MANEIO DE EQUINOS

CUIDADOS E TRATAMENTO

Índice de conteúdos Cavalo Recolhido Na Cavalariça

Deve ser a ambição de todo o homem de cavalos propocionar o

CUIDADOS E TRATAMENTO.............................1 melhor tratamento ao seu animal, no funcionamento interno da
Cavalo recolhido na cavalariça...........................1 cavalariça, nos cuidados de alimentação e na limpeza das
O Cavalo no Pasto..............................................3 instalações. A limpeza è particularmente importante. Os germes, as
doenças e as infecções proliferam nas más condições de higiene.
Boxes e Baias
Boxes - fornecem as acomodações mais satisfatórias. O
cavalo tem maior liberdade de movimentos, é encorajado a deitar-se
e a repousar e está assim mais confortável.
Para acomodar um cavalo numa boxe, esta tem de ter
aproximadamente 4,3m por 3,6m para um cavalo e 3,6m por 3m
para um Pónei.
O acesso à boxe é feito por uma porta que a liga directamente ao
pátio ou a um corredor interior da Cavalariça. No primeiro caso a
porta deverá ser dividida em duas partes de modo a que a de cima
possa ser aberta permitindo ao cavalo olhar para o exterior. As
portas devem ter uma largura mínima de 1,25m, portas muito
estreitas são perigosas e é importante que abram para fora para
não incomodar o cavalo que pode estar deitado.
Baias - tem a vantagem de permitir a acomodação de um
maior número de cavalos e gastar assim menos espaço para os
acomodar poupando trabalho e material.
As desvantagens são que os cavalos estão sempre voltados para o
mesmo lado, podem aborrecer-se por não olharem para o exterior.
Quanto ao piso é essencial que este seja de superfície
antiderrapante, impermeável e de longa duração. Há grande
variedade de materiais a disposição. O cimento é barato e fácil de
colocar. Se o usar, certifique-se que o acabamento é rugoso. O
chão deve ter uma ligeira inclinação para permitir uma boa
drenagem. Os ralos devem ficar num canto da boxe, longe do local
onde fornece a alimentação e das portas.
Ventilação - Este assunto e bastante importante. Se estiverem num
ambiente arejado os cavalos mantém-se saudáveis e estão menos
propensos a a tosses e constipações. Deve ser garantida uma
temperatura ambiente moderada, evitando correntes de ar mas
nunca tirando a circulação de ar. A maneira mais simples é deixar
aberta a bandeira da porta (postigo) da cavalariça, tanto de dia
como de noite de Verão e de inverno. E importante que a cavalariça
seja virada a sul. Também deve existir uma janela de preferência do
mesmo lado da porta de forma a evitar correntes de ar.

Manjedouras - Devem ser colocadas a altura do peito do cavalo

quer num canto quer ao longo da parede, a manjedoura tem de ser
pouco profunda para evitar que o cavalo fique com o focinho
entalado mas que tenha a profundidade suficiente para não
espalhar a ração. Manjedouras de plástico amovíveis penduradas
sobre a porta ou fixas na parede são mais vantajosas e fáceis de
limpar. As manjedouras fixas podem ter um compartimento
separado para o feno.

Bebedouros - Bebedouros automáticos, alimentados por gravidade

ou por alavancas accionados pela boca do cavalo devem ser
vigiados regulamente visto que podem ficar sujos e não fornecer
água fazendo com que o cavalo passe sede o que não é nada bom.
Nalguns estábulos fixam-se argolas grandes articuladas á parede e
aproximadamente 1,2m do chão para aí se prenderem os baldes de
água e de comida para não serem entornados. Quando não são
precisas dobram-se as argolas de encontro a parede.

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Quando a alimentação é fornecida no chão proporciona ao cavalo
uma posição mais natural, para este caso usa-se uma tina de metal,
plástico ou borracha dura ou uma manjedoura de madeira; latas
circulares de 46cm de diâmetro e caixas de madeira com bordos
descaídos de aproximadamente 38cm de altura e 46cm quadrados
no topo, são de grande duração e fáceis de limpar. O feno é dado
no chão ou para maior economia, através de uma rede pendurada
na argola de prender o cavalo.
Utensílios
São essenciais os seguintes:
Para alimentação - Uma tigela de plástico ou balde para aí se poder
misturar a ração e levá-la para a manjedoura, uma lata ou caixa
pata dar a ração; uma rede para o feno; baldes de plástico.
Recolha dos estrumes - Um carrinho de mão, uma pá de estábulo,
uma vassoura, uma forquilha, um ancinho, todos eles com os bicos
rombos, saco para excrementos, mangueira, material de tipo saca
ou serapilheira para carregar palha, um rodo, caso se use turfa ou
aparas.
Todos os utensílios devem ser guardados limpos, fora da boxe ou
baía, de preferência resguardados ou num abrigo próximo, de
maneira a evitar que os animais se magoem. O ideal será tê-los
todos pendurados, excepto o carrinho de mão.
Prender um cavalo na cavalariça
Os cavalos devem estar presos com uma cabeçada de prisão e esta
ligada à argola detrás da focinheira.
Prender um cavalo com "Bola"
A corda da cabeçada passa através da argola da manjedoura e
também por dentro de uma bola de madeira, que faz de peso
tocando no solo quando o cavalo está à manjedoura. Deste modo, a
corda de prisão estará sempre esticada, evitando que o cavalo
enrole as mãos e fique preso (fig. 41).
O cavalo preso curto
Prenda o cavalo com uma corda curta a uma argola na parede a
aproximadamente 1,5 m de altura. Isto deve ser feito sempre que for
necessário restringir os movimentos do cavalo, para evitar que ele
se volte e morda enquanto estiver a ser tratado ou que se deite
depois de tratado.
Prender o cavalo com duas cordas (laterais) de prisão
Volte-o na boxe, de costas para a manjedoura, e prenda-o de cada
lado da cabeçada. Este modo de prender o cavalo e usado
especialmente para o manter controlado quando já está aparelhado
(por exemplo, enquanto se colocam as ligaduras ou outro tipo de
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protecções).
Quando se prende um cavalo é muito importante que se utilize um
nó fácil de desfazer, que seja familiar a todos os que lidam com o
cavalo. A corda de prisão deve ser passada por dentro de uma
argola de fio (cordel comum e nunca de nylon), a qual, por sua vez,
passa por dentro da argola de metal.
Assim, em vez de se prender o cavalo directamente a argola que
está,fixa a parede, deve-se fazê-lo à argola de fio, Se por qualquer
razão o cavalo entrar em pânico e começar a lutar, pode sempre
soltar-se sozinho: de outro modo poderia rebentar a cabeçada ou
arrancar a argola da parede magoando-se.
Uma maneira simples e eficiente de fazer um nó é mostrada na fig.
42.
Como fazer a cama
Para um cavalo que está recolhido é necessário algo que lhe possa
servir de cama, permitindo-lhe deitar-se e repousar, encorajando-o a
urinar e criando-lhe condições de isolamento contra o frio e a
humidade e evitando que os membros se lesionem fruto de uma
longa permanência numa superfície dura.
A PALHA DE TRIGO - É, no geral, a melhor para servir de cama
sendo fácil de obter. É também fácil de guardar em fardos, dá uma
aparência agradável à cavalariça, faz .uma cama quente e
confortável e de fácil manuseaneto e permite uma boa drenagem.
PALHA DE AVEIA - Também pode ser usada, mas como é mais
saborosa, especialmente se for de uma ceifa de Primavera ou tiver
erva misturada, os cavalos tem tendência a comê-la. Também
acontece que como é mais porosa fica molhada com as urinas
formando uma pasta.
A PALHA DE CEVADA - E melhor que a palha de aveia desde que a
ceifa tenha sido feita por uma debulhadora que remova as praganas
que ficam e irritam a pele. É muitas vezes de maior duração e
melhor textura que a palha de trigo e e, geralmente, menos Cara no
entanto' os cavalos têm o hábito de a comer.
CUIDADOS A TER COM AS CAMAS DE PALHA
A primeira coisa a fazer de manhã e limpar as boxes ou baías:
Apanhe todo o estrume e separe com uma forquilha as
partes molhadas e sujas das que estão limpas, deitando
fora só o que está sujo bem como o estrume.
Atire a palha seca para os cantos da boxe ou baía e
ponha em sacos ou no carrinho de mão, que devem estar
à entrada, aquilo que for para deitar fora. Isto permite
limpar, arejar e secar o chão.
Depois do trabalho diário do cavalo, volte a cobrir o chão
com palha de maneira a que ele se possa deitar e/ou
também urinar, o que raros cavalos farão num chão
descoberto, pelo risco de escorregarem e por não
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gostarem de se salpicar.
A tardinha faça de novo a cama juntando mais palha, se
necessário. O chão deve ser totalmente varrido e
esfregado com desinfectante todas as semanas ou de
quinze em quinze dias.
Quando se refaz a cama, a palha que já foi usada deve ser posta
primeiro e a palha nova adicionada a esta. Ou, caso o cavalo tenha
tendência para comer a sua cama, será melhor misturar a palha
nova e velha.
Quando se utiliza palha enfardada, ela deve ser bem aberta e
espalhada. Como precaução extra contra correntes de ar ou para
evitar que o cavalo se magoe, é normal fazer a cama mais espessa
perto das paredes da boxe ou dos lados da baia. Uma cama boa e
espessa e mais confortável e a longo
prazo mais económica. Se o cavalo comer uma dose excessiva de
palha da cama, deve salpicar-se a palha com desinfectante ou
substitui-la por aparas ou turfa. Como alternativa pode açaimar o
cavalo, mas isto não e solução, a não ser por um pequeno período,
como, por exemplo, a noite anterior a uma caçada.
O estrume deve ser removido sempre que se for à cavalariça. lsto e
feito apanhando a palha por baixo e atirando o estrume para um
cesto ou lata. Um cesto grande de plástico pode ser um bom
substituto.
Turfa
E bastante popular e faz uma cama excelente, sendo bastante
valiosa num sítio onde possa haver perigo de incêndio. As partes
molhadas e sujas devem ser removidas rapidamente e a cama
virada e arejada. Isto ajuda a manter a turfa macia e fofa, evitando
que fique empastada e húmida. Tal como com a palha, o estrume
deve ser removido sempre que se for à cavalariça. Quando posta de
novo, a turfa tem tendência para ser poeirenta, mas, depois de
utilizada, pode por vezes ser difícil dar-se-lhe destino, No entanto,
quando já estiver meio apodrecida é muito boa para melhorar a
terra de jardins.
Aparas e serradura
Usadas juntas ou separadamente, aparas e serradura fazem uma
boa cama, limpa, agradável, confortável e normalmente mais
económica. Quando usadas em conjunto, a serradura deve formar a
primeira camada (a de baixo). Como cama, as aparas e serradura
requerem os mesmos cuidados da turfa.
Antes de usar turfa, serradura ou aparas todos os canais de
drenagem devem ser tapados, para que se não entupam
Aparas de Papel
As aparas de papel são utilizadas para fazer a cama aos cavalos
que se dão mal com poeiras no estábulo. Este método não é nada
dispendioso. É necessário fazer uma cama alta e limpá-la
regularmente. o papel não e tão absorvente quanto a palha ou as
aparas de madeira, por isso e necessário evitar que as aparas de
papel se espalhem pelo estábulo.
Cama Permanente
Este método de preparar as camas e usado por muitos proprietários
de cavalos. Com este processo, onde tanto se usa palha como
aparas ou turfa o estrume deve ser retirado sempre que possível ao
mesmo tempo que se vai adicionando mais material, aumentando-
se assim a espessura da cama. As vantagens são: uma pequena
economia de material, economia de trabalho - excepto quando tudo
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for limpo periodicamente e a
e a obtenção de uma cama quente e espessa que não necessita ser
virada e desempastada todos os dias. Com uma ventilação
adequada, adição de material novo e a remoção frequente de
estrume nunca haverá nenhum cheiro mais intenso que o habitual.
Dependendo da da altura da cavalariça, toda a cama deve ser
removida e refeita quando atingir mais de 40 cm de espessura -
quer dizer, de três a quatro rneses de duração. A não ser que tenha
bastante ajuda ou que possa utilizar um tractor ou uma forquilha,
esta tarefa e bastante pesada e demorada.
Quando. são usadas aparas ou turfa, as zonas húmidas podem ser
removidas periodicamente e a cama pode ser assim mantida a uma
espessura constante.
Armazenamento e distribuição de estrume
Para avaliar dos bons cuidados que se têm numa cavalariça' veja o
monte de estrume., Os métodos negligentes e vagarosos reflectem-
se na pilha da palha meia usada que ainda podia servir. Um dono
ou tratador que trata correctamente das camas dos seus animais e
provavelmente cuidadoso e enérgico com os seus outros deveres.
Se o estrume e guardado numa estrumeira perto da cavalariça,
devem ser feitas diligências para que a sua limpeza seja feita
frequentemente ou que o estrume seja vendido.
Se o estrume for amontoado, escolha um lugar a alguma distância
da cavalariça e acomode-o em três montes: o monte mais antigo,
constituído de estrume já pronto para uso num jardim' um segundo
monte já em meio processo de apodrecimento e um terceiro onde
se vai amontoando o estrume fresco.
O Cavalo no Pasto
Vantagens
São necessários muito menos cuidados neste sistema natural. Se
for bem administrado, muitos cavalos lucram com isso e há uma
poupança considerável de tempo e dinheiro.
O cavalo mantido na pastagem faz por ele próprio o exercício
suficiente para se manter saudável, mas não para se manter em
forma para se manter em forma necessita da mesma quantidade de
exercício que o da cavalariça.
por estar em liberdade, o cavalo mantido no pasto estará
provavelmente menos "enrolado" no início do trabalho montado.
A erva, alimento natural, torna-se o principal elemento da sua dieta
enquanto for suficientemente rica normalmente de Maio a Setembro
mas tem de ter um suplemento durante o inverno e durante o Verão,
quando o cavalo trabalha mais.
Desde que seja sujeito ao exercício apropriado para o trabalho que
lhe e pedido, um cavalo mantido na pastagem está menos exposto
as intempéries e a sofrer dos membros que um cavalo recolhido, já
que as suas mãos e pés e, em certa medida, os pulmões estão
normalmente exercitados.
Inconvenientes
Os cavalos nem sempre estão acessíveis quando são precisos e
nessa altura podem estar sujos e molhados. A pastagem pode ficar
longe ou o cavalo pode não se deixar apanhar. Se não se dispuser
de pastagem própria, pode ser difícil encontrar uma para alugar ou
um agricultor disposto a aceitar outro cavalo nas suas pastagens.
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Procedimento geral
Um cavalo que esteja no pasto deve ser visto pelo menos uma vez
por dia, para verificar se não está magoado nos membros e se são
normais as indicações gerais de saúde - cabeça levantada, olhos
bem abertos, orelhas atentas, movimentos vivos em passadas
iguais e, quando parado, com o peso distribuído igualmente pelos
quatro membros ou mais sobre os posteriores, sem sobrecarregar
qualquer dos anteriores.
O pêlo deve estar macio e com o tempo quente deve apresentar-se
brilhante.
Se o cavalo estiver em pé e com o olhar parado (isto e, triste),
estaremos em presença de algum mal ou constipação ou, por
vezes, de ambos.
Se for a primeira vez, procure um veterinário, se for a segunda,
ponha-lhe um cobrejão.
Um cavalo no pasto deve ser visto e observado ao menos uma vez
por dia, mesmo que não esteja a ser montado.
Seria bom que fosse recolhido todos os dias para que se habitue a
deixar apanhar sempre que necessário. Alguma aveia, cubos de
açúcar, maçãs, etc.,.numa lata tipo balde, atrairão o cavalo.
Aproxime-se calmamente em direcção à espádua ou espere que ele
se aproxime a si, evitando movimentos
que o possam assustar. A lama deve ser removida antes de
começar o trabalho; as marcas de suor, após o trabalho e quando
bem enxutas, devem ser desempastadas; os olhos, focinhos e
cauda devem ser limpos
com uma esponja. Evitar esfregar demais o cavalo, pois isso retira-
lhe a gordura do pêlo, protecção natural contra a humidade. Um
cavalo não tosquiado leva mais tempo a enxugar, por isso e mais
prudente passeá-lo e/ou esfregá-lo com palha até estar seco, após
o que se deverá recolhê-lo à cavalariça. Assim, evitar-se-á um
possível resfriado.
As estações do ano
Fim do Verão - Um Verão anormalmente seco pode fazer com que a
erva escasseie mais do que noutro período do ano. Em casos
extremos, o pasto pode ficar tão seco ou mesmo queimado que
deixa de ser alimento para os animais. Quando isto acontece, o
cavalo deve ser levado para outro sítio onde haja melhor pasto ou
ser alimentados a feno temporariamente.
também não se deve esquecer que durante um Verão seco pode
haver um abaixamento do fornecimento natural de agua, devendo
então ser utilizados outros meios para suprir essa falta.
Meados do inverno - Nos meses de inverno chega uma altura em
que é necessário acrescentar uma ração de feno à erva. Não se
deve tardar em pôr este sistema extra em prática para que o cavalo
não perca a boa forma com que vinha do Verão. Um cavalo magro e
também um cavalo resfriado.
Com o tempo frio os cavalos tendem mais a proteger-se e abrigar-
se do que a procurar alimento. Nestas alturas deve ser dada uma
ração adicional de feno ou mesmo uma ração de produtos
concentrados, cevada, produtos vitaminados, etc. A ração deve ser
dada no local da pastagem onde o cavalo se costuma abrigar. A
neve, apesar de não constituir um grande incomodo para o cavalo,
não lhe permite a procura de erva, por isso a quantidade de feno
deve ser aumentada.
Nos primeiros meses do ano, quando o pêlo está maior, e a época
das epidemias de piolhos. Estes devem ser catados e devem ser
tomadas outras medidas preventivas.
Princípio da Primavera - O feno e os concentrados devem ser
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mantidos como suplemento até haver alimento suficiente na
pastagem - o que geralmente não acontece antes do fim de Março.
princípio do Verão - Alguns cavalos, e muitos póneis, principalmente
os pequenos, têm tendência para engordar muito durante os meses
de Verão. Isto não deve ser permitido já que o pónei muito gordo
não e agradável para montar, além de que o peso excessivo e
perigoso por poder resultar daí um ataque de laminites. Um cavalo
ou pónei que tenha tendência para engordar muito, deve ser levado
para um sítio onde só haja tufos de erva, bem separados, de
maneira que tenha menos que comer, tendo de andar mais para a
procurar. As moscas são o grande problema desta época do ano.
Se possível, o cavalo deve ter perto a protecção de um telheiro.
Caso não haja esta possibilidade, pode substituir-se por: sombra e a
companhia de outro cavalo, de maneira a que possam estar lado a
lado, cabeça com rabo, para sacudirem as moscas mutuamente.
Existe também um sem-número de repelentes de insectos no
mercado. No entanto, as moscas podem ser o meio de que a
natureza se serve para manter um cavalo activo obrigando-o a
movimentar-se em vez de apenas se encher de erva.
O espojar
Um cavalo mantido no pasto tem uma grande vantagem sobre o seu
companheiro de cavalariça: e que pode espojar-se sempre que lhe
apetecer, mas por que se espojam os cavalos?
As razões não estão muito claras, o esponjar, no Verão, é, sem
dúvida, feito para acelerar a queda do pêlo de inverno, também
depois do trabalho, acredita-se que as partes da pele sujeitas a
pressão do arreio necessitam de ser coçadas, o que o animal
consegue espojando-se.
O objectivo também pode sei o de enxugar as zonas húmidas do
pêlo através da poeira; uma camada de lama protege do frio e do
vento e conserva o calor. E óbvio que o esponjar é também uma
manifestação de alegria e deve ser bem tolerado por ser natural,
saudável e relaxante.
Pastagem
Extensão
E impossível estabelecer uma regra fixa e expedita acerca da área
necessária ao sustento de um cavalo, já que em muito depende
do tipo de solo, qualidade da erva, drenagem do campo, etc. Mas,
se o cavalo estiver no pasto durante o ano, aproximadamente 0,4
hectares por animal pode ser considerado o mínimo, 0,8 hectares
como já sendo muito bom, desde que o terreno esteja bem
preparado.
Conservação
A manutenção de um cavalo numa pastagem requer um uso
cuidado e inteligente da terra. Os cavalos fazem parte do grupo
de animais que mais desperdiçam erva, pois, enquanto procuram
as ervas mais saborosas, pisam e destroem as que em potência
seriam bom alimento. Alem disso, com o decorrer do tempo,
algumas zonas de pastagem ficam tão cheias de estrume que a
erva fica rançosa e impropria para consumo. Para que o pasto seja
bem administrado e essencial que se adopte um plano a longo
prazo. As seguintes são apenas algumas das maneiras que
podem evitar o desperdício.
A remoção diária do estrume com uma pa, em carrinho de mão, é
talvez o mais eficaz meio de conservação. Os benefícios são
inegáveis. Não se podendo fazer isto, dever-se-á espalhar
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periodicamente o estrume; o próprio cavalo pode colaborar neste
serviço puxando uma grade.
Se se deixarem os cavalos em liberdade por toda a pastagem em
meados de Junho, já haverá pouco pasto em crescimento.
Dividindo uma parcela do pasto em três partes vedadas, e pondo
o cavalo numa de cada vez, duas partes podem ser postas em
recuperação ou tratadas, enquanto se usa a terceira. Este método
tem ainda a vantagem de permitir semear uma parte de Abril a
Junho de cada ano, fazendo-se uma ceifa de feno, que minimizara
o problema da alimentação durante o inverno.
Neste caso tem de providenciar três zonas de água e abrigos.
Como alternativa, pode limitar o seu cavalo a uma parte do
paddock de fins de Abril até que o Feno seja ceifado, fazendo um
suplemento de feno dos stocks existentes sempre que isso seja
necessário à alimentação do cavalo. A pastagem no mesmo sítio,
durante um certo período, por outros animais, como, por exemplo,
ovelhas ou vacas, e também um plano excelente. Eles comem a
erva rejeitada pelos cavalos e reduzem também os parasitas da
mesma
que são perigosos para os cavalos, mas inofensivos para eles. Se
não houver a possibilidade de ter outro gado, o corte frequente da
erva não comida torná-la-á mais saborosa e desta maneira
aumentará a sua área de pastagem.
Vedações
A maneira de vedar o terreno onde há cavalos é diferente da
maneira como e feita para outros tipos de gado em dois aspectos
essenciais: primeiro: o risco de um cavalo se magoar e maior;
segundo, há sempre a possibilidade de um cavalo saltar uma
vedação.
Posfes e traves
Estas têm a preferência especialmente quando postas dentro de
uma sebe que já exista. No entanto, o custo de montagem e
manutenção são elevados.
Sebes
Se Íorem espessas, fortes e bem tratadas, as sebes vêm em
segundo lugar na lista de escolha e têm a vantagem adicional de
constituírem protecção contra o vento e abrigo de um modo geral.
Com a excepção da sebe de teixo e beladona, as sebes dos
campos náo contêm nada venenoso para os cavalos.
Vedação de arame
Bem esticado entre os postes, o arame tambem faz uma boa
vedação.
O uso de arame farpado e muito perigoso, a não ser que esticado
e de preferência com madeira por trás. O arame mais baixo não
deve estar a menos de 0,3 m do solo, de contrário o cavalo pode
passar as mãos por cima dele.
Cerca de vimes e paliçadas não são indicadas para vedação.
Vedações electricas
Têm a vantagem de ter fácil montagem e desmontagem para
serem utilizadas noutro local. E sem dúvida um metodo eÍiciente
e os cavalos aprendem a respeitá-las.
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Abrigos
Quebra-ventos - A chuva pode fazer com que os cavalos deixem
temporariamente de comer, mas de qualquer modo não os
incomoda muito. A neve também não tem muita importância para
eles. E de um abrigo contra o vento que eles têm necessidade.
Quebra-ventos ou biombos formados por mata espessa ou mesmo
uma sebe alta ao longo do lado do vento predominante oferecem
uma protecção excelente e os cavalos geralmente preferem-na a
um telheiro.
Telheiro ou cabana de abrigo - O cavalo pode utilizá-los em
qualquer altura e constituem protecção contra todos os elementos.
A experiência mostra, contudo, que os cavalos pouco recorrem a
eles no inverno; procurando-os mais durante o Verão, já que
apreciam mais a sua protecção contra as moscas. O ideal para a
sua localização será num canto da pastagem de costas para o
vento dominante, e de acesso fácil para alimentação. Se o abrigo
for construído de forma circular ou com duas portas, é menos
provável que quando dois cavalos estão juntos fiquem entalados
ou que sejam magoados um pelo outro. As teias de aranha não
devem ser limpas dos abrigos já que são uma armadilha bastante
útil para moscas.
Limpeza do cavalo
A limpeza diária é um cuidado necessário ao pêlo, pele, crina e
cauda e também dos cascos do cavalo que está recolhido. No caso
do cavalo de prado são necessárias algumas modificações, apesar
de o método utitizado ser o mesmo.
Estojo de Limpeza (ver figura)
BRUSSA - Para a remoção de poeira e caspa do pêlo, crina e
cauda.
ALMOFAÇA - Feita de meiat para limpar,a brussa. De plástico ou
de borracha para tirar a lama agarrada a um cavalo de prado.
CARDOA (DE PIAÇABA) - Para tirar a sujidade maior, lama
agarrada e poeira, tendo bastante aplicação no cavalo de prado.
FERRO DE CASCOS - Para limpar os cascos (especialmente a
ranilha).
UNTURA PARA OS CASCOS - Para untar os cascos do cavalo.
PENTE DE CRINA
ESPONJAS - Para limpar os olhos, nariz, focinho e ânus.
PANOS DE REDE OU MANDIL - Para um polimento final depois
da limpeza.
BONECA DE PALHA - Para melhorar a circulação e massagar.
ESCOVA - Para usar humedecida na crina, cauda e membros.
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