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PERGUNTAS E RESPOSTAS ILUSTRADAS

DE MEDICINA VETERINÁRIA

Clínica de Equinos

Editado por
Sue J. Dyson
MA, VetMB, DEO, FRCVS
Seção de Clínica de Equinos, Departamento de Estudos Clínicos,
The Animal Health Trust, Newmarket, Suffolk, Inglaterra

.
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EDITORA
MANOLE
'o:::!!!! LTDA.
PREFÁCIO
Este livro é único em seu formato, pois proporciona tanto um método de auto-
avaliação quanto informações atualizadas em todas as áreas da clínica e cirurgia
dos equinos. Perguntas e respostas, muitas das quais excepcionalmente ilustradas,
foram formuladas por especialistas importantes em Medicina Veterinária dos
equinos. As perguntas são apresentadas anonimamente, tendo sido "misturadas",
para evitar que o leitor faça suposições acerca da matéria tratada. Cada uma delas
deve representar um desafio para todo clínico de equinos, e também deve compor
um método estimulante de aprofundamento da educação: muitas das respostas
fornecem informações adicionais, além das solicitadas pelas perguntas. Muitas
das perguntas estão subdivididas em seções: caso haja problemas, o leitor é
aconselhado a completar cada seção em separado; as informações adquiridas com
a resposta da primeira parte da pergunta podem ajudar o leitor na formulação da
resposta à parte restante.
Quero agradecer aos colaboradores por seus extraordinários esforços tremendos:
sem exceção, a tarefa mostrou-se muito mais demorada que o antecipado por todos
nós.

AGRADECIMENTOS
o Dr. Long deseja agradecer os Drs. J.D. Bonagura e J.R. Holmes, e o Sr. J. A.
Fraser, pelos conselhos; o Dr. R. N. Else, por ter realizado todos os exames "post-
mortem"; e a Casa de Repouso para Cavalos, "Horserace Betting Levy Board", "Royal
College ofVeterinary Surgeons", "Spencer Hill Charitable Trust", "Universidade de
Edimburgo", e da Diasonics Sonotron, BMS (Escócia) Ltd., pela ajuda financeira.
LISTA DE COLABORADORES
W. E. Allen, MVB, PhD, Departamento de Cirurgia e Obstetrícia Veterinária,
Royal Veterinary College, Hatfield, Hertfordshire, Inglaterra
K. C. Barnett, MA, PhD, BSc, DVOphtal, Unidade de Oftalmologia
Comparativa, Animal Health Trust, Newmarket, Suffolk, Inglaterra
J. C. Brearley, MA, VetMB, DVA, Animal Health Trust, Newmarket, Suffolk,
Inglaterra
S. J. Dyson, MA, VetMB, DE O, Animal Health Trust, Newmarket, Suffolk,
Inglaterra
P. A. Harris, MA, VetMB, PhD, Animal Health Trust, Newmarket, Suffolk,
Inglaterra
S. Howarth, BVMS, CertVR, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade
de Cambridge, Cambridge, Inglaterra
D. C. Knottenbelt, BVM & S, Divisão de Estudos Equinos, Departamento de
Ciência Clínica Veterinária, Universidade de Liverpool, Merseyside, Inglaterra
A. Koterba, DVM, PhD, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade da
Flórida, Gainesville, Flórida, EUA
G. Lane, BVetMed, Departamento de Cirurgia Veterinária, Faculdade de
Ciência Veterinária, Universidade de Bristol, Bristol, Inglaterra
D.P. Leadon, MA, MVB, MSc, Centro de Equinos do Eire, Johnstown, Couty
Kildare, Eire.
K. Long, BVSc, CertVA, Estação Veterinária de Campo, Royal (Dick) School of
Veterinary Science, Universidade de Edimburgo, Midlothian, Escócia
S. Love, BVMS, PhD, Departamento de Medicina Veterinária, Faculdade de
Medicina Veterinária, Universidade de Glasgow, Glasgow, Escócia
T. S. Mair, BVSc, PhD, DipACVlM, Departamento de Medicina Veterinária,
Faculdade de Ciência Veterinária, Universidade de Bristol, Bristol, Inglaterra
S. A. May, MA, VetMB, PhD, DVR, CertEO, Departamento de Ciência Clínica
Veterinária, Universidade de Liverpool, Merseyside, Inglaterra
I. G. Mayhew, BVSc(Massey), Animal Health Trust, Newmarket, Suffolk,
Inglaterra
E. M. Milne, BVMS, PhD, MRCVS, Estação de Campo Veterinária, Royal (Dick)
School ofVeterinary Medicine, Universidade de Edimburgo, Midlothian, Escócia
R. R. Pascoe, AM, DVS, FRCVS, FACVs, Oakey Veterinary Hospital Pty Ltd.,
Oakey, Queensland, Austrália
M. Schramme, B(Ghent), Departamento de Cirurgia e Obstetrícia Veterinária,
Royal Veterinary College, Hatfield, Hertfordshire, Inglaterra
J. P. Walmesley, MA, WetMB, CertEO, Hospital Veterinário de Equinos,
Liphook, Hampshire, Inglaterra
I. M. Wright, MA, VetMB, CertEO, Animal Health Trust, Newmarket, Suffolk,
Inglaterra
1 Um Puro-sangue com 3 anos de idade
apresentava claudicação intermitente dos
membros torácicos, localizada na articulação
metacarpofalangiana; a patologia ilustrada
(Figura 1) foi descoberta durante o exame
artroscópico.
(a) O que você pode identificar?
(b) Quais são os diagnósticos diferenciais?
(c) Que aspecto da articulação é mais
comumente afetado?
(d) Que outras etapas diagnósticas são
importantes, na avaliação do caso?
Figura 1

2 Cavalo de competição com 6 anos de idade


foi apresentado com claudicação moderada do
membro pélvico esquerdo, com várias semanas
de duração. A claudicação era acentuada pela
flexão do tarso, não melhorando pela
analgesia subtarsiana. Contudo, a analgesia
perineural dos nervos tibial e fibular (perôneo)
melhorava a claudicação. Foram obtidas
radiografias do tarso.
(a) Que incidência radiográfica é mostrada na
Figura 2, e que outras incidências você
deveria obter?
(b) Descreva os achados radiográficos.
(c) Qual é a etiologia e origem prováveis do
corpo ósseo?
(d) Como você determinaria sua significância?
(e) Como você diferenciaria entre as cristas
trocleares lateral e medial do astrágalo?
Figura 2

3 Uma égua pônei para montaria de crianças, com 4 anos de idade, passou a
apresentar tosse paroxística grave e hálito malcheiroso durante o verão. A égua
havia sido criada permanentemente com capim, com outro pônei, durante 3
meses antes do início da tosse, e tinha descansado completamente durante este
período. A égua não teve acesso ao feno ou palha. O pônei manteve-se ativo e com
apetite normal, e não estava dispnéico. Havia corrimento nasal bilateral escasso,
purulento e malcheiroso. A temperatura retal estava normal e a auscultação do
tórax não revelou qualquer anormalidade evidente. Os linfonodos
submandibulares não estavam aumentados.
(a) Qual é o diagnóstico mais provável e como você poderia confirmá-Io?
(b) Como você trataria este problema?

5
4 Foi detectado um tumor no terço distal da
cauda de animal baio castrado com 11 anos
de idade (Figura 3). Você foi solicitado a dar
opinião sobre o tratamento.
(a) Qual é o diagnóstico diferencial e como
você confirmaria o diagnóstico?
(b) Qual é o prognóstico, após a remoção
cirúrgica da massa?

Figura 3

5 Oito horas após longa jornada (de 7 horas) por estrada até o local onde
ocorreria um evento, verificou-se que o cavalo mestiço de puro-sangue, castrado,
com 5 anos de idade, estava gravemente deprimido. As membranas mucos as
estavam congestas e o cavalo estava febril (temperatura retal 38,8°C). Logo
após, o animal demonstrou sinais de cólica, havendo necessidade de tratamento
com analgésicos. Três horas mais tarde, o animal teve diarréia em jato grave,
com odor fétido.
(a) De qual moléstia você suspeita?
(b) Que testes diagnósticos você realizaria?
(c) Como você trataria este cavalo?

6 Cavalo caçador foi apresentado para ventriculectomia laríngea. Durante o


exame pré-anestésico, foi observada irregularidade na frequência de pulso. A
auscultação cardíaca revelou a mesma anormalidade na frequência cardíaca. Foi
obtido o traçado do ECG ilustrado na Figura 4.
(a) Que anormalidade está presente?
(b) Como você determinaria seu significado clínico?

Figura 4

6
7 Cavalo saltador de exibição, castrado, com 8
anos de idade, apresentou sinais de cólica
moderadamente graves, com surgimento
súbito. Ao ser examinado 2 horas após o início
dos sinais, o pulso era de 60/min, a
temperatura 39,5°C, e ocorreu refluxo de 5
litros de líquido do estômago (Figura 5). Os
sons intestinais estavam silenciosos e podia
ser palpado via retal o intestino delgado
ligeiramente distendido. As membranas
mucos as estavam hiperêmicas. Duas horas
mais tarde, a temperatura, pulso, sons
intestinais e achados retais estavam
inalterados. Mais 3 litros de refluxo gástrico
foram obtidos, e as membranas mucosas Figura 5
estavam ainda mais hiperêmicas, com tempo
de enchimento dos capilares de 3 s. Nesta
ocasião, o cavalo estava quieto e deprimido. O proteínas totais estava em 35 g/
hematócrito (VG) era de O,46l!l ou PVC 46%, 1, e a leucometria era de lxl09/l.
e a leucometria global, 15xl09/l. O líquido (a) Qual é o seu diagnóstico?
peritoneal estava com uma coloração laranja- (b) Qual a atitude que você
claro, e neste material a concentração das tomaria?

8 Égua "part-bred" com 9 anos de idade, com


claudicação grave de surgimento súbito, foi
encaminhada para que fosse dada continuidade à
investigação de possível fratura no tarso (Figura 6).
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Quais são as causas deste problema?
(c) O que seria observado nas radiografias do tarso?
(d) O que poderia ser observado nas radiografias do
joelho?

Figura 6

7
9 Potro puro-sangue com 3 meses de
idade não foi considerado como
11 "crescendo bem". Os sinais vitais
estavam normais.
(a) O problema ilustrado na Figura 7
é responsável pelo
.. subdesenvolvimento?
(b) Qual é a etiopatogênese provável
do problema ilustrado?
(c) Que outros sinais clínicos podem
estar presentes?

Figura 7

10 Quais são os aspectos palpáveis (via refaZ) do trato reprodutivo de uma égua
(ovário, útero, cerviz) no:
(a) estro (quando ocorre comumente a ovulação)?
(b) diestro?
(c) anestro?
(d) diestro prolongado?
Explique por quê cada uma das estruturas citadas são assim percebidas.

Figura 8

11 Pônei com 3 anos de idade é apresentado com história clínica de cólica


contínua e disfagia de 12 horas de duração.
(a) Descrever os sinais que este animal exibe na Figura 8.
(b) Qual é o seu diagnóstico diferencial e qual o problema com maior
probabilidade de estar presente?
(c) Descreva quaisquer sinais clínicos adicionais que você esperaria observar e os
achados prováveis no exame reta!.

8
Figura 9A Figura 9B
r

Figura 9C

12 Cavalo de montaria recreativa com 8 anos de idade foi apresentado com


claudicação leve no membro torácico direito. A claudicação ficava acentuada no
piso duro, especialmente ao girar. A claudicação no membro torácico direito era
aliviada por bloqueios do nervo digital palmar, surgindo sutil claudicação do
membro torácico esquerdo. Em seguida à analgesia perineural dos nervos
digitais palmares do membro torácico esquerdo, o cavalo parecia bem.
(a) Que vistas radiográficas você obteria?
(b) Descrever os aspectos radiográficos das vistas ilustradas nas Figuras 9A e B.
Você tem o diagnóstico?
(c) Qual informação adicional pode ser obtida com a análise da Figura 9C?
(d) Como foi obtida a vista ilustrada na Figura 9C?
(e) Qual é o seu diagnóstico e prognóstico?

9
Figura 10

13 Égua vazia, repousando num padoque, é encontrada com


grave separação da muralha do casco (Figura 10). O animal
está claudicando intensamente.
(a) Quais são as suas recomendações para o tratamento?
(b) A égua irá claudicar permanentemente?
(c) Você acha que a égua deverá ser ferrada sempre?

14 Você considera que "ovários císticos" ocorrem na égua? Se a resposta for


"sim", qual é a etiologia e quais as características do problema?
Se a resposta for "não", quais problemas dos ovários das éguas sugerem que os
órgãos estejam císticos?

15 Cavalo castrado com 3 anos de


idade é apresentado 8 meses após a
castração, para a investigação de
hérnia inguinal suspeitada (Figura
11).
(a) Qual é o seu diagnóstico
diferencial?
(b) Qual é a etiologia mais
provável?
(c) Quais outros achados clínicos
podem estar presentes?
(d) Como você trataria este caso?
(e) Qual é o prognóstico?

Figura 11 (Cortesia do Dr. P.E. Holt,


Universidade de Bristol)

10
16 O sinal clínico unilateral mostrado
na Figura 12 persistia já há vários
meses, com pouca alteração. O animal
estava sob tratamento para a afecção
do navicular.
(a) Relacionar os problemas mais
prováveis, que se apresentam com
este sinal.
(b) Que medidas diagnósticas
complementares devem ser instituídas
e como os diversos problemas
poderiam ser identificados, a partir
destas medidas?

Figura 12

17 Égua pônei com 2 anos de idade


apresentou-se subitamente com diarréia
aquosa e intensa, no início de janeiro (Figura
13). O pônei havia sido mantido
permanentemente no pasto com um grupo de
outros cavalos, desde o nascimento. Esta
égua tinha recebido alimentação suplementar
durante o inverno e recebia vermífugos
regularmente a intervalos de 8 semanas (a
última vermifugação ocorrera 5 dias antes do
início da enfermidade). Desde o início da
diarréia, 3 dias antes, o animal havia perdido
peso considerável, tendo desenvolvido edema
ventral. Durante o exame clínico, verificou-se
que o pônei estava deprimido e ligeiramente
desidratado; sua temperatura retal era de
37,7°C. Uma amostra das fezes demonstrou
crescimento abundante de Salmonella
typhimurium, mas nenhum ovo de helminto.
O exame hematológico revelou um
hematócrito de 0,50l/l ou PVC 50% e leve
leucocitose (14,3x109/l), com neutrofilia (PMN
9,8x109/l). A bioquímica sérica revelou hipo-
albuminemia (albumina 2,1 g/dl).
(a) Qual o problema que você suspeita e como
você confirmaria seu diagnóstico?
(b) Qual o tratamento que você aconselharia? Figura 13

11
~

Figura 14A. Sutura de colchoeiro, com


eversão.

Figura 14B. Sutura interrompida


simples, em oposição.

18 A laparotomia exploratória revela estrangulamento de 1,5m (5 pés) de jejuno


por lipoma pedunculado num cavalo. Após a redução, você deve decidir se o
segmento intestinal estrangulado necessita de ressecção e anastomose.
(a) Que fatores ajudá-lo-ão na avaliação da viabilidade do segmento e, portanto,
da necessidade da ressecção?
(b) 2,15m (7 pés) de jejuno necessitam ser submetidos à ressecção. Você optaria
por criar uma anastomose término-terminal, ou látero-lateral, entre as
extremidades transeccionadas do jejuno? Explicar por quê.
(c) O sucesso da anastomose intestinal depende muito do uso de padrão de
sutura adequado, que minimize a incidência de aderências, estenose e

.
extravasamento. Fazer e explicar sua escolha da lista fornecida a seguir:
Sutura com eversão, em camada única (por exemplo, de colchoeiro

.
vertical)(Figura 14A).
Sutura em oposição, em camada única (por exemplo, interrompida

.
simples)(Figura 14B).
Sutura com inversão, em camada única (por exemplo, de Lembert

.
interrompida)(Figura 14C).
Oclusão com inversão, em camada dupla (camada em oposição + camada com
inversão)(Figura 14D).

12
Figura 14C. Sutura de Lembert Figura 14D. Oclusão com inversão, em
interrompida, invertida. camada dupla (interrompida simples
+ de Lembert contínua)

(d) Qual o material de sutura você utilizaria para a anastomose intestinal? Por

..
que?
Categute cromado.

..Categute.
Ácido poliglicólico.

.. Poliglactina 910.
Sutura PDS.

. Poliéster trançado.
Monofilamento de náilon.
(e) Por que os dispositivos de grampeamento são considerados inadequados para
a anastomose término-terminal?

19 O estudo de Doppler na Figura 15 foi


obtido de cavalo "dressage" com 7 anos de
idade, e com murmúrio sistólico de grau 3/6
sobre o hemitórax direito. O murmúrio foi
localizado no quarto espaço intercostal,
imediatamente abaixo da base do coração.
O murmúrio foi auscultado durante o
exame de rotina, antes da vacinação.
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Como você avaliaria sua gravidade?
(c) Este problema pode afetar o
desempenho do animal?

Figura 15. Ventrículo direito (RV); válvula tricúspide


(TV); válvula aórtica (AO); átrio direito (RA).

13
Figura 16A Figura 16B
20 Cavalo de competição, castrado, com 11 anos de idade (Figura 16A) havia
sofrido ataques de cólica leve por 1 semana. Seu abdômen estava levemente
distendido, quando palpado. Sua temperatura estava era 39°C, o pulso 45/min, o
borborigmo estava deprimido; as membranas mucosas estavam, hiperêmicas. As
fezes estavam secas e de quantidade reduzida, e não foram palpadas
anormalidades via retal, embora a manipulação do reto tenha sido percebida
restringi da. Não foi obtido refluxo gástrico. Os parâmetros hematológicos foram
os seguintes: hematócrito 42%; PT 75 g/l; albumina 21 g/l; globulina 54 g
fibrinogênio 5,0 g/l; leucometria 10x109/l; PMN 6,3x109/l com desvio para a
esquerda. O líquido peritoneal (Figura 16B) resultou numa contagem de células
nucleadas de 14x109/l, com grandes quantidades de macrófagos e leucócitos
polimorfonucleares; a proteína total foi de 40 g/l.
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Quais dos parâmetros acima são os mais confiáveis para o diagnóstico deste
caso?
(c) Como você trataria este cavalo castrado?

21 Uma égua com 17 anos de idade é


apresentada com diversas lesões em torno
dos pêlos da cauda, ânus e vulva (Figura
17).
(a) O que poderia estar causando o
problema na cauda?
(b) Qual é o problema mais provável na
comissura vulvar inferior?
(c) A cirurgia pode corrigir o segundo
problema?

Figura 17

14
22 Qual é a interpretação do aspecto
macroscópico das amostras de líquido
sinovial A (Figura 18A) e B (Figura
18B)? Que outras medidas você
tomaria, nestes casos?

23 Cavalo Warmblood holandês


castrado, com 5 anos de idade, foi
apresentado com claudicação do
membro pélvico esquerdo com duração
de várias semanas. A claudicação
ficava notavelmente acentuada pela
flexão do tarso.
Figura 18A (a) Que vistas radiográficas você
obteria?
(b) Quais as vistas observadas na
Figura 19A e B? Descrever os aspectos
radiográficos em ambas as vistas.
(c) Que vistas adicionais você poderia
obter?
(d) Como você determinaria o
significado das anormalidades
radiográficas?
(e) Qual é a provável etiologia ?

-
Figura 19A Figura 19B

15
24 Como a endometrite, causada por patógenos oportunistas, poderia ser:
(a) Suspeitada?
(b) Diagnosticada?
(c) Prevenida?
(d) Tratada?

25 Potranca Puro-sangue é encontrada, 12 horas após o termo, deitada na baia,


agitando-se violentamente e entrando em convulsão. O processo do parto foi
observado e considerado normal e a potranca ficou em pé e mamou dentro de 2
horas após o nascimento. Agora a temperatura corporal é 40,5°C, a frequência
cardíaca, 160 batimentos/min, a frequência respiratória 80/minuto (respiração
superficial) e as membranas mucos as têm uma coloração azul-barrenta.
(a) Qual é o seu tratamento imediato?
(b) Quais testes diagnósticos estão indicados?
(c) Quais são os diagnósticos diferenciais mais prováveis?
(d) Qual é o seu diagnóstico para a recuperação desta potranca, com base no
diagnóstico diferencial mais provável?

26 (a) A retina mostrada na Figura 20 (de Puro-sangue com 8 anos de idade)


está normal?
(b) Quais são os aspectos oftalmoscópicos peculiares na Figura 20?

Figura 20

16
27 Cavalo de "competição de
três dias", castrado e com 10
anos de idade, é apresentado
com claudicação de 3 anos de
evolução. A claudicação tendia
a passar praticamente
despercebida com o trabalho
normal, inclusive nos eventos
de 1 dia de duração, mas após
cada competição de 3 dias o
quadro piorava. Antes, este
problema era resolvido com
repouso, mas após o último
evento de três dias, a
claudicação persistiu. O cavalo
mostrava tendência de apontar
o membro torácico direito,
quando em repouso. Havia
ligeiro aumento de volume na Figura 21
porção palmar da quartela. A claudicação
melhorou, mas não desapareceu, com a analgesia perineural dos nervos digitais
palmares. Foi obtida radiografia da parte frontal do pé direito (Figura 21).
(a) Que vistas radiográficas você obteria?
(b) Descrever os achados radiográficos na Figura 21.
(c) Como você interpretaria estes achados?
(d) Quais testes diagnósticos adicionais você realizaria?

28 O procedimento mostrado na
Figura 22 seguiu-se a bloqueio dos
nervos digitais palmares.
(a) Que causas de claudicação têm
pouca probabilidade de ocorrer neste
animal?
(b) Qual o procedimento em curso?
(c) Se este procedimento não causar
qualquer efeito no problema, qual a
próxima atitude que o clínico
provavelmente deverá tomar?

Figura 22

17
29 (a) Quais os sinais clínicos que você
pode identificar na Figura 23?
(b) Qual é o diagnóstico?
(c) Que fatores podem afetar o prognóstico?

Figura 23

30 Égua com 11 anos de idade estava com história clínica de 9 semanas de perda
de peso e letargia. Os linfonodos submandibulares e as glândulas parótidas
haviam aumentado de volume visivelmente (Figura 24). Houve período inicial de
pirexia (temperatura retal 39,9°C), o que levou ao diagnóstico inicial de infecção
respiratória, em decorrência de Streptococcus equi (garrotilho). Nas últimas
semanas, a égua apresentou ruído respiratório estriduloso, tendo se tornado
ligeiramente disfágica. O exame endoscópico das vias respiratórias superiores
demonstrou várias tumefações nodulares da mucos a nasofaríngea e laríngea.
(a) Qual é o diagnóstico diferencial?
(b) Que outros procedimentos diagnósticos você realizaria?

Figura 24

18
31 Grave lesão de descascamento anular
da porção proximal do metatarso removeu
grande área cutânea (Figura 25).
Admitindo-se que a irrigação sanguínea à
parte distal do membro está intacta e que
não há envolvimento da articulação,
tendão ou ligamento:
(a) Que tratamento você faria?
(b) Num cavalo de exibição, de onde você
obteria enxerto doador e por quê?

32 Cavalo caçador castrado, com 11 anos


de idade, vinha apresentando espasmos
de cólica todo o dia, tendo defecado
apenas pequeno volume de fezes.
N-butilbrometo de hioscina e dipirona
(Buscopan composto) aliviaram a dor, mas
a cólica recomeçou, assim que os
medicamentos foram eliminados. A Figura 25
frequência cardíaca estava em 44
batimentos/min, hematócrito 45%,
membranas mucosas de aspecto normal e
sons intestinais reduzidos. A paracentese
produziu sangue vivo. Por ocasião do
exame retal (Figura 26), o baço estava
deslocado ventrocaudalmente. Foi
percebida sucessão de faixas tensas
estendendo-se transversalmente pela
cavidade abdominal, convergindo para
cima, para baixo e para a esquerda. Estas
faixas pareciam estar anormalmente
fixadas ao nível do rim esquerdo. Não
pôde ser alcançado o ligamento
nefrosplênico intensamente distendido a
partir da borda dorsal do baço, mas esta
estrutura pôde ser sentida estendendo-se
verticalmente, numa direção inferior,
desde a borda caudal do rim esquerdo. O
cólon maior estava distendido com gás e
compactado.
(a) Qual é o seu diagnóstico? Figura 26. Achados retais.
(b) Que tratamento você aconselharia?
(c) Há outra opção? Descrever as diferentes etapas desta abordagem
conservadora.
(d) Qual é o seu prognóstico?
(e) Por que a paracentese obteve sangue vivo?

19
33 Um proprietário solicita informações sobre as necessidades protéicas para o
crescimento e exercício.
(a) Quanto de proteína você aconselharia?
(b) O fornecimento excessivo seria prejudicial?
(c) É importante a origem da proteína?
(d) O cavalo pode utilizar nitrogênio não originário de proteína?

34 Cavalo Puro-sangue castrado, com 3 anos de idade, apresenta-se com tosse e


corrimento nasal bilateral fétido, que intermitentemente apresenta traços de
sangue. O cavalo está pirético (temperatura retal 39,4°C) e apresenta-se com
dispnéia inspiratória e expiratória moderada. O exame endoscópico demonstrou
corrimento purulento drenando da árvore brônquica direita. As radiografias
torácicas revelaram lesão no campo pulmonar dorsocaudal (Figura 27).
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Como você aprofundaria a investigação deste caso?

Figura 27

35 Cavalo castrado é apresentado com cólica e tumefação escrotal 6 horas após a


castração aberta, praticada com o animal em pé (Figura 28).
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Que considerações cirúrgicas imediatas devem ser levadas a efeito?
(c) Como este problema poderia ter sido evitado?

Figura 28 (cortesia do
Dr. P.E. Holt,
Universidade de Bristol)

20
Figura 29

36 (a) Como estas lesões no lábio, mostradas na


Figura 29, podem ser explicadas?
(b) Estas lesões estão associadas a qualquer
problema patológico significativo?

37 Potro Puro-sangue com 2 anos de idade passou a apresentar dispnéia, ruído


inspiratório dissonante e tosse esporádica logo após ter sido posto a trabalhar.
Você examinou o cavalo 6 meses após o início dos sinais clínicos, época em que
estava presente, no animal em repouso, um ruído inspiratório pronunciado e
dissonante de "ronco" e as vibrações podiam ser palpadas em toda a traquéia
cervical. A endoscopia revelou excesso de muco na parte superior da traquéia e
constrição dorsoventral irregular, que se estendia pela distãncia de 15 cm, ao
nível da entrada do tórax (Figura 30). A traquéia e os brônquios principais
distais para esta região tinham aspecto normal.
(a) Qual é a natureza provável desta lesão?
(b) Há qualquer tratamento possível?

Figura 30

21
38 (a) Quais são as estruturas amarelas
presentes na pele do membro torácico do
cavalo mostrado na Figura 3I?
(b) Qual o seu significado patogênico?
(c) Como você trataria este problema?

Figura 31

39 Equino castrado Clydesdale com 5 anos de idade é apresentado com área


papilomatosa com pequena ferida granulada e não cicatrizada, na pele não
pigmentada do lábio superior (Figura 32).
(a) Qual é o diagnóstico diferencial?
(b) Como você confirmaria o seu diagnóstico?

Figura 32

40 Durante a palpação via retal de um ovário, a égua tensiona os músculos de


seu flanco e lentamente ergue o membro pélvico no lado do ovário sob exame.
Qual é a causa provável do seu comportamento?

22
Figura 33

41 O cavalo mostrado na Figura 33 acabou de ser


colocado num local para recuperação, após anestesia
com anestésico de 60 minutos de duração, em decúbito
dorsal.
(a) O que está ilustrando esta fotografia?
(b) Dê duas causas do possível problema sob
tratamento.

42 Potro sobre ano foi apresentado com ambulação rígida dos membros pélvicos e
distensão bilateral das articulações femoropatelares. O exame radiográfico
revelou contorno irregularmente achatado para a crista troclear lateral do
fêmur, com "ilhotas" subjacentes de tecido mineralizado. A Figura 34 exibe o
aspecto artroscópico da crista troclear lateral.
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Qual é o moderno tratamento de escolha?
(c) Qual é a linha de raciocínio para este tratamento?

Figura 34

23
43 O sinal ilustrado na Figura 35
desenvolveu-se lentamente, ao longo
de vários meses.
(a) Descrever os sinais clínicos.
(b) Quais os problemas que podem ser
responsáveis?
(c) O que você proporia, como
aprofundamento da investigação, para
que seja esclarecido o tipo de lesão
responsável?

Figura 35

44 Potrinho puro-sangue com 7 meses


de idade foi apresentado com
claudicação do membro torácico
esquerdo com duração de várias
semanas. A claudicação variava
quanto ao grau, tanto durante os
períodos de exercício, quanto nos
intervalos entre exercícios. A
estremidade distal do membro
torácico esquerdo estava mais estreita
e verticalizada que o lado direito. A
analgesia subcarpiana não conseguiu
melhorar a claudicação. Foram
obtidas radiografias do carpo.
(a) Que vista está ilustrada na Figura
361 Que outras incidências você
deveria obter?
(b) Descreva os aspectos radiográficos.
(c) Como você determinaria seu
significado?

Figura 36

24
45 Os achados clínicos e
laboratoriais sugerem que um
cavalo apresenta-se com a
função hepática deficiente e que
é indicada a biópsia hepática.
(a) Que tipo de agulha de biópsia
é mostrado na Figura 37?
(b) Qual ou quais são os locais
para a biópsia hepática em
equinos?
(c) Que fatores importantes
devem ser considerados, antes
Figura 37
da realização do procedimento de
biópsia?

46 (a) Que bactérias causam


comumente endometrite em
éguas e que fatores contribuem
para a etiologia?
(b) A cultura de um esfregaço
uterino em ágar-sangue resultou
em crescimento puro de colônias
não pigmentadas, de forma
cupular, que se assemelhavam a
estafilococos. A Figura 38A
demonstra o resultado da
coloração do esfregaço de uma
Figura 38A
das colônias, usando o corante
Diff Quik. Qual é o seu
diagnóstico?
(c) O exame ultra-sonográfico de
rotina de égua caçadora que
chegou ao haras para cobertura
revelou líquido no útero. Este
líquido foi aspirado e tinha
consistência mucóide. A cultura
no ágar-sangue produziu
crescimento penugento; uma
microfotografia (corada com
lactofenol-azul algodão) é
mostrada na Figura 38B. Figura 38B
Qual é o seu diagnóstico?

25
47 AFigura 39 ilustra a vista
endoscópica da área nasal caudal
de cavalo caçador idoso, que vinha
demonstrando epistaxe
intermitente do lado direito há
vários meses.
(a) Qual é esta lesão?
(b) Como a lesão pode ser tratada?
(c) Qual é o prognóstico?

Figura 39

48 O potro puro-sangue com 11 meses de idade, ilustrado na Figura 40A e B,


normal por ocasião do nascimento, agora apresenta-se com dificuldade em andar.
(a) Há quanto tempo é,provável, que este animal esteja afetado?
(b) Em que membro está ocorrendo o problema primário?
(c) Qual é o diagnóstico diferencial para a causa do problema primário?
(d) Qual é o problema secundário e por que este problema ocorreu?

Figura 40A Figura 40B

26
49 Égua garrana com 17 anos de idade vinha sofrendo de repetidos ataques de
cólica, ao longo do período de 9 meses. Os "surtos" de dor vinham se tornando
progressivamente mais frequentes e graves. O exame retal durante estes
ataques revelou alças do intestino delgado moderadamente distendidas, mas
entre os episódios, nenhuma anormalidade podia ser detectada. Uma
laparotomia exploratória revelou três espessamentos anulares firmes do jejuno;
não foi detectada qualquer outra anormalidade, além de ligeiro aumento de
muitos dos linfonodos mesentéricos.
(a) Qual é a natureza provável destas lesões?
(b) Qual é o prognóstico?
Figura 41
50 (a) Que sinais clínicos estão evidentes no
animal mostrado na Figura 41?
(b) Vários cavalos do estábulo tinham
evidenciado claudicação e inapetência. Há
probabilidade de que os sinais observados neste
cavalo sejam também encontrados em outros
animais no estábulo?
(c) Qual ou quais testes diagnósticos você poderia
utilizar?

51 Fratura infectada da fíbula foi removida


cirurgicamente de cavalo caçador castrado com 7
anos de idade. No dia seguinte, o cavalo exibia
leves sinais de desconforto abdominal. O apetite
e a produção de fezes deste animal estavam
diminuídos. A frequência cardíaca era de 48
batimentos/min, estavam presentes poucos
sons intestinais e as membranas mucos as
estavam normais.
O exame retal revelou a presença de massa
grande, firme, mas denteada, com distinta
faixa avançando dorsoventralmente em
direção anterógrada, na metade direita
do abdõmen (Figura 42). O lado esquerdo
do abdômen estava vazio. O desconforto
foi facilmente controlado com analgésicos,
mas retornou algumas horas após a
injeção. Ao exame retal, agora a massa tem
consistência mais dura.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Que atitude você aconselharia?
(c) Quais são os riscos de tratamento
conservador?
(d) Quais são as alternativas cirúrgicas?
Figura 42. Achados retais.

27
Figura 43. (a)
Derihção Z; (b)
derivação Y; velocidade
do papel = 25 mm/seg.

Figura 43B

52 Cavalo caçador com 9 anos de idade foi apresentado com história clínica de
epistaxe e queda no desempenho. A endoscopia dos tratos respiratórios superior
e anterior não revelou qualquer anormalidade.
(a) O que revela o ECG na Figura 43A?
(b) O que mostra o ecocardiograma (de modo-M) da válvula mitral (Figura 43B)?
(c) Como este problema poderia ser tratado?
(d) De quais informações adicionais você precisaria, para decidir se o tratamento
seria aconselhável ou bem sucedido?

28
53 AFigura 44 é a vista endoscópica da
laringe de cavalo de salto com 4 anos de
idade, que vinha emitindo ruídos
respiratórios estridulosos por ocasião dos
exercícios durante o último mês.
Anteriormente, o cavalo estava normal.
(a) Qual é a causa do estridor?
(b) Que tratamento você aconselharia?

Figura 44

54 Uma égua é apresentada


com edema ventral (Figura
45), 3 meses após acidente de
caça, em que este animal ficou
escarranchado, com os
membros escancarados sobre
um portão.
(a) Qual é o seu diagnóstico e
como você poderia confirmá-
lo?
(b) Qual a técnica cirúrgica
apropriada para o
tratamento?
(c) Quais materiais você
Figura 45 (cortesia do Dr. P.E. Holt,
usaria e por que? Universidade de Bristol)

55 Perda de peso considerável


era a principal queixa, com
relação a este cavalo castrado,
com 7 anos de idade, na
Figura 46.
(a) Como pode ser explicada a
distribuição do edema.
(b) Que alterações poderiam
ser esperadas na temperatura
corporal, neste caso?

Figura 46

29
Figura 47

56 Potro Árabe com 4 semanas de idade tinha história clínica de 8 dias de


diarréia crônica, dispnéia, corrimento nasal bilateral purulento, pirexia
intermitente (temperatura retal de até 38,9°C), alopecia, lesões cutâneas
crostosas e perda de peso (Figura 47). O potro já havia sido tratado com vários
antibióticos, fluidoterapia oral com eletrólitos e misturas de caolim/pectina
também por via oral. O potro havia nascido normal, a termo e tinha mamado
frequentemente dentro das 2 primeiras horas após o nascimento. As radiografias
torácicas mostravam leve consolidação dos campos pulmonares ventrais. Os
resultados de alguns dos testes clinicopatológicos estão sumarizados abaixo:

Potro Normal
Hematócrito (%) 32 30-42
Leucometria x 109/1 8,8 5,9-8,7
Neutrófilos x 109/1 7,8 1,1-7,5
Linfócitos x 109/1 0,2 0,8-4,8

Exame fecal: numerosos oocistos de criptosporídios


Cultura do aspirado transtraqueal: Streptococcus zooepidemicus
Exame do raspado de pele: Dermatophilus congolensis
(a) Qual é o diagnóstico provável e como este diagnóstico pode ser confirmado?
(b) Discutir a etiologia dos vários aspectos clínicos do caso.

57 Qual é a linha de raciocínio para a obtenção de amostra de plasma, para a


determinação de progesterona, numa égua não-prenhe?

30
58 Égua reprodutora com 12 anos de
idade está claudicando.
Originalmente, este animal havia
sofrido grave corte de arame na faixa
coronária e bulbo do talão. Este corte
cicatrizou, e supostamente a égua
estava "bem", quando a claudicação
recorreu, tendo surgido massa de
tecido de granulação sobre o talão
(Figura 48).
(a) Quais os problemas que podem
estar ocorrendo?
(b) Que tratamentos podem ser
utilizados?
(c) Qual a possibilidade de êxito, com
estes tratamentos?

Figura 48

Figura 49
59 (a) A retina mostrada na Figura 49
(de cavalo caçador com 12 anos de
idade) está normal?
(b) Quais são os aspectos
oftalmoscópicos peculiares?

31
60 O aspecto artroscópico da
osteocondrite dissecante do maléolo
medial da tíbia num potro sobre ano
está ilustrado na Figura 50.
(a) Qual ou quais projeções
radiográficas provavelmente teria(m)
previsto a presença desta lesão?
(b) Relacionar, em ordem descendente
de incidência, os locais de
osteocondrite disse cante anotados na
articulação tarsocrural.

Figura 50

61 O cavalo ilustrado na Figura 51


recuperou-se satisfatoriamente cerca
de 3 semanas atrás, de infecção do
trato respiratório superior. A cauda
está flácida e o excesso de urina e a
contaminação fecal mancharam os
tarsos e a cauda. Os quartos pélvicos
possuem pouco músculos.
(a) Qual é o seu diagnóstico
diferencial?
(b) Estes sinais clínicos estão
relacionados com a história clínica
prévia?
(c) Qual é o prognóstico para este
cavalo?

Figura 51

32
62 Égua pônei com 4 anos de idade foi apresentada com história clínica de 5
semanas de rápida perda de peso, depressão e edema ventral (Figura 52). Seu

apetite era inconstante, e a consistência fecal estava normal. O exame clínico


nada trouxe de novo, além da confirmação do mau estado físico e do edema
ventral. A hematologia de rotina estava normal e o perfil bioquímico sérico
revelouhipo-proteinemiae hipoalbuminemia (albumina 14,1g/l)fosfatase
alcalinaelevada (SAP 1.130 ~/l) todas as outras enzimas hepáticas(SDH,
GLDH, GGT, AST) uréia e creatininaestavam normais. Um testede eliminação
da bromossulftaleína(BSP) foi normal. A urinálise e a análise do líquido
peritoneal foram normais.
(a) Quais são as suas conclusões sobre este caso?
(b) Que outros testes diagnósticos você realizaria?

Figura 52

63 AFigura 53 mostra o padrãode


proteínas, separadas por eletroforese, de
amostra sérica coletada de cavalo de
passeio com 15 anos de idade e com
história clínica de diarréia e perda de peso
com 2 meses de duração.
(a)Quaissãoas anormalidades presentes
no traçado?
(b) Qual é o diagnóstico provável?
(c) Como você confirmaria o diagnóstico?
(d) Que tratamento você recomendaria e
qual é o prognóstico para este caso?

Figura 53

33
64 Ferida abdominal, em seguida
à cirurgia para o úraco rompido
(em que ocorreu corrimento
urinário subcutâneo), não
conseguiu cicatrizar (Figura 54).
(a) Como você trataria esta ferida
em potro com 14 dias de idade?
(b) Qual é o risco de ocorrência de
eventração?

Figura 54

65 Garanhão de tiro irlandês com 3 anos de idade retornou de seus deveres de


serviço, tendo então sofrido ataque súbito e grave de cólica. Ao ser examinado 4
horas mais tarde, o animal estava sentindo dores contínuas, tinha frequência
cardíaca de 80 batimentos/min e membranas mucosas edemaciadas e vermelhas.
Á auscultação, não foram ouvidos sons intestinais. Durante a palpação, estavam
presentes ambos os testículos, mas aparentemente eram de tamanhos diferentes.
Por paracentese, foi coletado líquido peritoneal normal.
(a) O que você poderia encontrar, durante o exame retal?
(b) Qual é o seu diagnóstico?
(c) Por que o líquido peritonial estava normal?
(d) Qual o tratamento que você aconselharia?

66 Potranca puro-sangue com 2 anos


de idade, em treinamento, mostrada
na Figura 55, apresentou atrofia dos
músculos quadríceps do lado direito,
sem que houvesse qualquer
anormalidade detectável na
ambulação. Após 1 mês, ocorreu a
atrofia do longo lombar, de L2 a L6, e
a potranca passou a sofrer
paraparesia e ataxia, exibindo os
piores sinais no lado direito. Qual é:
(a) O local da lesão?
(b) A causa mais provável desta
moléstia?
(c) A terapia corrente para esta
doença?
Figura 55

34
67 O pônei na Figura 56 havia
recebido injeção
"intramuscular" no terço
inferior do pescoço.
(a) Quais procedimentos
diagnósticos seriam indicados
na investigação desta
inflamação?
(b) Quais são as consequências
imediatas possíveis?
(c) Quais são as complicaçôes
possíveis a longo prazo?
Figura 56

68 Potro com 11 meses de idade vinha


crescendo rapidamente, desde o desmame.
(a) Quais os sinais clínicos mostrados na
Figura 57?
(b) Estes problemas estão ligados entre si?
(c) Quais são as causas mais prováveis dos
sinais clínicos?
(d) Que conselho deve ser dado ao
proprietário do potro, com relação ao manejo?

Figura 57

69 (a) Quais os organismos considerados como causadores de moléstia venérea


em cavalos?
(b) Quais são os sinais clínicos em garanhôes e éguas?
(c) Como pode ser minimizada a disseminação destes problemas?

35
~

Figura 58

70 AFigura 58 mostra o aspecto do peritôneo parietal em


potro que foi submetido à eutanásia, em seguida a
enfermidade de cólica recorrente e perda crônica de peso
ao longo de 5 meses.
(a) Quais são as lesões mostradas?
(b) É possível que estas lesões estejam associadas aos
sinais clínicos?

71 Égua repro~utora com 5 anos de idade é


apresentada com epífora e pálpebra superior
glabra e ligeiramente inflamada, que contém
vários nódulos (similares a "chumbinhos") sob
a pele (Figura 59). O proprietário solicita seu
aconselhamento.
(a) Qual é o diagnóstico diferencial?
(b) Como você poderia confirmar seu
diagnóstico?
(c) Quais são os perigos inerentes a este
problema?
(d) Como este problema pode ser tratado?

Figura 59

36
72 Houve certa dificuldade na
aplicação de cateter intravenoso;
quando as tentativas foram
interrompidas, o cateter foi
retirado e seu aspecto está
ilustrado na Figura 60.
(a) O que causou esta
deformação?
(b) Qual poderia ser a
consequência, caso se tivesse
persistido nas tentativas de
colocação do cateter? Figura 60

73 O exame de ovário via retal está se revelando difícil porque, embora o ovário
tenha sido localizado e tocado com as pontas dos dedos, seus contornos não
podem ser palpados com nitidez. Por que?

74 O potro sobre ano mostrado na


Figura 61 apresenta tumefação
umbilical.
(a) Como estas lesões podem ser
classificadas?
(b) Que outra informação
influenciará a abordagem
cirúrgica a este animal?
(c) Quais técnicas cirúrgicas
podem ser utilizadas no
tratamento deste problema?
(d) Que considerações éticas são
relevantes para este problema?
Figura 61 (Cortesia do Dr. P.E. Holt,
Universidade de Bristol)

75 Qual é o significado de medir o nível de sulfato de estrona no sangue de éguas


prenhes? Como este indicador está relacionado ao "teste da urina"?

37
Figura 62A

Figura 62B

76 Cavalo caçador, castrado, com 9 anos de idade, apresentou com claudicação


grave do membro torácico direito, que surgiu subitamente. Havia ligeiro
aumento na amplitude dos pulsos nos vasos digitais. A pressão aplicada na
porção medial da parte média da sola com pinças de casco causou dor. A
exploração do pé, nos demais aspectos, foi negativa. Não ocorreram alterações
após 3 dias de aplicação de cataplasma. A analgesia perineural dos nervos
palmares (sesamóides abaxiais) melhorou, mas de forma alguma eliminou a
claudicação.

38
Figura 62C

Figura 62D

(a) Que vistas radiográficas você obteria?


(b) Descreva os aspectos radiográficos na Figura 62A-C.
(c) Qual ou quais vistas adicionais você obteria?
(d) Descrever os aspectos radiográficos na Figura 62D. Qual é o seu diagnóstico?
Qual o tratamento? E o prognóstico?

39
77 Cavalo caçador com 10 anos de idade
desenvolveu dermatite dolorosa, afetando a
área sobre os ossos nasais (ilustrada na
Figura 63), e as áreas não pigmentadas abaixo
das articulações do boleto, ao longo do período
de 4 semanas. Perda de peso e letargia vêm
sendo observadas nos últimos 3 meses.
(a) Que tipo de dermatite provavelmente está
ocorrente e quais são as possíveis causas?
(b) Qual é a patogênese desta dermatite?

Figura 63

78 Põnei, castrado, com 10 anos de idade, foi apresentado com história clínica de
1 semana de surgimento súbito de dispnéia e taquipnéia. Uma placa de edema
subcutâneo surgiu sobre a parte mais ventral do esterno, 2 dias antes do exame
(Figura 64). O exame clínico revelou taquipnéia (frequência respiratória 32/min)
com dispnéia inspiratória/expiratória significativa. A auscultação de ambos os
lados do tórax revelou sons crepitantes e sibilantes dorsalmente, mas um
abafamento dos sons na metade ventral do tórax. A percussão do tórax revelou
submacicez significativa, ventralmente.
(a) Qual é a causa provável da dispnéia?
(b) Qual é o diagnóstico diferencial e como você aprofundaria a investigação do
caso?

Figura 64

40
79 AFigura 65 exibe o achado
endoscópico num garrano (cavalo de
luxo, de tração leve) com 4 anos de
idade, que vinha mostrando tendência
para sons inspiratórios vibrantes
durante os exercícios, desde a época
de sua doma. Quais anormalidades
você pode observar e que orientação
daria?

Figura 65

80 Feridas no tarso são de tratamento


difícil. Um pônei usado por crianças é
apresentado com ferida crônica
(Figura 66).
(a) Os recursos econômicos do
proprietário são limitados. Qual
tratamento você aconselharia?
(b) Quanto tempo esta ferida levaria
para cicatrizar?
(c) Haverá qualquer efeito
subsequente?

Figura 66

41
Figura 67

81 Cavalo de salto com 5 anos de idade terminou o percurso claudicado


agudamente. O membro foi enfaixado, mas no dia seguinte estava evidente
significativa distensão da articulação metacarpofalangiana, tendo sido
diagnosticada radiograficamente uma fratura do osso sesamóide proximal
media!. O aspecto artroscópico da fratura está ilustrado na Figura 67.
(a) Qual é a etiologia destas fraturas?
(b) Qual ou quais outras técnicas pode(m) ser empregada(s) na obtenção de
informações prognósticas úteis?
(c) Quais são os critérios geralmente citados para a remoção destes fragmentos?

82 O aspecto necroscópio da mucos a do colon de égua Puro-sangue com 3 anos de


idade, que morreu 1 semana após ter apresentado diarréia aguda em março, está
ilustrado na Figura 68. O animal exibia pouco apetite durante a enfermidade,
tendo sido observado em diversas ocasiões que sentia dores abdominais de baixa
intensidade. Não foi buscada orientação veterinária, mas o dono do animal
solicitou uma necrópsia do animal, que foi realizado 24 horas após sua morte.
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Que procedimentos adicionais ajudariam na confirmação deste diagnóstico?
(c) Quais são os aspectos importantes deste problema?

Figura 68

42
83 (a) Você é apresentado a égua Árabe com 2 anos de idade, porque algumas
vezes uma estrutura rosada e semelhante a balão é observada salientando-se
entre os lábios vulvares, particularmente quando a égua se deita ou urina. Qual
é o seu diagnóstico? Como você o confirmaria, e como trataria este problema?
(b) Você é convocado a examinar uma égua que pariu durante a noite, sem
observação direta. Há laceração vestibulorretallongitudinal de cerca de 15cm,
cranialmente ao períneo. O que causou a lesão? Qual é a sua orientação/
tratamento inicial e como você trataria do caso a longo prazo?

84 Os sistemas de coleta de sangue a vácuo em recipientes variam quanto à


coloração da rolha do recipiente. Indicar a utilização apropriada das cores de
rolha violeta, preta, cinza, vermelha e verde para os seguintes conteúdos do
tubo: EDTA, citrato de sódio (3,8%), citrato de sódio (3,1 %), oxalato de sódio
fluoreto de potássio, vazio (sem anticoagulante) e heparina-lítio.

85 AFigura 69 é a fotografia após a necrópsia da válvula mitral de égua com 4


anos de idade.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Quais aspectos clínicos podem ter sido observados e como você faria este
diagnóstico em vida?
(c) Como você trataria este problema?
(d) Quais fatores determinariam o desfecho provável do caso?

Figura 69

43
Figura 70

86 Cavalo, no pasto junto com outros animais, é encontrado, uma manhã,


incapaz de levantar sua cabeça do solo. O animal é capaz de andar com
coordenação normal e não exibe qualquer deficiência neurológica evidente. Foi
obtida radiografia lateral simples (Figura 70) com o cavalo consciente. Qual é o
seu diagnóstico e que medidas você tomaria, para tratar o cavalo?

87 (a) O cavalo cuja extremidade


distal do membro está ilustrada na
Figura 77 tem algum problema?
(b) Qual a orientação indicada?

Figura 71

44
Figura 72

88 (a) A retina ilustrada na Figura 72 (de cavalo caçador com 7 anos de idade)
está normal?
(b) Quais são os aspectos oftalmoscópicos peculiares?

Figura 73
89 Foi observado que uma égua com 3
anos de idade apresentava erupção
verrucosa, com queda de pêlos (Figura
73). Este problema estava presente há
mais de 12 meses e o proprietário
solicita sua orientação.
(a) Qual é a causa provável?
(b) Há probabilidade de que esta lesão
seja infecciosa para outros cavalos?
(c) Você aconselharia a excisão
cirúrgica?
(d) Que percentagem de casos você
esperaria curar apenas com a
cirurgia?

45
Figura 74

90 Potro sobreano é apresentado com


trajeto drenante na margem rostral
da base da pina. AFigura 74
demonstra sonda metálica introduzida
no trajeto sinusal. Qual é o seu
diagnóstico e quais investigações
complementares devem ser efetuadas?
Que tratamento está indicado?

91 Foi examinado um cavalo caçador, castrado, com 6 anos de idade, com


história clínica de 9 dias de apatia, letargia, inapetência, perda de peso e leve
diarréia. O cavalo também exibia sinais de dor abdominal crônica, de baixa
intensidade (deitava-se muito, voltando-se para olhar para os flancos, bocejava,
etc.), tendo demonstrado pirexia intermitente (temperatura retal de até 40,OOC)
desde o início da enfermidade. O exame retal nada trouxe de significativo. A
paracentese abdominal produziu líquido turvo, de coloração vermelhs-
acastanhada (Figura 75).
As anormalidades clinicopatológicas significativas foram: leucometria,
18,5xl09/l; PMN, 15,Oxl09/l; bastonetes, 1,lxl09/l; fibrinogênio plasmático, 7,5 g/
1; contagem de células nucleadas no líquido peritoneal, 85,4xl09/l; PMN,
84,7xl09/l (também foram encontrados neutrófilos tóxicos e picnóticos).
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Quais são as causas subjacentes possíveis?
(c) Como você trataria deste cavalo?

Figura 75

46
92 Égua puro-sangue com 7 anos de idade
apresentou história clínica vaga de
intolerância ao exercício, febre
intermitente (até 40,6°C), taquipnéia
(frequência respiratória de até 60/min em
repouso), e edema dos membros pélvicos,
ao longo do período de 6 semanas. As
membranas mucosas, inclusive a vulva,
estavam pálidas, com numerosas
hemorragias petequiais e equimóticas
(Figura 76). O exame hematológico
revelou anemia (hematócrito, 16%;
hematimetria, 3,10x1012/l; Hb, 5,0 g/d1),
neutropenia (PMN, 0,10x109/l), linfocitose
(contagem dos linfócitos,9,14x109/l) e
trombocitopenia (plaquetometria, 35x109/
1). Qual é o diagnóstico provável e como
você o confirmaria?

Figura 76

93 O esôfago mostrado na Figura 77 foi


obtido de égua com 5 anos de idade,
submetida à eutanásia em decorrência de

cólica crônica grave.


(a) Qual é a causa provável das lesões
ilustradas?

(b) Qual é a afecção subjacente com maior

probabilidade de ser responsável pela


cólica e por estas lesões?
(c)Que material obtido na necrópsia pode
permitir o estabelecimento de um
diagnóstico definitivo?
(d) O proprietário terá motivo para
alguma preocupação, com relação aos
outroscavalosexistentesna propriedade?

Figura 77

47
94 Com relação aos tumores das células da granulosa:
(a) Qual a faixa etária em que as éguas são mais comumente afetadas?
(b) Quais os sinais clínicos causados?
(c) Como são diagnosticados?
(d) Qual o melhor tratamento?
(e) Qual o prognóstico que pode ser fornecido?

95 Os resultados hematológicos e da bioquímica do sangue na Tabela 1 foram


obtidos de égua caçadora prenhe, com 10 anos de idade, em seguida ao
surgimento dos sinais clínicos de colite aguda. No exame inicial, o hematócrito e
a proteína total sérica foram, respectivamente, 65% e 62 g/l, sendo então
mantida fIuidoterapia intravenosa contínua.
(a) Quais os processos patológicos, além da colite, estão indicados por estes
resultados?
(b) Como você prosseguiria na investigação deste caso?
(c) Determinar o regime terapêutico adequado para este caso.
(d) Qual é o prognóstico para este caso?

Tabela 1

Faixa normal

Bioquímica do sangue
Sódio 125 134-143 mmol/l
Potássio 6,3 3,3-5,3 mmol/l
Cloreto 91 89-106 mmol/l
Cálcio 2,3 2,9-3,9 mmol/l
Fosfato 0,37 0,5-1,6 mmol/l
Uréia 30,1 3,5-8,0 mmol/l
Creatinina 1328 90-180 umol/l
Fosfatase alcalina 321 50-250 mmol/l
Glicose 3,9 3,5-5,9 mmol/l
Proteína total 46 46-70 g/l
Albumina 22 17-37g/l
Globulina 24 21-41 g/l

Hematologia
Hematimetria 8,11 6,5-12,5xl02/l
Hematócrito 39,6(0,396l/l) 35-45%(0,35-0,45l/l)
Hemoglobina 14,2 11,0-16,0 g/dl
Volume globular médio 49 31,0-41,0 fi
Leucometria 3,42 4,0-10,Oxl09/l
Neutrófilos 0,97 1,4-5,8xl09/l
Linfócitos 2,05 1,4-4,7xl09/l
Monócitos 0,2 0-0,2xl09/l

48
96 Cavalo de corrida sofreu lesão durante
corrida, resultando num corte na porção
plantar do metatarso. Esta lesão
subsequentemente inflama, não ocorrendo a
cicatrização (Figura 78). Está presente um
corrimento.
(a) Que estruturas podem estar envolvidas na
lesão? Como você determinaria estas
estruturas?
(b) Por que a cicatrização é demorada?
(c) Qual é a sua recomendação terapêutica?

Figura 78

97 Quais são os aspectos palpáveis (via reta!) do trato reprodutivo de égua


prenhe a (a) 21 dias, (b) 32 dias, (c) 60 dias, (d) 90 dias, (e) 150 dias e (f) 8 meses?
Explicar por quê estas estruturas são assim percebidas.

98 Cavalo castrado, com 6 anos de idade e pastando com outros animais, foi
encontrado com fratura no quadrante dos incisivos da hemimandíbula esquerda
(Figura 79). Você pode sugerir um método simples para a restauração do
alinhamento normal dos dentes e para a manutenção da fIXação?

Figura 79

49
99 AFigura 80 demonstra fratura "em
laje" com deslocamento, do terceiro
osso carpiano, visualizada desde a
porção dorsolateral da articulação
carpiana média.
(a) Como a redução desta fratura pode
ser auxiliada e qual é o tratamento de
escolha?
(b) Qual é o local mais comum destas
fraturas?
(c) Qual outra patologia é visível nesta
articulação?

Figura 80

100 Um proprietário pergunta se deve ser fomecida quantidade adicional de


gordura (óleo).
(a) Quais poderiam ser os principais benefícios possíveis, com o fomecimento de
quantidade adicional de gordura a um cavalo?
(b) Estes benefícios podem ser aplicáveis aos cavalos de corrida?
(c) O excesso no fornecimento deste material pode ser prejudicial?
(d) Qual o tipo de gordura/óleo deve ser fomecido?

101 Pônei é apresentado com disfagia


que surgiu agudamente, depois que,
sabidamente, o animal teve acesso a
certa quantidade de polpa de beterraba
açucareira. Foi realizada endoscopia,
porque uma tosse frequente foi associada
à disfagia; o estado da traquéia está
mostrado na Figura 81. Qual o
significado que você daria a este achado
e qual a atitude que você tomaria?

Figura 81

50
Figura 82

102 Cinco Puros-sangues sobreanos, de um grupo de 20 animais de um haras


apresentaram moléstia respiratória caracterizada por anorexia, pirexia
(temperatura retal de até 4O,5OC),tosse, corrimento nasal purulento (Figura 82)
e aumento dos linfonodos submandibulares. Alguns dos cavalos afetados
estavam disfágicos e muitos deles estavam em pé, com o pescoço e a cabeça
estirados. O primeiro sobreano caiu doente 10 dias atrás; os linfonodos
submandibulares aumentados neste animal abscedaram, drenando pus espesso e
cremoso. Em dois dos outros cavalos, os nódulos começaram a flutuar.
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Como você trataria dos animais afetados?
(c) Quais as medidas que devem ser tomadas, para que a afecção seja limitada,
com relação aos outros sobreanos?

103 Um garanhão foi levado a cobrir uma


égua; observou-se que apresentava lesão
crostosa no pênis, próximo à reflexão do
prepúcio (Figura 83).
(a) Qual é a moléstia mais provável e qual é
a causa?
(b) Esta afecção pode ser transmitida às
éguas?
(c) Ela causa infertilidade?

Figura 83

51
Figura 84

104 (a) Que métodos auxiliares de monitoração estão


ilustrados na Figura 84?
(b) Em sua opinião, qual é o mais importante e por quê?

105 A lesão mostrada na Figura 85 surgiu lentamente ao


longo do período de 2 semanas. O proprietário colocou a
culpa numa sela malposicionada.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Que aspectos da saúde pública podem estar associados
a este problema?
(c) De quais outros testes diagnósticos você lançaria mão?
(d) Qual regime terapêutico deve ser empregado?

Figura 85

52
106 A égua com 6 anos de idade, retratada na Figura 86,
vem exibindo sinais clínicos há 6 semanas.
(a) Qual a estrutura afetada?
(b) Quais novas investigações estão indicadas?
(c) Como estas investigações ajudarão na formulação do
prognóstico?

Figura 86

107 Quais os fatores envolvidos na produção e diagnóstico das lacerações retais


em cavalos?

108 Égua reprodutora pônei Shetland vivia


permanentemente em estábulo. No mês de
junho, o animal apresentou prurido grave
na base da cauda, ilustrado na Figura 87.
(a) Qual é este problema?
(b) Qual é a patogênese dos sinais clínicos?
(c) Como você confirmaria o diagnóstico?
(d) Como você trataria deste caso?

Figura 87

53
Figura 88A

Figura 88B (reproduzida com permissão de In Practice,


Journal ofVeterinary Postgraduate Clinical Study)

109 Foi observada perda de peso em dois dos quatro cavalos mantidos num pasto
contendo muitas plantas da espécie mostrada na Figura 88A.
(a) Identificar a planta e citar seus princípios tóxicos.
(b) O corte histológica na Figura 88B provém de biópsia do fígado de um dos
cavalos afetados. Descrever as alterações patológicas (corante: trícromo de
Masson; ampliação: x 40).
(c) Qual é o mecanismo de ação da toxina?
(d) Qual é o teste de triagem isoladamente mais satisfatório, para a detecção da
lesão hepática subclínica que poderia ter ocorrido nos dois cavalos
aparentemente normais?

54
110 Pônei castrado, com 4 anos de idade, foi apresentado para investigação de
considerável perda de peso ao longo do mês precedente. O animal tinha apetite
normal e uma sede moderadamente maior. O único achado, por ocasião do exame
físico, foi que o animal estava num estado físico muito insatisfatório. A urina do
pônei tinha densidade específica normal e continha 2% de glicose. Os resultados
das análises hematológicas e da bioquímica do sangue são fornecidos na Tabela
2.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Qual a causa provável deste problema?
(c) Como você investigaria o caso de modo mais aprofundado?
Tabela 2
Faixa normal
Bioquimica do sangue
Sódio 136 134-143 mmol/l
Potássio 3,6 3,3-5,3 mmol/l
Cloreto 92 89-106 mmol/l
Cálcio 2,9 2,9-3,9 mmol/l
Fosfato 0,64 0,5-1,6 mmol/l
Uréia 4,6 3,5-8,0 mmol/l
Creatinina 135 90-180 umol/l
Fosfatase alcalina 430 50-250 mmol/l
Gama glutamil
transferase 87 <40 ui/l
Glicose 10,6 3,5-5,9 mmol/l Figura 89
Proteína total 68 46-70 g/l
Albumina 32 17-37g/l
Globulina 36 21-41 g/l
Hematologia
Hematimetria 6,8 6,5-12,5x1012/1
Hematócrito 37(0,370l/l) 35-45%(0,35-0,451/1)
Hemoglobina 13,7 11,0-16,0 g/dl
Volume globular médio 36 31,0-41,0fi
Leucometria 7,23 4,0-10,Ox109/1
Neutrófilos 4,34 1,4-5,8x109/1
Linfócitos 2,53 1,4-4,7x109/1
Monócitos 0,20 0-0,2x109/1
Eosinófilos 0,16

111 A lesão ilustrada na Figura 89 ocorreu há 3


semanas atrás. Em algumas áreas, a cicatrização por
tecido de granulação está progredindo
satisfatoriamente, mas ainda persiste uma área de
osso exposto.
(a) Qual é o problema provável?
(b) Como ele pode ser tratado?
(c) Neste caso, a área desnuda ficaria revestida por
tecido de granulação?

55
90

112 (a) Qual é o significado das estruturas mostradas


no esfregaço recaI ilustrado na Figura 90?
(b) Qual seria a próxima etapa na investigação?
(c) O proprietário deve tomar alguma precaução?

113 Um testículo escrotal normal (à esquerda) e um


testículo incompletamente retido na cavidade
abdominal (à direita) estão ilustrados na Figura 91.
(a) Quais as estruturas assinaladas?
(b) Como o criptorquidismo pode ser classificado no
cavalo?
(c) Como é possível a confirmação da presença de
tecido testicular num cavalo aparentemente castrado?
_.,,--

Figura 91 (Cortesia do Dr. J.S.E. David, Universidade de Bristol)

56
114 Égua pônei com 10 anos de idade vinha sofrendo de diarréia há 7 meses. O
pônei permanecia vivaz e alerta, embora tenha perdido algum peso e seus
proprietários puderam dar continuidade ao programa de trabalho do animal
durante todo o curso de sua enfermidade. A consistência fecal era variável,
oscilando desde mole ("fezes de vaca") até aquosa. O pônei fica no estábulo
durante o inverno, sendo mantido no pasto durante o verão. A égua tem bom
manejo, tendo sido regularmente vermifugada a intervalos de 6 semanas, desde
sua compra com 3 anos de idade. Exames clínicos e laboratoriais repetidos
(hematologia, perfis da bioquímica sérica, testes parasitológicos, exames
bacteriológicos e citológicos das fezes) nada trouxeram de significativo. Do
mesmo modo, a análise do líquido peritoneal, os testes de tolerãncia à glicose
oral e a biópsia retal também não revelaram anormalidades.
(a) Qual é a causa provável da diarréia neste animal?
(b) Há outros testes diagnósticos que podem ser de ajuda?
(c) Que tratamentos você aconselharia?

115 (a) Quais são as lesões hepáticas mostradas na


Figura 92?
(b) As lesões têm significado patogênico?
(c) As lesões têm significado zoonótico?

Figura 92

116 Sete cavalos abrigados numa grande cocheira de aluguel passaram a


apresentar afecção respiratória leve caracterizada por corrimento nasal seroso
ou mucóide, tosse, febre baixa e inapetência. Os linfonodos submandibulares
demonstraram estar ligeiramente aumentados de volume nos animais afetados.
Todos os cavalos na cocheira vivem em estábulos de palha, sendo alimentados
com feno. Os animais foram vacinados contra a influenza equina, dentro dos
últimos 12 meses.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Como você trataria os animais afetados?

57
Figura 93. Ventrículo
direito (RV); ventrículo
esquerdo (LV); septo
interventricular (IVS);
átrio esquerdo (LA).

117 Pônei com 3 anos de idade, apresentou com murmúrio pan-sistólico de grau
5/6, sobre o hemitórax direito. O ponto de máxima intensidade do murmúrio
ocorreu sobre a região da válvula tricúspide, mas também podia ser audível
ventral e cranialmente ao longo da borda esternal. Estava presente palpitação
precordial. O segundo som cardíaco estava mais intenso que o normal.
(a) Qual é a causa mais provável deste murmúrio?
(b) Qual informação pode ser adquirida com o ecocardiograma (Figura 93), que
indique a gravidade da lesão?
(c) De qual área do coração você obteria uma imagem, para a confirmação de seu
diagnóstico?
(d) Qual é o prognóstico provável, neste caso?

118 AFigura 94 demonstra fratura em lasca


da margem articular dorsodistal do osso
carpiano radial.
(a) Este aspecto artroscópico sugere que a
fratura é aguda ou crônica?
(b) Quais as incidências radiográficas mais
úteis na demonstração da presença destas
fraturas em lasca?

Figura 94

58
119 (a) Qual é a planta na Figura 95? Ela
é importante?
(b) Qual o problema clínico que poderá
causar?
(c) Como os cavalos são afetados mais
frequentemente?

Figura 95

120 Tumefação dura que se mostra


ligeiramente bilobada e se situa
simetricamente através da linha média
nasal deste cavalo, formou-se nas últimas
3 semanas (Figura 96). Qual é o
significado da lesão e como você
confirmaria seu diagnóstico?

Figura 96

59
121 Ferida cutãnea vertical recente
nas nádegas de um cavalo, ilustrada
na Figura 97, ocorreu quando o
desceu rapidamente de costas, do seu
reboque-transportador, colidindo
contra uma folha de ferro saliente.
(a) Este ferimento pode ser
reparado? Em caso afirmativo, como
você procederia?
(b) O reparo será bem-sucedido?
(c) Haverá qualquer perda de função?

Figura 97

122 Égua Árabe que pariu há 4 horas (após gestação de 340 dias) é apresentada
com história clínica de debilidade desde o parto. O processo do parto foi
observado e considerado normal e a égua havia tido anteriormente três potros
normais. Durante o exame físico, as membranas mucosas encontravam-se
cianóticas e a frequência respiratória foi de 40 respirações/mino A auscultação
torácica revelou sons pulmonares dissonantes, sem sibilos ou crepitações; não
foram notados murmúrios cardíacos incomuns. Na análise dos gases sanguíneos
arteriais, foram obtidos os seguintes valores: P02, 20 mmHg; PC02, 45 mmHg, e
pH,7,2.
(a) Quais são os diagnósticos diferenciais mais prováveis?
(b) Qual é o seu plano diagnóstico?

123 Égua Puro-Sangue inglês com 3 anos de idade foi apresentada com história
clínica de 3 meses de perda de peso, inapetência, letargia, polidipsia e poliúria. O
exame retal revelou baço aumentado, com textura superficial "grumosa". A
frequência cardíaca estava elevada (50 batimentos/min) e podia ser auscultado
murmúrio pan-sistólico sobre o lado esquerdo. Os resultados de algumas das
estimativas laboratoriais são registrados em seguida:

Caso Normal
Hematócrito (%) 21 36-52
Hematimetria x 1012/1 4,75 7,5-11,0
Hemoglobina (g/dl) 7,6 14-19
Leucometria x 109/1 13,6 5-9
Fibrinogênio (g/l) 8,4 2-4
Uréia (mmol/l) 7,3 3,2-5,2
Creatinina (umol/l) 134 128-188
Cálcio (mmol/l) 3,9 2,8-3,1
Urina, denso espec. 1,018 1,020-1,050
(cont. )

60
Figura 98A

Figura 98B

123 (cont.) O cavalo foi sacrificado por decisão humanitária. À necrópsia revelou
baço aumentado, que havia sido substituído em grande parte por tecido pálido,
nodular e firme'(Figura 98A). Também foi detectada calcificação do endocárdio
de todas as quatro câmaras cardíacas, válvulas cardíacas e revestimento da
aorta (Figura 98B).
(a) Quais são os achados clinicopatológicos relevantes?
(b) Qual é o diagnóstico provável e como explicaria os sinais clínicos?

61
Figura 99

124 (a) A retina mostrada na Figura 99 (de cavalo caçador com 6 anos de idade)
está normal?
(b) Quais são os aspectos oftalmoscópicos peculiares?

125 A Figura 100 exibe a vista


endoscópica da laringe de égua
Puro-Sangue inglês com 2 anos de
idade, cujo proprietário informou
produzir ruídos respiratórios
anormais durante o exercício. Qual
é o seu diagnóstico e quais outros
sinais poderiam ter demonstrado
esta égua?

Figura 100

62
126 Esta égua pônei New Forest, com 18 anos de idade
(mostrada na Figura 101) viu-se recentemente envolvida
em acidente, quando o trailer em que estava viajando ~
capotou numa rodovia. Depois do acidente, o animal ficou
claudicando gravemente do membro pélvico direito.
(a) Qual é o diagnóstico diferencial?
(b) Qual a investigação indicada?
(c) Como este problema afetará o aconselhamento ao
proprietário da égua?

Figura 101

127 Pônei Shetland com 6 anos de idade é apresentado com apatia, dor
abdominal, diarréia e edema ventral no final da gestação. A mucosa oral está
ilustrada na Figura 102.
(a) Quais as anormalidades visíveis?
(b) Qual é o diagnóstico mais provável?
(c) Como você confirmaria o diagnóstico?
(d) Como você trataria este caso?
(e) Que testes laboratoriais poderiam ser utilizados na monitoração do
progresso?

Figura 102 --

63
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128 AFigura 103 mostra microfotografia de corte do rim de cavalo Puro-Sangue
inglês castrado, com 4 anos de idade, que tinha história clínica de 6 meses de
poliúria, polidipsia e perda moderada de peso (corante: von Kossa; ampliação: x
99).
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Que outros aspectos patológicos podem estar presentes neste caso?

129 Em que estágio da gestação pode-se detectar primeiramente a concepção


gemelar, por:
(a) Ultra-sonografia?
(b) Palpação?
130 Vários cavalos pastando num piquete são
apresentados com queda de pêlos da cara,
corpo e patas. O exame cuidadoso revela
exsudação e pêlos emaranhados, com
excessiva formação de crostas (Figura 104).
Parece haver pouco ou nenhum prurido. As
lesões não estão restritas às áreas brancas.
(a) Qual é o seu diagnóstico e qual o nome
comum deste problema?
(b) Quais amostras se fazem necessárias,
para a confirmação desta suspeita?
(c) O microrganismo necessita de alguma
condição especial para sua cultura?
(d) Cite um tratamento que poderia ser
implementado com eficácia.

Figura 104

64
131 O seio frontal deste cavalo foi
invadido, por meio de pedículo
cutâneo e ressecção de fragmento do
osso frontal (Figura 105).
(a) Quais são os pontos de referência
cirúrgicos para o acesso aos seios
frontal e maxilar no cavalo?
(b) Quais os aspectos que devem ser
levados em consideração, ao se
proceder a abordagem cirúrgica aos
seios paranasais, no cavalo?
(c) Quais são as complicações comuns
da cirurgia do seio no cavalo e como
elas devem ser tratadas?

Figura 105

132 AFigura 106 exibe mielograma de potro de 250kg, obtido com o pescoço em
flexão. Em qual ou quais locais intervertebrais estão evidenciadas as lesões?

Figura 106

133 Qual é o valor da determinação de concentrações plasmáticas de


progesterona, no sangue de éguas prenhes?

65
134 Duas horas após o exercício, este
pônei castrado, com 7 anos de idade
(Figura 107) demonstrou sinais de
cólica moderada. Os sons intestinais
estavam aumentados,
particularmente durante os episódios
de dor. Entre os ataques de dor, o
pulso era de 35/min. As membranas
mucos as estavam normais. Ao exame
retal não foram detectadas
anormalidades. Não havia refluxo
gástrico.
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Como você trataria este caso?
(c) Qual medicação você evitaria?
(d) Como você prosseguiria com o
caso?

Figura 107

135 Ferida horizontal recente (Figura 108) na região da coxa é apresentada para
tratamento.
(a) A sutura tem probabilidade de ser bem-sucedida?
(b) Se a ferida for suturada, quando é provável a ocorrência de complicaçôes?
(c) Qual seria o melhor tratamento, caso ocorresse o esfacelamento da ferida?
(d) Qual é o seu tratamento inicial de escolha?

Figura 108

66
136 Cavalo Puro-Sangue Inglês de
corrida com 3 anos de idade ficou
agudamente enfermo 1 hora após ter
retornado para seu haras, de um
páreo corrido. O cavalo estava
deprimido e apresentava diarréia tipo
projétil, aquosa e de odor
nauseabundo. As membranas mucosas
conjuntivais e orais estavam
congestas; o tempo de prenchimento
capilar estava prolongado (4,5s). A
frequência cardíaca estava elevada
(86 batimentos/min) e havia
taquipnéia (frequência respiratória
28/min). A temperatura retal estava
elevada (39,OOC),mas as
extremidades mostravam-se frias, ao
toque. O exame retal não revelou
anormalidades, além da presença de
conteúdo retal aquoso.
O tratamento intravenoso intensivo
com líquidos e eletrólitos foi
instaurado, mas o cavalo morreu 6
Figura 109
horas mais tarde. O corte mostrado na
Figura 109 (corante hematoxilina e
eosina) foi obtido do cólon maior.
(a) Descrever as alterações
histológicas.
(b) Quais achados macroscópicos na
necrópsia seriam consistentes com as
alterações patológicas ilustradas? Figura 110
(c) Qual é o diagnóstico diferencial?
(d) Como este diagnóstico poderia ser
estabelecido?

137 (a) Que informação pode ser


adquirida a partir da vista
endoscópica, ilustrada na Figura 110,
da faringe de cavalo jovem?
(b) O animal está em perigo imediato?
(c) Como você explica a diferença
entre os dois lados?

67
138 O cavalo mostrado na Figura 111
formou estes trajetos drenantes no
seu pescoço 10 dias após anestesia
geral. Na época, ocorreu indução
intempestiva.
(a) Que medicamento ou
medicamentos foram provavelmente
utilizados na indução da anestesia,
neste animal?
(b) Como você teria tratado este
acidente imediatamente após a
indução do anestésico original ou
aproximadamente 10 dias após o
anestésico?
(c) Como tais acidentes podem ser
evitados?

Figura 111

139 Cavalo Puro-Sangue Inglês de


corrida com 3 anos de idade tinha
história clínica de claudicação
persistente do membro torácico, que
era aliviada pela anestesia local da
articulação carpiana média. O exame
artroscópico revelou este defeito na
faceta radial do terceiro osso carpiano
(Figura 112).
(a) Qual é esta lesão?
(b) Que projeção radiográfica será
mais útil na identificação de lesões
deste tipo?
(c) Que estrutura extra-articular é
encontrada sobrejacente a esta área?

Figura 112

68
140 Potro com 3 anos de idade retomou à sua fazenda depois de ter ficado em
estábulo em outro local durante 3 dias, num torneio de corridas muito distante.
Este potro originalmente manifestou febre baixa, anorexia e embotamento.
Inicialmente, a auscultação sugeriu paralisia intestinal, mas nas 24 horas
seguintes ocorreu diarréia. Foi detectada leucopenia com desvio degenerativo à
esquerda, numa amostra enviada ao laboratório de patologia clínica para exame.
Acredita-se que estes fatores estejam associados a "colite". Quais avaliações
laboratoriais adicionais e que líquidos de reposição teriam validade, no
tratamento deste caso?

141 Cavalo saltador de exibição,


castrado, com 7 anos de idade, foi
apresentado com claudicação variável,
já com várias semanas de duração. A
claudicação não melhorava pela
analgesia perineural dos nervos
palmares (sesamóides abaxiais), mas
era aliviada pela analgesia dos nervos
palmar (médio da canela) e
metacarpiano palmar. Foram obtidas
radiografias da articulação
metacarpofalangiana.
(a) Que incidências você obteria?
(b) Descrever os aspectos radiográficos
mostrados na Figura 113.
(c) Como você determinaria o
significado do corpo separado?
(d) Qual é o seu diagnóstico
diferencial?
(e) Que tratamento você Figura 113
recomendaria?
(O Qual é o seu prognóstico?

142 Você é consultado pelo preocupado proprietário de uma égua que não pariu
350 dias após a cobertura. Como você trataria este problema?

69
Figura 114

143 Esta fotografia (Figura 114) foi obtida em meados do


verão.
(a) Qual é a sua suspeita diagnóstica e por quê?
(b) Que outros sinais clínicos podem ocorrer, com este
problema?
(c) Pode-se esperar que este distúrbio melhore?
(d) Os sinais podem ser atribuídos a infestação maciça
por vermes?

144 Cavalo jovem num país


subtropical recentemente retornou de
um treinador, onde o animal foi
ensinado a conduzir. Uma área
dolorosa foi localizada na comissura
direita da boca (Figura 115). Quando
a ferida foi tratada, verificou-se que
ela continha material purulento
grumoso, do tipo granular. O cavalo
está nitidamente irritado e
constantemente atrita o local da lesão.
(a) A que se deve este problema?
(b) Qual é o seu diagnóstico
diferencial?
Figura 115 (c) Que tratamento você
recomendaria?

70
:;:

Figura 116A Figura 116B (detalhe)

Figura 116C

145 Cavalo Puro-Sangue-Inglês com 4 anos de idade, apresentado com


claudicação do membro torácico direito com 10 dias de duração. Havia ligeira
distensão da cápsula da articulação carpiana média e a claudicação era aliviada
pela analgesia intra-articular desta articulação.
(a) Que incidências radiográficas você obteria?
(b) Que projeções estão ilustradas nas Figuras 116A e C?
(c) Descreva os aspectos radiográficos nas Figuras 116A-C.
(d) Qual é o seu diagnóstico? Tratamento? Prognóstico?

71
Figura 117

146 A égua põnei com 9 anos de idade, cujos membros estão mostrados na
Figura 117, estava claudicando de seu membro torácico esquerdo.
(a) Qual ou quais observações clínicas você faz e com que problema suas
observações podem estar relacionadas?
(b) Este distúrbio pode causar problema clínico?

147 Os traços de pressão mostrados na Figura 118 foram obtidos com o uso de
cateter com micromanõmetro de duplo sensor em sua extremidade, aplicado no
átrio e ventrículo esquerdos. Também está ilustrada a derivação Y do ECG. As
pressões estão medidas em mmHg e a escala é mostrada à esquerda; velocidade
do papel: 25 mm/s.
(a) Citar seis anormalidades.
(b) Qual é a explicação mais provável para estes achados?
(c) Quais são os prováveis sinais de apresentação, neste caso?

Figura 118. (a)


Derivação Y; (b)
pressão cardíaca no
ventrículo esquerdo
(mmHg); (c) pressão
no átrio esquerdo
, (mmHg); velocidade do
papel, 25 mm/s.

72
148 (a) Qual a abordagem cirúrgica utilizada na exploração de rotina do

..
abdômen do equino?
Linha média ventral.

..Paramediana.
Flanco.
Inguinal.
(b) Descrever a localização da incisão na linha média ventral, com relação ao
umbigo.
(c) Qual é a importância de incisão que divida precisamente a linha alba?
(d) Por que é recomendável iniciar qualquer exploração do abdômen com a
exteriorização do ceco?
(e) A oclusão da incisão da laparotomia na linha média ventral pode ser
realizada em três ou quatro camadas. Quais são estas camadas, que materiais de
sutura você usaria para cada uma destas camadas e por quê?

149 (a) Que sinais clínicos você pode detectar na Figura 119?
(b) Estes sinais podem ser atribuídos a queda na pista de
corrida?
(c) Que outras causas para estes sinais poderiam ser
identificáveis?
(d) Qual é o prognóstico para o cavalo?

Figura 119

73
150 Que tratamento você sugeriria, para evitar a gravidez da
égua, após monta não planejada?

151 A técnica tradicional de trepanação e repulsão de um dente


molar maxilar está demonstrada na Figura 120.
(a) Que outras abordagens cirúrgicas podem ser utilizadas para
a remoção de tecido dentário no cavalo?
(b) Quais são os méritos relativos destas técnicas?
(c) Quais são as complicações comuns da cirurgia dentária nos
equinos?

Figura 120

152 Em que circunstância ocorre a mumificação fetal?

74
153 Ferida grave no carpo de égua
reprodutora é apresentada para o
tratamento, 12 horas após uma
tempestade (Figura 121). Não há
envolvimento das articulações
carpianas.
(a) Você tentaria suturar esta ferida?
(b) Como você procederia, no
tratamento da primeira semana?
(c) Você espera que esta ferida
cicatrize com elevado grau de
funcionamento normal, caso seja
adequadamente tratada?

Figura 121

154 Vários esfregaços são utilizados no isolamento e identificação de infecções


bacterianas e virais em cavalos. Exemplos de alguns tipos de esfregaços estão
ilustrados na Figura 122.
Qual o esfregaço apropriado para:
(a) Investigação da moléstia venérea em um garanhão?
(b) Preparação de esfregaço cérvico-endometrial?
(c) Isolamento viral num surto suspeito de moléstia respiratória, envolvendo
EHV1?
(d) Coleta de amostra da flora do seio e fossa clitorianos?
(e) Tentar a confirmação de suspeita de infecção por Streptococcus equi?

c. 2>.

Figura 122

75
155 O paciente cirúrgico de cólica permanece hospitalizado por 1-2 semanas,
dependendo da ocorrência de complicações no período pós-operatório.
(a) Que antibióticos perioperatórios podem ser utilizados rotineiramente e por
quanto tempo? Por que o período de administração do antibiótico deve se limitar
ao mínimo necessário?
(b) Quando será a reintrodução de água e alimento para o paciente? Que
alimentos podem ser utilizados no programa nutricional inicial?
Assim que o animal receba alta do hospital, provavelmente seu proprietário
buscará a orientação adequada acerca do período de convalescença.
(c) Quando deverão ser removidas as suturas?
(d) O cavalo deverá ficar repousando na baia ou será aceitável o repouso no
piquete? Quando o animal poderá reiniciar seus exercícios normais? Existe
alguma forma possível de exercício leve, a ser praticado inicialmente? Por que há
necessidade de restrição do exercício?
(e) Quais as diretrizes nutricionais que você daria?

Figura 123A

156 O cavalo mostrado nas Figuras


123A e B foi tratado para leve infecção
do trato respiratório superior, há cerca Figura 123B
de 4 semanas atrás.
(a) Citar quatro sinais clínicos
presentes.
(b) Qual é o seu diagnóstico
diferencial?
(c) Que condições podem preceder o
surgimento destes sinais, ajudando no
estabelecimento do diagnóstico
definitivo?
(d) Amostra de sangue irá revelar
algum aspecto patognomõnico?

76
157 Você foi solicitado a examinar, em
termos de capacitação, um cavalo
caçador com 4 anos de idade e
encontra anormalidade do olho direito
(Figura 124).
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Que outros aspectos você percebe?
(c) Qual é a sua orientação?

Figura 124

158 Cavalo Puro-Sangue-Inglês de corrida com 8 anos de idade, num grande


estabelecimento de cavalos National Hunt, vem mostrando-se em má forma,
num nível incomum, já há 3 meses. O treinador observou que o cavalo tosse no
início do exercício, mas não em qualquer outra ocasião. Não há corrimento nasal
ou pirexia e o cavalo parece estar bem, nos demais aspectos. Os exames
hematológicos e perfis bioquímicos séricos de rotina têm sido consistentemente
normais. Os exames clínicos com o animal em repouso nada revelaram de
significativo e não há ruído respiratório estranho evidente durante o exercício.
Você suspeita de afecção das vias respiratórias inferiores de baixa intensidade.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Que procedimentos diagnósticos você utilizaria, para a confirmação da
presença da afecção das vias respiratórias inferiores?

159 A fotografia artroscópica na


Figura 125 é vista do aspecto distal
das cristas trocleares e do sulco
intertroclear do fêmur e membranas
sinoviais associadas, num cavalo
National Hunt com história clínica de
repetidos episódios de distensão da
articulação femoropatelar e
claudicação induzidos pelo exercício.
Não foi identificada
(radiograficamente ou por ocasião da
artroscopia) qualquer patologia
osteocondral.
(a) Qual é o seu diagnóstico
presuntivo?
(b) Que outros testes diagnósticos
podem ser efetuados?
Figura 125

77
160 Cavalo Puro-Sangue-Inglês castrado, com 8 anos de idade, terminou
claudicando (do membro torácico direito) a fase de "cross-country" de competição
de 3 dias. Um grama de fenilbutazona, administrado com permissão da
Comissão Julgadora, fez com que o cavalo ficasse suficientemente apto a
competir no último dia, mas no dia seguinte a claudicação piorou, associada a
distensão da cápsula da articulação femoropatelar. Foram obtidas radiografias
do joelho.
(a) Descrever os achados radiográficos mostrados na Figura 126.
(b) Que incidências radiográficas adicionais você obteria e por quê?
(c) Qual é a etiologia provável do corpo ósseo separado?
(d) Qual é o seu tratamento? E o prognóstico?

Figura 126

78
161 Os seguintes resultados laboratoriais foram obtidos de um caso suspeito de
"moléstia do capim", com duração de 2 dias:

Teste Caso Normal


Hematócrito (lJl) 0,48(48%) 0,24-0,40(24-40% )
Proteína total sérica (g/l) 85 58-75
Uréia no sangue (mmolJl) 15 2,5-8,3
Cortisol plasmático 942 60-170
Fosfatase alcalina sérica (uill) 250 84-180

(a) Como você interpretaria os achados laboratoriais?


(b) Que outros testes laboratoriais poderiam ter utilidade, como auxiliares ao
diagnóstico "ante-mortem"?

162 Um sobreano está sendo preparado para venda, quando seu proprietário
solicita sua presença para que examine algumas verrugas em torno do olho do
animal (Figura 127). O proprietário deseja vender o sobre ano em 3 semanas.
(a) Qual é este problema? É infeccioso?
(b) Como você trataria especificamente este cavalo?
(c) Por que?
(d) Se as verrugas estivessem em torno do focinho, necessitariam de tratamento?

Figura 127

79
Figura 128

~l'8a~,a,
163 Relacionar as possibilidades diagnósticas comuns para o sinal
clínico mostrado na Figura 128.

164 Cavalo "point-to-point" com 7 anos de idade refreou seu galope de


treinamento e começou a claudicar agudamente. Foi identificado ferimento
punctiforme na porção palmar da quartela. Não foi detectado líquido sinovial. O
cavalo foi tratado com antibióticos sistêmicos de amplo espectro e medicamento
antiinflamatório não esteróide. O cavalo melhorou progressivamente, mas então
teve recaída, associada à distensão da bainha do tendão do flexor. O cavalo
exibia claudicação moderada, ao caminhar a passo. Foi efetuado o exame ultra-
sonográfico dos tecidos moles na porção palmar da quartela (Figura 129)
(a) Que estruturas você pode identificar?
(b) Há alguma anormalidade?
(c) Quais outros testes diagnósticos você realizaria?
(d) Como você trataria o cavalo?
(e) Qual é o seu prognóstico?

Figura 129

80
Figura 130

165 Potro meio-sangue com 3 meses de idade é


apresentado devido a deformidade flexural da
articulação interfalangiana dista!.
(a) Qual o problema ilustrado na Figura 130?
(b) Uma radiografia da extremidade distal do
membro teria utilidade?
(c) Como o problema secundário poderia afetar o
tratamento deste caso?

166 Um proprietário pergunta como ele pode "dar uma carga de glicogênio" em
seu cavalo.
(a) É possível aumentar as reservas de glicogênio de um cavalo?
(b) Esta carga de glicogênio terá possibilidade de trazer qualquer benefício?
(c) Quais são os possíveis efeitos prejudiciais que podem advir com a carga de
glicogênio?

167 No que consiste a "injeção de sincronização" que é administrada nas éguas e


em que circunstâncias você consideraria seu emprego?

81
Figura 131

168 Cavalo caçador com 8 anos de idade (Figura 131) foi apresentado com sinais
de leve dor abdominal com duração de 6 horas. O pulso estava em 35!min e com
características de normalidade; as membranas mucos as estavam ligeiramente
hiperêmicas, a temperatura e a respiração estavam normais. O tempo de
preenchimento capilar foi de 1 s. Os sons intestinais estavam deprimidos, mas
ocasionalmente borborigmos intensos, aparentemente associados à dor, podiam
ser auscultados no flanco esquerdo. Não havia refluxo gástrico e a produção fecal
era escassa. Por via retal, a flexura pélvica estava distendida com massa firme
de ingesta, que podia ser palpada no canal pélvico.
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Como você trataria deste caso?
(c) Você tem alguma orientação a dar, como tratamento de acompanhamento?

169 A Figura 132 mostra lesão de


"desenluvamento" do antebraço, envolvendo a
pele e o carpo. A lesão ocorreu há apenas 1
hora.
(a) qual é o melhor método de reparo?
(b) Você espera que ocorra cicatrização
satisfatória, em decorrência de seu
tratamento?

Figura 132

82
170 O sinal mostrado na Figura 133
havia ocorrido várias vezes num
cavalo de circo, num período de 4
semanas; um dos episódios foi grave.
(a) Seria proveitosa a obtenção de
perfil hematológico completo, com a
análise da função da coagulação
sanguínea?
(b) Que outras medidas diagnósticas
seriam aconselháveis?

Figura 133

171 Cavalo Puro-Sangue- Inglês, castrado, com 9 anos de idade (peso = 500 kg)
sofreu fratura na falange média do membro torácico direito, que foi reparada
cirurgicamente. O cavalo foi hospitalizado pós-operatoriamente e tratado com
flunixin meglumine (500mg, 2-3 vezes ao dia, conforme a necessidade) e
penicilina G procaína (7,5 MU, 2x ao dia). Quatorze dias após a cirurgia, o cavalo
estava febril e com depressão, anorexia, cólica e, logo em seguida, diarréia
aquosa e abundante, com desidratação grave. O animal foi tratado com líquidos
intravenosos, antibióticos sistêmicos (trimetoprim-sulfadiazina), analgésicos e
flunixin meglumine; porém, 36 horas mais tarde apresentou laminite aguda,
tendo sido sacrificado, como medida humanitária. À necrópsia revelou ulceração
grave e inflamação confinada ao cólon dorsal direito. Qual é a causa provável
deste problema?

83
Figura 134

172 Cavalo adulto foi tratado para sinusite dentária secundária por trepanação
e repulsão do quarto dente molar superior. Um mês mais tarde, o cavalo
continuava com corrimento nasal unilateral, de odor nauseabundo. A radiografia
ilustrada na Figura 134 foi obtida sob anestesia geral.
(a) Qual foi a incidência radiográfica utilizada?
(b) Que aspectos radiográficos podem ser observados?
(c) Qual é a etiologia do corrimento nasal contínuo?

173 Os seguintes valores para os gases sanguíneos arteriais foram obtidos de


potro ventilando espontaneamente, sob anestesia geral (halotano em oxigênio):

Caso Normal
pH 7,276 7,35-7,45
PCO2(mmHg) 72,1 35-45
PO2 (mmHg) 269,8 >100

(a) Qual a anormalidade presente?


(b) Como você a trataria?

174 Pônei castrado, com 5 anos de idade, foi encontrado com corrimento nasal
abundante, contendo material alimentar e saliva, em seguida à ingestão da
ração. Parece que o pônei ocasionalmente apresentava ânsias de vômito.
(a) Qual é o diagnóstico mais provável e que outras possibilidades você levaria
em conta?
(b) Como você trataria este caso?
(c) Que medidas de acompanhamento você aconselharia?

84
Figura 135

175 Égua com 5 anos de idade vinha perdendo peso há 3 meses. Seu apetite era
variável, e as fezes eram intermitentemente moles. Recentemente a égua
apresentou edema ventral, e estomatite e coronite ulcerativa graves (Figura
135), com alopecia e hiperqueratose do focinho e cara. Também havia prurido
intenso, que não melhorou com o tratamento à base de corticosteróides. A
bioquímica sérica demonstrou hipo-albuminemia (albumina 16,5 g/l) e o teste de
tolerância à glicose oral revelou mínima absorção deste açúcar.
(a) Qual é o diagnóstico provável e como você o confirmaria?
(b) Qual é a sua etiologia e tratamento?

176 Cavalo castrado, com 4 anos de idade e com história clínica de


subdesenvolvimento e de desempenho insatisfatório, é apresentado a você. O
exame clínico do cavalo nada esclareceu. Seus proprietários vêm administrando
preparações anti-helmínticas ao animal a intervalos irregulares. O exame fecal
não demonstrou a presença de ovos de vermes; ainda assim, você continua
preocupado com a possibilidade de parasitismo inaparente. Existe outro meio
auxiliar diagnóstico na patologia clínica que possa ajudá-Io neste caso?

85
"'" Figura 136

...

--~-':':' ".-~..

177 (a) Que aspectos clínicos identificáveis estão evidentes na Figura 136?
(b) O que poderia ser responsável por estes aspectos?
(c) O problema pode ser tratado?

178 Os sinais vitais estavam normais no potro Puro-Sangue- Inglês mostrado na


Figura 137, apresentado com dispnéia inspiratória audível.
(a) Como você explica a dispnéia?
(b) Qual é o diagnóstico diferencial provável?
(c) Que medidas diagnósticas adicionais podem ser tomadas para a confirmação
do diagnóstico?

Figura 137

86
Figura 138

179 A abertura articular de cisto ósseo subcondral no côndilo femural medial


está ilustrada na Figura 138.
(a) Qual é o local mais comum de ocorrência dos cistos ósseos subcondrais (lesôes
semelhantes a cistos ósseos)?
(b) Como pode ser determinado o significado clínico destas lesôes?
(c) Quais são os dois tratamentos cirúrgicos sugeridos?
(d) Que informação adicional se faz necessária, antes que seja encetado o
tratamento cirúrgico?

180 Um condutor de cavalos de


carruagem está preocupado com a
presença de grande mosca em torno da
cabeça e extremidades distais dos
membros dos cavalos, o que os faz ficar
intranquilos. Este condutor também nota
a presença de pequenos ovos de coloração
branca a amarelada nos pêlos das patas e
tórax (Figura 139).
(a) Qual pode ser esta mosca?
(b) Que tratamento você poderia
recomendar?
(c) O que faz com que os ovos venham a
eclodir?
(d) Como as larvas penetram no cavalo?

Figura 139

87
"'~""-

Figura 140. Derivação Y; velocidade do papel = 25 mm/s.


181 A derivação Y do ECG mostrado na Figura 140 foi obtida de cavalo de salto
de exibição com 8 anos de idade, imediatamente após exercício leve de trote.
(a) O que mostra o ECG?
(b) Como você prosseguiria com a investigação?
(c) Este problema tem possibilidade de afetar o desempenho do cavalo?

182 Cavalo caçador Puro-Sangue-Inglês castrado, com 8 anos de idade, é


apresentado num hospital de referência com história clínica de 20 horas de
desconforto abdominal contínuo (moderado a grave). O clínico veterinário que o
havia atendido tinha administrado os seguintes medicamentos durante suas
visitas consecutivas: 160mg de N-butilbrometo de hioscina e 20g de dipirona
(Buscopam composto), 50mg de butorfanol (Torbugesic), 240mg de xilazina
(Rompum) e 19 de flunixin meglumine(Finadyne).
Por ocasião da apresentação, o cavalo encontra-se deprimido suando, e com
dores contínuas, tentando deitar-se. A frequência cardíaca está em 42
batimentos/min, a frequência respiratória é de 32/min e o hematócrito, 34%. Os
sons intestinais estão ausentes. Durante a
introdução de tubo gástrico, há refluxo de
líquido gástrico. O exame retal revela a
presença de numerosas alças distendidas
do intestino delgado e cólon esquerdo
espessado (Figura 141).
(a) Que outro procedimento diagnóstico
deverá ser levado a efeito?
(b) Que ação você aconselharia?
(c) Que parâmetros orientam a escolha do
tratamento?
(d) Em vista do diagnóstico final, por que
o animal apresentou-se com os
parâmetros cardiovasculares dentro dos
limites de normalidade?

Figura 141. Achados retais.

88
183 (a) Que aspectos significativos
você pode identificar na região
inguinal deste cavalo (Figura 142A)?
(b) Descrever as lesões mostradas na
Figura 142B.
(c) Que outros aspectos seriam
detectados?
(d) Que aspectos da saúde pública
devem ser levados em consideração?

Figura 142A

Figura 142B

184 (a) Por que os placentomas e o "escorregamento da membrana" não são


estruturas palpáveis da gestação em éguas?
(b) Qual é o significado da percepção do "frémito" na artéria uterina média?

89
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1:1
Figura 143A Figura 143B

185 Os esfregaços na Figura 143 foram preparados a partir do líquido sinovial


de articulação tarsocrural de potro Puro-Sangue- Inglês de 2 semanas de idade
(Figura 143A) e 4 semanas de idade (Figura 143B).
(a) Qual é o diagnóstico diferencial?
(b) Qual provavelmente terá sido o tratamento recebido entre as 2 e 4 semanas
de idade?
(c) O problema foi controlado?

186 Os resultados laboratoriais seguintes foram obtidos de cavalo que


demonstrava cólica leve e intermitente e anorexia de 4 dias de duração. O exame
geral não revelou qualquer anormalidade evidente, além da má condição física.

Teste Caso Normal


Proteína total (gll) 90,4 58-75
Albumina (g/l) 21,2 23-35
Globulina (g/l) 69,2 30-58
Uréia sanguínea (mmol/l) 1,9 2,5-8,3
Aspartato aminotransferase (ui/l) 624 258-554
Glutamato desidrogenase (ui/l) 481 1-12
Bilirrubina total (umol/l) 38 17-34

(a) Como você interpretaria estes achados laboratoriais?


(b) Que investigações adicionais devem ser efetuadas?

90
187 Cavalo Puro-Sangue-Inglês castrado, com 9 anos de idade, foi admitido no
hospital com história clínica de cólica nos últimos 3 dias. Foi firmado o
diagnóstico de grande compactação do cólon esquerdo, mas esta compactação não
desapareceu com o tratamento de rotina. O animal recebeu o tratamento
apropriado e o progresso foi avaliado por repetidos exames retais durante as 48h
seguintes. Em um destes exames, o clínico vivenciou súbita sensação de
liberação da pressão sobre o braço, seguida por palpação anormalmente fácil das
YÍsceras. Ao retirar o braço, o clínico detectou a presença de sangue vivo em sua
luva retal.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Qual é a localização e direção mais comuns para esta lesão?
(c) Há necessidade de avaliação imediata da lesão. Quais as medidas que devem
ser tomadas, para que seja facilitado este exame inicial?
(d) Quais são os fatos mais importantes a determinar durante a avaliação
inicial? Como estas lesões são classificadas?
(e) Qual é o melhor curso de ação para cada uma das diferentes gradações da
lesão?

188 Que deficiência neurológica está evidente no cavalo ilustrado na Figura 144?
Você pode especular, acerca do local da lesão?

Figura 144

91
189 Cavalo de corrida sofreu lesão durante
uma tempestade, e apresentou grande
ferida por avulsão no antebraço, com lesões
na pele e músculos extensores (Figura 145).
(a) Como você trataria esta ferida?
(b) Se os músculos extensores estão
gravemente lacerados, o cavalo seria ainda
capaz de correr, sem qualquer deficiência?
(c) Quanto tempo levará para que a ferida
cicatrize completamente? Você receitaria
exercícios graduais ou nenhum exercício
durante o período de cicatrização?

Figura 145

190 Qual é o significado de:


(a) Lactação na metade e no final da gestação?
(b) Ligeira hemorragia vaginal na metade e no final da gestação?

191 (a) A lesão ilustrada na Figura 146 poderia afetar o quadro metabólico do
animal? Que alterações bioquímicas seriam detectadas?
(b) Que outras tumefações podem ocorrer nesta área?
(c) É provável que esta lesão venha a causar dificuldade respiratória?

Figura 146

92
192 Cavalo Puro-Sangue-Inglês castrado, com 4 anos de idade, vinha
demonstrando progressiva perda de peso ao longo dos 3 últimos meses. Tinha
pouco apetite e o animal também exibia pirexia intermitente e dor abdominal de
baixa intensidade. O prepúcio ficou edemaciado (Figura 147). Um estudo
hematológico e perfil bioquímico sérico não revelaram anormalidades específicas,
além de hipo-albuminemia (albumina 19,6 g/l).
Foi realizado teste de tolerância à glicose oral, pela administração de glicose na
dose de Iglkg em solução a 20% por tubo gástrico, após jejum de uma noite. Os
resultados são mostrados em seguida:

Tempo após a administração Glicose plasmática


de glicose (min) mmolllJ
O (pré-administração) 4,0
30 4,3
60 4,1
90 4,1
120 4,0
180 4,0

(a) Descrever os resultados esperados para o teste de absorção num cavalo


normal.
(b) Como você interpretaria estes resultados?
(c) Quais os tipos de moléstias que você está suspeitando?
(d) Qual é o prognóstico?

Figura 147

93
Figura 148

193 A radiografia mostrada na Figura 148 foi obtida de cavalo apresentado com
inflamação mandibular unilateral e trajeto sinusal associado à inflamação, com
corrimento ventral.
(a) A partir dos sinais de apresentação, qual é o seu diagnóstico diferencial?
(b) Que aspectos radiográficos você pode identificar? Qual é o seu diagnóstico?

194 Pônei tordilho com íris heterocrômica é apresentado com tumefação na


região médio-superior da íris (Figura 149).
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Qual é o diagnóstico diferencial?
(c) Qual é o seu tratamento?

Figura 149

94
Figura 150

195 Potro com 7 dias de idade foi apresentado com claudicação do membro
pélvico esquerdo, associada à distensão da cápsula da articulação femoropatelar.
Foram obtidas radiografias do joelho.
(a) Que incidências você obteria?
(b) Descreva e explique os aspectos radiográficos exibidos na Figura 150.
(c) Qual é o seu diagnóstico diferencial?
(d) Que testes diagnósticos adicionais você realizaria?
(e) Quando a patela fica inteiramente ossificada e quando a fise femoral distal se
fecha radiograficamente?

196 Potranca com 12 dias de idade


apresentou subitamente distensão da
cápsula da articulação tarsocrural (Figura
151). O animal está vivaz e alerta, tem
temperatura corporal normal e está
claudicando apenas levemente. A
potranca também está gotejando urina
por seu umbigo.
(a) Qual é o seu plano diagnóstico inicial?
(b) Qual é o diagnóstico mais provável?
(c) Quais são as opções terapêuticas?

Figura 151

95
r--- Figura 152

197 Cavalo de salto retorna ao treinamento na primavera. Na manhã seguinte,


verifica-se que ele estava esfregando e mordendo todas as partes de seu corpo.
Os pêlos foram arrancados por atritamento ou pelas mordidas e, ao ser
examinado, o animal mostra-se extremamente irritadiço. As áreas atritadas
ocorrem tanto sob a crina, quanto nas áreas expostas (Figura 152).
(a) Quais são as causas possíveis?
(b) Que tratamento você recomendaria?

198 Este cavalo com 12 anos de idade apresenta tosse persistente, acompanhada
de ligeira epistaxe unilateral.
(a) A lesão ilustrada na Figura 153 é responsável pelos sinais clínicos?
(b) Qual é o diagnóstico?
(c) Este cavalo é problemático para o proprietário?

Figura 153

96
Figura 154

~l~

199 O aspecto necroscópico da superfície serosa do intestino delgado de cavalo


Puro-Sangue-Inglês sobreano castrado está ilustrado na Figura 154.
(a) Qual é a etiologia da lesão?
(b) Quais são as manifestações clínicas possíveis deste problema?

Figura 155A

Figura 155B
200 Radiografias (lateral,
intra-oral), que estão
ilustradas na Figura
155A, foram obtidas de
cavalo anestesiado com
suspeita de fratura da
mandíbula (Figura 155B).
(a) Quais são os achados
radiográficos?
(b) Quais são os achados
clínicos prováveis?
(c) Como você trataria
deste caso?

97
201 Quais (além do tumor das células da granulosa) são as indicações clínicas
para a ovariectomia em éguas?

202 O potrinho puro-sangue ilustrado na


Figura 156 foi observado empinando para trás
e batendo com sua nuca numa superfície dura.
O animal permaneceu em decúbito por vários
minutos, tendo se erguido lentamente, e em
seguida passou a exibir inclinação da cabeça
para a direita e paresia facial também do lado
direito e ambulação cambaleante,
ligeiramente dismétrica, com tendência para
voltar-se para a direita.
(a) Além destes sinais, qual dos sinais
seguintes tem maior probabilidade de estar

..
presente?
Cegueira central (pupilas normais).

..
Cegueira periférica (pupilas dilatadas).
Síndrome de Horner (direita).

.
Atrofia do masseter (direito).
Disfagia.
(b) Por que?

Figura 156

203 O dono de potro com 12 horas de idade observou que seu animal estava
rolando (Figura 157). Seu nascimento foi normal, tendo ficado em pé e mamado
dentro de 2 horas após o nascimento. Durante o exame físico, os sinais vitais
encontravam-se dentro dos limites da normalidade, mas o potrinho estava
nitidamente desconfortável.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Você gostaria de obter algum outro teste adicional?
(c) Qual seria o tratamento de escolha?

Figura 157

98
204 Quase no final de uma viagem de retorno de uma competição na Alemanha,
um cavalo de salto, castrado, com 9 anos de idade, passou a apresentar sinais de
cólica, anorexia e apatia. Logo após a chegada, o cavalo foi examinado. Sua
temperatura era de 39,5OC, pulso 56/min e a respiração parecia difícil (16
respirações/min.). O animal estava deprimido, pateava o solo com frequência e
ocasionalmente olhava para seu flanco. Os borborigmos estavam reduzidos e
durante o exame retal nada de anormal foi palpado. As fezes estavam secas e
escassas.
(a) Descrever como você completaria seu exame.
(b) Com base nas informações acima, qual seria o diagnóstico provável? Que ação
você tomaria, quanto ao tratamento e aos procedimentos diagnósticos
subsequentes?

205 Potrinho com 2 meses de idade


apresenta deformação (Figura 158)
desde o nascimento.
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Qual é o tratamento apropriado?

Figura 158

206 AFigura 159 foi tomada 2h


depois que o cavalo havia se
recuperado da anestesia.
(a) Que problema está ilustrado?
(b) Como o animal deve ser tratado?

Figura 159

99
207 Potranca Puro-Sangue-Inglês com 8 semanas de idade foi apresentada com
claudicação grave do membro torácico esquerdo, surgida agudamente. O animal
tendia a ficar em pé com o membro parcialmente flexionado no carpo, com o
cotovelo "caído" e mostrava-se relutante em suportar peso sobre o membro ao
caminhar, apresentava a fase cranial de sua passada significativamente
encurtada, e tendia também a arrastar a pinça, ao avançar o membro. Não havia
crepitação, tumefação ou foco de dor detectável.
(a) Qual é sua suspeita de diagnóstico clínico?
(b) Como você examinaria radiograficamente a região do cotovelo?
(c) Descrever os aspectos radiográficos ilustrados na Figura 160.
(d) Identificar A e B na Figura 160.
(e) Qual o tratamento que você recomendaria?
(i) Quando ocorre radiograficamente a oclusão fisária na ulna e rádio proximal?
Como esta ocorrência pode influenciar o tratamento do caso?

Figura 160

208 A égua "part-bred" com 1 ano de idade


ilustrada na Figura 161lesionou gravemente
uma das articulações do boleto quando tinha 2
semanas de idade.
(a) Quais os sinais clínicos demonstrados pelo
animal?
(b) Qual é a causa?
(c) Que tratamento poderia melhorar a situação?

Figura 161

100
209 Cavalo de competição de 3 dias, com 10 anos de idade, passou a claudicar de
seu membro torácico direito após o término de uma das competições. Havia
distensão das cápsulas articulares metacarpofalangianas (direita e esquerda),
dor durante a flexão passiva das articulações (direita>esquerda) e flexibilidade
restrita. Havia inflamação difusa dos tecidos moles na porção proximolateral da
articulação metacarpofalangiana direita e dor ao ser exercida pressão sobre o
ramo lateral do ligamento suspensor.
(a) Descrever como deve ser realizado o exame ultra-sonográfico do ligamento
suspensor.
(b) Descrever os aspectos ultrassonográficos mostrados nas Figuras 162A-E.
(c) Que outros testes ou exames você efetuaria?
Figura 162A

Figura 162B Figura 162C

Figura 162D Figura 162E

101
210 O dono do cavalo ilustrado na Figura 163
queixa-se de que seu animal está letárgico e
claudica intermitentemente.
(a) Com base nos sinais clínicos ilustrados, o
dono do animal tem qualquer motivo para
preocupação? As queixas acima podem estar
relacionadas a estes sinais clínicos?
(b) Qual é o seu diagnóstico diferencial?
(c) Que outros testes diagnósticos seriam
justificados?

Figura 163

211 O dono de potro Puro-Sangue-Inglês com 5 dias de idade acabou de retornar


de férias, encontrando seu animal letárgico e taquipnéico. Durante o exame
físico (Figura 164), você observa que o potro está debilitado e se causa
facilmente; sua temperatura corporal é de 39,3°C e a frequência cardíaca, 140/
mino
(a) Qual ou quais são os primeiros testes diagnósticos que você fará, e por quê?
(b) Qual é o diagnóstico mais provável e quais são as outras possibilidades?
(c) Qual o tratamento indicado?
(d) Quais são as suas recomendações para o dono do potro, na tentativa de evitar
que a mesma coisa volte a acontecer?

Figura 164

102
Figura 165

212 Cavalo de aluguel é apresentado com lesões descamativas anulares na


cabeça, pescoço e corpo (Figura 165). Há prurido e os exames anteriores não
demonstraram (seja pelo esfregaço, seja por cultura) a presença de fungos
patogênicos. O tratamento com anti-sépticos, fungicidas e antibióticos, pelo
proprietário, não obteve sucesso.
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Que novas amostras seriam necessárias, para a confirmação de seu
diagnóstico?
(c) Qual é o tratamento mais bem-sucedido?

213 Como você identificaria o seguinte, durante varredura ultra-sonográfica do


trato reprodutivo da égua?
(a) Folículo pré-ovulatório.
(b) Alterações uterinas que confirmam o estro.
(c) Corpo hemorrágico (CH).
(d) Corpo lúteo (CL) com 10 dias de idade.
(e) Folículo que luteinizou sem ovular.
CD Égua em diestro prolongado.

214 Em seguida à ingestão de certa quantidade de capim picado, um pônei


castrado, com 9 anos de idade, passou a exibir cólica, caracterizada por dor
renitente grave. Durante o exame, o pônei tentava rolar ou assumir a postura de
"cachorro sentado" e estava suando. A temperatura era de 38,5°C, pulso 78/min,
respiração 28/min. As membranas mucosas estavam ligeiramente injetadas. Á
palpação retal, o baço parecia estar deslocado caudalmente. Gás e pequenas
quantidades de espuma foram recuperados pelo tubo gástrico.
(a) O que está errado com este pônei?
(b) Como você trataria deste caso?

103
215 O potro Welsh Cob com 3 meses
de idade, ilustrado na Figura 166,
apresentava anormalidade na
extremidade distal do membro pélvico
esquerdo desde o nascimento.
Observar o aparente alifafe no tarso.
(a) Qual pode ser sua causa?
(b) Qual é a consequência secundária?
(c) Que orientação deve receber o dono
do potro?

Figura 166

216 As lesões no fígado mostradas na


Figura 167 foram achado acidental
num cavalo, durante a necrópsia.
(a) Que lesões são estas?
(b) Qual é a epidemiologia deste
distúrbio?
(c) Como este distúrbio poderia ter
sido diagnosticado "ante-mortem"?

Figura 167

104
Figura 168

217 O cavalo Italiano ilustrado na Figura 168 estava febril e apresentava edema
extenso nos membros e na parte ventral do abdômen. Três outras éguas haviam
abortado potros aparentemente normais nos 6-10 dias anteriores.
(a) Que sinais significativos podem ser observados?
(b) Que moléstias devem ser consideradas?
(c) Se você encontra diarréia, tosse e hemorragias petequiais nas membranas
mucos as deste cavalo, qual das possibilidades você consideraria mais provável?

218 O cavalo castrado, com 9 anos de idade, ilustrado na Figura 169 foi
apresentado com história clínica de intolerância ao exercício. A auscultação
revelou frequência cardíaca (em repouso) de 32 batimentos/minuto, com bloqueio
atrioventricular (AV) de segundo grau. Pode ser auscultado murmúrio sistólico
precoce de grau 2/6 sobre a base cardíaca esquerda, e murmúrio diastólico
precoce também de grau 2/6 pode ser auscultado em associação com o terceiro
som cardíaco. Ao ser exercitado, o cavalo exibia incoordenação progressiva dos
quartos pélvicos e ficava extremamente angustiado.
(a) Qual é o seu diagnóstico? .1
(b) Qual é o significado provável dos .
murmúrios cardíacos?
(c) Como você prosseguiria com a
investigação deste caso?
(d) Qual é o prognóstico provável?

Figura 169. Foto tomada 5 minutos após cânter (meio-galope) de 800 metros.

105
219 A investigação dos distúrbios gastrintestinais no cavalo está ligada, em
primeiro lugar, à decisão da necessidade, ou não, de correção cirúrgica. É
também desejável uma avaliação prognóstica imediata, para que seja possível ao
dono do cavalo levar em consideração os fatores pessoais e financeiros, no seu
processo de tomada de decisão.
(a) Que percentagem de casos de cólica observados na prática clínica necessita de

..
intervenção cirúrgica, para que seja salva a vida do cavalo?
5-10%.

. 10-20%.
30-50%.
(b) A morte, como resultado direto da cólica, comumente deve-se a insuficiência
cardiovascular aguda (choque). Quais são as percentagens globais de sobrevida,

..
para a cirurgia cólica no cavalo?
<30%.

.. 30-40%.
50-60%.
70-80%.
(c) Qual é o limite de tempo médio, depois do cavalo ter começado a sentir dor em
decorrência de obstrução por estrangulamento, para que o animal tenha chance

..
razoável de sobrevivência após a cirurgia?
8 h para o intestino delgado e 4 h para o intestino grosso.
4 h para o intestino delgado e 8 h para o intestino grosso.
.
. 12 h para o intestino delgado e 8 h para o intestino grosso.
8 h tanto para o intestino delgado quanto para o intestino grosso.

..
(d) As taxas de mortalidades são mais elevadas para:
A compactação do íleo.

.. Torção do cólon maior, de 360°.


Deslocamentos do cólon maior, sem estrangulamento.
Encarceramento do intestino delgado no forame epiplóico.
(e) A causa mais comum para que não se consiga salvar o cavalo com cólica

..
cirúrgica é:
O não fornecimento de fluidoterapia adequada.

..A habilidade e experiência do cirurgião.


A não descompressão do estômago do cavalo.

m
.O uso indiscriminado de flunixin meglumine (Banamine).
A demora na decisão de iniciar a cirurgia.
As percentagens de sobrevivência caem dramaticamente em cavalos com

..
cólica com:
Frequência cardíaca >100 batimentos/min.

..Hematócrito >60%.
Frequência cardíaca de 60-80 batimentos/min e hematócrito de 50-60%.

.Frequência cardíaca de 80-100 batimentos/min e hematócrito <20%.


Frequência cardíaca >100 batimentos/min e hematócrito >60%.

106
Figura 170
-

~~

220 Garanhão é apresentado a você com história clínica de sangramento pelo


~
pênis, após cobrir as éguas. Você examina o pênis do cavalo e verifica que o
processo uretral está dilatado, contendo pus granular e caseoso (Figura 170). Ao
ser debridado, o processo sangra facilmente.
(a) Qual é o processo de moléstia provavelmente presente?
(b) Qual é o seu diagnóstico diferencial?
(c) Como o animal pode ser tratado?
(d) A presença de sangue é prejudicial para a fertilidade da cobertura do
garanhão?

221 Suspeita-se que égua pônei com 11 anos de idade esteja sofrendo de
malabsorção do intestino delgado, por causa de história clínica de 8 semanas de
rápida perda de peso, edema ventral e dor abdominal de baixa intensidade. A
bioquímica sérica revelou hipo-albuminemia (albumina 15,3 g/l), estando
ausentes outras anormalidades significativas. Um teste de tolerância à glicose
oral (realizado conforme foi descrito anteriormente) deu os seguintes resultados?

Tempo após a administração Glicose plasmática


de glicose (min) (mmol/lJ
O (pré-administração) 3,8
30 4,8
60 5,1
90 5,5
120 5,9
180 4,0

(a) Como você interpretaria estes resultados?


(b) De que procedimentos diagnósticos adicionais você lançaria mão?

107
Figura 171

222 Pônei castrado, com 12 anos de idade, foi apresentado com corrimento
prepucial serossanguinolento com odor nauseabundo e edema.
(a) Que lesão está presente no corpo distal do pênis (Figura 171)?
(b) Qual é o procedimento cirúrgico em curso (Figura 171)?
(c) Quais são as possíveis complicações deste procedimento?
(d) Que indicações prognósticas podem ser utilizadas para o êxito, a longo prazo,
deste procedimento?
(e) Que outros procedimentos podem ser utilizados no tratamento desta lesão?

223 Os sinais clínicos ilustrados na


Figura 172 desenvolveram-se
gradualmente ao longo de 3 semanas.
(a) Relacionar três sinais
significativos.
(b) Que outros sinais provavelmente
estão presentes, em associação com os
sinais clínicos observados?
(c) Quais conclusões diagnósticas
podem ser extraídas deste caso?
(d) Que testes diagnósticos adicionais
você realizaria?

Figura 172

108
Figura 173

224 Acredita-se que um cavalo puro-sangue castrado, com 3


anos de idade, tenha lesionado um olho (Figura 173).
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Em que você baseia seu diagnóstico?
(c) Qual é o seu tratamento?

225 AFigura 174 é o aspecto "post-mortem" do fígado de burro com 2 anos de


idade.
(a) Identificar os organismos nos duetos biliares.
(b) Que sinais clínicos você esperaria, num animal com esta infecção?
(c) Como você confirmaria este problema no animal vivo?
(d) Que tratamento você recomendaria para este problema?

Figura 174

109
Figura 175

226 A articulação metacarpofalangiana direita de cavalo de competição com 10


anos de idade (veja a pergunta 209) foi examinado radiograficamente.
(a) Descrever os aspectos radiográficos mostrados na Figura 175.
(b) Qual é o significado provável de suas observações?
(c) Como você prosseguiria com a investigação?
(d) O que você supõe ser a causa do aspecto radiográfico do osso sesamóide
proximal?

227 A pálpebra inferior sofreu


laceração 30 minutos antes do
exame (Figura 176).
(a) Esta lesão deve ser reparada ou
o pedículo cutâneo deve ser
removido?
(b) Que contenção química poderia
ser utilizada, para este reparo?
(c) Que material e tipo de sutura

..
você selecionaria, para:
Sutura da conjuntiva.
Pele

Figura 176

110
228 O dono de um cavalo relatou a
ocorrência de epífora persistente.
(a) Que sinal radiográfico significativo
pode ser observado na Figura 177? Quais
são a etiologia e o resultado prováveis?
(b) Que procedimentos diagnósticos
complementares devem ter sido
realizados antes da radiografia, na
investigação da causa da epífora?
(c) De que modo os sinais clínicos estão
relacionados às alterações radiográficas?

Figura 177

229 Égua de 10 anos não prenhe e que não exibiu estro durante o mês de junho,
é tratada com prostaglandina no final do mês. Quais as razões possíveis para
que este animal não tenha exibido subsequentemente os sinais de estro?

230 Potro com 2 meses de idade


apresenta deformidade angular do seu
carpo esquerdo (veja a radiografia na
Figura 178).
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Que tratamento está indicado?
(c) Qual é o prognóstico?

Figura 178

111
.,. Figura 179

231 AFigura 179 mostra a superfície luminal do ceco de cavalo adulto.


(a) Quais são os parasitos intestinais ilustrados?
(b) Qual é sua importância patogênica?
(c) Como você detectaria uma infecção com estes parasitos e que tratamento você
recomendaria?

232 Cavalo castrado, com 3 anos de idade, é apresentado a você com história
clínica de comportamento "de macho", p.expl. a monta de éguas no piquete onde
este animal está sendo mantido. Que testes laboratoriais você utilizaria, na
tentativa de confirmar o estado criptórquico neste cavalo?

233 Um proprietário deseja informações acerca de quanto sódio (Na) e cálcio (Ca)
devem ser fomecidos aos seus cavalos, quando em repouso e em trabalho.
(a) Quais são as necessidades de manutenção de Na?
(b) Quais são as necessidades de manutenção de Ca?
(c) Quanto Ca e Na o suor contém?
(d) Qual o volume de suor produzido por um cavalo em exercício?
(e) Quanto Na um cavalo em exercício irá necessitar?
<DQuanto Ca um cavalo em exercício irá necessitar?

112
234 AFigura 180 ilustra a vista
endoscópica da faringe e laringe
de cavalo castrado, com 5 anos de
idade, e que havia sido comprado
condicionalmente à aprovação.
Contudo, foi demonstrado
corrimento esverdeado bilateral e
sons respiratórios anormais
durante o exercício. Que conselho
você daria ao comprador em
potencial?

Figura 180

235 (a) Que anormalidade mostra a Figura 1817 Ela é significativa?


(b) Qual outro problema pode estar persistentemente presente?
(c) De que problemas agudos e crônicos este cavalo pode estar padecendo?
(d) Há alguma cura para o comportamento?

Figura 181

113
236 Um cavalo é apresentado a você em
meio ao verão, com a cauda, e também a
base da cauda, intensamente epiladas por
fricção (Figura 182). Foi observado que o
cavalo estava constantemente atritando
sua cauda e pescoço. Durante o exame,
você encontra pequenos nódulos na pele
sobre a cabeça, orelhas, pescoço, costas,
garupa e cauda. Algumas áreas ficaram
completamente desprovidas de pêlo no
processo, ocorrendo transudação de soro
das áreas afetadas.
(a) Qual é o seu diagnóstico clínico?
(b) Que outras moléstias você consideraria
e quais são suas características
diagnósticas?

Figura 182

Figura 183B

237 Égua Puro-Sangue-Inglês com 12 anos de


idade estava claudicando gravemente do
membro pélvico esquerdo (veja as radiografias
nas Figuras 183A e B).
(a) Por quanto tempo é provável que a égua
tenha estado claudicando?
(b) Qual é a causa da claudicação?
Figura 183A (c) Que tratamento é indicado?

114
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Figura 184

238 Pônei para crianças, com 3 anos de idade, vem tossindo


há 3 meses, desde sua compra pelos atuais proprietários. O
pônei vivia em estábulo com cama de palha desde a compra;
antes da compra, o animal estava num pasto com outros
cavalos e um burro. O pônei parece bem, quanto a todos os
outros aspectos e foi vermifugado duas vezes com pamoato
de pirantel nas últimas 8 semanas. A tosse tem natureza
paroxística e não há corrimento nasal ou pirexia associados.
A auscultação dos pulmões revela apenas sons brônquicos
ásperos. Foi obtido aspirado transtraqueal, para exame
citológico (Figura 184).
(a) Qual é o diagnóstico provável e como você poderia
confirmá-Io?
(b) Como você trataria este pônei?

239 O ECG mostrado na Figura 185 foi obtido de um cavalo sob anestesia geral.
(a) Que tipo de ritmo está presente? (A velocidade do papel é de 25 mm/s.)
(b) Qual é o prognóstico para este cavalo, sem tratamento?
(c) Como você trataria este caso?

Figura 185
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115
Figura 186

240 Cavalo de competição com 8 anos de idade colidiu com a cerca de "cross-
country", mas completou o curso, terminando-o perfeitamente apto. No dia
seguinte, havia tumefação difusa dos tecidos moles no porção dorsal do carpo
direito e leve claudicação. O exame clínico também revelou calor na porção
palmar proximal da região metacarpiana e ligeira dor na palpação das margens
do tendão do flexor digital superficial.
(a) Como você interpretaria o ultra-sonograma mostrado na Figura 186?
(b) Qual é a sua orientação?

241 Potrinho é apresentado a você no segundo dia após o parto. O animal


demonstra dificuldade em ficar em pé e foi observado que a égua produziu
corrimento anormal por ocasião do parto. O exame clínico resulta na formação de
diagnóstico preliminar de septicemia neonatal. Que meios auxiliares da
patologia clínica podem ajudá-Io, antes que seja iniciado o tratamento?

242 AFigura 187 mostra imagem


cistoscópica de cavalo castrado apresentado
com história clínica de 12 meses de
hematúria intermitente.
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Qual é a composição provável da lesão?
(c) Como você trataria cirurgicamente este
caso?
(d) Quais são as complicações potenciais
destes procedimentos?

Figura 187

116
Figura 188

243 Não foi observado que o potro malhado ilustrado na Figura 188 tenha
defecado desde o nascimento. O animal vem demonstrando sinais crescentes de
cólica e seu abdômen está começando a distender-se.
(a) Quais são os diagnósticos diferenciais mais prováveis?
(b) Quais são os testes diagnósticos mais apropriados?
(c) Qual é o tratamento de escolha para o diagnóstico diferencial mais provável?

244 Égua pônei Highland com 4 anos de idade vinha apresentando sede
excessiva (aprox. 225 lIdia) há vários meses. A égua tinha comportamento
normal, comia bem e encontrava-se em boas condições físicas. As concentrações
plasmáticas de uréia, creatinina e glicose estavam dentro das faixas normais, em
diversas amostras de sangue coletadas deste animal. Os resultados das
urinálises, relacionados na Tabela 3, foram obtidos de amostras coletadas antes
e depois de testes de privação da água por período de 18 horas.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) O teste de privação da água foi cabível, neste caso?
(c) Quais outros procedimentos de investigação podem ser utilizados neste caso?

Tabela 3. Resultados da urinálise.

Oh +18 h de
privação de água

Proteína (mg/l00 m!) o O


Glicose (%) O O
pH 8,2 8,0
Densidade específica 1,004 1,008

245 Que aspectos uterinos ultra-sonográficos sugerem endometrite?

117
246 Animal sobre ano foi
apresentado 8 semanas após lesão
em seu lábio inferior. O lado da
boca está exposto e grande parte
do lábio inferior está "solto"
(Figura 189). Discutir as etapas a
desenvolver para este reparo
estético e funcional.

Figura 189

247 Os dois cortes histológicos


nas Figuras 190A e B mostram
tecido nervoso coletado
durante o exame necroscópico
de cavalo normal (A) e de um
caso de suspeita de "moléstia
do capim" subaguda
(B)(corante: hematoxilina e
eosina; ampliação x 235).
(a) Que tecidos foram
coletados, para a confirmação
do diagnóstico?
Figura 190A (b) Relacionar as alterações
patológicas na secção do caso
suspeito de moléstia do capim.
(c) Qual é a sua conclusão, a
partir destes achados?

Figura 190B

118
248 O pônei com 12 anos de idade ilustrado na Figura 191 vinha sofrendo de
diarréia e perda de peso há 4 semanas, antes da apresentação. Pequenos nódulos
foram palpados no mesentério durante o exame retal e a mucos a retal estava
espessada. Não foi detectada qualquer outra anormalidade clínica. O pônei foi
tratado com anti-helmínticos, antibióticos e antidiarréicos, mas não melhorou.
Um mês mais tarde, a diarréia estava acompanhada por prolapso retal
intermitente. Repetidos testes fecais foram negativos para parasitos e bactérias
significativas. O quadro hematológico era o seguinte: hematócrito, 37%,
hematimetria, 6,7x10121l; Hb, 11,3 g/dl; leucometria 5,2x1091l, com 58% de
neutrófilos, 40% de linfócitos e 2% de eosinófilos. Alguns linfócitos atípicos com
núcleos lobados foram observados no esfregaço. PT, 41gll; albumina, 1991l;
globulina, 22gll; AST, 136uill; GGT, 10uill. Os achados histológicos de biópsia
retal foram consistentes com colite crônica. Foi realizado teste de tolerância à
glicose. O nível basal da glicose era de 60mg/ml/ a 1h, estava em 60mg/ml, e a 2
e 3 h, 70mg/ml.
(a) A partir destas evidências, você pode deduzir um diagnóstico provável?
(b) Como você instalaria um esquema diagnóstico para o caso de perda crônica
de peso?

Figura 191

119
r
,, 249 Égua pônei com 6 anos de idade
apresentava claudicação intermitente
de baixa intensidade em seu membro
pélvico direito.
(a) Que anormalidade está mostrada
na Figura 192?
(b) Como deve ser aprofundada a
investigação desta anormalidade?
(c) Que tratamento está indicado?

Figura 192

Figura 193

250 AFigura 193 demonstra o aspecto da necroscopia da


válvula mitral numa égua Puro-Sangue-Inglês com 5 anos de
idade.
(a) O que mostra este quadro da necroscopia?
(b) Quais seriam os sinais prováveis à apresentação do animal?
(c) Qual é o prognóstico para este problema, no animal vivo?

120
251 AFigura 194 mostra égua
com 1& anos,de idade, com
tumefação parotídea que está
preocupando seu proprietário.
Qual é a lesão e como ela
surgiu?

Figura 194

252 Cavalo castrado, com 13 anos de idade, tinha história clínica de 4 meses de
perda crônica de peso, até o ponto de ter-se tomado emaciado. Seu apetite tem
sido inconstante, e o cavalo vem sofrendo surtos repetidos de engasgamento
esofagiano. Os exames físicos e laboratoriais revelaram febre intermitente e de
baixa intensidade, anemia e ligeira elevação do conteúdo protéico do líquido
peritoneal. Uma massa na porção cranial do abdômen foi detectada pelo exame
retal.
(a) Qual ou quais problemas você suspeita?
(b) Como você confirmaria seu diagnóstico?

253 Potro Puro-Sangue-Inglês com 2


anos de idade foi apresentado com
uma mandíbula fraturada e tarso
esquerdo inflamado (Figura 195).
(a) Os problemas estão relacionados?
(b) Qual é o diagnóstico?
(c) Que conselho deve ser dado ao
dono do animal?

Figura 195

121
Figura 196

254 Égua de corrida apresentou placas pilosas elevadas


dispostas em pequenos grupos irregulares sobre seu corpo e
pescoço. O pêlo é arrancado com alguma dificuldade, mas
depois de mais 7-10 dias, a maioria dos pêlos caíram,
deixando pequenas lesões anulares com leve descamação
(Figura 196).
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Como a moléstia se dissemina?
(c) O organismo causador pode sobreviver fora do cavalo?

Figura 197

255 (a) O sinal cínico ilustrado na Figura 197 é significativo?


(b) Que outras razões, além das infecções, podem ser
responsáveis por este sinal?

122
Figura 198A
Figura 198B

256 Égua com 5 anos de idade estava sendo tratada com antibióticos para
sinusite durante 10 dias, quando ocorreu epistaxe. O diagnóstico presuntivo de
micose da bolsa gutural é firmado, com base nos achados endoscópicos (Figura
198A). Este é o aspecto típico? O que a inspeção oral revela (Figura 198B)? O que
você suspeita que aconteceu à égua?

Figura 19

257 Cavalo de sela com 8 anos de idade é apresentado com


tumefação da terceira pálpebra presente há algumas
semanas, e com corrimento ocular persistente, a despeito
da antibioticoterapia (Figura 199).
(a) Qual é o seu diagnóstico clínico?
(b) Como você confirmaria este diagnóstico?
(c) Qual é o seu tratamento?

123
258 Uma proprietária fora de si liga para você, devido a potrinho de 2 horas de
idade e com 45 kg, cuja mãe está morrendo após o trabalho do parto,
presumivelmente em decorrência de ruptura da artéria uterina. Ela está
antecipando a criação do potro órfão e tem várias dúvidas acerca do tratamento
deste filhote. Nesta ocasião, o potro está em pé e parece sadio.
(a) Com que presteza o potro deverá ingerir colostro?
(b) Como a proprietária pode verificar se o úbere da égua contém colostro de boa
qualidade?
(c) Quanto colostro o potro deverá ingerir e como a proprietária deverá fornecer
este material?
(d) Quanto leite o potro deverá estar ingerindo durante as primeiras 1-2
semanas de vida?
(e) Que tipo de substituto do leite de égua a proprietária deverá fornecer ao
potrinho?
CO Como ela pode saber se o potrinho está ingerindo leite suficiente?
(g) Que cuidado veterinário o potrinho deverá receber durante as primeiras 24
horas de vida?

259 Como você aconselharia a o gerente de haras, para que faça tentativas de
estimular éguas vazias e solteiras, para que estes animais tenham períodos
estrais ovulatórios ao final de fevereiro?

260 Os resultados da bioquímica sanguínea e da hematologia na Tabela 4 foram


obtidos pela análise de amostras de pônei com 9 anos de idade, que tinha
história clínica de 2 meses de apatia, letargia e perda de peso, em associação com
pouco apetite.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Quais são as possíveis causas deste problema?
Tabela 4

Bioquímica Encontrado Faixa normal Hematologia Encontrado Faixa normal


do sangue
Sódio 130 134-143 mmol/l Hematimetria 5,8 6,5-12,5x102/l
Potássio 3,6 3,3-5,3 mmol/l Hematócrito 30% 35-45%
Cloreto 85 89-106 mmol/l Hemoglobina 11,9 11,0-16,0 gIdl
Cálcio 4,3 2,9-3,9 mmol/l Volume globular
médio 36 31,0-41,0 fi
Fosfato 0,4 0,5-1,6 mmol/l Leucometria 8,9 4,0-1O,Ox109/l
Uréia 26 3,5-8,0 mmol/l Neutrófilos 6,23 1,4-5,8x109/l
Creatinina 1150 90-180 umol/l Linfócitos 2,47 1,4-4,7x1O9/l
Fosfatase
alcalina 196 50-250 mmol/l Monócitos 0,20 0-0,2x109/l
Glicose 4,6 3,5-5,9 mmol/l
Proteína
total 60 46- 70 g/l
Albumina 24 17-37 g/l
Globulina 36 21-41 g/l

124
261 O cavalo febril
ilustrado nas Figuras
200A e B foi apresentado
no Zimbabwe durante a
estação chuvosa.
(a) Que sinais clínicos
estão evidentes?
(b) Qual é o diagnóstico
provável e qual é a
distribuição geográfica
desta moléstia?
(c) Quais os fatores
epidemiológicos Figura 200A
importantes?

Figura 200B

Figura 201
262 Após um tempo
excessivamente úmido, foi
observado que um cavalo
acomodado num piquete
estava claudicando; foi
também percebida área
com corrimento na faixa
coronária (Figura 201).
(a) Que possíveis
problemas podem estar
ocorrendo?
(b) Como isso pode ser
tratado?

125
263 Cavalo castrado com 6 anos de
idade, foi apresentado com
claudicação grave, de surgimento
súbito, em seu membro torácico
esquerdo (veja a radiografia na Figura
202).
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Esta é a lesão mais comum deste
tipo?
(c) Qual o tratamento indicado?

Figura 202

264 Cavalo "sangue quente"


castrado, com 5 anos de idade, foi
apresentado com claudicação do
membro pélvico direito, com
duração de vários dias. A
claudicação melhorou com o
repouso na baia, mas ocorreu
recaída, quando o animal foi
exercitado. A extremidade distal
do membro pélvico direito tem a
pinça ligeiramente mais comprida
que a esquerda. A claudicação
melhorou com a analgesia
Figura 203A perineural dos nervos plantares
(sesamóides abaxiais).
(a) Descrever os aspectos
radiográficos nas Figuras 203A e
B.
(b) Qual é o seu diagnóstico
diferencial?
(c) Que tratamento você
recomendaria?
(d) Qual é o seu prognóstico?

Figura 203B

126
265 Potrinho com 4 anos de idade e 50 kg de peso é apresentado com história
clínica de diarréia aquosa (Figura 204) nas últimas 18 horas. O potrinho não
demonstra interesse em mamar e está tornando-se cada vez mais letárgico.
Leucometria, 3.000 células/~l; fibrinogênio, 600mg/dl; Na+, 125mEq/l; K+,
2,9mEq/l; Cl-, 93mEq/l; CO2 total, 15mEq/l; hematócrito, 35%; proteína total
plasmática, 7,1 g/dl.
(a) Com base em sua estimativa acerca do grau de desidratação do potro, qual o
volume de líquido necessário para a reposição das deficiências do animal?
(b) Quais são as necessidades normais de
líquido para manutenção de um potro
(i.é, quando não há aumento nas perdas
de líquido)?
(c) Que tipo de líquido intravenoso você
administraria, para a reposição das
deficiências do potro?
(d) Quais são as causas mais prováveis
de diarréia num potrinho com esta idade?
(e) Que outros tratamentos você
instituiria, neste momento?

Figura 204

266 A égua Puro-Sangue- Inglês ilustrada na Figura 205 foi apresentada devido
ao surgimento repentino de esforço para a eliminação da urina e fezes. Havia
analgesia, arreflexia e atonia envolvendo a cauda, ânus, parte distal do reto e
pele do períneo, no âmbito da área marcada com esparadrapo.
(a) Quais as duas moléstias que você consideraria mais prováveis?
(b) Quais dos dois procedimentos terão maior probabilidade de contribuir para
que se chegue ao diagnóstico clínico, em cada uma destas duas moléstias?

.. Eletromielografia.
Contagem de ovos de vermes nas

.
fezes.
Avaliação pormenorizada da

..
ambulação.
Título de EHV1.
Determinação da procedência do

..
cavalo (veio dos EUA?).
Exame retal.

.. Análise do LCR na cisterna magna.


Cultura para Listeria.

. Exame dos nervos cranianos.


Hemograma completo.

Figura 205

127
267 Cavalo garrano, castrado, com 6 anos de idade, é apresentado com história
clínica de 2 meses de depressão, perda de peso e ataques recorrentes de cólica. A
intensidade e frequência dos períodos de cólica vêm aumentando ao longo das
últimas 2-3 semanas. Parece haver associação entre a dor abdominal e a
ingestão recente de alimentos. O exame clínico e exames laboratoriais completos
não conseguiram identificar qualquer anormalidade. Foi efetuado teste de
tolerância à glicose oral, com os seguintes resultados:

Tempo após a administração Glicose plasmática


de glicose (min) (mmol! l)
O (pré-administração) 4,6
30 4,7
60 4,9
90 7,3
120 9,0
180 9,5
240 9,1

(a) Que fatores afetam a fase absortiva da resposta ao teste?


(b) Como você interpreta estes resultados?

268 O cavalo ilustrado na Figura 206 tem estado apático, alimenta-se


deficientemente e exibe pirexia a intervalos irregulares, ao longo dos últimos 3
meses. Cada episódio foi tratado com o curso de antibióticos.
(a) Dê duas causas possíveis para estes sinais.
(b) Se vários cavalos ficaram envolvidos simultaneamente, com que problema
você ficaria mais preocupado?
(c) Quais medidas são tomadas para o controle desta afecção?
,.

Figura 206

128
269 AFigura 207 mostra a vista
laringoscópica de cavalo recém-
comprado. Dentro de 24 horas após
chegar em casa, o novo proprietário
descobriu que o exercício provoca sons
inspiratórios exacerbados. Que
anormalidades você pode perceber e
que o conselho que você daria?

Figura 207

270 Sobreano com lesão do membro


torácico esquerdo (Figura 208) foi
apresentado, em seguida a tentativa
de saltar um portão.
(a) Quais são as considerações
cirúrgicas imediatas?
(b) Que fatores afetarão a cicatrização
desta ferida?
(c) Que técnicas cirúrgicas você
poderia utilizar, no tratamento desta
lesão?

Figura 208

129
271 Pônei com 10 anos de idade é
apresentado com a extremidade distal
de todos os membros torácicos
achinelados (Figura 209).
(a) Qual é este problema?
(b) Quais são as causas possíveis para
o problema?
(c) Como ele pode ser tratado?

Figura 209

272 Cavalo caçador castrado, com 18 anos, foi submetido a laparotomia


exploratória e à remoção cirúrgica de 4,9m de jejuno, após hérnia do intestino
delgado no forame epiplóico. O animal apresentou boa recuperação anestésica e
parecia estar ativo durante as primeiras 12 horas após a cirurgia. Foi permitido
que satisfizesse gradualmente sua sede. Imediatamente após a recuperação, o
cavalo estava com frequência de pulso de 60/min e hematócrito de 43%. Doze
horas mais tarde, sinais de desconforto foram observados pela primeira vez,
tendo sido então registra dos a frequência de pulso de 80/min e o hematócrito de
52%. Os sons intestinais estavam ausentes e 7 litros de refluxo gástrico foram
recuperados pela intubação nasogástrica. A fluidoterapia intravenosa foi
iniciada, sendo efetuada a intubação nasogástrica a cada 4 h. Este procedimento
resultou, a cada vez, na recuperação de 2 a 8 litros de líquido castanho-escuro de
odor fétido. Após a intubação o animal mostrou-se mais confortável e sua
frequência de pulso caiu ligeiramente. O hematócrito (50%) foi mantido estável
por meio da administração de líquidos intravenosos. Vinte e quatro horas mais
tarde, foram detectadas pela palpação retal alças distendidas de intestino
delgado. A distensão aumentou gradualmente ao longo das 24 horas seguintes.
Agora a frequência cardíaca e o hematócrito estão consistentemente elevados (80
batimentos/min e 55%) e o animal mostra-se apático e deprimido.
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Que fatores podem levar a esta condição?
(c) Como você tratará clinicamente deste problema?
(d) Qual a alternativa cirúrgica existente, caso o tratamento clínico venha a
fracassar? Em que momento a cirurgia estará indicada?

130
Figura 210

273 Cavalo Puro-Sangue-Inglês castrado, com 5 anos de idade e com atrofia


muscular significativa na região glútea direita, tem estado claudicando de seu
membro pélvico direito há cerca de 9 meses, antes desta investigação
radiográfica (Figura 210).
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Que conselho deveria ser dado ao proprietário do cavalo?

274 Cavalo com 4 anos de idade, em treinamento, havia sofrido cirurgia da


laringe, durante a qual foi mantido sob anestesia com halotano. Aparentemente
o animal vinha demonstrando recuperação inicial boa, mas permaneceu
inapetente e deprimido e não há evidência de resposta febril. O primeiro painel
bioquímico do sangue obtido 14 dias após a cirurgia demonstrou níveis elevados
de AST, GGT e GLDH. Que amostras adicionais seriam válidas para o
diagnóstico e prognóstico?

275 As lesões ilustradas na Figura 211 preocupavam um comprador em


perspectiva deste cavalo com 8 anos de idade.
(a) Há probabilidade que estas lesões representem algum problema clínico?
(b) De que modo podemos reassegurar o comprador?
(c) Se o cavalo estivesse apresentando disfagia, este problema poderia ser
atribuído aos sinais clínicos ilustrados?

Figura 211

131
276 Quais aspectos ultra-sonográficos você esperaria encontrar no útero da égua
prenhe nos dias seguintes após a ovulação?
(a) 14 dias?
(b) 18 dias?
(c) 21 dias?
(d) 26 dias?
(e) 30 dias?
(D 37 dias?
(g) 42 dias?
(h) 60 dias?
(i) 100 dias?

277 O cálculo mostrado na Figura 212 foi removido da bexiga de égua com 10
anos de idade, que foi apresentada para investigação de hematúria intermitente.
(a) Que outros sinais clínicos você poderia esperar neste caso?
(b) Como você confirmaria o diagnóstico?
(c) Como você trataria este caso?

Figura 212

278 A um cavalo com suspeita de afecção hepática deu o seguinte resultado para
o teste de eliminação do corante bromossulftaleína (BSP):

Caso Normal
3,9 (min (t1/2)) 2,0-3,7

(a) Descrever a linha de raciocínio subjacente ao uso do teste de eliminação do


corante BSP, na avaliação da função hepática equina.
(b) Como você interpretaria este resultado?
(c) Que fatores, além da moléstia hepática, podem afetar os resultados deste
teste?

132
279 Potro de 1 dia de idade é apresentado com refluxo nasal de leite, sempre que
mama. Ele também está gravemente dispnéico. Foi firmado o diagnóstico
presuntivo de fenda palatina.
(a) Como você poderia prosseguir com a investigação?
(b) Há outras possibilidades?

280 Cavalo recentemente participou de gincana e foi obrigado a ser montado com
sela e arreios emprestados; aproximadamente 10 dias depois, ocorreu erupção
cutânea em torno da área da
cilha esquerda, mostrando
descamação e queda de pêlos
(Figura 213).
(a) O que é coceira da cilha?
(b) Que amostras você
coletaria para a obtenção do
diagnóstico?
(c) Que método de cultura
pode ser utilizado para o
isolamento?
(d) Como você trataria este
problema?

Figura 213

281 Um cavalo meio-sangue Árabe,


castrado, com 10 anos de idade,
apresenta um inflamação crônica na
região do joelho esquerdo, mas não
demonstra claudicação evidente (veja
a radiografia mostrada na Figura
214).
(a) Qual é o seu diagnóstico
diferencial?
(b) Que tratamento você sugeriria?

Figura 214

133
282 Suspeita-se de salmonelose aguda numa potranca garrana sobreano, que
havia sido submetida a anestesia geral e laparotomia exploratória, para o
tratamento de cólica em decorrência de intussuscepção do intestino delgado, 2
dias antes. A potranca apresentou diarréia abundante, acompanhada de febre e
depressão grave.
(a) Quais são as anormalidades fisiopatológicas básicas esperadas no caso de
salmonelose aguda?
(b) Como você monitoraria o curso da moléstia e a resposta ao tratamento?

283 O ECG mostrado na Figura 215 foi tomado de égua Puro-Sangue-Inglês com
12 anos de idade, imediatamente após o exercício.
(a) Quais anormalidades podem ser detectadas?
(b) Qual é a origem provável destas anormalidades?
(c) Qual é o prognóstico provável neste caso?

Figura 215. Derivação Z, velocidade do papel 25 mm/seg.

284 Inflamação se formou nos tecidos


subcutâneos 5-7cm caudalmente à margem
superior da narina (Figura 216). A lesão é
bastante firme à palpação e não parece estar
causando desconforto. Qual é a natureza
provável da inflamação, e que tratamento você
sugeriria?

Figura 216

134
285 Antiga lesão causada por arame no bulbo do talão cicatrizou
satisfatoriamente e o cavalo retornou ao trabalho, mas exibe claudicação,
quando em exercício. O exame demonstra fenda profunda, ainda presente na
muralha (Figura 217).
(a) Por que o cavalo está claudicando?
(b) Ele pode ser curado?
(c) O tratamento será permanente?
(d) Existe alguma
outra opção de
tratamento?

Figura 217

286 Cavalo "standardbred" castrado,


com 12 anos de idade, estava
claudicando ligeiramente do membro
torácico esquerdo durante o trote. A
claudicação foi abolida pelos bloqueios
dos nervos digitais palmares, e em
seguida a este procedimento o animal
ficou ligeiramente claudicante do
membro torácico direito.
(a) Com base nesta informação clínica,
qual é o diagnóstico provável?
(b) A radiografia é diagnóstica (Figura
218).
(c) Qual é o diagnóstico?

Figura 218

135
287 Grupo de 8 cavalos e pôneis utilizados
para monta de diversão ficam no pasto
durante todo o ano, em 4,86 hectares (12
acres) de pastagem permanente (Figura
219). Durante os últimos 4 anos estes
animais vêm recebendo doses profiláticas
de fembendazol, 7,5mg/kg a intervalos
bimensais. Os animais encontram-se em
bom estado físico e nenhum exibiu
qualquer sinal clínico de moléstia
atribuível a infecções parasitárias.
(a) Quais são os possíveis problemas que
poderiam se originar do programa de
vermifugação?
(b) Como você investigaria a eficácia do
programa de vermifugação?
Figura 219

288 Por que razão uma gestação múltipla (comumente gemelar) passa
despercebida durante o exame por ultra-som?

289 Pônei tordilho apresenta-se com


tumefação envolvendo as pálpebras superior e
inferior (Figura 220).
(a) Qual é o diagnóstico diferencial?
(b) Qual é o diagnóstico mais provável, e por
que?
(c) Como você confirmaria o diagnóstico?

Figura 220

136
Figura 221

290 Cavalo caçador com 19 anos de idade estava em boas condições físicas e
trabalhando regularmente. Uma inflamação subcutânea firme, regular, discreto
e móvel na porção ventral da parte superior do pescoço estava presente há
diversos anos e a massa tem aumentado lentamente de tamanho (Figura 221).
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Como você confirmaria o diagnóstico?
(c) Que tratamento você instituiria, neste caso?

291Égua puro-sangue com 3 anos de


idade recentemente começou a
claudicar de repente de seu membro
torácico esquerdo.
(a) Qual é o diagnóstico (veja a
radiografia mostrada na Figura 222)?
(b) Que tratamento está indicado?

Figura 222

137
292 Cavalo de corrida com 5 anos de idade é apresentado com grupo de nódulos
subcutâneos variando de 5 a 20mm, sobre o tórax (Figura 223). Estes nódulos
estão presentes há várias semanas, parecem estar aumentando em quantidade
mas não em tamanho, são firmes, bem demarcados, não pruriginosos, indolores e
não alopécicos.
(a) Quais os vários termos utilizados na descrição desta moléstia?
(b) Em termos gerais, estes são nódulos fibrosos, mas muitos deles são muito
duros; por quê?
(c) Que tratamento pode ser bem sucedido?

Figura 223

293 O cavalo ilustrado na Figura 224 apresentou-


se com estes sinais agudos. Duas pequenas feridas
punctiformes no focinho foram encontradas
durante o exame minucioso.
(a) Que aspectos significativos podem ser
identificados?
(b) Relacionar quatro problemas possíveis que
podem se apresentar com sinais similares.
(c) Este cavalo tem probabilidade de morrer?

Figura 224

138
294 Cavalo de diversão, castrado, com 6 anos de idade, foi apresentado com ação
deficiente dos membros pélvicos, pelo menos com vários meses de duração. O
cavalo apresenta-se com ângulo do tarso bastante grande (i.é, tarsos retos), e
demonstra pouca impulsão com os membros pélvicos. Após a à anestesia
subtarsiana do membro pélvico esquerdo, o cavalo passou a claudicar levemente
do membro pélvico direito.
(a) Que outros exames você efetuaria?
(b) Como você interpreta os ultra-sonogramas (Figura 225A, B)?
(c) Descreva os aspectos radiográficos mostrados na Figura 225C, D.
(d) Qual é o seu diagnóstico? E prognóstico?

Figura 225 A

Figura 225B

Figura 225C

Figura 225D

139
295 Égua caçadora com 17 anos de
idade estava claudicando ligeiramente
há 4 meses e meio antes da obtenção
da radiografia mostrada na Figura
226. O problema foi diagnosticado
como pus no pé, mas não houve
resposta à drenagem.
(a) Que sinais radiográficos estão
presentes?
(b) Qual é o diagnóstico diferencial?
(c) Que orientação você daria ao
proprietário da égua?

Figura 226

296 Como você ajudaria o proprietário que deseja saber:


(a) Acerca de alguns livros disponíveis sobre nutrição de equinos?
(b) Onde pode ser obtida informação e conselhos práticos sobre controle de
panstagens?
(c) Onde pode ser obtida informação e conselhos práticos sobre regimes
alimentares?
(d) Sobre os cuidados que devem ser tomados acerca das necessidades
nutricionais dos animais?

297 Durante o exame para compra, os dentes do cavalo ilustrado na Figura 227
foram inspecionados, para a avaliação de sua idade e conformação oral. Qual é o
significado do padrão de desgaste dos incisivos centrais?

Figura 227

140
298 (a) Qual é o diagnóstico
do quadro clínico mostrado
na Figura 228?
(b) Este cavalo pode ser
montado?

Figura 228

299 Foi observado que um potro Puro-Sangue-Inglês, nascido 24 horas antes da


apresentação inicial, estava fraco e com frequência respiratória rápida. O exame
clínico demonstra membranas mucos as ictéricas. Seu diagnóstico provisório de
iso-eritrólise neonatal parece ser confirmado pelos resultados laboratoriais,
indicativos de anemia grave e de nível de bilirrubina muito elevado. Descrever
sua abordagem ao tratamento inicial.

300 Um cavalo é apresentado para enxerto


cutâneo extenso (Figura 229). Citar três tipos
de enxertos que poderiam ser utilizados e
relacionar suas vantagens e desvantagens.

Figura 229

141
Figura 230A

301 Dois tipos de circuitos


respiratórios anestésicos utilizados na
anestesia de equinos estão ilustrados
nas Figuras 230A e B. Figura 230B
(a) Estes circuitos são exemplos de
que tipos de sistemas respir<ltórios?
(b) Relacionar suas vantagens e
desvantagens.

302 Você é solicitado para examinar uma égua num haras de cavalos caçadores
em meados de abril, porque este animal já estava na empresa há 3 semanas e
não tinha sido observada em estro. Quais são as possíveis razões para tal?

r-
l 303 Cavalo "part-bred" castrado, com 8
anos de idade, vem claudicando do
membro torácico esquerdo há perto de 1
mês. A analgesia intra-articular
articulação metacarpofalangiana
da
(boleto)
aboliu a claudicação.
(a) Qual é o diagnóstico (veja a radiografia
mostrada na Figura 231)?
(b) Que outras investigações radiográficas
estão indicadas?

Figura 231

142
Figura 232

304 O proprietário deste cavalo de sela ilustrado na Figura 232 informou que
seu animal estava com muitas cólicas, após o retorno de exercício intenso. A
cólica manifestava-se por pateamento contínuo e por sudorese abundante. Ao ser
examinado 1 hora e 30 minutos após o início dos sinais, o pulso estava em 60/
min e a respiração 32/min. A temperatura era de 38,6°C. Os sons intestinais
estavam deprimidos e as membranas mucosas levemente injetadas. A
movimentação dos quartos pélvicos aparentemente causava dores.
(a) Descrever seu exame clínico e sua relevância para os diagnósticos
diferenciais que você levaria em consideração.
(b) Qual será o seu diagnóstico mais provável?
(c) Como você trataria este cavalo?

305 Potrinho com 3 meses de idade foi apresentado com corrimento nasal
ligeiramente purulento e com pirexia intermitente de 2 semanas de duraçâo.
(a) Quais aspectos significativos você identifica na radiografia mostrada na
Figura 233?
(b) Esta é moléstia/anormalidade congênita?
(c) Qual é o diagnóstico e quais outros sinais clínicos podem ser observados?
(d) Qual o tratamento indicado?

Figura 233

143
Figura 234

306 Égua pônei com 12 anos de idade com intoxicação por tasneira (Senecio
jacobaea) exibia depressão/intranquilidade progressiva há uma semana. A maior
parte do seu tempo, o animal passara em pé, na posição mostrada na Figura 234.
(a) Que comportamento está exibindo este pônei e como é denominada esta
síndrome?
(b) Quais são os mecanismos patogênicos que resultam nestes sinais clínicos?
(c) Como este aspecto da moléstia hepática pode ser tratado?

307 AFigura 235 é a radiografia torácica lateral de cavalo castrado, com 7 anos
de idade; observou-se que este cavalo vinha apresentando hematúria
intermitente há 5 meses. Durante os últimos 2 meses de enfermidade, o cavalo
vem se mostrando cada vez mais anorético associada a significativa perda de
peso. A hiperpnéia é evidente e, à auscultação, foi notada ausência bilateral de
sons pulmonares no tórax ventral.
(a) Que anormalidades radiológicas estão ilustradas?
(b) Quais procedimentos diagnósticos adicionais você consideraria apropriados,
na investigação deste caso?

Figura 235

144
308 Sobreano preparado para venda é
encontrado com tumefação mole e fria em
torno do focinho e olhos (Figura 236). A
inflamação não é doloroso, e o potro
mantendo-se ativo, alerta, com
temperatura, pulso e respiração normais,
bem como com apetite.
(a) Que problemas podem estar presentes?
(b) Qual tratamento tem possibilidade de
ser eficaz?
(c) Você acredita que este problema seja
recorrente?

Figura 236

309 O cavalo ilustrado na figura 237 foi


submetido a cirurgia abdominal para a
correção de deslocamento do intestino
grosso. Três dias após, estava pirético.
(a) Qual é o diagnóstico provável?
(b) Quais as precauções a serem tomadas?
(c) Qual é o prognóstico?

Figura 237

310 Égua caçadora com 7 anos de idade tinha história clínica de 2 anos de tosse
branda (principalmente pelas manhãs e durante o exercício) e corrimento nasal
mucóide bilateral intermitente. Geralmente a tosse é apenas problemática
durante o inverno, quando o animal permanece estabulado. Você é solicitado a
examinar a égua uma tarde, quando foi encontrada em seu estábulo, 2 horas
após ter sido trazida do campo, com angústia respiratória grave. Sua frequência
respiratória é de 30/min. A égua está tossindo e exibindo dispnéia inspiratória/
expiratória significativa, com expansão das narinas e protrusão do ânus a cada
expiração. A temperatura retal é 39,OoC. A auscultação do tórax revela sons
pulmonares crepitantes e sibilantes disseminados.
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Como você trataria desta égua?

145
Figura 238

311 Cavalo Puro-Sangue-Inglês castrado, com 11 anos de idade, em mau estado


físico, tinha apetite voraz e, subsequentemente, passou a claudicar.
(a) Que lesões estão presentes na radiografia mostrada na Figura 238?
(b) Qual é a causa possível?
(c) Que investigação radiográfica adicional está indicada?

312 Potrinho com 4 dias de idade é apresentado com distensão abdominal e


letargia. A temperatura corporal é de 39,5°C, a frequência cardíaca 140
batimentos/min e a respiratória 36/min. Líquido é detectado por rechaçamento
da parede abdominal. A leucometria global é 3600 células//-Ll, 60% neutrófilos
segmentados, 10% bastonetes, 30% linfócitos; fibrinogênio 600mg/dl. São notados
pequenos volumes de diarréia fétida. O potrinho está sofrendo dores crescentes e
mostra-se refratário à terapia analgésica.
(a) Que testes diagnósticos adicionais estão indicados neste momento?
(b) Quais são os diagnósticos diferenciais mais prováveis?
(c) Qual o tratamento indicado?

313 AFigura 239 ilustra a técnica


tradicional para a extração dentária
do cavalo, i.é, trepanação sobre a raiz
dentária, seguida por repulsão. Quais
são as complicações potenciais desta
técnica?

Figura 239

146
Figura 240A. Ventrículo direito
(RV); septo interventricular (IVS);
trato de eliminação do ventrículo
esquerdo (LVOT); válvula mitral
(MV); ventrículo esquerdo (LV),

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Figura 240B tHS2[.7~..:=i:1r:;!\.;;::;::-:::'.~\r':::::J ti,

314 Cavalo caçador com 15 anos de idade, apresentou murmúrio diastólico em


decrescendo de grau 3/6, audível em ambos os lados do tórax, O murmúrio podia
ser auscultado mais nitidamente sobre a área de máxima intensidade do
segundo som cardíaco, O murmúrio tinha um componente musical de zumbido e
aumentava em intensidade após o quarto som cardíaco, Os estudos por Doppler
espectral e por modo-M deste caso estão ilustrados nas Figuras 240A e B,
(a) Qual é a causa deste murmúrio?
(b) O que revelam os estudos por modo-M e Doppler espectral?
(c) Que alterações você esperaria perceber no pulso racial, nos casos mais graves?
(d) A história clínica de trabalho deste animal é boa e seu proprietário está
interessado em continuar a montá-Io, O que você aconselharia?

147
315 Cavalo castrado, com 7
anos de idade, havia sofrido
lesão na porção dorsal de seu
membro pélvico esquerdo,
imediatamente acima da
articulação do boleto, 2 meses
antes de serem tomadas as
radiografias exibidas nas
Figuras 241A e B. A ferida não
cicatrizou completamente.
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Que tratamento está
indicado?

Figura 241B

Figura 241A
316 Cavalo desenvolveu problema cutâneo em um determinado período de
tempo, inicialmente envolvendo a cara e o pescoço e que agora está se
espalhando para o tronco (Figura 242). A pele mostrava-se seborréica e
pregueada, contendo crostas e material de descamação. Havia também lesões em
torno da coroa.
(a) Que grupo de moléstias da pele você poderia investigar?
(b) Você precisa de que amostras, para ajudá-Io na formulação de diagnóstico?
(c) Que tipo de células você esperaria encontrar em um esfregaço direto de
vesícula ou pústula intacta, numa erosão recente?

Figura 242 (cortesia de M. Hillyer, Universidade de Bristol)

148
317 Em que estágio da gestação é aplicável o teste sanguíneo de eCG (= PMSG)?
Qual é a causa dos falso-positivos?

318 Os ovos de vermes mostrados na Figura 243 foram identificados pelo método
de flutuação de amostras fecais de um grupo de potros pôneis recém-
desmamados.
(a) Identificar os ovos dos parasitos.
(b) É provável que a infecção com estes parasitos tenha significado clínico nestes
animais?

Figura 243

319 Pônei de pólo é apresentado com


corrimento ocular persistente, poucas
semanas após ter sofrido traumatismo
no olho (Figura 244).
(a) Qual é o seu diagnóstico?
(b) Citar outras duas causas deste
problema.
(c) Como você trataria este problema?

Figura 244

149
320 Este é o mesmo potro da
pergunta 44. A claudicação
melhorava, mas não
desaparecia com a analgesia
intra-articular da articulação
do ombro. Foi realizado estudo
radiográfico (Figura 245).
(a) Descrever os aspectos
radiográficos.
(b) Qual é o diagnóstico
diferencial?
(c) Que outros testes
diagnósticos você realizaria?
(d) Que tratamento você
recomendaria?

Figura 245

321 Potro com 3 anos de idade, em treinamento, foi apresentado para a


investigação de leve tosse intermitente, com 6 dias de duração. O cavalo não
estava febril.
(a) O sinal clínico mostrado na Figura 246 é significativo?
(b) Quais medidas diagnósticas poderiam ajudar?
(c) O treinador pede que seja administrado antibiótico - você concordaria que tal
procedimento se justifique?

Figura 246

150
322 Inflamação fibrosa e crônica vem se
instalando ao longo de 18 meses de
cicatrização deficiente, automutilação e
tratamento incorreto (Figura 247).
(a) Como esta inflamação deve ser tratada,
para que seja obtido o melhor resultado?
(b) Depois de seu tratamento, o cavalo tenta
morder a área; como isso pode ser evitado?

Figura 247

323 Pequena égua pônei com 10 anos de idade vinha


sofrendo de laminite crônica e apresentava-se com
ambulação enrijecida em todos os quatro membros
(veja a radiografia na Figura 248).
(a) Qual é o diagnóstico?
(b) Há quanto tempo você acredita que o problema
vem ocorrendo?
(c) Qual é a provável raça deste pônei?

Figura 248

151
Figura 249

324 Cavalo de competição com 6 anos de idade foi apresentado com claudicação
moderada do membro torácico esquerdo, ocorrida agudamente. Não foram
identificadas anormalidades significativas palpáveis. A claudicação não foi
melhorada pela analgesia perineural dos nervos digital palmar, palmar
(sesamóide abaxial) ou palmar (médio da canela) e metacarpiano palmar, mas
melhorou substancialmente pela analgesia subcarpiana.
(a) Que exames adicionais você efetuaria?
(b) Descrever os aspectos ultra-sonográficos mostrados na Figura 249.
(c) Qual é o seu diagnóstico? Como você confirmaria este diagnóstico?
(d) Qual é o seu tratamento? E prognóstico?

325 Os únicos sinais neurológicos que o potro ilustrado na Figura 250 está
demonstrando são ligeira ptose e miose, suor na cara e pescoço, até o nível de C2.
Provavelmente qual das seguintes combinações de interpretações da lesão e

...
afecção causal é a correta?
Lesão simpática cervical pré-ganglionar; abscesso no pescoço.
Paralisia do oculomotor; mielencefalite equina por protozoário.

..Paralisia facial; traumatismo craniano.


Síndrome de Horner; neuropatia simpática pós-ganglionar.
Envolvimento dos nervos cranianos V e VII; empiema da bolsa gutural.
Figura 250

152
326 Cavalo Árabe castrado, com 4 anos de idade,
vinha claudicando um pouco de seu membro torácico
esquerdo há 2 meses.
(a) A radiografia mostrada na Figura 251 é
diagnóstica?
(b) Que outras investigações poderão ter utilidade?
(c) Que orientação deve ser dada ao proprietário do
animal?

Figura 251

327 Égua de salto de exibição com 7 anos de idade foi apresentada claudicando
moderadamente do membro pélvico esquerdo; o problema vinha ocorrendo há
várias semanas. Ocorreu crescimento moderado das bainhas do tendão flexor
digital nas regiões dos boletos ("ovas") de ambos os membros pélvicos; as "ovas"
eram mais pronunciadas no lado esquerdo, em comparação com o direito. Em
ambos os membros, ocorreu ligeira depressão a nível dos ligamentos anulares
plantares. A flexão do tarso não alterava a ambulação, mas a claudicação ficava
acentuada pela flexão das articulações distais dos membros. A claudicação
persistiu após a analgesia perineural dos nervos plantares (sesamóides
abaxiais), mas melhorou após a analgesia perineural dos nervos plantar (médio
da canela) e metatarsiano plantar.
(a) Que testes diagnósticos adicionais você realizaria?
(b) Como você interpretaria a ultra-sonografia mostrada na Figura 252?
(c) Qual é o seu diagnóstico? Tratamento? Prognóstico?

Figura 252

153
328 Um potro pesando 59,5 kg ao nascer é apresentado a você no terceiro dia
após o parto. O animal parece fazer força para urinar e elimina pequenos
volumes de urina, frequentemente. Quais amostras devem ser apresentadas ao
laboratório de patologia clínica, para a confirmação do diagnóstico provisório de
uroperitôneo?

329 O cavalo com 4 anos de


idade ilustrado na Figura 253
sofria de "moléstia do capim"
crônica, que foi confirmada no
exame necroscópico. Quais são
os sinais clínicos mais
confiáveis?

Figura 253

330 Potrinho estava aparentemente normal até 2 horas após ter nascido, quando
os seus proprietários observaram que o animal estava ligeiramente letárgico e o
úbere da égua ligeiramente distendido. Com 48 horas de idade, o tempo de
preenchimento capilar é de 2,5s, a qualidade do pulso razoável, a temperatura
corporal 38,8°C e a leucometria 4000 células/fll. A concentração de IgG sérica é
de 200-400 mg/dl, em um teste de campo.
(a) Qual é o diagnóstico mais provável (consulte a Figura 254)7
(b) Que testes diagnósticos adicionais você realizaria, para a confirmação deste
diagnóstico?
(c) Que tratamento você pretende instituir?

Figura 254

154
331 Uma égua com 13 anos de idade estava prenhe há 10 meses. O animal vem
exibindo sinais moderados de cólica (mas ocasionalmente graves) há 2 horas. A
produção fecal estava reduzida e os borborigmos deprimidos (mas presentes). O
pulso era de 48/min e a respiração 20/min. Quais são os principais diagnósticos
diferenciais e quais são suas características peculiares? Como você trataria o
animal, nestes casos?

332 Uma égua pariu espontaneamente uma potranca Árabe com 25kg numa
gestação de 305 dias, 2 semanas depois de terem ocorrido o desenvolvimento
mamário e a lactação espontânea. A potranca está fraca após o nascimento e a
temperatura corporal, 2 horas após o nascimento, é de 37, 7°C. A frequência
cardíaca é de 100 batimentos/min, os pulsos estão fortes e a frequência
respiratória é 50/min, com esforço abdominal ligeiramente aumentado. É
auscultado murmúrio holossistólico de grau 3/6 no terceiro espaço intercostal, no
lado esquerdo. A leucometria é 9000 células/J.!I, fibrinogênio 800mg/dl, e
pH7,386, PCO2 49mmHg, PO2 45mmHg, HCO3- 27 mEq/l, com 2 horas de idade.
(a) Qual o tratamento auxiliar à respiração está indicado neste momento?
(b) Qual é o diagnóstico mais provável (consultar as Figuras 255A e B)?
(c) Que outras medidas terapêuticas estão indicadas neste momento?
(d) Que orientação você daria ao proprietário, com relação ao prognóstico de
curto e longo prazo para este animal (supondo a possibilidade de aplicação da
terapia intensiva e de sua praticabilidade econômica)?

Figura 255A

Figura 255B

155
333 Incisão cirúrgica foi
praticada na região escrotal
de cavalo criptorque, tendo
sido identificadas as
margens do anel inguinal
superficial. Uma estrutura
consistindo de tubo de
tecido fibroso branco,
parcialmente revestido por
músculo estriado, foi
identificada no interior do
canal inguinal. Esta
estrutura foi submetida a
Figura 256 incisão, tendo seu conteúdo
exposto. Sua extremidade está fixada um par de pinças e a margen seccionada
por outra pinça expondo assim seu conteúdo, uma faixa sólida de tecido fibroso.
(a) Qual é esta estrutura tubular e o músculo que a acompanha?
(b) Poe que é importante a identificação desta estrutura durante a exploração da
região inguinal de cavalo criptórque?
(c) Quais estruturas possivelmente serão encontradas no interior da estrutura
tubular?
(d) Quais destas possibilidades está demonstrada na Figura 256?

Figura 257A Figura 257B

334 O cavalo ilustrado na Figura 257 A foi apresentado para exame na África
Central. O cavalo mordia persistentemente o joelho esquerdo, onde estava
presente uma ferida superficial (Figura 257B). Leve ataxia dos membros
pélvicos progrediu ao longo do período de 4 dias até que o animal entrou em
decúbito, tendo terminado após 5 dias em convulsões e coma.
(a) Que moléstia deve ser primeiramente considerada?
(b) Como esta suspeita pode ser confirmada?
(c) Que medidas devem ser tomadas pelas pessoas em contato com o animal?

156
335 O potro descrito na pergunta 332 tem
agora 4 dias de idade, tendo respondido
satisfatoriamente ao seu tratamento. Você
observou que sua produção urinária
diminuíra subitamente há cerca de 12 horas
atrás e agora o potro parece estar
ligeiramente mais letárgico. Os eletrólitos
séricos são: Na+ 120mEq/l, K+ 5,2mEq/l, Cl-
90mEq/l, creatinina sérica 2,Omg/dl. Com
base na história clínica e em seu exame ultra-
sonográfico da cavidade abdominal (Figura
258):
(a) Qual é o diagnóstico mais provável? Figura 258
(b) Que teste você realizaria, para confirmar
seu diagnóstico?
(c) Que tipo de terapia de reposição de
líquidos está indicada neste momento?

336 AFigura 259 ilustra cavalo sendo preparado para a


anestesia geral, que possibilite a correção cirúrgica de
suspeita de obstrução na porção superior do intestino
delgado.
(a) Que procedimento está ilustrado?
(b) Por que este procedimento é importante, antes da
anestesia! cirurgia proposta?

Figura 259

157
ILUSTRAÇÕES DAS RESPOSTAS

Figura 260. Superfície articular


dorsoproximal, falange
proximal (A); crista sagital,
terceiro osso metacarpiano (E); Figura 261
côndilo medial, terceiro osso
metacarpiano (C); membrana
sinovial (D); fragmento
osteocondral (seta).

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Figura 262

159
Figura 263

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Figura 264A Figura 264B

Figura 265

Figura 266A. Intestino com alteração Figura 266B. Sutura de colchoeiro,


de coloração, hemorragia mesentérica com eversão.
e trombose.

160
Figura 266C. Sutura interrompida Figura 266D. Sutura de Lembert
simples, em oposição. interrompida, com inversão.

Figura 266E. Oclusão com inversão,


em dupla camada (interrompida
simples + Lembert contínua).

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Dia do ciclo Figura 268

161
Figura 269

Figura 270A
Figura 271A. Achados retais.

Figura 271B. A laparotomia revela


ceco timpânico e grandemente
dilatado.

Figura 270B

162
Figura 273. Achados retais.
Figura 272

Figura 274B

Figura 274A

Figura 275

163
Figura 276. Côndilo medial, terceiro
osso metacarpiano (A); crista sagital, Figura 277A
terceiro osso metacarpiano (B); ápice
do osso sesamóide medial (C); plano
da fratura (seta).

Figura 277B

Figura 277C Figura 277D

164
Figura 278 Figura279.Fraturadeslocada (A);
cominução (B); linhas de desgaste
(seta).

Figura 280. Microfotografia de


corte do fígado de caso de
intoxicação pela planta tasneira,
mostrando a destruição de
hepatócitos e sua substituição
por tecido fibroso, que se cora de
verde (setas fechadas) e
megalocitose (setas abertas).
(Corante: trícromo de Masson;
ampliação x40.)

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Figura 282

Figura 283, Segundo osso carpiano (A);


faceta radial do terceiro osso carpiano (B);
ligamento intercarpiano dorsal medial (C);
membrana sinovial (D); superfície articular
dorsodistal do osso carpiano radial (E);
fratura em lasca (seta),

i Figura 284

166
Figura 285

Figura 287. Faceta radial do


terceiro osso carpiano (A);
fibrilação da cartilagem na
margem dorsal da lesão (B);
entrada para o defeito
subcondral (seta).

Figura 288. A faixa dorsal do ceco (»


leva à faixa antimesentérica do íleo e
sua faixa lateral (») tem
continuidade com a faixa lateral livre
do cólon ventral direito.

167
Figura 289A

Figura 289B

a. c. Figura 290

168
Figura 291. Amostras de
biópsias de membrana sinovial,
coletadas de vários locais na
articulação femoropatelar.

Figura 292

Figura 293. Tendão do flexor digital


profundo (A); Ramos medial e lateral
do tendão flexor digital superficial (B);
ligamento sesamóide reto (C).

169
Figura 294B

Figura 294A

Figura 294C

170
Figura 295. Laceração em toda a espessura da parede retal.

Figura 297A
Figura 296

Figura 297B

171
Figura 297C

Figura 297D

Figura 298A

Figura 298B

Figura 298C

Figura 298D

172
Figura 298E

Figura 298F

Figura 298G

Figura 298H

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Dias

174
Figura 30lA
Figura 300

Figura 30lE

Figura 30lC

Figura 302A

175
Figura 302B

Figura 303

Figura 304

Figura 305A Figura 305B

176
Figura 305C

Figura 305D

Figura 305E

Figura 305F

Figura 305G

Figura 305H

Figura 3051

177
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Figura 306A
Figura 306B

Figura 308

Figura 307

Figura 309

178
RESPOSTAS
As ilustrações para as Respostas estão retratadas na Seção de Ilustrações das Respostas,
nas páginas 159-182.

1 (a) Ocorreu fragmentação osteocondral da porção dorsoproximal da falange proximal


(Figura 260).
(b) Os principais diagnósticos diferenciais da fragmentação osteocondral da superfície
articular dorsoproximal da falange proximal são as fraturas em lasca por traumatismo, e a
osteocondrite dissecante.
(c) A porção dorsomedial da articulação é o mais comumente afetado.
(d) A localização da dor pela analgesia regional (nervos palmares e metacarpianos
palmares); ou, preferivelmente, a analgesia intra-articular. A avaliação do membro
contralateral. Ambos os principais diagnósticos diferenciais são frequentemente bilaterais.

2 (a) A Figura 2 mostra vista lateromedial; outras vistas a serem obtidas são: dorsoplantar,
oblíqua dorsolateral-plantaromedial e oblíqua plantarolateral-dorsomedial.
(b) Há fragmento ósseo distal às trócleas do astrágalo.
(c) O corpo ósseo é, provavelmente, um fragmento osteocondral, uma manifestação da
osteocondrose. Estes fragmentos podem originar-se da crista intermediária distal da tíbia,
caindo distalmente e ficando retidos na entrada da articulação talocalcâneo-centroquartal
(intertarsiana proxima!).
(d) Na ausência de distensão da cápsula articular tarsocrural (tibiotarsiana), é improvável
que o fragmento esteja associado à claudicação. Se o fragmento é a causa da claudicação, ela
deverá melhorar com analgesia intra-articular da articulação tarsocrural. Considerar o
bloqueio das articulações centrodistal (intertarsiana dista!) e tarsometatarsiana, lembrando
que a claudicação pode estar associada a articulação, sem qualquer anormalidade
radiográfica associada. Estes fragmentos, algumas vezes, ocorrem bilateralmente e,
portanto, poderá ter utilidade o exame radiográfico do tarso contralateral.
(e) A extremidade distal da tróclea lateral possui grande incisura.

3 (a) Deve-se suspeitar de corpo estranho traqueobrõnquico. Espinheiros ou sarças silvestres


são os corpos estranhos mais comuns, encontrados em cavalos; os espinhos atuam como
farpas, permitindo o movimento distal do espinheiro, mas impedindo que seja eliminado
pela tosse. A confirmação do diagnóstico depende da visualização endoscópica do corpo
estranho (Figura 261).
(b) A remoção do corpo estranho frequentemente não é possível no animal consciente. A
recuperação com a ajuda do endoscópio (sob anestesia gera) é geralmente bem-sucedida,
embora o espinheiro possa fragmentar-se no processo. Pode haver necessidade de
traqueotomia temporária, para que seja permitida a abordagem mais direta das vias
respiratórias inferiores. O tratamento com antibióticos é necessidade, visto que o corpo
estranho pode induzir ao surgimento de bronquite e/ou pneumonia localizada.

4 (a) O diagnóstico diferencial se compõe de: melanoma, melanossarcoma e sarcóide equino.


O diagnóstico baseia-se na avaliação histológica de biópsia.
(b) Para o melanoma, o prognóstico é excelente; para o melanossarcoma, há tendência para a
metástase e o prognóstico é sombrio a muito reservado (pode haver necessidade de
amputação da cauda); para o sarcóide, o prognóstico pode ser razoável a bom, mas a recidiva
é frequente, devendo ser levado em consideração o tratamento concomitante como a
criocirurgia, infiltração por BCG, etc.

179
5 (a) Este cavalo está afetado por colite aguda, provavelmente decorrente de salmonelose
aguda. A infecção por Salmonella está em geral associada a condição que produz tensão,
como o transporte, cirurgia recente ou antibioticoterapia. Um período de apatia, anorexia,
pirexia e leve cólica frequentemente precede em 4 dias o início da diarréia.
(b) O diagnóstico de salmonelose depende do isolamento do microrganismo (das fezes ou de
biópsia reta!). Pode haver necessidade de submeter várias amostras à cultura, visto que o
microrganismo é inconsistentemente eliminado pelas fezes, mesmo no período agudo da
moléstia. Em pequena porcentagem dos casos, o isolamento de salmonela pode apenas ser
possível de tecidos após a morte do animal. Frequentemente a hematologia revela
neutropenia absoluta no início do curso da afecção, mas este é sinal inespecífico.
(c) A consideração terapêutica mais importante é a reposição de líquidos e eletrólitos, o que
frequentemente depende de fluidoterapia intravenosa intensiva. O uso de agentes
antibióticos na salmonelose aguda é controverso; há pouca evidência sugeríndo que a
antibioticoterapia seja útil (a menos que haja possibilidade de septicemia). Protetores e
adsorventes intestinais, como o subsalicilato de bismuto, carvão ativado, caolim e pectina,
poderão trazer certo benefício.

6 (a) Bloqueio atríoventricular de segundo grau (Mobitz do tipo 11); contração atríal
ocasional (eletricamente indicada por onda P) sem contração ventricular subsequente
(complexo QRST); intervalo PR constante. Uma onda P bífida também está presente, mas
este achado não é considerado anormal no cavalo, não devendo causar irregularidade na
frequência de pulso (Figura 262).
(b) Colocar o cavalo para trotar ou exercitá-Io de alguma outra forma. O bloqueio cardíaco de
segundo grau é comum ente detectado em cavalos aptos, devendo-se a aumento do tono
vagal. Em situação de excitação, este bloqueio geralmente desaparece, não tendo significado
clínico na maioria dos animais.

7 (a) Este foi o caso de enterite proximal (anterior). Os principais diagnósticos diferenciais
são: febre, depressão em seguida à dor, leucocitose e líquido peritoneal com proteína total
superior a 30g/l, com baixa leucometria. O refluxo gástrico é abundante e algumas vezes tem
coloração laranja-acastanhada.
(b) A diferenciação entre a enterite proximal (anterior) e a obstrução estrangulada do
intestino delgado pode ser muito difícil e caso com estes sinais clínicos deve ser
hospitalizado, tão logo seja possível. Caso não haja certeza, poderá haver necessidade de
laparotomia (Figura 263). As medidas imediatas devem ser:
1. Descompressão do estômago, com a frequência que se faça necessária. Isto também
aliviará a dor.
2. Reidratação com solução balanceada de eletrólitos, administrada por via intravenosa.
3. Analgesia, p.expl., fenilbutazona ou xilazina. Flunixin meglumine está indicado por
causa de seus efeitos antiendotóxicos nos casos graves, mas devemos estar cientes que
este agente pode mascarar os sinais de choque séptico em fase de deterioração, se o caso
for, de fato, uma obstrução estrangulada.
Tratada clínica ou cirurgicamente, a enterite proximal (anterior) tem elevada taxa de
mortalidade. É essencial a monitoração cuidadosa, para que o distúrbio seja diferenciado da
moléstia intestinal estrangulada (que necessita de cirurgia imediata).

8 (a) A égua apresenta-se com perda da função da parte flexora do aparelho recíproco (que
normalmente garante a flexão do tarso, quando o joelho é flexionado). Isso deve-se à ruptura
do terceiro fibular (peronea!).
(b) A ruptura do terceiro fibular poderá ocorrer quando o animal se debate na tentativa de
soltar o membro preso, durante o esforço na partida de corrida, ou em decorrência de queda
num aparelho aplicado ao membro pélvico e que mantém o tarso em extensão.

180
(c) A menos que tenha ocorrido lesão concomitante no tarso, não será observada qualquer
anormalidade nas radiografias desta articulação.
(d) Em pequena porcentagem dos casos, a perda da função pode resultar da avulsão do
terceiro fibular, desde sua origem na fossa extensora da porção distolateral do fêmur. Nestes
casos, pode ser observado fragmento ósseo separado neste local.

9 (a) Provavelmente não.


(b) Timpanismo do diverlículo do tubo auditivo (DTA) (bolsa gutural) é a possibilidade mais
provável. Timpanismo bilateral pode também ser encontrado. A maioria dos casos está
associada a defeito do óstio (a) da DTA (bolsa gutural). Ainda que nenhum efeito evidente
seja frequentemente detectável, ele é uma falha do óstio em se abrir quando ocorre a
deglutição, a qual cria um efeito "válvula de uma via". O ar penetrado na bolsa (s) não pode
escapar e como há pequena restrição para a dilatação, desenvolve-se lateralmente
inflamação timpânica, progressiva.Empiema do DTA também deve ser considerado.
(c) Dispnéia inspiratória, corrimento nasal. Ambos os lados podem estar afetados.

.
10 (a)
No início do estro, os ovários comumente são palpados como estruturas irregulares, em
decorrência da presença de vários folículos pequenos (+2cm). À medida que o estro
progride, um ou mais folículos crescem, até atingir o diâmetro de 3,O-5,Ocm (comumente
3,5-4,Ocm) antes da ovulação. À medida que os folículos maturam, estas estruturas
tornam-se menos tensas e podem ficar amolecidas e bastante compressíveis,
imediatamente antes da ovulação. Comumente o estro termina 12-48 horas após a

. ovulação.
Durante a parte final do estro, o útero tem textura compressível, com paredes espessas,
em decorrência do edema intramural. A Figura 264A mostra o corpo uterino de égua no
estro. O útero foi submetido à incisão, para que fossem reveladas as pregas endometriais

. edematosas que estão presentes neste momento.


A cérvix está relaxada e edemaciada durante o estro; à palpação via retaZ, o órgão é macio
e indistinto. A fibrose da cérvix, ocorrente em éguas mais idosas, pode fazer com que a
cérvix seja pouco caracteristicamente percebida como estrutura dura e tensa.

.
(b)
Após a ovulação, o folículo colabado torna a preencher-se com sangue, para a formação do
corpo hemorrágico (CH); esta estrutura é comumente pouco menor que o folículo que a
precedeu, mas pode ser maior. Inicialmente a textura do CH pode ser similar à de um
folículo, com o qual pode ser confundido. O medida que o CH torna-se organizado e
invadido por tecido lúteo, ele se torna menor, com textura mais firme e é arrastado até o
interior do ovário (circundado por estroma). Por volta do quarto ao quinto dia após a
ovulação, comumente esta estrutura não é mais palpável. A Figura 264B exibe CH com 4
dias de idade num ovário de égua pônei; o tecido lúteo está desenvolvendo-se
perifericamente. Durante o repouso do diestro, podem ser detectados graus variáveis de

. crescimento folicular.
O aumento da dominância da progesterona faz com que o útero, agora não edemaciado,
torne-se menor e mais cilíndrico, em decorrência da contração do miométrio. Durante o
diestro normal, a textura palpável do útero, devido a esta alteração, é bastante variável;
mas, em geral, mais para o final do período de dominação da progesterona (14 dias após a
ovulação), diz-se que o útero adquiriu tono (textura firme, borrachosa, associada a forma

. tubular dos cornos uterinos).


A progesterona também provoca a contração da cérvix, que ocorre progressivamente
durante o início do diestro. Por volta de 5-7 dias após a ovulação, a cérvix está
palpavelmente firme, +7cm de comprimento e +lcm de diâmetro (a fibrose nas éguas
mais idosas pode mimetizar este efeito de textura). Depois da regressão do corpo lúteo
(CL), ocorre relaxamento gradual da cérvix.

181
.
(c)
o período de tempo em que ocorre a inatividade ovariana das éguas no inverno e
primavera é muito variável. Se o período é curto (1-2 meses), os ovários podem continuar
contendo pequenos folículos (palpáveis), em decorréncia da contínua liberação do
hormõnio estimulador dos folículos (FSH), e diz-se que a égua está em anestro "raso". Nos
períodos mais prolongados de quiescência ovariana (anestro profundo), os ovários são
percebidos completamente inativos (textura dura, forma regular similar a feijão, com

. fossa de ovulação facilmente palpável).


Independentemente do conteúdo folicular dos ovários em anestro, o útero passa a
apresentar-se com paredes muito delgadas, ficando indistinto (flácido) e sua localização

. pode ser difícil, quando da palpação.


A cérvix no anestro pode quase "desaparecer", em decorrência da falta de estimulação
hormonal; em seguida a cérvix torna-se um "anel" facilmente dilatável entre a vagina e o
útero. Por palpação retal, comumente o órgão está macio, sendo difícil sua diferenciação,
com relação aos tecidos circunjacentes. As cérvices de éguas em anestro são similares às
das éguas no estro, quando palpadas via retal, mas são muito diferentes, quando
palpadas ou visualizadas via vaginal.
(d) Diestro prolongado ocorre comumente em éguas, devido a falha na luteólise no momento

.
usual. Os aspectos palpáveis do trato tornam-se mais intensos, i.é:
Os ovários, embora contenham CL não palpável, tornam-se mais irregulares, em
decorrência do crescimento de muitos folículos até 2,O-2,5cm de diâmetro; frequentemente
o folículo pode tornar-se maior e, ocasionalmente, as ovulações ocorrem durante diestro

. prolongado.
O tono uterino pode aumentar, de modo que após diversas semanas, o tono pode

. assemelhar-se ao do início da gestação.


A firmeza palpável da cérvix também torna-se mais significativa, corno no início da
gestação.

11 (a) O põnei está mostrando salivação excessiva e refluxo de líquido contaminado por bile
e contendo material alimentar.
(b) O diagnóstico diferencial deve incluir as seguintes afecções: -
distúrbios gástricos
dilatação gástrica primária e secundária; obstrução do intestino delgado - p.expl. obstrução
intraluminal, hematoma ou edema intramural, alterações topográficas, p.expl. võlvulo,
herniação através de aberturas naturais ou patológicas ou intussuscepção; distúrbios cecais
- intussuscepção ileocecal ou cecocólica; obstruções funcionais - moléstia do capim, íleo
paralítico associado a peritonite, enterite proximal ou intoxicação pela tasneira, urna planta
tóxica. A disfagia, além do refluxo do líquido contaminado por bile num cavalo com cólica, é
fortemente sugestiva de moléstia aguda do capim. A salivação excessiva é sinal útil, porque
proporciona certa evidência de disfagia, que, na sua ausência, poderia ser de difícil detecção
durante o exame clínico de cavalo que não tentará comer ou beber.
(c) Sons intestinais reduzidos, distensão abdominal, taquicardia, sudorese "em manchas" e
tremores musculares finos. O reto pode conter pequenas cíbalas fecais recobertas de muco.
Ocorre firme compactação do cólon maior com o alimento corrugado, que é típica da
compactação secundária. Ocasionalmente, está presente distensão do intestino delgado.

12 (a) Vistas lateromedial, oblíqua dorsoproximal-palmarodistal e palmaroproximal-


palmarodistal.
(b) A vista na Figura 9A não é projeção lateromedial verdadeira e a exposição não é ideal
para a avaliação da definição corticomedular e nem para a estrutura do córtex do osso
navicular. Vistas repetidas não foram melhores que a ilustrada, e nem resultaram em novas
informações. A vista na Figura 9B mostra pelo menos seis zonas de transparência de formas
e dimensões variáveis ao longo da borda do osso navicular. Há modelagem da borda

182
proximal e margem lateral do osso navicular. A partir destas radiografias, não é possível a
obtenção do diagnóstico.
(e) Ocorreu mineralização no córtex flexor do osso navicular, na crista sagital e num local
ligeiramente medial a esta estrutura. A definição corticomedular é razoável e não há
evidência de esclerose medular.
(d) A Figura 9C exibe vista oblíqua palmaroproximal-palmarodistal, que é obtida com o pé a
ser examinado posicionando sobre o chassi, caudalmente ao pé contralateral com a
articulação do bole to estendida. O aparelho de raios-X é posicionado sob o abdômen do
cavalo, com o feixe centrado entre os bulbos do talão, em ângulo de aproximadamente 45°
com a horizontal.
(e) O Diagnóstico é: mineralização do córtex flexor do osso navicular; o prognóstico é
sombrio.
A Figura 265 ilustra amostra óssea cozida. O exame histológico do corte removida confirmou
a presença de osso novo na superfície flexora.

13 (a)
. Retirar o material córneo que sofreu a avulsão, da coroa. Poderá ser útil a sedação da

. égua e a realização de bloqueios nervosos palmares (sesamóides abaxiais).


Aplicar ferradura com barra e com grampos laterais, para que seja evitada a

. movimentação da muralha do casco.


Mantenha o animal ferrado, até que novo material córneo tenha crescido completamente.
É provável que isto leve 1 ano.
:b) Não, desde que não tenha ocorrido lesão na faixa coronáriapor si. Caso tenha ocorrido
lesão excessiva na faixa coronária, então o crescimento subsequente da muralha do casco
3erá anormal. Os casos não complicados respondem bem ao desnudamento da muralha e à
aplicação de ferradura corretiva, desde que não tenha ocorrido lesão laminar excessiva. O
prognóstico é bom para as finalidades reprodutoras, mas deve ser mais reservado para o
retorno das funções atléticas.
:c) Apenas até que o casco tenha crescido até o nível do solo.

Tabela 5. Aspectos clínicos do trato reprodutivo no diestro prolongado e na transição do


mestro para a estação reprodutiva.

Transição Diestro prolongado


::Jvários
Palpação Lobulados Lobulados
Ultra-som Muitos folículos Muitos folículos e corpos
Útero lúteos
Palpação Mole ou flácido Tônico (contraído e tubular)
Ultra-som Homogêneo ou edematoso Homogêneo
:::érvix
Palpação via retal Mole e indistinta Dura e cilíndrica
Palpação via vaginal Relaxada -a vagina pode Contraída, tônica e saliente
estar úmida - vagina seca
Exame com espéculo Pode haver ligeira hiperemia, Seca, pálida e projetando-se
edema e umidade para a vagina
:::oncentração de
progesterona plasmáticaa <Ing/ml >1 nglml

lEste teste pode ser necessário, no caso de clínicos inexperientes.


'Iota: A fibrose da cérvix em éguas idosas pode produzir aspectos palpáveis similares, via
-etal, aos ocorrentes no diestro.

183
14 Não há estado na égua que possa ser realmente denominado "ovários císticos" e termos
como "císticos de toque" etc., são utilizados pelas pessoas com pouco conhecimento da
biologia reprodutiva das éguas. O termo "cístico" implica na presença e persistência de
estruturas morfologicamente anormais, que podem ínterferir com o comportamento
reprodutivo normal do animal; tais estruturas não ocorrem na égua.
As condições que, por uma razão ou outra, podem ser erroneamente referidas como
"ovários císticos", são:
o Cistos parovarianos: pequenos cistos na superfície do ovário, mesossalpinge ou fímbria.
Estas estruturas são remanescentes dos ductos de Wolff e acredita-se que qualquer
interferência com a fertilidade é extremamente rara. Muitos destes cistos têm menos de
1,5cm de diâmetro, mas podem ser palpados ou detectados pela varredura ultra-
sonográfica.
o Folículos persistentes, em decorrência de influência sazonal. Durante a transição do
anestro para o comportamento cíclico, frequentemente ocorre período prolongado (de até 2
meses ou mais), quando os folículos são estimulados a crescer nos ovários, mas não se
tornam suficientemente maduros para a ovulação. Pela palpação e pela ultra-sonografia,
os ovários contém muitos folículos com 2cm de diâmetro e são percebidos como estruturas
lobuladas. Visto que exames sequenciados revelam aspecto similar (ainda que alguns
folículos venham a se tornar atrésicos, e substituídos por outros) nos ovários, podemos
supor que a natureza aparentemente estática dos ovários ocorreu em virtude de lesão
inerente. Contudo, os ovários não estão produzindo folículos ovulatórios, devido a uma
atividade insuficiente da pituitária - todos os folículos nos ovários estão normais, mas
num estado de interrupção do desenvolvimento. Nenhuma destas estruturas têm aspecto
histológico anormal e não são cistos.
o Diestro prolongado.A persistência do corpo lúteo por 3 meses ou mais é relativamente
comum na égua; isto ocorre após estro e ovulação normais, sendo causado por defeito no
mecanismo luteolítico em éguas (tanto as que são cobertas como as que não são). O
desenvolvimento de pequenos folículos «2cm) é comum durante o diestro normal, embora
ocasionalmente sejam encontrados folículos maiores. À medida que prossegue o diestro,
forma-se número progressivamente maior de folículos com 2-4cm, e os ovários tornam-se
irregulares e lobulados, podendo ser palpados como se estivessem "císticos". Esta condição
pode ocorrer em qualquer época do ano e os aspectos que a diferenciam das estruturas de
transição sazonal estão relacionados na TabeZa 5.
o Tumores das células da granulosa apresentam cavidades "císticas" patológicas, e sua
discussão está na Questão 95, bem como duas condições muito raras que não interferem
com a atividade cíclica normal do outro ovário.
o Ocasionalmente, cistos muito pequenos (2-5mm) têm sido encontrados na área da fossa
ovulatória de éguas idosas; acredita-se que estas estruturas se formem por fragmentos
das fímbrias que foram incluídos no ovário pelos corpos hemorrágicos em
desenvolvimento. É possível que, quando estas estruturas estão presentes em grandes
quantidades, possam interferir fisicamente com a ovulação. Estes pequenos cistos não são
palpáveis via retaZ, e não foram caracterizados ultra-sonograficamente.

15 (a) Os diagnósticos diferenciais da inflamação escrotal num cavalo castrado são: cordão
cirrótico, abscesso de sutura, edema, extremidades císticas (a hérnia inguinal no cavalo
castrado, não associada ao procedimento imediato de castração, é extremamente rara).
(b) Cordão cirrótico - lesão botriomicótica associada a infecção estafilocócica de baixa
intensidade, resultando em micro-abscedação e no desenvolvimento abundante de tecido
fibroso.
(c) Claudicação do membro pélvico, atrofia muscular, linfonodos inguinais aumentados
(palpados via retaZ), neutrofilia com desvio para a esquerda, aumento das concentrações
plasmáticas de proteína total e fibrinogênio.

184
(d) Dissecção cuidadosa e excisão cirúrgica radical do tecido fibroso doente. Este
procedimento deve ser precedido por curso de 10 dias de antibióticos, na tentativa de reduzir
as dimensões da lesão. O tratamento pós-operatório envolve a irrigação diária da ferida;
será permitido que a ferida se feche por processo de cicatrização por segunda intensão.
(e) O prognóstico depende da ressecção completa do tecido doente, antes que a infecção
ascendente envolva a cavidade abdominal.

.
16 (a) Hematoma etmoidal progressivo.
Coagulopatias associadas ao tratamento com varfarina ou por outras causas, como a
insuficiência hepática crônica, deficiências específicas de fatores da coagulação ou

..
trombocitopenia.
Pólipos nasais, varicosidades nasais.
Erosões dos vasos sanguíneos no interior do divertículo da trompa auditiva (DTA)
ipsilateral (bolsa gutural).

.
(b)
Avaliação precisa dos mecanismos da coagulação, inclusive a avaliação da função

.. plaquetária.
Radiografia (incidências lateral e dorsoventral ou ventrodorsal).
Endoscopia.
O objetivo primário consiste no estabelecimento do local onde está ocorrendo a perda de
sangue e, a partir daí, serão estabelecidas as causas possíveis. Diáteses hemorrágicas são
raras no cavalo e, provavelmente, devem estar associadas a outros locais de sangramento,
mas neste caso pode ter havido envolvimento com a administração de varfarina.
Radiograficamente, o hematoma etmoidal pode ser observado como lesão radiopaca
nitidamente visível nas projeções lateral e ventrodorsal, rostralmente ao osso turbinado
etmóide. Endoscopicamente, as lesões surgem, em geral, como massas amarelo-esverdeadas
ou escuras bem definida, na cavidade nasal caudal. As lesões podem ser pequenas, mas
comumente são extensas e podem progredir até dimensões consideráveis, quando ambas as
narinas ficam envolvidas. Pode ocorrer dispnéia séria. A micose do DTA (bolsa gutural) e
pólipos nasais, varicosidades nasais e outros pequenos focos hemorrágicos podem ser
identificados positivamente pela endoscopia. A angiografia pode ter utilidade na avaliação
da micose do DTA.

17 (a) Os sinais clínicos e a história clínica são altamente sugestivos de ciatostomíase larvar.
Os estágios larvais de pequenos estrôngilos (ciatostomos) são capazes de encistar no interior
da mucos a do ceco e cólon, onde podem permanecer, em grande número, por longos periodos;
neste estado, estas larvas parecem estar protegidas da ação dos anti-helmínticos de rotina.
Sob certas circunstâncias, as larvas podem emergir em massa, causando lesâo na mucosa e
estimulando reação inflamatória grave, que resulta em diarréia e em enteropatia perdedora
de proteína. A moléstia afeta mais comumente cavalos adultos jovens durante o inverno e a
primavera e, algumas vezes, o problema ocorre vários dias depois de a vermifugação de
rotina com anti-helmíntico.
O exame retal e leve raspado da mucosa frequentemente revelam numerosas larvas de
ciatostomos. Visto que a moléstia está associada a larvas de estrôngilos, a contagem de ovos
de vermes nas fezes pode ser nula. As alterações hematológicas são inespecíficas.
Frequentemente a avaliação bioquímica demonstra hipo-albuminemia e elevação de bl-
globulinas. A confirmação precisa do diagnóstico é apenas possível com biópsia da parede
intestinal, mas os achados acima são geralmente considerados satisfatórios para que seja
firmado o diagnóstico. É improvável que o isolamento de salmonelas tenha significado
clínico neste caso, não necessitando de tratamento específico, embora devam ser instituídas
medidas de higiene, para que não ocorra a disseminação do microrganismo para outros
cavalos ou seres humanos. Quando o problema primário for resolvido, provavelmente a
eliminação de salmonelas cessará.

185
(b) o tratamento deve consistir do uso repetido de anti-helmínticos larvicidas (p.expl.,
ivermectin 200ug/kg ou fembendazol 30mg/kg); devemos considerar a possibilidade de
resistência dos ciatostomos ao benzimidazol. Frequentemente terá utilidade o tratamento
concomitante com corticosteróides, para o controle da inflamação das mucos as. A
fluidoterapia e a administração de eletrólitos, algumas vezes, far-se-ão necessárias, caso o
animal esteja gravemente desidratado.

18 (a) Os meios clínicos de avaliação da viabilidade intestinal são:


o Coloração e aspecto da parede intestinal.

o Coloração do mesentério e pulsação dos vasos mesentéricos.


o Presença da motilidade intestinal.
o Coloração e aspecto da mucosa, inspecionados através de incisão de enterotomia.
A necessidade de ressecção fica indicada por:
o Intestino com alteração da coloração, espessado ou edematoso, e o não retorno da
coloração rosada normal da parede intestinal após a correção da lesão estrangulada
(Figura 266A).
o Hemorragía e trombose dos vasos mesentéricos (Figura 266A).
o Não retorno do peristaltismo normal e o surgímento de alças intestinais dilatadas, vazias,
flácidas, parecidas com tubo flexível, após a descompressão.
o Mucosa vermelha-escura ou enegrecida, indicando esfoliação e a ausência de
sangramento no local da incisão de enterotomia.
Visto que a avaliação clínica baseada nestes critérios não é uniformemente confiável,
atualmente estão sob investigação técnicas alternativas para uso intra-operatório no cavalo
(fluoresceína sádica intravenosa, mensurações por Doppler do fluxo intramural).
Em casos duvidosos, o cirurgíão não deve hesitar em promover a ressecção de algum
segmento normal do intestino para que não haja o risco de deixar segmento de intestino
comprometido no organismo.
(b) Na prática cirúrgíca, ambas as técnicas têm seus defensores e, raramente, os problemas
relacionam-se à técnica utilizada. A técnica término-terminal é tecnicamente mais fácil de
realizar e gasta menos tempo. A técnica látero-lateral permite a seleção de estoma maior,
mas o acúmulo de ingesta na bolsa cega da anastomose pode levar à estase e necrose.
(c)
o Padrões de sutura com eversão (Figura 266B) não são aceitáveis, visto que a mucosa
evertida forma núcleo para inflamações, infecções, abscessos, aderências e peritonite.
o Suturas opostas (Figura 266C) teoricamente resultam no melhor alinhamento e
produzem cicatrização primária rápida. Contudo, estas suturas aumentam o potencial de
formação de aderências em até 50%.
o Suturas invertidas (Figura 266D) causam menos aderências, mas a cicatrização sofre
retardo, por causa do alinhamento anatõmico deficiente. A inversão da parede intestinal
pode comprometer o diâmetro intraluminal, resultando em estenose. Na prática, estas
considerações não parecem traduzir-se em problemas.
o Uma oclusão em dupla camada, composta de uma camada interna em oposição e uma
camada seromuscular externa em inversão (Figura 266E) é forte, pode ser
adequadamente vedada e causa o mínimo de aderências. Visto que apenas uma das
camadas é invertida, a redução do diâmetro luminal é mínimo.
O uso de técnicas de inversão ou de oclusão em dupla camada é aconselhável nos casos de
anastomose intestinal no cavalo.
(d)
o Materiais de sutura absorvíveis multifilamentares sintéticos (ácido poliglicólico e
poliglactina 910) são comumente utilizados para a oclusão intestinal no cavalo.
o O categute crõmico provoca resposta inflamatória celular indesejável e está sujeito à
degradação proteolítica.

186
. Materiais monofilamentares
manusear, pois se dobram.
não possuem capilaridade, mas são mais difíceis de

(e) A eversão da mucosa obtida com esta técnica resulta numa formação intensa de
aderências e também na formação de constrição, associadas à cólica pós-operatória.

19 (a) O murmúrio é indicativo de regurgitação da tricúspide. O estudo de fluxo colorido


demonstra jato de sangue no átrio direito durante a sístole.
(b) O murmúrio foi achado acidental e o cavalo continua a ter desempenho satisfatório. O
murmúrio apenas era audível numa área localizada. O mapa do fluxo de cores revela o jato
estreito numa área localizada do átrio direito, nas proximidades da válvula tricúspide. A
válvula tricúspide não parece estar espessada. Todos estes fatores indicam que o murmúrio
tem significado limitado; contudo, há necessidade de informações complementares. A
frequência cardíaca do cavalo em repouso deve ser conhecida. O aspecto das veias jugulares
e o grau de pulsação da jugular devem dar indicação da pressão atrial direita. A resposta do
coração ao exercício deverá ser determinada. Seria de utilidade examinar o videotape do
estudo ultra-sonográfico, para que seja obtida a visão nítida da válvula tricúspide e seu
movimento. Deve ser feita a avaliação das dimensões do ventriculo direito e também teria
utilidade o estudo Doppler para que seja determinada a velocidade do jato regurgitante, pois
esta informação daria a indicação do gradiente de pressão entre o ventrículo e o átrio
direitos.
(c) É improvável que leve regurgitação da tricúspide afete O desempenho do animal,
enquanto cavalo de "dressage"lde preparo). Há poucos dados disponíveis acerca da
progressão deste distúrbio, embora se saiba que alguns cavalos continuem a ter bom
desempenho, sem que ocorra deterioração no funcionamento valvular. Não há evidência de
espessamento das válvulas neste caso, o que poderia indicar distúrbio progressivo.

20 (a) Peritonite. A ruptura do trato gastrintestinal é causa comum de peritonite, mas


poucos cavalos sobrevivem por mais que algumas horas. Deve ser feita busca muito
cuidadosa, para outras causas, p.expl. infarto intestinal após ao trombo-embolismo das
artérias mesentéricas, obstrução estrangulada do intestino (improvável nos casos crônicos),
penetração intestinal por corpo estranho, abscedação, lesão ao trato reprodutivo e
enfermidade sistêmica.
(b) A análise do líquido peritoneal é o único parãmetro diagnóstico confiável para a
peritonite. Mesmo este material pode ser de difícil obtenção, caso a lesão esteja
"emparedada"lbarrada. Esfregaços de líquido peritoneal devem ser examinados em busca de
bactérias, sendo realizada cultura bacteriológica. Pirexia persistente e dores parietais (que
se manifestam por proteção ao abdõmen) são dois sinais clínicos mais úteis e, em alguns
casos, o reto é percebido como se estivesse sendo apertado pelos tecidos circunjacentes. Pode
ser observada ampla variedade de sinais clínicos: perda de peso, diarréia e, mesmo, refluxo
gástrico. A ultra-sonografia e/ou a laparoscopia podem ser procedimentos diagnósticos úteis.

.
(c)
Antibióticos. Grandes doses por longos periodos (7 dias a 1 mês) de antibióticos de amplo

. espectro são essenciais; p.expl. trimetoprimlsulfadioxina


Medicamentos antiinflamatórios
e penicilina, em combinação.
não-esteróides e analgésicos como a fenilbutazona ou o

.. flunixin meglumine.
Fluidoterapia intravenosa, administrada em caso de necessidade.
A lavagem peritoneal ocasionalmente pode trazer algum auxílio, mas com frequência não

. é medida recompensadora, além de produzir tensão no animal.


Os anti-helmínticos serão apropriados nos casos em que se pensa haver envolvimento de

. vermes.
A laparotomia pode ser medida necessária, caso esteja ocorrendo obstrução intestinal ou
lesão palpável que possa ser operável.

187
21 (a) Hipersensibilidade a Culicoides, infestação por Oxyuris ou ácaros da sarna psoróptica.
(b) Carcinoma epidermóide dos lábios vulvares e clitóris.
(c) A ablação total do clitóris foi bem-sucedida, não havendo recidiva em 5 anos.

22 A amostra A parece ser líquido sinovial de coloração normal e transparente, com traços
de sangue fresco e vivo. Isto é indicativo de hemorragia iatrogênica durante a coleta. A
amostra B está xantocrômica, opaca e tem espuma proteinácea na superfície. Isto é
altamente indicativo de infecção sinovial.
A articulação da qual foi obtida a amostra A não necessita de maior atenção por si. O caso
B deve receber atenção urgente, para que a articulação seja mantida funcionante. Esta
atenção pode se compor de: lavagem, debridamento artroscópico e lavagem ou artrotomia e
lavagem, em combinação com antibioticoterapia sistêmica agressiva. O uso de antibióticos
intra-articulares é atualmente considerado injustificável pela maioria, embora evidência
recente tenha apoiado seu uso. Os resultados das determinaçôes laboratoriais
(principalmente citologia, concentração de proteínas e investigaçôes bacteriológicas)
ajudarão na avaliação do caso, mas não devem retardar seu tratamento.

23 (a) Vistas dorsoplantar, lateromedial, oblíqua dorsolateral-plantaromedial e oblíqua


plan tarolateral-dorsomedial.
(b) Uma vista lateromedial é observada na Figura 19A. Há sugestão de grande formação de
osteófitos na porção dorsoproximal do terceiro osso metatarsiano, com linha de
transparência horizontal atravessando a estrutura. O terceiro osso tarsiano parece estreitar-
se em direção proximodistal, aproximadamente lcm plantar ao seu aspecto dorsal. Vista
oblíqua plantarolateral-dorsomedial é observada na Figura 19B. As observaçôes acima são
confirmadas. -
(c) Uma vista oblíqua dorsolateral-plantaromedial (D 80oL-PIMO) deve ajudar no
isolamento da formação de osteófitos (Figura 267).
(a) Analgesia intra-articular da articulação tarsometatarsiana. A claudicação melhorou de
maneira muito substancial.
(e) É provável que a formação de osteófitos tenha-se desenvolvido secundariamente à
malformação do terceiro osso tarsiano. Esta última ocorrência pode ter-se devido a
ossificação incompleta do osso por ocasião do nascimento e sua subsequente compressão ou
possivelmente osteocondrose.

..
24 (a)
Corrimento vulvar, especialmente ao final do diestro e 24 horas após a cobertura.

.. Conformação sugerindo pneumovagina.


Ouve-se a égua aspirando ar pela vagina.
Observação de exsudato na vagina durante o exame com o espéculo; caso esteja

. espumoso, suspeita-se de pneumo-vagina.


Ciclos estrais curtos sugerem endometrite; a inflamação parece estimular a liberação
prematura de prostaglandina pelo útero e a regressão precoce do corpo lúteo (CL) (Figura
268). Se isso irá refletir, ou não, numa redução global da duração do ciclo (19 dias ou
menos), vai depender da duração da fase folicular. Entretanto o retorno ao estro em
menos de 16 dias após o final do estroem anterior sugere fase lútea curta. Éguas com
lesão endometrial grave e endometrite crônica podem ter longos ciclos (Lé, CLs
persistentes).
. Se testes de rotina para endometrite não são realizados, a não-concepção, por parte da
égua, após uma coberturas em dois periodos estrais sucessivos por garanhão fértil,
justificará uma investigação.
(b)Apalpação do útero pode revelar a presença de grande volume de exsudato; o acúmulo
crônico de pus ocorre comumente porque há lesão cervical (aderências ou estenose), que
impede ou restringe gravemente a eliminação do pus. Comumente as éguas afetadas cicIam
normalmente ou têm ciclos curtos, especialmente nos estágios iniciais.

188
. A ultra-sonografia do útero pode revelar líquido no lúmen do órgão. No início do estro,
pequenas quantidades de líquido são provavelmente normais, mas podem indicar que a
égua pode sofrer problemas para eliminar os líquidos após a monta. Grandes quantidades
de líquido turvo, especialmente após a monta e durante a fase lútea, indicam ser provável
a ocorrência de endometrite. Deve ser tomada precaução para de diferenciar o líquido no
lúmen uterino da urina na bexiga; este último líquido pode ter aspecto muito variável,
podendo ser totalmente transparente (negro), repleto de sais de cálcio (branco) ou

. demarcado em padrões envolvendo ambas as possibilidades acima.


Coleta de material com esfregaço intra-uterino. Um método protegido é recomendável,
para que não ocorra a contaminação do esfregaço. Após a coleta, o material deverá ser
plaqueado para a cultura de rotina (ágar-sangue e ágar-MacConkey) e pode também ser
semeado para organismos micro-aerófilos (Taylorella equigenitalis) e anaeróbios. Também
deve ser feito esfregaço para uma lãmina de microscopia, sendo em seguida corado por
qualquer método utilizado para os esfregaços sanguíneos; a presença de neutrófilos
sugere endometrite e a presença de células epiteliais endometriais (cubóides ou

. colunares) confirma ter sido obtida amostra endometrial.


Biópsia do endométrio. Células inflamatórias nos tecidos denotam inflamação. Os
neutrófilos sugerem inflamação aguda e linfócitos e eosinófilos sugerem problemas
"crõnicos".

.
(c)
Nos casos em que a pneumovagina se constitui em problema, devem ser utilizadas as

. operações de Caslick ou Pouret.


Para que seja evitada a contaminação durante a monta, a inseminação artificial (AI) pode
ser utilizada em éguas não-puro-sangue. A diluição do sêmen em um meio contendo
antibióticos deverá reduzir significativamente o crescimento bacteriano , mas este
procedimento nem sempre é totalmente bem-sucedido. Em Puros-Sangue Inglês, em que
não é permitida a LA., tem sido utilizada a técnica de contaminação mínima: o volume de
200ml de diluidor de sêmen, incluindo antibióticos, é depositado no útero imediatamente
antes da monta natural. Então, o ejaculado encontra o meio antibiótico e, teoricamente, é
suprimido o crescimento bacteriano. Os resultados desta técnica são duvidosos. Após o
parto, a contaminação do útero em involução tem sido reduzida pela sutura da vulva, ou
pela aplicação de grampos metálicos (de Michel) através do orifício dorsal.
(d) Há tantos métodos utilizados no tratamento da endometrite, que poderão ser discutidos

.
apenas alguns princípios gerais.
Onde a endometrite crõnica esteja estabelecida em éguas vazias, pode haver necessidade
de repetidas irrigações com solução salina, através de cateter de Foley, para a remoção do
pus espessado; em seguida, antibioticoterapia.
. Comumente a endometrite do pós-parto está associada a retenção da placenta. A irrigação
com solução salina (introdução e subsequente sifonamento) deve ser realizada pelo menos

. uma vez por dia, seguida da instilação intra-uterina de antibióticos.


Em sua maioria, os esforços são direcionados para que seja evitado o estabelecimento, no
útero, das bactérias (que são inevitavelmente introduzidas durante a monta). Portanto, os
tratamentos são efetuados após a monta, e as interferências uterinas podem ser
praticadas com segurança por 3 dias após a ovulação (o ovo fertilizado não atinge o útero
até o 5° dia). Isto envolve a instilação de antibióticos no útero, após a cobertura. Visto não
haver tempo para a coleta de amostras para a identificação de bactérias e realização de
testes de sensibilidade aos antibióticos, comumente são utilizadas combinações de amplo
espectro. Estas preparações são: penicilina (para estreptococos) e antibióticos com
probabilidade de eliminar os microrganismos Gram-negativos e anaeróbios
(estreptomicina, neomicina, framicetina, nitrofurantoína, gentamicina e polimixina).
A dose e volume do veículo ( solução salina ou água) empregados variam muito, mas, em
geral, vale a pena notar que efetivamente pequenos volumes penetram satisfatoriamente no
lúmen e grandes volumes podem estimular o refluxo via vaginal.

189
Substâncias não-antibióticas, p.expl. anti-sépticos diluídos, peróxido de hidrogênio, etc.,
também foram utilizados no tratamento da endometrite bacteriana.

25 (a) O controle das convulsões (usando diazepam, fenobarbital, fenitoína ou a combinação


destes medicamentos) é a preocupação mais imediata. Outras considerações importantes
são: proteção do potro, para o traumatismo auto-induzido, particularmente nos olhos,
fornecimento de suplementação de oxigênio, redução da temperatura corporal (álcool, água
gelada, ventiladores e, possivelmente antipiréticos).
(b) Hemograma completo e fibrinogênio (para atender à possibilidade das convulsões
relacionadas à infecção), e determinação da glicemia, eletrólitos (sódio, potássio, cálcio,
cloreto e bicarbonato, inclusive COz total) e IgG.
(c) Síndrome do malajustamento do neonato, traumatismo, infecção, anormalidades dos
eletrólitos, malformação congênita, insuficiência hepática, intermação.
(d) Bom (>80%) para a recuperação completa (sem deficiências residuais) da síndrome do
malajustamento do neonato, desde que os níveis de IgG estejam satisfatórios, as convulsões
tenham sido controladas imediatamente, e que haja possibilidade de cuidados auxiliares 24
horas por dia, durante os primeiros dias de vida.

26 (a) Não, pode ser observada atrofia óptica.


(b) Disco óptico pálido, com ausência de vasos sanguíneos, juntamente com áreas de
degeneração retiniana.

27 (a) Vistas lateromedial, oblíqua dorsoproximal-palmarodistal e oblíqua palmaroproximal-


palmarodistal.
(b) Há pelo menos sete zonas de transparência com formas e dimensões variáveis ao longo
da borda distal do osso navicular. Há ligeira modelagem da borda proximal do osso.
(c) Há considerável controvérsia girando em torno da interpretação de radiografias do osso
navicular, especialmente destas zonas de radio transparência. Geralmente, aceita-se que até
sete zonas de transparência possam estar dentro da variação normal, dependendo, até certo
ponto, de seu tamanho e forma. O aumento no número e/ou tamanho destas zonas de radio-
transparência, invaginações sinoviais, poderá refletir a resposta vascular do osso que
acompanha a modelagem adaptativa, ocorrente tanto em cavalos sadios quanto em animais
claudicantes. Deve ser obtida informação adicional a partir das incidências lateromedial e
oblíqua palmaroproximal-palmarodistal, que (neste caso) estavam dentro da faixa de
normalidade. Também poderá ter utilidade a radiografia da extremidade distal do membro
contralateral (que tinha aspecto similar). Estes achados radiográficos são considerados como
de significado clínico improvável.
A claudicação associada à moléstia do navicular é comumente, mas não invariavelmente,
melhorada (ou eliminada) pela analgesia perineural dos nervos digitais palmares, e aliviada
pelos bloqueios dos nervos palmares (sesamóides abaxiais). O padrão de claudicação neste
cavalo não é típico de moléstia do navicular.

.
(d)
O exame ultra-sonográfico dos tecidos moles palmares da região da quartela. (O tendão
flexor digital profundo estava aumentado de volume, mas havia ecogenicidade normal

.. nesta área.)
Analgesia intra-articular da articulação interfalangiana
Analgesia da bolsa navicular. (Negativa.)
distal. (Negativa.)

O exame necroscópico confirmou o diagnóstico de lesão do tendão flexor digital profundo


(Figura 269).

28 (a) Se a claudicação deste animal não respondeu aos bloqueios dos nervos digitais
palmares, provavelmente não está sofrendo de afecções que poderiam causar dor palmar na
extremidade distal do membro, p.expl. a moléstia do navicular, fraturas do navicular,

190
fratura da cartilagem alar da falange distal, ou calos. Também é possível que o animal
tenha respondido apenas parcialmente a bloqueio do nervo digital palmar. Caso este seja o
caso, o animal ainda pode estar sofrendo da moléstia do navicular, pois nem todos os casos
de moléstia do navicular respondem totalmente aos bloqueios do nervo digital palmar.
Alternativamente, o animal pode apresentar a combinação de moléstia do navicular e de
alguma outra causa de claudicação.
(b) Os nervos palmares estão sendo bloqueados a nível dos ossos sesamóides proximais. A
isto denomina-se bloqueio do nervo sesamóide abaxial.
(c) É provável que o clínico realize bloqueio de quatro pontos, bloqueando os nervos
palmares e os nervos metacarpianos palmares acima do nível do boleto ou a analgesia intra-
articular da articulação metacarpofalangiana (boleto). Não há sentido em prosseguir com a
tentativa de obtenção de imagens de lesão, até que tenha sido estabelecido o local da dor!

29 (a) Ptose, corrimento ocular catarral/purulento, queda da orelha esquerda e flacidez do


focinho esquerdo e lábio ipsilateral.
(b) Paralisia facial.
(c) A duração dos sinais e a presença/ausência de fatores complicantes como a lesão ao
tronco simpático cranial. A eventração completa do nervo pode resultar em alterações
permanentes, mas a contusão e inflamação locais podem desaparecer, com o retorno ao
funcionamento normal.

30 (a) O diagnóstico diferencial foi: infecção crônica das vias respiratórias superiores e seus
linfonodos associados e neoplasia. Os aspectos clínicos são típicos da forma multicêntrica do
linfossarcoma. Raramente as infecções crônicas resultam em tumefações nodulares da
mucosa da faringe/laringe; em contraste, estas tumefações são relativamente comuns nos
casos de linfossarcoma multicêntrico.
(b) O exame hematológico pode não ser de ajuda na diferenciação entre os distúrbios
infecciosos e neoplásicos; leucocitose, neutrofilia e hiperfibrinogenemia são comuns em
ambos os distúrbios. A confirmação do diagnóstico dependerá da biópsia de linfonodo
aumentado de volume e/ou massa na mucosa.

..
31 (a)
Debridar o tecido desvitalizado e lavar completamente a ferida.
Fazer curativo na extremidade distal do membro, até que se tenha estabelecido o leito de

. tecido de granulação.
Aparar o tecido de granulação, para que se forme um leito uniforme com 2-4mm de

. profundidade.
Medicar durante 2-3 dias com compressas embebidas em iodoporidine, para que a

. contaminação bacteriana seja reduzida a nível muito baixo.


Aplicar enxerto de pele.

.
(b) Ocasionalmente, os sítios doadores produzem pêlos ou manchas brancas.
Usar, como local doador, a parte situada abaixo da crina (com a permissão do

. proprietário).
Usar pele do ventre, mas lembrar-se que os pêlos crescerão muito, ficando excessivamente
longos, quando o enxerto for proveniente desta área.

32 (a) Encarceramento nefrosplênico (deslocamento dorsal esquerdo) do cólon maior.


(b) Laparotomia na linha mêdia e recolocação cirúrgica do cólon esquerdo deslocado. Caso
esteja presente distensão ou compactação do cólon, os cólons esquerdos dorsal e ventral são
evacuados, antes de qualquer redução.
(c) Foi desenvolvido tratamento alternativo, sem laparotomia. O cavalo é colocado em
decúbito dorsal, com os membros pélvicos fixos e elevados por um guincho. Este
procedimento faz com que o grande cólon "caia" para a frente. Em seguida, o cavalo é

191
abaixado sobre seu lado esquerdo e girado manualmente sobre seu esterno e, em seguida,
sobre seu lado direito. Esta manobra oferece chance significativamente elevada de resolução
espontânea.
(d) O prognóstico é bom, desde que a correção seja realizada imediatamente. A lesão
localizada na parede intestinal e a formação de aderências são complicações raras. Não foi
relatada a ocorrência de recidiva.
(e) O deslocamento ventral do baço e o subsequente ingurgitamento do órgão podem resultar
numa punção acidental direta do baço, produzindo sangramento vivo.

33 (a) Originalmente, acreditava-se que a necessidade de proteína aumentava pouco ou


nada com o exercício. Contudo, o suor contém por volta de 1-1,5g de nitrogêniolkg, e foi
demonstrado o aumento aparente na retenção do nitrogênio em cavalos de trabalho.
Portanto, pode ser preferível o cálculo das necessidades de proteína por unidade de energia
fornecida no alimento. Isto significa que, com a maior ingestão necessária para que sejam
atendidas as demandas de energia, o aumento proporcional na ingestão de proteína irá
atender a estas exigências. Para os animais mais jovens, ocorre aumento na necessidade de
proteína, para o crescimento. Estas considerações levaram o "National Research Counci!"

.
(NRC), em 1989, a fazer as seguintes recomendações:
40g de proteína bruta (PB)lMcal de energia digerivel (ED)(5g de proteína bruta digerível

.. (PBD)IMJ de ED) para a manutenção e para o exercício.


50g de PBlMcal de ED para os animais desmamados.
45g de PBlMcal de ED para os animais sobreanos.
(b) Há alguma controvérsia sobre o efeito do excesso de proteína; alguns pesquisadores
sugerem não haver efeitos prejudiciais ou benéficos no desempenho, enquanto que outros
sugerem a possível ocorrência de fadiga precoce nos cavalos de resistência. Foi sugerido que
a ingestão de mais que 2g de PBDlkg de peso corporal/dia deve ser evitada, devido aos
possíveis efeitos na ingestão de água e nos níveis plasmáticos de uréia e amônia. Níveis
elevados de proteína também podem afetar as perdas renais de fósforo e cálcio, embora este
ponto de vista seja objeto de discussão.
(c) A qualidade e natureza da proteína nos alimentos são muito importantes, especialmente
no cavalo em crescimento. O local de absorção da proteína é também importante. (As
proteínas digeri das no intestino delgado têm maior probabilidade de serem absorvidas como
aminoácidos, enquanto que as proteínas que atingem o intestino grosso provavelmente
resultarão na absorção de amônia.) A digestibilidade das proteínas também varia, não
somente com a fonte protéica, mas também com a concentração na dieta e, possivelmente,
com o exercício, p.expl. o aumento da relação concentrado/feno para 1:1 pode causar
aumento na digestibilidade protéica, mas, de fato, relações muito elevadas podem reduzir a
digestibilidade. O exercício leve, ou talvez o melhor condicionamento melhorado, resultante
deste tipo de exercício, poderá aumentar a digestibilidade protéica. Os cavalos são dos
poucos animais domésticos para os quais não foram estabelecidas as necessidades
nutricionais de aminoácidos. Boa parte do trabalho tem-se concentrado na lisina, que,
segundo foi demonstrado, é o aminoácido mais limitante nas dietas típicas dos cavalos. Os
cereais tendem a ter perfil relativamente deficiente de aminoácidos; foram recomendados
níveis de 2,1,1,9 e 1,7g/Mcal de ED/dia respectivamente para animais desmamados,
sobreanos e de 2 anos (NRC, 1989). Treonina pode ser o segundo aminoácido limitante para
os cavalos sobreano principalmente submetidos a sistemas de criação baseados em
forrageiras. O fornecimento de quantidades relativamente pequenas (por exemplo, cerca de
250g) de flocos integrais de gordura de soja pode ajudar a aumentar a qualidade da
proteína, sem que seja aumentada significativamente a quantidade de proteína fornecida.
(d) Fontes alternativas de nitrogênio não protéico, como a uréia, foram recentemente
avaliadas, mas parece haver necessidade de fibra altamente fermentável na dieta, para a
utilização eficiente de níveis tão elevados de proteína de substituição; portanto, esta prática

192
nutricional não é tida como adequada para cavalos de desempenho. Ela também não é
recomendável para cavalos em fase de crescimento.

34 (a) Existe lesão radiopaca circular e bem definida no campo pulmonar dorsocaudal. Este
é provavelmente um abscesso pulmonar ou área localizada de pneumonia. Corrimentos
fétidos comumente são indicativos de infecções bacterianas anaeróbicas, que em geral estão
envolvidas em casos de pneumonia/abscessos pulmonares.
(b) A comparação das radiografias laterais (esquerda e direita) do tórax pode ser utilizada na
confirmação do lado da lesão pulmonar; esta, provavelmente, encontra-se no lado direito da
figura (com base nos achados endoscópicos). O procedimento diagnóstico mais importante
será a cultura bacteriológica, como ajuda na escolha da antibioticoterapia apropriada. Uma
amostra de corrimento das vias respiratórias inferiores deverá ser obtida assepticamente
para esta finalidade; tal objetivo pode ser cumprido por meio de aspiração transtraqueal.
Culturas devem ser realizadas tanto sob condições aeróbicas, quanto anaeróbicas.

35 (a) Hérnia inguinal/eventração indiretamente adquirida - prolapso do intestino através


do anel vaginal até o escroto. O intestino ficou obstruído, distendido e, possivelmente,
estrangulado.
(b) Tratar a dor abdominal e o choque hipovolêmico em desenvolvimento. Minimizar o
traumatismo da alça intestinal herniada e garantir seu pronto retorno ao abdômen. O
intestino pode ter sido traumatizado, como resultado do ressecamento, pela contaminação
decorrente do contato com o ambiente externo, ou por meios mecânicos. O intestino deve ser
higienizado com solução salina esterilizada aqueci da, descomprimido e reposicionado
através do anel inguinal profundo. Talvez haja necessidade da realização de celiotomia na
linha média, como meio de ajudar o retorno do intestino ao abdômen, para avaliar sua
viabilidade, e para que seja possível a realização de procedimento de ressecção e
anastomose. O anel inguinal superficial deve ser ocluído.
(c) Foi realizado o exame clínico pré-operatório completo do canal inguinal, objetivando
detectar a presença de hérnia ingninal preexistente. A realização da castração utilizando
técnica fechada teria evitado esta complicação.

36 (a) Lesões u1cerativas elevadas nos lábios podem estar associadas ao desenvolvimento de
larvas de moscas da espécie Gasterophilus. As larvas maduras estão presentes no estômago
de cavalos, nos meses do inverno.
(b) As larvas raramente causam qualquer problema patológico, embora possam ocorrer em
grande número. A irritação oral local pode causar alguma inapeténcia, mas as lesões
geralmente são pouco significativas.

37 (a) Este cavalo tem deformidade traqueal que é provavelmente de natureza congênita ou
evolutiva. Estas lesões podem existir por período de tempo considerável antes do surgimento
dos sinais clínicos; o início dos sinais clínicos neste cavalo provavelmente relacionou-se ao
começo de exercícios intensos, do que resultou aumento do esforço respiratório; portanto,
foram exacerbados os efeitos da obstrução das vias respiratórias. Alternativamente, a lesão
pode ter sido resultante de acidente traumático não identificado. O traumatismo torácico
direto, especialmente por ocasião da máxima inspiração e com a glote fechada, pode exercer
forças de retração intensas sobre a traquéia em sua porção intratorácica, que podem causar
ruptura completa ou parcial. Também pode ocorrer estenose traqueal após a traqueostomia
cirúrgica, mas é provável que o local esteja situado na porção mais proximal da traquéia.
(b) A estabilização cirúrgica da traquéia estenosada pode ser possível (utilizando prótese),
mas o prognóstico para o retorno ao potencial atlético deverá ser muito sombrio.

38 (a) Ovos da mosca do berne do estômago do cavalo, Gasterophilus intestinalis, que são
depositados por moscas do berne adultas durante os meses de verão.

193
(b) As moscas do berne adultas são causa de importunação dos cavalos, quando os insetos
estão depositando seus ovos nos pêlos do corpo, embora as moscas não mordam e nem
apliquem ferroadas.
A migração das larvas até o estômago tem início com o cavalo esfregando e lambendo os
ovos e as ulcerações periodontais ocorrem quando o primeiro e segundo estágios larvais
penetram na mucosa oral, comumente em torno dos dentes molares. Em geral estas lesões
orais não causam sinais clínicos.
As larvas de segundo e terceiro estágios fixadas ao revestimento gástrico podem causar
lesões ulcerativas erosivas, mas mesmo quando estão presentes grandes infestações, é raro
que a presença de larvas do berne resultem em sinais clínicos.
(c) Os ovos podem ser removidos dos pêlos por tosquia ou raspagem e escovamento. A
aplicação de esponja com água quente ajuda na remoção dos ovos e estimula sua eclosão
artificial, tornando-os não infecciosos para o hospedeiro.
Durante os meses de inverno, quase toda a população de de berne existe no interior do
estômago do hospedeiro. A administração de medicamentos larvicidas é recomendável cerca
de 1 mês após as primeiras nevadas de inverno (que matarão as moscas do berne adultas).
No Reino Unido, existem dois medicamentos comercializados com atividade larvicida:
diclorvós e ivermectin. Dos dois compostos, geralmente dá-se preferência ao ivermectin, por
ter melhor atividade contra outras espécies parasitárias; diclorvós é produzido para
medicação na ração, mas não é muito palatável para muitos cavalos.

..
39 (a)
Papiloma.

. Carcinoma epidermóide.
Sarcóide misto.

..
(b)
Papiloma - pode ser submetido a biópsia.

.Carcinoma epidermóide - biópsia excisional total.


A biópsia não é recomendável, se os indicadores clínicos apontam consistentemente para
um sarcóide.
Visto ser esta área clara, não pigmentada e visto que o cavalo é da raça Clydesdale, o
diagnóstico mais provável é: carcinoma epidermóide.

40 Estes sinais indicam que o ovário está sensível; isto ocorre mais comumente durante as
24 horas após a ovulação. Contudo, alguns folículos pré-ovulatórios também parecem estar
sensíveis, e ocasionalmente a dor pode ser demonstrada por mais de 24 horas após a ruptura
folicular. Raramente, pode parecer que algumas éguas tenham ovários sensíveis em
qualquer estágio do ciclo.

41 (a) Tubo nasal fixado a cabresto de corda, para que não ocorra obstrução respiratória.
Alternativamente, poderia ser utilizado tubo gástrico, mas isto é improvável, dado o
comprimento exterior do tubo. Um cabresto de corda é mais adequado que a cabeceira com
fivelas não protegidas, caso um destes implementos deva ser usado pelo cavalo durante a
fase de recuperação. A pressão focal pelas fivelas não protegidas pode resultar em paralisia
do nervo facial e também em contusões.

.
(b)
Frequentemente ocorre congestão nasal em cavalos mantidos em decúbito dorsal, devido

. a oclusão parcial da jugular ou da cabeça ficar abaixo do nível do coração.


Deslocamento do pálato mole pelo tubo orotraqueal durante a anestesia, resultando numa
obstrução respiratória, assim que o tubo for removido.

194
42 (a) Osteocondrite dissecante.
(b) Remoção da cartilagem afetada e do tecido mineralizado, até que a área afetada esteja
limitada por margem osteocondral sadia. Debridamento do osso subcondral subjacente, até
que seja obtido osso trabecular visivelmente normal.
(c) a área de ossificação endocondral distrófica é considerada inviável. A consolidação do
defeito osteocondral (até o ponto em que isto possa ocorrer) acontece principalmente a partir
do osso trabecular não afetado, mas pode haver alguma contribuição das margens
cartilaginosas.

43 (a) O olho esquerdo está mais saliente que o olho direito (exoftalmia). A terceira pálpebra
está mais evidente que o normal e há pequena tumefação proximal ao olho.
(b) Lesões ocupadoras de espaço como o abscesso retrobulbar, adenoma da glândula
lacrimal, tumor da pituitária, carcinoma epidermóide, etc., podem ser responsáveis pela
exoftalmia.
(c) O exame radiográfico pode identificar algumas lesões radiopacas. A ultra-sonografia pode
ser utilizada na identificação de massa de tecido mole, facilitando sua biópsia. A biópsia por
aspiração/agulha de casos suspeitos de abscessos e outras massas é também prática útil.

44 (a) A vista oblíqua dorsolateral-palmaromedial está ilustrada. Também devem ser


obtidas as vistas oblíqua dorsomedial-palmarolateral, dorsopalmar e lateromedial com
flexão.
(b) Há lesão semelhante a cisto ósseo na porção distal do osso carpiano ulnar. Não há
comunicação detectável entre esta lesão e a articulação carpiana média. Notar também a
área transparente oval na epifise radial distal, representando região de fusão incompleta
entre o processo estilóide lateral e a epífise radial distal.

.
(c)
Obter radiografias do membro contralateral: com frequência, as lesões ósseas que se
assemelham a cistos se apresentam bilateralmente, e, se observadas em associação com

. claudicação unilateral, serão provavelmente fator desviador da atenção do clínico.


Efetuar a analgesia perineural dos nervos mediano e ulnar: a claudicação associada a
lesão óssea semelhante a cisto deverá melhorar pela analgesia regional da região

. carpiana; é improvável que a analgesia intra-articular seja tão aficaz.


Revisar os sinais básicos do animal e sinais clínicos que sejam sugestivos de outro

. problema (veja a Questão 320).


Efetuar a analgesia intra-articular nas articulações do ombro e cotovelo.

45. (a) Agulha de biópsia Tru-cut (Travenol).


(b) Uma linha é traçada desde a ponta do ombro até a tuberosidade coxal no lado direito. O
local situa-se onde a linha atravessa o décimo-quarto espaço intercostal. Também pode ser
utilizado o décimo ou décimo primeiro espaço, especialmente se o fígado está diminuído em
seu tamanho.
(c) A hemorragia é complicação possível, devendo ser avaliados o tempo de protrombina,
plaquetometria e tempo de coagulação do sangue integral antes de prosseguir com a biópsia.
Deve ser verificada a situação do animal, quanto à vacinação antitetânica.

46 (a) Em sua maioria, os casos de endometrite são causados por patógenos oportunistas
que, normalmente, habitam o trato caudal da fêmea e a superfície da genitália masculina.
Durante a monta, a flora bacteriana de ambas as regiões é transportada para a porção
cranial da vagina, ingressando no útero com o ejaculado.
Depois de todas as montas, ocorre rápida reação inflamatória no endométrio, que, em
éguas com a genitália sadia, garante a eliminação das bactérias dentro de 24 horas
aproximadamente. Entretanto, em algumas éguas esta infecção persiste; dentre as muitas
espécies de bactérias, potencialmente introduzidas no útero, comumente são detectados

195
estreptococos b-hemolíticos (quase sempre Str. zooepidemicus) e, menos comumente,
coliformes. Os estafilococos e outros estreptococos, algumas vezes, são isolados
concomitantemente com estreptococos b-hemolíticos e E. coZi, mas raramente em cultura
pura. A incidência do problema é maior em éguas mais idosas; contudo, não há concordância

.
universal acerca dos fatores envolvidos, embora possam incluir:
Pneumovagina. Este distúrbio pode ocorrer em éguas solteiras com vulva pequena, que se
situa dorsalmente ao assoalho pélvico, porém mais comumente é causada pela migração
anterógrada do ânus em éguas mais idosas e/ou magras. A comissura dorsal da vulva é
tracionada cranialmente, e o aumento do comprimento do orifício vulvar potencial acima

. do assoalho da pelve permite a aspiração de ar e de material fecal.


Foi formulada a hipótese, conforme qual a impossibilidade de curar a endometrite é
devido a um deficit imunológico adquirido na resposta uterina. Porém, os resultados dos
estudos experimentais não confirma essa teoria, e a relaçâo entre a ocorrência de
endometrite persistente e presença de lesões endométricas em animais mais velhos não

. ficou comprovada.
Atualmente, acredita-se que a drenagem deficiente de exsudato através da cérvix seja a
explicação mais provável para a endometrite persistente. Lesões causadoras de "bolsas"
no útero, interferem com a contratilidade do miométrio ou evitam o relaxamento cervical
completo, podem estar envolvidas na "síndrome" da drenagem prejudicada.
(b) Um fungo, provavelmente Candida (MoniZia) spp. Pode ser difícil o tratamento bem
sucedido desta infecção. Frequentemente o microrganismo pode ser isolado de todas as
partes do trato tubular e assim estas áreas devem ser incluídas no regime terapêutico.
(c) Um fungo, provavelmente Aspergillus spp. Mais comumente este microrganismo é causa
de placentite e abortamento. A égua descrita nesta questão pariu sem complicações mais
para o final da estação de monta precedente, não tendo sido montada subsequentemente.

47 (a) A causa de epistaxe é um hematoma etmoidal progressivo, que pode ser observado
comprimindo anterogradamente desde a região dos etmoturbinados, até os meatos nasais. O
aspecto das lesões pode variar, quanto à coloração, desde o laranja até o cinza/verde e até o
acastanhado. Algumas vezes, as lesões provocam obstrução das vias respiratórias nasais.
Afora a endoscopia, algumas vezes pela inspeçâo direta nos compartimentos sinusais, a
radiografia frequentemente ajuda. A Figura 270A é radiografia lateral, mostrando
opacidade discreta rostral à "cebola" do etmóide.
(b)Alguns autores afirmam que a simples ruptura das lesões leva à regressão, mas o
tratamento mais amplamente aceito é a ressecção total. Provavelmente este procedimento
envolve a criação de pedículo osteoplástico frontal, para que se tenha acesso à área. A
Figura 270B mostra o local 3 meses após o tratamento. Não há evidência de recidiva, mas os
etmoturbinados permanecem deformados, refletindo a natureza expansiva da lesão original.
A coagulação trans-endoscópica a laser oferece futura opção terapêutica.
(c) Frequentemente o hematoma etmoidal progressivo é multifocal e também evidencia
tendência para a recidiva. Assim, o prognóstico nunca poderá ser melhor que
precavidamente otimista.

48 (a) Este animal estava afetado há vários meses. Há atrofia considerável dos músculos na
região do cotovelo do membro torácico direito e deformação secundária do membro torácico
esquerdo.
(b) O problema primário está afetando o membro torácico direito.
(c) Paralisia radial, neuropatia do plexo braquial, fratura do olécrano, contratura carpiana.
(d) Vem ocorrendo sobrecarga secundária do membro torácico esquerdo, que resultou em
deformidade vara do carpo.

49 (a) Deve-se suspeitar de neoplasia intestinal. O tumor mais comum no intestino delgado
no cavalo é o linfossarcoma, que pode se originar do tecido linfóide local no intestino. Com

196
mais frequência o tumor assume a forma de invasão neoplásica difusa da mucosa intestinal,
resultando num estado de malabsorção; porém, menos comumente, o tumor pode ter
distribuição focal, resultando em obstrução intestinal parcial. Outros tumores já
identificados nesta região são: adenocarcinomas e leiomiomaslleiomiossarcomas.
(b) O prognóstico, nestes casos, é muito sombrio, especialmente no caso de linfossarcomas e
adenocarcinomas. A remoção cirúrgica de leiomioma/leiomiossarcoma é, teoricamente,
possível; leiomiossarcomas em animais domésticos geralmente exibem invasão local dos
tecidos, e suas metástases instalam-se lentamente, em locais distantes.

50 (a) Edema/tumefação dos membros torácicos, peito e parte ventral do pescoço. A veia
jugular está ingurgitada.
(b) As causas mais prováveis dos sinais clínicos observados são: massa torácica cranial
(provavelmente linfossarcoma), insuficiência cardíaca congestiva, ou, possivelmente,
púrpura hemorrágica. Não há indicação de que qualquer dos problemas tenha origem
infecciosa; embora a púrpura hemorrágica seja observada em associação com infecções
prévias por Streptococcus equi, não é comum que mais de um cavalo seja afetado. Portanto, é
muito improvável que outros cavalos venham a ser igualmente afetados.
(c) A auscultação e percussão do tórax podem identificar acúmulos de líquido, áreas de
submacicez ou defeitos cardíacos. Radiografia, ultra-sonografia e toracocentese devem ser

..
empregadas, como meios auxiliares ao diagnóstico.
Avaliação da frequência cardíaca e caráter do pulso.
Auscultação do coração: há qualquer som anormal? Os sons cardíacos irradiam-se pela

. área normal? Há algum frêmito audível ou palpável?


Auscultação dos pulmões: há qualquer som pulmonar anormal? Os sons pulmonares são

. audíveis por sobre a extensão normal de ambos os campos pulmonares?


Percussão do tórax: há área de submacicez, em decorrência de massa localizada e/ou

. acúmulo de líquido?
Exame ultra-sonográfico do coração e pulmões: O funcionamento cardíaco está normal?

. Pode ser identificada massa torácica ou líquido pleural?


Exame radiográfico: o coração tem dimensões normais? Os pulmões estão normalmente

. aerados? Há evidência de massa torácica e/ou acúmulo de líquido?


Toracocentese: caso haja líquido pleurallivre, é um exsudato, transudato, sangue ou
linfa? Há células anormais?

51 (a) Exame retal (Figura 271A) sugere a presença de ceco dilatado e compactado. Este
quadro deve ser diferenciado de compactações em outras vísceras, como o cólon dorsal
direito (ampola cólica) e cólon ventral direito; e da intussuscepção cecocólica.
(b) Foram defendidos tanto o tratamento clínico, quanto cirúrgico. A escolha do clínico é
direcionada pelos achados retais, visto que os sinais clínicos podem ser leves, mesmo nos
casos mais graves. Se a compactação é pequena e facilmente ondulada, é recomendável o
tratamento clínico (jejum, parafina líquida oral e líquidos intravenosos).
(c) O ceco tem probabilidade muito maior de romper-se com o acúmulo de ingesta, que
qualquer outra parte do intestino grosso. Num estudo recente (Campbell, 1984), a duração
dos sinais clínicos antes da ruptura variou de 4 a 96 horas.
(d) Em vista do perigo da ruptura aguda, a cirurgia deverá ser confirmada tão logo os
achados retais sugiram o ceco muito dilatado, ou compactação de consistência quase dura.

..
A intervenção cirúrgica consiste de:
Laparotomia (Figura 271B), com amolecimento e massagem da massa compactada, ou

. Tiflotomia no ápice cecal, com evacuação do conteúdo compactado.


Anastomose cecocólica ou ileocólica, para facilitar a passagem do fluxo do material
ingerido pelo ceco.

197
52 (a) Fibrilação atrial. Não há ondas P presentes. A linha iso-elétrica mostra ondulações
grosseiras características de ondas F. O intervalo R-R é irregular.
(b) O movimento do folheto anterior da válvula mitral está anormal. O ponto A normalmente
está associado à contração atrial. A distância entre o septo interventricular e o ponto E do
movimento da válvula mitral anterior está normal. Isto sugere que não há dilatação do
ventrículo esquerdo (A Figura 272, a situação normal, é mostrada aqui para comparação,
com seus pontos A e E assinalados.)
(c) A administração oral de sulfato de quinidina é o tratamento recomendado. Inicialmente,
é administrada dose de 10mg/kg para teste de reações idiossincrásiças. A terapia então
continuada em 20mg/kg a cada 2h, até que ocorra a conversão para ritmo sinusal normal, ou
que ocorram sinais tóxicos. Será administrada a dose máxima de 60-80g. Se não for
alcançada a conversão para ritmo sinusal normal, o processo poderá ser repetido 48 horas
mais tarde. Quinidina pode ser administrada pela via intravenosa, na forma de glicuronato.
(d) A presença de cardiopatia subjacente deverá ser determinada. Cavalos com cardiopatia
significativa têm menor probabilidade de fazer a conversão para ritmo sinusal normal, em
comparação com cavalos sem evidência de cardiopatia. É importante a auscultação
cuidadosa, para que seja determinada qualquer afecção valvular subjacente. Cavalos com
frequências cardíacas (em repouso) superiores a 60 batimentos/min e outros sinais de
insuficiência cardíaca congestiva não deverão ser tratados. Também ajudará a posse de
história clínica acuradamente tomada. Cavalos com história clínica prolongada de fibrilação
atrial têm menor probabilidade de conversão ao ritmo sinusal normal, e nos animais que
chegam a fazer a conversão, haverá maior probabilidade de recorrência da arritmia. Cavalos
sem cardiopatia subjacente e história clínica recente de fibrilação atrial têm maior
probabilidade de responder ao tratamento. A ecocardiografia tem utilidade na avaliação da
gravidade de qualquer cardiopatia subjacente, antes do tratamento.

53 (a) Este é caso de condrite afetando a aritenóide esquerda (à direita, na Figura 44). O
principal aspecto é o deslocamento axial da cartilagem, que permite que o pilar palatal seja
observado entre a prega ariepiglótica e a parede da faringe. Em alguns casos, lesões de
contato serão visíveis na face medial da aritenóide contralateral, ou pode haver exuberância,
onde os tratos sinusais se abrem a partir dos micro-abscessos ocorrentes no interior da
matriz cartilaginosa. Uma condrite unilateral da aritenóide-representa diagnóstico
diferencial clínico e endoscópico importante para a neuropatia laríngea recorrente
(hemiplegia). Em ambos os distúrbios, o cavalo produzirá estridor/sibilo durante o exercício;
além deste sinal, alguns cavalos com condrite exibem episódios de tosse. À endoscopia, a
aritenóide afetada invadirá a via respiratória em ambos os distúrbios, mas os aspectos
mencionados acima deverão ajudar a diferenciá-los. Contudo, há necessidade de vigilância
especial, quando os sintomas ocorrem num cavalo que previamente era eupnêico.
(b) O tratamento clínico, utilizando sulfonamidas potenciadas, tem algum valor nos casos
recentes, mas este procedimento será exercício fútil, desde que o distúrbio tenha se
estabelecido até o estágio em que a articulação crico-aritenóidea tenha sofrido ancilose.
Deste ponto em diante, as únicas opções são cirúrgicas e consistem de aritenoidectomia
parcial ou subtotal, i.é, a cartilagem enferma é submetida à ressecção.

54 (a) Quando da ocorrência da lesão original, esta ruptura ventral da parede abdominal
pode ter sido obscurecida por hemorragia e edema locais. Contudo, quando a área é
auscultada, os borborigmos devem ser mais intensos nesta região, comparativamente a
outras áreas do abdômen. Se dentro do raio de alcance, o intestino pode ser palpado via
retaZ, com a passagem através do defeito adquirido na parede do corpo. Neste caso crônico, a
palpação direta pode definir anel fibroso formado pelo defeito muscular.
(b) Redução aberta e reparo do defeito da parede abdominal. Se a lesão muscular é extensa,
poderá ser utilizado o implante de prótese (malha).

198
(c) Polipropileno, aço inoxidável e náilon trançado são todos materiais de baixa reatividade,
são inertes em presença de infecção e produzem a menor incidência de corrimento pós-

.
operatório.
Polipropileno é facilmente manuseado, tem grande resistência tênsil e gera o menor

. número de aderências, quando não é possível a aplicação extraperitoneal.


O náilon trançado é mais barato, mantém boa rigidez, mas tem a tendência de desfiar,
quando seccionado.
. Aço inoxidável está associado ao aumento na incidência de aderências (em comparação

. com o polipropileno), caso entre em aposição direta com a parede intestinal.


Um material de sutura monofilamentoso compatível deve ser utilizado em associação com
cada tipo de material protético.

55 (a) A obstrução do retorno venoso ou da drenagem linfática dos quartos torácicos e cabeça
do cavalo, sem afetar a eficiência circulatória caudal, pode resultar na distribuição do
edema. Isto pode dever-se a massa mediastínica ou na porção cranial do tórax. Também deve
ser excluída a insuficiência cardíaca congestiva, mas comumente este problema não está
associado a perda de peso considerável. Uma massa como um abscesso ou tumor pode ser
responsável pela perda de peso significativa. A perda de peso pode estar associada à
hipoproteinemia e ao edema secundário, mas esta última ocorrência comumente é mais
generalizada que no exemplo presente.
(b) Episódios piréticos intermitentes, que se prolongam por 1 a 4 dias, são frequentemente
detectados em casos de linfossarcoma e de abscedação interna, que são os diagnósticos
diferenciais mais prováveis para os sinais clínicos. A pirexia pode passar despercebida, a
menos que a temperatura retal seja medida repetidas vezes ao longo do dia.

56 (a) Este potro está exibindo sinais de infecções poliorgânicas, sugerindo deficiência
imune. A raça (i.é, Árabe) e a linfopenia absoluta são altamente sugestivas de síndrome da
imunodeficiência combinada (AIC). Três critérios são necessários para confirmar o
diagnóstico de AIC: ausência de IgM sérica; linfopenia absoluta; evidência de hipoplasia dos
tecidos linfóides examinados na necropsia.
AIC é moléstia primária da deficiência imune que se caracteriza por ausência de linfócitos
B e T. Os potrinhos afetados parecem normais ao nascer e permanecem isentos de sinais
clínicos até que tenham desaparecido as imunoglobulinas maternas (i.é, imunoglobulinas
derivadas do colostro).
(b) O potro está demonstrando sinais clínicos sugestivos de infecções dos tratos alimentar,
respiratório e cutâneo. Criptosporídios são causas importantes de enteropatia em várias
espécies e em indivíduos imunocomprometidos (p.expl.seres humanos afetados pela AIDS). A
infecção por estes protozoários resulta no subdesenvolvimento e na fusão das vilosidades do
intestino delgado. Outros patógenos, p.expl. bactérias e agentes virais, podem também estar
envolvidos. As infecções respiratórias são comuns em casos de AIC; pode haver envolvimento
de infecções por adenovirus, Pneumocystis carinii e várias bactérias. As alterações
radiográficas nos pulmões deste potro confirmam a presença de pneumonia. Este potro
também está infectado por Dermatophilus congolensis, causando lesões cutâneas.

57 As concentrações de progesterona no sangue periférico (plasma) começam a elevar-se


imediatamente após a ovulação, estando em geral superiores a 1ng/ml entre 2 e 14 dias após
a ovulação, durante um ciclo normal: em casos de diestro prolongado, estes valores de
progesterona lútea são mantidos pelo tempo em que há persistência do corpo lúteo. Testes
modernos (ELISA) para a progesterona podem ser realizados em qualquer laboratório, em
poucas horas. Contudo, o clínico que se apóia neste teste perde tempo e dinheiro; raramente
haverá necessidade do teste, se o clínico for experimentado na interpretação das alterações
anatõmicas (e particularmente ultra-sonográficas) ocorrentes no trato reprodutivo.

199
..
58 (a)
Tecido de granulação crônico.

. Sarcóide granulomatoso.
Granuloma fúngico.

.
(b)
Excisão cirúrgica radical.
. 'lTatamento com agentes escarótjcos (cáustjcos), p.axpJ. Jotágeno concentrado ou suJfato
de cobre.

.. Criocirurgia.
Embora os granulomas fúngicos efetivamente respondam à cirurgia
Iv, estas formaçôes podem recidivar, caso não sejam completamente removidas.
e ao iodeto de sódio

..
(C) O prognóstico deve ser muito reservado:
Sarcóides nesta região são refratários ao tratamento.
A área tem a tendência para sofrer Jesão; assim, é provável a ocorrência de granulação

.contínua e crônica.
Estruturas mais profundas - muralha do casco, cartilagem da pata - provavelmente
estarão lesionadas.

59 (a) Não (degeneração retiniana focal).


(b) Áreas de aumento da reflexivídade, mudança na cor e distúrbio pigmentar, com a retina
normal acima e entre o distúrbio.

60 (a) Estas lesões (como neste caso) geralmente ocorrem na superfície axial do maléolo
medial e são visualizadas mais favoravelmente nas projeções dorsoplantares. Estas lesões
também podem ser observadas nas projeções oblíquas dorsolaterais-plantaromediais.

..
(b)
Crista intermediária distal da tíbia.

.. Crista troc1ear lateral do astrágalo.


Maléolo medial da tíbia.
Crista troc1ear medial do astrágalo.

61 (a) A neurite da cauda equina, o vírus da rinopneumonite equina (herpesvírus equino 1,


EHV1) e a intoxicação pelo sorgo podem resultar em sinais amplamente similares. Outras
possibilidades são muito raras.
(b) Dada a precedente infecção do trato respiratório superior, EHVl é o diagnóstico mais
provável. Este vírus provoca síndrome do trato respiratório superior e síndrome neurológica,
atribuída a vasculite isquêmica e resultante em paresia. O vírus também é causa de
abortamento. A síndrome da cauda equina é distúrbio idiopático raro.
(c) O prognóstico nos casos de EHV1, o síndrome neurológico depende da extensão da lesão e
da duração da paralisia. Medidas auxiliares cuidadosos e de apoio podem proporcionar
tempo para que ocorra a recuperação completa. O prognóstico nos casos de síndrome da
cauda equina idiopático é geralmente sem esperança, embora os cavalos afetados possam ser
cuidados pelo esvaziamento do reto e da bexiga, a curtos intervalos.

62 (a) O pônei está demonstrando sinais de perda de peso associados à hipo-albuminemia.


Provavelmente a fosfatase alcalina sérica (SAP) elevada não se relaciona a afecção hepática,
visto que as outras enzimas hepáticas e os resultados do teste de eliminação do BSP estão
normais; níveis de SAP elevados podem ocorrer em algnns casos de afecção intestinal e
óssea. Na ausência de qualquer evidência de insuficiência hepática ou renal, a causa mais
provável da hipo-albuminemia é a moléstia do trato intestinal, resultando na malabsorção e!
ou enteropatia perdedora de proteína.
(b) A etapa diagnóstica lógica seguinte consistiria na realização de teste de tolerãncia à
glicose oral, objetivando a avaliação da capacidade de absorção intestinal. Caso o teste tenha

200
resultado anormal, então poderá haver necessidade de biópsia da parede intestinal, para a
confirmação da natureza da moléstia.

63 (a) Baixos valores de albumina plasmática; valores elevados das globulinas plasmáticas,
em particular beta-globulinas.
(b) Estrongilose - mais provavelmente tiflite/colite, em decorrência da presença de larvas de
ciatostomos na mucosa. Uma síndrome específica de diarréia e perda de peso sazonal (na
primavera) é observada mais frequentemente em adultos jovens, sendo conhecida como
ciatostomíase larva!. Contudo, as larvas de ciatostomos também podem acumular-se em
quantidades muito grandes em animais mais idosos, podendo resultar numa enteropatia
perdedora de proteína crônica. Frequentemente infecçôes grandes ou pequenas por
estrôngilos causam resposta de globulinas séricas, particularmente da gamaglobulina
IgG(T), que migra na fração protéica betaglobulina durante a eletroforese.
(c) O exame histopatológico de amostras de biópsia do intestino grosso permitirá a
diferenciação definitiva de outras enteropatias perdedoras de proteína, como o linfossarcoma
do trato digestivo e enterites inflamatórias, que podem ter apresentação clínica muito
similar e anormalidades bioquímicas do plasma.
(d) Doses larvicidas de anti-helmínticos, p.exp!. ivermectin O,2mglkg, oxfendazollO-50mgl
kg, ou fembendazol30mglkg numa dose única, ou 7,5mglkg em cinco doses diárias
consecutivas. As larvas de ciatostomos inibidas em seu desenvolvimento no interior da
mucosa intestinal não são mortas por anti-helmínticos, e animais com tiflite/colite por
ciatostomos devem ser medicados com o anti-helmíntico, a intervalos de 2 ou 3 semanas.
Alguns destes casos podem ser beneficiados pela terapia por corticosteróides, p.exp!.
prednisolona lmglkg de peso corporal diariamente (pela manhã) por via ora!. Supõe-se que,
além de seu efeito antiinflamatório, os corticosteróides podem modular a resposta do
hospedeiro aos parasitos na mucosa, de tal forma que as larvas retomam o desenvolvimento
a partir de estado hipobiótico e, portanto, tornam-se suscetíveis à ação dos anti-helmínticos.
A terapia por corticosteróides deve ser administrada a doses reduzidas por cerca de 3
semanas. Também está indicado o tratamento sintomático para a diarréia, p.exp!. com
fosfato de codeína por via oral, na dose de lmglkg de peso corporal duas vezes ao dia.
O prognóstico em casos de tiflite/colite parasitária é razoável a bom.

64 (a) Apenas a pele sofreu deiscência. Este ferimento irá fechar por cicatrização por
segunda intenção, e portanto, pode ser tratado conservadoramente. Mantenha a ferida
limpa e fazer curativos diários, para a remoção de crostas antigas. Considerar a aplicação de
creme cutãneo antibiótico, preferivelmente sem corticosteróides, que possam retardar a
cicatrização da ferida.
(b) O risco é mínimo. Há boa reação cicatricial na camada muscular e, a menos que ocorra a
abscedação na linha de sutura, a cicatrização deverá prosseguir normalmente.

65 (a) O exame retal deve revelar alças distendidas do intestino delgado. Também deve ser
observada a presença de cordões cárneos da espessura de um dedo penetrando num dos
anéis inguinais e sensíveis à tração (Figura 273).
(b) O diagnóstico de obstrução aguda do intestino delgado que tenha resultado de
estrangulação de alça intestinal no canal inquina!.
(c) O derrame de líquido peritoneal anormal pode ter ficado incarcerada dentro do canal
inguina!. Isto resultou numa amostra normal, por paracentese.
(d) Laparotomia exploratória imediata é aconselhável, visando a redução da hérnia e
remoção das partes intestinais desvitalizadas. Uma segunda incisão é efetuada diretamente
sobre o anel inguinal, para ajudar na redução. Devem ser consideradas a castração bilateral
e a oclusão cirúrgica do canal inguinal externo.

201
66 (a) Está ocorrendo afecção da medula espinal entre L2 e L6, com envolvimento do
neurônio motor inferior (substância cinzenta ventral) no lado direito, resultando em atrofia
muscular neurogênica.
(b) Mielencefalite equina por protozoário (MEP) é a causa mais provável e pouquíssimas
outras afecções podem mimetizar este síndrome. Devem ser levados em certa consideração a
mielite verminótica de lenta progressão ou linfossarcoma epidural.
(c) O tratamento atual para Sarcocystis neurona, a causa suposta da MEP, é 15mglkg de
combinação de trimetoprimlsulfadiazina b.i.d. e 0,25 mglkg de pirimetamina s.i.d. por
período inicial de 6 semanas. Em sua maioria, os neurologistas concordam que este
tratamento pode eliminar S. neurona in vivo; contudo, o prognóstico depende do local ou
locais afetados, da extensão e da gravidade da perda de neurônios.

67 (a) A radiografia deve ser realizada visando estabelecer a presença de qualquer


, anormalidade óssea. A ultra-sonografia é útil, para o estabelecimento da extensão
(profundidade) da tumefação e sua relação com as vértebras cervicais. A aspiração pode
estar indicada, para a cultura bacteríana e testes de sensibilidade.
(b) Devemos observar dor imediata, tumefação quente e enríjecimento. A infecção local por
clostrídios pode ser complicação significativa e potencialmente fatal.
(c) Mineralização dos tecidos moles e deficiências neurológicas podem vir a ocorrer, sendo
possível a incapacitação permanente.

68 (a) Ocorre distensão da cápsula da articulação femuropatelar e postura muito


verticalizada sobre o membro pélvico direito, associada a leve deformidade flexural da
articulação metatarsofalangiana (boleto).
(b) Ambos os sinais clínicos relacionam-se a problemas associados ao rápido crescimento em
animais com elevado plano nutricional.
(c) Osteocondrose dissecante da crista troclear lateral da porção distal do fêmur, e
deformidade flexural da articulação do boleto, associada a encurtamento relativo do tendão
do flexor superficial.
(d) A dieta do animal deve ser investigada, com particular ênfase para a energia e
concentrações protéicas e equilíbrio mineral. Seu plano nutricional deve ser reduzido. O
proprietário deve ser alertado para o problema, de modo ideal, idealmente, este possa ser
evitado em outros animais jovens do planteI, e se não evitado, que possa ser identificado no
estágio mais inicial possível. Embora a osteocondrose não seja hereditária, os fatores
predisponentes talvez o sejam e assim evite montas da mesma combinação égua-garanhão.

69 (a) Taylorella equigenitalis e Klebsiella pneumoniae (apenas certos tipos encapsulados)


são bactérias que sabidamente infectam os úteros de éguas jovens com genitália sadia, sem
o concurs6 de qualquer fator predisponente aparente. Comumente a endometrite persiste
por um ou mais ciclos nestas éguas se o problema não for tratado; entretanto, a resolução
terminará ocorrendo. Contudo, então a égua poderá tornar-se "portadora"; o microrganismo
pode permanecer na área do clítoris, comosaprófita. Várias linhagens de Pseudomonas
aeruginosa também foram incriminadas neste papel, embora não exista concordância geral
de que o microrganismo tenha predileção para o útero da égua. Contudo, em vista do fato de
que esta bactéria é em geral resistente aos antibióticos utilizados rotineiramente, o
isolamento do microrganismo de qualquer outro local do trato reprodutivo deverá justificar
" a
atenção especial.
O exantema coital é causado pelo herpesvírus equino 3 (EHV3), sendo transmitido
durante a monta. Não se sabe se o EHVl (abortamento viral) seja transmitido desta
maneira. A arterite viral equina não ocorre na Inglaterra e nem provoca moléstia venérea,
embora o vírus esteja presente no ejaculado de garanhões afetados.
(b) Os garanhões não exibem sinais clínicos em decorrência das bactérias venéreas, sendo
puramente "portadores" dos organismos. Klebsiella foi isolada do trato urinário garanhão.

202
Comumente as éguas apresentam corrimento uterino que é observado na vulva,
especialmente durante o início do estro. O volume varia, desde volume copioso de pus
observado gotejando da vulva, até pequenas quantidades de exsudato ressecado no lado
inferior da cauda. O corrimento não é característico de moléstia venérea. Após a resolução
da infecção uterina, os organismos podem permanecer "dormentes" na área vestibular,
particularmente nos seios e fossa clitorianos. O exantema coital provoca o surgimento de
vesículas na vulva, vestíbulo e pênis; estas vesículas se rompem, formando úlceras que
comumente cicatrizam de modo espontâneo. Presume-se que, do mesmo modo ocorrente em
outros herpesvírus, ocorram períodos de latência e recrudescimento.
(c)Amostras em esfregaço são coletadas antes da estação de monta. As amostras devem ser
obtidas da uretra, fossa uretral e bainha prepuciais dos garanhões, e colocadas
imediatamente em meio de transporte de Stuart ou Amie. Nas éguas, recolhe-se material em
esfregaço do seio e fossa clitorianos. Os animais que abrigam patógenos venéreos não
participarão da monta, até que o tratamento tenha eliminado os microrganismos.
Os regimes adotados por diferentes países e sociedades de criadores variam, mas tais
esquemas devem ser projetados a fim de que seja evitada a disseminação da moléstia
venérea. AFigura 274A mostra o clítoris e parte da fossa circunjacente, dentro dos lábios
vulvares. O seio clitoriano abre-se para a superfície dorsal do clítoris na linha média; o
esmegma pode ser forçadda-aflorar, comprimindo-se o clítoris (Figura 274B).

70 (a) Nódulos contendo larvas de Strongylus edentatus. No caso ilustrado, as larvas foram
eliminadas in situ, em seguida à administração de anti-helmíntico. Em decorrência disto,
ocorreu reação fibrosa em torno de cada larva, de tal modo que as lesões estão evidentes,
como nódulos discretos. Em animais não tratados, comumente ocorre reação relativamente
pequena do hospedeiro às larvas de S. edentatus neste local subperitoneal; geralmente há
apenas pequena hemorragia localizada, edema e espessamento peritoneal.
(b) Por si, os nódulos larvais de S. edentatus provavelmente não serão a causa dos sinais
clínicos de cólica recorrente e perda crônica de peso. O ciclo biológico de S. edentatus é
migratório: intestino - sistema porta - fígado - ligamento hepatorrenal - peritônio parietal -
intestino. Em todos estes locais, é frequentemente possível encontrar alterações patológicas
de hemorragia e infiltrados contendo células inflamatórias (em migrações recentes), ou
fibrose crônica (nos estágios mais adiantados). Contudo, mesmo quando estas alterações são
significativas, p.expl. no fígado, elas não têm sido associadas a sinais clínicos, nem nas
infecções naturalmente adquiridas, e nem nas infecções experimentais. A presença de lesões
de infecção por S. edentatus é evidência de que este animal provavelmente ingeriu outras
larvas de estrôngilos, sendo provável que o cavalo tenha adquirido infecção mista de
estrôngilos. Strongylus vulgaris - e, em menor grau Cyathostomum spp. - estão bem
identificados como causás de cólica e perda de peso e, mais provavelmente, serão as causas
dos sinais clínicos, no caso em discussão.

71 (a) Sarcóide oculto, neurofibroma ou outro tumor.


(b) Coletar biópsia cutânea dermoepidérmica para exame histopatológico (biópsia por
punção ou em cunha).
(c) O procedimento pode provocar rápida proliferação até um sarcóide do tipo
granulomatoso.
(d) A criocirurgia poderá ser considerada apenas para os nódulos; ou então, pode-se injetar
BCG intralesionalmente. A irradiação local com raios-b pode ser bem-sucedida.

72 (a) O estilete perfurou a parede do cateter. Isto pode ocorrer se o estilete é recuado e
depois novamente avançado, enquanto o cateter é deixado no lugar, na veia ou nos tecidos
subcutâneos.
(b) Pode ter ocorrido injeção perivascular de substância irritante. Alternativamente, a ponta
do cateter pode ter sido cortada, resultando em embolismo que pode ter causado problemas

203
p.expl. oclusão da artéria coronária, ou embolia pulmonar, dependendo do local anatõmico
onde o cateter se alojou.

..
73 A dificuldade de palpação de todo o trato reprodutivo pode resultar de:
Inexperiência do clínico.

. Contenção inadequada da égua.


Excessivo esforço da égua.
Contudo, mesmo sob condições próximas ao ideal, a palpação de ovário, pode ser tarefa
dificil. Isto comumente ocorre porque o ovário que está suspenso na borda cranial do
ligamento largo, fica situado lateralmente a este ligamento, o que torna impossível a
palpação de qualquer detalhe do ovário. Pode ser dificil o retorno deste órgão a posição
medial ao ligamento largo. O método consiste em introduzir um dedo em torno do ligamento
uterovariano, ventralmente ao ovário, pressionando levemente para cima. Esta manobra
comumente faz com que o ovário rotacione medialmente, quando então o órgão passa a ser
facilmente palpável. Muitos clínicos acham que o ovário esquerdo é mais difícil de palpar,
caso usem a mão esquerda, e vice-versa.

..
74 (a) A hérnia umbilical pode ser classificada por:
Sua etiologia - congênita, hereditária ou adquirida.

.. Seu comportamento - redutível, irredutível.


-
Seu conteúdo gordura, omento, intestino.
Seu tamanho.
. Sua localização - umbilical.

.
(b)
A idade do animal e o diâmetro do anel herniário - a maioria das hérnias de dimensões
pequenas a médias fecharão espontaneamente no potro, à medida que passa o tempo;
portanto, a intervenção cirúrgica deverá ser adiada até os 6-12 meses de idade. Contudo,

. é melhor que os defeitos maiores sejam reparados o mais breve possível.


Presença de infecção - a hérnia está associada a onfaloflebite? Isto pode ser confirmado

. pela aspiração por agulha ou pelo ultra-som.


O conteúdo do saco herniário é redutível?

.
(c)
Redução aberta - sob anestesia geral, um fragmento de pele é dissecado e liberado do saco
herniário, sem que ocorra a penetração do peritõnio. O saco peritoneal é liberado de suas
inserções ao defeito na parede abdominal, tendo retornado ao abdômen. Pode ser
empregado material de sutura absorvível e sintético, para a oclusão do defeito da parede
abdominal, por meio de padrão de Mayo ("camisa sobre a calça") ou por pontos
interrompidos simples. A pele é suturada por técnica de rotina.
Grandes defeitos talvez dependam de implante de malha protética. Para a obtenção
da vantagem mecânica máxima, a malha deve ser aplicada em posição extraperitoneal,
por baixo da bainha do músculo reto. A técnica de superposição fascial com a malha numa
posição intraperitoneal foi utilizada objetivando a redução da formação do seroma pós-

. operatório.
Redução fechada - O conteúdo herniário é reduzido, e pinças aplicadas através da pele
pendular, para o tratamento estético da hérnia. Esta técnica tradicional tem a
possibilidade de causar complicaçtes, como o encarceramento intestinal. ..
(d) A menos que seja determinada a etiologia adquirida, as hérnias umbilicais são
consideradas defeitos hereditários e o animal deverá ser retirado de qualquer programa
reprodutivo.

75 Iniciando por volta dos 100 dias de gestação, as gõnadas fetais, independentemente de
serem possíveis testículos ou ovários, começam a produzir quantidades cada vez maiores de
estrógenos. As concentrações no sangue e urina atingem o máximo por volta dos 150 dias e

204
estes valores são mantidos até por volta dos 300 dias; a partir deste tempo, as concentrações
diminuem lentamente. Os principais estrógenos produzidos são: estrona, equilina e
equilenina; estes dois últimos produtos são característicos da gestação equina.
As funções destes hormônios na gestação não estão esclareci das, embora não induzam a
égua a demonstrar sinais de estro, embora as concentrações sanguíneas estejam, muitas
vezes, superiores às ocorrentes quando a égua se encontra no estro, durante os ciclos
normais. A cérvix da égua prenhe torna-se mais mole na segunda metade da gestação, o que
pode estar relacionado à produção dos estrógenos; porém, não ocorrem relaxamento ou
abertura.
Durante muitos anos o "teste da urina" tem sido utilizado no diagnóstico da prenhez. Os
testes de Cuboni e Lunaas envolvem reação cromática, quando grandes quantidades de
estrógenos estão presentes na urina. Mais recentemente têm sido utilizados radio-
imunotestes na determinação do sulfato de estrona no plasma. A estrona é conjugada no
fígado fetal, de modo que grande concentração de sulfato de estrona indica viabilidade fetal.

76 (a) Incidências lateromedial, dorsopalmar, oblíqua dorsoproximal e oblíqua dorsolateral-


palmaromedial.
(b) A incidência na Figura 62A não é projeção lateromedial verdadeira; não pode ser
detectada qualquer anormalidade radiográfica significativa. Também não são detectadas
anormalidades significativas nas Figuras 62B e C.
(c) Vista oblíqua palmaroproxímal-palmarodistal.
(d) Há fratura incompleta, sem deslocamento, através do processo palmar medial da falange
distal.
Tratamento: repouso na baia; aplicar ferradura com barra e reavaliar clínica e
radiograficamente, transcorridos 6 semanas.
Prognóstico: razoável; não se pode garantir a união óssea.

77 (a) Apenas as áreas brancas e escassamente revestidas de pêlos estão afetadas, o que
sugere fotossensibilização. As causas de fotossensibilização são: porfiria congênita, ingestão
de plantas contendo agentes fotodinâmicos (p.expl., erva-de-são-joão) e afecções hepáticas.
Visto que o animal demonstra perda crônica de peso, uma hepatopatia é o diagnóstico mais
provável.
(b) A fotossensibilização em casos de insuficiência hepática é causada pela não excreção de
filo-eritrina, um metabólito da clorofila. Filo-eritrina acumula-se na pele, onde funciona
como agente fotodinâmico.

78 (a) Os achados clínicos são sugestivos de derrame pleural. Há numerosas causas


potenciais de derrames pleurais e os tipos de líquidos enquadram-se nas categorias gerais de
transudato, exsudato, hemorragia e quilo. Muitas dos derrames no cavalo são de natureza
transudativa ou exsudativa. Os derrames exsudativos estão comum ente associados a
pleurite secundária à pneumonia ou a abscessos pulmonares. Derrames transudativos estão
mais frequentemente associados a neoplasias.
(b) Radiografias e a ultra-sonografia diagnósticas podem ser utilizadas na confirmação da
presença de derrame; estas técnicas podem também fornecer alguma informação
concernente ao processo patológico subjacente. A natureza do líquido pleural deve ser
avaliada pela análise da amostra obtida por toracocentese. Contagens celulares, citologia e
estimativas das concentrações de proteína e glicose são medidas úteis na determinação da
natureza precisa do líquido. Deve ser realizada cultura bacteriana (aeróbica e anaeróbica)
em casos de exsudatos sépticos.

79 O arco palatal encontra-se deslocado dorsalmente, de modo que a epiglote não está
visível. Esta era a posição durante toda a prolongada inspeção endoscópica da faringe e
laringe e, a despeito de múltiplas sequências de deglutição. A causa da DDSP persistente

205
pode ser atribuída a dois cistos intrapalatais, ambos situados a aproximadamente lcm da
margem rostral do arco palatofaríngeo. O cisto maior está situado no lado esquerdo do
cavalo (à direita na Figura 275). Os cistos intrapalatais são raros, acreditando-se que se
originem do tecido salivar na mucosa palatal. A ressecção cirúrgica dos cistos não é tarefa
fácil, devido ao acesso problemático, tanto pela boca quanto através de laringotomia. Além
disto, a fistulação crônica através do pálato é sequela provável, especialmente quando os
cistos são tão grandes quanto os aqui ilustrados.

80 (a) Existe excesso de tecido de granulação exuberante, complicação comum encontrada


neste local. A meta é a redução deste tecido de granulação. Pode ser possível desbastar
parcialmente esta estrutura, através de dissecção por bisturi. O tecido de granulação não é
inervado, mas pode ocorrer hemorragia abundante! O proprietário pode aplicar diariamente
cremes emolientes contendo antibióticos e cortisona, para que seja reduzido o tecido de
granulação, até a cicatrização da ferida.
(b) Muitos destes casos levam até 12-18 meses. A movimentação constante no local da ferida
é fator problemático.
(c) Haverá área de tecido fibroso duro na porção dorsal do tarso, que, diante de exercícios
vigorosos, poderá estar sujeito a novas lesões. A menos que haja anormalidade óssea
subjacente, geralmente não ocorrerá qualquer anormalidade da ambulação decorrente do
tecido fibroso por si.

81 Consultar a Figura 276.


(a) Tração ou avulsão da inserção do ligamento suspensor.
(b) Avaliação ultra-sonográfica do ligamento suspensor: patologia séria do ligamento
suspensor justificará o prognóstico muito mais reservado.
(c) A remoção geralmente está indicada nos casos de fraturas apicais, que estejam até um
terço da distância proximodistal do osso.

82 (a) Ciatostomíase larvar. Há congestão e edema da mucosa do cólon, e muitas pequenas


lesões escuras estão evidentes; estas lesões representam larvas de ciatostomos na mucosa.
(b) Frequentemente é possível identificar a presença dos parasitas causais apenas pela
inspeção macroscópica das fezes, p.ex., sobre a luva retal, após à palpação dos órgãos
abdominais. Os vermes podem variar de tamanho (2-7mm), com coloração vermelha ou
branca.
Durante a necrópsia, a transiluminação da parede intestinal irá permitir a confirmação
da presença de ciatóstomos na mucosa. De modo ideal, este procedimento deve ser realizado
em cortes de mucos a separada, com luz branca intensa e sob ampliação, mas mesmo sem
estas facilidades, é possível a identificação de múltiplas e diminutas larvas no interior do
tecido, com a ajuda de qualquer fonte luminosa disponível, p.expl. lanterna forte.
O exame histopatológico de amostras de biópsia fixados, coletados durante a laparotomia
exploratória ou no exame necroscópio, deverá proporcionar confirmação definitiva do
diagnóstico.
(c) A inibição do desenvolvimento das larvas de ciatostomos no interior da mucosa do
intestino grosso é fundamental para a patogênese da síndrome clínica da ciatostomíase
larvar. Os pormenores dos mecanismos biológicos que resultam na inibição do
desenvolvimento destes parasitos ainda não são conhecidos, mas aparentemente esta é
manifestação da imunidade parcial do hospedeiro à infecção pelos ciatóstomQs. .
O início dos sinais clínicos ocorre quando há emergência sincronizada e em massa de
grande quantidade de larvas na mucosa. O principal efeito dos eventos patológicos é a
enteropatia perdedora de proteína, de tal intensidade que os animais gravemente afetados
em geral exibem perda de peso rápida e significativa e frequentemente apresentam edema
periférico.

206
83 (a) A eguinha possui hímen intacto. Provavelmente esta fêmea tornou-se
reprodutivamente ativa há pouco tempo e as secreções uterinas estão se acumulando
cranialmente ao hímen, de modo que, em certas ocasiões, quando ocorre aumento da pressão
intrapélvica, a membrana projeta-se entre os lábios vulvares.
O exame revela que a mão não pode ser introduzida mais profundamente no trato, do que
até o nível da uretra. Na maioria dos casos, a pressão no centro da obstrução com o dedo
indicador provoca a ruptura do hímen e a progressão anterógrada da mão dilata o canal.
Não fica evidenciada qualquer dor, e a hemorragia, caso ocorra, será mínima. Algumas vezes
o hímen está tão "duro" que deverá ser preso com pinças de tecido, afastado e seccionado
com bisturi ou agulha hipodérmica; depois deste procedimento, poderá ser inserido o dedo,
conforme é descrito anteriormente.
(b) Isto ocorre geralmente em éguas que estejam parindo pela primeira vez. Provavelmente
a pinça do potrinho fixa-se em alguma porção remanescente do hímen, na junção
vestibulovaginal, e, devido ao forçar contínuo, a pata é forçada através da parede vaginal
dorsal e até o reto. Ocasionalmente, o reposicionamento do potrinho, em decorrência do
relaxamento e, possivelmente, o rolamento pela égua, tem resultado na retração do membro
do potrinho, com subsequente prosseguimento do parto pela via normal de expulsão. A lesão
assim formada cicatriza e deixa a égua com fístula retovaginal. Se, contudo, a penetração do
reto é seguida por esforço continuado da égua, ocorrerá laceração retovestibular até o (e
através do) períneo.
O tratamento inicial consiste na administração de antitoxina tetãnica, caso a égua não
tenha sido vacinada; poderá ser instituída antibioticoterapia, mas comumente isto não é
necessário. Em seguida, deve-se permitir a instalação de processo de granulação na lesão. A
tentativa de reaposição dos tecidos lesionados não é bem-sucedida, devido à necrose pós-
traumática, edema e infução. A égua não pode ser coberta durante esta estação de monta.
Comumente é conveniente retardar a cirurgia até que o potrinho tenha sido desmamado.
A reconstrução da região é tarefa difícil e talvez sejam necessárias várias tentativas. A
cirurgia pode ser realizada sob anestesia epidural.

84 Códigos de cores e utilização geral dos sistemas de coleta de sangue em recipientes a


vácuo:

Rolha Conteúdo do tubo Uso geral


(cor)

Violeta EDTA Hematologia


Azul Citrato de sódio (3,8%) Fibrinogênio (método de Clauss),
e estudos da coagulação
Preta Citrato de sódio (3,1 %) Velocidade de sedimentação dos
eritrócitos (VSE) (de valor limitado
nos cavalos)
Cinzenta Fluoreto de sódio-oxalato de cálcio Glicose
Vermelha Nenhum (sem anti-coagulante) Bioquímica sérica
Verde Heparina-lítio Endocrinologia plasmática,
fibrinogênio (método de
precipitação pelo calor)

85 (a) Endocardite bacteriana.


(b) Não há aspecto que seja patognomônico de endocardite bacteriana. O diagnóstico baseia-
se na presença de alguns dos sinais seguintes: geralmente há murmúrio cardíaco, que pode
ter surgido recentemente. Em geral a lesão da válvula resulta em murmúrios regurgitantes,
embora a presença de grande vegetação numa válvula semilunar possa resultar num
murmúrio de ejeção sistólica. Disritmias podem estar presentes, em decorrência da

207
miocardite. A bacteremia pode resultar numa febre persistente ou recorrente, anorexia e
depressão; e pode ocorrer poliartrite. A hematologia pode demonstrar anemia e leucocitose.
Duas ou mais hemoculturas positivas são vigorosamente sugestivas de endocardite
bacteriana.
(c) A antibioticoterapia deve ser instaurada com base nos resultados de sensibilidade de
hemoculturas positivas, caso se tenha estes dados à mão. De modo ideal, deve ser utilizado o
tratamento por via intravenosa. Inicialmente, há necessidade de tratamento prolongado, por
cerca de 1 mês; em seguida, é aconselhável uma nova cultura. São preferiveis medicamentos
bactericidas.
(d) O resultado depende do grau de lesão cardíaca no início do tratamento e do êxito da
antibioticoterapia. O pronto tratamento da endocardite bacteriana aguda pode resultar
numa leve disfunção cardíaca. Contudo, a organização das vegetações e a deposição de
fibrina torna difícil a eliminação de bactérias. Isto resulta numa lesão crõnica e na
deformação das estruturas valvares. Trombo-embolismo e complexos imunes podem resultar
em lesão a outros sistemas de órgãos.

86 O cavalo sofreu fratura por avulsão da crista nucal do osso occipital. Observar também a
mineralização caudal à crista nucal (por si sem maior significado clínico). É provável que o
tratamento conservador seja bem-sucedido, pois formar-se-á união fibrosa dentro de poucas
semanas e o cavalo recuperará sua faixa normal de mobilidade do pescoço. Durante os
primeiros estágios da recuperação, todo alimento deverá ser fornecido a nível do solo, e a
água será oferecida num recipiente raso, caso não exista fonte natural de água. O cavalo
pode ser ajudado a manter a cabeça numa posição elevada, com correntes de sustentação,
assim que a reação aguda tenha desaparecido.

87 (a) Em um lado da exrtemidade distal do membro, o ramo da ferradura está repousando


na "cama" do calo. Se o animal já não está claudicando, esta situação poderá causar
claudicação, em decorrência da contusão nesta região.
(b) O proprietário deve fazer com que seu animal seja adequadamente ferrado, com
suficiente cobertura do talão. Os ramos desta ferradura parecem relativamente curtos, em
comparação com a forma do casco, mas isto está ocorrendo em parte devido ao fato de que o
animal não havia sido ferrado por algum tempo. Portanto, o proprietário deve ajudar o
ferrador, fazendo com que o animal seja ferrado a intervalos mais apropriados, talvez a cada
4 semanas, dependendo da velocidade de crescimento do casco.

88 (a) Não (degeneração retiniana peripapilar).


(b) Projeções digitiformes pálidas com distúrbios pigmentares em ambos os lados do disco
óptico.

89 (a) Sarcóide equino, em decorrência de vírus que ainda não foi classificado; pode estar
relacionado a vírus do papiloma bovino.
(b) Sim. Moscas e sangue provenientes da lesão são capazes de disseminar afecção similar
para outros cavalos.
(c) Muitos dos sarcóides deste tipo permanecem quiescentes, se não forem tocados. A excisão
cirúrgica não é o melhor tratamento, em decorrência da disseminação do "vírus", durante a
cirurgia, até os tecidos normais.
(d) Pode-se obter êxito em aproximadamente 50% dos casos, até 2 anos após a cirurgia.

90 O local caracteristico para a eliminação de teratoma temporal situa-se n~ base da pina


(orelha). O termo teratoma temporal é preferivel a "cisto dentígero", porque, ocasionalmente,
surgem teratomas dermóides sem que esteja presente tecido dentário. As radiografias
ajudam, em primeiro lugar ao mostrar se o teratoma contém tecido dentário, e em segundo
lugar, para que sejam determinados o local e tamanho da lesão. A lesão deve ser removida

208
cirurgicamente. A remoção cirúrgica de teratoma temporal depende do acompanhamento do
trato sinusal até sua base e depois da remoção do material dermóide ou dentárias. Algumas
lesões dentárias são grandes, estando firmemente fixadas à porção petrosa do osso temporal.

91 (a) Os sinais clínicos, a história clínica, e os achados da patologia clínica sugerem o


diagnóstico de peritonite. Há leucocitose com neutrofilia e hiperfibrinogenemia indicativa de
reação inflamatória grave. As contagens totais de células nucleadas e neutrófilos no líquido
peritoneal estão consideravelmente elevadas, indicando peritonite. O exame de esfregaços
do líquido peritoneal corados pelo método de Gram pode revelar bactérias, em tais casos.
(b) A peritonite pode ter muitas causas subjacentes diferentes, mas as causas mais comuns
de peritonite espontânea (i.é, não relacionadas ã interferência cirúrgica do abdõmen) em
cavalos adultos relacionam-se à lesão da parede intestinal (p.expl., ulceraçãolinfarto/corpo
estranho/perfuração, etc.).
(c) Está indicado o tratamento com antibióticos bactericidas de amplo espectro; o uso de
metronidazol pode ser considerado. A cultura do líquido peritoneal e testes de sensibilidade
aos antibióticos devem ser tentados, embora frequentemente estes procedimentos deixem de
produzir qualquer isolamento.
Pode haver necessidade de tratamento sintomático com medicamentos antiinflamatórios
não-esteróides (p.expl., flunixin meglumine), analgésicos, líquidos e eletrólitos.
Frequentemente, há necessidade de tratamento prolongado (muitas semanas). O progresso
do caso pode ser monitorado de forma adequada pela análise sequenciada de amostras
sanguíneas (hematologia e fibrinogênio) e do líquido peritoneal (contagem de células).
A laparotomia exploratória pode estar indicada em cavalos exibindo sinais de dor grave
ou nos casos em que não responderam ao tratamento clínico.

92 Esta é provavelmente uma forma de neoplasia linfóide, possivelmente a verdadeira


leucemia linfocítica. As anormalidades hematológicas são resultantes de mieloftise, i.é,
invasão e substituição dos elementos medulares normais por células neoplásicas. A
proliferação das células tumorais prossegue à custa da hematopoese normal, resultando na
redução das células derivadas da medula, na circulação. Isto explica a anemia, neutropenia
e trombocitopenia. Este último achado é a causa provável dos aspectos clínicos
representados pelas hemorragias da mucos a e epistaxe. O exame citológico dos esfregaços
sanguíneos pode revelar formas anormais de células linfóides (como linfoblastos, grandes
linfócitos, etc.). A confirmação do diagnóstico deve ser possível pelo exame da medula óssea
(obtida por biópsialaspiração).

93 (a) Há úlceras longitudinais da mucos a esofagiana, provavelmente decorrentes do refluxo


do estômago para o esôfago.
(b) Moléstia do capim (disautonomia do equino). Geralmente, é detectada paralisia
generalizada do trato digestivo. Em casos mais agudos, as lesões mais significativas estão
associadas ao intestino delgado e estômago, enquanto que nos casos crônicos há maior efeito
sobre o cólon maior. Embora muitos dos casos es'tejam associados a cavalos em regime de
pastagem no verão, a moléstia (raramente) tem sido detectada em outras condições.
(c) Geralmente o diagnóstico definitivo pode ser firmado mediante a identificação da
cromatólise característica no interior dos gãnglios do sistema nervoso autônomo.
Geralmente os gânglios simpáticos cranianos são obtidos, mas não há necessidade de
tamanha restrição.
(d) Embora não tenha ainda sido identificado um agente etiológico, a afecção pode ocorrer
em grupos de cavalos em regime de pastagem, em regiões limitadas do mundo. O
proprietário deve estar ciente desta possibilidade, embora não sejam conhecidas que
medidas o dono deverá tomar, para que a moléstia seja evitada!

209
94 (a) É raro que éguas com até somente 5 anos de idade sejam afetadas, mas em sua
maioria, as éguas têm 7-12 anos de idade, à época em que o tumor é diagnosticado.
(b) Acredita-se que os tumores das células da granulosa causem estro persistente anestro
persistente, ou masculinização (virilismo). Esta última síndrome é a mais comum,
caracterizando-se por comportamento "de garanhão", que inclui a "abordagem" e monta de
outras éguas; as concentrações plasmáticas de testosterona estão elevadas. Esta variedade
de sinais clínicos sugere que nem todos os tumores diagnosticados como das células da
granulosa são endocrinologicamente similares, podendo também diferir histologicamente.
Os termos "ginandroblastoma" e tumor das células do estroma do cordão sexual" foram
sugeridos, na tentativa de evitar os problemas envolvidos na classificação precisa destes
tumores.

..
(c)
Comportamento clínico anormal.
Os achados palpáveis (via retaZ) são: o ovário afetado comumente tem mais de 10cm de
diãmetro, é aproximadamente esférico e tem superfície lisa; contudo, em geral os tumores
das células da granulosa têm dimensões superiores a esta e podem mesmo atingir 25cm
de diãmetro (Figura 277 A), com as mesmas caracteristicas superficiais dos tumores
pequenos. Não se sabe se os tumores maiores são estágios avançados dos tumores
menores. Em todos os casos, todo o ovário está neoplásico. Um aspecto diagnóstico

. adicional é que o ovário não afetado é pequeno, duro e completamente inativo.


Ultra-sonograficamente, os pequenos tumores podem ser sólidos (Figura 277B) ou contém
muitas cavidades que podem ter forma circular ou cuneiforme e geralmente têm
diãmetros similares (O,5-1,5cm)(Figura 277C). A varredura confirma a forma geral
esférica ou ligeiramente oblonga do ovário. Tumores maiores contém cavidades
igualmente maiores, que podem conter linhas e trabéculas ecodensas, presumivelmente
causadas por hemorragias voltadas para as cavidades. Os tumores maiores normalmente
contêm uma única cavidade. Em certos locais, a parede do tumor pode ser muito delgada.
O exame macroscópico subsequente destes ovários confirma os achados ultra-
sonográficos. O exame do outro ovário revela atividade folicular praticamente inexistente.
Duas situações, de etiologia e significado desconhecidos, podem mimetizar os tumores das

.
células granulares, embora sejam de rara ocorrência:
Um grande ovário (>12cm de diãmetro) contendo muitos folículos estáticos, Lé, há
pouquíssima alteração morfológica ao longo de muitos meses; é também possível que
ovulações ocorram deste ovário, se os folículos maduros estão próximos à fossa de
ovulação. O ovário oposto também é ativo e sua atividade de ciclagem é normal.
. "Hematoma" persistente. Um ovário de superfície lisa pode continuar apresentando os
mesmos aspectos palpáveis e ultra-sonoscópicos por muitos meses. Por ocasião da
remoção, verifica-se que o ovário contém sangue, que apenas parcialmente está coagulado
(Figura 277D). O ovário oposto está ativo e a égua possui ciclos normais.
Os ovários afetados em quaisquer destas situações, comumente, são removidos, porque se
acredita que sejam tumores ou por se considerar que o órgão aumentado poderia interferir
no momento do parto, caso a égua venha a conceber.
(d) Ovariectomia. Pequenos tumores podem ser removidos pelo flanco, porém os tumores
grandes devem ser abordados pela linha média. Os problemas especiais com que se depara o

..
cirurgião são:
Longo decúbito, causando lesão muscular.

.. Dificuldade na exteriorização do ovário, para uma hemostasia efetiva.


Hemorragia pós-operatória.
Dor pós-operatória.
.
(e) Se as complicações relacionadas à cirurgia não forem letais ou debilitantes, pode-se
esperar que o ovário não afetado retome à atividade de ciclagem e a égua poderá manter a
gestação normal. O período que deve transcorrer para o retorno dos ciclos parece depender
da duração de tempo durante o qual o ovário não afetado ficou inativo e da estação do ano -

210
uma demora maior que a 1 ano é ocorrência comum. Assim que a atividade ciclica tenha
retornado, ela ocorrerá com a mesma frequência (aproximadamente uma vez a cada 3
semanas), que nas éguas com dois ovários.

95 (a) As anormalidades bioquímicas do sangue e hematológicas neste caso são: azotemia,


hipercalemia, hipernatremia, hipocalcemia, hipofosfatemia e neutropenia. Os valores séricos
para a proteína total e para a albumina estão basicamente ao nível dos valores de referência
mínimos.
O animal apresentava insuficiência renal aguda, presumivelmente em consequência de
lesão renal isquêmica em seguida às alterações hemodinãmicas associadas à colite. Contudo,
um acesso tóxico afetando ambos os rins e o trato gastrintestinal poderia resultar nestes
sinais.
Geralmente, não ocorre hipercalemia em casos de insuficiência renal equina aguda, mas
este é um estado que pode ameaçar a vida do animal, em decorrência de seus efeitos sobre o
funcionamento cardíaco.
(b) Urinálise - densidade específica, cilindros, células, uréia e creatinina. As relações para a
uréia ou creatinina na urina/plasma podem ter utilidade na diferenciação entre as causas
pré-renais e renais primárias da azotemia, nos casos menos graves.
A determinação dos valores de eliminação do sulfanilato ou dos eletrólitos (fracionados)
teria valor desprezível em caso com disfunção excretora grave, como ocorreu nesta égua.
A ultra-sonografia renal pode permitir a identificação de anormalidades estruturais, além
da imagem de cálculos, neoplasia, pielonefrite, etc., que poderiam também originar
insuficiência renal.
O exame eletrocardiográfico (ECG) deve ser realizado com o intuito de avaliar os efeitos
da hipercalemia na condução elétrica cardíaca.
(c) Neste caso, há necessidade de tratamento clínico extenso, que deve ser interrompida para
a causa subjacente provável, i.é, colite, e toda a medicação potencialmente nefrotóxica
deverá ser descontinuada.
A fluidoterapia intravenosa faz-se necessária para a correção dos desequilíbrios
eletrolíticos e para a restauração da deficiência de volume do plasma. Torna-se essencial a
frequente monitoração dos níveis dos eletrólitos plasmáticos (potássio, sódio e cloreto),
níveis de proteína total e hematócrito.
Em sua maioria, os cavalos com necrose tubular aguda melhorarão sua produção de urina
apenas pela restauração da deficiência de líquidos. Contudo, caso a oligúria persista, então
poderá haver necessidade de diurese com furosemida ou solução a 20% de manitol
intravenosa. A administração de dopamina melhoraria o fluxo sanguíneo renal e a
velocidade de filtração glomerular e, embora em caso extremo, a hemodiálise ou a diálise
peritoneal poderiam ser procedimento exequível.
Havendo necessidade de sedação ou analgesia no tratamento da colite, então haverá
indicação para o uso de agentes como a xilazina ou detomidina, visto que estes
medicamentos também promovem a produção de urina.
A restauração da função e da produção renais possivelmente resultaria na correção de
qualquer acidose metabólica renal, de tal forma que, provavelmente, passa a ser
desnecessária a administração intravenosa de bicarbonato e este agente não deve ser
administrado, a menos que existam condições de realização da análise dos gases sanguíneos.
A h;percalemia é risco potencial à vida do paciente e, portanto, deverá ser instituído o
tratamento visando a redução dos níveis extracelulares de potássio (K+). O tratamento geral
p~ra este animal deve constar da redução dos níveis plasmáticos de K+ e, com o aumento do
volume de fluido extracelular pela fluidoterapia, dissolverá o K+ plasmático e também
aumenta a excreção urinária deste eletrólito, pela perfusão renal melhorada. A reversão da
acidose metabólica promoverá a absorção celular de K+, que poderá ser ainda mais
incrementada pela administração de glicose intravenosa, juntamente com insulina regular.

211
A administração de solução de borogluconato de cálcio por via intravenosa tem efeito
cardioprotetor, devido à normalização das diferenças entre a membrana em repouso e dos
potenciais limiares. Os exames por ECG devem ser realizados regularmente, para a
monitoração da eficácia deste tratamento.
(d) Se a produção urinária pode ser restaurada e se a causa subjacente da insuficiência renal
aguda foi tratada com êxito, então o prognóstico será razoável a bom. Embora esta égua
tenha se recuperado completamente, muitos casos afetados de forma semelhante podem
progredir até a insuficiência renal crônica compensada.

96 A pele e, possivelmente, a bainha tendinosa e/ou o tendão do flexor digital superficial. O


tendão e a bainha tendinosa podem ser avaliados por exame ultra-sonográfico, utilizando
transdutor de 7,5MHz.
(b) Porque há movimento diferencial do tendão, bainha tendinosa, e pele.
(c) Debridar o tecido de granulação sem que o flexor digital superficial fique exposto (se for
possível), para que seja minimizado o risco de subsequente formação de aderências. Aplicar
aparelho gessado na metade do membro para a imobilização da parte distal do membro.
Desde que não ocorram complicações, o aparelho gessado poderá ser deixado por 4 semanas
(ou por até 6 semanas, nas lacerações mais graves). Fornecer antibioticoterapia sistêmica
durante 5-7 dias, caso haja evidência de infecção. (Fazer cultura do corrimento e efetuar
testes de sensibilidade antimicrobiana por ocasião do debridamento; alterar o regime
antibiótico iniciado por ocasião da cirurgia, caso haja indicação para tal.)

97 (a)
o Cérvix - cerca de lcm de largura e 7cm de comprimento, situando-se na área pélvica
mediana; este órgão é percebido como estrutura muito firme, i.é, está firmemente
retraída, em decorrência da ação da progesterona.
o Útero - o corpo e os cornos estão tubulares e borrachosos (tônicos), devido à contração do
miométrio. Há tumefação de 2,5-3,Ocm na base de um (gestações simples ou gemelares
unilaterais) ou de ambos (gestaçôes gemelares bilaterais) os cornos uterinos. A tumefação
é menos distinta que o restante do útero tônico, porque a parede uterina circunjacente
está adelgaçada; a tumefação é mais pronunciada ventrolateralmente, e portanto apenas
poderá ser palpada erguendo-se o útero suavemente comas pontas dos dedos.
o Ovários - comumente são percebidos como corpos ativos, com vários folículos até com
dimensões pré-ovulatórias; o corpo lúteo da gestação não pode ser palpado.
(b) Cérvix - igual à de 21 dias.
o útero - o tono é o mesmo do de 21 dias ou mais intenso; a tumefação da gestação tem cerca
de 4,0 de diâmetro e está tensa, por encontrar-se repleta de líquido (cr. o "tono" do
restante do trato).
o Ovários - igual aos de 21 dias, mas comumente contém folículos mais palpáveis.
(c)
o Cérvix - igual à de 21 dias.
o Útero - como o de 32 dias, mas a tumefação da gestação tem cerca de 8cm de diâmetro e
ocupa a metade basal do corno gravídico. Este é o último estágio em que gêmeos bilaterais
podem ser detectados por palpação.
o Ovários - em decorrência dos efeitos sinergísticos da gonadotropifa coriônica equina e do
hormônio estimulador dos folículos (da pituitária) nos ovários, há significativo
desenvolvimento folicular, com a formação de tecido lúteo secundário. Portanto, os ovários
estão crescidos e ativos.
(d)
o Cérvix - igual à de 21 dias.
o Útero - após 60 dias, a membrana cório-alantóide expande-se rapidamente, indo ocupar
todo o útero por volta de 80-85 dias; isto resulta em útero mais ou menos uniformemente
distendido com o líquido alantóide. Via retaZ, o corpo do útero fica mais evidente, tendo

212
comumente cerca de 12cm de comprimento, estando tenso em decorrência de seu conteúdo
líquido.
o Ovários - em geral como os de 60 dias, mas podem ser menores e, talvez deslocados mais
cranialmente; estes órgãos permanecem dorsais ao útero.
(e)
o Cérvix - igual à de 21 dias.
o Útero - apenas o corpo é palpável; dependendo da posição do útero e de outras vísceras,
este órgão pode ser sentido como víscera repleta de líquido, em que o feto pode ser
rechaçado pela percussão da superfície dorsal ou pode ser percebido como órgão
relativamente não ocupado por líquido, de modo que o feto será facilmente palpado.
Podem ser identificadas partes do feto, p.expl. a cabeça.
o Ovários - geralmente estes órgãos estão pequenos e inativos neste estágio e estão
tracionados cranial e medialmente, de modo que sua palpação se torna difícil.
CD
o Cérvix - comumente mais mole que nos estágios iniciais da gestação, devido à influência
do estrógeno placentário, que é produzido nesta época.
o Útero - o feto é facilmente palpado no corpo do útero; podem ser identificadas a cabeça e/
ou membros torácicos. Há percepção muito pequena do líquido no útero.
o Os ovários estão quiescentes, e são raramente palpáveis, neste estágio.

98 A aplicação de fio de aço inoxidável monofilamentar 24 SWG por procedimento de


"entrada-e-saída" simples é muito efetiva para a fixação das fraturas mandibulares e
maxilares do quadrante dos incisivos. Os dentes canino e incisivo central contralaterais
proporcionam pontos de estabilização (Figura 278). A oc1usão normal é verificada depois da
remoção do tubo orotraqueal. Suturas absorvíveis podem ser utilizadas no reparo das feridas
das mucosas. Deve ser tomada a precaução de evitar a laceração da mucos a gengival ou
labial pelas extremidades cortantes do fio metálico. Este objetivo pode ser alcançado pela
fixação das extremidades entre dentes ou pelo seu revestimento com um pouco de cera
dental. Em éguas ou cavalos castrados sem dentes caninos, um ponto de estabilização
lateral pode ser criado mediante a perfuração de túnel estreito através da mandíbula, no
ponto correspondente. A fratura estabilizar-se-á dentro de 6 semanas, quando então o fio
metálico será removido.

99 Consultar a Figura 279.


(a) A flexão do carpo auxilia na redução. O tratamento consiste na redução e fixação por
meio de fixação interna. Este último procedimento é conseguido de modo ideal com o uso de
parafuso(s) de osso cortical do tipo AO/ASIF, inserido(s) por técnica de ação retardada
(compressivo) sob visualização artroscópica. Podem ser utilizados parafusos de 3,5 ou
4,5mm.
(b) A faceta radial (media\) do terceiro osso carpiano.
(c) Ocorreu cominução na margem da fratura do osso original, e linhas de desgaste na
cartilagem articular palmar à fratura.

100 (a) Embora o exercício resulte em aumento da ingestão dos alimentos, as necessidades
.energéticas nos dias de exercício intenso não podem ser atendidas pela ingestão de energia
presente na ração (pois a ingestão do alimento fica limitada a algo entre 2 e 3% do peso
corporal, com base de matéria seca). Durante o trabalho intenso, será benéfico o aumento da
densidade energética da ração e, talvez, o aumento da frequência das refeições. Foi
demonstrado que a gordura é tolerada de modo bastante satisfatório pelo cavalo (até 10-15%
da dieta), mas a ingestão dos alimentos tende a diminuir com o aumento da concentração. O
fornecimento de gordura poderia "preparar" as enzimas para o metabolismo dos ácidos

213
graxos, a principal fonte de energia durante cavalgada de resistência; portanto, resultará
em reserva de glicose, que poderá melhorar o desempenho.
Os ácidos graxos também são importantes para as condições da pele e da pelagem. As
gorduras têm a vantagem adicional, ao substituir os carboidratos em cavalos alimentados
com grandes volumes de ração, pois pode ocorrer redução na carga térmica, porque estes
agentes aumentam a eficiência da utilização da energia, sem que seja aumentada a
produção de calor.
(b) Até que as limitações para o transporte de combustível (piruvato e ácidos graxos livres)
até o interior das mitocõndrias tenham sido determinadas e esclarecidas, não será
compreendida a relativa importância dos ácidos graxos na produção de energia sob as
diversas intensidades e durações de trabalho. Atualmente, acredita-se que os ácidos graxos
tenham importância limitada na produção de energia do animal "sprinter" (corredor de
pequenas distâncias). Contudo, existe certo estudo limitado, sugerindo que o aumento dos
níveis de óleo nas dietas de cavalos submetidos a trabalho intenso poderá ajudar com a
utilização e disponibilidade de energia durante o treinamento para corrida de velocidade.
Ainda não são conhecidas as proporções ideais da gordura e carboidrato na dieta para
exercícios em diversas intensidades e durações.
(c) O excesso pode ser prejudicial, não somente devido a decréscimo na palatabilidade da
ração e à possibilidade de distúrbios nutricionais, mas também porque a quantidade
demasiada de gordura fluindo até o intestino grosso tenderá a diminuir a digestibilidade das
fibras e utilização da gordura. Os ácidos graxos de cadeia longa têm absorção limitada pelo
intestino grosso.
(d) Para o cavalo, inexistem informações qualitativas acerca da importância relativa dos
diferentes ácidos graxos e, portanto, dos vários óleos. Atualmente, óleos como o de soja ou de
milho têm sido recomendados para acréscimo à dieta (até 200-225ml por dia para um cavalo
de corrida). Contudo, qualquer que seja o óleo utilizado, este deverá ser gradualmente
introduzido na dieta.
O NRC, 1989, sugere que a matéria seca do alimento deve incluir pelo menos 0,5% de
ácido linolêico.

101 Traqueíte, bronquite e pneumonia por inalação são consequências comuns da obstrução
aguda do esõfago. Neste caso, foram observados acúmulos de saliva inalada e contaminada
pelo material ingerido e, situando-se no interior da traquéia ao nível da entrada do tórax. Se
fossem obtidas radiografias, elas mostrariam áreas de consolidação nos campos pulmonares
inferiores. A inalação de material contaminado não leva frequentemente a pneumonia
gangrenosa fatal. De fato, desde que seja administrado um tratamento vigoroso de algum
antibiótico de amplo espectro, em sua maioria os pacientes se recuperam com relativa
brevidade. Este é, talvez, o testemunho da eficiência do mecanismo de eliminação mucociliar
no cavalo.
Na prática, o engasgamento esofagiano agudo é geralmente tratado com êxito por meio de
agentes espasmolíticos e meios auxiliares como a endoscopia e a radiografia torácica devem
ser considerados como desnecessários. Contudo, o caso ilustrado certamente enfatiza a
necessidade de medicação agressiva no período de recuperação.

102 (a) Os aspectos clínicos são típicos de infecção por Streptococcus equi (garrotilho). Este
distúrbio pode ser confirmado pela cultura bacteriológica do corrimento purulento
(preferivelmente obtido de abscesso de linfonodo).
(b) O tratamento do garrotilho é controverso. Na maioria dos casos, ocorre recuperação
espontânea, não havendo necessidade de antibioticoter~pia. Alguns acreditam que o
tratamento dos casos com antibióticos, antes da maturação dos abscessos, poderá retardar a
velocidade de recuperação, aumentando o risco de disseminação linfática considerável da
infecção no corpo ("garrotilho bastardo"); contudo, há poucas evidências publicadas que
sustentem este ponto de vista. Penicilina é o antibiótico de escolha, caso haja necessidade de

214
tratamento (p.expl., em casos graves, e em casos com complicações como o empiema da bolsa
gutural, pneumonia por aspiração, pleurite, abscedação abdominal, etc.) Penicilina G
procaína (22.000 ui/kg duas vezes ao dia) pode ser utilizada até 5-10 dias após o
desaparecimento dos sinais clínicos. Dose mais elevada pode ser necessária, nos casos de
"garrotilho bastardo". A alimentação por tubo nasogástrico pode ser medida necessária, caso
a disfagia seja grave. Medicamentos antiinflamatórios (p.expl., fenilbutazona, flunixin
meglumine) podem melhorar o comportamento geral dos casos graves. Em cavalos com
dispnéia decorrentes da compressão da faringe/laringe por abscessos, pode haver
necessidade da prática de traqueostomia temporária. A lancetagem e drenagem dos
abscessos, assim que estejam maturos, ajudarão no caso.
(c) Devem ser implementadas a quarentena dos cavalos afetados e medidas rígidas de
higiene, para que seja limitada a disseminação da infecção a outros animais suscetíveis. A
monitoração, duas vezes ao dia, da temperatura retal e o tratamento imediato com
penicilina de todos os cavalos com pirexia, são medidas que poderão impedir o
desenvolvimento da moléstia no estágio inicial. Alternativamente, poderá ser implementado
o tratamento profilático de "cobertura" de todos os cavalos suscetíveis.

103 (a) Exantema coital equina, provocada pelo herpes virus 3 equino.
(b) Sim, pelo trabalho e possivelmente pela falta de higiene.
(c) Poderá ser uma pequena redução devido à resistência mais baixa a infecção bacteriana
durante a infecção viral.

104 (a) Monitoração da pressão sanguínea arterial e ECG.


(b) A monitoração da pressão sanguínea arterial fornece mais informações que o ECG, que
apenas ilustra a atividade elétrica no coração. A pressão sanguínea indica se há débito
cardíaco efetivo, através do qual é mantida a perfusão tecidual. A profundidade da anestesia
ou o tono simpático também podem estar implicados, a partir de leituras sequenciais.
Acredita-se que a manutenção de perfusão tecidual efetiva reduza a incidência da miopatia
pós-anestésica.

105 (a) Cernelha fistulosa infecção da bolsa subcutãnea sobrejacentes aos processos
espinhosos dorsais torácicos nesta área. Este problema pode estar associado a traumatismo
anterior.
(b) Brucella spp. ocasionalmente têm estado associadas a este problema.
(c) Radiografias, para a determinação da presença ou ausência de osteomielite concomitante.
Ultra-sonografia, para que seja determinada a extensão do abscesso.
(d) Geralmente, há necessidade de cirurgia radical. Infecções locais não envolvendo a bolsa
podem responder a antibióticos locais e sistêmicos. Deverão ser realizadas culturas
bacterianas tanto aeróbicas quanto anaeróbicas, antes que seja implementada a
antibioticoterapia. O principal problema está associado à dificuldade em proporcionar
drenagem adequada do local infectado.

106 (a) Ocorreu distensão da bainha tendinosa do extensor radial do carpo.


(b) Boa história clínica, para estabelecer se houve penetração desta estrutura e possível
infecção. O exame clínico, para o estabelecimento de qual nível de claudicação (caso esteja
ocorrendo) está presente; análise do líquido sinovial, no caso de qualquer suspeita de
infecção, e radiografias, para a observação de qualquer remodelagem porventura ocorrente
do sulco do extensor do carpo radial na parte dorsodistal do rádio. A ultra-sonografia irá
determinar se ocorreu lesão ao tendão por si, proliferação sinovial ou formação de
aderências.
(c) A presença de claudicação decorrente da infecção ou a lesão do tendão do extensor radial
do carpo, em associação com novo tecido ósseo na porção distal do rádio, levará a prognóstico
sombrio a reservado.

215
107 As lacerações retais são riscos incomuns, mas reais, quando a exploração pélvica ou
abdominal for efetuada por esta via. Diz-se que a incidência é superior em cavalos do que em
éguas, possivelmente porque estes últimos animais estão mais acostumados a ser
examinados desta maneira. Explicações alternativas são que o cavalo possui debilidade
inerente no reto, ou que os exames são realizados nos machos por razões (p.expl., cólica ou
localização de testículo abdominal) que necessitam de palpação mais profunda no abdômen,
que o exame ginecológico de rotina da égua.
O local mais comum para a lesão retal situa-se cerca de 30cm cranial ao ânus e dorsal, i.é,
longitudinal, ao longo da inserção mesorretal. Então, este traumatismo pode causar
hemorragia (geralmente não fatal) e o escape do conteúdo retal para o interior da cavidade
peritoneal. A peritonite fatal é sequela comum.
Este problema é frequentemente causado por clínicos experientes, e muitas vezes passa
despercebido. Em muitos casos, o sangue que é observado no braço após o exame de cavalo
via retaZ deve-se a algum traumatismo superficial sem maiores consequências. Quando
realmente ocorrem lacerações, a suposição natural do examinador é que seus dedos
penetraram no reto e a menos que o profissional perceba a provável localização dorsal da
lesão, o re-exame não será diagnóstico.
Muitos fatores que podem contribuir para as lacerações retais não são controláveis;
assim, é impossível orientar acerca de como as lacerações podem ser evitadas. Visto que a
tranquilização de rotina de todos os cavalos e a eliminação completa dos estímulos externos
e do peristaltismo não são práticos ou possíveis, sempre poderão ocorrer acidentes. A
orientação para a resistência às contrações peristálticas não é realista, embora sempre deva
ser defendida a abordagem suave, relaxada e paciente. O exame deverá ser encerrado, caso o
cavalo faça muita força/oposição.

108 (a) Oxiuríase decorrente da infecção com o oxiurídeo Oxyuris equi.


(b) O prurido perinealleva ao autotraumatismo da base da cauda ou quartos pélvicos em
projeções do estábulo, cercas, etc. Supõe-se que o processo de postura de ovos pelos vermes
adultos, ao emergirem através do ânus, provoque irritação da pele adjacente.
(c) A distribuição das lesões cutãneas é sugestiva de oxiuríase. A "coceira doce" pode dar
origem a lesões similares, mas neste distúrbio, geralmente também há lesões presentes na
crina e cernelha. A presença de estrias de material pegajoso, de coloração cinza/amarela no
períneo é indicativa de oxiuríase, e a identificação de ovos de O. equi (típicos: operculados
com um dos lados achatado) neste material confirmará o diagnóstico.
(a) Anti-helmíntico de amplo espectro. A limpeza da pele perineal com pano reduzirá a
contaminação do ambiente com ovos do oxiúro.

109 (a) Seneciojacobaea (tasneira comum). Os princípios tóxicos são os a1calóides da


pirrolizidina.
(b) O corte mostra a perda de hepatócitos e sua substituição por tecido fibroso (Figura 280).
Vários megalócitos (hepatócitos anormalmente grandes) são visíveis. Estes achados são

.
típicos do envenenamento pela tasneira, embora alterações similares ocorram na
aflatoxicose.
(c) Os alcalóides da pirrolizidina são metabolizados, resultando em pirróis altamente tóxicos
e possuidores de efeito antimitótico que resultando em megalocitose. A fibrose ocorre em
resposta à degeneração parenquimatosa.
(d) A gamaglutamil transferase (GGT) sérica é o indicador mais sensível de lesão hepática,
na intoxicação subclínica pela tasneira comum.

110 (a) Diabete melito (DM). DM é definido como hiperglicemia persistente, decorrente de
deficiência relativa ou absoluta de insulina. No cavalo, um DM verdadeiro não foi
convincentemente documentado e a maioria dos casos ocorre em associação com outro estado

216
de afecção. Embora DM raramente ocorra no cavalo, esta afecção é detectada em casos de
moléstia de Cushing decorrente de adenoma da pituitária.
(b) Este pônei tem apenas 4 anos de idade e, exceto pelo aumento da sede e perda de peso,
não está exibindo nenhum dos sinais de hiperadrenocorticismo da moléstia de Cushing. A
causa mais provável de DM neste pônei é a pancreatite crônica, que em geral é considerada
como sendo resultante da migração de larvas de estrôngilos, particularmente Strongylus
equinus.
(c) Um aprofundamento da investigação deve ser direcionado para o estudo do metabolismo
da glicose e identificação de causa subjacente.
Cavalos com DM, por definição, devem apresentar hiperglicemia em repouso e, após uma
carga de glicose intravenosa deve ocorrer uma duração prolongada da hiperglicemia
induzida. Seria medida útil a mensuração dos níveis plasmáticos de glicose após à
administração de insulina regular intravenosa: se os níveis plasmáticos de glicose não
apresentam queda, então isto confirmaria a resistência à insulina como o mecanismo do DM
e não produção deficiente de insulina, que é suposta no caso de pancreatite.
A confirmação da pancreatite dependeria da determinação dos níveis de lipase e amilase
no plasma e líquido peritoneal. O pâncreas do equino contém elevadas concentrações de
gamaglutamil transferase (GGT), de tal forma que casos de DM do equino podem
apresentar-se com elevação dos níveis plasmáticos desta enzima.

111 (a) O osso exposto está desvitalizado e perdeu seu revestimento periostal. O tecido irá
sofrer sequestro e terminará esfacelando.
(b) Remover cirurgicamente o osso desvitalizado.
(c) Provavelmente ocorrerá tecido de granulação presente sob o osso necrosado, e este tecido
se expandirá, indo preencher a área imediatamente após a remoção do osso. Em seguida, a
cicatrização progredirá sem maiores complicações. O gessamento do membro poderá evitar o
desenvolvimento de tecido de granulação exuberante.

112 (a) Há diversos ovos de estrôngilos na matéria fecal.


(b) O número de ovos e a identificação da espécie do verme são dados importantes. Os ovos
das espécies de ciatóstomos e estrôngilos são muito similares, mas podem ser diferenciados
pela eclosão artificial e pela identificação das larvas. O nível de infestação em cavalos em
contato deverá ser determinado.
(c) Sabe-se da existência de resistência ao fembendazol e anti-helmínticos afins, e o
proprietário deve verificar regularmente a eficácia do regime anti-helmíntico. Todos os
cavalos que partilham do pasto devem ser tratados similarmente (por contagens regulares
de ovos dos vermes pós-tratamento). Benefícios extraordinários podem ser obtidos com a
remoção das fezes do pasto. A sincronização dos tratamentos com o anti-helmíntico e o
próprio medicamento utilizado devem ser reavaliados. A higiene das pastagens deverá ser
mantida, dentro do nível praticável.

113 (a) Veja a Figura 281: ligamento próprio dos testículos - alongado no testículo retido
incompletamente no abdômen (1); cauda do epidídimo (2); ligamento da cauda do epidídimo
(3); processo vaginal (4).

..
(b)
Retenção inguinal temporária.

.. Retenção inguinal permanente.


Retenção abdominal incompleta.

. Retenção abdominal completa.


Unilateral ou bilateral.

217
.
(c)
Teste do sulfato de estrona - Em cavalos com mais de 3 anos de idade, uma única amostra
de sangue pode ser testada para a presença de sulfato de estrona: castrados, menos de

. 1O0pg/ml; criptorquídeos, mais de 400pg/ml.


Teste de estimulação da testosterona - Em cavalos com menos de 3 anos de idade e em
burros de qualquer idade. As concentrações séricas de testosterona são avaliadas antes e
30min a 2h após a estimulação com 6000ui de gonadotrofina coriônica humana.
Criptorquídeos apresentam concentração de testosterona superior a 100pg/ml, antes, e
nível mais elevado, após, a estimulação.

114 (a) Este caso provavelmente seria classificado como "diarréia crônica idiopática". Não
pode ser obtido o diagnóstico específico em até 50% dos casos de diarréia crônica. Os
mecanismos potenciais que eventualmente serão importantes em tais casos são:
anormalidades da fermentação, secreçãO ou motilidade no ceco e/ou cólon.
(b) Várias biópsias da parede intestinal (obtidas via laparotomia) são válidas no diagnóstico
de alguns casos de diarréia crônica, mas em casos onde estejam envolvidas anormalidades
funcionais, é improvável que este procedimento venha a representar qualquer informação
útil.
(c) Há muitos tratamentos que podem ser tentados em tais casos. Estes tratamentos são:
manipulação da ração (alguns casos melhoram quando mantidos em capim; outros quando
mantidos em ração seca), adsorventes e protetores intestinais (caolim, greda em pó,
subsalicilato de bismuto, etc.), transfaunação com conteúdo cecal fresco ou "liquor" fecal,
cloro-iodo-hidroxiquinolina, fosfato de codeína, fenoxibenzamina, probióticos, etc.

115 (a) Cistos hidáticos. Grandes cistos repletos de líquido, com forte cápsula fibrosa, estão
presentes na superfície deste fígado. Alguns animais apresentarão múltiplos cistos de
pequenas dimensôes por todo o parênquima hepático; ocasionalmente os cistos são
encontrados em outros órgãos. Os cistos contêm os estágios larvais do cestódio canino
Echinococcus granulosus equinus, para o qual o cavalo é hospedeiro intermediário.
(b) Mesmo em casos como o ilustrado, o problema parece ter pouco significado patogênico
para o cavalo.
(c) Os cistos hidáticos no cavalo não têm potencial zoonótico, porque E. g. equinus tem ciclo
exclusivamente canino-equino, nunca tendo sido identificado em outros animais.

116 (a) Estes cavalos provavelmente estão afetados por moléstia respiratória contagiosa,
que, mais provavelmente, é de natureza viral. Em sua maioria, os cavalos, que começam
subitamente a tossir, estão sofrendo de infecção viral do trato respiratório superior. Vários
agentes virais diferentes podem estar envolvidos em tais casos: influenza equina,
herpesvírus equino, rinovírus equino, etc. Uma causa viral não poderá ser desconsiderada
em cavalo vacinado; mesmo cavalos vacinados contra influenza podem tornar-se infectados
por este vírus (especialmente se a vacinação foi efetuada há mais de 6 meses atrás), embora
em geral a gravidade da moléstia seja mais branda, comparativamente ao que ocorre em
cavalos não vilcinados e não-imunes. A confirmação da natureza da infecção viral depende
do isolamento viral e/ou de técnicas sorológicas, mas comumente estas investigações não são
necessárias.
(b) Frequentemente não há necessidade de tratamento específico com infecções virais. A
consideração mais importante em seu b;atamento é o repouso, até que tenha ocorrido a
recuperação completa (comumente 7-14 dias nas infecções brandas). As infecções virais são
fatores predisponentes comuns no desenvolvimento da hipersensibilidade das vias
respiratórias (i.é, MPOC), devendo ser encetadas tentativas para que seja reduzida a
exposição de cavalos infectados aos antígenos ambientais (principalmente as poeiras de umo
e palha). A terapia sintomática com broncodilatadores (p.expl., clembuterol) e/ou mucolíticos

218
poderá ajudar a acelerar a resolução da moléstia clínica. A antibioticoterapia é
desnecessária, a menos que haja suspeita de infecções bacterianas secundárias.
Medicamentos antiinflamatórios não esteróides podem também ser benéficos em casos de
infecções graves (Lé, nos casos em que esteja ocorrendo febre alta e prolongada ou anorexia).

117 (a) A causa mais provável do murmúrio é um defeito do septo ventricular, em que o
sangue desviado do ventrículo esquerdo para o direito. A regurgitação da tricúspide também
resultaria em murmúrio sistólico, com seu ponto de máxima intensidade sobre a válvula
tricúspide; contudo, mesmo nos casos muito graves, estes murmúrios tendem a não irradiar
ventralmente ao longo da borda esternal. Pode ter ocorrido que este põnei estivesse com
regurgitação da tricúspide e um defeito do septo ventricular.
(b) A imagem mostra dilatação do átrio direito, decorrente de sobrecarga de volume do lado
esquerdo do coração. O lado direito do coração também está dilatado, com o septo empurrado
na direção do ventrículo esquerdo. Como esta é uma imagem sistólica, ela sugere que o
cavalo está sofrendo de hipertensão pulmonar, com elevadas pressões no ventrículo
esquerdo. Este quadro também explicaria o aumento na intensidade do segundo som
cardíaco. Se está presente defeito no septo ventricular, é provável que ele seja um grande
defeito, com um fluxo de volume significativo.
(c) Os defeitos do septo ventricular estão mais comumente localizados no septo membranoso,
abaixo da cúspide coronária direita da válvula aórtica e do folheto septal da válvula
tricúspide. Haveria necessidade de investigação cuidadosa desta área, para a confirmação do
diagnóstico de defeito do septo ventricular em caso de murmúrio deste tipo. O
ecocardiograma na Figura 282 foi obtido do mesmo põnei. O transdutor foi girado
ligeiramente e angulado cranialmente, para a obtenção de imagem da aorta (AO). O defeito
do septo ventricular (VSD) pode ser agora nitidamente visualizado.
(d) Este põnei já está exibindo sinais de sobrecarga de volume do lado direito.
Provavelmente, isto resultará em aumento na pressão diastólica final no ventrículo
esquerdo. Ocorrerá a dilatação do ventrículo esquerdo, com o estiramento do anel da válvula
mitrallevando à regurgitação mitral. Isto aumentará a sobrecarga de volume do átrio
esquerdo, resultando em pressões elevadas no átrio esquerdo e em congestão pulmonar.
Ocorrerá insuficiência cardíaca congestiva. O aumento do fluxo sanguíneo através da
circulação pulmonar, em decorrência do desvio da esquerda para a direita levará à
hipertensão pulmonar e a elevadas pressões sistólicas do ventrículo direito. O ventrículo
direito não está estruturado para funcionar como bomba de alta pressão e, embora a
hipertrofia vá ocorrer, o ventrículo acabará por se dilatar. A dilatação ventricular resultará
na malposição dos músculos papilares e no estiramento/distensão do anel valvular, levando à
regurgitação da tricúspide. Uma regurgitação grave desta válvula resultará em aumento
nas pressões no átrio direito e venosa sistêmica, resultando em congestão. O desvio reverso
ou bidirecional ocorrerá, à medida que forem se elevando as pressões ventriculares. Assim, o
prognóstico é sombrio.

118 Veja a Figura 283.


(a) Fratura aguda. Não há evidência de degeneração articular adjacente, remodelagem do
contorno ósseo ou de formação de osteófitos periarticulares e há pouca proliferação sinovial.
(b) As projeções oblíqua dorsolateral-palmaromedial e lateromedial flexionada proporcionam
previsão mais consistente da presença de fraturas em lasca, neste local.

119 (a) A planta é Senecio jacobaea (tasneira) e o alcalóide da pirrolizidina presente na


planta é causa significativa de intoxicação em cavalos.
(b) A ingestão repetida ou persistente desta planta é responsável pelo desenvolvimento de
cirrose hepática grave. Os sinais clínicos podem limitar-se à perda de peso, hipoproteinemia,
ascite, fotossensibilização e icterícia, mas terminam numa hépato-encefalopatia.

219
(c) Geralmente a planta viva é pouco palatável para os cavalos em regime de pasto, sendo
consumida apenas em condições de inanição. As plantas mortas parecem ser mais palatáveis
e, quando incluídas no feno, os cavalos mostram-se incapazes de diferenciá-Ias, podendo
então ocorrer ingestão significativa. Todos os pastos em que cavalos sejam colocados ou cujo
material plantado seja cortado para fenação devem estar isentos desta planta. As plantas
devem ser arrancadas inteiras antes da estação de sementes e removidas do campo.

120 O problema é conhecido como periostite da incisura ou do frontal, e o diagnóstico pode


ser confirmado por radiografia "em linha do horizonte" da lesão, com o cavalo na posição
quadrupedal (Figura 284). Será visível tanto a neoformação óssea endostal quanto periostal,
mas a tumefação em geral excede em muito a reação óssea.
A causa da periostite da incisura não é conhecida, embora o traumatismo seja candidato
evídente. O local mais comum é a região ao longo da linha descrita pela incisura frontonasal.
Muitas das lesões são simétricas no nível da linha média, mas às vezes são suficientemente
extensas para que fique comprometido o fluxo lacrimal.
O comportamento da periostite da incisura é comparável à fissura dos ossos
metacarpianos, visto que ambos os problemas se originam com a elevação do periósteo com
hemorragia subperiostal, que subsequentemente se ossifica. A resposta inicial do tecido mole
pode ser reduzida por compressas geladas e medicação antiinflamatória. Uma considerável
modelagem óssea no local geralmente não deixará mais que pequena marca cosmética, mas,
mesmo este defeito, pode ser desastroso para cavalo de exibição. A reação óssea não envolve
as vias respiratórias nasais e a obstrução respiratória nunca é problema, no quadro geral.
Contudo, o corrimento nasal seroso pode estar presente em casos hiperagudos.

121 (a) A laceração pode ser facilmente reparada. Promover a sedação do cavalo (detomidina
e butorfanol compõem combinação útil). Infiltrar as bordas da ferida com anestésico local
não irritante (p.expl., mepivacaína a 1%, sem adrenalina). Irrigar completamente a ferida,
primeiro com bastante ágna e iodo-povidona ou clorexidina.
Pode haver tumefação significativa após a sutura da ferida; portanto, seria prudente a
aplicação de algumas suturas de tensão. Colocar as bordas cutâneas em oposição usando
modelo de sutura interrompido simples com (por exemplo) polipropileno.
(b) Sim, a ferida é vertical e a irrigação sanguínea não deve estar comprometida. A ferida
drenará satisfatoriamente. Não há muito movimento neste local e, portanto não deverá
ocorrer deiscência.
(c) Não, visto que apenas a pele e a fáscia foram lesionadas.

122 (a) Malformação cardíaca congênita com desvio da direita para a esquerda ou moléstia
pulmonar grave, como pneumonia grave, atelectasia, pneumotórax, malformação congênita,
etc.
(b) Radiografar o tórax e realizar exame ultra-sonográfico do coração. Em seguida, pode ser
indicado o exame cardíaco especial (injeção de bolhas no coração direito, pressões camerais,
etc.). Podem estar indicados um hemograma completo e a determinação de fibrinogênio, caso
haja suspeita de pneumonia.

123 (a) O cavalo está anêmico e apresenta-se com leucocitose e hiperfibrinogenemia; estes
achados são, provavelmente, resultantes de infecção/inflamação crônica/neoplasia. A uréia
está levemente elevada e a densidade específica da urina está baixa. O cálcio sérico está
significativamente elevado.
(b) A causa de hipercalcemia e da mineralização dos tecidos moles, mais provavelmente,
estava associada à aparente neoplasia do baço (Lé, hiperparatiroidismo ectópico, ou pseudo-
hiperparatiroidismo). Outras causas possíveis seriam o hiperparatiroidismo primário,
destruição óssea disseminada, enfermidade renal primária, intoxicação pela vit&.mina D ou
exposição a plantas calcinogênicas. A nefropatia hipercalcêmica resulta na produção de

220
urina diluída, com baixa densidade específica e em poliúria e polidipsia. A calcificação do
endocárdio e das válvulas cardíacas foi a causa provável do murmúrio cardíaco. O
hiperparatiroidismo ectópico foi registrado em associação com vários tumores diferentes no
cavalo, mais comumente o linfossarcoma.

124 (a) Sim.


(b) Um disco rosado, oval, grande, com delgados vasos retinianos radiantes e fundo tapetal
claro.

125 A vista laringoscópica ilustra caso de aplasia cricofaríngea, às vezes conhecida como
deslocamento rostral do arco palatal. Este é um caso nítido de problema que surge em
decorrência do desenvolvimento defeituoso do quarto arco branquial. As estruturas

..
comumente ausentes são:
Músculos cricofaríngeos - o esfíncter esofagiano proximal.

..Articulação cricotiróidea.
Parte caudal da lâmina tiróidea.
Músculos cricotiróideos.
A ausência de articulações cricotiróideas normais compromete o efeito mecânico dos
músculos abdutores da laringe. Isto, em combinação com os pilares caudais livres do arco
palatofaríngeo, provoca os ruídos respiratórios anormais.
A ausência de esfíncter esofagiano proximal efetivo faz com que o cavalo passe a ser um
"engolidor de ar" portador de aerofagia, pois o esMago fica permanentemente aberto (Figura

..
285). Assim, os outros sinais deste distúrbio são:
Eructação audível.

..
Disfagia, com corrimento nasal e tosse.
Desperdício/improfícuo/improdutividade.
Cólica.
Não há remédio para este importante distúrbio congênito.

126 (a) Fratura da tuberosidade coxal, asa ou corpo do ilíaco, ou (possivelmente) do púbis.
Devido ao grau de assimetria, esta última possibilidade é improvável.
(b) Exame retal e, se possível, uma radiografia da pélvis com o cavalo em pé. [Nota do
Editor: Este é um procedimento potencialmente perigoso; é preferível a radiografia realizada
sob anestesia geral, mas êle deverá ser adiado por algumas semanas após a cirurgia.]
c) Se a lesão envolve o ílio, mas não o acetábulo, o prognóstico é bem melhor, que no caso de
associação da lesão rompimento da articulação coxofemoral.

127 (a) Icterícia, hemorragias petequiais e coloração vermelho-acastanhada da margem


gengival (a chamada linha tóxica, algumas vezes observada em casos de toxemia).
(b) A história clínica e os sinais clínicos sugerem hiperlipemia equina.
(c) Examinar o soro ou plasma, que comumente tem aspecto opaco, em decorrência da
presença de excessivas quantidades de lipídios. O teste de triglicérides do soro pode ser
utilizado na quantificação do grau de lipemia.
(d) O tratamento envolve a restauração do equilíbrio energético positivo, com o fornecimento
de alimentos de alto teor de energia e com a administração de glicose por tubo gástrico.
Como a absorção da glicose do sangue pelos tecidos está prejudicada, fica indicada a
insulinoterapia, administrada concomitantemente. Pode ocorrer acidose, e neste caso fica
também indicado o tratamento com bicarbonato de sódio. Pode ser considerada a indução do
parto ou do abortamento, visto que este procedimento poderá melhora o prognóstico.
(e) Devem ser monitorados os níveis séricos de triglicérides. GLDH e GGT são úteis, para o
acompanhamento da resolução do fígado gorduroso.

221
128 (a) Nefropatia hipercalcêmica. Cilindros mineralizados podem ser observados no
interior dos néfrons e ductos coletores (o corante de Von Kossa é seletivo para o cálcio).
Outras alterações histopatológicas que foram identificadas nos rins deste animal foram:
degeneração tubular e focos de fibrose intersticial.

..
(b)
Mineralização dos tecidos moles de outros órgãos, p.expl. coração e grandes vasos.

. Neoplasia.
Foi relatada a ocorrência de nefropatia hipercalcêmica no cavalo, como parte do síndrome
paraneoplásico do pseudo-hiperparatiroidismo. A patogênese da hipercalcemia nesta
condição é considerada como sendo a secreção de substâncias humorais ectópicas (como os
análogos do paratormônio, prostaglandina E2, esteróis osteolíticos similares à vitamina D
ou fator ativador dos osteoclastos) por tumor não-endócrino. No cavalo, foi detectado
pseudo-hiperparatiroidismo em associação com o linfossarcoma, tumores do estroma
ovariano, carcinoma gástrico, carcinoma adrenocortical e mesotelioma abdominal.
O caso ilustrado aqui exibia linfossarcoma esplênico, que era palpável por via retal e
podia ser identificado pela ultra-sonografia.

129 (a) O estágio mais inicial em que a gestação pode ser detectada pela ultra-sonografia é
por volta de 11 ou 12 dias após a ovulação. Se a égua tinha apresentado dupla ovulação
sincronizada, então gêmeos podem ser detectados nesta época. Contudo, visto que muitas
éguas apresentam duplas ovulações com intervalo de 24 horas ou mais, há pouca
fundamentação prática para a realização de varredura ultra-sonográfica assim tão cedo. A
14 dias após a ovulação, quase todos os conceptos gêmeos devem ser detectáveis. Contudo, é
possível que os ovos tenham sido fertilizado com intervalo de 4 ou mais dias. Isto tem maior

..
probabilidade de ocorrer se:
Uma segunda ovulação ocorreu no início do diestro.

. A égua foi coberta após a primeira ovulação.


O garanhão possui sêmen de boa qualidade; este sêmen pode permanecer viável por 4
dias ou mais.
(b) O momento mais precoce em que a gestação pode ser diagnosticada conclusivamente pela
palpação é em torno dos 21 dias após a ovulação. Este procedimento é comumente mais fácil
em pôneis que em éguas e a técnica depende de muita prática. Gestações gemelares de
distribuição bilateral (uma em cada corno) podem ser detectadas aos 21 dias, caso as'
ovulações tenham ocorrido simultaneamente. Contudo, se ocorreu intervalo mais prolongado
entre as ovulações, a esta altura (21 dias) talvez não seja tão fácil o diagnóstico de gestação
gemelar bilateral. Gêmeos unilaterais, Lé, em que ambos os conceptos se desenvolvem
juntos na base do mesmo corno uterino, sempre serão palpados como uma única gestação e,
a despeito das expectativas, as dimensões palpáveis de gestação gemelar não são
apreciavelmente maiores que uma gestação simples.

130 (a) Dermatophilus congolensis; escaldadura da chuva, febre da lama.


(b)
. Crostas de lesões recentes.
. Esfregaços por impressão/decalque ("imprints") de área subjacente a crosta recente; corar
com novo azul de metileno ou Giemsa.
(c) Condições microaerófilas, para que seja evitado o hipercrescimento de outros
contaminantes cutâneos.

..
(d)
Penicilina 10mg/kg e estreptomicina 10mg/kg por via 1M durante 3-5 dias.

. Lavagem diária com permanganato de potássio a 5%.


Remover os cavalos do contato com o capim molhado, e a chuva.

222
.
131 (a)
Seio maxilar - canto medial da órbita até a incisura nasomaxilar, forame infra-orbitário

. na crista facial e borda ventral da órbita.


Seio frontal - canto medial da órbita até a incisura nasomaxilar, linha média sagital e
processo supra-orbital.

.
(b)
Não promover a transecção da linha do ducto nasolacrimal (canto medial da órbita à

. incisura nasomaxilar).
Assegurar-se de que a base do pedículo cutãneo tenha o dobro do comprimento de sua

.. profundidade.
Preservar a margem periostal.
Descartar, ou dobrar o pedículo ósseo, fraturando-o ao longo de seu quarto lado e

. preservando suas inserções periostais, caso o pedículo vá ser preservado.


A idade do animal ditará a quantidade de tecido dental remanescente no interior do seio

. maxilar e portanto, a exposição e acesso ao seio conchal ventral, medialmente.


A hemorragia pode ser controlada pela compressão direta ou pela oclusão bilateral
temporária da artéria carotídea. Usar um tubo orotraqueal com manguito bem inflado e
certificar-se de dispor de instalação que faça com que a cabeça do animal fique situada
abaixo do nível da traquéia, durante o período intra-operatório. É desejável a

. fluidoterapia intensiva na fase intra-operatória.


A irrigação pós-operatória dos seios paranasais deverá ser facilitada.

.
(c)
Hemorragia pós operatória - controlada pela aplicação intra-operatória de tampão e
bandagem compressiva de gaze, que se exterioriza pelas narinas. Este tampão poderá ser

. removido gradua:lmente ao longo de 72 horas.


Drenagem/irrigação pós-operatórias do seio - a irrigação pós-operatória agressiva das
narinas através de cateter de espera com balão de Foley, exteriorizando-se
separadamente da linha de incisão primária, ajudará na resolução do processo patológico

. existente e da formação de hematoma.


Deiscência da ferida - resultante da oclusão periostal e cutãnea inadequada (vedação não
impermeável ao ar), formação de sequestros decorrentes da fratura do pedículo ósseo ou
necrose óssea em decorrência de lesão térmica da margem óssea, criada pela serra
pneumática.

132 Este é um potro normal, sem compressão de sua medula espinal cervical
(consubstanciado pela avaliação histopatológica). No caso de cavalos jovens e de firme flexão
do pescoço, as colunas de corante ventrais e uma substancial parte das colunas de corante
dorsais podem ficar obliteradas ou atenuadas. Numa interpretação de mielograma como o
ilustrado, é melhor atentar para as dimensões sagitais mínimas do canal vertebral, bem
como para os diâmetros sagitais mínimos da coluna mielográfica (dura!), fazendo-se
comparação com os valores normais. Neste caso, estes valores estavam bem dentro da faixa
normal para cavalos com menos de 320kg de peso corporal.

133 Um número substancial de éguas perdem gestações bem estabelecidas, seja pela
reabsorção precoce ou pelo abortamento subsequente, por razões não diagnosticadas. Visto
ser bem conhecido que a progesterona é o hormônio essencial para a manutenção da
gestação, parece lógico supor que algumas perdas sejam devido à produção insuficiente de
progesterona. Esta possibilidade é apoiada no fato de que a produção da progesterona na
égua depende de três fontes. Inicialmente, acreditava-se que o corpo lúteo verdadeiro da
gestação ficava ativo apenas até o quadragésimo dia, embora haja forte evidência de que
esta estrutura não regride, a esta altura. Após 40 dias, mais tecido lúteo forma-se por
ovulações subsequentes ou por luteinizações de folículos não rompidos, sob a influência da
eGG e do FSH da pituitário. Por volta de 100 dias, a placenta (o próprio local da síntese é

223
desconhecido) torna-se responsável pela produção da progesterona e parece ocorrer
"transmissão de cargo", dos corpos lúteos em regressão para a placenta crescentemente
ativa.
Essas alterações influenciam as concentrações plasmáticas de progesterona. A
progesterona formada no ovário deve deslocar-se até o útero através da circulação geral e,
assim os valores plasmáticos refletem a atividade lútea. Contudo, particularmente entre o
décimosexto e quadragésimo dias, as concentrações plasmáticas de progesterona podem cair
para até aproximadamente a lnglml sem qualquer evidência de ameaça ao bem-estar da
gestação. Também após a elevação na produção de progesterona, entre 40 e 120 dias,
comumente os valores circulantes são também baixos, porque a progesterona placentária
influencia o miométrio e a cérvix, sem entrar na circulação.
Em éguas que sabidamente perderam, em ocasiões anteriores, suas gestações, a terapia
com progesterona (implantes, injeções em veículos oleosos e mais recentemente
progestágenos sintéticos oralmente ativos) tem sido utilizada empiricamente, na tentativa
de evitar novas perdas. O sucesso deve ser interpretado com cautela, porque na maioria dos
casos não são conhecidas as circunstãncias dos fracassos prévios nas gestações. Contudo,
visto que tal tratamento não é lesivo ao animal, têm sido feitas muitas declarações acerca de
sua eficácia, embora indubitavelmente de forma exagerada. Têm sido realizados estudos
sem "controle" nesta área, mas, em particular, a afirmativa de que o tratamento com
progesterona evita a reabsorção (e não o abortamento) é uma contradição em termos, porque
esta forma de perda precoce da gestação é, por definição, um evento que ocorre enquanto
ainda persiste a função lútea.

134 (a) Cólica espasmódica.

.
(b)
Antiespasmolítico (Lé, N-butilbrometo de hioscina e dipirona 20mI/450kg). Esta

.
(c)
medicação é comumente suficiente para atender a este tipo de cólica.
Analgésico. Pode haver necessidade de fenilbutazona ou xilazina.

. Flunixin meglumine não deve ser utilizado, a menos que seu efeito antiendotóxico se faça
necessário, no caso do problema se tornar cirúrgico. Se este medicamento for
administrado precocemente, em caso clínico, irá mascarar os sinais do choque séptico, até
que seja tarde demais, se o problema vier a se transformar num caso cirúrgico. (Veja a

. Figura 286, que é um exemplo disto.)


A acetilpromazina é hipotensiva. Este medicamento comprometerá o paciente que seja
acometido de choque endotóxico.
(d) Fazer com que todo o alimento seja removido e assegurar-se de que o cavalo não possa
comer sua cama e permitir a ingestão de água. Instruir o proprietário a observar de perto o
animal; telefonar em 2 horas, para um relatório da progressão do caso. Se houver qualquer
dúvida, revisitar. Não deixar o telefonema a cargo do proprietário, se você estiver
preocupado. Raramente é possível ter a certeza, na sua primeira visita, de que você tem em
mãos um caso clínico simples. Você poderá ter a idéia mais precisa do caso 2 horas mais
tarde.

135 (a) A sutura pode ser efetuada por meio de pontos de colchoeiro verticais e pontos de
tensão, mas é provável que venha a ocorrer a deiscência da ferida, em decorrência do
movimento e da tensão vertical, e do possível comprometimento da irrigação sanguínea ao
pedículo dista!.
(b) Áreas úmidas e áreas de tensão apareceriam após cerca de 5-7 dias, e a deiscência da
ferida, por volta de 10 dias.
(c) Cicatrização por segunda intenção.
(d) O tratamento inicial de escolha depende parcialmente das condições financeiras do
proprietário. É provável que, se a ferida for suturada, pelo menos parte dela venha a

224
apresentar deiscência, mas poderá alcançar algum benefício. A ferida inicial sofrerá
cicatrização satisfatoria por segunda intenção, de forma lenta.

136 (a) Há infiltração da parede do cólon por leucócitos polimorfonucleares e células


mononucleares. Há edema da submucosa e necrose da mucosa.
(b) O conteúdo do cólon provavelmente terá odor nauseabundo e coloração castanho-escura
ou vermelha. A superfície do cólon deve ter aspecto hemorrágico; a mucosa pode estar
esfoliando.
(c) Os aspectos clínicos e necroscópico indicam que o cavalo foi afetado por colite/enterite
aguda, resultando em grave desidratação, toxemia e morte. As causas possíveis deste
síndrome são: salmonelose aguda, clostridiose intestinal, colite X, febre equina do Potomac
(erliquiose monocítica equina), enterite associada a antibiótico e intoxicação por
medicamento antiinflamatório não esteróide. Neste caso, os três primeiros problemas
parecem ser mais prováveis.
(d) Os aspectos clínicos e do exame necroscópico de todas as formas de colite aguda são
similares. A diferenciação entre estas formas reside na investigação laboratorial. Em
particular, a cultura bacteriana das fezes e do conteúdo intestinal é essencial para o
diagnóstico da salmonelose e clostridiose; culturas de casos de colite X apenas resultariam
em numa flora normal. A febre equina do Potomac é, geralmente, diagnosticada por meios
sorológicos.

137 (a) O corrimento hemorrágico e também corrimento purulento são visíveis nos óstios dos
divertículos das trompas auditivas (DATs)(bolsas guturais).
(b) A presença de sangue fluindo dos DATs pode ser sinal de erosão iminente ou existente da
artéria carotídea interna, nos casos de micose das DATs. Neste caso, é improvável que tal
lesão esteja presente, pois não está comumente associada a corrimento purulento; ainda
assim, devem ser efetuados exames mais profundos, para a identificação da causa do
sangramento.
(c) Em vista da presença de corrimento purulento no outro óstio, é provável que este cavalo
tenha padecido de ruptura de abscesso faríngeo, com consequente hemorragia. Estas
complicações são comumente encontradas após a infecções por Streptococcus equi.

138 (a) Tiopental sódico, guafenesina, ou hidrato de cloral. Estas são substãncias altamente
irritantes, se forem injetadas perivascularmente.
(b)
. Na anestesia dos equinos, são empregadas soluções altamente concentradas (5-15%)
destes agentes. A injeção perivascular (confirmada ou suspeitada) de substãncias
quimicamente irritantes deve ser tratada imediatamente por diluição com solução
fisiológica isotônica, p.expl. solução de Hartmann. Hialuronidase e anestésico local (sem

. adrenalina) podem ser incorporados a este regime terapêutico.


O curso de tempo exato de cada caso difere, mas fica indicado o tratamento sintomático
da resposta inflamatória, por meio do uso sistêmico de medicamentos antiinflamatórios
não esteróides e do uso tópico de pomada de hialuronidase ou agente anti-descamativo;
esta medida reduzirá o desconforto. Nos casos graves, em que há grandes áreas de
trombose e de necrose dos tecidos (como está ilustrado aqui), a drenagem e o
debridamento cirúrgicos são os tratamentos de escolha, assim que a resposta inflamatória
inicial tenha cedido.
(c) O risco de infecção perivascular destes medicamentos é minimizado, caso seja utilizado
cateter aplicado à veiajugular, e não a injeção por agulha.

139 Consultar a Figura 287.


(a) Este é efeito osteocondral não marginal. Estes eventos têm sido denominados fraturas
em laje incompletas do terceiro osso carpiano.

225
(b) Uma projeção oblíqua dorsoproximal-dorsodistal com flexão. Com o carpo flexionado para
que seja obtida posição horizontal do metacarpo, comumente é utilizado o ângulo de feixe de
aproximadamente 30° com a horizontal (D300Pr-DDiO flexionado).
(c) O tendão do extensor radial do carpo e sua bainha sinovial. Portanto, as abordagens
cirúrgicas a esta área (artroscopia ou artrotomia) são direcionadas medialmente a esta
estrutura.

140 A avaliação das alterações hematológicas e a determinação da proteína sérica, uréia,


creatinina, eletrólitos e equilíbrio ácido-básico seriam medidas válidas no tratamento de um
caso como este. A perda de líquidos e eletrólitos resultante impõe a administração de
líquidos por via intravenosa, e provavelmente há necessidade da correção da acidose
metabólica.
As deficiências de sódio e cloreto podem ser medidas com precisão aceitável, porque estes
eletrólitos são extracelulares. O nível das deficiências pode ser medido a partir da seguinte
fórmula:

[Na+ normal (mmol/l) - Na+ medido (mmol/l) x peso corporal (kg)/3] = deficiência de Na+
(mmol/l)

As deficiências de potássio são de avaliação mais difícil, porque este íon é basicamente
intracelular. Em decorrência disto, a determinação dos níveis séricos ou plasmáticos de
potássio não reflete efetivamente o quadro corporal total de potássio. Contudo, em geral
valores baixos para K+ «2,5mmol/l) podem indicar deficiência significativa de K+.
Portanto, são preferíveis soluções de multieletrólitos e não a solução salina normal.
Grandes volumes de líquidos, talvez na faixa dos 20-50 litros, podem ser necessários em
casos de colite; caso venha a ocorrer choque grave, poderá haver necessidade de taxas de
fluxo da ordem de até 10 litros/hora. O volume do líquido de reposição selecionado pode ser
calculado a partir da seguinte fórmula:

Deficiência do eletrólito (mmol/l) - concentração do eletrólito no líquido de reposição


(mmol/l) = volume de líquido de reposição (litro) necessário para a correção da deficiência
estimada do eletrólito

O estado da hidratação pode ser avaliado mediante a monitoração do hematócrito e das


proteínas séricas ou plasmáticas. Estes parâmetros (hematológíco e da bioquímica do
sangue) devem ser monitorados concomitantemente. Embora qualquer um deles possa
refletir a desidratação, a queda nos níveis de proteína pode ocorrer quando o hematócrito se
encontra elevado, e esta divergência pode refletir uma endotoxemia.
O principal distúrbio ácido-básico é a acidose metabólica, que pode ser monitorada
mediante a determinação dos valores do bicarbonato, a partir das estimativas dos gases
sanguíneos arteriais. Em geral, valores para o bicarbonato de <15 mmol/l necessitarão da
administração intravenosa deste metabólito. O bicarbonato não deve ser administrado
rapidamente (metade a dois terços da deficiência poderão ser reposicionados em meia hora;
o restante ao longo de várias horas), e nem em geral em soluções diferentes de 5%.

141 (a) Vistas dorsopalmar, oblíqua dorsolateral-palmaromedial, oblíqua dorsomedial-


palmarolateral e lateromedial (e/ou lateromedial flexionada).
(b) Há pequena opacidade ou corpo mineralizado e bem arredondado na porção proximal da
falange proximal. Há sugestão de pequeno defeito transparente na porção proximodorsal da
falange proximal, distalmente ao corpo mineralizado.
(c) A analgesia intra-articular da articulação metacarpofalangiana deve melhorar
substancialmente a claudicação. Estes fragmentos mineralizados podem ocorrer uni ou
bilateralmente, e podem ser achados acidentais insignificantes.

226
..
(d)
Centro de ossificação distinto.

.. Manifestação de osteocondrose.
Antiga fratura em lasca.
Mineralização na cápsula articular.
(e) Remoção cirúrgica do fragmento, preferivelmente por meio artroscópico. Esta técnica
permite a melhor avaliação da articulação, em comparação com a artrotomia; deve ser
menos traumática e permite convalescença mais breve, com menor risco de fibrose peri-
articular.
(!) Razoável a bom, dependendo da presença ou ausência de outra patologia intra-articular.

142 Não há motivo de preocupação. Você deve verificar a data da monta e a duração
calculada da gestação, embora comumente o dono deva ter feito isto várias vezes.
A duração da gestação é, normalmente, muito variável na égua; se é longa, comumente isto

.. Moléstia sistêmica na égua.


significa que o feto não está se desenvolvendo numa velocidade ideal por causa de:
Má nutrição.

.. Lesões endometriais extensas, que reduzem a área placentária efetiva.


Morte de um gêmeo, seguida pela continuação da gestação; o crescimento do feto viável
pode ter sido, de início, lento por causa da competição, com o gêmeo, pela nutrição.

.
Comumente, as preocupações infundadas do proprietário acerca da longa gestação são:
Que um grande potro eventualmente nascerá e causará distocia. Isto não ocorrerá.
Mesmo após período de gestação superior a 1 ano, o potro pode ser pequeno, em

. decorrência das razões fornecidas anteriormente.


Que o potro está morto. Isto também é extremamente improvável, porque a morte de um
potro provoca a rápida queda na produção de progesterona (pela unidade feto-materna) e
rápida expulsão (abortamento). Portanto, as éguas não retém no útero potros únicos
mortos. O exame retal da égua, para a verificação dos movimentos fetais, poderá acalmar
o proprietário.

.
A indução do trabalho de parto deverá ser evitada sempre que possível, porque:
Se a égua não parir logo após a administração de ocitocina ou prostaglandina, o clínico
talvez deva ficar muitas horas "de plantão" clínico no local. Frequentemente isto torna-se

.. antieconômico.
Um potro induzido pode estar imaturo ou dismaturo, não conseguindo sobreviver.
Pode ocorrer distocia, porque o potro não assumiu a postura/posição normal para o
nascimento.

143 (a) O cavalo tem pelagem anormalmente longa (hirsutismo) para a época do ano. Os
pêlos parecem emaranhados. A causa mais comum é adenoma da pituitária, na para
intermedia.
(b) Os sinais clínicos comuns são: polidipsia/poliúria, diarréia, perda de peso, cólica e
laminite. Os ciclos estrais podem estar suprimidos ou normais. Os cavalos tornam-se mais
suscetíveis às afecções concorrentes, especialmente infecções.
(c) Em geral, o distúrbio é lentamente progressivo. Não existe tratamento eficaz conhecido,
embora cipro-heptadina tenha sido utilizado no controle dos sinais clínicos, em casos leves.
(d) Não, não diretamente. Embora possa ser detectada elevada infestação de vermes como
achado acidental, em caso como este, ocasionalmente, a infestação seria excepcionalmente
elevada.

144 (a) Pitiose (ou ficomicose).

.
(b)
Estreptococos e Staphylococcus aureus foram isolados de lesões similares.

227
. As infecções micóticas subcutâneas são frequentemente pruriginosas, além de dolorosas,
enquanto que tanto as infecções estreptocócicas quanto estafilocócicas são dolorosas, mas

. não pruriginosas.
Embora não tipicamente, as lesões decorrentes de Habronema também podem infectar
esta área.

..
(c)
Excisão cirúrgica cuidadosa.

.. Seguida por iodeto de sódio por via intravenosa na base de 19/15kg de peso corporal.
Aplicar anfotericina B diariamente na ferida.
Anfotericina B sistêmica também é recomendável, nas infecções graves.

145 (a) Vistas dorsopalmar, oblíqua dorsolateral-palmaromedial, oblíqua palmarolateral-


dorsomedial, lateromedial com flexão e oblíqua dorsoproximal-dorsodistal.
(b) A vista oblíqua dorsolateral-palmaromedial é mostrada nas Figuras 116 A e B. A vista
oblíqua dorsoproximal-dorsodistal da fileira distal dos ossos carpianos está mostrada na
Figura 116c.
(c) Há alteração no padrão trabecular no osso subcondral da superfície articular proximal do
terceiro osso carpiano e alguma esclerose medular envolvendo a faceta radial do terceiro
osso carpiano. (Comparar o padrão trabecular com o do segundo e quarto ossos carpianos).
(d) Tratamento: repouso na baia (3 meses); reavaliar radiograficamente.
Prognóstico: razoável.

146 (a) Ocorreu crescimento da porção medial do tarso direito, provavelmente relacionado a
moléstia articular degenerativa de uma ou mais das articulações centrodistais
(intertarsianas distais) e tarsometatarsianas (esparavão ósseo). Neste caso, o animal
apresentava moléstia articular degenerativa afetando ambas as articulações.
(b) Este animal pode, ou não, estar claudicando. Neste caso, o animal havia claudicado
ligeiramente há 2 anos atrás, mas a claudicação havia desaparecido cerca de 18 meses antes
de ser tirada esta fotografia. A claudicação do membro torácico esquerdo foi resultante da
moléstia articular degenerativa da articulação antebraquiocarpiana (radiocarpiana).

.
147 (a)
Frequência cardíaca elevada, 90 batimentos/min.

..
. Pressões diastólicas finais elevadas.
Sem evidência de ondas P no ECG ou de ondas A no traçado atrial.

..O traçado atrial esquerdo exibe grandes ondas V.


Ritmo ventricular irregular.
Baixas pressões sistólicas do ventrículo esquerdo.
(b) As grandes ondas V são indicativas de regurgitação mitral. O átrio esquerdo está sendo
preenchido durante a sístole com sangue das veias pulmonares e com sangue que flui
através da válvula mitral, proveniente do ventrículo esquerdo. A regurgitação causará
pressões diastólicas finais elevadas, levando a queda no débito cardíaco. A regurgitação
também resultará na distensão do átrio esquerdo, predispondo o cavalo à fibrilação atrial.
(c) Este cavalo demonstrará sinais associados a baixo débito cardíaco, intolerância ao
exercício, debilidade, depressão, membranas mucosas pálidas e extremidades frias. Também
exibirá sinais de insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar e dispnéia, em
decorrência de pressões elevadas no átrio esquerdo. Caso ocorra insuficiência cardíaca do
lado direito, sinais de congestão venosa sistêmica tornar-se-ão evidentes - edema
subcutâneo, derrame pleural e ascite.

.
148 (a) Todas as quatro abordagens têm suas indicações.
A incisão na linha média ventral é a abordagem de escolha para a exploração cirúrgica de
caso de cólica. Esta abordagem proporciona a maior exposição por incisão única da

228
cavidade peritoneal e a abordagem mais rápida. Não estão envolvidos vasos, nervos ou

.. músculos importantes, e esta incisão pode ser estendida facilmente.


A laparotomia paramediana é útil para a cistotomia, no paciente macho.
As incisões no flanco proporcionam a exposição à base do ceco e duodeno, tendo sido

. utilizadas na remoção de enterólitos e no tratamento das torções uterinas.


A abordagem inguinal é realizada para a criptorquidectomia e reparo da hérnia inguinal.
(b) A exploração mais abrangente da cavidade peritoneal é consegui da através de incisão na
linha média, que se inicia sobre o umbigo e estende-se cranialmente o suficiente (20cm)
para que permita ao cirurgião a introdução de uma das mãos para a exploração. A breve
incisão exploratória pode ser estendida em qualquer das direções, para a acomodação a
qualquer problema encontrado. Quanto mais cranial for a incisão, maior o risco de
herniação; portanto, a incisão é posicionada o mais caudalmente possível. A abordagem
retro-umbilical é utilizada nas ressecções da parte caudal do cólon menor, e par a
colorretostomia.
(c) A linha branca é incisada cuidadosamente, para que seja evitada qualquer divergência
da linha média, pois isto poderia resultar na penetração do músculo reto abdominal,
particularmente na parte cranial da incisão. A incisão apenas da linha branca assegurará a
oclusão mais fácil e menor chance de ocorrência de problemas de cicatrização (herniação) no
local de incisão.
(d) O ceco é o ponto de referência importante, porque pode ser facilmente localizado e
exteriorizado e proporciona bom ponto de partida para a localização do intestino grosso, bem
como do intestino delgado (Figura 288). A faixa dorsal do ceco (seta) pode ser acompanhada
até a delgada prega ileocecal, que continua até a faixa antimesentérica do íleo. Assim que o
íleo seja localizado, o intestino delgado pode ser examinado sistematicamente, mediante a
movimentação, no sentido proximal, ao longo de todo o comprimento do jejuno. A faixa
lateral do ceco (seta) tem continuidade com a prega cecocólica, que leva à parte ventral
direita do cólon maior. Deste ponto em diante, o cólon maior pode ser explorado.
Se o ceco não pode ser localizado, deverá estar presente uma intussuscepção cecocólica ou
a torção completa do cólon e ceco.

.
(e)
Não há necessidade de oclusão separada do peritóneo, mas ela ajuda a manter o intestino
numa posição que minimiza a perfuração acidental durante a síntese. Este procedimento
também tem utilidade, se ocorreu contaminação intraperitoneal ou ressecção e
anastomose intestinal. A síntese é realizada com sutura contínua simples com

. poliglactina 910 (Vicryl) n° 1, montada numa agulha de corpo redondo.


A linha branca é suturada com um padrão simples (interrompido ou contínuo). As
perfurações na linha branca devem ser aplicadas com distanciamento de lcm. São
utilizados duplos filamentos de ácido poliglicólico (Dexon) n° 2, montados numa agulha
de secção redonda. O ácido poliglicólico tem resistência adequada para o período de tempo
suficiente para que ocorra a cicatrização. Este material é absorvível e assim reduz em

. muito o risco de formação de trajetos de sutura.


O tecido subcutâneo é oclúído com camada contínua (pontos de colchoeiro) com
poliglactina 910 (Vicryl) nO 1. A principal finalidade desta camada é a cobertura da linha

. prévia de suturas.
Apele é suturada com pontos interrompidos simples, com sutura contínua intertravante e
com material não-absorvível, como o náilon monofilamento n° 3 ou coprolactam
polimerizado (Supramid).

149 (a) A pupila está dilatada. Ocorreu descolamento da retina.


(b) Sim, descolamento da retina e a consequente midríase por "falta de luz" podem seguir-se
a traumatismo ou a quedas.

229
(c) A uveíte posterior e a infecção pelo herpesvírus equino são fatores possíveis,
particularmente, quando estes fatores se fazem acompanhar por coriorretinite e aderências
vitriorretinianas.
(d) Se o problema é unilateral, o prognóstico para o animal é razoável, mas é improvável que
a visão seja restaurada neste olho. Há vários cavalos com desempenho de alto nível com
bons desempenhos, a despeito da visão em apenas um olho. Alguns cavalos chegam a adotar
postura ligeiramente anormal da cabeça.

150 Ocasionalmente, um garanhão ou castrado "assanhado" é observado cobrindo égua que


não está destinada à reprodução. Mais raramente, a égua pode ser coberta pelo garanhão
errado no haras.
A menos (e até) que seja seguro, os dois animais não devem ser separados. A estratégia
consiste em permitir que a égua ovule, e então será provocada a luteólise com
prostaglandina, após 6 dias ou mais. Contudo, visto que muitos proprietários
instintivamente acreditam que o tratamento rápido tem maior probabilidade de ser bem-
sucedido (lavagem uterina e injeções de estrogênio não são eficazes), poderá ser tarefa difícil
fazer com que aceitem a demora no tratamento.
Na realidade, a administração de prostaglandina 10 dias ou mais depois que ter sido dito
que a égua saiu do estro deve garantir que, então, o animal tem corpo lúteo maduro o
suficiente para que seja lisado pelo tratamento.

..
151 (a)
Trepanação e repulsão.

. Pedículo ósseo sinusal e repulsão.


Bucotomia e ressecção da parede alveolar lateral.

.
(b)
Trepanação/trefina/trépano - abordagem simples, o mínimo de instrumentação, tempo de

. redução reduzido, permite o tratamento pós-operatório da cavidade alveolar.


Pedículo ósseo sinusal - aumento da exposição intra-operatória, melhores resultados

. cosméticos.
Bucotomia e ressecção da parede lateral - maior garantia de uma remoção completa do
tecido dental, o seio paranasal não é invadido, mas há necessidade de maior tempo de
operação e abordagem cirúrgica mais acurada.
(c) Fístulas orossinusal e orofacial, sequestro dentário e ósseo, lesão das raizes dentárias
adjacentes e fratura de mandíbula.

152 A consequência da falha da gestação na égua depende do estágio de gestação em que


este evento ocorre. Um pequeno número de éguas diagnosticadas como prenhes por ultra-
som antes do dêcimo quinto dia retornará subsequentemente ao estro e o concepto será
eliminado através da cérvix relaxada. Nestes casos, não ocorre o impedimento da luteólise,
provavelmente porque o concepto não "informa" o endométrio sobre a sua presença,
possivelmente em decorrência de anomalia evolutiva.
A morte do concepto durante o tempo em que a gestação é mantida pela progesterona
derivada dos ovários, i.é, 15 até por volta de 140 dias, não é comumente seguida pela
expulsão imediata, porque a atividade lútea persiste e, portanto, as concentrações
circulantes de progesterona permanecem elevadas. O concepto morto (embrião ou feto)
torna-se autolisado no útero, e desidratado. Isto resulta na absorção dos líquidos fetais e na
mumificação do embrião/feto: o processo passou a ser conhecido como "reabsorção".
Eventualmente, após regressão natural dos corpos lúteos, a égua entrará no estro, e nesta
ocasião o concepto "reabsorvido" é expulso, mas raramente recuperado; pode-se dizer que a
reabsorção é uma forma de mumificação, mas visto que o embrião/feto desidratado não tem
ainda esqueleto, o tecido eliminado fica, muitas vezes, irreconhecível.

230
Em algum ponto entre os 120 e 150 dias, a placenta torna-se responsável pela produção
da progesterona, que mantém a gestação depois da regressão dos corpos lúteos. O local exato
de produção da progesterona não foi ainda determinado, mas os seus precursores,
indubitavelmente, são formados no feto, talvez nas gõnadas endocrinologicamente ativas.
Portanto, caso ocorra a morte fetal neste estágio de gestação, a influência da progesterona
sobre o útero e cérvix diminui rapidamente e o feto é logo abortado, Lé, não poderá ocorrer a
mumificação.
As gestações gemelares podem ser exceção. Comumente, neste último estágio da gestação,
a morte de um feto reduz o controle endócrino da gestação com intensidade suficiente para
que ocorra o abortamento de todo o conteúdo uterino, i.é, um feto ligeiramente autolisado e
um feto "fresco"/viável (Figura 289A). Ocasionalmente, contudo, a gestação persiste e o feto
que morre se torna desidratado (mumificado) no útero (Figura 289B); comumente a gestação
é "prolongada" e o feto vivo pode, ou não, estar viável por ocasião do nascimento.

153 (a) Não imediatamente, porque há contaminação demasiada, edema e lesão tecidual.
(b)
.. Debridar todo tecido necrosado ou desvitalizado, mas deixar o máximo possível de pele.
Limpar a ferida completamente com curativo não irritante, p.expl. iodo-povidona a 0,1%.
Enfaixar.
. Irrigar a ferida diariamente e refazer o enfaixamento, após a medicação com iodo-

. povidona a 0,1 %.
Tomar a precaução de continuar a posicionar os pedículos cutãneos na posição correta
antes do enfaixamento.
(c) Sim. Visto que não foram penetradas as articulações carpianas, a cicatrização deverá
ocorrer com perda mínima da função, a despeito dos danos aos tendões dos extensores.
Poderá ocorrer ligeira mudança na ambulação, em decorrência disto. Finalmente, haverá
algum tecido cicatricial sobre a porção dorsal do carpo, que poderá restringir a flexão desta
articulação, mas isto provavelmente não terá qualquer importãncia funcional.

154 Consultar a Figura 290.


(A) Esfregaços simples podem ser utilizados na preparação das lâminas cérvico-
endometriais [(b) na pergunta]. Estes esfregaços podem ser preparados pelo rolamento
do material ao longo de lãmina de microscopia, com a subsequente fixação do esfregaço
com fixador comercial em aerossol, antes do envio ao laboratório.
(B) O chumaço de algodão fino montado sobre arame é adequado para a inserção no seio e
fossa clitorianos em [(d) na pergunta].
(C) O algodão montado em plástico é adequado para a obtenção de bactérias do prepúcio,
fossa uretral, uretra e secreções pré-ejaculatórias de garanhão [(a) na pergunta].
(D) O chumaço de algodão protegido é adequado para a obtenção de bactérias da área
nasofaríngea, nos casos em que se suspeita de infecção por Streptococcus equi [(e) na
pergunta].
(E) O chumaço de gaze montado em arame é adequado para a obtenção de partículas virais
do trato respiratório [(c) na pergunta].
Os chumaços de algodão B, C e D devem ser colocados em meio de transporte de Amies após
a coleta, antes de remetê-Ios ao laboratório. O chumaço de gaze E deve ser colocado em meio
de transporte de virologia resfriado e mantido fresco até que seja entregue ao laboratório de
virologia.

155 (a) Penicilina só dica (20.000-40.000 ui/kg q.i.d.) é frequentemente utilizada por via
intravenosa durante 3 dias. Se ocorreu contaminação durante a cirurgia, gEmtamicina (2,2g/
kg Li.d.), canamicina (5mg/kg t.i.d.) ou neomicina (6,75mg/kg t.i.d.) podem ser acrescentadas
ao regime com a penicilina, tendo continuidade por até 5 dias após a cirurgia.

231
.
É desnecessário o uso excessivamente prolongado, porque:
O fator determinante nas infecções pós-operatórias é a presença de organismos viáveis no

.. local da cirurgia, por ocasião da oclusão da ferida.


Os antibióticos penetram dificilmente na ferida, tão logo esta esteja vedada pela fibrina.
O uso prolongado aumenta o risco de infecções nosocomiais e/ou salmonelose potenciada
pela medicação.
(b) As recomendações acerca do fornecimento precoce de alimento e água ao paciente no
periodo pós-operatório variam amplamente, segundo a avaliação subjetiva de como esta
medida afetará o retorno do peristaltismo intestinal.
Na prática do autor, água pode ser oferecida em pequenas quantidades (2 litros) a partir
de 2 horas após a cirurgia, caso não tenha sido detectada qualquer evidência de dilatação
gástrica por ocasião da cirurgia e se o cavalo parece estar confortável após a recuperação.
Após 12h, será oferecida água ad lib.
Desde que esteja presente evidência de motilidade intestinal, pequenas quantidades de
capim ou feno podem ser fornecidas a partir de 12 horas após a cirurgia. Caso a ingestão do
alimento seja seguida por defecação normal, o cavalo poderá ser alimentado com papa de
farelo a partir de 24 horas. Se o trânsito intestinal estiver bem estabelecido por volta do
terceiro dia após a cirurgia, o animal será gradualmente retornado ao seu regime alimentar
completo e ao feno ad lib ao longo dos 5 dias seguintes.
Água e alimento devem ser suspensos imediatamente, caso esteja presente qualquer
sugestão de paralisia intestinal iminente (ausência de borborigmo e defecação, refluxo
gástrico).
(c) Os pontos da pele devem ser removidos das incisões após 2 semanas, nos casos não
complicados. Este procedimento pode ser efetuado mediante a remoção de pontos alternados
na primeira visita, e remoção dos pontos restantes 2 dias depois.
(d) O animal deve ficar confinado a baia durante o período de 3 meses. São aconselháveis
caminhadas com o animal no cabresto, para que seja controlada a ocorrência comum do
edema peri-incisional ventral, como uma forma de combate ao tédio, e para que seja mantido
certo grau de forma física. Qualquer outra forma de exercício ou o acesso livre ao piquete, é
inaceitável, visto que as forças de rompimento geradas pelo comportamento lúdico no
piquete podem resultar em herniação no local da incisão.
(e) Comumente o cavalo pode ser retornado à rotina alimentar normal 1-2 semanas após a
cirurgia. O animal não deve receber quantidades excessivas de energia ou proteína, algo que
muitos proprietários de cavalos assumem erroneamente durante a convalescença de cirurgia
abdominal. Uma dieta de "não-aquecimento" com bastante feno servirá como garantia que o
animal será facilmente manejado tanto no estábulo, quanto durante as seções de
caminhadas pelo cabresto.

156 (a) Membranas mucosas pálidas, epistaxe, hemorragia petequial, edema dos membros
pélvicos, que termina de forma nitidamente definida.
(b) Púrpura hemorrágica, púrpura trombocitopênica idiopática ou induzida por
medicamento, coagulopatia intravascular disseminada (CID). Outras afecções resultantes
em vasculite são a peste equina africana e a arterite viral dos equinos. Em vista da história
clínica precedente de infecção do trato respiratório superior, a púrpura hemorrágica é o
diagnóstico clínico mais provável.
(c) Casos de púrpura hemorrágica frequentemente têm história clínica de infecção viral ou
bacteriana (estreptocócica) nas 3-5 semanas anteriores. Distúrbios trombocitopênicos são
raros e podem ocorrer em seguida à administração de medicamentos supressores das
plaquetas, ou devido a destruição plaquetária auto-imune. CID está mais frequentemente
associada a distúrbios toxêmicos ou septicêmicos.
(d) A anemia é aspecto comum, não diagnóstico. Geralmente as amostras de sangue não
ajudam nos casos de púrpura hemorrágica, pois as plaquetometrias e os parâmetros da
coagulação comumente estão normais. Pode ocorrer neutrofilia inespecífica. A biópsia da

232
medula óssea revelará relação mielóide/eritróide regenerativa. A trombocitopenia idiopática
ou induzida por medicamento está associada a ocorrência de trombocitopenia «40.000/ulJ e
a tempo de sangramento prolongado. CID está frequentemente associada a leucocitose
inespecífica e a neutrofilia, com ou sem desvio para a esquerda e a elevação do fibrinogênio.

157 (a) Catarata parcial.


(b) Íris escura, denotando uveíte associada, a pequena cicatriz corneana na posição de 7
horas, e alguma irregularidade na reflexão corneana.
(c) Anormalidades significativas deste olho e visão defeituosa neste lado.

158 (a) A causa respiratória mais provável do desempenho insatisfatório neste cavalo é a
moléstia pulmonar obstrutiva crônica (MPOC) de baixa intensidade. Esta afecção resulta de
sensibilidade a poeiras inaladas (principalmente esporos de fungos associados às poeiras do
feno e da palha).
(b) Os testes diagnósticos mais válidos para a confirmação da MPOC são o exame
endoscópico das vias respiratórias inferiores e o exame citológico de amostras das secreções
das vias respiratórias inferiores obtidas por lavagem. A endoscopia pode revelar corrimento
das vias respiratórias inferiores (que frequentemente se acumula na traquéia, a nível da
entrada do tórax) ou inflamação/edema das paredes dos brõnquios. Podem ser obtidas
amostras de secreções para exame citológico na traquéia (lavado traquealJ, ou das vias
respiratórias mais distais (lavado bronco-alveolar); este último procedimento é a técnica
preferida nos casos de moléstia pulmonar difusa, como a MPOC, em que o principal local da
patologia se situa nas pequenas vias respiratórias (bronquíolos). Espera-se neutrofilia nas
secreções em casos de MPOC. Os testes de função pulmonar (p.expl., mensuração das
pressões intrapleurais) e a análise dos gases sanguíneos arteriais podem ajudar, caso
existam instalações e equipamentos para a realização destes testes.

159 (a) Hemartrose recorrente. Comumente a claudicação surge subitamente durante ou em


seguida ao exercício, podendo ser muito grave. Geralmente a claudicação diminui
notavelmente dentro das 24-48 horas seguintes. A artrocentese e a remoção da hemorragia
podem produzir rápido alívio da dor aguda grave.
(b) Sinoviocentese em seguida ao exercício pode demonstrar a natureza recidivante da
patologia. Estudos da coagulação sanguínea ajudarão a determinar o problema local ou
sistêmico e maiores informações podem ser determinadas a partir de biópsia sinovial
(Figura 291).

160 (a) Existe corpo ósseo regularmente delineado, com forma aproximadamente oval, com
sugestão de estrutura cortical e medular, na porção cranial da patela. Este corpo ósseo
provavelmente existe há muito tempo. Há pequena chanfradura bem definida no ápice
(porção distalJ da patela. Há sugestão de achatamento do terço médio da crista troclear
lateral do fêmur.
(b) Vistas caudocranial, oblíqua caudolateral-craniomedial adicionais, uma incidência
lateromedial com flexão e uma projeção oblíqua cranioproximal-craniodistal. Estas projeções
devem permitir a exclusão de outras anormalidades concomitantes; é importante a exclusão
de fratura da patela, lesão comum dos cavalos de eventos, que pode ser detectável apenas
numa projeção cranioproximal-craniodistal. Vistas oblíquas adicionais devem permitir a
melhor avaliação das cristas trocleares. Uma vista lateromedial flexionada ajuda tanto na
determinação da mobilidade, ou não, do fragmento (Figura 292), quanto na melhor
avaliação do aspecto proximal da crista troclear lateral do fêmur e também da tíbia
proximal na região de inserção do ligamento cruzado cranial.
(c) O corpo ósseo pode ter-se originado secundariamente à osteocondrose da crista troclear
lateral do fêmur. Os fragmentos osteocondrais descolados podem aumentar

233
progressivamente. Estes corpos podem estacionar, imóveis, inocuamente no interior de uma
articulação, mas caso passem a exibir mobilidade, é provável que causem claudicação.
(d) Remoção cirúrgica do fragmento. (Pode ser difícil a recuperação artroscópica dos
fragmentos altamente móveis, visto que podem se movimentar consideravelmente quando a
articulação é inflada antes da inserção do artroscópio, e em seguida ao procedimento. A
artrotomia pode ser o método de escolha.) O prognóstico é bom.

161 (a) O hematócrito, a proteína total, a uréia sanguínea e a fosfatase alcalina


moderadamente elevados são consistentes com a desidratação. Este último indicador
(fosfatase alcalina) não tem atingido os níveis algumas vezes observados em casos de cólica
associada à isquemia do intestino. Geralmente, o cortisol plasmático exibe elevação
significativa na moléstia do capim, ultrapassando os valores atribuíveis apenas ao estado de
tensão.
(b) A haptoglobulina sérica aumenta em 3 a 5 vezes em casos de moléstia do capim. O
líquido peritoneal é amarelo, mas tem elevado teor de proteína, comparável ao encontrado
nos distúrbios intestinais isquêmicos. Estes testes têm valor diagnóstico, mas não são
patognomônicos para a moléstia do capim.

162 (a) Papilomatose, que é infecciosa. O vírus causal é capaz de sobreviver em pátios e
estábulos.
(b) Remoção cirúrgica das grandes verrugas (papilomas).
(c) Para que seja evitada maior lesão à córnea. Já existe laceração corneana, caudalmente
situada à grande verruga.
(d) Comumente estes tipos de papiloma são autolimitantes, e "caem" cerca de 4 meses após
seu primeiro surgimento.

163 O cavalo exibe edema abdominal ventral, que pode se dever à hipoproteinemia, um
distúrbio circulatório local ou sistêmico ou pode ser sequela de incisão na linha média.
Devemos levar em consideração os seguintes distúrbios/condições, no diagnóstico diferencial:
.. Hipoproteinemia da inanição.

.. Síndrome da malabsorção.
Distúrbios perde dores de proteína, p.expl. enteropatia perdedora de proteína.

..Cirrose hepática crônica.


Interferência circulatória local.

..
Linfossarcoma.
Cirurgia.
Insuficiência cardíaca congestiva.

164 (a) Veja a Figura 293: tendão do flexor digital profundo (A); ramos medial e lateral do
tendão do flexor digital superficial (B); ligamento sesamóideo reto (C).
(b) Existe material ecodenso situado subcutaneamente. Há quantidade incomum de líquido
(ecotransparente) no interior da bainha do tendão do flexor. Há faixa ecodensa cruzando a
bainha tendinosa, e avançando desde a porção palmar do tendão do flexor digital profundo.
Está presente grande lesão hipo-ecóica no centro da porção palmar do tendão do flexor
digital profundo.
(c) A análise do líquido sinovial da bainha do tendão, com leucometrias global e diferencial e
avaliação da morfologia celular, concentração de proteínas totais e coloração de Gram. (A
leucometria global foi de 8xl09/l com 60% dos leucócitos polimorfonucleares. A concentração
de proteína total foi de 17g/l.)
(d) O cavalo sofreu lesão penetrante da bainha tendinosa do flexor e do tendão do flexor
digital profundo. O grau de claudicação demonstrado pelo cavalo, juntamente com o
resultado da análise do líquido sinovial, tenderiam a depor contra a tenossinovite séptica. O
grau de claudicação provavelmente poderia ser explicado pelo traumatismo original e pela

234
formação de aderências. Apesar disto, provavelmente há justificativa para a continuação da
antibioticoterapia sistêmica, em combinação com medicamentos antiinflamatórios não
esteróides, exercícios controlados e a manipulação passiva das articulações dos membros das
extremidades distais dos membros na tentativa de estiramento das aderências em formação.
(e) Prognóstico: reservado a razoável; é provável a fibrose crõnica, que pode resultar numa
claudicação mecânica.

165 (a) O animal tem a "pinça puída", com evidência de acúmulo de sujidades entre a
muralha e a sola, como decorrência da separação a nível da linha branca.
(b) Uma radiografia demonstraria o nível de osteíte pedal secundária presente.
(c) Se o animal está claudicando, em decorrência da infecção que avança pela porção dorsal
da muralha do casco, este quadro poderá causar problemas, ao serem feitas tentativas de
nivelar o casco em posição normal, por meio de ferradura com exten~ão para a pinça.

166 (a) Trabalho recente comunicou que os níveis de glicogênio nos músculos dos equinos
podem ser afetados pelo ajuste da dieta e pelo treinamento (não exclusivamente pela dieta),
i.é, o fornecimento de dieta pobre em carboidratos durante o exercício exaustivo, de alta
intensidade, durante 5 dias, para que seja promovida a depleção do glicogênio, seguido por
dieta rica em carboidratos durante o período de 3 dias de repleção. Contudo, estes achados
são controversos, pois outros pesquisadores demonstraram que a suplementação de dieta
normal, por via oral ou por infusão intravenosa de glicose, não teve efeito nas velocidades de
repleção do glicogênio em seguida ao exercício e nem na concentração final atingida de
glicogênio. Além disto, o cavalo já possui concentrações musculares de glicogênio muito
elevadas, em comparação com o homem.
(b) No homem, foi sugerido que o aumento das reservas musculares de glicogênio podem
estar correlacionadas ao aumento no desempenho, e que a carga de glicogênio pode ser
muito benéfica para atletas fundistas, com até 37% de aumento em seu desempenho
anaeróbico. No cavalo, não foi demonstrada a importância ou valor da carga de glicogênio ou
do aumento das reservas musculares de glicogênio. Vários dos artigos publicados sobre este
tópico no cavalo não resistem a análise científica objetiva; até que métodos tenham sido
desenvolvidos para a avaliação objetiva do desempenho em diversas distãncias de corrida (e
com tempos similares aos observados nas corridas), não poderá ser efetuada a real avaliação
da importância dos diversos meios auxiliares ergogênicos, como a carga de glicogênio.
(c) A carga de glicogênio pode resultar em laminite, endotoxemia e aumento da retenção da
água intracelular. O aumento das reservas de glicogênio, se, realmente, isto pode ser
conseguido no cavalo, poderá mesmo resultar numa queda no desempenho, especialmente no
cavalo velocista.

167 A "injeção de sincronização" é o nome popularmente dado à gonadotrofina coriõnica


humana (hCG). Este é um hormônio com composição e ação muito similares ao hormõnio
luteinizante (LH) da pituitária. Quando administrada a éguas com folículos maduros, esta
preparação é tida como capaz de acelerar a ovulação. Contudo, visto que o tratamento é
invariavelmente administrado num momento em que normalmente espera-se que ocorra a
ovulação, não pode ser feita estimativa real de sua eficácia.
O hormônio não aumenta as chances de concepção da égua, afora seu possível papel em
garantir que a ovulação ocorrerá perto do dia da monta. Recentemente, análogos do
hormônio liberador da gonadotrofina tornaram-se disponíveis e são utilizados para
finalidade similar; provavelmente estes agentes são menos eficazes que a hCG, porque doses
administradas isoladamente não estimulam a liberação pulsátil ocorrente in vivo. Este
medicamento também tem sido, algumas vezes, chamado "injeção de sincronização". A
despeito do fato de não haver evidência de que a "injeção de sincronização" aumente a
possibilidade da concepção na égua, assim que este tratamento tenha "parecido" ser efetivo,
comumente os proprietários solicitam que ele seja repetido.

235
168 (a) Compactação da flexura pélvica. Algumas vezes o cólon transverso está compactado
também, mas não pode ser palpado.
(b)
o Analgesia. Fenilbutazona é comumente eficaz. (2g/450kg por via intravenosa). Xilazina e
detomidina têm curta ação e deprimem a motilidade. Butorfanol deprime a motilidade
propulsiva e aumenta a atividade segmentar, de modo que este medicamento não está
indicado para as compactações.
o Laxante. Parafina líquida (4-8 litros por tubo gástrico) pode ser repetida a cada 12-24
horas. Os irritantes são demasiadamente arriscados, na maioria dos casos.
o Manejo. Permitir o acesso à água. Podem ser acrescentados eletrólitos. Restringir a
ingestão de alimentos ou suprimir a alimentação. Evitar a ingestão da cama. Cuidado
com a desidratação, que, caso ocorra, implicaria em terapia intravenosa. Estar alerta
para os sinais de choque séptico, que anunciariam isquemia intestinal. Ter paciência.
(c)
o Verificar os dentes.
o Verificar o programa anti-helmíntico.
o Verificar as disposições de fornecimento de alimentos e água.
o O cavalo está comendo a própria cama?

169 (a)
o Aparar os pêlos das bordas da pele. Limpar e irrigar a ferida com solução salina normal.
o Tranquilizar o cavalo com, por exemplo, detomidina e butorfanol, e infiltrar localmente as
bordas da ferida com anestésico local não irritante (p.expl. mepivacaína a 1%, sem
adrenalina).
o Limpar completamente a ferida ainda uma vez, e suturar a pele ao redor, numa aposição
normal, com pontos interrompidos simples usando material inabsorvível; deixar um
orifício para drenagem na porção mais distal.
o Aplicar suturas de tensão mais profundas sobre o tubo, para que não ocorra tensão sobre
as bordas cutãneas.
o Aplicar curativo e enfaixar a ferida, desde a coroa até um local acima do limite superior
da ferida.
o Iniciar a antibioticoterapia. O uso precoce de medicamentos antiinflamatórios não
esteróides (p.expl. fenilbutazona) pode ajudar a evitar a ocorrência de excessiva
tumefação dos tecidos moles.
(b) Sim. O cavalo deve ser mantido em confinamento, recebendo antibióticos durante 5 dias;
se possível, a bandagem deverá ser deixada intacta durante os primeiros 5 dias; o curativo
diário ou em dias alternados dependerá da drenagem e do exsudato.

170 (a) Pode haver evidência de anemia, mas este achado é inespecífico. Anormalidades da
cascata da coagulação são raros, sendo provável que outros testes diagnósticos revelem a
causa da hemorragia.
(b) Exames radiográficos e endoscópicos devem ser realizados na tentativa de estabelecer o
local e a causa do sangramento. Embora seja possível que este sinal se deva a micose da
bolsa gutural ou ao sangramento focal no interior da cavidade nasal em decorrência de
pólipos ou de neoplasia, verificou-se que o distúrbio se devia a traumatismo persistente
causado por uma corrente, que batia no cavalo, em seu focinho, durante o transporte. Não
foram encontradas lesões que pudessem dar outra explicação para a epistaxe e a simples
fixação da corrente resultou na cessação deste problema!

171 A história clínica, aspectos clínicos e achados necroscópico deste caso são altamente
sugestivos de intoxicação por medicamento antiinflamatório não esteróide (MAINE),
decorrente de doses excessivas de flunixina meglumina, administradas pós-
operatoriamente. Embora uma ulceração mais disseminada do trato digestivo e a perda de

236
proteínas plasmáticas pelo trato GI estejam mais comumente associadas à intoxicação por
MAINE no cavalo, uma afecção mais localizada (colite dorsal direita) também pode ser
ocasionalmente observada. A colite ulcerativa do cólon dorsal direito tem maior
possibilidade de ocorrer quando cavalos que estão desidratados recebem MAINEs. Sabe-se
que problemas musculosqueléticos dolorosos interferem com a capacidade dos cavalos em
hidratar-se adequadamente. Este cavalo recebeu doses excessivamente elevadas de
flunixina meglumina (a dose recomendada de flunixina é de 1mg/kg diariamente; este cavalo
recebeu o dobro ou triplo desta dose).

172 (a) Vista oblíqua maxilar a 30°, com o lado afetado voltado para baixo.
(b) Há um tubo endotraqueal no local e as mandíbulas estão separadas. Há uma opacidade
mineralizada generalizada (osteíte maxilar) circundando a área dorsal ao quinto dente
molar superior e quarto soquete alveolar, que é comparativament~ radiolucente. Este quarto
dente molar superior está ausente; contudo, existe uma radiopacidade retangular estreita
consistente com tecido dentário sobrejacente à parte caudal do quarto soquete alveolar, em
posição imediatamente rostral ao quinto dente molar e estendendo-se quase até a superfície
panorâmica das arcadas dentais maxilares.
(c) Um sequestro dentário permaneceu, após a remoção incompleta do quarto dente molar
superior. A presença deste tecido predisporá à fistulação orossinusal e à contínua
contaminação da cavidade do seio maxilar com material ingerido. Portanto, a sinusite
secundária poderá persistir, resultando em corrimento nasal contínuo.

173 (a) Acidose respiratória com boa oxigenação.


(b) O tratamento consiste de ventilação intermitente por pressão positiva CIPPV), para que
seja diminuída a tensão do dióxido de carbono arterial. Bicarbonato de sódio servirá apenas
para aumentar a tensão do dióxido de carbono e assim agravará a situação. A acidose
metabólica seria caracterizada por pH baixo e por PCOz normal ou baixa. Bicarbonato de
sódio seria o tratamento sintomático de escolha, em tal circunstância.

174 (a) Engasgamentolbloquei%bstruçâo esofagiano. Prestar atenção nos corpos estranhos,


problemas neurológicos causadores de disfagia ou, mais raramente, moléstia aguda do
capim.

.
(b)
Antiespasmolíticos (p.expl. N-butilbrometo de hioscina e dipirona) serão ocasionalmente

. suficientes para curar o caso de pouca intensidade.


A eliminação da obstrução por lavagem com tubo gástrico deverá ser tentada, mas com
muito cuidado. A sedaçâo ajudará. Usar parafina líquida para os casos de beterraba
açucareira; nos outros casos, usar água. A água pode ser bombeada por pequeno tubo
gástrico colocado dentro de outro tubo de maior calibre. Tubo nasogástrico com manguito
representa possibilidade a ser tentada. Em caso de dúvida, amolecer o material ingerido e
deixar que transcorram 12 horas, antes de repetir o procedimento. Como última

. tentativa, poderá ser administrada anestesia geral.


Antibióticos são precaução judiciosa. Frequentemente ocorre extravasamento para a

. traquéia.
A reidratação intravenosa pode ser necessária, nos casos prolongados. Este procedimento
dará tempo para que você lidar com o esMago de modo mais precavido.

..
(c)
Desbastar os dentes.

. Verifiar o regime alimentar.


Verifiar outras causas possíveis, p.expl. problemas neurológicos, afecção esofagiana.
Radiografias de contrastadas e procedimentos endoscópicos podem estar indicados para
os casos recorrentes.

237
175 (a) Os aspectos clínicos deste caso são típicos de gastrenterite eosinofílica crônica. O
diagnóstico é confirmado pelo exame histológico das amostras obtidas por biópsia (pele ou
parede intestinal). Muitos casos não exibem eosinofilia sanguínea.
(b) A etiologia da afecção é desconhecida. Provavelmente este é distúrbio mieloproliferativo,
demonstrando algumas semelhanças com os síndromes hipereosinofílicos do homem. Não
existe tratamento reconhecidamente eficaz.

176 A eletroforese das proteínas séricas pode ajudar na identificação, ou na lesão por larvas
de Strongylus vulgaris. A eletroforese das proteínas permite a identificação de elevadas
frações globulínicas específicas. A fração beta-l pode estar elevada nos casos de parasitismo
deste tipo, que sob outros aspectos mostra-se inaparente.

177 (a) O cavalo demonstra grave perda de peso/caquexia. Ocorreu hipertrofia significativa
dos músculos torácicos expiratórios ("linha da asma"). Os cotovelos estão em abdução (o
chamado sinal de "falta de ar").
(b) Moléstia pulmonar obstrutiva grave, possivelmente acompanhada por enfisema, poderia
explicar todos os sinais clínicos. Pode também haver perda de peso concomitante!
(c) O prognóstico a longo prazo é sombrio, em vista da gravidade dos sinais clínicos. Podem
ocorrer alterações funcionais e estruturais dos pulmões. A atenção de emergência à higiene
do ar, Ouso de broncodilatadores, mucolíticos e, possivelmente, corticosteróides poderá
resultar numa melhora significativa.

178 (a) A dispnéia provavelmente deve-se a compressão faríngea dorsal, cuja causa mais
provável é a dilatação de um ou ambos os divertículos das trompas auditivas (bolsas
guturais).
(b) Empiema das bolsasguturais,timpanismodasbolsasguturais.
(c) Deve ser efetuada a radiografia/endoscopia da faringe e bolsas guturais. Em casos de
empiema das bolsas guturais, o acúmulo de líquido resultará na linha ou linhas de líquido
observadas nas radiografias laterais. As características e quantidade do exsudato podem ser
avaliadas pela endoscopia. No caso de timpanismo dos divertículos da tuba auditiva, uma ou
ambas as bolsas guturais estão distendidas com ar. Radiograficamente, o divertículo da
trompa auditiva se estende mais caudalmente que o normal, além da porção caudal da
primeira vértebra cervica!. Visto que ambas as bolsas guturais podem estar afetadas, em
muitos casos ambos os métodos diagnósticos devem ser praticados nas duas bolsas.

179 (a) O côndilo femoral media!.


(b) Comumente a analgesia local da articulação femorotibial medial produz melhora na
ambulação do animal e este é o mais confiável procedimento de orientação. Contudo, uma
resposta negativa não exclui um cisto ósseo subcondral nesta localização, como causa da
claudicação. Alguns animais exibirão ligeira distensão da articulação femorotibial media!.
Outras informações diagnósticas são altamente inespecíficas para a localização da patologia.
Geralmente a cintigrafia nuclear resulta negativa.
(c) A primeira técnica envolve a drenagem da cavidade cística e seu preenchimento com
enxerto de osso trabecular autógeno. Na segunda técnica, o cisto é também drenado, mas a
cavidade não é preenchida. Contudo, a técnica pode ser complementada p"la criação de
portais até o osso trabecular epifisário adjacente, por perfuração ("forage"). A primeira
destas técnicas é realizada através de artrotomia e a segunda, por artrotomia ou
artroscopia.
(d) Avaliação radiográfica da articulação femurotibial contralateral, visto que uma
percentagem significativa dos casos é afetada bilateralmente.

238
180 (a) Uma mosca de alguma espécie dos tabanídeos (mutucas), e que não põe seus ovos
nas pernas dos cavalos, ou uma mosca berneira, que põe seus ovos na mandíbula, pescoço,
pernas e, ocasionalmente, abdõmen.

.
(b)
Para a destruição dos ovos, lavar os membros com água quente contendo malation a 0,5%

. ou coumafós a 0,06% - usar luvas de borracha, ao aplicar esta medicação.


Recomendar o tratamento anual com anti-helmínticos, como ivermectin ou triclorfom,
administrados no outono e início do inverno, para que sejam eliminadas quaisquer larvas
existentes no estômago.
(c) A umidade e o calor provenientes da boca do cavalo, ao friccionar as áreas onde os ovos
foram postos.
(d) As larvas penetram nos lábios, pele ou (mais comumente) mucos a em torno da boca,
sendo eventualmente deglutidas, desenvolvendo-se no estômago an!es que sejam eliminadas
pelas fezes.

181 (a) O traçado exibe duas ondas P consecutivas que não estão seguidas por complexos
QRS. Este é um exemplo de bloqueio atrioventricular (AV) de segundo grau. Após os dois
batimentos bloqueados, o intervalo P-P encurta-se e em seguida alonga-se antes da próxima
onda P não conduzi da. Isto é indicativo de arritmia sinusal. O intervalo P-Q mais longo
ocorre antes da onda P não conduzida (bloqueio AV do tipo 1 de Wenkebach). A onda T, em
seguida à próxima onda P conduzida, subsequente a onda P não conduzida, é menor que nos
batimentos sucessivos. A morfologia da onda T no cavalo depende da frequência cardíaca e,
frequentemente, tem amplitude diferente após longa pausa.
Todos estes aspectos são indicativos de tono vagal elevado.
(b) Este traçado pode representar arritmia sinusal temporária pós-exercício, que ocorre mais
comumente após período de exercício leve. Seria aconselhável o re-exame deste animal após
período de trabalho mais alentado.
(c) Esta arritmia deve-se à atividade vagal associada à redução da frequência cardíaca. Não
é clinicamente significativa.

182 (a) Paracentese abdominal. Neste caso, o procedimento produziu fluxo abundante de
líquido sanguinolento com conteúdo de proteína de 26g/l e volume de eritrócitos de 2%. A
paracentese é extremamente útil na detecção da ocorrência (ou não) de lesão tecidual
irreversível.
(b) O problema exige prática de laparotomia imediata. Uma herniação estrangulada de 1,5m
na porção distal de jejuno foi encontrada no forame epiplóico. A isquemia e desvitalização
nítidas da alça intestinal impuseram a ressecção e anastomose.

..
(c)
Dor renitente e grave, mesmo diante de repetida analgesia.

..
Achados retais indicativos de obstrução do intestino delgado.
Presença de refluxo gástrico.

.
Ausência de motilidade intestinal.
Paracentese produzindo líquido sanguinolento.
(d) O uso liberal de flunixin meglumine, um inibidor potente da síntese das prostaglandinas,
mascarou a resposta clínica do cavalo para endotoxemia, em presença de lesões intestinais
isquêmicas. A estabilidade aparente do sistema cardiovascular pode resultar em retardo
considerável, antes que seja tomada decisão cirúrgica.

183 (a) Apenas uma glãndula mamária e uma teta estão presentes! A pele da glândula
remanescente e a área adjacente da coxa e parte ventral do abdômen exibem lesões focais
múltiplas e alguma inflamação.

239
(b) As lesões são nódulos múltiplos, focais e coalescentes, muitos deles apresentam centros
ulcerados revelando pequena quantidade de material purulento. Histologicamente, as lesões
podem ser identificáveis como necrogranulomas.
(c) Provavelmente o cavalo está sofrendo de moléstia granulomatosa generalizada. Outros
sinais clínicos são: aumento de volume dos linfonodos locais, perda de peso, apatia e
inapetência.
(d) O problema pode estar associado a infecções tuberculosas; portanto, devem ser obtidos
esfregaços diretos corados pelo método de Ziehl-Neelsen e a cultura de material coletado nas
lesões para possíveis microrganismos ácido-resistentes.

184 (a) A placenta da égua é difusa, i.é, ocupa toda a superfície endometrial após 3 meses.
Esta situação é diferente da vaca, em que a fixação placentária ocorre apenas nos
placentomas e o alantocório não aderido entre os placentomas pode ser "escorregado"
durante apalpação uterina. AFigura 294A mostra a superfície ventral de útero, contendo
gestação de 5 meses. Pode ser observado o perfil do feto. A incisão cuidadosa do útero
permitiu que este órgão fosse separado da membrana cório-alantóica (Figura 294B). O cório-
alantóide ocupa todo o lúmen uterino, podendo ser observada a natureza difusa da placenta.
Vilosidades não se desenvolvem onde o cório-alantóide está adjacente às aberturas da cérvix
e trompas de Falópio e nas cúpulas endometriais. Também havia pregas avilosas no cório-
alantóide, que se distenderam, quando o útero foi removido. A incisão do cório-alantóide
permite que o feto seja observado no interior do âmnio (Figura 294C); não há fusão entre
esta membrana e o alantóide.
(b) O frêmito ocorre na artéria uterina no final da gestação, mas este não é achado
consistente. Contudo, a detecção do frêmito, como indicador da gestação, não é necessária na
égua, pois nesta espécie (ao contrário do que ocorre na vaca) o útero permanece detectável
via retaZ durante toda a gestação. Isto se dá porque a superfície dorsal do útero permanece
posicionada dorsalmente, enquanto o órgão vai crescendo durante a gestação, devido à
inserção lateral relativamente elevada dos ligamentos largos. Portanto, os ovários também
permanecem dorsais ao útero e podem ser palpados no meio da gestação, quando estes
órgãos estão deslocados cranial e medialmente.

185 (a) Artrite infecciosa ou, possivelmente, traumatismo grave. A contagem leucocitária no
esfregaço preparado quando o animal tinha 2 semanas de idade foi de 51,3 x 109/1 e 96%
destas células eram neutrófilos. Isto é consistente com a presença de infecção. Também seria
útil a preparação de coloração de Gram.
(b) O animal terá recebido antibióticos de amplo espectro e a articulação também deve ter
sido irrigada uma ou mais vezes com soluções esterilizadas contendo eletrólitos. Neste caso,
a articulação foi irrigada três vezes no período de 2 semanas e o animal havia recebido
Timentin durante 1 semana, seguindo-se o curso de penicilina e neomicina por mais 12 dias.
(c) O esfregaço feito quando o animal tinha 4 semanas exibe células predominantemente
mononucleares e, portanto, o problema foi controlado. A contagem leucocitária foi de 1,5 x
109/1e neste estágio 87% destas células eram mononucleares.

186 (a) O principal achado é o nível sérico significativamente elevado para a glutamato
desidrogenase (GLDH), que é indicador específico de lesão hepatocelular. Aspartato
aminotransferase (AST) está apenas ligeiramente elevada, mas este não é indicador sensível
da hepatopatia equina. A uréia sanguínea baixa também é consistente com insuficiência
hepática, devendo-se à queda na produção de uréia a partir da amõnia. Uma hipo-
albuminemia acompanhada de hiperglobulinemia (especialmente beta-globulinas) é achado
comum em casos de hepatopatia, mas não é patognomônica. Algumas vezes, a bilirrubina
pode estar nas proximidades do nível normal em casos de insuficiência hepática no equino e
este achado é compatível com o elevado nível de GLDH. Em geral, os achados indicam lesão
hepática significativa.

240
(b) Uma investigação adicional deveria incluir a demonstração da função hepática
prejudicada pelo teste dos ácidos biliares séricos e/ou o teste de eliminação do corante
bromossulftaleína (BSP). Caso seja obtida evidência de função hepática prejudicada, estará
indicada a biópsia hepática.

187 (a) O examinador causou a laceração da parede intestinal em toda a sua extensão
(Figura 295).
(b) Lacerações retais ocorrem mais frequentemente na porção dorsal do reto, entre as
posições 10 e 12 horas. Comumente, a direção é longitudinal. Muitas das lacerações
encontram-se nas proximidades da entrada da pelve, a uma distância de 25-30cm do ânus, o
que significa que as aberturas se comunicam com a cavidade peritoneal.

.
(c)
O cavalo deve ser bem tranquilizado com detomidina (Domosedan, 0,02-0,03mg/kg por

. via intravenosa) e butorfanol (Torbugesic, O,lmg/kg por via intravenosa).


O uso de N-butilbrometo de hioscina e dipirona (Buscopam composto, 0,05ml/kg por via
intravenosa) ou brometo de propantelina (Proban B, 0,07mg/kg por via intravenosa)
ajudará no melhor relaxamento do reto, para que fique facilitada a evacuação fecal.
Alternativamente, pode ser utilizada a anestesia epidural (5-10ml de lidocaína a 2%) ou o
enema de lidocaína (10ml em 50 ml de solução salina). A anestesia epidural aumenta os

. efeitos do relaxamento anal, mas pode causar ataxia temporária.


2-4mg de atropina por via intravenosa eliminará o peristaltismo e minimizará o risco de

. contaminação fecal.
Apalpação retal cuidadosa é realizada com a mão desnuda, para que seja possível a

. avaliação mais acurada da lesão interna.


A área da laceração pode ser revestida temporariamente
embebida em anti-séptico.
com compressa de gaze

..
(d) Os três fatores mais importantes são:
A localização da laceração.

. O tamanho da lesão.
O número de camadas teciduais penetradas.
A laceração é classificada de acordo com as camadas laceradas:
.. 1° grau = mucosa ou mucosa e submucosa.
2° grau =apenas a muscular.
. 3°grau = mucosa, submucosa e muscular, inclusive lacerações no mesentério dorsal e
fossa retroperitoneal.
. 4°grau = laceração completa da parede retal, até a cavidade peritoneal.
.
(e)
O proprietário deve ser imediatamente notificado de que esta é uma complicação com
risco de vida para o animal, e com prognóstico reservado a sombrio. Deve ser tomada

. decisão imediata, concernente à terapia ou à eutanásia.


Devem ser administrados níveis elevados de antibióticos de amplo espectro a todos os
casos. Há necessidade de monitoração minuciosa, para a identificação precoce do choque.
A fluidoterapia deverá ser iniciada, para que sejam contrabalanceados os efeitos da

.. endotoxemia.
As lacerações de 1 Q grau respondem apenas ao tratamento clínico.
As lacerações retais de 22grau são principalmente considerações teóricas, sendo tratáveis

. pelo controle nutricional (dieta laxativa).


As lacerações de 32 e 42graus impõem intervenção cirúrgica imediata, ou a eutanásia,
caso esteja presente contaminação considerável da cavidade abdominal.

.
As opções cirúrgicas são:
Sutura direta através da laparotomia
25cm cranialmente ao ânus.
para lacerações ventrais que ocorreram a mais de

241
o Sutura direta através do reto para as lacerações que se estenderam até o mesentério
dorsal e que são inacessíveis através da laparotomia. O procedimento é facilitado pelo uso
de porta-agulhas de cabo longo e espéculo retal expansível. Outro método de oclusão
direta através do reto envolve a laparotomia na linha média, para permitir que um
assistente encaixe o intestino na ponta de espéculo de Caslick inserido por via retaZ.
o O uso de uma colostomia desviante temporária permite que a parte terminal do cólon
menor e o reto sejam mantidos livres das fezes durante 2-4 semanas. Este procedimento
permitirá que a laceração cicatrize espontaneamente. Uma segunda interferência
cirúrgica far-se-á necessária para a re-anastomose das extremidades do cólon
transeccionadas.
o A aplicação de tubo de revestimento retal de espera temporário. Este dispositivo é
firmemente fixado ao cólon menor, proximalmente à laceração, por meio de laparotomia
praticada na linha média.

188 Paralisia facial. O cavalo exibe flacidez dos músculos auricular, palpebral, bucal e
nasolabial. O fato que todos os grupos musculares estão afetados aponta para lesão central,
Lé, envolvendo o núcleo facial no bulbo, ou que envolve o tronco do nervo antes que ele se
divida, ao deixar o crânio pelo forame estilomastóide. No cavalo ilustrado, a causa foi
osteoma do processo estilóide do osso hióide. Esta lesão, que estava comprimindo o nervo
facial, podia ser observada pela endoscopia do divertículo da trompa auditiva (bolsa
gutural)(Figura 296).

189 (a)
o Debridar todo tecido lesionado e tratar como ferida aberta, permitindo que a lesão sofra
cicatrização por segunda intenção.
o Remover o mínimo possível de pele.

(b) Sim. Grandes defeitos podem ocorrer e também alguma perda da extensão, mas em sua
maioria, estas lesões cicatrizam sem que ocorra perda da capacidade de desempenho,
embora o cavalo possa passar por adaptação sutil de ambulação.
(c) A ferida pode levar até 4 meses para o reparo completo. O cavalo deve ser submetido a
exercício gradual e controlado, devendo ficar confinado à baia o mínimo possível. Contudo,
não é desejável que o animal fique solto em grandes áreas.. A solução ideal é o confinamento
a piquete ou pátio grande, em combinação com a caminhada diária.

190 (a) A lactação durante a gestação comumente indica separação da placenta. Esta
complicação é causada, mais comumente, pela morte de um dos gêmeos, mas algumas vezes
pode ser decorrente de placentite bacteriana ou micótica, que tem início na extremidade
cervical do útero, progredindo cranialmente. O resultado é, quase sempre, o abortamento. O
abortamento viral causado pelo herpesvírus 4 equino é em geral rápido, sem sinais
presumíveis e frequentemente é expulso um feto vivo; é aconselhável, mas algumas vezes
economicamente impossível, verificar a etiologia após qualquer abortamento ocorrido.
(b) A hemorragia através da vulva é frequentemente interpretada pêlos proprietários das
éguas como sinal de abortamento iminente, presumivelmente porque este é com frequência o
caso em seres humanos. Contudo, a placenta equina é epiteliocorial e a separação não causa
hemorragia; assim, este sinal não está associado a "ameaça de abortamento", não devendo
ser diagnosticado como tal.
Invariavelmente, a hemorragia vulvar, durante a gestação, está associada a varicosidades
e à ruptura de veias na região do hímen (ocasionalmente estes problemas são observados
também em éguas não prenhes). Durante a gestação, não há tratamento; a hemorragia é
inconsequente em termos de volume, embora frequentemente o proprietário ob~erve grandes
quantidades eliminadas, especialmente pela manhã (após o acúmulo durante uma noite
inativa). Em seguida ao parto, as lesões se resolvem (em éguas não prenhes, estes vasos
podem necessitar de ligação ou cauterização).

242
191 (a) NÃO! Este é, mais provavelmente, um adenoma da tiróide; muitos destes tumores
são afuncionais e meramente antiestéticos. As estimativas dos hormõnios tiróideos e os
testes de estimulação são geralmente normais.
(b) Poucas outras lesões ocorrem neste local. A abscedação local dos linfonodos da faringe
pode ocorrer em casos de infecção por Streptococcus equi (garrotilho).
(c) Normalmente, a tumefação fora da laringe não deve causar qualquer interferência com o
fluxo de ar através da faringe ou vias respiratórias superiores. Geralmente o crescimento é
lento e pode ser facilmente acomodado pêlos tecidos moles lateralmente! Neste caso, a outra
glãndula estava normal.

192 (a) No cavalo normal, espera-se que a glicose plasmática se eleve até atingir o nível
máximo em 120 minutos, que é aproximadamente o dobro da concentração em repouso,
declinando, em seguida, até retornar ao nível de repouso por volta de 6 horas.
(b) Os resultados são consistentes com estado de malabsorção do intestino delgado. Não há
aumento apreciável na concentração plasmática de glicose após a administração da solução
de glicose.
(c) As afecções que mais comumente resultam em malabsorção do intestino delgado em
cavalos adultos são: enterite granulomatosa, gastrenterite eosinofílica crônica,
linfossarcoma do trato digestivo e atrofia vilosa.
(d) O prognóstico para a maioria dos casos de malabsorção do intestino delgado é muito
sombrio. A resposta de absorção "nula", como a observada neste caso, está geralmente
associada a lesão infiltrativa grave da mucosa intestinal (p.expl. enterite granulomatosa ou
linfossarcoma do trato digestivo).

193 (a) Diagnósticos diferenciais da tumefação mandibular: pseudocistos eruptivos,


crescimento e abscedação dos linfonodos submandibulares, abscedação dentária periapical,
fratura de mandíbula, cisto ósseo mandibular, neoplasia.

..
(b)
Thmefação mandibular cortical ventral.

.. Perda da membrana periodontal em torno da raiz dentária rostral.


Raiz dental rostral em forma de baqueta.
Halo radiotransparente ao redor da raiz dentária rostral.
Diagnóstico - abscedação periapical da raiz rostral do terceiro dente molar mandibular e
trajeto fistuloso associado.

194 (a) Cisto uveal.


(b) Melanoma da íris.
(c) Nenhum.

195 (a) Vistas caudocranial e lateromedial.


(b) Os aspectos proximais das cristas trocleares do fêmur têm delineamento irregular, mas o
osso subjacente tem opacidade regular. As cristas trocleares são de tamanho similar
(enquanto que no adulto a crista troclear medial é maior). A patela também apresenta-se
com delineamento irregular. Este aspecto radiográfico é típico de ossificação incompleta; a
ossificação das cristas trocleares do fêmur não se completa até os 3-5 meses de idade. A
infecção pode resultar em um aspecto radiográfico similar nos estágios iniciais, mas também
pode resultar na destruição do osso subcondral.
(c) Infecção intra-articular, traumatismo, osteocondrose, outros.

.
(d)
Determinar a temperatura retal; realizar um exame clínico abrangente com especial
referência ao umbigo e tórax e a todas as outras articulações.

243
. Coletar líquido sinovial da articulação femoropatelar e medir a concentração protéica
total, e as leucometrias global e diferencial e também a contagem dos eritrócitos. Fazer

. coloração Gram e tentar a cultura bacteriana.


Fazer a hematologia de rotina (leucometrias global e diferencial, concentrações protéica
total e de albumina) e medir o fibrinogênio e IgG.
(e) A patela está completamente ossificada por volta dos 4 meses de idade; a fise femoral
distal fecha-se por volta dos 24-30 meses de idade.

196 (a) Determinar o hemograma completo e o fibrinogênio plasmático. Aspirar


as septicamente a articulação e realizar a citologia e cultura do líquido obtido. Fazer
hemoculturas. Obter radiografias da articulação, para futura comparação. Examinar
cuidadosamente os membros, em busca de outros focos de infecção e os pulmões em busca de
processo pneumõnico. Fazer o exame ultra-sonográfico do umbigo.
(b) Artrite séptica com ou sem osteomielite.
(c) Antibióticos de amplo espectro devem ser administrados, enquanto não chegam os
resultados de cultura. O umbigo pode ser tratado clinicamente por cauterização, usando
bastões de nitrato de prata. Possivelmente, considerar o tratamento local da articulação
(aspirar e irrigar a articulação com solução eletrolítica polianiõnica).

197 (a)
. Infestação por piolhos - mais provavelmente Damalinia equi (piolhos pequenos) ou

.. Raematopinus asini, mais facilmente observado.


Ácaros coriópticos.
Ácaros da colheita ou trombiculídeos, ácaros da coceira do mato.
. Ácaros vermelhos das galinhas (cavalos nas proximidades
de avicultura).
de (ou abrigados num) galpão

...
(b)
Aspersão de todo o corpo, 5-10 litros por cavalo.
Repitir em 14-16dias.
Usar nebulizadores segundo a orientação de cada fabricante: coumafós a 0,45%; diazinon
a 0,04%; maldison a 0,62%; clorfenvinfós a 0,1%; todos são agentes químicos tóxicos e
devem ser utilizados com cuidado.

198 (a) A lesão está restrita à área da glãndula salivar parótidea, estando bem circunscrita.
Lesões deste tipo raramente causam tosse, mas a presença de epistaxe é preocupante. Há
necessidade de que seja estabelecida a origem do sangramento, mas é improvável que haja
relação entre os dois eventos.
(b) O diagnóstico mais provável é melanomalmelanossarcoma da parótida ou do divertículo
da trompa auditiva (DTA)(bolsa gutural), que, geralmente, restringe-se aos cavalos
tordilhos.
(c) Os melanomas podem ser relativamente benignos e de lento crescimento, mas podem
estar amplamente disseminados; a presença de outras lesões pode ser significativa.
Frequentemente são encontrados melanomas no períneo, que podem ter pouca significação
neste local. Contudo, lesões que surgem na área da parótida podem ser decorrentes de lesões
primárias nos DTAs (bolsas guturais) ou de melanossarcoma primário nas glãndulas
salivares parótideas, que pode ser altamente maligno. O prognóstico para o cavalo é
extremamente reservado.

199 (a) As hemorragias serosas originam-se da penetração, na parede intestinal, de grandes


larvas de terceiro estágio de estrõngilos. Estas lesões podem surgir no intestino delgado ou
grosso e, geralmente, são atribuídas à infecção por Strongylus vulgaris. Em sua maioria, os
textos descrevem uma entidade similar de reação hemorrágica serosa difusa,
especificamente situada na parede do íleo, conhecida como Raemolasma ilci, que'

244
comumente é atribuída à infecção por Strongylus edentatus. Na mucosa e submucosa
adjacentes a estas lesões serosas hemorrágicas, ocorre reação celular inflamatória grave e
trombose disseminada das pequenas artérias.
(b) As infecções por estrôngilos em geral, e o infarto intestinal decorrente de S. vulgaris em
particular, têm sido associados à cólica no cavalo.
Em potros jovens, um síndrome agudo de pirexia, anorexia, apatia e cólica pode ocorrer,
nos casos de infecção maciça recém-adquirida com larvas de grandes estrôngilos.
Em animais mais idosos, a perda de peso, pirexia e cólica estão comumente associadas a
estágios ligeiramente mais avançados de migração larvar, classicamente havendo arterite da
artéria mesentérica cranial decorrente da presença de larvas de quarto estágio de S.
vulgaris. Nestes casos, a cólica pode ser intermitente ou recorrente, e pode haver peritonite
concomitante. A visão tradicional de que a arterite mesentérica dá origem a trombo-êmbolos
que ocluem as artérias intestinais, foi recentemente refutada. Atualmente, parece ser mais
provável que a isquemia intestinal seja o resultado de vasoconstrição difusa ou de
coagulação intravascular a nível da parede intestinal, e que isto deve refletir respostas de
hipersensibilidade ou neuro-humorais aos parasitos.

200 (a) Fratura unilateral do ramo rostral transversal da mandíbula ao nível do diástema,
com possível envolvimento da "cabeça" dental do incisivo lateral direito em desenvolvimento;
deslocamento ventral e esquerdo da arcada dos incisivos.
(b) Anorexia, tumefação mandibular, instabilidade e deslocamento lateral esquerdo da
arcada dos incisivos mandibulares acompanhados de maloclusão e fratura composta,
lacerando a mucosa oral.
(c) Aplicação de fio metálico interdentário. Em seguida à lavagem da ferida oral usando
solução diluída de iodo-povidona e à remoção de todos os fragmentos ósseos existentes, a
fratura é reduzida, ficando assegurada a oclusão dentária correta e a embocadura normal
para os incisivos. O fio metálico de aço inoxidável (#18) é passado entre os incisivos através
dos espaços interdentários na base dos dentes. A fratura é estabilizada usando o princípio da
banda de tensão. O fio metálico é fixado em local imediatamente rostral aos primeiros
dentes molares mandibulares. As extremidades aguçadas do fio metálico são torcidas
ventralmente para baixo, para que não ocorra laceração da língua. O bloqueio bilateral do
nervo mentoniano pode suplementar a analgesia pós-operatória, por meio de agentes anti-
inflamatórios não esteróides. O tratamento pós-operatório consiste de antibióticos sistêmicos
e da lavagem diária da laceração oral. O fio metálico interdentário pode ser removido sob
sedação, 6-8 semanas após a cirurgia e depois de ter sido obtida evidência radiográfica e
clínica de união óssea.

201 Nenhum. Ovários císticos não ocorrem na égua (veja a Questão 14). Algumas vezes, diz-
se que as éguas simultaneamente entram no estro e ficam irritadiças. Isto é contradição, em
termos; em geral a égua está demonstrando alguns sinais que são equivocadamente
interpretadas como sinais de estro, i.é, eversão clitoriana ("piscando", ou "se exibindo") e a
eliminação frequente de pequenas quantidades de urina. Diz-se em geral que as éguas com
mau comportamento ou irritadiças estão "atacadas"; este termo parece implicar que elas
ficam imprevisíveis e podem escoicear, mesmo quando não provocadas. Se os proprietários
acreditam (e isto frequentemente é sugerido por seus clínicos veterinários)que o problema
comportamental está relacionado à função ovariana, frequentemente dirão que o problema
ocorre num padrão cíclico; contudo, caso sejam mantidos registros diários pormenorizados,
raramente tais anotações virão em apoio a tal assertiva.
Na realidade, éguas em estro comumente são muito tratáveis; elas se agacham, elevam a
cauda, evertem o clitóris, urinam - e apenas raramente escoicearão, embora no início possam
ficar assustadas com o garanhão.
Éguas com anomalias comportamentais podem ter problema de relacionamento com seu
propriétário, particularmente se é permitido que a égua seja dominante; ou os animais

245
podem ser inadequados, em termos do seu temperamento, para o trabalho a que foram
designados. A ovariectomia não surtirá efeito.

202 (a) Cegueira periférica (pupilas dilatadas).


(b) Sinais de envolvimento dos nervos vestibular e facial, em seguida a traumatismo
craniano, estão comumente associados a hemorragia na porção petrosa do osso temporal e a
fraturas associadas deste osso e/ou dos ossos basilares. Outra consequência deste
traumatismo craniano pode ser uma lesão aguda (do tipo de amputação) dos nervos ópticos,
no local onde estas estruturas penetram nos canais ópticos no assoalho da cal vária (calota
craniana). A cegueira periférica ocorre nos graus uni ou bilateral, e parcial ou total, e os
sinais são essencialmente irreversíveis. Isto faz grande diferença quanto às perspectivas do
caso, porque a compensação para os sinais de envolvimento vestibular (ou seja, a inclinação
da cabeça, desvio ocular e anormalidade da ambulação) ocorre em grande parte graças às
informações visuais normais.

203 (a) Compactação com mecõnio.


(b) Exame digital do reto em busca de "cíbalas" endurecidas de mecõnio e para que fique
estabelecido se o trato está desobstruído.
(c) Enema, analgésicos no caso de continuação da dor e possivelmente óleo mineral.

204 (a) Atenção especial deve ser dada à auscultação dos pulmões em casos com esta história
clínica. Não podem ser auscultados sons pulmonares ventrais, mas alguns estertores podem
ser ouvidos dorsalmente. Os sons cardíacos podem ser auscultados ao longo de área muito
maior que o normal. A percussão dos pulmões dava a impressão de consolidação dos campos
pulmonares inferiores.
(b) Esta história clínica e quadro clínico são típicos de pleurite. Em muitos casos, os sons
pleurais não são auscultados devido ao acúmulo de líquido. Frequentemente a pleurite se
apresenta como cólica leve a moderada. A frequência respiratória não está necessariamente
mais rápida, a menos que haja envolvimento pulmonar significativo. Mais tarde, em seu
curso, pode ser observada a respiração abdominal laboriosa, porém bastante lenta (Figura
297A).

.
Tratamento imediato:
Níveis elevados de antibióticos devem ser administrados tão logo seja possível (p.expl.

. penicilina procaína e trimetoprim/sulfadioxina b.i.d.).


Fenilbutazona ou flunixin meglumine são importantes, por suas funções
antiinflamatórias e analgésicas.

.
Outras providências diagnósticas devem ser tomadas tão logo seja possível.
Culturas do aspirado traqueal, tanto para organismos aeróbicos quanto anaeróbicos,
devem ser realizadas, bem como o exame citológico e a coloração da amostra pelo método

. de Gram. Estes procedimentos podem sugerir a mudança nos antibióticos.


A hematologia não é tão útil, mas comumente demonstra, a princípio, leucocitose. Caso
não haja melhora clínica imediata ou caso ocorra uma dificuldade respiratório, tomar as

.. providências seguintes.
A radiografia torácica pode estabelecer a presença de líquido (Figura 297B).
A toracocentese deve ser praticada para a drenagem de grandes quantidades de líquido
pleural (Figura 2970) e talvez tenha que ser repetida; algumas vezes, formam-se grandes
depósitos de fibrina (Figura 297D), tornando difícil a drenagem. Submeter o líquido para
cultura, citologia e estimativa da proteína. A ultra-sonografia pode ajudar na localização

. de bolsas de líquido.
Tratamento geral. Evitar estados de tensão. Manter o cavalo quente e confortável em
ambiente isento de poeira e forçar a ingestão de alimentos e água. Agir rapidamente. Há
elevada taxa de mortalidade, tão logo tenha ocorrido um derrame pleural.

246
205 (a) Hiperextensão das articulações interfalangianas distais, denominada lassidão/
distensão dos tendões dos flexores digitais profundos.
(b) Os cascos devem ser aparados, sendo feita a tentativa de retorná-los à posição normal,
ferrando o animal com extensões nos talões.

206 (a) Claudicação pós-anestésica dos membros torácicos. É impossível diferenciar entre a
miopatia e a neuropatia a partir de fotografia; mas, em vista da aparente ausência de
angústia ou suor e o evidente desejo do animal em se alimentar, é provável que esteja
ocorrendo urna neuropatia. As miopatias pós-anestésicas tendem a ser muito dolorosas,
causando angústia no animal. A confirmação pode ser obtida pela estimativa laboratorial
das concentrações das enzimas musculares no plasma, i.é, creatinina quinase (CK)(que faz
pico dentro de 6 horas) e aspartato aminotransferase (AST) (com pico dentro de 24 horas).
Lembrar-se que após a anestesia de 2 horas de duração é provável que CK e AST estejam
elevadas com relação aos valores normais em repouso, mesmo na ausência de sinais clínicos.
Os valores obtidos quando um cavalo está ainda em decúbito podem ser enganosos, devido à
perfusão tecidual inadequada.
(b) Repouso, cuidados auxiliares e analgésicos, se o animal está em desconforto. Se o animal
sobrevive ao período pós-anestésico imediato, este problema geralmente resolve-se com
lentidão, com o passar do tempo, sem qualquer claudicação residual. Não existe tratamento
específico. Devem ser feitas tentativas para a prevenção, p.expl., pelo posicionamento
cuidadoso durante a anestesia, a manutenção da pressão sanguínea arterial, boa oxigenação
e mínimo tempo de anestesia.

207 (a) Fratura do olécrano, paralisia do nervo radial.


(b) Vistas mediolaterais do cotovelo são obtidas com o membro a ser examinado adjacente ao
chassi e com o membro em protração. As vistas craniocaudais são obtidas com o membro
sustentando peso ou erguido. Na primeira destas posições, pode ter utilidade a angulação do
feixe de raios-X proximodistalmente, de cerca de 10-15°.
(c) Existe fratura articular completa, com deslocamento e ligeiramente cominutiva do
olécrano ulnar.
(d) A = epífise ulnar proximal; B = epífise do epicôndilo medial do úmero.
(e) Fixação interna utilizando placa de compressão dinâmica (PCD) contornada ou pinos de
Steinmann e fios metálicos em banda de tensão.
(f) A fise ulnar proximal fecha-se aos 24-36 meses de idade e a fise radial proximal aos 11-24
meses de idade. Se urna PCD vai ser utilizada, deve-se tornar a precaução de não aplicar
parafusos na porção proximal de fise radial. A remoção da placa deve ser considerada após o
reparo da fratura, para que não ocorra crescimento disparatado entre o rádio e a ulna. Se
forem utilizados pinos de Steinmann e fios metálicos em banda de tensão, estes dispositivos
deverão ser removidos após a consolidação da fratura, para que não ocorra oclusão
prematura da fise ulnar.

208 (a) Muralha da porção dorsal do casco muito verticalizada no membro torácico esquerdo
e pequena ferida na porção lateral da articulação metacarpofalangiana (boleto) esquerda.
(b) O animal está sofrendo de deformação flexural da articulação interfalangiana distal no
membro torácico esquerdo, que provavelmente é secundária a claudicação crônica, em
decorrência da afecção articular degenerativa avançada presente na articulação do boleto.
(c) Em decorrência da claudicação crônica de baixa intensidade presente no membro torácico
esquerdo, o dono do animal decidiu mantê-lo no serviço reprodutivo. Contudo, foi percebido
que o animal se apresentava com dificuldade cada vez maior no uso deste membro. Quando
colocado paralelamente ao outro membro, a muralha do casco dorsal ultrapassava a vertical
e o animal tendia a ficar em pé com este membro à frente do outro, na tentativa de
compensar a deficiência. O eixo do casco foi corrigido por tenotomia do flexor digital
profundo, imediatamente acima dos bulbos do talão. Acreditou-se então que este

247
procedimento geraria resultado mais imediato e previsível que a secção do ligamento
acessório do tendão do flexor digital profundo (ligamento frenador inferior) e o
ferrageamento do casco com extensão da pinça, pois havia a preocupação de que o animal
viesse a proteger cada vez mais o membro, nas tentativas de nivelar o membro em posição
mais normal.

209 (a) Os aspectos medial e lateral (palmares e distais) do membro são tosquiados
minuciosamente e lavados; em seguida, é aplicada quantidade abundante de gel de
acoplamento ultra-sonográfico. O corpo do ligamento suspensor é examinado nos planos
transversal e longitudinal, utilizando transdutor de 7,5MHz (varredura linear ou de setor),
a partir da porção palmar do membro. Não há necessidade de neutralização. Os ramos
medial e lateral do ligamento suspensor são examinados desde as porções paI mares (medial
e lateral) do membro; em decorrência da localização mais superficial dos ramos do ligamento
suspensor, há necessidade de neutralização.
(b) AFigura 162A mostra que o corpo do ligamento suspensor, na região de sua divisão está
difusamente hipo-ecóico, lateralmente. As Figuras 162B-E mostram que o ramo lateral do
ligamento suspensor está aumentado distalmente (Figuras D e E), tendo área de redução da
ecogenicidade em toda a sua extensão.
(c) Exame radiográfico da articulação metacarpofalangiana, para a avaliação, em particular,
do osso sesamóide proximallateral.
É dificil a eliminação completa da dor associada ao ligamento suspensor pela analgesia
perineural. Frequentemente, ocorre dor causada pela flexão passiva da articulação
metacarpofalangiana em associação com a desmite do ligamento suspensor. Neste caso,
também pode haver dor associada à articulação metacarpofalangiana por si, em vista da
distensão da cápsula articular. Assim, deve ser considerada a avaliação do efeito da
analgesia intra-articular; contudo, este procedimento não foi realizado neste estágio, visto
que muitos cavalos normais de evento apresentam-se com distensão das cápsulas das
articulações do boleto e dor de baixa intensidade imediatamente após o evento (veja a
Questão 226).

210 (a) A diarréia grave em cavalos adultos é sinal clínico significativo, podendo ser
responsável pela letargia. É improvável que a claudicação esteja diretamente relacionada.
(b) Os problemas possíveis que podem ser responsáveis são: parasitismo (particularmente
ciatostomíase), salmonelose, síndrome da malabsorção dos equinos, enterite granulomatosa,
desequilíbrios nutricionais e insuficiência hepática.

..
(c)
Exame fecal para ovos de parasitos e bactérias.
Biópsia retal para a cultura bacteriana e exame histológico. Tratamentos de teste com

.. anti-helmínticos podem ter utilidade, como meios auxiliares diagnósticos.


Testes de absorção da D-xilose (ou glicose).
Um perfil hematológico completo deverá ser obtido. Os problemas de parasitismo podem

. demonstrar anemia significativa, hiperproteinemia (aumento das beta-2 globulinas).


Os síndromes de mal absorção e enteropatias perdedoras de proteína resultam em
hipoproteinemia. Talvez haja necessidade de investigação da função cardiorrespiratória,

. caso a letargia não esteja relacionada à diarréia.


Um estudo completo para a claudicação deverá ser efetuado.

211 (a) Hematócrito, proteína total plasmática, índice ictérico. O potro apresenta-se com
membranas mucosas amarelas e este achado em combinação com a letargia, debilidade e
frequência cardíaca elevada é sugestivo de anemia hemolítica.
(b) lso-eritrólise neonatal (lN) é o mais provável. Outras possibilidades são: septicemia,
insuficiência hepática, atresia biliar, infecção viral congênita (herpes). Comumente a
moléstia de Tyzzer ocorre em potros ligeiramente mais idosos (7-40 dias).

248
(c) Transfusão de papa de hemácias (eritrócitos completamente lavados, provenientes da
égua), ou transfusão de sangue integral (de doador compatível), se o potro está
demonstrando sinais relacionados à anemia.
(d) É elevada a probabilidade da produção de outro potro com IN pela égua. Fazer triagem
da égua na gestação avançada, para anticorpos antieritrocitários; misturar o colostro por
ocasião do nascimento com eritrócitos do potro neonato (utilizando o teste de aglutinação do
potro ictérico), para a detecção da incompatibilidade. Se há suspeita da égua possuir
anticorpos antieritrócitos do potro, impedir que o potro mame o colostro da égua e fornecer
fonte alternativa de colostro. Assistir ao parto, ordenhar a égua de hora em hora, colocar
focinheira("trombeta") no potro por pelo menos 24 horas (é preferível 48 horas) e fornecer
colostro de doador dentro das primeiras 6 horas de vida.

212 (a) Infestação por Onchocerca.


(b)
.. Obter biópsia da lesão mais recente possível.
Cortar o material obtido pela biópsia em solução de Tyrode e deixar durante 3 horas a
37°C; filtrar em peneira de 250 J.!me centrifugar a 3000rpm durante 5 minutos.
Examinar o sedimento residual numa câmara de gota pendente para vermes larvais.
(c) Administrar ivermectin por via oral; repitir em 2-3 meses.

213 (a) O líquido folicular surge como área negra durante a ultra-sonografia. Os folículos
ovulatórios comumente têm entre 3,0 e 5,Ocm de diâmetro, embora possam ocorrer exceções.
Tipicamente, um folículo maduro torna-se mole antes da ovulação; esta ocorrência é
detectável pela ultra-sonografia, porque a superfície do folículo em contato com o transdutor
torna-se achatada, devido à pressão de contato necessária para a obtenção de imagem nítida
(Figuras 298A, D e G).
O eco branco "nebuloso" visto abaixo e à direita, e em menor extensão abaixo à esquerda,
do folículo na Figura 298A é artefato causado pelo gás numa alça adjacente do intestino (não
mostrado).
(b) O útero não-estral tem aspecto relativamente homogêneo. Durante o estro, o endométrio
torna-se edematoso e os linfáticos entre o endométrio e miométrio ficam distendidos.
Presume-se que esta alteração seja causada por estrógenos e a intensidade da alteração
"edematosa" aumenta, à medida que prossegue o estro. O edema máximo comumente ocorre
24-48 horas antes da ovulação. Ultra-sonograficamente, o edema faz com que o útero tenha
aspecto mosqueado ou marmoreado de "alvo de dados". Ocorrem segmentos escuros e tiras
claras alternadamente, que correspondem aos centros edematosos (linfáticos) e aos
revestimentos endometriais mais densos das pregas uterinas. As Figuras 298M-P mostram
edema moderado no corpo uterino cranial e no corno uterino, respectivamente. Um edema
mais intenso na parte média do corpo é mostrado na Figura 298N.
(c) Após a ovulação, o folículo recém-esvaziado torna-se repleto de sangue. O sangue estático
(corpo hemorrágíco, CH) é intensamente ecogênico, porque os elementos celulares
sobrepõem-se e são reflexivos. Isto provoca imagem branca intensa após 12-24 h(Figura
298B). Algumas vezes, o CH apresenta centro escuro, em decorrência de líquido folicular ou
soro residual (Figura 298E e H). Ao longo dos próximos dias, a "alvura" do CH torna-se
menos intensa e novas áreas negras podem surgír em seu centro, possivelmente em
decorrência do soro ter sofrido extrusão do trombo.
(d) Por volta de 10 dias de idade, o corpo lúteo produz imagem cinza-fosca (Figura 298C),
podendo ainda conter lacuna central negra (líquido)(Figuras 298F e I). Comumente esta
imagem é esclarecida pela presença de pequenos folículos em torno de sua periferia.
(e) Ocasionalmente, os folículos luteinizam, sem ovularem. Um folículo aparentemente
normal pode, mais para o final do estro, tornar-se cheio com flocos brancos, que representam
hemorragía intrafolicular (Figura 298J). O "folículo" então aumenta de diâmetro,
coincidindo com aspecto de "tempestade de neve" redemoinhante, que logo se organiza num

249
aspecto estático, similar a treliça no interior do folículo (Figura 29810. A parede do folículo
espessa-se em decorrência da luteinização das células tecais. O fenômeno ocorre
esporadicamente em qualquer égua, e neste estro a égua obviamente não conceberá, pois o
óvulo não foi liberado. Contudo, a estrutura lútea assim formada atua como CL normal e em
geral é lisada após 14 dias. A Figura 298L mostra o folículo luteinizado visto na Figura
298K, 10 dias mais tarde; toda a estrutura está consideravelmente menor e mais densa.
(D Não raramente, o CL cíclico deixa de regredir aos 14 dias. Neste caso, a progesterona
continua a agir sobre o trato tubular, de modo que o útero torna-se tônico, como no início da
gestação, e a cérvix permanece fechada. Contudo, à medida que este estado de diestro
prolongado tem sequência, o desenvolvimento folicular se torna mais notável, como no início
da gestação. Estes folículos não influenciam o trato tubular, de modo que, tipicamente,
muitos folículos de até 2,5cm (um ou dois podem ser maiores) são visualizados e o trato
tubular tem o aspecto homogêneo da dominação da progesterona. As Figuras 298Q e R são
ultra-sonogramas dos ovários esquerdo e direito de égua em diestro prolongado; há muitos
folículos e CL maduro no centro do ovário direito.

214 (a) Timpanismo gástrico, em decorrência da fermentação de cortes de capim. O


estômago pode estar compactado com os cortes de capim.

.
(b)
É crucial a descompressão, com a frequência que se faça necessária. Pode ser difícil
aliviar a pressão quando a ingesta é espumosa. Usar um grande tubo gástrico com a
extremidade fenestrada. O timpanismo gástrico por qualquer causa é comumente muito
doloroso. Pode haver necessidade do alívio cirúrgico, mas esta solução é tecnicamente

. difícil.
Analgesia. Haverá necessidade de profunda analgesia/sedação. Neste caso, funciona mais

. adequadamente a xilazina ou a detomidina.


Laxantes atraves do tubo gástrico podem piorar a distensão gástrica, não devendo ser
utilizados. Agentes redutores da tensão superficial ou antibióticos orais, como a
neomicina, ajudam em alguns casos.

215 (a) Colapso do osso tarsiano central ou do terceiro osso tarsiano dorsalmente, resultando
em deslocamento dorsal da porção proximal do calcâneo e na porção de "alifafe" (osteo-
artrite) do tarso. Neste caso, o colapso foi do osso tarsiano central.
(b) O animal formou deformidade flexural da articulação metatarsofalangiana,
provavelmente em decorrência da claudicação crônica deste membro.
(c) O proprietário foi orientado, no sentido de confinar a égua e o potro em pequeno piquete,
para ajudar na resolução da claudicação deste membro. Também foi dada orientação no
sentido de ser introduzido um regime de exercícios controlados para o potro, constando
basicamente de caminhadas, assim que o animal melhorasse da claudicação. O prognóstico
para as atividades atléticas é reservado.

216 (a) Cistos de Echinococcus granulosus (deformação por equinococos).


(b) Os hospedeiros definitivos são os canídeos domésticos e selvagens. Os segmentos
gravídicos são eliminados nas fezes. Os equinos ingerem as oncosferas, que penetram no
intestino e migram pelo sangue até o fígado ou pela linfa até os pulmões, onde formam
cistos. A camada germinativa interna emite, por brotamento, cápsulas reprodutivas
contendo escólices. O ciclo se completa pela ingestão de vísceras equinas pelo hospedeiro
definitivo, comumente cães alimentados com restos de equinos.
(c) O diagnóstico definitivo "ante-mortem" poderia ter sido firmado pela ultrassonografia
hepática, caso houvesse suspeita de sua presença.

217 (a) O edema palpebral e tumefação das fossas supra-orbitais são evidentes.

250
(b) Arterite viral equina e peste equina africana. O abortamento é comum em ambas as
enfermidades.
(c) É mais provável a arterite viral equina. Sinais adicionais que podem ser observados em
grupos de cavalos são: fotofobia, lacrimejamento, edema de córnea, cólica e linfadenopatia. É
difícil a diferenciação clínica destas afecções, mas felizmente estão separadas
geograficamente. Pode haver necessidade de procedimentos sorológicos e de isolamento
viral, para a confirmação de qualquer destes diagnósticos. A arterite viral equina e a peste
equina africana também apresentam-se sob formas mais brandas, que se assemelham em
muito às infecções virais do trato respiratório superior.

218 (a) Trombose aorto-ilíaca. O cavalo está suando profusamente na parte cranial do corpo,
embora os quartos pelvicos não estejam suando.
(b) Ambos os murmúrios provavelmente têm origem funcional e, possivelmente, não têm
maior significação. O murmúrio sistólico precoce localizado sobre a base do coração
provavelmente é o murmúrio de ejeção causado pelo rápido fluxo do sangue para o interior
do ventrículo durante a fase de preenchimento. Comumente ambos os murmúrios são
auscultados em cavalos clinicamente normais, em especial os Puros-Sangues Inglês.
(c) A investigação das veias safenas imediatamente após o exercício pode dar indicação
acerca da gravidade do problema. O exame retal da aorta terminal e das artérias ilíacas
pode possibilitar a palpação da trombose. A palpação das artérias ilíacas internas revelará a
presença ou ausência de pulso ou a presença de frêmito. A ultra-sonografia da aorta
terminal e das ilíacas revelará a extensão do trombo e o grau de oclusão vascular.
(d) O prognóstico é muito sombrio. O grau de incoordenação e de angústia após exercício de
mínima intensidade e a ausência de suor nos quartos pélvicos implicam no envolvimento
bilateral das artérias ilíacas. É improvável que o tratamento com anticoagulantes venha a
ser oell1-suceàMo, neste caso. A uJtra-sonografia deve confirmar a extensão do trombo.
fornecendo indicação mais precisa acerca do possível resultado do caso.

219 (a) Apenas 5-10% dos casos apresentam obstruções que necessitam de cirurgia.
(b) Embora os percentuais de sucesso para a cirurgia da cólica variem de uma clínica para
outra, em geral as percentagens de sobrevida estão em torno de 50-60%.
(c) A isquemia intestinal irreversível e a endotoxemia ocorrem dentro de 8 horas após o
estrangulamento do intestino delgado e de 4 horas, no caso do intestino grosso.
(d) A percentagem de mortalidade mais elevada ocorre em casos de torção de 3600 do cólon
maior (69%), seguindo-se o encarceramento no forame epiplóico (57%), compactação ileal
(9%) e deslocamentos não estrangulantes do cólon maior (7%).
(e) A demora é ainda a causa mais comum de insucesso.
(f) Cavalos com frequência cardíaca >100 batimentos/min em combinação com o hematócrito
>60% raramente sobrevivem à cirurgia.

220 (a) Infestação com larvas de Habronema.

..
(b)
Infecções bacterianas: (i) Pseudomonas; (ii) Klebsiella.
Tumor - carcinoma epidermóide.
Raspados do processo uretral devem ser examinados, para a presença de larvas de
Habronema. Frequentemente outras lesões podem estar presentes em torno dos olhos do
mesmo cavalo ou de outros animais.
(c) Inicialmente, efetuar debridamento e fazer curativo com 50% de ivermectina + 50% de
DMSO; vermifugar o cavalo com dose completa de ivermectin.
(d) A fertilidade pode sofrer redução significativa, caso sangue e sêmen sejam depositados no
interior do útero da égua, durante a cobertura.

251
221 (a) A glicose plasmática faz pico a 120min, mas o nível máximo é significativamente
menor que o dobro do nível em repouso. Esta situação pode ser descrita como resultado de
"malabsorção parcial". Isto pode indicar moléstia de baixa intensidade ou focal do intestino
delgado, ou pode refletir o envolvimento de fatores extra-intestinais (p.expl., fatores
endócrinos).
(b) Estão indicadas várias biópsias da parede intestinal, para a confirmação da presença de
afecção do intestino delgado.

222 (a) Carcinoma epidermóide/papiloma epidermóide.


(b)Amputação do pênis e uretrostomia.

.
(c)
Hemorragia intra- e pós-operatória pelo coto peniano ou incisão da uretrostomia; pode-se

. esperar hemorragia uretral intermitente por até 4 semanas após a cirurgia.


Inflamação peniana e prepucial pós-operatórios, em decorrência da hemostasia
inadequada e da formação de hematoma ou edema, devido a manipulação inadequada dos
tecidos e de balanopostite pré-existente. Isto predisporá ao fracasso da uretrostomia, à

.. anúria e a possível ruptura da bexiga.


Infecção incisional.

. Extensão uretral da neoplasia.


Envolvimento metastático dos linfonodos.
(d) Biópsia do segmento amputado, para que seja determinada a natureza neoplásica da
lesão, i.é, carcinoma, papiloma ou papiloma com alterações pré-malignas e também para a

..
avaliação do envolvimento do divertículo uretral e da uretra.
Biópsia de linfonodo inguinal - hiperplasia reativa ou envolvimento metastático.
Presença de neoplasia prepucial preexistente.

..
(e)
Excisão local.
Operação de encurtamento ("em jaquetão").

.
. Ablaçãoprepucial e uretrostomia.
Ressecção em bloco e retroversão peniana.

223 (a) Salivação com sangue e espuma, corrimento nasal hemorrágico, dilatação das
narinas.
(b) Dificuldade com a deglutição ou mastigação, resultando numa salivação excessiva, e odor
proveniente do focinho, associado ao corrimento nasal, e dispnéia, evidenciada pelas narinas
dilatadas.
(c) É provável que esteja presente um foco hemorrágico associado a lesão ocupando espaço. A
disfagia pode ser decorrência da lesão que está ocupando espaço, com resultante obstrução
da faringe; ou decorrência de disfunção neurológica.

.
(d)
O exame neurológico cuidadoso, em busca de evidência de disfunção de nervo(s)
craniano(s).
. Exame endoscópico do trato respiratório superior, inclusive os divertículos das trompas

. auditivas (bolsas guturais).


Exame radiográfico da cabeça.
Foi identificado grande hematoma do etmóide, que resultou em obstrução da faringe e,
portanto, em disfagia. Havia comprometimento das vias respiratórias superiores, resultando
em dispnéia.

224 (a) Oftalmia periódica equina (uveíte recidivante).


(b) História clínica de surgimento súbito, juntamente com sinais clínicos de fotofobia, íris
escura e turva, pupila apresentando constrição e pressão intra-ocular diminuída.
(c) Midriáticos e corticosteróides.

252
225 (a) Fascíola hepática - Fasciola hepatica. É relativamente raro detectar evidência de
infecção por fascíola hepática em fígados de equinos no Reino Unido, e estudos
experimentais demonstraram que o cavalo é relativamente resistente a este trematódio, em
comparação com as espécies ruminantes. Geralmente, burros são considerados mais
suscetíveis à infecção com a fascíola hepática, do que cavalos e pôneis.
(b) A fasciolose equina clínica é muito rara. Os animais infectados estão assintomáticos ou se
apresentam com vagos sintomas, como aspecto pouco viçoso, perda da condição fisica e/ou
desempenho atlética insatisfatória.
(c)
. A demonstração dos ovos do trematódio nas fezes confirma a fasciolose, mas resultados
"falso-negativos" podem ser obtidos, caso apenas ovos imaturos estejam presentes, ou se a

. excreção dos ovos é intermitente; assim, há necessidade de exames repetidos.


Evidências (pela bioquímica do sangue) de hepatopatia podem ser detectadas em animais
infectados por fascíolas. Podem ser detectados níveis plasmáticos elevados de enzimas
hepáticas, p.expl. aspartato transaminase e sorbitol desidrogenase, em decorrência da
migração de fascíolas imaturas no parênquima hepático, enquanto que a fosfatase
alcalina e a gama glutamil transferase, que indicam lesão ao trato biliar, estariam

. elevadas no caso da presença de fascíolas adultas.


As fascíolas adultas são hematófagas, a tal nível que os animais infectados podem estar
anêmicos.
(d) Triclabendazol- dose sugerida: 15mg/kg por via oral, ou por intubação gástrica.
(Notar: não existe nenhum medicamento cestoidicida licenciado na Reino Unido, para uso
em cavalos.)

226 (a) Existe uma modelagem do aspecto palmar do osso sesamóide proximallateral e
linhas transparentes irradiantes largas e salientes na metade proximal. Há contorno
irregular da porção proximal dorsomedial da falange proximal.
(b) A chamada sesamoidite - claramente mais antiga que a claudicação. Possível moléstia
articular degenerativa.
(c) Analgesia intra-articular da articulação metacarpofalangiana. Esta técnica foi realizada
após repouso na baia durante 4 semanas, e redução da inflamação aguda associada à
desmite do suspensor. Uma claudicação incipiente persistiu e foi aliviada pela analgesia
intra-articular. É improvável que a analgesia intra-articular remova a dor associada aos
ossos sesamóides proximais por si. Esta situação apóia o diagnóstico de afecção degenerativa
concomitante.
(d) As alterações ósseas produtivas são entesófitos, causados pela laceração crônica da
inserção do ligamento suspensor. As zonas de transparência adjacentes aos canais
vasculares, mas exteriores ao osso normal, são áreas de tecido fibroso em torno dos vasos
nutrientes. O distúrbio é entesopatia e não problema estritamente inflamatório dos ossos
sesamóides.

227 (a) A laceração deve ser reparada. A remoção exporia a parte inferior do olho a mais
irritação/lesão.
(b) A ferida pode ser reparada com o cavalo sedado, usando para tal, p.expl., detomidina e
butorfanol, ou xilazina e petidina, em combinação com infiltração das bordas cutâneas com
um anestésico local não irritante (p.expl., mepivacaína a 1%, sem adrenalina) ou com o
cavalo sob anestesia geral. Caso o procedimento seja realizado com o animal em pé, poderia
ser útil a realização de bloqueio nervoso auriculopalpebral, para o relaxamento dos
músculos orbitais do olho; bloqueio supra-orbitário proporcionará analgesia e dispensará o
uso de infiltração local, com anestésico local.

.
(c)
Material absorvivel 2/0 ou 3/0, poligalactina 90 (Vicryl) ou ácido poliglicólico (Dexon).
Usar sutura contínua simples, com os pontos sepultados.

253
. Usar padrão interrompido simples com sutura não-absorvível, como o polipropileno
(Surgilene ou Prolene), poligluconato (Raxlon), polidioxanona (PDS) ou monofilamento de
polibutil-éster (Novafil).

228 (a) Ocorreu aumento significativo da incisura frontomaxilar. Algumas vezes, há história
clínica de traumatismo craniano, mas frequentemente, tal história inexiste. Comumente, o
cavalo apresenta-se com inflamação facial; esta inflamação em geral sofre redução, mas
poderá persistir tumefaçãG permanente.
(b) Os olhos devem ser examinados cuidadosamente. A aplicação do corante fluoresceína
poderia identificar a presença de úlcera da córnea ou conjuntivite ou poderia sugerir a
obstrução do ducto nasolacrimal. Em cavalos normais, pode-se esperar que o corante surja
na abertura nasal do ducto após 5-15min.
(c) O dueto nasolacrimal, 'envolto em seu canal ósseo, passa próximo às incisuras
inflamadas. A tumefação local pode causar a estenose ou o desvio do ducto o bastante para
que ocorra obstrução parcial ou totaL A irrigação retrógrada do ducto pode confirmar esta
obstrução.

229 A égua pode não estar exibindo sinais espontâneos de estro por todas as razões
relacionadas na questão 259. Contudo, nesta época do ano, é muito improvável que o animal
esteja ainda no anestro do inverno ou na transição para a atividade cíclica; a imaturidade
também não chega a se constituir em problema. Portanto, o aparente fracasso do tratamento

.
pode ter ocorrido porque:
A dose de prostaglandina foi demasiadamente pequena para causar luteólise; isto é
improvável, porque as doses recomendadas dos produtos encontrados no comércio são

. comumente muito superiores às realmente necessárias para provocar a luteólise na égua.


A égua pode ter tumor das células da granulosa - a prostaglandina não afetaria a

. situação.
Uma égua em diestro prolongado pode ter (por ocasião da administração da
prostaglandina e a despeito da presença de corpo lúteo [CL] dominante), muitos folículos,
alguns dos quais podem estar maduros (>3,5cm de diâmetro). Após a luteólise, estes
folículos podem regredir, sendo substituídos por outros que terminarão ovulando ou
podem, eles próprios, romper-se tão cedo (dentro de 48h) que a égua terá pouca chance de
demonstrar sinais de estro. Nem a palpação e nem o ultra-som podem prever o destino de
tais folículos. A Figura 299 mostra as concentrações de progesterona de égua em diestro
prolongado; a prostaglandina (PG) causou luteólise, que foi seguida pela ovulação (O) e

. por fase lútea de duração normaL


Se uma égua em diestro prolongado tem CL secundário com menos de 5 dias de idade,

. este CL não lisará, embora isto venha a ocorrer com o CL primário.


Se uma égua é "tímida" ou se a técnica de estimulação da égua é inadequada
(frequentemente ocorre a combinação dos dois problemas), então quando a égua estiver no
estro fisiológico, poderá não ser induzida a exibir os sinais clínicos; então, diz-se que o
animal apresenta "cio silencioso". Muitas destas éguas "mostrar-se-ão", se estimuladas
apropriadamente e se o exame clínico vier a demonstrar que os animais estão em estro, o
haras comumente gastará mais tempo tentando fazer com que os animais sejam cobertos.
"Cios silenciosos" podem ocorrer depois da administração efetiva de prostaglandina, ou
podem (como neste caso) ter ocorrido durante o mês de junho, de modo que a
prostaglandina pode não ter sido administrada em estágio apropriado do ciclo; o CL não
responde à PG durante os primeiros 5 dias após a ovulação.

230 (a) Deformidade vara do carpo, em decorrência da instabilidade criada pela fratura da
porção proximal do quarto osso metacarpiano e subluxação do segundo osso carpiano.
(b) Estabilização do segundo osso carpiano, redução e estabilização da fratura do quarto osso
metacarpiano.

254
(c) o prognóstico para a função atlética é reservado.

231 (a) Cestódios - Anoplocephala perfoliata - que têm predileção para a válvula ileocecal,
mas que também podem ser encontrados no intestino delgado. O outro cestódio equino, A.
magna, ocorre menos comumente e infecta o intestino delgado.
(b) Há poucos estudos pormenorizados sobre a patogênese das infecções por cestódios
equinos. Grandes infecções podem estar presentes sem causar efeitos clínicos, embora lesões
mucosas erosivas ou ulcerantes da porção distal do intestino delgado ou válvula ileocecal
estejam presentes com frequência. Têm havido alguns relatos associando a infecção por
cestódios com distúrbios como a perfuração/ruptura cecal, intussuscepção ileal ou cecal e
também hipertrofia ileal.
(c) O diagnóstico definitivo é firmado pela demonstração dos ovos dos cestódios nas fezes,
pelo uso de técnicas de flutuação ou sedimentação. Os ovos podem ser eliminados apenas
intermitentemente, de tal forma que pode haver necessidade do exame de várias amostras
coletadas em dias consecutivos, para a confirmação do diagnóstico. Embonato de pirantel na
dose de 38mg!kg (o dobro da dose para estrôngilos) removerá efetivamente a infestação dos
cestódios da maioria dos cavalos.

232 O estado de criptorquidismo pode ser confirmado pela determinação do sulfato de


estrona no plasma, ou pelo uso do teste de estimulação pela gonadotrofina coriônica humana
(hCG).
Embora o nível de sulfato de estrona possa diferenciar entre cavalos criptorques e cavalos
com comportamento "de macho" que foram efetivamente castrados ("falsos garanhões"), esta
determinação não é apropriada para uso em cavalos com menos de 3 anos ou em burros.
Apenas a determinação da testosterona pode fornecer resultados equívocos, havendo
necessidade de outros testes. O teste dinâmico/teste de estimulação pela hCG, em que níveis
de testosterona são medidos antes e depois da administração de 6000ui de hCG, pode ser
mais útil na identificação de criptórqueos unilaterais, que na identificação de criptórqueos
bilaterais.

233 (a) As perdas endógenas de sódio foram consideradas na faixa de 15-20mg!kg de peso
corporal/dia, em um cavalo que não esteja suando. A disponibilidade de Na nos alimentos foi
descrita como situando-se entre 45% e 90%. Portanto, as exigências para um cavalo maduro
com 500kg não exercitado podem ser calculadas como sendo de 8-22g de Na alimentar por
dia. Foi sugerida a concentração de sódio de pelo menos 0,1% na dieta de manutenção.
(b) As perdas endógenas de Ca foram consideradas na faixa de 20-25mg!kg de peso corporal/
dia com a disponibilidade final nos alimentos entre 45% e 70% (exceto onde estejam
presentes teores significativos de oxalatos). Portanto, as necessidades de um cavalo maduro
de 500kg não exercitado podem ser calculadas como sendo de 14 a 28g de Ca (comumente
administradas como entre 20 e 25g de Ca com 15g de P - pois acredita-se que a relação Ca:P
seja tão importante quanto as quantidades absolutas de Ca e P). Estes valores são
aproximados, pois pode ocorrer variabilidade individual na capacidade de absorção e
interações minerais complexas no interior do trato gastrintestinal podem também afetar a
absorção.
(c) O suor contém baixas concentrações de Ca (e P), mas é hipertônico com relação ao
plasma, no que tange ao Na (e também ao P e Cl-), Lé, em torno de 145-160mmol/l, ou 3,3-
3,7gll para o Na.
(d) Isto depende das condições ambientais, natureza do trabalho, da aptidão do cavalo e, até
certo ponto, do temperamento do animal. Em condições climáticas favoráveis, a perda
representada pelo suor pode ser da ordem de 7-81/h em corridas de longo percurso. Em

255
condições quentes e úmidas, em que a produção do suor é parcialmente ineficaz, a produção
pode ser de até 10-151/h. Portanto, um cavalo de corrida preparado tende a perder entre 1-5
litros em uma corrida e um cavalo de resistência, entre 25-30 litros ou mais.
(e) Para um cavalo suando (= 500 kg) realizando trabalho moderado (perda de suor = 10
litros), a ingestão necessária de Na, com base nos valores acima, poderia variar entre 45 e
1O4g/dia. Pouquíssimos cavalos seriam alimentados ou comeriam 1O4g (= 9,5 onças) de sal!
(O conteúdo do trato gastrintestinal pode proporcionar reservatório importante de Na
durante o trabalho intenso e as perdas de eletrólitos ocorrentes com a sudorese intensa não
podem ser restauradas todas de uma única vez.) As diretrizes tendem a ser mais
generalizadas e assumem o nível mais elevado de disponibilidade; assim, para o trabalho
leve em torno de 30g, e para o trabalho moderado, em torno de 50g têm sido recomendados
(Lé, no cavalo alimentado com feno e rações compostas, pode haver necessidade adicional de
cerca de 28g de NaCl no caso de trabalho moderado, enquanto que no cavalo alimentado com
aveia/feno, pode haver necessidade de adicional de até 1O0g de NaCl).
(f) As necessidades de Ca no cavalo em exercício são ainda mais controversas e confusas,
especialmente se o cavalo ainda está em crescimento. Alguns pesquisadores sugeriram que
qualquer aumento com o exercício será atendido pelo aumento obrigatório na ingestão de
cálcio, devido ao aumento na ingestão da matéria seca. Contudo, outros estudiosos sugerem
que níveis nutricionais mais elevados de Ca devem ser fornecidos para o cavalo de
desempenho. Comumente, as recomendações para um cavalo maduro em exercício são de
aproximadamente duas partes de Ca para uma de P: por volta de 30-50g de Ca e 15-20g de
P. Para o cavalo jovem, em fase de crescimento e em regime de exercício, quase todos os
pesquisadores sugerem que níveis muito mais elevados de Ca são benéficos; contudo, alguns
afirmam que tais níveis são maléficos. As exigências acima são aproximadas e baseiam-se
em trabalhos limitados, frequentemente contraditórios.

234 Não comprar. A ilustração mostra duas anormalidades: primeira, o encarceramento da


epiglote pela mucosa glossoepiglótica, e segundo, grande defeito do pálato mole. A hipoplasia
palatal estende-se até a parede faríngea direita (à esquerda, na Figura 180) e, portanto, não
pode ser iatrogênica. Também, e fora da fotografia, o pedículo cartilaginoso na abertura do
divertículo da trompa auditiva estava deformado: este é .achado comum nos casos de defeitos
palatais congênitos. Para complicar o quadro, a motilidade da cartilagem aritenóide
esquerda era altamente suspeita, mas este problema não pode ser apreciado na fotografia.
Embora a correção do encarceramento epiglótico seja direta, os defeitos palatais devem
ser considerados como irreparáveis.

235 (a) O padrão de desgaste dos dentes incisivos indica que o cavalo tem "birra"/aerofagia.
(b) Estes cavalos são frequentemente (mas não sempre) aerofágicos (deglutição repetida de
ar).
(c) Está sugerido que a cólica aguda e a perda de peso crõnica são efeitos comuns destes
vícios, embora haja pouca evidência científica em apoio a esta visão. Pode ocorrer
desenvolvimento significativo dos músculos da parte ventral do pescoço, mas não é provável
que isto resulte em qualquer sinal patológico.
(d) Alguns cavalos podem ser controlados pela aplicação de uma "correia de aerofagia" em
torno do pescoço, posicionada imediatamente caudal à mandíbula. Em alguns cavalos, é
bem-sucedido o tratamento cirúrgico mediante a secção dos músculos infra-hióideos do
pescoço (esternotiróideo, omo-hióideo e, possivelmente, esternocefálico) com ou sem a secção
do ramo ventral do nervo acessório espinal.
Supõe-se que a aerofagia seja comportamento estereotipado e que tem sido controlado
pela administração dos antagonistas narcóticos (p.expl., naloxona), mas este é um
tratamento paliativo e não curativo.

256
236 (a) "Coceira doce", hipersensibilidade por Culicoides.
(b)
o Infecção por Microsporum gypseum (não pruriginosa) - cultivar os pêlos.
o Sarna psoróptica - raramente exibe pápulas: coça muito e o cavalo esfregará os pêlos da
cauda; encontrar ácaros nas orelhas, cauda e crina.
o Infestação por Oxyuris - encontrar ovos sob a cauda; responde a anti-helmínticos.
o Mordidas de Stomoxys - busque pápulas; raramente o animal se esfrega por mais de 24h;
presença de moscas.
o Dermatophilus - fazer cultura; os pêlos são epilados com aspecto característico.

237 (a) O círculo transparente em torno da opacidade metálica na vista sob flexão do osso
navicular sugere que a lesão já estava presente há pelo menos 2 semanas. Neste caso, a
lesão ocorreu 25 dias antes que estas radiografias fossem obtidas.
(b) A égua tinha sofrido ferida penetrante na extremidade distal do membro, estando
presente corpo estranho adjacente à borda horizontal distal do osso navicular.
(c) Eutanásia.

238 (a) A amostra do lavado traqueal exibe reação eosinofílica intensa. Isto é mais
comumente observado em casos de infestação por vermes pulmonares (Dictyocaulus
arnfieldi). A infecção com este parasito geralmente ocorre quando os cavalos usam pastos
que haviam sido utilizados por burros. Infecções persistentes as sintomáticas com D.
arnfieldi ocorrem em grande percentagem dos burros.
As infecções por D. arnfieldi em cavalos, comumente, não são persistentes, e o diagnóstico
geralmente não é possível pelo exame das fezes para as larvas parasitárias. A confirmação
do diagnóstico pode ser conseguida pelo exame endoscópico das vias respiratórias inferiores,
quando as larvas podem ser observadas macroscopicamente. Alternativamente, as larvas
podem ser encontradas nas amostras de lavado traqueal ou de lavado broncoalveolar. A
resposta ao tratamento específico é também meio auxiliar útil para o diagnóstico.
(b) Comumente, o tratamento eficaz pode ser conseguido por dose de rotina de ivermectin
(200ug/kg). Os animais afetados podem mostrar piora temporária dos sinais clínicos durante
1-2 dias, antes da melhora rápida.

239 (a) Taquicardia ventricular. Há frequência rápida, ausência de ondas P, complexos QRS
largos e anormais.
(b) O prognóstico deve ser reservado, pois este tipo de ritmo frequentemente converte-se em
fibrilação ventricular.
(c) O tratamento consiste na correção dos fatores predisponentes, p.expl. dose excessiva do
medicamento, acidose, 'hipóxia, interrupção do agente anestésico, instituição da ventilação
intermitente por pressão positiva com gases enriquecidos por oxigênio e administração de
líquidos. Cloridrato de lignocaína (sem adrenalina) é o tratamento medicamentoso de
escolha; 2-4mg/kg são administrados por injeção intravenosa lenta. Uma infusão de
lignocaína (O,O2mg/kg/min) pode ser utilizada para a manutenção do ritmo sinusal.

240 (a) Este é ultra-sonograma transversal dos tecidos moles metacarpianos palmares
obtidos com neutralização. Na foto à esquerda, parece haver região hipo-ecóica no ligamento
acessório do tendão do flexor digital profundo (ligamento frenador inferior), mas este pode
ser artefato e deve ser reavaliado sem neutralização (Não foi detectado). Na fotografia à
direita, há borda ecotransparente palmar ao tendão do flexor digital superficial,
provavelmente edema subcutãneo. Há área sutil de ecogenicidade reduzida no centro do
tendão do flexor digital superficial.
(b) Há suspeita de lesão do tendão do flexor digital superficial. O cavalo deve ficar restrito
ao repouso na baia por 10-14 dias, sendo então reavaliado. Parece haver variabilidade entre
os cavalos, acerca de quando a lesão é melhor identificada pela ultra-sonografia, com relação

257
ao surgimento dos sinais clínicos; assim, deve-se ter sempre cuidado, ao examinar o cavalo
na fase mais aguda.
O cavalo foi tratado conforme a orientação do veterinário. O calor e a dor desapareceram,
mas exame ultra-sonográfico de acompanhamento revelou área muito mais evidente de
ecogenicidade reduzida dentro do tendão do flexor digital superficial (Figura 300). Também
deve ser observado no ultra-sonograma de acompanhamento que, embora as disposições de
ganho sejam similares às da varredura previamente obtida (o tendão do flexor digital
profundo tem ecogenicidade em ambas as varreduras), o aspecto palmar do tendão do flexor
digital superficial está difusamente hipo-ecóico.

241 Embora a hematologia e a bioquímica do sangue possa ter utilidade na avaliação da


septicemia neonatal, os resultados podem ser equívocos. Contudo, no caso como este seria
essencial a determinação da IgG sérica, visando a avaliação da adequação da transferência
passiva da imunidade. A IgG sérica ou plasmática pode ser medida por diversas técnicas.
Estes procedimentos podem ser: determinação da proteína total, teste de turbidez do sulfato
de zinco, aglutinação em pérolas revestidas por látex, teste de imuno-absorção com ligação
enzimática (ELISA) e imunodifusão radial. Todos estes métodos têm seus problemas
inerentes e há diferenças de opinião quanto ao nível de IgG que representa insuficiência na
transferência passiva. Alguns artigos sugeriram que <400mg/dl de IgG em 24h pós-parto
pode ser quantidade inadequada e outros preferem observar níveis de >800mg/dl. Este
debate pode não ser cabível, quando o clínico é apresentado a potrinho que esteja fraco e
frio, e que seja produto de égua que tenha "descido o leite" antes do parto, ou que esteja
produzindo pouco ou nenhum leite. A transfus'lo de plasma seria necessária, caso tenha
ocorrido deficiência na transferência passiva; 30b estas circunstâncias, é razoável tentar a
obtenção de nível de IgG de pelo menos >400mg/dl, mediante a administração de pelo menos
1 litro de plasma, por infusão intravenosa lenta.
A hemocultura pode também ajudar nestas circunstâncias, de modo que possa ser
estabelecida a sensibilidade bacteriana. É preferivel a obtenção de hemoculturas após
minuciosa preparação do local da coleta e por venipunção por agulha esterilizada, e não
através de um cateter. Pelo menos 10ml de sangue devem ser retirados da veia, e a agulha
utilizada na coleta deverá ser descartada e substituída por outra agulha estérilizada, antes
que a amostra seja depositada no frasco (ou frascos) de cultura.

242 (a) Cálculo cístico.


(b) Carbonato de cálcio (oxalato de cálcio, maguésio, amônio, fosfato).
(c)
. Cistotomia através de incisão paramediana ventral.
.. Cistotomia para-retal.
Uretrostomia isquiática:t esmagamento com litotrito, ou litotripsia eletro-hidráulica.

.
(d)
Cistotomia - peritonite, extravasamento pela bexiga, infecção incisional, deiscência da

. ferida.
Uretrostomia isquiática :t traumatismo uretral, estenose uretral, fístula uretral, aumento
da incidência de recidivas.

243 (a) Potro branco letal (resultante da cruza de dois "malhados overos") é o diagnóstico
mais provável. A lesão primária é a aganglionose ileocolônica, com ou sem estenose ou
agenesia intestinal. Deve ser considerada a retenção de mecônio.
(b) É difícil o diagnóstico de "ante-mortem" conclusivo. Os sinais (coloração branca, dados
reprodutivos e curso clínico) são fortemente sugestivos. Deverá ser descartada a
possibilidade de compactação simples por mecônio. As radiografias abdominais podem
apoiar o diagnóstico. Pode ter utilidade o estudo de contraste positivo.
(c) Não há tratamento.

258
244 (a) Diabete insípido. O distúrbio origina-se em decorrência da incapacidade do hormõnio
antidiurético (ADH) em afetar os ductos coletores dos rins. O diabete insípido pode ser
central, em decorrência de produção insuficiente de ADH pela glândula pituitária ou
nefrogênico, em decorrência da ausência de resposta dos ductos coletores em responder ao
ADH. Animais com qualquer forma de diabete insípido não podem concentrar a urina, em
seguida a teste de privação de água.
(b) Sim. O teste de privação de água está contra-indicado em animal azotêmico, porque a
insuficiência renal pode ser exacerbada pela desidratação. Este põnei tinha concentrações
plasmáticas normais de creatinina e uréia, embora estes dados não excluam a moléstia
renal, visto que estes são indicadores relativamente pouco sensíveis da velocidade de
filtração glomerular. Contudo, neste caso a duração dos sinais clínicos era crônica, de tal
forma que, se a sede excessiva tivesse sido resultante de moléstia renal primária, haveria
alterações na uréia ou creatinina plasmática.
(c) Teste de resposta ao ADH. O protocolo de teste sugerido é: três injeções de 60ui de ADH/
450kg a intervalos de 6h. Em seguida a estas injeções, um caso de diabete insípido central
será capaz de concentrar urina, enquanto que um caso de origem renal ainda produzirá
urina diluída.

245 Na égua não prenhe, o líquido no interior do útero deverá ser encarado com suspeita. No
início do estro, a presença de algum líquido negro transparente é provavelmente normal
(veja a Figura 29B?), mas seu acúmulo pode refletir diminuição da capacidade do útero em
drenar líquidos com eficiência. Após a ovulação e durante o diestro, especialmente em éguas
que foram cobertas, o líquido no útero comumente indica exsudato, resultante de
-
endometrite bacteriana (Figura 301A observar que o líquido não é completamente
transparente). No diestro de duração média ou prolongada, o líquido (exsudato) uterino pode
tornar-se muito ecodenso (concentrado), sendo difícil sua diferenciação do tecido uterino
(Figura 301B). AFigura 301C demonstra útero em diestro normal (acima das setas) na
parte superior da bexiga; este último órgão contém urina ecodensa com alguns bolsões mais
esparsos (negros).

..
246 (a)
O reparo deve ser realizado sob anestesia geral.

.. Preparar rotineiramente a área para cirurgia asséptica.


Elevar as mucosas da margem gengival e da pele do lábio inferior livre.
Unir ambas as áreas ressecadas, para que haja garantia de que todas as áreas de futuro
contato terão contato subcutâneo.
. Suturar a membrana mucosa interna da gengiva e do lábio com pontos interrompidos

. simples, usando material inabsorvivel, p.expl. polipropileno.


Em seguida, suturar a pele externa e o tecido subcutâneo com pontos interrompidos

. simples.
Sustentar o peso do lábio interior por grandes pontos de colchoeiro horizontais, através da

. comissura.
Restringir o movimento do lábio, prendendo-o com "elastoplast" em torno do focinho e

. lábio inferior.
Alimentar o paciente por tubo com papa durante 2 semanas, para permitir a cicatrização.

247 (a) Gânglios autônomos - gânglios cervicais craniais, gânglios estrelados, gânglios do
tronco simpático ou gânglios celiacomesentéricos.
(b) Este corte de um gânglio estrelado demonstra perda da substância (basomica) de Nissl;
picnose, marginação e perda dos núcleos; muitos vacúolos de pequenas dimensões no
citoplasma.
(c) Estes achados são típicos da moléstia do capim (aguda e subaguda).

259
248 (a) O quadro hematológico sugere gastrenteropatia perdedora de proteína. A biópsia
retal indica colite, mas o fraco teste de tolerância à glicose aponta para afecção intestinal
bastante grave. Embora os nódulos palpados via retaZ possam ser linfonodos, eles também
podem ser neoplásicos e pode-se razoavelmente supor que este seja possível caso de
linfossarcoma. Isto foi confirmado no exame necroscópico (Figura 302A e B).
(b) A perda de peso crônica com ou sem diarréia demanda estudo sistemático e completo. O
dono deve ser alertado acerca dos gastos e da possibilidade de não se chegar a diagnóstico ou
de não se tratar com êxito o distúrbio.
(i) História clínica: verificar o programa de vermifugação, cuidados dentários, qualidade do
alimento e condiçôes de ingestão (p.expl., competição pelo alimento), manejo das
pastagens, programa de trabalho e abrigos.
(ii) O exame físico deve ser o mais exaustivo possível. ter em mente que a perda de peso
pode ser causada por problemas dentários, parasitos, afecção do trato alimentar, do
trato respiratório, fígado, trato urinário, sistema cardiovascular e trato reprodutivo; dor
ou infecção crônicas. Mais de um sistema pode estar envolvido.
(iii) Testes laboratoriais. Neste caso, seu exame físico sugere afecção gastrintestinal, mas
esta pode sempre estar acompanhada de hepatopatia. Fazer primeiramente uma

.. triagem básica:
Hematologia completa. Anemia é comum. A leucometria é frequentemente normal.
Proteínas, inclusive a eletroforese para as fraçôes globulínicas; pode diferenciar a

.. hepatopatia, lesôes parasitárias e infecçôes bacterianas.


Enzimas: AST, SDH, GGT; bilirrubina, IAP.

. Fezes. Parasitologia e bacteriologia. Exames devem ser repetidos várias vezes.


Líquido peritonial. Comumente negativo no caso de linfossarcoma e afecção crônica da
parede intestinal.

..
Avaliar os indicadores acima e em seguida prosseguir com:
Teste de tolerância à glicose.
Biópsia retal.

..
Outras possibilidades:
Ultra-sonografia.

.
Laparoscopia.
Laparotomia.

249 (a) Opacidade triangular superposta nos tecidos moles, plantarmente ao tarso.
(b) A opacidade foi investigada mais profundamente por ultra-sonografia. Havia estrutura
hiperecóica triangular dentro de cavidade repleta de líquido nos tecidos moles, na porção
plantar do tarso.
(c) Exploração cirúrgica e remoção do corpo estranho. Neste caso, foi um fragmento
triangular de vidro localizado numa pequena cavidade cheia de líquido seroso na borda do
ligamento plantar.

(250) (a) Ruptura dos cordões tendinosos da cúspide comissural direita da válvula mitral.
(b) Estes casos frequentemente apresentam-se com surgimento súbito de angústia
respiratória, em decorrência do desenvolvimento de edema pulmonar. A auscultação em
todos os casos revelaria murmúrio cardíaco de regurgitação mitral grave. O murmúrio pode
ser pan-sistólico, com o ponto de máxima intensidade sobre o hemitórax esquerdo ao nível
da válvula mitral. O murmúrio tenderia a irradiar-se por grande área, basicamente nos
sentidos dorsal e caudal. Um frêmito pré-cordial seria palpável sobre a área mitral.
Murmúrio pan-sistólico é frequentemente ouvido sobre o hemitórax direito, em decorrência
de referência do som da regurgitação mitral ou devido ao desenvolvimento de regurgitação
da tricúspide, secundariamente à hipertensão pulmonar e dilatação do ventrículo direito. O
terceiro som cardíaco pode estar pronunciados, em decorrência do aumento do fluxo durante

260
o preenchimento rápido. A frequência cardíaca irá variar, dependendo da capacidade do
coração em adaptar-se ao fluxo anormal. Em alguns casos, a frequência cardíaca pode estar
irregular, devido à presença de fibrilação atrial.
(c) O prognóstico é sombrio e dependerá da gravidade da regurgitação mitral e da
capacidade do coração em compensar o fluxo anormal. Na maioria dos casos, a regurgitação
será suficientemente grave para que seu desenpemho sofra limitações; também na maioria
dos casos haverá insuficiência cardíaca congestiva.

251 Embora os melanomas sejam comuns na região perineal do cavalo, o local mais comum,
em geral para sua ocorrência, é a região parotídea. As lesões neste local são depósitos
tumorais secundários no interior do tecido linfóide. O local mais provável para a formação
do melanoma primário é a submucosa do divertículo da trompa auditiva (DTA)(bolsa
gutural). A melanose ectópica pode ser detectada nos DTAs em 60% dos cavalos tordilhos e a
localização usual é o compartimento lateral adjacente aos vasos maxilares internos. Um
melanoma primário sempre pode ser encontrado neste local (Figura 303) em cavalos com
evidência externa de formação de melanoma nas glândulas parotídeas.

252 (a) Os achados clínicos são altamente sugestivos de neoplasia. As massas abdominais
em cavalos adultos comumente representam tumores ou abscessos. A ausência de neutrofilia
no sangue ou líquido peritoneal sugere que a massa não é abscesso; células malignas são
raramente encontradas em amostras do líquido peritoneal de casos de neoplasia. A história
clínica de ataques recorrentes de engasgamento sugere obstrução parcial do esõfago ou do
cárdia por tumor. Os tumores mais comumente ocorrentes nesta forma são o linfossarcoma e
o carcinoma epidermóide gástrico.
(b) O diagnóstico preciso apenas pode ser firmado pelo exame histológico de material de
biópsia obtido pela laparotomia exploratória ou, possivelmente, por biópsia percutânea e
orientada por ultra-som. Algumas vezes, o lavado gástrico pode apresentar-se com células
malignas esfoliadas em casos de carcinoma epidermóide gástrico; a gastroscopia também
pode permitir a visualização direta e a biópsia de massas tumorais no estõmago. A
radiografia do tórax poderia revelar evidência de neoplasia no tórax.

253 (a) O fragmento redondo presente na articulação tarsocrural distal (tibiotarsiana) indica
que o problema do tarso é de natureza crõnica. Portanto, não está relacionado à fratura
mandibular.
(b) Osteocondrose dissecante da porção distal da crista troclear lateral do osso astrágalo
(tarsiano tibial).
(c) Comumente o derrame tarsocrural responde bem ao tratamento cirúrgico da lesão da
osteocondrose, por curetagem da parte anormal do osso-pai e pela remoção de fragmentos
descolados.

254 (a) Microsporose (disseminada pela mosca dos estábulos, Stomoxys).


(b) Atrito, contato com utensílios infectados, transportadores de cavalos, terra ou infecção
carreada por artrópodos picadores, como os mosquitos ou Stomoxys calcitrans.
(c) Microsporum gypseum pode viver como saprófita no solo, em escovas e paredes
contaminadas nos estábulos e em transportadores de cavalos.

255 (a) Está presente esclerótica aparentemente ictérica. O sinal pode ter significado clínico
considerável ou pode não ter qualquer significado clínico!
(b) A presença apenas deste sinal pode dever-se à ingestão de alimentos com elevado teor de
caroteno (p.expl. gramíneas verdes) ou pode originar-se de período de inapetência. Devem
ser identificadas as possíveis causas de inapetência. A icterícia associada à pirexia e/ou
anemia é muito significativa, devendo então ser considerados problemas como a anemia
infecciosa equina, babesiose, leptospirose e outros distúrbios hemolíticos. Uma icterícia

261
significativa pode originar-se de obstrução biliar ou de hepatopatia (como as intoxicações por
plantas, etc.).

256 Não, certamente este não é o aspecto típico da micose no divertículo da trompa auditiva
(DTA). A vista mostra o teto do compartimento medial direito, com a bula timpãnica situada
centralmente, a cabeça do processo estilóide do hióide à esquerda e a artéria carotídea
interna à direita da fotografia. Mais rostralmente, parecem ocorrer áreas de hemorragia
submucosa, mas não é visível nenhuma placa micótica. Uma inspeção oral mostra
hemorragias submucosas múltiplas (Figura 304). Este é o caso de trombocitopenia
imunomediada (TPIM).
É provável que a TPIM no caso descrito tenha sido induzida por medicamento, não
devendo haver relação com a antibioticoterapia empregada no tratamento da sinusite. A
égua não estava anêmica e, portanto, não houve necessidade de transfusões de sangue
integral; mas este procedimento talvez se faça necessário, caso esteja presente anemia
grave. Em qualquer caso, o hematócrito deve ser monitorado durante o período de
recuperação. A antibioticoterapia deverá ser suspensa ou pelo menos trocada por agente
quimicamente diferente. Muitos dos cavalos com TPIM respondem bem à terapia com
corticosteróides.

257 (a) Carcinoma epidermóide.


(b) Exame histopatológico.
(c) Excisão da membrana nictitante, seguida por exame cuidadoso do restante da conjuntiva,
em busca de evidência de disseminação. Se necessário, usar beta-irradiação.

258 (a) Pelo menos dentro das primeiras 12h após o parto, preferivelmente dentro das
primeiras 6 horas.
(b) A consistência é pegajosa e a coloração varia. O melhor modo de avaliar a qualidade é
através do uso de colostrômetro, que meça a densidade específica.
(c) Para a boa transferência passiva dos anticorpos, fica sugerida a administração de pelo
menos 1 litro do colostro com densidade específica >1,060.
(d) Em sua maioria, os potrinhos Puro-Sangue Inglês normais consomem 125-150kcal/kg/
dia. Para este porte, esta ingestão calórica pode ser proporcionada por aproximadamente 12
litros de leite de cabra, na base de 500ml/kg/h. As necessidades mínimas para a manutenção
de hidratação adequada estão estimadas na faixa de 80-1O0ml/kg/h.
(e) Isto varia com a localização geográfica e com as circunstâncias ocorrentes na fazenda.
Éguas amamentadoras são provavelmente a melhor escolha. Atualmente existem,
comercializados, diversos substitutos do leite.
(D Pelo ganho de peso (potros Puro-Sangue Inglês normais ganham 1-2kg/dia); pela
densidade específica da urina (comumente <1,010 em potros sadios e mamando
normalmente); acrescente também a ingestão total ao longo de um período de 24h.
(g) Tratar com antitoxina tetânica, banhar o umbigo com anti-séptico e quantificar o nível de
IgG a 18h de idade; possivelmente, usar enema. Talvez valha a pena o hemograma completo
e fibrinogênio.

259 Éguas vazias ao final da estação de monta devem ser examinadas em busca de
endometrite persistente e tratadas conforme a necessidade. Estes animais (e, se possível, as
éguas solteiras) devem então ser postos no pasto, para período de privação relativa no início
do inverno; durante este período, estas éguas poderão perder peso. Estes animais devem ser
inspecionados ocasionalmente, para que se tenha a certeza de que não começaram a aspirar
ar para o interior da vagina.
Em seguida, as éguas devem ser colocadas em estábulo no início de dezembro, quando
então receberâo ração sólida. No máximo a partir de meados de dezembro, estes animais
deverão ser submetidos a pelo menos 16h de boa luminosidade por dia. A qualidade da luz é

262
importante, devendo iluminar toda a baia, a tal ponto que seja possível a leitura de jornal,
mesmo nos cantos e fora da porta, caso seja permitido que a égua ponha sua cabeça para
fora.
Em meados de fevereiro, algumas éguas terão perdido sua pelagem de inverno e estarão
cicIando. As que estão demonstrando atividade folicular que sejajulgada insuficiente para
conduzir a ovulação iminente poderão ser tratadas com progestágeno, na tentativa de
estimular a fase lútea precoce. Aliltrembolona é comumente administrada na ração durante
10-14 dias, embora um dispositivo intravaginal para liberação de progesterona
(comercializado para uso em bovinos) também tenha sido utilizado. Estes medicamentos
suprimem a liberação do hormônio luteinizante (LH) da glândula pituitária, incentivando
assim o acúmulo do hormônio, para liberação subsequente. Contudo, o hormônio
estimulador dos folículos (FSH) continua a ser liberado, provocando o crescimento contínuo
dos folículos até + 2cm de diâmetro; folículos maiores são ocasionalmente observados nesta
época. FSH é normalmente responsável pelo crescimento folicular ocorrente durante a fase
lútea do ciclo. LH provoca tanto a maturação dos folículos durante o longo estro da égua,
quanto a ovulação subsequente. Portanto, em muitos casos, a suspensão da progesterona é
seguida por estro ovulatório.
O hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH) também tem sido utilizado na indução
da ovulação, no início do ano. Experimentalmente, dispositivos subcutâneos capazes de
liberar este hormônio em pequenas doses durante longos periodos têm sido utilizados com
êxito; estes dispositivos não estão disponíveis comercialmente. A administração de GnRH
duas vezes ao dia a éguas que apresentem algum desenvolvimento folicular inicial poderá
estimular a ovulação. Contudo, caso a égua deixe de conceber, é provável que retorne ao
anestro.
O uso de eCG nesta situação é completamente ineficaz, porque as concentrações
sanguíneas ocorrentes durante a gravidez normal não podem ser atingidas pelo uso dos
produtos disponíveis.
Nota: A antecipação do estro ovulatório no início do ano, com o uso de exame completo
pela palpação ou ultra-sonografia, é dos julgamentos clínicos mais difíceis a ser levado a
cabo em éguas reprodutoras. Frequentemente, há necessidade de exames frequentes da
égua durante a transição do anestro para a ovulação, um dilema não comumente levado em
consideração pelo dono do animal.

260 (a) Insuficiência renal crônica (IRC). O diagnóstico é firmado com base na evidência
laboratorial de azotemia, hipercalcemia, hipofosfatemia, hiponatremia e hipocloremia,
juntamente com a anemia.
O achado de hipercalcemia e hiperfosfatemia em casos de insuficiência renal avançada no
cavalo é peculiaridade -da espécie, para a qual não há razão conhecida.
Outras anormalidades bioquímicas detectadas em alguns casos de IRC equina são:
hipoproteinemia', hipercalemia e hiperlipidemia,
Polidipsia e poliúria não estão consistentemente presentes nos casos de IRC no cavalo.
Sinais clínicos adicionais que podem ocorrer em alguns casos são: edema periférico e
ulceração oral.
(b) Comumente a IRC equina origina-se de nefrite intersticial crônica, que pode ser sequela
de qualquer um dos vários problemas renais, mais comumente a insuficiência renal aguda
decorrente de choque (p.expL, hipovolemia, endotoxemia) ou em seguida a intoxícações
(p,expl. antibióticos aminoglicosídeos, medicamentos antiinflamatórios não esteróides,
pigmento de mioglobina),
Cálculos renais ou ureterais podem resultar em IRC equina, diretamente pela obstrução
do fluxo urinário (levando à ocorrência de hidronefrose) ou indiretamente ao causar nefrite
intersticial crônica. Por outro lado, os nefrólitos podem originar-se em consequência de
fibrose intersticial mineralizante e/ou excreção urinária anormal de minerais em casos de
IRC equina.

263
A coexistência de pielonefrite e de cálculos renais no cavalo é comum. A pielonefrite por si
pode dar origem a fibrose intersticial.
Comumente, a glomerulonefrite pode ser identificada no cavalo durante o exame
necroscópico, mas este problema não está comumente associado à moléstia renal clínica.
A neoplasia renal raramente ocorre no cavalo e, em geral, os cavalos afetados não
apresentam achados clínicos ou laboratoriais de insuficiência renal, embora os animais
venham a desenvolver sinais de perda de peso progressiva:!: anorexia :!:dor abdominal :!:
hematúria.

261 (a) Ocorreu tumefação facial e edema palpebral e preenchimento das fossas supra-
orbitárias. As membranas mucosas orais estão congestas e a língua exibe hemorragias
petequiais.
(b) A peste equina africana é o diaguóstico mais provável. Esta enfermidade ocorre em áreas
da África, Oriente Médio e Europa meridional.
(c) A moléstia é transmitida pêlos insetos picadores (particularmente Culicoides),
apresentando sazonalidade significativa, associada à presença do vetor. Cães, juntamente
com os equídeos e possivelmente outros animais, podem atuar como reservatórios da
infecção. Animais vacinados ou previamente submetidos a inoculação podem estar imunes
ou podem estar afetados por infecção branda, em que podem estar presentes febre de curta
duração e sinais brandos do trato respiratório. Cavalos totalmente suscetíveis podem morrer
dentro de 12-48 horas. O controle pela vacinação é amplamente praticado. O controle do
vetor provavelmente é impossível, sendo pouco prática a proteção dos cavalos, contra a
agressão dos vetores.

262 (a)
o Abscesso subsolear ocorrido previamente, que apresentou corrimento na faixa coronária.
o Contusão da sola. O solo úmido pode fazer com que a sola amoleça, predispondo a
contusões.
o Ferida causada por alguma barra ou poste. Esta ocorrência é menos provável, pois o
corrimento está ocorrendo abaixo da faixa coronária.
o Coronite. É também improvável, porque não há suficiente envolvimento verdadeiramente
cutâneo.
(b)
o Se a claudicação se deve apenas pela contusão, o cavalo poderá responder se for confinado
numa baia seca durante alguns dias.
o Caso o animal não melhore ou se existe abscesso subsolear, aparar a sola afetada, irrigar
o trajeto com peróxido de hidrogênio e/ou metronidazol (muitos dos microrganismos
infecciosos são anaeróbicos). Se grande área da sola for removida, poderá ter utilidade a
aplicação de ferradura com placa cilíndrica parafusada, que poderá ser removida para
facilitar o tratamento subsequente, mas que dá proteção aos sensíveis tecidos expostos.

263 (a) Fratura condilar incompleta do terceiro osso metacarpiano esquerdo, espiralando-se
proximalmente a partir da articulação do boleto. A natureza da fratura sugeriria que esta é
uma fratura condilar medial (como, de fato, é o caso), embora a radiografia não torne
explícito este diagnóstico.
(b) A clássica fratura condilar do terceiro osso metacarpiano é a fratura condilar lateral no
cavalo de corrida, que tende a avançar proximolateralmente e que pode se tornar completa
na porção lateral do osso. Normalmente esta fratura não espiral a, como é o caso com as
fraturas condilares mediais. É muito importante o exame radiográfico de toda a extensão do
osso.
(c) Aplicação de aparelho de gessado ou fixação por parafusos do tipo compressivo (de efeito
retardado) acompanhando a espiral da fratura, de modo que a cada nível, os parafusos
estarão em ângulo reto com o plano da fratura. Em contraste com a fratura condilar lateral,

264
poderá haver necessidade da inserção de parafusos ao longo de toda a extensão do
metacarpo.

264 (a) A Figura 203A é uma vista lateromedia!. Há área de transparência relativa na
porção dorsal distal da falange dista!. A zona de transparência está nitidamente delineada e
parece penetrar no córtex dorsal do osso. Há ligeira separação na parede dorsal, até o nível
da lesão na falange distal. Há seta radiopaca na superfície solear do pé.
A Figura 203B é a vista oblíqua dorsoproximal-plantarodistal. Há uma zona de
transparência extremamente bem circunscrita, com forma aproximadamente circular, na
porção distal da falange distal. O osso circunjacente parece estar normal.
(b) Ceratoma, outra massa não neoplásica, lesão cistiforme óssea, outro tumor, resultante de
infecção prévia.
(c) Exploração cirúrgica: é recomendável a abordagem dorsal neste caso.
A ressecção dorsal parcial da muralha do caso foi realizada, tendo sido removida massa
de tecido mole extremamente bem circunscrita e de forma esférica. O exame histológico
revelou cisto de inclusão epidérmica não-neoplásico.
(d) Se é ceratoma ou massa não neoplásica, o prognóstico é bom.

265 (a) 4-5 litros, com base em estimativa de desidratação de 8-10% do peso corporal.
(b) 80-1O0mllkg de peso corporal, ou 4-5 litros/período de 24 h.
(c) Solução de reposição por via intravenosa, como Plasmalyte ou Ringer-lactato, com
potássio suplementado (devido à hipocalemia, acidose e perdas contínuas de K+).
Dependendo da glicemia do potro e se o potro está continuando a mamar, também poderá
estar indicada a infusão contínua de glicose. Podem ser fornecidas soluções orais de glicose-
eletrólitos.
(d) Parte de infecção generalizada; E. coli enteropatogênica, Salmonella, Actinobacillus,
diarréia induzida por rotavÍrus.
(e) Antibióticos de amplo espectro, subsalicilato de bismuto, apoio nutricional, possivelmente
plasma (caso a concentração de IgG esteja baixa), possivelmente medicação antiúlcera.

266 (a) Sacro fraturado e polineurite do equino são as duas doenças com maiores
probabilidades de provocar exemplo tão profundo do síndrome da cauda equina.
(b) Exame retal e dos nervos cranianos. Com bastante frequência, o exame retal permite a
palpação de local fraturado ou de calo de fratura, no assoalho do sacro, comumente na região
de S2. No caso de polineurite do equino, com muita frequência ocorre o envolvimento de
nervos cranianos, particularmente V, VII e VIII; devemos buscar evidências de tais
distúrbios.

267 (a) A fase absortiva da resposta fica afetada pela velocidade de esvaziamento gástrico,
função das células da mucosa, tempo de trânsito intestinal e história clínica nutricional
prévia.
(b) A resposta absortiva neste animal exibe pico retardado em 180min e não a 120min. Isto
sugere redução na velocidade de esvaziamento gástrico ou redução no tempo de transito
intestina!. A história clínica de ataques recorrentes de dor abdominal associados à ingestão
de alimentos, sugere a presença de obstrução gástrica ou de obstrução parcial do intestino
delgado (p.expl., tumor).

268 (a) O cavalo apresenta-se com membranas mucosas pálidas, sugestivas de anemia. A
anemia infecciosa equina (AIE)(febre dos pântanos) e o linfossarcoma estão comumente
associados a febre intermitente, ao longo do período (3 meses) indicado. A anemia está
invariavelmente presente em casos de AlE, podendo ser observada em associação ao
linfossarcoma (anemia da moléstia crônica) ou em associação com a hemólise dos eritrócitos.

265
(b) Como é improvável que o linfossarcoma afete mais de um cavalo, deve ser considerada a
possibilidade de AlE.
(c) O teste de Coggin (imunodifusão em ágar-gel) é rotineiramente utilizado na detecção de
portadores e de cavalos recuperados. Há incidência muito elevada de animais portadores e a
afecção é provavelmente transmitida por insetos picadores, mas a transmissão iatrogênica é
relativamente fácil. Contudo, o teste de Coggin é extremamente eficaz, e tem sido
responsável pela detecção precisa de animais infectados e recuperados. O controle dos
vetores ou o isolamento dos cavalos (com relação aos vetores) são provavelmente medidas
pouco práticas, na maioria das circunstâncias.

.
269 Há duas anormalidades que devem ser observadas:
Assimetria da rima da glote, em decorrência de neuropatia laríngea recorrente (NLR). A
cartilagem aritenóide esquerda (à direita na Figura 207) está pendendo na direção da
linha média.
. O cavalo havia sido submetido a cirurgia prévia, que consistiu de ventriculocordectomia
no lado esquerdo. Notar a perda da borda cortante da corda vocal e o tecido cicatricial
branco no recesso arroxeado normal do ventrículo. Possivelmente, houve ventriculectomia
à direita. Esta última possibilidade não fica clara, apenas pelo exame da Figura 207.
O comprador estava ciente de que o cavalo fora submetido a cirurgia prévia? Em caso
negativo, provavelmente haveria base para ação cível para que a venda fosse desfeita e/ou
para que o comprador obtivesse êxito na petição por qualquer prejuízo sofrido com os custos
de transporte, etc. Os cavalos vendidos em leilão com evidência de NLR, particularmente se
não foi declarada a realização de cirurgia prévia, são normalmente devolvidos ao vendedor,
com base na Lei de Condições de Venda. Quando existe a menor possibilidade de pendência,
é imperativo que o clínico veterinário faça anotações completas, que, neste caso, devem

..
constar de:
Data, época e foro (local) do exame.

. Identificação formal do cavalo.


Evidência externa de NLR:
- evidência palpável de atrofia da musculatura da laringe;

.. - resposta ao "teste do tapa".


Evidência de cirurgia prévia, i.é, cicatriz de laringotomia palpável.

. Pormenores dos achados endoscópicos.


Resultado de teste do exercício - que sons respiratórios adventícios podem ser
auscultados?
Alternativamente, se o cavalo foi adquirido por comprador que está ciente da afecção da
laringe, pode-se obter aconselhamento junto ao veterinário, quanto ao possível tratamento,
dependendo das expectativas do animal, quanto ao desempenho atlético. Embora seja
reconhecido que a cirurgia de laringoplastia por prótese ("laringoplastia") possa acarretar
complicações ocasionais, em forma de tosse ou refluxo nasal do material ingerido, os riscos
são justificáveis em um cavalo, que, sob outros aspectos é ineficaz, em termos de sua
capacitação atlética.

270 (a)
.. Preservação da irrigação sanguínea ao pedículo cutâneo que sofreu avulsão.
Uso de luva esterilizada, determinação da extensão da ferida e possível lesão às
estruturas associadas: ossos, articulações, tendões e bainhas tendinosas. Também seria

.. cabível o exame radiográfico.


Irrigaçãollavagem inicial da ferida, para que a contaminação seja reduzida.

. Imobilização e apoio do membro usando talas e bandagem de Robert-Jones.


Este animal sofreu lesão considerável no membro torácico esquerdo. Há quaisquer sinais
sistêmicos que possam ter predisposto a este incidente traumático, p.expl. evidência de

266
cólica abdominal ou moléstia neurológica? Que outras lesões foram sofridas, p.expl.
ruptura da parede abdominalldiafragmalbexiga e lesões a outros membros ou à cabeça e

. pescoço?
Houve perda de sangue significativa? - evidenciada por membranas mucosas pálidas,
hematócrito baixo ou taquicardia.

..
(b)
Irrigação sanguínea ao pedículo cutãneo.
Presença de tecido desvitalizado.
. Contaminação da ferida - menos de 106 microrganismos/g de tecido é compatível com a

. cicatrização, mas dependerá da lesão tecidual e tipo de inóculo bacteriano.


Formação de seromalhematoma por baixo do pedículo cutâneo, resultando na separação

.. das superfícies teciduais. (Formação de espaço morto.)


Presença de sequestros ou corpos estranhos.

.. Movimento das superfícies teciduais sobre o carpo.


Escolha e uso corretos do material de sutura.

. Quadro nutricional do animal, proteínas totais plasmáticas superiores a 6g/dl.


Lesão aos tecidos moles/ossos distalmente a esta ferida.

.
(c)
Debridamento - cirurgicamente e por lavagem da ferida, por meio de soluções anti-

..sépticas.
Expansão por malha.

.Uso de drenos passivos ou ativos (com sucção), para a redução do espaço morto.
Bandagem ou aparelho de gesso corretamente aplicado, para a redução do edema,
formação de hematoma, proteção contra lesões ou contaminações subsequentes.
Imobilização do membro e absorção de exsudato da superfície da ferida.
. Antibiose e analgesia.

271 (a) Laminite crõnica.


(b) A laminite crônica pode ser sequela da laminite aguda decorrente do excesso de consumo
de cereais, excessivo consumo de capim muito viçoso, etc. Também pode ser decorrente de
cuidados inadequados das extremidades distais dos membros; originalmente, a apara
apropriada teria evitado que este problema deteriorasse.
(c) Os pés devem ser radiografados (vistas lateromediais), para que seja estabelecido o grau
de rotação das falanges distais e qualquer alteração secundária que possa ter ocorrido e que
possa influenciar o prognóstico a longo prazo para o retorno à função atlética completa. A
apara corretiva e o ferrageamento cuidadosos deverão resultar em melhora dramática
dentro de 3-6 meses.' Em casos selecionados, o uso de ferradura com barra "em coração" pode
melhorar o conforto do paciente.

272 (a) O cavalo está sofrendo de íleo paralítico pós-operatório idiopático (ausência de
atividade gastrintestinal coordenada). O íleo também pode ser secundário a peritonite
localizada, aderências, obstrução mecânica ou infarto intestinal. Contudo, nestes casos os
sinais de desconforto abdominal são comumente mais pronunciados. O íleo paralítico pós-
operatório é causa importante de morte, em seguida à cirurgia abdominal.

..
(b) Os fatores predisponentes ao íleo paralítico pós-operatório parecem ser:
Isquemia intestinal.

..
Distensão intestinal.
Manipulação cirúrgica.
Endotoxemia.
Contudo, não parece ser possível a previsão da suscetibilidade individual ao íleo, com base
nestes critérios.

267
.
(c)A tentativa de tratamento do íleo paralítico pós-operatório deve incluir:
A administração de medicamentos antiinflamatórios não esteróides (MAINEs), para a

. proteção da parede intestinal contra as endotoxinas que induzem ao íleo.


Administração de líquido intravenoso, para a correção da perda de líquido e
desequilíbrios de eletrólitos e para melhorar a microcirculação no nível da parede

. intestinal.
Intubação nasogástrica regular, para que seja obtida a descompressão do estômago, alívio

. do desconforto e não-ocorrência da ruptura gástrica.


Até recentemente, não existia tratamento farmacológico aceitável para o íleo pós-
operatório. Contudo, o uso da cisaprida, um novo agente procinético, administrada a
intervalos de 8 horas em seguida à cirurgia, mostrou elevada eficácia em termos de
redução da incidência do íleo paralítico pós-operatório idiopático.
(d) Se o íleo paralítico mostra-se refratário à terapia clínica, deverá ser considerada a nova
laparotomia e descompressão do intestino delgado, pelo trânsito passivo de seu conteúdo até
o ceco.

..
Os critérios para a intervenção cirúrgica sâo:
Aumento da frequência cardíaca, acima de 60-80 batimentoslminuto.

..Ausência de sons peristálticos.


Hematócrito superior a 50%, a despeito da fluidoterapia.

.Refluxo gástrico contínuo.


Evidência retal de distensão significativa do intestino delgado.

273 (a) Moléstia articular degenerativa da articulação coxofemoral direita, com notável
modelagem do acetábulo.
(b) Não é possível qualquer tratamento e, assim, a menos que o proprietário queira manter o
animal como "companhia", estará indicada a eutanásia.

274 O teste de retenção da bromossulftaleína (BSP) e a biópsia hepática poderão ser úteis.
BSP é corante que é excretado pelo fígado. O teste baseia-se na avaliação da quantidade do
corante que é excretado durante certo periodo de tempo. Em seguida, é calculada a "meia-
vida". Eliminaçôes com "meias-vidas" demoradas são observadas na presença de disfunção
hepática visível.
As veias jugulares são preparadas cirurgicamente. É coletada amostra de sangue da veia
jugular para a obtenção de soro (tempo O) em frasco "vacutainer" com rolha vermelha). Uma
grama de BSP é suficiente para o cavalo adulto normal. Este produto pode ser administrado
com duas ampolas do reagente comercialmente preparado. Este reagente deve ser pré-
aquecido até a temperatura corporal antes do uso, sendo então injetado por via intravenosa
na veia jugular direita. Em seguida, devem ser coletadas amostras de sangue da jugular
oposta (esquerda) para a obtenção de soro (frascos "vacutainer" com rolha vermelha) a 2; 4, 8
e 16 min após a administração.
A biópsia hepática é válida quando os resultados da bioquímica do sangue indicam a
presença de patologia hepática. Uma linha reta imaginária deve ser traçada no lado direito
do cavalo, desde a articulação do ombro até a ponta do quadril. O local para a biópsia situa-
se no espaço entre a décima quarta e décima quinta costelas, sendo transeccionado pela
linha traçada. Este local é preparado cirurgicamente, com anestesia local da pele e músculos
intercostais. É praticada incisão perfurante na pele, com lâmina de bisturi esterilizada.
Uma agulha de biópsia esterilizada do tipo Tru-cut de 6" (12 cm) é introduzida em ângulo
reto através da incisão em ângulo de 90°. A amostra da biópsia é então retirada,
cuidadosamente removida da agulha para que sejam evitados artefatos e colocada em
solução salina formolizada a 10%.
Pode ocorrer (raramente) lesão centrolobular aos hepatócitos em cavalos que tiveram
problemas relacionados à anestesia com halotano.

268
275 (a) É mais provável que as lesões tivessem surgido por ocasião da erupção dos dentes
molares permanentes. Estas lesões podem ter aspecto muito desagradável, mas raramente
têm qualquer significado clínico.
(b) Devemos assegurar ao proprietário que as lesões têm pouca importância, a menos que
estejam associadas ao calor e à dor. Lesões que estão presentes em cavalos mais idosos,
provavelmente, terão probabilidade ainda menor de ter qualquer importância e o
tratamento inexiste ou não se justifica.
(c) A presença de trajeto drenante, calor, dor e tumefação com edema local indica que a lesão
possivelmente tenha algum significado, mas na ausência destes sintomas deverá ser
buscada outra causa para a disfagia.

276 (a) Na maioria dos casos, a gestação pode ser diagnosticada com precisão nesta época. O
concepto (vesícula) é negro (cheio de líquido) e esférico ou pode estar ligeiramente achatado
no sentido dorsoventral. Há pontos ou linhas brancas nas superfícies dorsal e ventral do
concepto, causadas por ecos intensos nos limites entre tecido/líquido. Frequentemente éa
presença destas linhas que indica, primeiramente, que a égua está prenhe. O concepto pode
estar em qualquer ponto do útero, de modo que deverá ser feita a busca minuciosa; gestações
nas extremidades dos cornos uterinos podem passar despercebidas, assim como as
ocorrentes na base dos cornos numa égua idosa, com útero penduloso. A varredura
sequencial revelará que até o décimo sexto dia, o concepto está móvel no útero. AFigura
30SA mostra o concepto redondo de 14 dias no corno uterino.
(b) A partir do décimo sexto dia, o concepto passa a condição "fixa" na base de um dos cornos
uterinos; não existe relação entre a localização do concepto e o lado da ovulação. Agora, o
concepto tem 1,8-2,2cm de diâmetro e, ainda está aproximadamente esférico. Doravante, o
concepto continuará a crescer nesta posição. Por volta do décimooitavo dia, terá 2-3cm de
diâmetro, podendo ter perfil irregular; "corrugações" pode ocorrer na superfície dorsal e o
concepto pode apresentar-se notavelmente comprimido no sentido dorsoventral (Figura
305B).
(c) Por volta de 21 dias, o concepto cresceu pouco desde os 18 dias; pode ainda ter perfil
irregular e frequentemente sua forma é quase triangular. Nesta época, comumente há
pequeno ponto branco (1,5-2,Omm) na periferia do concepto em crescimento; este ponto surge
na posição de 4-8 hora, se o concepto é visualizado como mostrador de relógio. Este é o
embrião, que está sendo "erguido" a partir da parede do concepto pelo alantóide,
desenvolvendo-se abaixo do organismo. Uma caracteristica do útero nesta época é a parede
dorsal espessa e irregular, em comparação com a delgada parede ventral. Esta disparidade
em espessura pode ser responsável pela forma não esférica do concepto nesta época, podendo
ser a razão pela qual ó concepto está invariavelmente alinhado, de modo que o embrião se
desenvolva a partir da superfície ventral. Embriões que se desenvolvem sobre a superfície
dorsal sabidamente resultam em potros viáveis. A gestação de 21 dias mostrada na Figura
305C parece menor que aos 18 dias; isto se dá porque o embrião não pode ser visualizado no
plano de diâmetro máximo do concepto.
(d) Por volta dos 26 dias, o concepto aumentou ligeiramente de tamanho e o embrião está
nitidamente separado da borda ventral do concepto pelo alantóide (Figura 30SD). Pode ser
vista uma linha branca de cada lado do embrião; esta é a parede entre o saco vitelino dorsal
e o alantóide ventral. O batimento cardíaco embrionário é observado como pequena pinta
negra que entra e sai de foco no embrião. Com o uso de transdutores de 7,5MHz, este sinal
pode ser detectado já até no 230 dia.
(e) Por volta de 30 dias (Figura 30SE), o alantóide ventral em desenvolvimento tem volume
aproximadamente igual ao do saco vitelino dorsal, que está se tornando ligeiramente menor.
O embrião é estrutura elíptica/esférica branca e central, embora sua posição possa variar
consideravelmente - o limite entre o alantóide/saco vitelino está evidente em ambos os lados
do embriâo, sendo claramente visível o batimento cardíaco. Algumas vezes, o plano de

269
varredura é tal que o limite do saco vitelino/alantóide aparece numa situação vertical, Lé,
avançando dorsoventralmente.
CD Por volta de 37 dias, a cavidade alantóide é o principal compartimento contendo líquido
do concepto e o feto (como será chamado doravante, visto que já se completou a
organogênese) está nas proximidades da superfície dorsal do concepto (Figura 305F). Com o
uso de varreduras de frequência mais elevada, nesta época podem ser observadas partes do
âmnio, que circunda o feto.
(g) Com a diminuição das dimensões do saco vitelino, as paredes entre esta estrutura e o
alantóide encontram-se dorsalmente ao feto. Estas membranas contêm os vasos sanguíneos
derivados do folheto mesodérmico, que se tornarão em artérias e veias umbilicais. Por volta
de 42 dias, o feto está suspenso, comumente nas proximidades do centro da cavidade
alantóide, pelo cordão umbilical dorsalmente fixado; esta última estrutura pode conter uma
cavidade negra (cheia de líquido) - o remanescente do saco vitelino (Figura 305G).
(h) Por volta dos 60 dias, o feto está comumente repousando sobre a superfície ventral da
cavidade alantóide, porque o umbigo aumentou de comprimento. Se o eixo longitudinal do
feto está paralelo ao plano do ultra-som, poderá ser obtida imagem que se assemelha à de
um feto "clássico". Entretanto, comumente o feto encontra-se perpendicular ou tangente ao
plano do ultra-som, de modo que são obtidas secções transversais ou oblíquas, com a
aparência circular ou oval. O movimento lateral do transdutor permitirá a localização do
tórax (coração), para a confirmação da viabilidade do feto. Nesta ocasião a parede dorsal do
concepto, que até agora estava lisa, torna-se "corrugada", em decorrência das pregas na
inserção placentária (alantóide/endometrial)(Figura 305H).
(i) Por volta dos 100 dias, a gestação, que agora ocupa ambos os cornos e o corpo uterino,
tornou-se grande demais para permitir sua visualização completa usando transdutores de
5MHz e 7,5MHz. A parede dorsal do útero está ainda mais convolucionada que
anteriormente. Um septo dorsal, que, provavelmente, faz parte da divisão entre o corpo e o
corno uterino, pode ser visualizado - e esta estrutura pode ser confundida com o cordão
umbilical. Contudo, mesmo com o uso de transdutores de alta frequência, frequentemente é
possível "prender" o feto em um dos cornos, que poderá ser suavemente comprimido, para
que seja possível a identificação de aspectos de sua anatomia. Em particular, o coração,
estômago, medula espinal, órbitas oculares e costelas podem ser comumente visualizadas. A
Figura 3051 mostra as costelas e a medula espinal.

277 (a) Os animais afetados podem exibir outras anormalidades da micção, p.expl. o
aumento da frequência de micção e/ou a adoção de postura de micção por periodos
prolongados.
Adicionalmente, alguns animais podem apresentar-se com cólica branda e recidivante e/
ou perda das condições físicas e/ou rigidez dos membros pélvicos.
Embora a incontinência urinária seja aspecto em cavalos com urolitíase arenosa (em'
consequência da retenção urinária e transbordamento nos animais com paralisia da bexiga),
geralmente os animais com cálculos discretos permanecem continentes, mas podem
intermitente exibir gotejamento intermitente de urina.
(b) Os casos apresentados com estes sinais frequentemente são diagnosticados como cistite,
com base nos achados da urinálise e na presença de hemácias e leucócitos e também de
bactérias. Contudo, a cistite é considerada como sendo efeito secundário da abrasão física da
mucosa da bexiga nestes casos e não o evento primário que conduz à formação do cálculo.
O exame da bexiga, via retal, é possível mesmo em pôneis de pequeno porte e a presença
de cálculo vesical pode ser prontamente apreciado como massa ovóide firme, comumente
situada em posição ventral, no interior da parte cranial da cavidade pélvica.
A ultra-sonografia também pode ser utilizada na confirmação do diagnóstico.
(c) A remoção cirúrgica de cálculos é em geral realizada via laparotomia em cavalos machos,
embora tenham sido descritas técnicas de cistotomia para-retal.

270
Em éguas, a cistotomia não é necessária, visto que mesmo cálculos volumosos podem ser
removidos via orifício uretra!. Em alguns casos, a esfincterectomia uretral e/ou
fragmentação do cálculo in situ podem ser necessárias antes da remoção.
O tratamento pós-operatório deve incluir antibióticos por cerca de 1 semana. Pode ser
considerada a administração de cloreto de amônia, na dose diária de 20mg/kg, como
acidificante urinário; mas a baixa palatabilidade deste composto impede seu uso a longo
prazo.
O proguóstico para casos com cálculos císticos discretos, como o ilustrado na Figura 212, é
excelente.

278 (a) BSP é absorvida pelo fígado a partir do sangue, conjugado à glutationa e excretado
na bile; portanto, BSP pode ser utilizado na avaliação da capacidade funcional do fígado.
(b) O resultado fornece evidência insuficiente de função hepática prejudicada. Um tl/z
excedendo 4min é suspeito; mais de 5min comumente indica hepatopatia significativa.
(c) Hiperbilirrubinemia, alterações no fluxo sanguíneo decorrentes da hipovolemia ou de
distúrbios graves do trato gastrintestinal e o fluxo sanguíneo deficiente na veia utilizada
para a administração da BSP podem interferir com os resultados.

279 (a) Nitidamente, o pálato fendido pode ser a causa mais provável de disfagia em potro
de 1 dia de idade. Um exame oral para a confirmação deste diagnóstico pode ser
inconclusivo, porque muitas das fendas envolvem a linha média do pálato mole, sendo
invisíveis via oral no animal consciente. A endoscopia pela narina é a técnica preferida,
desde que seja utilizado instrumento pouco calibroso. Defeitos palatais em potros trazem
prognóstico sombrio, porque as correções cirúrgicas são radicais e raramente bem sucedidas.
A Figura 306A mostra cisto congênito discreto do pálato, que estava causando obstrução
grave da laringe, funcionando como válvula de esfera. Também causava disfagia. Uma
radiografia lateral (Figura 306B) confirma a extensão e o local da lesão no outro plano. O
cisto foi removido por abordagem com laringotomia e o potro recuperou-se sem maiores
complicações.
(b) Outras causas de disfagia em potro jovem são: insuficiências funcionais congênitas da
faringe e esôfago, aplasia cricofaringea, constrição esofagiana e mesmo megaesôfago.

280 (a) Infecção por dermatófitos.


(b) Pêlos recém-epilados da borda periférica de lesão também recente.
(c) Agar Sabouraud a 250C durante 7-14 dias. Não pode ser declarado um resultado negativo
até que tenham transcorrido pelo menos 14 dias.

..
(d)
Promover a fumigação de todos os utensílios com gás formaldeído.
Tratar a área afetada diariamente com: Cal sulfurada a 2,5% iodo-povidona a 10%,
Halamid a 0,3% (N-sódio-N-cloro-p-tolueno sulfonamida)(cloramina), Wellcome Ringworm

. Ointment (Pomada para Tinha, da Wellcome).


Administrar griseofulvina por via oral (junto com o alimento.

281 (a) Ocorreu modelagem do ápice da patela e fragmentação. Este pode ser o resultado de
traumatismo prévio, osteocondrose, ou sequela da desmotomia patelar media!.
(b) Se o cavalo estava claudicando, em associação com dor referível na articulação
femoropatelar, a articulação deve ser explorada cirurgicamente. Neste caso, não foi
observada qualquer anormalidade da ambulação.

282 (a) Salmonelose aguda causa colite grave, algumas vezes acompanhada de septicemia. A
endotoxemia é importante complicação patológica da colite por Salmonella e isto traz
consequências importantes, como: febre, efeitos hemodinâmicos, leucopenia, leucocitose,

271
trombocitopenia, efeitos hepáticos e coagulopatias. A intensa resposta secretora do intestino
também resulta em desidratação profunda.
(b) Avaliações clínicas repetidas são importantes na monitoração do curso da moléstia e de
sua resposta ao tratamento. Deve ser dada atenção particular à situação de hidratação do
animal (turgor da pele, tempo de repleção capilar, etc.), sistema cardiovascular (frequência
cardíaca, pulso periférico, etc.) e extremidades distais dos membros (para evidência de
laminite). As investigações laboratoriais devem incluir a avaliação da hidratação
(hematócrito, proteína total plasmática) e a gravidade da infecção (leucometrias global e
diferencial, fibrinogênio plasmático total). Leucopenia e neutropenia são frequentemente
observadas no início do curso da afecção; estes são resultados da endotoxemia e respostas à
ação de mediadores inflamatórios. Algumas vezes, também são observadas alterações
tóxicas nos leucócitos (especialmente neutrófilos). Cavalos com diarréia aguda estão
tipicamente hiponatrêmicos, hipoclorêmicos e hipocalêmicos e estes eletrólitos séricos (sódio,
cloro, potássio) devem ser monitorados (de preferência, diariamente). A função renal deve
ser avaliada mediante a monitoração da uréia e creatinina no sangue; estes parâmetros
frequentemente estão elevados, em decorrência da desidratação e da perfusão renal
reduzida. O equilíbrio ácido-básico deve também ser avaliado, caso haja condições para sua
determinação.

283 (a) O traço na Figura 215 demonstra sístoles ventriculares prematuras. O intervalo poR
precedente à sístole ventricular prematura é breve e a sístole ventricular não está
relacionada à contração atrial. Onde ocorra o grupo de sístoles ventriculares prematuras, o
intervalo poR encurta-se progressivamente, até que a onda P fique "sepultada" na onda R
prematura.
(b) As formas de ondas prematuras nesta derivação não são muito diferentes das formas de
ondas ventriculares normais. Isto sugere que elas podem ter origemjuncional.
(c) O significado clínico dos complexos ventriculares prematuros é dificil de se obter. Podem
ocorrer durante a infecção, balanço eletrolítico, hipoxia e anestesia mas pode também
indicar doença do miocárdio. Eles também podem ser produzidos ou suprimidos pela
estimulação autonômica. Complexos ventriculares ocasionais prematuros sem anormalidade
cardíaca subjacente, provavelmente têm pouca significação; contudo, o exame cardíaco
completo e a avaliação da resposta do animal ao exercício deverão ser levados a efeito. Se as
causas secundárias de sístoles ventriculares prematuras foram descartadas, deveremos
suspeitar de miocardiopatia. Os complexos prematuros podem desaparecer com o passar do
tempo, sendo aconselhável ore-exame subsequente. As arritmias ventriculares contínuas
podem ter consequências hemodinâmicas sérias. Complexos prematuros ventriculares
devem ser considerados anormais.

284 Este é o chamado "ateroma" da falsa narina. A lesão é, de fato, um cisto sebáceo q,le se
desenvolveu a partir das glândulas no revestimento da falsa narina e contém secreção
pastosa acinzentada. Geralmente estes cistos não penetram nas vias respiratórias nasais,
sendo assintomáticos. Caso haja necessidade de sua remoção por motivos estéticos, o
procedimento é a simples dissecção cuidadosa. Contudo, em nenhuma circunstância a
margem das narinas será seccionada, e nem a incisão deve ser transversal, devido ao risco
de lesão do músculo nasolabial.

285 (a) É provável que esta fenda tenha penetrado na lâmina sensível, provocando dor
durante o movimento.
(b) Em alguns casos, o tratamento é bem-sucedido, mediante o corte da área afetada, da
coroa até a sola, aplicação de pontos transversais com fio metálico e preenchimento do
defeito com acrilico para aplicação em casco. Este tratamento nem sempre será bem-
sucedido.

272
(c) o tratamento será apenas permanente se a laceração da lãmina vier a cicatrizar; caso
contrário, então a fenda retornará, assim que for reaplicada pressão durante o trabalho.

.
(d)
Desnudamento completo da muralha, 5-10mm dorsalmente à fenda e desde a sola até a
coroa; aplicar ferradura com barra de três quartos ou uma ferradura com barra "em

. coração" de três quartos e colocar o cavalo em repouso, até que a claudicação desapareça.
Caso a claudicação persista, talvez tenha que ser considerada a neurectomia digital
palmar unilateral.

286 (a) Este animal apresenta ligeira claudicação bilateral dos membros torácicos, que
responde aos bloqueios dos nervos digitais palmares, em pelo menos um membro. Pode ser
firmado o diagnóstico de dor bilateral na porção palmar da extremidade distal do membro,
apenas com fundamentação clínica; o problema pode ser associado à moléstia navicular.
(b) Há transparência oval superposta ao corpo do osso navicular, o que é sugestivo de
moléstia do navicular clássica. Contudo, visto que a pata não estava imobilizada, foi obtida
uma vista oblíqua palmaroproximal-palmarodistal, para a confirmação desta transparência.
Esta projeção confirmou que a transparência era um cisto no corpo do osso navicular.
(c) Moléstia do navicular.

287 (a) Resistência dos ciatóstomos aos anti-helmínticos é a possível consequência


importante deste programa de vermifugação. Embora tenha sido relatada a resistência aos
fenotiazínicos e à piperazina, geralmente o problema tem sido associado aos compostos
benzimidazóis, e comumente existe resistência colateral entre medicamentos individuais
deste grupo. Quando são administrados medicamentos de elevada eficácia com frequência a
determinado grupo de animais, ocorre forte "pressão seletiva" para o desenvolvimento da
resistência aos anti-helmínticos.
Este programa não controlará as larvas nos animais, mas os parasitas têm significado
patogênico apenas secundário.
(b) Evidências de moléstia clínica relacionada aos parasitos indicariam a baixa eficiência do
programa de vermifugação; mas este é um guia pouco confiável para a detecção da
ocorrência de resistência aos anti-helmínticos.
A meta de qualquer programa de controle consiste em minimizar a contaminação das
pastagens com larvas parasitárias. Contagens de larvas nas pastagens a intervalos
regulares (4-6 por semana) durante toda a estação de pastagem em situações de controle de
pastoreio permanente, constituem-se em bom método de monitoração da eficácia dos
programas de vermifugação. A monitoração da contagem fecal de ovos de vermes (CFOV) dos
animais em regime de pastagem, preferivelmente cerca de 10-14 dias após a administração
do anti-helmíntico, é método útil de avaliação da eficácia de programa de vermifugação.
CFOVs positivos nesta época seriam sugestivos de resistência aos anti-helmínticos, que deve
ser investigada mais profundamente, mediante a realização de testes específicos de redução
da contagem fecal de ovos (RCFO), mediante a determinação de CFOVs pré- e pós-
tratamento. De modo ideal o teste deve incluir grupos de animais de controle positivos
(outros anti-helmínticos) e negativos (sem anti-helmínticos).
Vários testes in vitro para a resistência aos anti-helmínticos são utilizados em estudos
experimentais, mas estes métodos não estão ainda amplamente disponíveis a campo.

288 Embora o exame por ultra-som tenha sido responsável pela uma redução significativa
no número de gestações que se perdem em decorrência do abortamento de gêmeos, é
provável que algumas éguas "escaneadas" ainda tenham gestações gemelares não

.
diagnosticadas, porque:
A fertilização de dois óvulos pode ocorrer com intervalo de até 4 dias ou mais. Um único
exame antes do décimo-sexto dia pode, então, deixar de detectar o gêmeo mais novo, visto
que terá menos de 5mm de diãmetro.

273
o A não varredura de todo o útero, especialmente antes do décimo-sexto dia, pode resultar
em gestação positiva não percebida.
o Qualquer fator que diminua a eficiéncia com que a égua pode ser examinada, p.expl., a
contenção deficiente ou luz demais no VDU, afetará a precisão do diagnóstico.
o Entre 18 e 23 dias, gêmeos unilaterais podem passar despercebidos, porque o plano de
varredura não evidencia as membranas interconceptuais. Gestações com formas
particularmente irregulares neste estágio devem ser varridas cuidadosamente, de um
lado a outro, na tentativa de identificar qualquer indicação de gestação gemelar. Em
casos de dúvida, deverá ser conseguido nova varredura, embora em muitos casos este
procedimento seja impraticável ou demasiadamente caro.
o Trigêmeos podem ser confundidos com gêmeos.

289 (a) Neoplasia ou inflamação.


(b) O diagnóstico mais provável é sarcóide, em decorrência do aspecto clínico da lesão -
tumefação indolor e dura, envolvendo a pele e que está livre e móvel com relação às partes
subjacentes.
(c) Biópsia para exame histopatológico.

290 (a) Neoplasia da tiróide. Adenomas tiroidianos equinos ocorrem comumente: estas
formações podem ser usualmente identificadas como tumefações com pequeno diâmetro (3-
4cm) situados paralaringealmente, e que ,em geral, não estão associadas a afecção clínica.
Tumores das células C (células parafoliculares) e carcinomas da tiróide equina são
raramente diagnosticados.
(b) Exame histopatológico de amostra de biópsia da massa tiróidea, obtidos por cirurgia ou
por via transcutânea. (A lesão ilustrada foi confirmada como "adenoma da tiróide".)
Geralmente os tumores tiróideos equinos não são funcionais, de modo que a determinação
dos hormônios tiróideos no sangue dos animais afetados não ajudaria ao diagnóstico.
(c) Neste caso, o tamanho da massa é suficientemente grande, para que haja desconforto do
animal e assim está indicada sua excisão cirúrgica, sujeita à evidência física da ausência de
metástases e à confirmação patológica de que a lesão é benigna.

291 (a) Fratura em lasca da porção dorsodistal do osso carpiano radial.


(b) A remoção artroscópica do fragmento é o tratamento apropriado. Uma série completa de
radiografias do carpo deverá ser obtida, para que fique assegurada a inexistência de outras
lesões.

292 (a)
o Necrobiose nodular.
o Granuloma colagenolítico nodular.
o Necrose aguda do colágeno.
o Granuloma eosinofílico.
(b) Ocorreram depósitos calcários.
(c)
o Injeção sublesional de corticosteróide (cuidado; a pele pode ficar mais adelgaçada).
o Muitos ou quase todos os nódulos regridem durante longo período.
o Os nódulos calcificados talvez devam ser excisados cirurgicamente.
o Alguns cavalos demonstram melhora após repetidos tratamentos com ivermectin.

293 (a) Epistaxe bilateral e tumefação/edema do focinho.


(b) Envenenamento por mordedura de cobra, púrpura hemorrágica, diáteses hemorrágicas
associadas à insuficiência hepática, coagulopatia intravascular disseminada (consuntiva).
Estes últimos distúrbios não estão associados especificamente às feridas cutâneas
punctiformes.

274
(c) É improvável que o envenenamento por mordedura de cobra resulte em morte, pois em
sua maioria as mordeduras transferem quantidade insuficiente de veneno para matar um
cavalo, embora em algumas áreas da Terra certamente existam cobras extremamente
perigosas. Elevada mortalidade pode estar associada a muitas das condições em que estão
presentes hemorragia e edema. Diáteses hemorrágicas associadas a insuficiência hepática
grave e a coagulopatia consuntiva invariavelmente exibirão outros sinais importantes, mas
pode ser difícil a confirmação da púrpura hemorrágica.

294 (a) Exame ultra-sonográfico dos tecidos moles metatarsianos plantais. Exame
radiográfico da porção proximal do metatarso.
(b) Tanto no membro pélvico esquerdo, quanto no direito, as margens do ligamento
suspensor estão pouco definidas. O ligamento está aumentado no plano mediano e está
difusamente hipo-ecóico. No membro pélvico direito, ocorrem áreas focais de
hiperecogenicidade no interior do ligamento suspensor. Estes aspectos são consistentes com
desmite do suspensor proximal, com áreas prováveis de mineralização focal no interior do
ligamento suspensor direito.
(c) AFigura 225C é projeção dorsoplantar. Há aumento maculoso indefinido na opacidade da
porção proximal do terceiro osso metatarsiano, resultando em indefinição entre a placa
óssea subcondral proximal e o osso trabecular subjacente, lateralmente.
A Figura 225D é a vista lateromedia!. Há área bem circunscrita de aumento da opacidade
na porção proximal plantar do terceiro osso metatarsiano (grande seta) (Figura 307). Esta é
provavelmente formação de entesófitos (formação de tecido ósseo novo no local das inserções
dos ligamentos ou tendões). Existe aumento na opacidade no osso subcondral plantar
(pequenas setas).
(d) Diaguóstico: desmite do suspensor proxima!.
Prognóstico: sombrio, em vista da gravidade das anormalidades ultra-sonográficas, sua
provável cronicidade (em vista da presença de mineralização), presença de anormalidades
radiográficas associadas e a conformação do cavalo (tarsos retos).

295 (a) Área semicircular bem demarcada de perda óssea está presente na margem sole ar
da falange dista!.
(b) Ceratoma ou outra lesão que esteja ocupando lugar está causando reabsorção óssea
induzida pela pressão, na porção proximal da falange.
(c) Ceratomas estão frequentemente associados a infecção persistente do pé e a ligeira
claudicação.
Se o proprietário considera que o tratamento se justifica neste cavalo caçador idoso, estará
indicada a remoção cirúrgica de todo o ceratoma.

296 (a) O Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA publica, a intervalos de poucos anos, o
The Nutrient Requirements of Horses (veja National Research CounciI1989). Esta
publicação pode ser demasiadamente pormenorizada para muitos proprietários, mas é livro
prático de referência muito útil, embora seja direcionado para os alimentos e práticas
nutricionais da América do Norte. Esta publicação fornece informações básicas sobre muitos
tópicos; há útil seção para a determinação das necessidades individuais, que é acompanhada
por disquete compatível com os computadores IBM. Um dos livros mais atualizados tratando
apenas da nutrição dos equinos é Equine Nutrition and Feeding (Frape, 1986). Um livro
mais recente é o Horse Feeding and Nutrition, 2a ed. (Cunha, 1991).
(b) No Reino Unido, ADAS fornecerá orientação sobre o controle das pastagens (projetos de
construções, aspectos ambientais, etc.), dada por seus conselheiros especializados em
equinos (que podem ser contactados através dos escritórios regionais da ADAS). Foi
publicado um livro intitulado Pasture Management for Horses and Pontes, de McCarthy
(1987). Os nutricionistas especializados em equinos (veja (c), abaixo) também podem
fornecer informação prática.

275
.
(c)
Muitas companhias fabricantes de rações empregam nutricionistas "em tempo integral",
ou como consultores. (Muitos destes profissionais trabalham independentemente, como
consultores "free-lancers").Estas pessoas. frequentemente têm muita experiência prática
no planejamento de regimes alimentares, etc., e podem ser contactados através das
companhias. Este contato pode ser muito útil, caso surjam dúvidas nutricionais, enquanto

.. os animais estão sendo alimentados com determinada marca específica de ração.


ADAS também fornecerá informações sobre todos os aspectos da nutrição dos equinos.
Há diversos nutricionistas trabalhando independentemente das companhias fabricantes
de rações. Com frequência, estes profissionais escrevem artigos/anunciam nas diversas
revistas especializadas em equinos.
(d) As informações nutricionais com boa base científica sobre o cavalo são bastante
limitadas. Frequentemente, há necessidade que de sejam feitas extrapolações de outras
espécies, dos põneis para os cavalos; ou então as recomendações estão baseadas em pequena
quantidade de animais, para os regimes alimentares existentes. Isto significa que as
conclusões obtidas não têm, necessariamente, validade científica. Portanto, pode ser
preferível o aconselhamento informado, com base no conhecimento científico atual e na
experiência prática.

297 O padrão de desgaste dos incisivos centrais foi provocado por abrasão, sendo altamente
sugestivo de que o cavalo tem aerofagia ou "birra". Embora o vendedor seja responsável por
qualquer declaração de que o cavalo está isento de "vícios de estábulo", o clínico veterinário,
que está efetuando o exame, deve perguntar diretamente ao vendedor se, sabidamente, o
cavalo tem "birra" ou aerofagia. Independentemente da resposta, o veterinário deve
observar com muito cuidado o cavalo em repouso, em busca de qualquer tendência para a
exibição destes vícios e o cliente deve ser alertado sobre o possível significado destes achados
dentários.

298 (a) Luxação posterior do cristalino.


(b) A avaliação completa da capacidade visual deste e do outro olho deverá ser efetuada,
antes que qualquer jóquei monte este cavalo. No caso do outro olho estar normal, o animal
poderá ser capaz de trabalhar de modo relativamente normal.

299 A transfusão de eritrócitos pode tornar-se essencial nos casos de iso-eritrólise neonatal.
Embora hemácias cuidadosamente lavadas, obtidas da égua, sejam a opção preferida os
animais, castrados que não tenham recebido transfusão de sangue também podem ser
utilizados como doadores, nestas circunstâncias. As hemácias podem ser separadas do
sangue integral coletado em bolsas de transfusão esterilizadas por laboratórios
adequadamente equipados. Pode-se deixar que as hemácias decantem pela ação da
gravidade, onde não se possa contar com estes laboratórios. Em qualquer caso, o plasma
deverá ser decantado e as hemácias devem ser lavadas três vezes em solução salina, antes
da transfusão.
É comum a ressuspensão das hemácias lavadas em volume de solução salina normal
equivalente a um valor de hematócrito de 70%. O volume total de sangue necessário pode
ser calculado pela fórmula:

Peso corporal (kg) x volemia (ml/kg) x (hematócrito desejado - hematócrito observado)


hematócrito do doador ou da "papa" de hemácias

Pode-se supor que a volemia dos potros neonatos seja de 150ml/kg.


O potro deve receber focinheira ("trombeta") durante o mínimo de 24 horas e será
oferecido ao animal fonte alternativa de leite.

276
300 (i) Enxerto em beliscadura - pequenos enxertos por beliscadura, com 2-3mm de
diâmetro, sâo coletados de local doador no mesmo cavalo, sendo inseridos em incisões
perfurantes ("bolsas") no leito receptor do enxerto. Estes enxertos sâo aplicados em fileiras e
a área recebe curativo com antibióticos; uma compressa não aderente esterilizada é
aplicada, seguindo-se o curativo e bandagem combinados, também esterilizadas.
o Vantagem - pode ser efetuado sem anestesia geral; "pega" de forma razoavelmente
satisfatória; não necessita de equipamento dispendioso.
o Desvantagem - o pêlo cresce em todos os ângulos, com efeito de "calçada de
paralelepípedo"; a pele de má qualidade frequentemente racha e sangra, com o
movimento.
(ii) Enxerto em beliscadura - uso de puncionador de biópsia de 7 mm, para a coleta asséptica
dos enxertos e implante no local afetado (para cobertura de 5mm); aplicado em fileiras,
enfaixamento como em (i); a bandagem ficará aplicada por 5-15 dias, dependendo da
exsudação que vier a ocorrer.
o Vantagem - a mesma de (i), mas há maior área da pele revestida para cada enxerto;
melhor efeito estético; maior percentagem de sobrevida dos enxertos.
o Desvantagem - necessidade de anestesia geral; crescimento piloso multidirecionado; deve
haver preparação muito boa do leito doador.
(iii) Enxerto de expansão com malha laminar - use pele da parte ventral do abdômen,
coletada com dermátomo elétrico; seccionar com instrumento para confecção de malha -
primeiramente, temos que alinhar o padrão piloso com o da perna, e, em segundo lugar, a
malha não deve ser excessivamente expandida; as bandagens talvez devam ser trocadas
mais frequentemente.
o Vantagem - flexível; pode cobrir áreas desiguais; fácil aplicação; as aberturas no enxerto
permitem o extravasamento de qualquer corrimento; pode suportar algum movimento;
pequenos locais doadores, para a cobertura de feridas maiores.
o Desvantagem - equipamento caro e necessidade de anestesia geral.

301 (a) Sistema de "vai-e-vem" (Figura 230A) e sistema circular (Figura 230B).
(b) "Vai-e-vem"
o Vantagens:
- Economia.
-Absorção do dióxido de carbono.
- Conservação do calor e da água da respiração.
- Facilidade no fornecimento de ventilação intermitente por pressão positiva.
o Desvantagens:
- Não pode ser observada a exaustão da cal sodada e, portanto, o acúmulo de CO2
- O espaço morto aumenta com a duração da anestesia, à medida que ocorre a exaustão da
cal sodada 90 volume mais próximo ao animal.
- Risco de inalação de "poeira" da cal sodada, resultando em pneumonia.
- O corpo da máquina nas proximidades da cabeça do animal.
Sistema circular
o Vantagens:
- As vantagens do sistema de "vai-e-vem".
- Cal sodada geralmente visível e assim as mudanças de coloração podem ser facilmente
apreciadas.
- O corpo da máquina está distante da cabeça do animal.
- A cal sodada não está em contato direto com o trato respiratório do animal.
o Desvantagens:
-Caro.

302 Esta é uma razão comum de solicitação para que o veterinário examine uma égua; as
causas possíveis da detecção da não ocorrência do estro são:

277
. Anestro do inverno; comum ente a égua estará em más condições e ainda apresentará

. pelagem de inverno.
A transição para a estação reprodutiva, que pode, em algumas éguas, se prolongar por 2
meses ou mais; fisicamente, é comum que a égua esteja como os animais em anestro do

. inverno.
O estro cíclico pode não ter sido percebido, devido a técnica inadequada de "teasing"
(manequim/rufiamento) ou porque a égua não exibiu estro comportamental. O estado do

.. trato genital refletirá o estágio do ciclo estral.


Diestro prolongado; corpo lúteo persistente está evitando o retorno ao estro.

. Tumor das células da granulosa.


Síndrome de Turner - anomalias cromossômícas pode resultar em égua com ovários não
funcionais, com menos de O,5cm de diãmetro e trato tubular muito hipoplásico, com
paredes tão delgadas que tornam difícil sua palpação. Obviamente, este é problema das
éguas solteiras, devendo ser diferenciado do problema pré-púbere que pode ainda ser
observado em éguas Puro-Sangue-lriglês de 2-4 anos de idade e que recentemente se
encontravam em treinamento.

303 (a) A radiografia parece demonstrar fratura da cartilagem alar da falange distal,
embora uma marca de enrugamento parcialmente superjacente ao talão da ferradura neste
lado do filme sugira que a fratura alar possa ser um artefato.
(b) Deve ser obtida uma segunda vista da falange distal, que, neste caso, estava normal.
Mais importante ainda, deve ser feita a investigação radiográfica do local dolorido, no caso a
articulação do boleto. Esta investigação revelou fratura apical do osso sesamóide, indicando
ter ocorrido, no passado, lesão grave desta articulação, e que ainda estava causando dores ao
animal.

304 (a) O exame retal deve incluir a busca cuidadosa em busca de trombose ilíaca, que é
uma possibilidade diante desta história clínica, e também em busca de sinais de obstrução
intestinal. Verificar a existência de refluxo gástrico e, se ainda estiver em dúvida a respeito
da cólica, a paracentese abdominal poderá ajudar. Examinar as extremidades distais dos
membros e os pulsos digitais. Os animais com laminite comumente não pateiam, mas a
laminite traumática aguda é muito dolorosa e, portanto, deverá ser considerado este
aspecto. A pleurisia também causa sinais de cólica e, assim a auscultação dos pulmões
poderá elucidar esta suspeita. Fazer a palpação dos músculos das costas e dos membros
pélvicos. Coletar amostra de sangue para a detecção dos níveis das enzimas musculares, e
também para a hematologia. Se a uriana do cavalo é negra (como era o caso neste animal),
você está com sorte! Mesmo neste estágio, os níveis de CPK estarão altos e os níveis de AST
elevar-se-ão ao longo de 24 horas.
(b) Este era um caso de rabdomiólise de esforço.

.
(c)
Analgesia. Fenilbutazona por via intravenosa é o tratamento eficaz. Flunixin meglumine
ou butorfanol também pode ser utilizado. A analgesia é vital, visto que alguns casos
graves os animais ficam muito angustiados e este estado afeta adversamente sua chance

. de recuperação.
Tranquilizantes. Acetilpromazina é benéfica, em termos de melhora do fluxo sanguíneo
periférico, mas este agente não deverá ser utilizado no caso de haver qualquer
comprometimento circulatório. Se necessário, pequenas doses de xilazina ou detomidina

. poderão ser utilizadas.


Os corticosteróides melhoram a perfusão dos tecidos e estabilizam as membranas

. celulares, caso sejam administrados nas primeiras horas.


A fluidoterapia está indicada nos casos severos em que há mioglobinúria. Mioglobina é
nefrotóxica e a insuficiência renal pode ser sequela fatal nos casos extremos. Administrar
eletrólitos balanceados até que a urina esteja transparente. Comumente estes cavalos

278
estão sofrendo alcalose; assim, não administrar bicarbonato, a menos que vocêtenha
comprovado a ocorrência de acidose. Os diuréticos estão contra-indicados. Usar os
serviços laboratoriais para a avaliação do progresso e solicitar a dosagem do nitrogênio

. derivado da uréia no sangue (BUN).


Não negligenciar o bom tratamento auxiliar. Examinar a dieta e os níveis de eletrólitos
nos casos recorrentes.

305 (a) Podem ser observados vários abscessos pulmonares encapsulados e bem definidos,
com linhas de líquido.
(b)Não!
(c) O diagnóstico mais provável é: broncopneumonia com formação de abscessos por
Rhodococcus equi. A cultura de aspirado traqueal terá utilidade na confirmação do
microrganismo infeccioso. Outros sinais clínicos podem ser: tosse leve, taquipnéia, dispnéia,
subcrescimento e diarréia.
(d) A combinação de eritromicina e rifampina.

306 (a) Comportamento de compressão da cabeça, associado a encefalopatia hepática.


(b) Acredita-se que dois fatores estejam envolvidos - hiperamonemia decorrente da
incapacidade do fígado em converter amônia até uréia e o decréscimo na relação entre
aminoácidos de cadeia ramificada/aminoácidos aromáticos no sangue. Este último indicador
interfere com a atividade dos neurotransmissores no SNC.
(c) O tratamento envolve a administração de lactulose, que acidifica o conteúdo do colon
para a conversão da amônia em íons amônio, que não são absorvidos. Neomicina oral
diminui a produção de amônia pelas bactérias intestinais, mas isto tem valor duvidoso. A
suplementação da dieta com aminoácidos de cadeia ramificada pode ser medida útil; a polpa
de beterraba açucareira é boa fonte destes aminoácidos.

307 (a) Ocorreu aumento difuso na opacidade dos tecidos moles, que se apresenta com
padrão nodular.
(b) O exame dos órgãos abdominais via retaZ, ultra-sonografia abdominal, bioquímica do
sangue/urinálise e biópsia renal.
A perda de peso neste animal concorreu com a hematúria periódica, e que, juntamente
com as alterações radiológicas, foram sugestivas de neoplasia primária do trato urinário.
Estes tumores são raros, à exceção do carcinoma epidermóide da genitália externa. O
protocolo diagnóstico neste caso está direcionado para a identificação de lesão primária por
palpaçào e/ou por imagens ultra-sonográficas.
A bexiga pode ser imediatamente palpada via retaZ, mas apenas o polo caudal do rim
esquerdo é palpável por"este método; assim, nem sempre será possível apreciar a presença
de tumefações ou massas renais.
O tamanho, forma e estrutura interna dos rins dos equinos podem ser apreciados pelo
exame ultra-sonográfico, e este método de investigação tem utilidade nos casos em que há
suspeita de massas renais.
Em casos documentados de neoplasia renal no cavalo, frequentemente verificava-se que
os animais tinham valores normais para os parâmetros da bioquímica do sangue; as
alterações hematológicas inespecíficas, p.expl. neutrofilia e as urinálises simplesmente
confirmavam a hematúria, embora em alguns casos células neoplásicas fossem evidenciadas
no exame citológico do sedimento urinário.
A biópsia renal percutânea pode ser efetuada no cavalo, mas este procedimento traz
também grande risco de hemorragia, de tal forma que se torna inadequado na maioria dos
casos, e certamente é desnecessário em animais em que existam evidências de metástase
tumoral.
No exame necroscópico deste caso, verificou-se que as alterações radiológicas
representavam metástases pulmonares de adenocarcinoma renal.

279
308 (a)
.. Alergia a alimentos, medicamentos, insetos.

.
(b)
Dermatite de contato.
Púrpura hemorrágica.

.. Corticosteróides -dexametasona 3mg/50kg.


Anti-histamínicos - tripelenamina lml/40kg.

. Fenilbutazona - 19/200kg diariamente.

.
(c)
Seria improvável, caso a substância incitante não seja novamente administrada; i.é,

. medicamentos como a penicilina ou a sulfa.


A alergia induzida por alimento parece não ser facilmente reprodutível.

309 (a) Os portadores de Salmonella spp. têm especial tendência de sofrer salmonelose
aguda, caso sejam submetidos a estado de tensão significativo (que pode ser relativamente
pouco duradouro). Qualquer cavalo que subsequentemente seja acometido por síndrome
diarréico/febril agudo deverá ser investigado cuidadosamente, para a possibilidade de
salmonelose.
(b) Devem ser tomadas precauções imediatamente, para a proteção do pessoal que manipula
o animal ou sua cama contaminada, etc. O isolamento de outros cavalos e o fornecimento de
pedilúvios e do controle completo da higiene deverão ser imediatamente instituídos.
Esfregaços retais devem ser coletados em 5 ou mais dias consecutivos (e possivelmente uma
biópsia reta\), sendo cultivados para Salmonella. Embora o animal possa estar agudamente
afetado, pode ser muito difícil o isolamento destes microrganismos.
(c) Infecções agudas podem resultar em morte rápida; a pirexia é sugestiva de septicemia
concomitante. Na ausência de septicemia, a fluidoterapia auxiliar pode permitir a
recuperação do cavalo. O prognóstico deve permanecer reservado. Os animais recuperados
podem permanecer como portadores, eventualmente infectando outros cavalos ou espécies
em qualquer época durante períodos agudos ou de remissão. Estes animais podem
permanecer infectados por longos períodos.

310 (a) A história clínica de tosse crõnica durante períodos em que o cavalo permanece em
estábulo sugere que o animal está afetado por MPOC (moléstia pulmonar obstrutiva
crõnica). A angústia respiratória aguda demonstrada pela égua deve-se provavelmente à
obstrução aguda das pequenas vias respiratórias; isto pode ocorrer em cavalos suscetíveis,
quando estes animais são repentinamente expostos a agressão antigênica (por exemplo,
quando o cavalo é conduzido até uma baia empoeirada, após período no pasto).
(b) O fator mais importante no desenvolvimento da obstrução das vias respiratórias, ná
maioria dos casos de MPOC, é a exposição a poeiras orgânicas (especialmente esporos de
fungos) associadas ao feno, palha e pó da baia. Portanto, a primeira prioridade terapêutica é
a remoção do cavalo afetado de seu ambiente atual, levando-o para ambiente "limpo".
Devem ser administrados medicamentos broncodilatadores, para o alívio do broncoespasmo;
clembuterol é provavelmente o agente mais amplamente utilizado para esta finalidade.
Outros broncodilatadores, que podem ser utilizados, são a teofilina e a atropina.
Corticosteróides também têm utilidade no tratamento da obstrução aguda das vias
respiratórias; estes agentes atuam estabilizando as membranas lisossômicas, inibem a
migração celular, potenciam as ações dos estimulantes dos beta-2 receptores (como o
clembutero\) e aumentam a disponibilidade do AMP cíclico. Antibióticos também podem ser
benéficos, visto que, nestes casos, pode haver impedimento da eliminação das bactérias dos
pulmões.

280
311 (a) Fraturas da margem solear da falange distal.
(b) Estas fraturas podem ser anormalidades radiográficas acidentais, resultantes de
traumatismo, ou ocorrentes em associação com laminite e rotação da falange distal. É
possível que este animal tenha passado por período de alimentação deficiente, seguido por
período em que teve acesso a grandes quantidades de concentrados, para a correção do
problema de perda de peso. Isto pode ter precipitado a laminite.
(c) Projeções lateromediais das extremidades distais do membro do animal, para que seja
estabelecido se ocorreu rotação das falanges distais.

312 (a) Radiografia abdominal e ultra-som abdominal (para a observação do líquido


perítoneallivre e de lesões intestinais, p.expl. intussuscepção), para que seja determinada a
causa da distensão abdominal. Caso esteja presente líquido perítoneal, poderá ser efetuada
a abdominoparacentese, com subsequente análise do líquido peritoneal. Hemoculturas,
concentração séríca de IgG, eletrólitos sérícos, glicemia e radiografias torácicas estão
também indicadas, para que fique determinada a extensão da afecção no potro.
(b) Enteríte/colite, com ou sem lesão cirúrgica, p.expl. torção, deslocamento do intestino
grosso, intussuscepção; apenas uma lesão cirúrgica; peritonite Uroperítõnio (com ou sem
infecção) é diagnóstico menos provável (devido à dor aumentada), mas pode acompanhar
outras condições.
(c) Antibióticos de amplo espectro e, possivelmente, plasma, dependendo dos níveis de IgG.
Se os sinais de dor pioram ou se os achados são sugestivos de lesão cirúrgica, estará
indicada laparotomia exploratória.

313 As complicações da extração dentária no equino podem ser resumidas como:


incapacidade de remoção do dente correto, o dente todo e nada mais além do dente! Torna-se
essencial o diagnóstico acurado para a identificação de qual dente (no caso de haver algum)
é o responsável pêlos sinais clínicos, antes que o veterinário começar o procedimento de
extração dentária. Este diagnóstico exige o exame externo cuidadoso da cabeça, a inspeção
oral minuciosa e radiografias utilizando as projeções cabíveis. É também essencial a
localização precisa do sítio de trepanação sobre a raiz do dente "certo" e esta localização pode
ser auxiliada por outras radiografias utilizando marcadores. Os problemas intra-operatórios

..
são:
Fratura do ramo mandibular.

..
Lesão a raiz adjacente durante a repulsão.
Ruptura do ducto parotídeo.

..
Hemorragia oriunda da artéria palatina, artéria e veia linguofaciais.
Lesão aos nervos facial e infra-orbitário.

..
Traumatismo do ducto nasolacrimal.
Remoção incompleta do dente (Figura 308).
Morte anestésica.

...
CompJitações pós-operatórias:
Sequestros dentários.
Sequestro do osso aIveolar de sustentação. .
Formação de fístula oro-antral - não cicatrização do defeito oral e repetida contaminação

. do seio maxilar.
Cementose/osteíte alveolar.

314 (a) Insuficiência aórtica. A característica do murmúrio é típica de insuficiência aórtica.


O murmúrio podia ser localizado na área aórtico/pulmonar. A aorta é estrutura situada na
linha média e, portanto, é frequente a auscultação de murmúrios de insuficiência aórtica em
ambos os lados do tórax. Este é achado comum no cavalo mais idoso.
(b) O estudo em modo-M mostra a vibração do folheto anterior da válvula mitral. Isto é
causado pelo jato regurgitante de sangue ao golpear o folheto anterior da válvula mitral,

281
quando o sangue flui da aorta retornando para o ventrículo durante a diástole. Acredita-se
que esta vibração seja responsável pela qualidade de "zumbido" do murmúrio. O estudo de
Doppler mostra o fluxo laminar normal do sangue para o interior da aorta durante a sístole.
Este sinal é exibido abaixo da linha basal. O distúrbio do fluxo representa o jato da
insuficiência aórtica. É exibido acima da linha basal, mas como o sangue está se
movimentando com velocidade maior do que a que pode ser mostrada no eixo vertical, o
sinal se "enrolou", sendo também visível abaixo da linha basal ("duplicação de sinal").
(c) O pulso teria qualidade colapsante (hipercinético). O volume de batimento do ventrículo
aumenta, em decorrência do aumento na pré-carga, causado pela insuficiência aórtica. A
pressão diastólica diminuiria, em decorrência do escoamento do sangue da aorta para o
ventrículo. Isto levaria a grande diferença entre as pressões sistólica-diastólica, que seria
palpável como aumento na amplitude do pulso.
(d) Muitos cavalos com insuficiência aórtica continuam a ter bom desempenho. Se a história
clínica de trabalho do cavalo é boa, obviamente o animal ainda será capaz de manter o
débito cardíaco durante o exercício, devendo estar compensando adequadamente para o
fluxo anormal. Se o problema progride, o cavalo pode mostrar-se incapaz de manter seu
débito cardíaco durante o exercício; assim, tornar-se-ão evidentes o cansaço e a redução do
desempenho. Caso isto ocorra, a carga de trabalho do cavalo deverá ser reduzida ou o animal
deverá ser retirado do trabalho. A ultra-sonografia pode ser utilizada na determinação do
diâmetro interno do ventrículo esquerdo. Esta determinação dará indicação do grau de
sobrecarga de volume. O exame periódico é aconselhável, para que seja monitorada a
progressão da condição. A insuficiência aórtica é condição comum no cavalo mais idoso,
sendo devido a alterações degenerativas ocorrentes na válvula aórtica.
A ultra-sonografia ajudará no descarte de outras causas de insuficiência aórtica, por
exemplo endocardite e prolapso da válvula aórtica. Alterações no desempenho do trabalho,
mudanças na qualidade do murmúrio, aumento na área de auscultação e a presença de
frêmito palpável são, todos, indicadores de progressão da condição; assim, deve ser levada a
efeito uma investigação/reavaliação completa. É incomum a insuficiência cardíaca
congestiva secundária à insuficiência aórtica.

315 (a) Está presente um invólucro na porção dorsal do terceiro osso metacarpiano,
imediatamente acima da articulação do boleto. .
(b) Cirurgia, para a remoção do sequestro que, possivelmente está presente (e estava
presente!) neste invólucro/envoltório.

316 (a) Auto-imune.


(b) A biópsia cutânea será válida, se foi possível coletar vesículas ou pústulas intactas.
(c) Acantócitos, neutrófilos, eosinófilos e nenhuma bactéria intracelular.

317 A gonadotrofina coriônica equina (eCG - outrora conhecida como gonadotrofina sérica de
égua prenhe, PMSG) é produzida pelas cúpulas endometriais, que começam a surgir por
volta dos 36 dias após a concepção. Por volta dos 40 dias, comumente as cúpulas
endometriais estão produzindo hormônio em quantidade suficiente para que seja detectado
por testes sensíveis (p.expl., radio-imunoteste). Contudo, visto ser improvável que as éguas,
que não foram testadas para a gestação antes dos 40 dias, tenham sido examinadas
sistematicamente durante o estro, comumente o dia da ovulação é desconhecido. A data da
gestação, a partir do último dia de cobertura, pode induzir a erro, de modo que será melhor a
coleta de sangue para a determinação da eCG após o 45° dia, para que seja evitada a
realização de teste cedo demais. Entre 45 e 60 dias, a maioria das égua demonstrará
positividade para qualquer teste utilizado para a detecção de eCG. Após 60 dias, pequena
percentagem de éguas tornar-se-á negativa, porque algumas éguas produzem pouquíssima
eCG, mas ainda assim permanecem prenhes. Na média, eCG permanece detectável até os
120 dias de gestação. Porém, os testes efetuados com maior antecedência são mais precisos e

282
mais úteis, caso uma égua não prenhe seja detectada (e se for decidido que este animal deva
ser novamente coberto durante a mesma estação de monta).

318 (a) Parascaris equorum - tipicamente os ovos têm cápsula externa espessa, acastanhada
e irregular.
Estrôngilos - estes ovos não podem ser prontamente diferenciados por subfamília ou
espécie com base em seus aspectos morfológicos. Nestes animais, é mais provável que os
ovos sejam de ciatóstomos (pequenos estrôngilos), porque o período de persistência anterior
dos grandes estrôngilos é mais longo que a idade aproximada dos potros.
(b) Tanto ascarídeos quanto estrôngilos têm significado clínico nestes potros: as infecções
podem resultar num subdesenvolvimento geral/más condições físicas ou podem causar sinais
mais específicos.
Os vermes de P. equorum têm ciclo biológico migratório hepático-pulmonar-intestinal. Os
sinais de tosse e corrimento nasal podem ocorrer durante a fase pulmonar, caso grande
quantidade de ovos tenha sido ingerida, mas a fase intestinal é a mais patogênica. Infecções
maciças em geral resultam em potros com crescimento insatisfatório ou emaciados e,
ocasionalmente, há compactação do intestino delgado ou pode ocorrer ruptura, em
decorrência de "enovelamento" de massa de vermes ascarídeos.
As infecções por estrôngilos podem dar origem a episódios de cólica e/ou diarréia. A cólica
mais provavelmente estará associada a alterações na irrigação sanguínea intestinal e,
embora classicamente associada a Strongylus vulgaris, é possível que outras espécies de
estrôngilos tenham papel na patogênese da cólica verminótica. As infecções por estrôngilos
podem provocar alterações na consistência fecal, mas a entidade específica da ciatostomíase
larvar associada a infecções por pequenos estrôngilos comumente não é observada em
potros.

319 (a) Tísica/tisis bulbar (atrofia/retração do globo ocular).


(b) Infecção ou inflamação intra-ocular grave, p.expl. oftalmia periódica equina.
(c) Enucleação.

320 (a) Ocorreu achatamento da porção caudal da cabeça umeral e perda da congruência
entre a cavidade glenóide da escápula e a cabeça umeral. O ângulo ventral da escápula está
modelado e apresenta perfil fosco, bastante irregular. Há áreas de transparência pouco
definidas no osso subcondral da porção caudal distal da escápula, circundadas
proximalmente por alguma esclerose.
(b) Osteocondrose, infecção. Diante da história clínica e dos sinais clínicos, osteocondrose é o
diagnóstico mais provável. Um grau maior de claudicação seria esperado, no caso de haver
infecção. O aspecto macroscópico e citológico do líquido sinovial, obtido por ocasião da
artrocentese, deveria confirmar que não está ocorrendo infecção. Em associação com a
osteocondrose, a proteína total e a leucometria podem estar elevadas, mas em menor grau
do que no caso de haver infecção.
(c) Verificar cuidadosamente outras articulações, em busca de evidência de derrame sinovial.
Frequentemente a osteocondrose afeta mais de uma articulação e, em muitas articulações,
este distúrbio irá resultar em distensão da cápsula articular, embora raramente tal
ocorrência seja apreciada no ombro.
A radiografia do ombro contralateral, visto que a condição pode ser bilateral.
Comumente, a claudicação associada à osteocondrose do ombro melhora com a analgesia
intra-articular, mas é raro que ocorra alívio completo; portanto, não há necessidade, na
maioria dos casos, em buscar fonte adicional de dor. O grau variável de claudicação descrito
na história clínica é típico.
(d) Provavelmente o tratamento cirúrgico por debridamento artroscópico das lesões irá
resultar numa melhora clínica, embora não se possa garantir a resolução total da

283
claudicação. o prognóstico é comumente melhor em cavalos com menos de 18 meses de
idade.

321 (a) A presença de ligeiro corrimento nasal seroso ou catarral com alguma evidência de
pus pode ser indicativa de infecção bacteriana secundária, subsequente a infecção viral do
trato respiratório superior. Contudo, a inalação de irritantes como a fumaça, agentes
químicos ou poeira pode ser responsável por esta ocorrência.
(b) É importante o exame clínico completo, para que seja estabelecida a existência do
distúrbio, ou então de pirexia e outros sinais de infecção do trato respiratório. A
temperatura deve ser monitorada várias vezes ao dia. Podem ser identificadas sensibilidade
traqueal e linfadenopatia local. O tórax deve ser auscultado cuidadosamente, para que seja
determinada a presença de sons pulmonares adventícios. Soros pareados podem ser
utilizados na detecção de títulos elevados de anticorpos contra agentes virais conhecidos, e
podem ter utilidade esfregaços da faringe para o isolamento viral. A hematologia pode
ajudar, na confirmação da presença de infecção.
(c) Neste caso, não foi identificada febre e verificou-se que a causa foi a inalação de fumaça.
Antibióticos podem ter utilidade, caso as infecções bacterianas secundárias sejam prováveis
ou estejam presentes. Muitas destas infecções secundárias envolvem estreptococos sensíveis
à penicilina. Neste caso, os sinais resolveram-se espontaneamente, sem o recurso a medidas
terapêuticas, assim que a fonte de fumaça foi removida!

..
322 (a)
Remover cirurgicamente todo tecido fibroso sem que nenhum tendão seja removido.

. Permitir que a ferida entre em processo de granulação, sob a bandagem.


Aplicar enxerto de pele.

..
(b)
Usar tala.
Aplicar um repelente, p.expl. Cribox, às bandagens.

323 (a) Luxação lateral da patela.


(b) Este pode ser problema congênito ou adquirido. Neste caso, é provável que tenha estado
presente desde o nascimento, visto ser este um pônei pequeno.
(c) É provável que o animal seja um pônei Shetland ou outra raça miniatura, em que o
problema é congênito.

324 (a) Exame radiográfico da região metacarpiana proximal e carpo (lembrar-se da relação
entre a cápsula da articulação carpiana média e os nervos metacarpianos palmares; a
analgesia subcarpiana pode aliviar a dor associada à articulação carpiana média, a menos'
que a analgesia seja efetuada por bloqueio perineural do nervo palmar lateral ao nível da
fileira distal dos ossos carpianos, antes de sua divisão nos nervos metacarpianos palrf,ares).
O exame ultra-sonográfico dos tecidos moles metacarpianos palmares, usando transdutor
de 7,5MHz, com e sem neutralização.
Intra-articular da cápsula da articulação carpiana média (veja acima).
(b) Este é ultra-sonograma transversal dos tecidos moles metacarpianos palmares, obtido
sem neutralização, aproximadamente a 4 cm distal á porção distal do osso carpiano
acessório. Existe grande área hipoecóica central, mal definida, no ligamento suspensor.
(c) Desmite do suspensor proximal. Examinar o membro contralateral por ultra-sonografia.
Podem ser observa:Ias áreas hipoecóicas centrais mal ou bem definidas, estendendo-se até
lcm longitudinalmente, na parte proximal do ligamento suspensor de alguns cavalos
clinicamente normais; estas áreas em geral são bastante simétricas em ambos os lados, e
raramente tão grandes quanto a lesão identificada neste cavalo.
(d) Repouso na baia e exercícios controlados de ambulação. Re-examine em 4-6 semanas. O
prognóstico é comumente bom, caso inexistam quaisquer anormalidades radiográficas

284
associadas e, desde que o cavalo tenha repouso adequado na fase aguda e haja melhora na
lesão identificada ultra-sonograficamente. A Figura 309 ilustra o mesmo cavalo 5 semanas
mais tarde; a lesão não é mais detectável.

325 Lesão simpática cervical pré-ganglionar, abscesso do pescoço.


Este potro na Figura 250 demonstra síndrome de Horner, podendo ser razoavelmente
admitido que haja envolvimento pré-ganglionar (i.é, tronco cerebral, medula espinal ou
nervo simpático cervical), porque o suor atinge extensão considerável "pescoço abaixo", Lé,
até o nível da porção caudal de C2. Lesões pós-ganglionares resultam em suor no lado da
cara, mas menor produção de suor no pescoço e apenas nas áreas mais craniais. No caso de
envolvimento do tronco cerebral ou envolvimento medular, mais frequentemente estarão
presentes outros sinais.

326 (a) Embora o osso navicular pareça estar fraturado, a linha de fratura aparente parece
estender-se além da borda horizontal distal do osso navicular, e a extremidade distal do
membro está nitidamente "limpa".
(b) Há necessidade de projeção oblíqua proximal palmarodistal dorsal a 60° do osso
navicular; ou, melhor ainda, uma incidência oblíqua palmaroproximal-palmarodistal do osso
navicular. Esta última projeção confirmou a presença de fratura do navicular.
(c) O cavalo sempre terá a probabilidade de claudicar, quando estiver trabalhando. O
proprietário deverá considerar a fixação da fratura do navicular com parafusos compressivos
(de ação retardada).

..
327 (a)
Analgesia intra-articular da articulação metatarsofalangiana - negativa.

. Analgesia da bainha do tendão do flexor - positiva.


Exame ultra-sonográfico dos tecidos moles metatarsianos plantares.
(b) O ultra-sonograma é obtido usando neutralização, medial ou lateralmente à linha média
plantar. Portanto, não é possível a avaliação apropriada dos tendões dos flexores digitais
superficial e profundo (estas estruturas estavam normais). Há algum material ecodenso
subcutaneamente; a parede da bainha está espessada; há algum material ecodenso no
interior da bainha, sugestivo de formação de aderências.
(c) Diagnóstico: tenossinovite.
Tratamento: secção do ligamento anular plantar; exploração da bainha do tendão flexor e
rompimento das aderências. (A fáscia subcutânea estava parcialmente aderida à pele; havia
quantidade considerável de tecido fibroso vascular subcutaneamente, incorporando o feixe
vascular, que estava deslocado na direção plantar. A parede da bainha tendinosa proximal
ao ligamento anular plantar estava muito espessada. Havia várias aderências grandes na
bainha, que fodm seccionadas.)
Cuidados pós-operatórios: exercícios controlados e medicamentos anti-inflamatórios não
esteróides, conforme a necessidade.
Prognóstico: reservado, devido ao grau de formação de aderências. A égua teve
recuperação completa.

328 Amostra de sangue (soro) e amostra do líquido peritoneal seriam úteis na tentativa de
confirmação do diagnóstico provisório de uroperitônio. A amostra do líquido peritoneal deve
ser obtida por paracentese abdominal. Este procedimento necessita de preparação cirúrgica
de pequena área (talvez 5cm x 5cm) no ponto mais baixo do abdômen do potro. Em seguida,
o potro deve ser contido na posição quadrupedal e então uma agulha de 1,5" e calibre 18 ou
20 deverá ser lentamente introduzida na cavidade peritoneal, até que seja obtido o líquido
peritoneal.

285
A concentração de creatinina, tanto no soro quanto no líquido peritoneal, deve ser
determinada. Se a relação entre as creatininas peritoneal/sérica for superior a 2:1, este
achado apoiaria um diagnóstico de uroperitôneo.
A mensuração dos valores de K+ e a determinação da relação de eliminações de K/creatinina
também estão indicadas. Hiponatremia, hipocloremia e hipercalemia frequentemente
ocorrem nos casos de uroperitônio, e a hipercalemia pode ser, dentre estas entidades, a de
mais difícil correção. Líquidos sem K+ (p.expl. solução salina com glicose a 5 ou 10%) devem
ser utilizados na restauração do desequilíbrio dos eletrólitos. Deve-se ter cuidado na
administração do leite de égua, que é rico em K+ (12mEq/l), pois os potros mostram-se
incapazes de excretar K+ em excesso ao mamarem ou ao receberem leite de égua.

.
329
Disfagía, com dor abdominal.

.
. Pulso inadequadamente elevado para o grau de dor.
Refluxo gástrico, que é muito líquido, de coloração verde-acastanhada e com odor

..específico.
Som respiratório fanhoso, em decorrência da rinite, e material purulento no focinho.
Alterações comportamentais, p.expl. postura acabanada peculiar dos locomotores (veja a

.Figura 253), o animal apoia-se na parede, mastiga lentamente.


Fezes escassas, revestidas de muco.

330 (a) Septicemia (os microrganismos mais comuns são E. coZi e Actinobacillus).
(b) A obtenção de hemograma completo e a determinação do fibrinogênio e glicose no sangue
podem proporcionar evidência de apoio ao diagnóstico. Hemoculturas positivas seriam o
único procedimento diagnóstico "ante-mortem" definitivo.
(c) Antibioticoterapia de amplo espectro (para bactérias Gram-positivas e Gram-negativas),
fluidoterapia para evitar o colapso circulatório, terapia intravenosa com plasma (20-40ml/
kg), em reforço aos níveis séricos de IgG, medicamentos antiinflamatórios não esteróides,
p.expl. flunixin meglumine, por suas propriedades antiendotóxicas.

331
. Cólica com distensão, i.é uma cólica clínica cuja éausa não é diagnosticada e que pode ser
recuperada com tratamento conservador. A presença de grande feto torna difícil o exame
retal do intestino. As éguas reprodutoras parecem inclinadas a deslocamentos do intestino
grosso. A eliminação de outras possibilidades e a observação cuidadosa, ao longo do

. tempo, fornecerão seu diagnóstico. Tratar similarmente aos casos de cólica espasmódica.
Vôlvulo do cólon. As éguas prenhes têm predisposição para o vôlvulo do cólon. Os sinais de
cólica seriam muito mais graves e pode-se verificar por via retaZ que o cólon maior
horizontal distendido ocupa a porção caudal do abdômen. A intervenção cirúrgica deve ser

. praticada com a maior presteza possível.


Potro prematuro. O exame vaginal e retal determinará esta possibilidade. Extrair o potro

. o mais atraumatismoticamente possível.


A torção uterina é a possibilidade com estes sinais. PaI par cuidadosamente os ligamentos
largos do útero. O ligamento largo estará tenso através do abdômen e um dos ovários
estará afastado da parede abdominal. O outro ovário terá sido tracionado inferiormente,
no seu lado do abdômen. Por via vagínal, nada de anormal pode ser observado, a menos

. que a torção seja de 1800 ou mais. O tratamento se faz por correção cirúrgíca.
A dorsorreflexão uterina é complicação rara, caracterizada por. cólica aguda e por tensão
abdominal. O feto é palpado no interior do canal pélvico e dorsalmente à vagína.
Miorrelaxantes da musculatura lisa são administrado,s até que seja possível a reposição
do feto por via retaZ.

286
332 (a) Manter a posição esternal e fornecer insuflação nasal com oxigênio suplementar,
inicialmente na base de 4-5 litros/mino Os ajustes subsequentes na velocidade de fluxo
tomarão por base repetidas análises dos gases sanguíneos arteriais; manter a POz entre 70 e
90mmHg, se possível. Nesta ocasião, não há necessidade de ve11tilação mecãnica, mas este
procedimento poderá estar indicado, caso o quadro venha a exibir sinais de deterioração
(aumento no esforço respiratório, aumento da Pcoz). I
(b) Pneumonia adquirida via uterina; ossificação incompleta do esqueleto.
(c) Antibioticoterapia de amplo espectro; fornecer colostro por mamadeira ou tubo; cuidados
auxiliares intensivos, inclusive a cuidadosa monitoração da glicemia e temperatura corporal.
Pode haver necessidade de fluidoterapia intravenosa.
(d) Prognóstico a curto prazo bastante bom, desde que possa ser proporcionado o tratamento
respiratório e auxiliar intensivo de alta qualidade, por equipe experiente. O prognóstico a
longo prazo depende do tratamento adequado de sistema musculo-esquelético imaturo e da
prevenção de infecções secundárias ou de complicações. O porte do animal adulto poderá ser
ligeiramente menor que se o potro tivesse nascido a termo, mas o estirão tardio de
crescimento poderá resultar em indivíduo de porte normal.

333 (a) Túnica vaginal e músculo do cremaster.


(b) A túnica vaginal está relacionada ao testículo e, assim que seu conteúdo tenha sido
identificado, o cirurgião saberá onde o testículo está ou se este órgão havia sido removido
previamente.
(c)
. Um testículo com retenção inguinal e seu epidídimo, vaso deferente e vasos sanguíneos

. associados.
Vaso deferente e restos dos vasos sanguíneos, comumente terminando numa

. protuberãncia distal de tecido fibroso - esta descoberta indica que o cavalo foi castrada.
Uma cauda da epidídimo anexa ao vaso deferente e ao corpo do epidídimo - o testículo e

. dentro do abdomen como seria um caso de retenção abdominal incompleta.


O vaso deferente e o corpo do epidídimo terminando numa protuberância distal do tecido
fibroso - o testículo encontra-se no interior do abdômen, pois este é oS caso de retenção
abdominal incompleta, em que foi removida a cauda epididimária, provavelmente na

. crença equivocada que a parte era o testículo pequeno ou deformado;


O ligamento da cauda do epidídimo, que é derivada de parte do gubernáculo do testículo
fetal - o testículo e o epidídimo estão, ambos, no interior do abdômen, pois este é o caso de
retenção abdominal completa.
(d) A fotografia ilustra grande ligamento da cauda do epidídimo no interior de túnica
vaginal; o testículo (que pesava 365g) e o epidídimo foram ambos removi(los através de
laparotomia paramediana.

334 (a) Raiva. Qualquer problema neurológico progressivo que não possa ser completamente
explicado por outra condição deverá levantar suspeitas de raiva. Salivação, paralisia da
faringe e deficiências neurológicas ascendentes progressivas dos membros pélvicos são os
achados mais consistentes e, geralmente, feridas auto-infligidas ocorrem no local ou nas
proximidades do local da injeção original do vírus.
(b) O diagnóstico pode ser confirmado pelo achado, no exame necrocópico, dos característicos
corpúsculos de Negri no hipocampo. Técnicas de anticorpos fluorescentes podem ser
utilizadas nos esfregaços obtidos das células da conjuntiva.
(c) A transmissão da raiva, do cavalo para o homem, não é comum; mas todas as pessoas em
contato devem buscar aconselhamento médico tão logo seja possível. A vacinação dos outros
cavalos é eficaz e o controle do contato entre os cavalos e carnívoros possivelmente
infectados, em particular, poderá ser medida prática.

287
335 (a) Uroperitônio, mais comumente decorrência do rompimento do úraco ou da bexiga.
(b) Análise do líquido peritoneal; determinar a creatinina na amostra e comparar com os
níveis séricos. Também obter leucometria e citologia do líquido, pois a infecção dos restos
umbilicais pode ser fator complicador. Se não há laboratório ao qual recorrer, o novo azul de
metileno injetado na bexiga e recuperado no líquido do peritônio, irá constituir-se no meio de
obtenção de evidência presuntiva de ruptura do trato urinário.
(c) Solução salina a 0,9% com dextrose. Se o CO2 total está baixo, também poderá estar
indicado o tratamento com bicarbonato de sódio.

336 (a) lntubação nasogástrica.


(b) Estes casos frequentemente apresentam-se com distensão gástrica, em decorrência da
obstrução alta. Se esta distensão não for aliviada antes da indução da anestesia, será
provável a ruptura do estômago. Durante a anestesia, esta distensão poderia comprometer
gravemente a função cardiovascular/respiratória, ao causar bloqueio diafragmático e
pressão sobre a veia cava caudal, com subsequente redução do retorno venoso.

Referências

Cunha, T.]. (1991), Horse Feeding and Nutrition, 2nd edn, Academic Press, London
Frape, D. (1986), Equine Nutrition and Feeding, Longman, Harlow.
McCarthy, G. (1987), Pasture Management for Horses and Ponies, Sheridan.
National Research Council (1989), Nutrient Requirements of Horses, 5th edn, Wile)
and Washington National Academy Press. .

288
ÍNDICE REMISSIVO
Os números indicam a numeração das perguntas e respostas.

Abdômen, Ateroma da falsa narina, 284


edema da parte ventral do, 163 Atrioventricular, bloqueio, de segundo
exploração do, 148 grau,6,181
não cicatrização de ferida no, 64 Atrofia óptica, 26
ruptura da parede do, 54 Auto-imunes, afecções, 316
Abscesso, Baço, neoplasia do, 123
do pescoço, 325 Birra/Aerografia, 235, 297
faríngeo rompido, 137 Carcinoma epidermóide, 43, 222
periapical de dente molar e trajeto do lábio vulvar e clitóris, 21
drenante, 193 gástrico, 252
pulmonar, 305 na terceira pálpebra, 257
retrobulbar, 43 no lábio superior, 39
subsolear, 262 Cardíaca congênita, malformação, 122
torácico cranial ou mediastinal, 55 Carpiana, contratura, 48
Acidose respiratória, 173 Carpiano radial, osso, fratura em
Actinobacillus, 265 lasca do, 118, 291
Aerofagia, 297 Carpiano ulnar, osso, lesão cistiforme
Alergia ao alimento, medicamentos ou do,44
insetos, 308 Carpiano, osso. Veja Osso carpiano
Anestesia, Carpo,
circuitos respiratórios e, 301 deformidade vara do, 230
halotano e, 274 ferida grave no, 153
injeção perivascular de agentes Catarata parcial, 157
para, 138 Cateter intravenoso, 72
intubação nasogástrica e, 336 Cauda equina,
recuperação da, 41 neurite da, 61
Anoplocephala perfoliata, 231 síndrome da, 266
Antebraço, < Cálcio na alimentação, 233
ferida por avulsão do, 189 Cálculo visual, 242, 277
lesão de desenluvamento do, 169 Ceco compactado, 51
Anti-helmínticos, resistência aos, 287 Ceratoma, 264, 295
Aorto-ilíaca, trombose, 218 Cemelha fistulosa, 105
Aórtica, insuficiência, 314 Cestódios, 231
Articular degenerativa, moléstia, 146, Ciatostomíase larval, 17, 82
273 Cilha, coceira da, 280
Artrite, Cistiforme óssea, lesão, 264
infecciosa, 185 Cistos,
séptica, 196 congênitos do palato, 279
Asa do ílio, fratura da, 126 do osso subcondral, 179

289
intrapalatais, 79 com claudicação, 210
uveal, 194 crônica idiopática, 114
Coceira doce, 236 induzida por rotavírus, 265
Colágeno, necrose aguda do, 292 Dictyocaulus arnfieldi, 238
Colite, 140 Diestro prolongado, 14
aguda, 5 Divertículo da parótida, 198
Colite/enterite, 312 Divertículo da trompa auditiva (DTA),
aguda, 136 9,198
Condrite, 53 Moléstia do capim, 93, 161,247
Corpo estranho, aguda, 11
adjacente ao osso navicular, 237 crônica, 329
no ligamento plantar, 249 Dorsor-retroflexão uterina, 331
traqueobrônquico, 3 E. coli enteropatogênica, 265
Coxa, ferida na região da, 135 ECG, 104
Cólica, Echinococcus granulosus, cistos de,
distensão e, 331 216
espasmódica, 134 Empiema da bolsa gutural, 178
paciente cirúrgico de, 155 Endocardite bacteriana, 85
Cório-alantóide, 184 Endometrite, 24
Cricofaríngea, aplasia, 125 bactérias causadoras de, 46
Criptorquidismo, 113, 232, 333 ultra-sonografia da, 245
Cristalino, luxação posterior do, 298 Enterite proximal, 7
Culicóides, hipersensibilidade a, 21, Enterite/colite, 136, 312
236 Epiglote, encarceramento da, 234
Dentária, cirurgia, 151 Epistaxe bilateral, 293
Dentes, Equina(o),
abscesso periapical de dente molar, anemia infecciosa (AIE), 268
193 arterite viTal, 217
erupção dos dentes molares, 275 exantema coital, 103
fratura da hemimandíbula, 98 herpesvírus 3, 103
trepanação e repulsão de, 151, 172, hiperlipemia, 127
313 mielencefalite, por protozoário, 66
Dermatite de cóntato, 308 oftalmia periódica, 224
Dermatophilus congolensis, 130 sarcóide, 4, 89
Dermatófitos, infecção por, 280 vírus da rinopneumonite, 61
Derrame pleurà], 78 Escaldadura da chuva, 130
Descascamento anular, lesão em, na Esclerótica ictérica, 255
porção proxim,al do metatarso, 31 Escrotal, tumefação, 15
Desmite do suspensor proximal, 294, Esfregaço para as infecções
324 bacterianas e viTais, 154
Desmotomia patelar medial, 281 Esofagiano,
Diabete, engasgamento,174
insípido, 244 obstrução, 101
melito, 110 Estro,
Diarréia, estimulação do, ovulatório, 259

290
sinais não demonstrando, 229, 302 duração da, 142
Estrona, determinação do sulfato de, falha da, 152
75 gemelar, 288
Estrongilose, 63 hemorragia vaginal e, 190
Estrôngilos,318 lactação na, 190
larvas de, 176, 199 palpação do trato reprodutivo na, 97
ovos de, 112 prevenção após monta indesejada,
Exantema coital, 69 150
Extensor radial do carpa, distensão da testes para a, 317
bainha do tendão do, 106 Glândula lacrimal, adenoma da, 43
Facial, paralisia, 29 Glicogênio, carga de, 166
Falange distal 3", Gonadotrofina coriônica humana
fratura da cartilagemalar da, 303 (hCG), 167
fratura da, sem deslocamento, 76 Gordura alimentar, 100
fraturas da margem solear, 311 Granuloma colagenolítico nodular, 292
Fasciola hepatica, 225 Granuloma eosinofílico, 292
Fenda palatina, 279 Granuloma fúngico, 58
Ferragem, 87 Granulomatosa, afecção, 183
Feto, Granulomatoso, sarcóide, 58
mumificação do, 152 Habronema, infestação por larvas de,
viabilidade do, 75 220
Fibrilação atrial, 52 Halotano, anestesia por, 274
Fibular terceiro, ruptura do, 8 Hemartrose recidivante, 159
Fígado, Hematoma,
biópsia do, por agulha, 45 do etmóide, 223
fascíola hepática, 225 etmoidal progressivo, 16, 47
Flexor digital superficial, lesão ao Hemorragia traumática, causa de, 170
tendão do, 240 Hepatocelular, lesão, 186
Flexura pélvica, compactação da, 168 Hepatócitos, lesão aos, anestesia pelo
Folículos, halotano e, 274
persistentes, 14 Hepática, afecção, 278
pré-ovulatórios, 4p Hérnia inguinalleventração indireta
Fotossensibilização, 77 adquirida, 35
Fumaça, inalação de, 321 Hérnia umbilical, 74
Gastrenterite eosinofílica crônica, 175 Hidáticos, cistos, 115
Gastrenteropatia perdedora de Hiperparatiroidismo ectópico, 123
proteína, 248 Hímen intacto, 83
Gastrintestinais, distúrbios, correção "Injeção de sincronização", 167
cirúrgica dos, 219 Insuficiência renal crônica (IRC), 260
Gástrica, obstrução, 267 Interfalangiana distal, articulação,
Gástrico, timpanismo, 214 deformidade flexural
Gestação, da, 208
concentrações plasmáticas de hiperextensão da, 205
progesterona na, 133 Intestino delgado,
concepção de gêmeos, 129 afecção do, 221

291
malabsorção no, 192 Mielograma do pescoço em flexão, 132
obstrução do, 65, 267 Mitral,
Intestino grosso deslocado, 312 regurgitação,147
Intra-articular, infecção, 195 válvula, ruptura dos cordões
Intussuscepção,312 tendinosos da, 250
Iso-eritrólise do neonato (IN), 211, 299 Moléstia articular degenerativa, 146
Jejuno, da articulação coxofemural
estrangulamento do, 18 esquerda, 273
herniação estrangulada do, 182 moléstia pulmonar obstrutiva crônica
Lama, febre da, 130 (MPOC), 158,310
Laminite crônica, 271 Mosca do berne, 38, 180
Laparotomia,148 Muralha do casco, separação da, 13
Lassidão/distenção dos tendões dos Nasogástrica, intubação, 336
flexores digitais profundos, 205 Nasolacrimal, obstrução do ducto, 228
Lábio, lesão do, 246 Navicular, moléstia do, 27, 28
Lâminas, laceração nas, 285 Navicular, osso. Veja Osso navicular
Letal, potro branco, 243 Necrobiose nodular, 292
Leucemia linfocítica, 92 Nefropatia hipercalcêmica, 128
Linfossarcoma, 252 Nefrosplênico, encarceramento, 32
intestinal, 50 Neonatal,
mediastinal, 55 septicemia, 241
torácico cranial, 49, 55 síndrome do malajustamento, 25
Lipoma, estrangulamento do jejuno Neoplasia linfóide, 92
por, 18 Nervo digital palmar, bloqueios do, 28
Luteólise, 150 Neurofibroma, 71
Mandíbula, fratura da, 200 Neuropatia recorrente da laringe
Mecônio, compactação do, 203 (NRL), 269
Medicamento antÍinflamatório não Nutrição, 296
esteróide (MAINE), intoxicação por, Occipital, fratura por avulsâo do, 86
171 Olécrano, fratura do, 48, 207
Melanoma, 4 Óleo paralítico pós-operatório
da parótida, 251 idiopático, 272
Melanossarcoma, 4 Onchocerca, infestação por, 212
Membro pélvico, corpo estranho no, Ossificação, centro separado de, 141
249 Osso navicular,
Membro torácico, corpo estranho no, 237
claudicação pós-anestésica do, 206 fratura do, 326
lesão ao, 270 mineralização do córtex flexor do, 12
Metacarpiano, osso, fratura condilar Osso carpiano,
incompleta do, 263 fratura em laje do, com
Metacarpofalangiana, articulaçâo, deslocamento, 99
fratura em lasca da, 141 fratura sagital incompleta do, 145
Metatarsiano, invólucro do osso, 315 fraturas em laje incompletas do, 139
Metatarso, corte na pele do, 96 Osso exposto, numa lesão, 111
Microsporose, 254 Osteíte podal secundária, 165

292
Osteocondral, fragmentação, da Pituitária,
falange proximal, 1 adenoma da, 143
Osteófitos, formação de, 23 tumor da, 43
Osteocondrite dissecante, 1, 42, 60, 68 Placenta, 184
Osteocondrose, 2, 141, 195, 281, 320 separação da, 190
dissecante,253 Plexo braquial, neuropatia do, 48
Ovariectomia,201 Pneumonia, 34
OvárioCs), adquirida via útero, 332
palpação dos, 73 Pinça puída, 165
sensível, 40 Pitiose, 144
Oxyuris, infecção por, 21 Pleurite, 204
Oxiuríase, 108 Potro,
Papiloma epidermóide, 222 órfão, 258
Papiloma no lábio superior, 39 prematuro, 331
Papilomatose, 162 Pressão sanguínea arterial,
Paralisia do radial, 48 monitoração da, 104
Parascaris equorum, 318 Progesterona, determinação da, 57
Patela, Proteina, necessidades de, 33
corpo ósseo da, 160 Pseudo-hiperparatiroidismo, 123
luxação da, 323 Psoróptica, sarna, 21
Pálato mole, defeito do, 234 PulmonarCes),
Pálato, cisto congênito no, 279 abscesso, 34, 305
Pálpebra, laceração da, 227 afecção, obstrutiva grave, 177
Paralisia facial, 188 metástases, 307
Palmar, dor, na extremidade distal, Púrpura hemorrágica, 156, 308
286 Quartela, ferimento puntiforme da,
Parovarianos, cistos, 14 164
Pastagem, controle da, 296 Rabdomiólise do esforço, 304
Pele, Radial, paralisia do nervo, 207
corte na, do metatarso, 96 Raiva, 334
enxertos de, 300 Renal,
ferida na, 121 adenocarcinoma, 307
Periostite de sutura, 120 insuficiência,
Peritonite, 20, 91, 312 aguda, 95
Pescoço, tumefação do, em seguida à crônica, 260
injeção intramuscular, 67 Reprodutivo, trato. Veja Trato
Peste equina africana, 261 reprodutivo
Pé/extremidade distal do membro Respiratória, moléstia, contagiosa,
locomotor, 116
contusão da sola do, 262 Retais, laceraçães, 107, 187
dor palmar no, 286 Retina,
ferida de mourão no, 262 degeneração da,
ferida penetrante no, 237 focal, 59
Piolhos, infestação por, 197 pré-papilar, 88

293
descolamento da, 149 Tenossinovite, 327
normal, 124 Teratoma temporal, 90
Ruptura da parede abdominal, 54 Tiróide,
Salmonella, 265 adenoma da, 191
Salmonelose, 282, 309 neoplasia da, 290
Sangue venoso, sistema de coleta de, Tísis bulbar, 319
em recipiente a vácuo, cores das Traqueal, deformidade, 37
rolhas no, 84 Trato intestinal, afecção do, 62
Sarcóide misto no lábio superior, 39 Trato reprodutivo,
Sarcóide oculto, 71 aspectos palpáveis do, 10
Sarcóide, 289 palpação do, da égua prenhe, 97
granulomatosa, 58 varredura do, por ultra-sonografia,
Seio, cirurgia no, 131 213
Septicemia, 330 Trato respiratório superior, infecção
Septo ventricular, defeito do, 117 do, 156
Sesamoidite, 226 Traumatismo grave, 185
Sesamóide proximal medial, fratura Tricúspide, regurgitação, 19
do osso, 81 Trombocitopenia imunemediada
Simpática cervical pré-ganglionar, (TPIM), 256
lesão, 325 Tuberosidade coxal, fratura da, 126
Sinovial, infecção, 22 Tubo nasal, 41
Sinusite dentária, 172 Tumefação fibrosa crônica, 322
Síndrome da imunodeficiência Tumor das células da granulosa, 94
combinada (SIC), 56 do ovário, 14
Sístole ventricular, prematura, 283 Túnica vaginal, 333
Sorgo, intoxicação pelo, 61 Ultra-sonografia,
Sódio alimentar, 233 do ligamento suspensor, 209
Stomoxys, 254 do trato reprodutivo, 213
Streptococcus equi, infecção por, 102 do útero, 276
Strongylus edentatus, 70 endometrite e, 245
Strongylus vulgaris, 70, 176 gestação gemelar e, 288
Subcondral, cisto ósseo, 179 Uroperitônio, 328, 335
Tabanídeos, espécies de, 180 Uterina, torção, 331
Taquicardia ventricular, 239 Útero, ultra-sonografia do, 276
Tarsiano central, colapso do osso, 215 Uveal, cisto, 194
Tarsiano, malformação do, 23 Venérea, moléstia, 69
tarso, ferida no, tecido de granulação Ventriculocordectomia, 269
e,80 Verme pulmonar, 238
Tasneira, intoxicação por, 109, 119, VestibuIorretal, laceração, 83
306 Vias respiratórias superiores,
Tecido de granulação, infecção crônica das, 30
crônico, 58 neoplasia das, 30
ferida do tarso e, 80 Vôlvulo do colôn, 331

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