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Bases da iniciação à equitação

Mecânica e Andamentos
EQUILÍBRIO

ESTÁTICA
ATITUDES
Aprumos

IMPROGRESSIVOS

MECÂNICA ANIMAL Deitar,


Levantar,
Empino,
Coice

CINEMÁTICA MOVIMENTOS
PROGRESSIVOS

ANDAMENTOS

Naturais
Adquiridos
Marchados
Saltados
Laterais
O animal está em EQUILÍBRIO quando a vertical baixada do seu centro
de gravidade cai dentro da base de sustentação

Base de Sustentação é o espaço limitado pelas linhas que unem os


centros das extremidades inferiores dos membros, ou seja um
rectângulo.

A base de sustentação pode ser quadripedal, tripedal, bipedal e unipedal


LIVRE
ESTAÇÃO

FORÇADA

ATITUDES
DECÚBITO
ESTERNOCOSTAL
DECÚBITO

DECÚBITO
LATERAL
Estação

Estação livre
é aquela que o animal são,
toma naturalmente, e
comporta o apoio sobre os
membros anteriores e
alternadamente sobre um
dos posteriores.
O posterior em descanso
está meio flectido, metido
para dentro e para baixo do
corpo, apoiando-se na
pinça.
Estação

Estação forçada
é aquela em que o animal
descansa o corpo igualmente
nos quatros membros.
Esta forma de estação só é
assumida pelo animal obrigado e
abandona-a logo que pode.
Conforme a direcção dos eixos
dos membros, a estação forçada
toma três aspectos:
Estação
- Quadrada , quando os eixos dos
membros são verticais; a distância do bípede
anterior ao posterior deve ser igual a três
quartos da altura;

- Concentrada , se os eixos dos


membros convergem para o centro tomando
uma direcção oblíqua de fora para dentro;

-Estendida , se os membros anteriores


se afastam para diante e os posteriores para
trás.
Estação
Se qualquer dos anteriores se furta ao apoio, desviando-se para
diante e para fora, diz-se que o animal aponta e é sintoma de lesão
nesse membro.

Se o apoio é mais insistente sobre um posterior do que no outro,


indica lesão no mais aliviado.
Decúbito
É a verdadeira atitude de repouso em que o tronco descansa
directamente sobre o solo, aliviando inteiramente os membros.

Para se deitar,
o cavalo concentra os membros, baixa a cabeça, dobra
os membros, mais os anteriores, e deixa-se cair para
um dos lados.
Para se levantar
estende a cabeça e o pescoço vivamente para cima e
para trás, depois firma-se nos membros anteriores,
elevando os quartos dianteiros, e, finalmente, ergue os
quartos traseiros.

O cavalo toma duas espécies de decúbitos:


1. externo-costal
2. lateral
Decúbito
Decúbito externo-costal
o animal fica apoiado sobre o esterno e um dos lados do corpo,
mantendo a cabeça e o pescoço levantados e inclinados para o lado
oposto àquele sobre que descansa o corpo e com os membros em meia
flexão.

Este decúbito é
direito ou esquerdo,
conforme o lado
sobre o que o
animal descansa.
Decúbito
Decúbito lateral
o animal repousa sobre todo o lado do corpo; cabeça, pescoço, tronco
e membros contactam com o solo. É frequente no poldro, mas só se
observa nos equinos adultos quando extenuados, após um grande
esforço ou grave enfermidade.
MOVIMENTOS
Empino ou Improgressivos
encabritamento
É a estação erecta dos quadrúpedes.
O cavalo para se empinar concentra-se,
avançando quanto pode os membros
posteriores, impele o centro de gravidade
para trás e para baixo por um brusco e
largo movimento do balanceio céfalo-
cervical, imediatamente depois levanta o
corpo pelo enérgico impulso dos membros
anteriores, ao mesmo tempo o coxal gira
sobre as cabeças dos fémures, erigindo a
coluna vertebral.
Esta posição, pela violência dos esforços
que exige, e pela instabilidade do seu
equilíbrio, só se pode manter durante
pouco tempo.
MOVIMENTOS
Improgressivos
Empino ou
encabritamento

Os cavalos bastante fortes e


enérgicos que conseguem aguentar-
se nesta posição, fazem-no
equilibrando-se por meio de
constantes deslocamentos.

Esta atitude é muito fatigante para


curvilhões e boletos e é perigosa, pois
pode suceder o cavalo cair para trás
sobre o dorso e nuca.
MOVIMENTOS
Improgressivos
Empino ou encabritamento

É executado na ocasião da cópula.

Constitui ainda uma manifestação de


alegria e é também uma postura de ataque
ou defesa.

O cavalo empina-se ainda por medo, por


impaciência ou como recusa à execução de
qualquer movimento solicitado pelo homem.
MOVIMENTOS
Improgressivos

Empino ou encabritamento

É a atitude de ataque mais frequente nos


garanhões; é sinal de força e energia.

A construção própria do cavalo que se empina é


uma antemão leve, rins, curvilhão e boletos fortes,
músculos extensores do ráquis e dos membros
posteriores bastante potentes.
MOVIMENTOS
Improgressivos

Coice

É a elevação dos quartos traseiros com projecção dos membros para


trás.
O cavalo que escouceia começa por deitar as orelhas para trás, baixa
o balanceiro céfalo-cervical, afim de puxar o centro de gravidade para
diante e para baixo, firma-se nos membros anteriores e projecta os
membros posteriores para trás.
Mais ainda do que no empino, o equilíbrio durante o coice é
muito instável, e a posição dura apenas o tempo da sua execução;
pode, porém, repetir-se um grande numero de vezes seguidas.
MOVIMENTOS
Improgressivos
Coice

É geralmente um movimento de ataque, muito comum na égua;


algumas vezes, porém, é apenas uma manifestação de vivacidade e
alegria;
É também um dos tempos de execução de algumas formas de salto.
O homem consegue pôr os equinos na impossibilidade de escoucear,
mantendo-lhes a cabeça muito levantada.
Os equinos por vezes escoiceiam só com um dos membros, tomando
então o nome de pernada.
MOVIMENTOS
Progressivos

ANDAMENTOS
ANDAMENTOS

São as diferentes formas por que os animais


terrestres se deslocam, servindo-se dos respectivos
membros locomotores.
Quando os quatro membros realizarem um apoio e
uma suspensão, diz-se que o animal executou uma
passada.
O comprimento de uma passada é a distância que
separa dois apoios sucessivos do mesmo membro.
ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Naturais, aqueles que o cavalo executa instintivamente;


Adquiridos ou artificiais, os que o animal executa em virtude de
ensino ministrado pelo homem;
ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Marchados, quando em qualquer fase da sua execução o animal


tem sempre um ou mais membros em contacto com o chão;

Saltados, se o animal tem momentos de inteira suspensão no ar, em


consequência do impulso dos membros;
ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Laterais, quando os membros do bípede lateral têm movimentos


síncronos ou se acompanham com um curto intervalo;

Diagonais, se são os membros do bípede diagonal que se


acompanham ou se seguem imediatamente na marcha;
ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Altos, se os membros se levantam a grande altura do chão;


Baixos ou rastejantes, são aqueles em que os membros se erguem
pouco do chão;
ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Grandes ou alongados, quando os pés descrevem uma larga


oscilação no sentido da marcha;

Pequenos ou encurtados, quando, pelo contrário, a


amplitude de oscilação do membro é fraca;
ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Repetidos, quando os movimentos se seguem com muita rapidez,


a que nem sempre corresponde grande velocidade;

Compassados, quando os movimentos se fazem sem


precipitação, marcando bem os respectivos tempos.

Regulados, se a velocidade é uniforme;


ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Duros, quando as reacções são muito fortes;


Suaves, de reacções fracas;
ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Fáceis, se os animais os executam com ligeireza não fazendo


grande ruído quando o casco encontra o solo;

Pesados, quando o casco percute o solo com grande força;


ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Belos, os que se executam com regularidade, graça, viveza, energia


e extensão;

Defeituosos, se lhes falta qualquer qualidade recomendável;


ANDAMENTOS

Os andamentos dizem-se:

Regulares, se se executam conforme as regras fisiológicas;


Irregulares, quando no movimento dos membros se dá qualquer
alteração das normas características.
ANDAMENTOS

Importância dos aprumos

Evidencia-se na

- Estabilidade dos apoios


- Regularidade da marcha
- Conservação individual
ANDAMENTOS
Importância dos aprumos
Estabilidade dos apoios
Facilmente se compreende que,
tendo a coluna de suporte o seu plano
médio paralelo ao plano médio do
corpo,
e se os eixos dos membros forem
verticais,
os membros ofereçam melhores
condições de sólido apoio,
do que se os membros se desviarem
das linhas normais de aprumo.
ANDAMENTOS
Importância dos aprumos
Regularidade da marcha
Para que os membros possam desenvolver a máxima impulsão, é
necessário que os ângulos articulares tenham determinada abertura; e
para que o corpo receba integralmente essa energia, é indispensável
que a abertura dos ângulos se oriente no sentido do eixo do corpo; os
desaprumos, modificando a inclinação dos raios ósseos, alteram essas
condições.
A amplitude das passadas também depende da posição dos ossos, que,
regra geral, devem estar a meio das posições limites de flexão e
extensão.
Os desaprumos originam movimentos parasitas, impedem o franco
levantamento dos membros, originam escorregadelas, podem também
diminuir a acção amortecedora de certos ângulos, e se concorrerem
para a aproximação exagerada das extremidades, podem provocar
tocaduras ou alcançaduras.
ANDAMENTOS
Importância dos aprumos

Conservação individual
As alterações da normal abertura de certos ângulos arrastam uma desigual
distribuição de pressões, que podem sobrecarregar os raios ósseos,
afectar os orgãos ligamentosos ou falsear o bom apoio da superfície
plantar.
A inclinação dos raios ósseos, para dentro ou para fora da linha de
aprumo, origina também uma anormal distribuição de pressões,
determinando a sobrecarga das partes externas ou internas das
superfícies articulares, a hipertensão dos ligamentos internos ou externos
e a maior pressão do lado externo ou interno do casco.
ANDAMENTOS

Os andamentos designam as diferentes maneiras pelas quais um


EQUINO se desloca.

Existem 3 andamentos naturais: o passo, o trote e o galope


O PASSO
O passo é um andamento mais lento. A sua velocidade é, para um
cavalo, de 6 a 8 Km por hora.
É um andamento de marcha, simétrico, a 4 tempos e sem fadiga.

Mecânica do passo (Passada do passo)

Posterior direito Anterior esquerdo Posterior esquerdo Anterior direito

Primeiro tempo Segundo tempo Terceiro tempo Quarto tempo


O PASSO

É o andamento marchado natural, lento, a


quatro tempos, marcado pela progressão
de individual de cada membro que se
sucedem na ordem diagonal e fazem ouvir http://www.tudosobrecavalos.com

quatro batidas.
Quando o deslocamento começa com o
membro posterior direito, a sequência é:
posterior direito, anterior esquerdo,
posterior esquerdo e anterior direito.

Velocidade: 6 a 8 km /h
O PASSO

Passo concentrado (curto),a velocidade é menor e os cascos dos


membros posteriores pousam no solo atrás das pegadas feitas pelos
cascos dos anteriores.
Passo de trabalho (ordinário), a velocidade é média e os cascos dos
posteriores pousam no solo em cima ou ligeiramente à frente das pegadas
dos cascos dos anteriores.
Passo médio
Passo largo (alargamento), a velocidade é maior e os cascos dos
posteriores pousam no solo claramente à frente das pegadas dos cascos
dos anteriores.
Passo livre todo o esquema é possível …
O TROTE
O trote é um andamento intermediário. A sua velocidade é, para um
cavalo, de 13 a 15 Km por hora.
É um andamento saltado, simétrico, a 2 tempos iguais. O cavalo
avança por bípedes diagonais separados por um período de
suspensão.

Mecânica do trote (Passada do trote)

Pousar o bípede Suspensão Pousar o bípede Suspensão


diagonal direito com projecção diagonal esquerdo com projecção

Primeiro tempo Segundo tempo


O TROTE
É o andamento simétrico, saltado, a dois
tempos, em que um par diagonal de membros
toca o solo simultaneamente e, depois de um
momento de suspensão, o cavalo salta
http://www.tudosobrecavalos.com
apoiado no outro par diagonal.
Por exemplo: no primeiro tempo, o membro
anterior esquerdo e o membro posterior
direito pousam no solo juntos (diagonal
esquerda). No segundo tempo, o membro
anterior direito e o posterior esquerdo pisam
juntos (diagonal direita).
No trote o joelho jamais avança à frente de
uma linha imaginária perpendicular ao topo
da cabeça do animal até ao solo.

Velocidade: 13 a 15 km / hora
O TROTE

Trote concentrado (curto),a velocidade é menor e os cascos dos membros


posteriores pousam no solo atrás das pegadas feitas pelos cascos dos
anteriores.
Trote de trabalho (ordinário), a velocidade é média e os cascos dos
posteriores pousam no solo em cima ou ligeiramente à frente das pegadas dos
cascos dos anteriores.
Trote médio
Trote largo (alargamento), a velocidade é maior e os cascos dos posteriores
pousam no solo claramente à frente das pegadas dos cascos dos anteriores.
Trote livre,
livre todo o esquema é possível …
As estilizações supremas do
trote são:

• o piaffer, em que o cavalo,


sem avançar fica batendo no
chão, trotando parado;

• a passage, em que ele se


desloca pouco, trocando os
membros mas avançando
com grande suspensão.
Mecanismo DO GALOPE À DIREITA (uma passada de galope à direita)

O GALOPE
1º tempo
Pousar o posterior
esquerdo
2º tempo
Pousar a diagonal direita
(PD e AE)
3º tempo
Pousar o ANTERIOR DIREITO

Projecção/ suspensão
Mecanismo DO GALOPE À ESQUERDA (uma passada de galope à esquerda)

1) Pousar o posterior
direito
2) Pousar a diagonal direita
(PE e AD)

3) Pousar o ANTERIOR ESQUERDO

Projecção/ suspensão
O GALOPE
O Galope é o andamento a três tempos, em que o cavalo avança com o
membro anterior direito quando gira para a direita e com esquerdo quando
gira para a esquerda.

Ele pode portanto, galopar para a mão direita e para a mão esquerda.

O galope é um andamento saltado, balanceado, assimétrico, a 3


tempos, seguidos de um período de projecção/ suspensão.

O Galope é o andamento mais rápido. A sua velocidade é para um cavalo


cerca de 20 a 30 Km por hora. Um cavalo de corrida (PSI) galopa até 50
Km/h.

O membro mais avançado toca no chão em linha como o nariz, mesmo


que, estirada a perna ao máximo, o pé fique no ar à frente dessa linha.

Velocidade: 20 a 30 km / hora
O GALOPE

Galope concentrado (curto),a velocidade é menor e os cascos dos


membros posteriores pousam no solo atrás das pegadas feitas pelos
cascos dos anteriores.
Galope de trabalho (ordinário), a velocidade é média e os cascos dos
posteriores pousam no solo em cima ou ligeiramente à frente das pegadas
dos cascos dos anteriores.
Galope médio
Galope largo (alargamento), a velocidade é maior e os cascos dos
posteriores pousam no solo claramente à frente das pegadas dos cascos
dos anteriores.
No livre, todo o esquema é possível …
O GALOPE

Galope curto Galope pleno


FIM

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