Você está na página 1de 53

Curso de

Diagnóstico de Claudicação
em Equinos

REALIZAÇÃO:

Professor:
Prof. André Lang
Mestre em Medicina Veterinária
Doutorando em Medicina Veterinária (UFV)
Especialista em Clínica e Cirurgia de Grandes Animais

VIÇOSA-MG
Edição I
APRESENTAÇÃO

A claudicação é destacada causa de prejuízos para a equideocultura, pode representar o


fim da carreira atlética de um cavalo, ou simplesmente a perda de sua utilidade para
equitação.

A grande população nacional de equinos, sendo a terceira maior do mundo, somada à


sempre crescente competitividade imposta por diversas modalidades de esportes hípicos
tem feito da claudicação um problema cada vez mais frequente na rotina de
atendimentos do médico veterinário.

O Curso de Diagnóstico de Claudicação aborda o assunto de maneira objetiva e


dinâmica, facilitando o entendimento, o exame, e o diagnóstico das claudicações. Nesta
apostila reúno informações a respeito do tema com o intuito de orientar os alunos do
curso e demais interessados, sem a pretensão de abordar de forma completa e definitiva
assunto extenso e complexo. As referências bibliográficas servirão para aqueles que
desejarem se aprofundar em área tão interessante.

Prof André Lang, MV Esp MS

Coordenador

. .

2
SUMÁRIO

1 – Introdução 4

1.1 - Evolução dos Equinos 4

1.2 - Hábitos dos Equinos e Influência da Domesticação 7

2 - Claudicação 9

3 - Anatomia e Fisiologia do Aparelho Locomotor 10


4 - Andamentos 15
5 - Exame Clínico 17
6 - Tendões Flexores 26
7 - Graduação da Claudicação Quanto à Intensidade 27
8 - Bloqueios Anestésicos 38

8.1 - Bloqueios Intrarticulares dos Membros Torácicos 38

8.2 - Bloqueios Intrarticulares dos Membros Pélvicos 41

8.3 - Bloqueios Perineurais dos Membros Torácicos 45

8.4 - Bloqueios Perineurais Membros Pélvicos 48

8.5 - Bloqueio Bursa do Navicular (Torácicos e Pélvicos) 48

9 - Referência Bibliográfica 49

3
1 - INTRODUÇÃO

1.1 - EVOLUÇÃO DOS EQUINOS

Alguns estudiosos determinaram, por evidências fósseis, que os cavalos


já existiam há mais de 55 milhões de anos. Estes ancestrais dos cavalos
atuais, provavelmente comeram vegetação macia, copada ou rasteira, nos
bosques pré-históricos. Seus dentes eram curtos (braquiodontes) como em
humanos ou caninos, tinham a estatura em torno de 40 cm, quatro dígitos e
foram denominados Hyracotherium, depois passando pelo Mesohippus,
Merychippus, Pliohippus, até o atual cavalo moderno Equus. (figuras 01 e 02).

Figura 01: Evolução do cavalo. Fonte: http://proascg8.pbworks.com/Origem


4
Figura 02: Hyracotherium. Fonte BEVA

Acredita-se que o cavalo iniciou sua evolução no continente americano,


distribuiu-se por todo o mundo, e extinguiu-se, posteriormente, de seu local de
origem. (figura 03)

Figura 03: Migração e diferenciação do cavalo. Fonte BEVA

5
Mudanças climáticas alteraram o habitat. O cavalo evoluiu e se adaptou
melhor ao pastejo da vegetação abundante em grandes áreas. As mudanças
incluíram dentes pré-molares e molares semelhantes e mais longos
(hipsodontes), fortes e enfileirados, um crânio mais longo e mandíbula para
acomodar melhor os dentes que crescem continuamente por anos
(anelodontes). Porções específicas do intestino ganharam maiores proporções,
como o ceco e o cólon, e favoreceram um ambiente para abrigar
microrganismos responsáveis pela digestão microbiana da celulose. O
estômago permaneceu relativamente pequeno para possibilitar leveza e os
membros se tornaram mais longos e fortes para a locomoção.

Os cavalos sempre foram presas e aprimoraram a capacidade de


identificar ameaças e a fuga. Sempre atentos, os equinos pastam por longos
períodos do dia, em pequenas quantidades. Algumas bocadas e alguns passos
são a rotina na hora de pastar.

Diferente dos ruminantes que consomem muito alimento e depois se


abrigam para ruminar, os cavalos comem pouco para permanecerem leves e
fugir ao menor sinal de ameaça. Seus membros locomotores longos e a
musculatura desenvolvida possibilitam um efeito de “explosão” para fuga e
manobras rápidas. O suprimento sanguíneo com oxigênio e nutrientes é
realizado por um excelente sistema cardiorespiratório e com a possibilidade de
aumento na quantidade de hemácias com um rápido recrutamento do sangue
armazenado no baço, através da contração esplênica.

Os membros locomotores servem ainda para disputas sociais e


estabelecimento de hierarquia dentro do grupo, quando coices e manotaços
são desferidos entre si.

6
Para nossos ancestrais, os cavalos eram fonte de alimento, vestimentas
e foram representados em pinturas rupestres (figura 04). Esta interação
também contribuiu para a evolução dos cavalos e iniciou a convivência entre as
espécies.

Figura 04: Representação do cavalo em pinturas rupestres. Fonte BEVA

Conforme houve evolução também na espécie humana, os cavalos


começaram a ser domesticados para facilitar sua captura e utilizados para
outros fins como montaria e transporte.

Há registros do uso de equinos para tração, transporte, guerras,


alimentação pelas civilizações egípcias (1350 a.C.) e durante a dinastia Shang
(1200 a.C.) na China. Os primeiros tratamentos em equinos provavelmente
foram baseados na acupuntura.

1.2 - HÁBITOS DOS EQUINOS E INFLUÊNCIA DA DOMESTICAÇÃO

Pode-se afirmar que a maioria dos problemas relacionados ao sistema


digestório dos cavalos tem como agente etiológico, direta ou indiretamente, o
Homo sapiens.

Os humanos, ao restringirem o acesso livre às pastagens, além de


alterar a saúde do trato gastrintestinal e do estado nutricional do cavalo, afetam
a saúde mental e dos membros locomotores.

7
Figura 05: Confinamento em baias. Arquivo do autor.

Quando em vida selvagem, o cavalo passa em torno de 60% de seu tempo


pastando. Ao ser confinado em baias ou pequenos piquetes, este período é
reduzido a 15% e aumenta a quantidade de energia da dieta com o
fornecimento de concentrado.

Comparando-se as atividades distribuídas pelo tempo, enquanto o


cavalo livre passa 20% do tempo em pé, 10% do tempo deitado e 10% do
tempo fazendo outras atividades, o cavalo em baia passa 65% do tempo em
pé, 15% do tempo comendo, 10% do tempo deitado e 10% do tempo fazendo
outras atividades. Que outras atividades pode um cavalo fazer com tanto tempo
dentro de uma baia?

A falta de aptidão e condicionamento físico apropriados para o exercício


a que são forçados a realizar é a grande causa das maiorias das claudicações.
Miopatias, tendinites, artrites, até fraturas de estresse são alguns exemplos.

Em situações de sedentarismo pelo confinamento em baias, diversas


estereotipias são apresentadas pelos animais. Muitas delas levam ao desgaste
incorreto e excessivo dos dentes incisivos, principalmente a aerofagia ou tique

8
de apoio, ou dos cascos e membros pela movimentação constante em círculos
ou balançando de um lado para o outro.

A exigência por precocidade e desempenho em idade tenra ocasiona


lesões muitas vezes irreversíveis.

A seleção de reprodutores, sem levar em consideração as


características relacionadas ao sistema locomotor dos indivíduos, tem por
conseqüência o favorecimento de deformidades congênitas ou predisposições
a alterações adquiridas durante a vida de seus produtos. Conformação de
membros e cascos ruins, doenças articulares degenerativas e osteocondrose
são exemplos freqüentes..

Características específicas, anatômicas e fisiopatológicas, tornam o


estudo do sistema locomotor de equinos uma área que exige do profissional
empenho e treinamento nas técnicas de contenção, exame físico, clínica
médica e cirúrgica.

2 - CLAUDICAÇÃO

A claudicação, popularmente conhecida por manqueira, pode ser


definida como um SINAL CLÍNICO proveniente de distúrbio ESTRUTURAL ou
FUNCIONAL caracterizado por alteração na POSTURA e/ou LOCOMOÇÃO.

Em torno de 75% das claudicações ocorrem nos membros torácicos,


sendo que 90% acometem estruturas distais ao carpo, 80% estão relacionadas
direta ou indiretamente aos cascos. Nos membros pélvicos, 80% têm origem
nas articulações do jarrete (tíbio-társica, inter-társica e társo-metatársica) ou da
soldra (fêmuro-tíbio-patelar)

Para o exame clínico são fundamentais:

 conhecimento das estruturas anatômicas;

 conhecimento das características de postura e locomoção da

espécie e

9
 um plano sistemático de exame clínico.

Os objetivos do exame clínico são:

 Observar SE existe claudicação;


 Determinar QUAL OU QUAIS os membros afetados;
 Localizar a SEDE da lesão;
 Identificar o TIPO de lesão.

3 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR

O conhecimento da anatomia do sistema locomotor é fundamental para


o profissional que trabalha com equinos.

Para relembrar as estruturas de maior importância, seguem algumas


figuras.

10
11
MEMBRO PÉLVICO

12
COLUNA

13
CASCOS

14
4 - ANDAMENTOS

O conhecimento da postura e dos andamentos dos equinos é


fundamental para identificação da claudicação.

Seguem imagens que ilustram o passo.

Seguem imagens que ilustram o trote.

15
Seguem imagens que ilustram o galope.

Seguem imagens que ilustram o salto.

A marcha presente em algumas raças selecionadas no Brasil, como


Mangalarga Marchador e Campolina, é uma variação do andamento
16
semelhante ao passo, mas em maior velocidade, alternando períodos de apoio
bipedal diagonal ou lateral (ipsilateral) com o tríplice apoio, com menor fase de
suspensão, o que promove conforto ao cavaleiro.

5 - EXAME CLÍNICO

Para facilitar o diagnóstico da claudicação, o exame deve seguir uma


sequência bem determinada.

No exame clínico busca-se respostas para as seguintes 4 perguntas:

4 perguntas de claudicação:

 EXISTE claudicação?

 QUAL OU QUAIS os membros afetados?

 Qual a SEDE da lesão?

 Qual TIPO de lesão?

Após a identificação do proprietário e do cavalo a ser examinado,


realiza-se a anamnese. Em muitos casos, o diagnóstico já é conhecido ou bem
encaminhado, nesta fase.

Questões importantes na anmnese:

 Há quanto tempo o animal está mancando?

 Problemas anteriores?

 Qual a utilização do animal?

17
 Algum episódio traumático observado?

 Piora ou melhora com o exercício?

 Quando foi feito o casqueamento ou ferrageamento?

 Está havendo melhora ou piora?

 Quais os tratamentos realizados e resultados?

Segue-se, então, para a inspeção do cavalo parado (exame estático),


pelas vistas cranial, caudal, laterais e dorsal. Procura-se, neste momento,
sinais de ferimentos, cicatrizes, aumentos de volume, assimetria, defeitos de
aprumo, etc.

A etapa seguinte é o exame dinâmico, situação em que o cavalo será


puxado pelo cabresto em linha reta e círculos para ambos os lados. Os
andamentos mais utilizados são o passo e o trote (marcha), mas pode-se
utilizar o galope em algumas situações. O cavalo deve ser inspecionado pelas
vistas cranial, caudal e laterais.

Sinais de claudicação são: movimentação da cabeça, o deslocamento


vertical do tuber coxal, e elevação glútea, o deslocamento vertical do boleto, o
arco da pata em suspensão, sua amplitude (alterações nas fases do passo e
trajeto durante o movimento) e o contato dos cascos com o solo.

A movimentação da cabeça, quando presente, é um sinal bastante


evidente e fácil de ser observado. Quando a claudicação de apoio acontece em
um membro torácico, a cabeça é erguida quando o membro afetado toca o
solo. O objetivo do animal neste momento é o de deslocar o centro de
gravidade do corpo caudalmente, reduzindo o peso depositado no membro
com dor. Por conseqüência, a cabeça irá abaixar quando o membro não
afetado tocar o solo. Quando há um membro pélvico afetado, acontecerá o
contrário. A cabeça abaixa quando o membro afetado recebe o peso.

A característica do piso pode influenciar no exame, portanto deve-se


dispor de superfície plana, uma dura e outra macia, com extensão mínima de
20 metros de diâmetro.

Depois de respondidas a primeira e segunda pergunta, passa-se para a


palpação das estruturas anatômicas em busca de sinais de inflamação e
restrições mecânicas. Inicia-se na extremidade distal e segue-se em sentido
proximal. Os cascos são palpados por meio da pinça de cascos.

18
A resposta à terceira pergunta pode ainda não ter sido respondida, então
são realizadas as provas de movimentação passiva, ou como também são
conhecidas, as provas de flexão. Mantém-se o cavalo em determinada postura
por 1 minuto e, imediatamente depois, repete-se o exame dinâmico para
identificar se há aumento no grau de claudicação. As provas também seguem o
sentido proximal.

Para complementar a palpação e as provas de movimentação passiva,


utiliza-se os bloqueios anestésicos. Agora o objetivo não é mais intensificar a
dor, e sim diminuí-la. Seguindo o sentido proximal, as técnicas devem ser
corretamente realizadas a fim de não causar danos aos cavalos e auxiliar no
exame. Os bloqueios intrasinoviais devem ser realizados com o máximo de
cautela e antissepsia.

Espera-se que agora as 4 perguntas já tenham sido respondidas. A


última pergunta depende muito da experiência e conhecimento do clínico e
muitas vezes só serão respondidas com um auxílio diagnóstico por imagem ou
de patologia clínica:

 Radiologia;

 Ultrassonografia;

 Artrocentese e exame do líquido sinovial;

 Termografia;

 Artroscopia;

 Cintilografia;

 Tomografia computadorizada;

 Ressonância magnética.

Todas as etapas descritas estão ilustradas na sequência que se segue:

EXAME FÍSICO

ESTÁTICO

19
20
VISTA CRANIAL VISTA CAUDAL

21
VISTA LATERAL ESQUERDA

VISTA LATERAL DIREITA

22
VISTA DORSAL

EXAME FÍSICO

DINÂMICO

23
VISTA CRANIAL

VISTA CAUDAL

24
VISTA LATERAL DIREITA

VISTA LATERAL ESQUERDA

25
EXAME FÍSICO

PALPAÇÃO

CASCO

6 - TENDÕES FLEXORES

TESTES DE MOVIMENTAÇÃO PASSIVA

(FLEXÃO, EXTENSÃO, PROTRAÇÃO, RETRAÇÃO, ADUÇÃO, ABDUÇÃO E


ROTAÇÃO)

26
POLIFLEXÃO

FLEXÃO DO BOLETO

27
FLEXÃO DO CARPO

PROTRAÇÃO

28
RETRAÇÃO

ABDUÇÃO ADUÇÃO

29
MEMBROS PÉLVICOS

“PROVA DO ESPARAVÃO”

30
POLIFLEXÃO

PROTRAÇÃO

31
RETRAÇÃO

Compare com a figura anterior. Este é um caso de ruptura parcial de músculo


fibular terceiro. Note a flexão femurotibiopatelar e a extensão do jarrete.

32
ABDUÇÃO

33
ADUÇÃO

FLEXÃO DO PESCOÇO

34
DORSOFLEXÃO

FLEXÃO LOMBOSACRA

35
VENTROFLEXÃO

LATEROFLEXÃO E ROTAÇÃO

36
7 - GRADUAÇÃO DA CLAUDICAÇÃO QUANTO À INTENSIDADE:

(Graduação atualmente utilizada pela AAEP)

Grau 0: Claudicação não perceptível sob quaisquer circunstâncias.

Grau 1: Claudicação é difícil de observar e é não consistentemente aparente,


independentemente das circunstâncias (por exemplo, peso exercício,
circulando, inclinações, disco rígido superficial, etc.).

Grau 2: Claudicação é difícil de observar a passo ou quando trota (marcha) em


linha reta, mas consistentemente aparente em determinadas circunstâncias
(por exemplo, carregando peso, em círculos, inclinações, piso duro, etc.).

Grau 3: Claudicação é consistentemente observada em um trote (marcha) em


todas as circunstâncias.

Grau 4: Claudicação é óbvia a passo.

Grau 5: Claudicação produz mínimo apoio em movimento e/ou em repouso ou


de uma incapacidade total para mover, decúbito.

37
8 - BLOQUEIOS ANESTÉSICOS

8.1 - BLOQUEIOS INTRARTICULARES DOS MEMBROS TORÁCICOS

INTERFALANGEANA DISTAL

Lidocaína 2% aproximadamente 5 mL

Efeito inicial intrarticular em torno de 10 a 15


minutos.

Em 20 a 30 minutos pode haver difusão e alcançar


navicular.

38
INTERFALANGEANA PROXIMAL

Lidocaína 2% aproximadamente 5 mL

Bloqueio de utilização menos frequente.

Há um acesso dorsolateral (dorsomedial).

METACARPOFALANGEANA (BOLETO)

Lidocaína 2% aproximadamente 10 mL

Existem outros acessos, como um ponto mais


ventral que o mencionado e o dorsolateral.

39
INTERCÁRPICA E RADIOCÁRPICA

Lidocaína 2% aproximadamente 10 mL na
articulação radiocárpica e mais 10 mL para a
articulação cárpica média, que também alcança o
espaço distal.

Bloqueios facilmente realizados.

UMERORÁDIOULNAR

Lidocaína 2% aproximadamente 10 mL

Bloqueio de utilização menos frequente.

40
ESCÁPULOUMERAL

Lidocaína 2% aproximadamente 20 mL

8.2 - BLOQUEIOS INTRARTICULARES DOS MEMBROS PÉLVICOS

IDEM AO MEMBRO TORÁCICO PARA INTERFALANGEANA DISTAL E


PROXIMAL E BOLETO (METATARSOFALANGEANA)

41
TARSOMETATÁRSICA

Lidocaína 2% aproximadamente 5 mL

INTERTÁRSICA DISTAL

Lidocaína 2% aproximadamente 5 mL

Espaço em algumas situações é reduzido por


artrose e dificulta colocação da agulha..

42
TIBIOTÁRSICA

Lidocaína 2% aproximadamente 20 mL

Bloqueio facilmente realizado.

Alcance da articulação interfalangeana proximal.

FEMUROPATELAR

Lidocaína 2% aproximadamente 30 mL

Comunicação com articulação femurotibial medial.

43
FEMUROTIBIAL

Lidocaína 2% aproximadamente 20 mL

COXOFEMURAL

Lidocaína 2% aproximadamente 15 mL

Bloqueio de utilização menos frequente.

Técnica de maior dificuldade.

44
8.3 - BLOQUEIOS PERINEURAIS MEMBRO TORÁCICO

DIGITAL PALMAR

Lidocaína 2% aproximadamente 2 mL

Aplicação lateral e medial.

ABAXIAL DO SESAMÓIDE

Lidocaína 2% aproximadamente 3 a 5 mL

Aplicação lateral e medial.

45
QUATRO PONTOS BAIXOS (METACÁRPICO E PALMAR PORÇÃO DISTAL)

Lidocaína 2% aproximadamente 3 mL/ponto

Aplicação lateral e medial.

Nervos metacárpicos palmares e

Nervos palmares.

Região distal.

QUATRO PONTOS ALTOS (METACÁRPICO E PALMAR PORÇÃO PROXIMAL)

Lidocaína 2% aproximadamente 5 mL/ponto

Aplicação lateral e medial.

Nervos metacárpicos palmares e

Nervos palmares.

Região proximal.

46
ULNAR, MEDIANO E ANTEBRAQUIAL

Lidocaína 2% aproximadamente 10 mL/ponto.

Emprego pouco freqüente.

47
8.4 - BLOQUEIOS PERINEURAIS DOS MEMBROS PÉLVICOS

IDEM AOS TORÁCICOS ATÉ QUATRO PONTOS ALTOS


TIBIAL E FIBULAR PROFUNDO

Lidocaína 2% aproximadamente 15 mL/ponto

Analgesia de jarrete e estruturas profundas distais.

Volumes maiores podem ser necessários.

Pode comprometer a função motora. Mantenha o


cavalo preso enquanto durar o efeito.

8.5 - BLOQUEIO BURSA DO NAVICULAR (TORÁCICOS E PÉLVICOS)

Lidocaína 2% aproximadamente 5 mL

Cuidados rigorosos com antissepsia e técnica.

Utilize mandril de cateter (# 14 ou #16) ou agulha


espinhal de 15 cm.

48
9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COLAHAN, P.T.; MERRITT A.M.; MOORE, J.M.; MAYHEW, .IG. Equine


Medicine and Surgery .4th ed.California:Amer Veterinary Pub, 2v. 1991.

MOYER, W.; SCHUMACHER, J.; SCHUMACHER, J. A guide to equine joint


injection and regional anesthesia. Pennsylvania: Veterinary Learning
Sistems, 2007.

SPEIRS, V.C. Exame clínico de equinos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
1997.

STASHAK, T.S. Claudicação em equinos segundo Adams. São Paulo:


Roca, 1994.

SMITH, B. P. Tratado de medicina interna de grandes animais. Manole, São


Paulo. 2 v. 1994.

THOMASSIAN, A. Enfermidades do cavalo. 3ed. São Paulo: Varela, 1996.

49
50
51
52
53

Você também pode gostar