ESCOLA PRATIQUE HIPISMO

POSIÇÃO A CAVALO
Rubens Brito, 2020
 POSIÇÃO A CAVALO

●
Objetivos:

Proporcionar equilíbrio, conforto e segurança ao conjunto

(cavalo e cavaleiro);

Permitir o uso adequado das ajudas.

 POSIÇÃO A CAVALO

●
Fundamentos:
➢
Dinâmica: Equitação é movimento, sendo assim o cavaleiro deve adaptar-se à
andadura e aos movimentos do cavalo para conservar o equilíbrio do conjunto.
Dessa forma, a posição a cavalo não é fixa ou “engessada” ela é dinâmica,
variando de acordo com o movimento;

➢
Descontração: Deve-se contrair o mínimo de músculos necessários para se
colocar a cavalo, permitindo grande liberdade de todas as articulações, evitando
movimentos involuntários e dores musculares no cavaleiro e no cavalo após a
seção de treinamento.
 POSIÇÃO A CAVALO

Entendi! Então quanto mais flexível eu estiver,

mais vou conseguir acompanhar os movimentos do
cavalo e mais equilibrado eu vou estar! Não vou
precisar ficar fazendo força, e vou me cansar
menos!!
 POSIÇÃO A CAVALO

●
Posição de Base:

Como vimos, a posição a cavalo é dinâmica. Entretanto, existe um

posicionamento inicial e geral do qual partimos para as variações e
utilização das ajudas, esta posição é chamada de:

Posição de Base a Cavalo

 POSIÇÃO DE BASE
1 1 – Cabeça, ombros, assento e
3 tornozelos alinhados;

2 – Rédeas alinhadas com os

2
punhos, antebraços e cotovelos;
2

3 – Cabeça ereta, olhar à

frente, entre as orelhas do
cavalo.
 POSIÇÃO DE BASE
ASSENTO

●
O cavaleiro deve sentar sobre os
ísquios (ossinhos de baixo do
“bumbum”), distribuindo, igualmente,
o peso sobre eles (a), sem tombar o
quadril para um ou outro lado nem
também para trás(b) ou para
frente(c);
●
A face interior das coxas até os
joelhos permanecem em leve
contato com a sela.

A B C
POSIÇÃO DE BASE
Pernas

●
Do quadril ao joelho, o cavaleiro
deve manter um suave contato com
a sela;
●
A partir do joelho, as pernas devem
tombar naturalmente e
descontraídas, mantendo-se
levemente afastadas dos flancos do
cavalo. (Detalhe importantíssimo
para a correta utilização das ajudas)

Foto: Nuno Oliveira, um dos grandes mestres

da equitação clássica.
 POSIÇÃO DE BASE
Calcanhares

●
Os calcanhares devem se manter relaxados e
flexíveis para que possam amortecer os
movimentos verticais; Com o corrento
posicionamento e descontração do assento e
pernas, o calcanhar se manterá naturalmente
mais baixo que a ponta dos pés, sem exagero e
contrações (a);
●
Forçar os calcanhares para baixo, gera contração
e deslocamento das pernas para frente,
desequilibrando o cavaleiro e prejudicando a
(a) (b) flexibilidade (b). Os calcanhares devem se
flexionar NATURALMENTE pela ação do peso
das pernas (quando sentado) ou do corpo
(quando em pé nos estribos).
 POSIÇÃO DE BASE
Pés

●
Os pés devem estar relaxados e
apoiados nos estribos, voltados para
frente ou levemente para fora;
●
A parte do pé que se apoia nos
estribos é a parte mais larga ou
“peito do pé”(a). Os erros mais
comuns são afundar o pé nos
estribos (b), o que é totalmente
(b) (c) prejudicial e PERIGOSO, e apoiar a
ponta do pé (parte do bico da
(a) bota/dedos), pois gera contração do
pé e interfere na posição dos
calcanhares e pernas(c).
POSIÇÃO DE BASE
Tronco

●
O tronco do cavaleiro deve estar
ereto e descontraído, sem arquear
as constas ou curvá-las, ombros
abertos, relaxados e baixos.

Foto: Nuno Oliveira, um dos grandes mestres

da equitação clássica.
POSIÇÃO DE BASE
Braços

●
Os braços devem cair naturalmente
ao lado do corpo, cotovelos flexíveis
próximos ao tronco, antebraços
alinhados com os punhos e rédeas;
●
Os erros comuns são afastar os
cotovelos do corpo, estender os
braços (deixando eles retos), contrair
os cotovelos e ombros, ficando
rígidos e ineficazes.
POSIÇÃO DE BASE
Mãos

●
As duas mãos devem estar
relaxadas, polegares voltados para
cima, na mesma altura (mais ou
menos um punho acima do cepinho
da sela), afastadas um pouco menor
que a largura dos ombros;
●
O polegar e indicador fazem uma
“pinça” na rédea e se mantêm
fechados enquanto os outros dedos
devem, inicialmente, permanecer
semi-abertos. Pode-se segurar a
rédea passando-a pelo dedo anelar
ou pelo mindinho.
 POSIÇÃO DE BASE

“O conhecimento da natureza de um
cavalo é um dos primeiros
fundamentos da arte de montar e todo
homem do cavalo deve fazer dele o
seu principal estudo”. “Sem essa
teoria, a pratica é sempre duvidosa”
La Guérinière, grande mestre considerado o “pai da equitação
francesa” e principal referência para o manual da FEI.
 Referências

●
Morgado, Félix B, Adestramento do cavalo – São Paulo: Nobel 1990;
●
Harris & Clegg, Horse Rinding – London: DK 2006;
●
Swift, Sally, L’équitation Centrée – Paris: Belin 2011;
●
Karl, Philippe, Dérives du dressage moderne – Paris: Belin 2006;
●
Monte, Enio, Manual de equitação da federação paulista de hipismo – São Paulo: FPH
2011.
●
Jean d'orgeix les jambes et suite les mains
https://www.youtube.com/watch?v=9-e9GLe2Cf8.