentido axial do alvéolo dental. como:
Presença de sangramento e aparência do dente – CONTUSÃO(menor dano)
alongado. Grande mobilidade dentária. Lesão associada a um intenso quadro hemorrágico, com
Radiograficamente há o aumento do espaço do formação de edema e hematoma, porém sem ruptura da
periodonto apical. pele ou mucosa
TRATAMENTO: cuidados iniciais à reposicionamento Tratamento: aplicação de compressa fria e prescrição de
atraumático do dente à verificação radiográfica à medicação analgésica quando necessário
imobilização flexível por 2 semanas à alívio oclusal à – ABRASÃO (‘’ralado’’)
reposicionamento tardio tem grande dificuldade Sem ruptura do tecido. Associada a sujeita oriunda do local
digitalmente, pode ser necessário um tratamento do acidente.
ortodôntico à acompanhamento clínico e TRATAMENTO: limpeza da área com gaze embebida em
radiográfico/tomográfico. solução salina ou anti-séptica e alguns casos raspagem com
bisturi.
• LUXAÇÃO LATERAL: Deslocamento irregular do – LACERAÇÃO (maior dano)
elemento dental do alvéolo dental que pode ser Ruptura mais profunda de tecido conjuntivo e deve-se
acompanhada por fratura ou esmagamento do osso observar se há corpos estranhos na lesão.
alveolar. Há a ruptura de osso alveolar. Como houve TRATAMENTO: limpeza e remoção cuidadosa de todos os
ruptura do feixe vasculonervoso a nível de forame apical, fragmentos, irrigação da ferida com solução salina e sutura
deve-se fazer tratamento endodôntico. por planos, sob anestesia local, complementada pela
TRATAMENTO: reposicionamento atraumático do dente injeção de anestésico contendo adrenalina no interior da
à firme pressão digital no fundo de vestíbulo em direção ferida.
incisal à posteriormente fazer a pressão em direção
apical à compressão vestibular e lingual/palatina à 4. TRAUMA DO TECIDO ÓSSEO DE SUPORTE
verificação radiográfica/tomográfica à contenção semi- • A fratura envolve o osso alveolar e pode se estender ao osso
rígida por 4 semanas à ajuste oclusal adjacente (maxila e mandíbula);
àreposicionamento tardio fazer tratamento • Observa-se comumente mobilidade e deslocamento do
ortodôntico. segmento com diversos dentes em movimento ao mesmo
tempo;
• Frequentemente nota-se interferência oclusal:
• Testes de sensibilidade podem ou não ser positivos.

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endodontia e dentística clínica 4
REFERÊNCIAS
ANDERSSON, Lars et al. International Association of Dental
Traumatology guidelines for the management of traumatic
dental injuries: 2. Avulsion of permanent teeth. Dental
Traumatology, v. 28, n. 2, p. 88–96, abr. 2012.
BARROS, ÍRIS R. V.; PEREIRA, K. R.; SANTOS, A. L. C. M.; VÉRAS, J.
G. T. DE C.; PADILHA, E. M. F.; PEREIRA, K. R.; LESSA, S. V.; LINS, F.
F. Traumatismos dentários: da etiologia ao prognóstico, tudo
que o dentista precisa saber. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n.
45, p. e3187, 2 abr. 2020.
Bitencourt, Sandro & Wanderli, Daiana & Oliveira³, Reis & Terra,
Aline & Jardim, Biazon. (2015). ABORDAGEM TERAPÊUTICA DAS
FRATURAS DENTÁRIAS DECORRENTES DO TRAUMATISMO
DENTÁRIO THERAPEUTIC APPROACH OF FRACTURE DENTAL
CAUSED OF DENTAL TRAUMA. Revista Regional de Araçatuba,
Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas. 24-29.
Petti, S, Glendor, U, Andersson, L. World traumatic dental injury
prevalence and incidence, a meta-analysis—One billion living
people have had traumatic dental injuries.

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endodontia e dentística clínica 5
TRINCA DE ESMALTE DENTES DECÍDUOS DENTES PERMANENTES

Características clínicas Linha de fratura incompleta visível no dente Linha de fratura incompleta visível no dente

Radiografia diagnóstica Não indicada Periapical. Não se evidencia alterações

Tratamento Não há necessidade Geralmente, não há necessidade

Acompanhamento clínico- Não há necessidade Não há necessidade


radiográfico

FRATURA CORONÁRIA DE DENTES DECÍDUOS DENTES PERMANENTES


ESMALTE

Características clínicas Perda da camada de esmalte do dente. Fratura Perda da camada de esmalte do dente
completa do esmalte com perda de estrutura

Radiografia diagnóstica Não há necessidade Oclusal, periapical e laterais

Tratamento Polimento nas bordas da fratura Polimento, colagem ou restauração do dente

FRATURA CORONÁRIA DE DENTES DECÍDUOS DENTES PERMANENTES


ESMALTE-DENTINA

Características clínicas Perda visível da camada de esmalte e dentina Perda visível da camada de esmalte e dentina

Radiografia diagnóstica Não há necessidade Oclusal, periapical e laterais. Alguns casos em


tecidos moles lacerados

Tratamento Restauração com CIV ou resina Colagem, restauração com CIV ou resina

FRATURA CORONÁRIA DE DENTES DECÍDUOS DENTES PERMANENTES


ESMALTE-DENTINA-POLPA

Características clínicas Fratura envolvendo esmalte e dentina com perda Fratura envolvendo esmalte e dentina com perda da
da estrutura dentária e exposição da polpa estrutura dentária e exposição da polpa

Radiografia diagnóstica Oclusal Oclusal, periapical e laterais. Alguns casos em


tecidos moles lacerados

Tratamento Capeamento direto, pulpotomia ou extração. Capeamento ou pulpotomia parcial.

FRATURA DENTES DECÍDUOS DENTES PERMANENTES


CORONORRADICULAR

Características clínicas Fratura envolvendo esmalte, dentina e cemento Fratura envolvendo esmalte, dentina e cemento com
com perda da estrutura dentária não envolvendo perda da estrutura dentária não envolvendo polpa.
a polpa. Dor à percussão e mastigação Dor à percussão e mastigação

Radiografia diagnóstica Oclusal. Oclusal, periapical e laterais. Alguns casos


tomografia.

Tratamento Remoção do fragmento e restauração ou Estabilização do fragmento. Remoção do fragmento


extração que dependerá da maturidade e e restauração provisória, gengivectomia, extrusão,
cooperação da criança. Cuidados pós ortodôntica, cirúrgica, decoronação e extração.
atendimento Cuidados pós atendimento.

FRATURA RADICULAR DENTES DECÍDUOS DENTES PERMANENTES

Características clínicas Dor à percussão, possível mobilidade e extrusão. Dor à percussão, possível mobilidade e extrusão.
Alteração cromática para cinza ou rosa Sangramento no sulco gengival. Alteração cromática

Radiografia diagnóstica Oclusal e periapical Oclusal, periapical e laterais.

Tratamento Quando não há deslocamento, apenas Reposicionamento e contenção semi-rígida por 4


acompanhar. Dependendo da posição da fratura semanas nos terços apical e médio. No terço cervical,
ao longo da raiz, indica-se o reposicionamento, contenção rígida por 4 meses. Cuidados pós
possível contenção ou exodontias. atendimento.

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