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Equitação Elementar
Equitação Secundaria
Equitação Superior
Enio Monte
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Índice
I - Nomenclatura
II - Biomecânica do Cavalo
IV - Doma Racional
V – Treinamento a pé
VI – Condução do Cavalo
IX – Programa de Treinamento
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I - NOMENCLATURA
Nomenclatura
• AC = Altura da Cernelha - Distância vertical da cernelha ao solo.
• AB = Altura do tórax ou profundidade do peito - Distância vertical da cernelha ao externo.
• BC = Altura do externo ou vazio subesternal - Distância vertical do externo ao solo.
• DE = Comprimento do corpo - Distância horizontal da ponta da espádua (encontro) à vertical
da ponta da nádega.
• FG = Comprimento do pescoço - Distância do meio da espádua à nuca.
• HI = Comprimento da Garupa - Distância do ílio (anca) à ponta da nádega (ísquio).
Proporções Ideais
O moderno cavalo de hipismo mantendo uma perfeita harmonia de linhas, deve ser selecionado de
modo que as varias regiões de seu corpo, apresentem as seguintes proporções:
• Comprimento do Corpo deve ser maior que a altura - DE = 1.04 X AC
• Profundidade do Peito igual ao Vazio Subesternal - AB = BC
• Comprimento do Pescoço igual à Profundidade do Peito - FG = AB
• Comprimento do dorso e lombo sejam iguais ao comprimento horizontal da Garupa - a1 = a2
• Cavalo eumétrico, peso médio de 550kg.
• Longilíneo, comprimento do corpo maior ou igual à altura.
• Retilíneo, perfil da cabeça de preferência reto ou subconvexo.
Medidas Médias
Altura Cernelha – 1.66m – PT Perímetro Torácico – 190m – PC Perímetro da canela – 21cm – Peso 550kg.
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Nomenclatura do Exterior
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II –Biomecânica do Cavalo
Para os trabalhos de equitação tudo se desenvolve em torno de quatro grandes
articulações que são ativadas por seis grandes grupos musculares.
Todo mecanismo propulsor do cavalo desenvolve sua atividade tendo como base a
tensão da coluna vertebral.
Os seis grandes grupos musculares pelo seu alongamento e contração ativam as quatro
grandes articulações e estas comandam a atividade dos membros dando sustentação e
movimentação do cavalo.
Grupo Musculares
1 - Inversores do pescoço
2 - Elevadores da base do pescoço
3 – Ílio Espinais extensores do lombo e dorso
4 - Flexores do pescoço
5 – Abdominais - Flexores do dorso e lombo
6 – Psoas - Flexores dos Posteriores.
Articulações
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1. Inversores do pescoço
Correm de cada lado da crineira, tendo uma das extremidades nas primeiras vértebras
cervicais – Atlas e Axís e a outra nas primeiras vértebras torácicas. Opõe-se a elevação da base
do pescoço e ao engajamento, por isso devem ser trabalhados no sentido de serem alongados
com a descida do pescoço com a fronte da cabeça inclinada para frente e nas encurvações
laterais.
São responsáveis pela maior parte das resistências dos cavalos.
4. Flexores do pescoço
Correm de cada lado da “jugular”, saindo das primeiras vértebras cervicais, inserindo-se
na cabeça do úmero.
Pela sua contração provocam a flexão do pescoço e cabeça, facilitando o alongamento e
abaixar o pescoço e a elevação do ante-braço. São fortalecidos com o trote reunido e saltos de
obstáculos ao trote.
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O alongamento da linha de cima, isto é a extensão que se pretende desses músculos
pode ser obtida por vários exercícios, porém, deve-se ter o cuidado de executá-los sempre
mantendo o cavalo engajado, caso contrario teremos um cavalo “esticado” caído sobre os
anteriores que é tão indesejável como o cavalo invertido.
Todos os músculos de pescoço, principalmente os inversores e que acabam por
influenciar toda a coluna vertebral que são congêneres com os ílio-espinais, são comandados
pela articulação da nuca.
O trabalho na guia com rédeas “Chambon” e o trote em liberdade sobre cavaletes são
excelentes para fortalecer a linha de cima e também para fortalecer os músculos abdominais,
psoas e flexores do pescoço e elevadores da base do pescoço.
Sendo o engajamento e a distensão dos posteriores condições necessárias para todas as
modalidades de esportes eqüestres é fundamental desenvolver uma serie de exercícios para dar
condições físicas para o cavalo desempenhar com êxito suas funções.
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III - Posição do Cavaleiro na Sela
Equilíbrio do Cavalo
Centro de Gravidade do Cavalo
Cavalo em Movimento
O centro de gravidade do cavalo em movimento desloca-se para frente, para trás e lateralmente.
Equilíbrio Horizontal
Equilíbrio Vertical
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Cavalo Montado
Para executar os mais variados exercícios com perfeição, segurança e menor desgaste
físico, o cavaleiro deve utilizar todas as suas ajudas de rédeas, inclinação do corpo, posição do
assento e fixação de suas pernas com flexionamento do joelho e tornozelos, de modo a seguir os
deslocamentos do centro de gravidade do cavalo.
Por natureza todos os potros, desde as primeiras semanas de vida, galopam
perfeitamente em equilíbrio no campo. No entanto, após serem montados têm grande
dificuldade de início para manter o equilíbrio, devido ao peso adicional do cavaleiro mudar o
centro de gravidade do conjunto. Por isso, é muito importante a posição do cavaleiro na sela.
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É a posição ideal para os esportes hípicos no plano, permitindo ao cavaleiro adaptar-se
às reações do cavalo, mantendo perfeito equilíbrio com os movimentos do mesmo. O cavaleiro
senta-se comodamente bem à frente da sela, apoiando-se com o períneo e os ísquios, estando os
ossos ilíacos na vertical.
A parte superior do corpo deve ficar reta, de modo que uma vertical imaginária passe
pelas orelhas, ombros, assento na sela e calcanhar do cavaleiro.
A posição clássica é ideal para o cavalo parado, ao passo, ao trote curto sentado ao
galope curto e médio, ideal, portanto, para a equitação elementar e secundária.
No trote elevado, mantendo a mesma posição clássica, o cavaleiro precisa utilizar
apenas o jogo da cintura, “rotação do ilíaco” dos joelhos e dos calcanhares como amortecedores;
o assento afasta-se e volta à sela suavemente, tal como uma agulha de uma máquina de costura.
Dessa posição clássica, própria para o adestramento e passeios, o cavaleiro pode passar
facilmente para a posição de “assento leve”, inclinando o corpo levemente para frente ou para a
posição desportiva de “assento livre” própria para salto, bem como à posição de adestramento
superior de “assento profundo” com o corpo levemente inclinado para trás.
Corpo Inclinado
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Posição Desportiva – Suspensão flexível
O assento fica próximo, mas nunca apoiado na sela. Os estribos são ajustados no
mínimo dois furos acima da posição normal para dar mais sensação de firmeza.
Os pés são posicionados ligeiramente inclinados para fora, com os calcanhares mais
baixos do que a ponta dos pés, que ficam levemente afastadas, formando um ângulo de
aproximadamente 30 graus com o corpo do cavalo. Dessa forma o apoio é elástico, funcionando
como amortecedor. Esse posicionamento permite que a face interna da barriga da perna tenha
uma grande aderência com o ventre do cavalo. Os pés, colocados ligeiramente atrás da cilha,
dão impulsão e mantêm um perfeito equilíbrio do cavaleiro. O cavaleiro deve manter o corpo
inclinado para frente, de modo que seus ombros não fiquem muito adiante da vertical que passa
pelos joelhos, a fim de não perder o equilíbrio.
O cavaleiro deve manter a cabeça alta, olhando para frente e endireitando as costas, com
o peito saliente e a cintura para frente, a fim de manter as costas flexíveis levemente côncavas.
As mãos devem estar fora do pescoço do cavalo, preparadas a todo momento para
seguir o movimento da cabeça do cavalo, sem prejudicar sua boca.
As rédeas são tomadas mais curtas, de acordo com a inclinação da parte superior do
corpo. Os cotovelos devem ser mantidos junto ao corpo e o antebraço deve estar em uma linha
reta que une o cotovelo com as rédeas e chega até a boca do cavalo. Os ombros, cotovelos e
mãos devem estar flexíveis, para assegurar um contato sensível e uniforme com a boca do
cavalo.
Para o cavaleiro manter um equilíbrio perfeito na posição desportiva deve manter as
pernas fixas do joelho para baixo, mudando apenas a inclinação do corpo, a fim de fazer
coincidir a vertical do seu centro de gravidade com o centro de gravidade do cavalo.
È a posição ideal para os cavaleiros de salto, com os joelhos baixos imóveis junto á sela
atuando como amortecedores das ações da parte superior do corpo do cavaleiro. As barrigas das
pernas imóveis fixadas firmemente ao ventre do cavalo com o calcanhar mais baixo que a ponta
do pé. Se o calcanhar estiver mais alto, os músculos dorsais do cavaleiro se contraem, tornando
os ombros mais rígidos, endurecendo as mãos e acionando fortemente a boca do cavalo.
Nesta posição o cavaleiro fica praticamente de pé sobre os estribos, inclusive quando se
recebe após um salto ou descendo fortes declives. Isso somente é possível se o cavaleiro se
apóia firmemente nos joelhos e nos estribos, mantendo firme fixação das barrigas das pernas.
Nesta posição o cavaleiro senta-se mais atrás na sela, girando o osso ilíaco para trás e ao
mesmo tempo impulsiona o assento para frente, sentando no fundo da sela. Esse movimento do
assento, somado à ação das pernas de trás para frente, aumenta a impulsão do cavalo para a mão
do cavaleiro.
Os estribos devem ser ajustados mais compridos que da posição normal e o pé deve
ficar paralelo ao corpo do cavalo e não ligeiramente aberto. A parte superior do corpo
permanece na vertical, tal como na posição normal, mantendo as costas flexíveis, braços caídos
naturalmente, cotovelos junto ao corpo, antebraços flexíveis na direção das rédeas, para
acompanhar os movimentos da cabeça e do pescoço do cavalo. É a posição ideal para a
equitação superior de Alta Escola.
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IV - Doma Racional
Principio da Doma
“Confiança – Contenção – Caricia - Flexionamento”
• O domador no centro do redondel de frente para o potro fixa seu “olhar nos olhos do
potro” incentivando-o a galopar com auxilio da voz, levantando a mão, girando e atirando a guia
em direção a garupa, e, fitando-o continuamente nos olhos.
• O potro após varias voltas a galope, vira a orelha interna para o domador, depois
começa a mastigar, tirar a língua de fora e abaixar o pescoço.
• Nessa ocasião o domador abaixa a mão, leva seu olhar para o pescoço, dorso e garupa e
com voz suave incentiva-o para o trote, passo e alto.
• O potro abaixa o pescoço com o focinho quase no solo e para.
• O domador dá as costas para o potro, permitindo que venha cheirá-lo, aí virando-se sem
olhar nos seus olhos, o acaricia na fronte, incentivando-o a segui-lo em pequenos círculos.
• O potro aceita, portanto o domador como “amigo e superior”.
a) Cabresto tipo “Hackmore” O “hackmore é um arco feito com corda de náilon dura ou de
couro. Tem como finalidade “pela compressão do chanfro” facilitar o direcionamento do animal
exigido pelo domador por meio de duas argolas laterais, devendo ser ajustado na altura do
chanfro do animal.
b) Maneador - O maneador é uma corda de nylon macia, medindo aproximadamente, dois
metros e meio (2,5) de comprimento que tem por finalidade conter os membros anteriores (patas
dianteiras) do animal.
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I.3. Flexionamento
Tem por objetivo iniciar os trabalhos para realinhar a coluna vertebral dos potros.
Tempo de trabalho: 10 min. Para cada lado, esquerdo e direito, num período médio de dez dias.
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I.4 - Trabalho na guia:
Este trabalho deve ser feito alternadamente com o flexionamento. O potro deve
movimentar-se em círculos em torno do domador, com a guia presa na argola lateral do cabresto
de doma.
• O domador com comando de voz suave e sons repetitivos incentiva o potro iniciar o
passo, mantendo seu olhar no olho do cavalo e na direção do movimento.
• Depois com voz mais forte inicia o trote e finalmente o galope. Inversamente para parar,
com voz mais suave passa do galope para o trote e finalmente ao passo até parar.
• Finalmente o domador posicionado na frente do potro, pressionando o cabresto, sobre o
chanfro, ensina o cavalo recuar.
Tempo de Trabalho: 10 min. Para cada mão, direita e esquerda, num período de dez dias.
I.5 - Condução:
O domador deve conduzir o potro a seu lado, ao passo, condicionando-o sempre com o
comando de voz .
• Nas paradas o domador deverá posicionar o potro sempre alinhado.
• Nas mudanças de direção o domador primeiramente sinaliza a direção a seguir
deslocando a cabeça do potro pelo cabresto, e depois escorando a espádua com a mão, desloca o
ante-mão de modo que um anterior cruze na frente do outro. O potro se apóia nos posteriores
para facilitar a volta.
I.7. Charreteamento
• O potro é conduzido ao passo, aprende a fazer alto, e depois ao trote, sempre com as
rédeas longas ligadas ao cabresto de doma e “não ao bridão”, passando pelas argolas mais
baixas do selote.
• É importante deixar o pescoço do potro livre, com o focinho dirigido para frente, pois a
fronte do potro nunca deve ficar na vertical ou atrás da mesma, isto é, ficar “encapotado”.
INCORRETO
Nunca conduzir o cavalo com rédeas fixas ou alemãs, pois o cavalo fica com a cabeça na
vertical ou encapotado, o lombo afunda e os posteriores não engajam.
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Deve-se charretear dando máxima liberdade á cabeça e pescoço.
O cavalo deve alongar e abaixar o pescoço, com a cabeça inclinada para frente, nunca
atrás da vertical “encapotada”.
Antes de montar, o domador deve subir num “caixote” colocado ao lado do potro, para
que ele se acostume primeiramente com o domador no alto, depois com o peso do mesmo no
estribo e finalmente no dorso. É importante que o potro fique “imóvel” seguro por um auxiliar,
ou se necessário, manietado nos anteriores.
I.8 Montar
• O potro habituado ao peso dos equipamentos e do domador já pode ser montado, com as
rédeas fixadas no cabresto de doma, sendo conduzido pelo auxiliar ao passo e depois ao trote,
utilizando somente as rédeas diretas, rédeas de abertura, contraria ou de apoio.
• Terminado o trabalho o domador deve montar e desmontar várias vezes pelos dois
lados, pegar nos anteriores e posteriores, acariciando-o em todo o corpo e sempre falando em
tom suave.
• Posteriormente deve-se repetir o trabalho colocando-se além do cabresto de doma com
rédeas, a cabeçada com bridão, para o potro ir se acostumando com o bridão na boca.
• Finalmente repetir os mesmos exercícios com as rédeas fixadas diretamente no bridão.
Trabalho no exterior
Para finalizar a doma o treinador montado em um cavalo guia deve conduzir o potro
desmontado preso a uma rédea de comando.
A rédea de comando deve ser presa ao cabresto de doma do potro, porém nunca presa
diretamente na argola do bridão.
Inicialmente o potro deve ser conduzido na pista ou picadeiro e depois no exterior,
unicamente ao passo, e se possível acompanhando outros cavalos.
Assim o potro aprende a comportar-se com tranquilidade conhecendo novos lugares e
tráfegos, ativando seu instinto de manada. Finalmente a condução com rédea de comando deve
ser feita também com o potro montado.
Depois de montado no redondel, com rédeas fixadas no bridão, o potro deve seguir um
cavalo guia trabalhando no picadeiro de adestramento. Deve percorrer todo o picadeiro, fazendo
os cantos bem fechados, (raio mais ou menos 4 metros) cortar o picadeiro na diagonal para
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mudar de mão, e fazer círculos de 20 metros, primeiramente ao passo, depois ao trote elevado e
finalmente ao galope curto.
Todo o trabalho deve terminar sempre deixando o potro ao passo com rédeas soltas,
conduzindo-o assim até o box.
Posteriormente repetir o exercício no exterior primeiramente ao passo, depois ao trote
elevado e finalmente ao galope deixando o cavalo usar livremente a báscula do pescoço.
Importante
V – Treinamento a Pé
Ajuda das rédeas
Tem a finalidade de fazer a “boca do potro”, isto é fazer que o potro compreenda como
reagir a ação das rédeas e aceitar o bridão.
Inicialmente se pratica com o cavaleiro a pé e somente depois do potro aceitar bem tais
ajudas faz-se com o cavaleiro montado.
O cavalo aprende a encurvar a cabeça e o pescoço em direções alternadas para a direita
e para a esquerda, a descontrair o maxilar inferior e a apoiar-se no bridão.
Exercício 01
• A pé
• Montado
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Flexão lateral do bridão Flexão lateral do bridão
Rédeas de abertura à esquerda – à direita
Exercícios 02
• A pé
Segurando a rédea direita, flexionar a cabeça e o pescoço do potro, gradativamente, até
que o focinho encoste no costado.
Repetir o exercício de ambos os lados.
• Este exercício é muito importante, pois além de flexibilizar o ante-mão do potro,
serve como recurso para evitar que o potro quando montado, queira empinar, corcovear
ou negar-se ao trabalho. O cavaleiro puxando uma das rédeas, flexiona o pescoço
deixando o focinho do potro encostar em sua bota, dominando-o totalmente sem
castigá-lo com o chicote ou esporas.
Flexão Direta
Longitudinal
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*** Elevação do pescoço – Flexionamento da Nuca
Cavalo na mão
* O cavalo estando com o pescoço elevado “flexionamento da nuca” o treinador para flexionar a
esquerda com sua mão direita aciona a rédea para cima em direção à cernelha, e , com a mão
esquerda aciona a rédea para frente e para baixo.
* O cavalo desloca a cabeça para esquerda flexionando levemente o pescoço.
* As flexões devem ser feitas dos dois lados.
*** Primeira ajuda de rédeas “soltas” sem contato com a mão do cavaleiro
Exercícios 03
A pé
• O cavaleiro na altura da cernelha com o braço direito ao redor do pescoço com a mão
direita segura a rédea direita e com a mão esquerda segura a rédea esquerda efetuando
movimentos laterais de modo que o bridão deslize suavemente na boca do potro, mantendo com
ambas as mãos o mesmo contato com a boca do potro, isso é muito importante assim como
nunca puxar as mãos para trás.
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• Após efetuar o movimento lateral algumas vezes, sentiremos uma pequena flexão da
mandíbula inferior do potro. Imediatamente o cavaleiro deve soltar as rédeas, esta liberdade
repentina fará o potro abaixar a cabeça com o focinho para frente e esticar o pescoço para baixo
e para a frente, ao mesmo tempo que arredondará o dorso.
Montado
*** Segunda ajuda de rédeas contato suave e elástico com a mão do cavaleiro
Exercício 04
A pé
• Repetir o exercício anterior, porem o cavaleiro não solta as rédeas quando o potro
abaixar o pescoço, mas sim, mantendo um contato suave das rédeas com o bridão, alternando
esse contato com rédea direita e com rédea esquerda.
O potro com confiança na mão do cavaleiro esticará o pescoço e abaixará a cabeça, como se
estivesse com as rédeas soltas, mantendo sempre um suave contato com a mão do cavaleiro.
Montado
Isso é muito importante para o cavalo de salto, ao saltar o cavaleiro deve manter
continuamente a mesma tensão das rédeas com o bridão, análoga a segunda ajuda de rédeas.
Nunca soltar ou puxar as rédeas para trás, pois isso prejudicaria o equilíbrio do cavalo
no salto.
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***Terceira ajuda de rédeas - Cavalo colocado “na mão”
Exercício 05
Resultado: O cavalo adiantará seus posteriores, mais próximos ao centro de gravidade elevará
seu pescoço e mastigará a embocadura. O peso do cavaleiro será distribuído igualmente sobre os
quatro membros.
Encurvação Lateral
Exercício 01
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· O domador segura as duas rédeas do cabresto com a mão esquerda.
· Toca o curvilhão esquerdo com o chicote de adestramento.
· O potro levanta o posterior esquerdo colocando-o em frente ao posterior direito embaixo do
corpo.
· Desloca seu corpo levemente para frente e para o lado.
Esse exercício deve ser feito inicialmente duas vezes em cada mão para flexibilizar ambos
lados do potro.
Depois de ter aprendido bem o exercício e movimentar os posteriores com facilidade, pode-
se começar a usar o chicote desde os curvilhões, subindo sua atuação gradualmente ao longo da
perna e corpo do cavalo até chegar junto à cilha, onde o cavaleiro aplicará futuramente as ajudas
laterais da perna.
O potro desenvolverá a musculatura necessária e movimentará facilmente seus quartos
trazeiros lateralmente ao ser montado, colocando os posteriores debaixo do corpo
(engajamento).
Exercício 02
Esse exercício deve ser realizado nas duas mãos e, inicialmente não se deve dar mais do
que seis passos pois cansa muito o potro. Flexibiliza lateralmente o potro melhorando seu
equilíbrio, que será de grande importância nas provas de salto.
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Recuar
Exercício 03
Obs.: A maioria dos potros iniciam o recuar com pescoço baixo, levantando-o posteriormente.
Quando o potro já estiver acostumado a recuar, tocar com o chicote na garupa, para que
ele coloque os posteriores debaixo do corpo.
“Recuar”incorreto.
Jamais recuar forçando as rédeas para trás, pois o pescoço se inverte, o lombo afunda e os pés se
arrastam.
Após o treinamento inicial de doma racional, trabalhos na guia, rédeas “Chambon”, trabalhos
em liberdade, saltos em liberdade e trabalhos a pé, o cavalo estará bem musculado, flexibilizado
e com confiança em si mesmo, apto portanto para iniciar os exercícios de equitação elementar.
VI - CONDUÇÃO DO CAVALO
Passo, trote, galope e recuar
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Rédeas diretas Rédea direta de abertura Rédea contraria “apoio”
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Cavalo colocado – linha pontilhada
posteriores avançam para o centro de
gravidade do cavalo A< B. Cavalo colocado partindo ao passo
Rédeas Diretas
Ações do Cavaleiro
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Rédea Direita de Abertura
Ações do Cavaleiro
§ A mão direita desloca-se para a direita e para frente, com o
braço estendido e a palma da mão voltada para cima;
§ A mão esquerda é reguladora, inicialmente cede, depois
regula;
§ As pernas são aplicadas na posição normal e agem por
pressão e batidas limitando-se a gerar e manter a impulsão;
§ O assento é levado ligeiramente para a direita.
Resultado: A rédea direita de abertura, leva o peso do pescoço para a espádua direita sem
fazer oposição às ancas, que seguem a direção tomada pelas primeiras. O cavalo
vira à direita, avançando, os posteriores seguem as marcas dos anteriores.
A CURVATURA DO CAVALO
Curvatura em diferentes adaduras
± 4.00m
± 4.00m
No canto do picadeiro a volta ao passo deve ser feita em um quarto de circulo com raio de 4 metros.
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Rédea Contrária ou de Apoio
Militar ou de Pólo
Ações do Cavaleiro
§ A mão esquerda age para a direita e para frente da cernelha
sobre o pescoço do cavalo, com a palma da mão voltada para
cima;
§ A mão direita é reguladora;
§ As pernas agem igualmente na posição normal por pressão e
batidas, gerando a impulsão;
§ O assento é levado para a direita.
Efeitos sobre o cavalo
§ A cabeça vira para esquerda e a nuca levemente para a
direita;
§ A face vira para esquerda, para trás e para baixo;
§ O pescoço encurva levemente para a esquerda;
§ A espádua direita fica levemente sobrecarregada;
§ A garupa não sofre nenhum efeito.
Resultado: A rédea esquerda contraria faz inclinar a nuca para a direita, e põe o peso do
pescoço sobre a espádua direita, sem fazer oposição as ancas. O cavalo vira à
direita avançando, os posteriores seguem a marca dos anteriores.
Mudanças de direção
Para mudar de direção por meio da rédea “direta” de abertura, o cavaleiro atua
deslocando a mão para diante e para o lado desejado, cerrando os dedos com a palma da mão
para cima e mantendo o movimento para diante por meio da ação das pernas.
Para evitar que o cotovelo se afaste do corpo e permitir que o cavaleiro exerça uma ação
de tração de diante para trás, é conveniente acentuar a posição da mão com as unhas para cima,
durante as ações da rédea de abertura.
As ações devem ser descontínuas para que não se manifestem resistências por parte do
cavalo.
Se à indicação da rédea de abertura o cavalo não vira para o lado desejado, não é
aumentando a ação da mão que ele irá obedecer, mas sim aumentando a ação impulsiva das
pernas.
Se o cavalo encurva demasiadamente o pescoço sem deslocar o ante-mão, a rédea
oposta reguladora é que deverá resistir para impedir o excesso de encurvação, se bem que de
início ceda o suficiente para originar a mudança de direção.
Para mudança de direção para a esquerda, por exemplo, por meio da rédea “contraria”, o
cavaleiro desloca a mão direita para a esquerda, de trás para diante na frente da cernelha por
ações descontinuas, depois de ter colocado o focinho do cavalo na direita, atuando com as
pernas para manter o movimento para diante o cavalo vira para a esquerda.
Sendo o seu emprego mais difícil do que o da rédea de abertura é conveniente, de inicio,
aproveitar os cantos do picadeiro para melhor aprender a maneira de a aplicar.
A rédea da mão esquerda “reguladora” é que deverá resistir para evitar o excesso de
encurvação do pescoço do cavalo, ou ceder para acompanhar o movimento do pescoço.
Essa rédea também se chama de apoio, porque atua na direção oposta do movimento do
cavalo, apoiando-se sobre o seu pescoço, sem jamais cruza-lo.
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Embora muito usada para aqueles que têm necessidade de montar com uma das mãos
livres, como os militares, jogadores de pólo ou vaqueiros, essa rédea provoca certas resistências
por parte do cavalo e interfere negativamente na sua impulsão, devendo então o cavaleiro usar a
ação das pernas para aplicá-la.
De acordo como a mão atua, resiste e cede assim o cavaleiro é considerado de “mão
dura” ou de “boa mão”. Como o cavalo se serve do pescoço como balanceiro, é necessário dar-
lhe liberdade suficiente para utilizá-lo, acompanhando os movimentos basculantes do cavalo
com as mãos, flexionamento dos cotovelos e abertura dos dedos. Mantendo com a boca do
cavalo uma sustentação elástica, flexível e constante, “jamais puxando as rédeas para trás”,
pois elas estão em contato com a língua comissura dos lábios e gengivas “barras” do cavalo
causando-lhe dor e resistências futuras.
Puxando as rédeas para trás, pelo principio de ação e reação o
cavalo puxará em sentido inverso, para frente, às vezes
fugindo ao controle do cavaleiro e disparando.
A força do cavaleiro jamais vence a do cavalo. Através do
correto uso das ajudas obtêm-se uma boa qualidade de
resposta do animal.
Quando se fecham os dedos e se elevam as mãos o cavalo
deve diminuir a andadura sem elevar a cabeça. Se essa ação de
mão se intensificar o cavalo deverá parar.
Para evitar de encurtar as rédeas, levantar as mãos efetuando uma rotação para frente ou apoiar uma
mão sobre o pescoço do cavalo e levantar a outra.
Finalmente com um simples fechar dos dedos o cavalo para.
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*** Mão do cavaleiro na horizontal da boca do cavalo
Conclusão: “Para uma perfeita condução a mão do cavaleiro deverá estar sempre, levemente
mais alta que a horizontal da boca do cavalo”.
Na condução o contato da mão do cavaleiro com a boca do cavalo deve ser: franco, permanente,
suave e elástico.
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Exercícios Corretivos
Resumo:
2 – Cavalos Excitados
Trabalhar só, ou na frente de outro cavalo.
7 – Cavalos com a cabeça muito baixa e que se apóiam no bridão, geralmente são cavalos,
muito grandes e desequilibrados. Condução em zig-zague e retas trabalham na guia com rédea
“Chambon” e rédeas “Neco”.
Trabalhar a pé, principalmente de passos atrás (recuar), flexibilizando o lombo e distribuindo o
peso as quatro patas.
10 - Empinar
È um vício muito desagradável, podendo ser devido a um mau treinamento, a cavalos
nervosos superalimentados ou pouco trabalhados. Um cavalo “atrás da mão” pode
facilmente adquirir esse vicio porque não responde á ação das pernas o cavaleiro.
Os cavalos que adquirem esse vício, não têm nenhum respeito aos cavaleiros,
aprendendo a defender-se do trabalho e a resistir às ajudas. Por isso deve ser corrigido
de imediato, e quando o cavalo empinar o cavaleiro nunca deve puxar pelas rédeas e
jogar o corpo para trás, pois assim poderá desequilibrá-lo, caindo para trás, sobre o
cavaleiro. O cavaleiro deve inclinar-se para frente, agarrando com uma mão o pescoço
do cavalo, e com a outra mão puxar a rédea lateralmente com violência, procurando
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dobrar o pescoço do cavalo de lado e para baixo. Isto desequilibrará o cavalo
instantaneamente porque desloca seu centro de gravidade para um lado, e como
conseqüência ele abaixará suas mãos, sua cabeça e o pescoço lateralmente. O cavaleiro
deve nesse momento impor sua autoridade imediatamente após o cavalo apoiar suas
mãos no chão, mantendo a cabeça e pescoço dobrados lateralmente, encostando o
focinho junto à sua bota, realizar rotações violentamente em torno da sua perna, até
dominar totalmente o cavalo, em continuação impulsioná-lo com firmeza em linha reta
para frente.
11 – Tropeções
Ocorrem principalmente com cavalos novos, no inicio do treinamento, por receber o
peso adicional do cavaleiro, mudando assim o seu equilíbrio natural. Os tropeções
podem ocorrer também por falhas no ferrageamento, com cascos muito compridos,
articulações da quartela muito retas, debilidade física, trabalho em excesso ou
nervosismo ao ser montado por cavaleiro tenso e impetuoso.
Para corrigir esse defeito o principal objetivo do cavaleiro é transferir o excesso de peso
das “mãos” para os “pés”, trabalhando o cavalo na guia com “Chambon”, trabalhos a
pé, especialmente o “recuar” e saltar em liberdade no corredor de saltos.
Esses exercícios de flexibilização são valiosos no desenvolvimento da elasticidade do
dorso e lombo, musculando e fortalecendo as articulações dos posteriores.
1. PASSO
30
Apoio com
Apoio com Apoio posterior
Impulsão com posterior
posterior e esquerdo anterior
posterior direito esquerdo e
anterior direito direito
anterior esquerdo
Passo de Trabalho
Passo Alongado
O cavalo amplia ao máximo suas passadas, alonga e
abaixa um pouco seu pescoço, ficando com as narinas
abaixo da linha horizontal das ancas. Os posteriores
ultrapassam bem a marca dos anteriores. Não se deve
praticar este passo por muito tempo, pois obriga o cavalo a
deslocar seu centro de gravidade para frente, inclinando
seu corpo para frente e pesando sobre as mãos.
31
Passo Reunido
O cavalo engaja os posteriores, levanta e arredonda o
pescoço, ficando com as narinas acima da linha das ancas.
O passo tem mais cadência, cobrindo menos terreno, pois
os posteriores não atingem a marca dos anteriores. É o
passo no qual o cavalo fica mais na mão do cavaleiro. Sua
velocidade é inferior à do passo de trabalho. Deve ser
executado apenas em curtas reprises em cavalos com
treinamento adiantado.
Passo Livre
É o passo de repouso realizado com rédeas soltas, pois
assim o cavalo alonga e abaixa o pescoço à vontade,
facilitando o seu movimento.
É o passo ideal para finalizar os trabalhos, propiciando um
relaxamento físico e mental para os cavalos retornarem aos
boxes.
2. TROTE
O trote é uma andadura a dois tempos, com movimento alternado das diagonais (pé e
mão oposta), separadas por um tempo de suspensão. No trote a espádua e a garupa se elevam
(ou abaixam) ao mesmo tempo e o pescoço permanece praticamente fixo. Os posteriores devem
seguir a mesma pista dos anteriores, mantendo perfeito paralelismo.
Diagonal
Suspensão Diagonal direita Suspensão
esquerda
32
Há três tipos de trote:
Trote de Trabalho
O cavalo alonga o pescoço, mantendo suave contato com
a mão do cavaleiro. O chanfro fica inclinado para frente,
adiante da vertical, e as narinas na altura horizontal das
ancas. As passadas são de comprimento, altura e tempo de
suspensão médios. O cavalo movimenta-se para frente
enérgicamente, com passadas uniformes e equilibradas.
No trote de trabalho os cavalos atingem
aproximadamente 200 m/min ou 12 km/h.
È a andadura que se utiliza para o trabalho diario.
Trote Alongado
Trote Reunido
33
Posição do assento no trote
· Manter o corpo na vertical, cabeça levantada, olhar para frente, peito saliente,
espáduas para trás, braços caídos naturalmente, cotovelos junto ao corpo, antebraços na
mesma direção das rédeas, mantendo um contato elástico com a boca do cavalo.
· Manter perfeita aderência da barriga das pernas, pressionando o ventre do cavalo da frente
para trás e de baixo para cima, facilitando o assento deslizar sobre a sela.
· Flexionar os ângulos articulares do joelho e tornozelos, mantendo os calcanhares para
baixo, junto a cilha ponta dos pés para cima e ligeiramente afastadas do corpo do cavalo e
inclinadas para fora, agindo como amortecedores básicos do movimento.
· Manter o osso ilíaco do quadril na vertical que passa pelas orelhas, ombros e calcanhares
“linha de equilíbrio”.
34
Esta posição, atuando com o assento atrás, na parte mais débil do dorso “lombo” só deve ser
adotada em cavalos treinados, bem musculados, e depois de bem aquecidos. Nunca em cavalos
novos.
III - Posição de assento leve
Esta é a posição básica e a mais usada para os exercícios de salto, para doma de cavalos
novos ou para montar cavalos sensíveis de lombo, os quais geralmente corcoveiam ao serem
montados. Nesta posição de assento o cavaleiro senta-se mais à frente da sela, com o corpo
levemente inclinado para frente, apoiando-se suavemente mais na frente da sela com o ilíaco,
que permanece levemente inclinado para frente. Seu peso fica distribuído basicamente em suas
coxas, joelhos, pernas e tornozelos até os calcanhares, estes agindo como amortecedores. Os
ísquios do seu assento mantêm somente um leve contato com a sela.
Este tipo de posição é apropriada para a maior parte dos exercícios de salto. Deve ser
feita com os estribos dois furos mais curtos do que na posição clássica, de forma a permitir que
o cavaleiro passe instantaneamente para a posição de assento total “clássica” ou para a posição
de assento livre “desportiva” conforme a necessidade.
Trote Elevado
Para reduzir ao mínimo as reações sofridas pelo cavalo na posição clássica, o cavaleiro
utiliza o trote elevado em “suspensão flexível” no qual o assento se apoia suavemente na sela a
cada duas passadas.
O início deste trote pode realizar-se de duas maneiras:
No picadeiro o trote elevado deve ser feito na diagonal externa, ou seja, o cavaleiro
deve voltar à sela quando se apoiam a mão externa e o pé interno.
Se o trote é feito à mão esquerda do picadeiro, o cavaleiro deve voltar à sela quando se
apoiam no solo a mão direita e o pé esquerdo do cavalo.
Se o trote é feito à mão direita do picadeiro o cavaleiro volta à sela quando se apoiam no
solo a mão esquerda e o pé direito do cavalo.
Na pista o cavaleiro deve mudar de diagonal cada vez que muda de direção.
Nos passeios deve-se mudar de diagonal pelo menos a cada quilômetro, para aliviar o
cavalo.
Para mudar de diagonal o cavaleiro tem duas opções:
· Permanece sentado na sela mais uma passada, iniciando o trote elevado na outra
diagonal.
· Permanece de pé sobre os estribos mais uma passada, iniciando o trote elevado
na outra diagonal.
O cavaleiro, voltando à sela numa diagonal, eleva-se naturalmente, acompanhando a
elevação do dorso na distensão da diagonal oposta, mantendo o assento “um pouco acima da
sela” e, após um tempo de suspensão, voltando suavemente à sela na outra diagonal. O
cavaleiro, elevando o corpo, força os calcanhares para baixo e para trás, permanecendo assim
sobre a linha de equilíbrio e os joelhos flexíveis, em contato com a sela, mas sem apertar,
funcionam como amortecedores. O apoio da barriga das pernas sobre o ventre do cavalo da
frente para trás, levam o assento para frente e permitem ao cavaleiro manter o equilíbrio.
35
O trote elevado assim realizado, o cavaleiro deslizando em suspensão flexível sobre a
linha de equilíbrio, com os calcanhares e joelhos trabalhando como amortecedores é um trote
menos cansativo para o cavalo, aliviando o lombo e os curvilhões do animal.
36
O cavalo pode efetuar o galope à direita ou à esquerda:
Galope à direita
Quando o anterior e posterior direito tocam o solo respectivamente na frente do anterior
e posterior esquerdo.
Galope à esquerda
Quando o anterior e posterior esquerdo tocam o solo respectivamente na frente do
anterior e posterior direito.
Galope à direita
Galope certo
Quando trabalhando na mão direita do picadeiro, o cavalo galopa à direita.
Quando trabalhando na mão esquerda do picadeiro, o cavalo galopa a esquerda.
Mão Direita
Mão Esquerda
Galope Desunido
Quando o cavalo galopa à direita com os anteriores e à esquerda com os posteriores, ou
inversamente.
37
Galope Desunido
· Acelerar o trote;
· Atuar com a rédea direita de abertura, para que o cavalo coloque a cabeça
ligeiramente á direita;
· Deslocar seu peso mais para o lado direito da sela, liberando a espádua esquerda
do cavalo;
· Colocar a perna direita de posição atuando atrás, para deslocar a garupa para o
lado interno do picadeiro, desequilibrando o cavalo;
38
Mudança de pé simples
Galope de Trabalho
É o galope de velocidade média, usado para iniciar os
trabalhos ou para marchas contínuas. O cavalo se
movimenta livremente, com o corpo na horizontal, o chanfro
inclinado para frente da vertical, as narinas
aproximadamente na altura das ancas. A velocidade média
do galope de trabalho é de 250 m/min ou 15 km/h.
O cavaleiro nunca deverá galopar em direção aos boxes ao
término do trabalho, mas sim, dirigir-se ao passo livre.
Galope Reunido
39
Posições do assento no galope
De acordo com a finalidade do trabalho, o cavaleiro pode efetuar o galope nos três
assentos básicos já descritos anteriormente:
Parada – Alto
È importante ensinar o potro reduzir a marcha e parar sem puxar as rédeas para trás,
prejudicando a boca do mesmo.
Trabalhando por exemplo à mão esquerda no picadeiro, ao fazer a curva no canto do
picadeiro, colocar o assento a direita, corpo para trás, rédea direita de abertura. O potro ficando
de frente para a divisa, automaticamente reduz a marcha, atuando com a rédea esquerda de
abertura o potro endireita o corpo, responde flexionando a mandíbula inferior. Imediatamente
ceder às rédeas e agradar, o potro alonga e abaixa o pescoço com a cabeça inclinada para frente.
Em seguida aplicar ajudas fortes para ele seguir em frente.
Repetir esta transição do passo até a parada “alto” em ambas as mãos, até ele entender
rapidamente essas ajudas.
40
Parada no meio da pista
Recuar
É um movimento retrógrado, simétrico e anti-natural por isso deve ser feito com muita
paciência e compreensão, depois que o cavalo tenha uma boa base de adestramento e grande
impulsão, pois caso contrário poderá ficar acuado.
O cavalo deve recuar passo a passo, elevando os anteriores e posteriores, como se
estivesse andando para frente e nunca arrastando os anteriores.
O ponto mais alto do arco do pescoço é a nuca, o chanfro do cavalo fica levemente mais
inclinado para frente que a vertical e os posteriores abaixados e bem engajados sob o corpo do
cavalo.
No recuar os posteriores estão sujeitos a um trabalho muito mais intenso do que na
marcha para frente.
· Não podendo ir para frente o cavalo iniciará o recuar, dando algum passos atrás;
· Para continuar os passos atrás, deve manter-se as ajudas alternada das pernas,
cedendo a tensão sobre a embocadura a cada passo atrás, mantendo sempre um
contato suave e elástico abrindo e fechando os dedos;
41
· Após efetuar os passos atrás, aproveitando a impulsão acumulada do cavalo,
partir ao passo para frente e depois soltando as rédeas, deixar que alongue e
abaixe a cabeça e o pescoço;
Cavalo reunido, impulsão Cavalo executando Após recuar seguir livre para
das pernas resistência das passos atrás frente
mãos
Posição Clássica
42
Características do cavalo bem domado
O cavalo bem domado com a ação simultânea das duas pernas passivas ou de ímpulsão
e rédeas simples; - diretas, de abertura ou contraria deve:
Cavalo de Adestramento
Impulsão para frente
No adestramento de saltos a impulsão acumulada é utilizada para projetar o cavalo para cima e
para frente.
Cavalo de Salto
Impulsão para frente e para o alto
43
A principal diferença é que o cavalo de salto necessita:
· Ter uma completa liberdade da cabeça e pescoço (balanceiro cervical) para manter o
equilíbrio sobre grandes obstáculos.
· Ter grande flexibilidade da “linha de cima” – pescoço cernelha, dorso, lombo e garupa para
arredondar o salto.
· Ter facilidade para mudar de um alto grau de reunião para uma expansão elástica para cima
e para frente.
· Ter iniciativa e confiança para enfrentar todos os tipos de obstáculos.
· Responder rápida e facilmente as mínimas ajudas do cavaleiro.
· Descontração
Flexibilização do maxilar, da nuca e dos músculos do pescoço dorso, lombo e garupa,
permitindo ao cavalo alongar o pescoço para frente e para baixo, com o focinho inclinado
para frente até atingir a altura do joelho, e, automaticamente engajando os posteriores sob o
corpo.
· Apoio
O cavalo descontraído, projetando a força impulsora dos posteriores através da coluna
vertebral até a nuca e daí até a boca do cavalo, retorna pelas rédeas à mão do cavaleiro,
estabelecendo assim um “apoio” isto é, um contato suave e elástico da mão do cavaleiro
com a boca do cavalo.
· Impulsão
Com o balanço cervical e o apoio na mão do cavaleiro, aumenta-se a flexibilidade das
articulações dos posteriores e a impulsão no trote e galope.
O cavalo engaja e distende os posteriores com mais facilidade, e, quanto maior a impulsão
maior é a leveza no apoio com a mão do cavaleiro.
· Retidão
A impulsão e a sustentação do peso nos posteriores é tanto maior, quanto maior é a
retidão da coluna vertebral do cavalo.
Os cavalos geralmente são destros, isto é, tem a coluna encurvada a direita (garupa
deslocada à direita), os posteriores não seguem a marca deixada pelos anteriores.
O posterior direito avança à direita do anterior direito e o posterior esquerdo avança
em direção ao centro de gravidade do cavalo, colocando-se entre os anteriores
esquerdo e direito.
O cavalo coloca mais peso sobre a espádua esquerda, o cavaleiro sente mais apoio
na rédea esquerda, tende a distender a musculatura do pescoço do lado esquerdo. No
lado direito o cavalo não aceita a rédea, curvando o pescoço (pescoço ôco).
A retidão é, portanto de grande importância para o salto e adestramento, por isso,
nessa fase do ensino deve-se realinhar a coluna vertebral.
44
O cavaleiro sente a retidão do cavalo quando:
Se o cavalo não tiver “retidão”, entorta a nuca ficando com uma orelha mais alta que a
outra, tem uma curvatura exagerada no pescoço e uma curvatura longitudinal menor no
dorso, lombo e garupa, sendo um dos lados “côncavo” com os músculos rígidos e o
outro “convexo” com os músculos distendidos.
Nesta fase do treinamento o principal objetivo é obter a retidão da coluna vertebral do
cavalo, pois somente um cavalo “direito” pode atuar perfeitamente em qualquer
modalidade do esporte. A maioria dos cavalos tem a tendência de se defender contra a
perna esquerda do cavaleiro e da rédea direita, isto é, de apoiar-se na rédea esquerda e
esquivar-se da rédea direita encurvando o pescoço. A garupa deslocada a direita facilita
o posterior direito transpistar lateralmente a direita do anterior direito, fugindo assim ao
peso do conjunto. O posterior esquerdo no entanto dirigido ao centro de gravidade do
conjunto, recebe mais peso avançando bem menos que o direito. Essa é a razão pela
qual a maioria dos cavalos com o posterior direito livre, refugam ao obstáculo virando
para a esquerda.
· Reunião
Com o aumento da flexibilidade das ancas e retidão é possível impulsionar mais os
posteriores, ao mesmo tempo que aplicando meias paradas o cavalo é
“comprimido” transferindo mais peso para os posteriores, executando com
facilidade a reunião ao passo, trote e galope.
IX – Programa de Treinamento
45
impulsionado nas três andaduras – passo, trote e galope.
Trabalho na guia, com rédeas Chambon, trabalho em liberdade com cavaletes e saltos em
liberdade. Exercícios de equitação elementar na pista e exterior. Linhas de Salto.
Segunda Fase
Exercícios diversos na pista e exterior com unilaterais “cessão à perna”. Pistas de Saltos
Mobilização das ancas com ação da perna isolada – sem encurvação da coluna vertebral.
Terceira Fase
Exercícios diversos na pista com ação das rédeas ativas e passivas e das pernas de impulsão
e passiva. Trabalhos em duas pistas de espádua adentro e apoios.
Deslocamento dos posteriores da pista, com encurvação da coluna vertebral.
46
Quarta Fase
Quinta Fase
47
“Resumo” - Programa de Trabalho
O programa de trabalho é uma diretriz básica a ser seguida, que o treinador deve
aplicar de acordo com as condições físicas e psíquicas de cada cavalo.
Somente deve passar a um exercício seguinte se o cavalo executar perfeitamente
exercício anterior.
Exercícios de musculação e flexibilização
Trabalho na guia.
48
· Manter o cavalo encurvado da cabeça à cauda, assim os músculos distendidos
serão flexibilizados e os músculos fletidos “contraídos” serão distendidos, bem
como as articulações serão fortalecidas.
Após descanso, repetir o trabalho por mais 15 minutos.
Adestramento básico
49
deslocará as ancas para dentro da pista, sem encurvar a coluna vertebral (inicio
de cessão à perna).
· Ensinar o cavalo deslocar os anteriores da pista “mobilização das espáduas” pela
ação da rédea interna de abertura, perna externa de impulsão e perna interna de
posição.
· Nesta fase do treinamento o principal objetivo são os exercícios para realinhar a
coluna vertebral muscular e flexibilizar perfeitamente o cavalo.
· Finalmente executar os vários exercícios de adestramento, de cessão à perna e
partidas ao galope em linhas retas com a ação da rédea e perna interna.
Obs. Todos os exercícios deverão ser feitos alternadamente nas duas mãos, esquerda
e direita e voltar ao box ao passo com rédeas soltas.
Trabalho no Exterior
50
Programa de Treinamento
· Aquecimento em liberdade
Mínimo de 5 minutos
Segunda Feira
Trabalho na guia com “Chambon” 30 minutos
Trabalho a pé 10 minutos
Adestramento – Equitação Elementar 20 minutos
Terça Feira
Trabalho em liberdade com “Cavaletes” 20 minutos
Adestramento – Equitação Elementar 20 minutos
Trabalhos no Plano e Cavaletes 20 minutos
Quarta Feira
Saltos em liberdade 10 minutos
Trabalho no Exterior 50 minutos
Quinta Feira
Trabalho na guia com “Chambon” 30 minutos
Trabalho a pé 10 minutos
Adestramento – Equitação Elementar 20 minutos
Sexta Feira
Trabalho em liberdade com “Cavaletes” 20 minutos
Adestramento – Equitação Elementar 20 minutos
Trabalhos no Plano e Cavaletes 20 minutos
Sábado
Saltos em liberdade 10 minutos
Adestramento no Exterior 50 minutos
Obs.
51
X – Exercícios de Musculação e Flexibilização
Treinamento Básico
O treinamento inicial do cavalo de hipismo consiste numa serie de exercícios de
ginástica progressiva, para desenvolver no cavalo: obediência, musculação, flexibilização,
equilíbrio, ritmo e cadencia nas andaduras, auto-confiança e habilidade para saltar.
Os principais exercícios são:
1- Trabalho na guia
2- Trabalho na guia com rédeas “Chambon”
3- Trabalho com rédeas “Nelson Pessoa”
4- Trabalho em liberdade ao trote e galope nos cavaletes
5- Saltos em liberdade
I - Trabalho na Guia
52
· Somente depois do cavalo estar bem equilibrado ao passo e trote iniciar o trabalho ao
galope
· Terminar o trabalho sempre ao trote e depois ao passo
Rédeas “Chambon”
Equipamentos
a)
Obs. Em cada sessão de guia, iniciar sempre com o circulo máximo e gradualmente diminuir o
circulo até a fase na qual o cavalo esteja trabalhando.
53
g) Ajuste do Chambon
O “Chambon” deve ser ajustado inicialmente de modo que as narinas do cavalo fiquem no
máximo na altura das ancas e posteriormente ir apertando até o ponto em que as orelhas fiquem
na altura da cernelha.
h) Cloches
i) Redondel com diâmetro mínimo de 12,5m até 20m.
O chicote deve ser dirigido na direção da garupa, quando o cavalo faz o circulo correto,
mantendo-se a impulsão:
54
Trabalho na Guia com Rédea Chambon
O trabalho na guia com Rédea Chambon é tão importante como o trabalho
montado, desde que seja bem executado, pois, deixando o cavalo simplesmente correr
preso à guia é tempo perdido.
Tempo do trabalho 30 minutos
Freqüência – 3 vezes por semana
55
· Acelerar o passo, apontando o chicote na direção dos curvilhões.
· Com comando de voz e chicote passar para o trote.
· Manter o cavalo encurvado da cabeça à cauda “mantendo sempre a guia tensionada” de
modo que o posterior interno cruze na frente do posterior externo.
INCORRETO CORRETO
Cavalo encurvado para fora Cavalo encurvado da cabeça
espádua interna na frente posterior externo à cauda, posterior interno cruzando
cruzando na frente do interno na frente do externo
56
chicote nos curvilhões
Linha superior arredondada com impulsão dos posteriores
· O trabalho ao galope, só deve ser iniciado após alguns meses de trabalho ao passo e ao
trote, quando o cavalo já estiver perfeitamente musculado e flexibilizado.
O galope deve ser iniciado a partir do trote lento, com o pescoço encurvado para dentro,
soltando a guia e com o comando de voz e chicote pedir o galope. A reação do cavalo é
encurvar o pescoço para fora, transferindo seu peso para o posterior externo e com ele
iniciar o galope.
Após duas ou três voltas a galope, passar ao trote, depois a um passo ativo até parar,
deixando o cavalo vir ao centro para ser acariciado. De preferência o comando de voz
para o “Alto” deve sempre ser dado no mesmo lugar, para condicionar o cavalo.
Ao soltar a guia o cavalo encurva o pescoço para fora e parte com o posterior direito o
galope na mão esquerda no circulo “galope falso”.
Obs. Para facilitar a impulsão pode-se usar a rédea de engajamento que consiste em:
57
- Uma corda elástica dentro de um tubo de plástico flexível (para não ferir os
curvilhões), presa a uma argola em cada ponta.
- De cada argola, saem duas rédeas de nylon:
- * a primeira fixada na parte superior da cilha junto a cernelha, com ajuste de
acordo com o tamanho do cavalo.
- * a segunda fixada na parte lateral da cilha, com ajuste para tensionar a corda
elástica que atua nos curvilhões
-
Fazendo o trabalho com “rédeas fixas” de atar, o cavalo pode levantar a cabeça
corretamente, porém, ao abaixar a cabeça fica encapotado e ao tentar colocar o focinho
para frente, como deveria, é então forçado a levantar a cabeça, não trabalhando assim a
musculatura do dorso e lombo.
Ao abaixar o pescoço o cavalo “encapota” isto é a fronte fica atrás da vertical trabalhando
negativamente a musculatura do pescoço, dorso e lombo do cavalo.
58
III - Trabalho com Rédeas Nelson Pessoa
Programa de Trabalho
Exercícios
1. Posição Baixa
2. Posição Média
59
3. Posição Alta
60
Obs. Os cavalos devem vir aquecidos trabalhando no redondel, em liberdade, à vontade nas
duas mãos durante período mínimo de 5 minutos.
Tempo de trabalho
Para cavalos destros – mão esquerda mais fácil
· 5min. na mão esquerda
· 10min. na mão direita “rígida”
Obs. O inverso para cavalos esquerdos, mão “direita fácil”
Terminando o trabalho os cavalos devem sair ao passo, relaxados com o pescoço e cabeça baixa
b) Após 30 dias de trabalho com as varas no chão, suspender as varas “cavaletes”.
_________________________________________
Varas no chão
_______________________________________
Varas suspensas “Cavaletes”
50cm
_________________________________________
Varas cruzadas “x”
No cruzamento as varas devem ficar afastadas no mínimo de 10cm para facilitar a queda.
61
Pista 1- Trabalho ao trote com varas no chão e depois com varas suspensas – Colocar duas varas no
chão distantes 3.00m e ir acrescentando gradativamente mais varas até chegar a mais ou menos 8 varas a
cada 3.00m quando os cavalos já estiverem bem acostumados, passar a Pista 2.
Pista 1 – Trabalho ao trote com vara no chão
Tempo de trabalho – 15 min.
Obs. A cada 3 voltas dar um descanso para o potro respirar
· 5 min. na mão fácil
· 10 min. na mão rígida
Pista 2 – Trabalho ao trote com varas no chão e depois suspensas - Colocar uma vara no meio
dos 3.00m e ir acrescentando gradativamente mais varas no meio até chegar a 15 varas à cada
1.50m.
Tempo de trabalho – 15 min.
· 5 min. na mão fácil
· 10 min. na mão rígida
62
Pista 3 – Trabalho ao galope com varas cruzadas, em “X”.
Tempo de trabalho: 15 minutos
Obs. A cada 3 voltas dar um descanso para o potro respirar.
As sessões de saltos deverão ser feitas alternadamente na mão direita e na mão esquerda.
· 5 min. na mão fácil
· 10 min. na mão rígida
Pista 4 – Trabalho de saltos ao trote, iniciando com varas cruzadas e vertical, posteriormente
com oxer em extensão.
Tempo de trabalho: 10 minutos
Obs. 1 – A cada três voltas dar um descanso para o potro respirar.
As sessões de saltos deverão ser feitas alternadamente na mão direita e na mão esquerda.
2 – Para saltar à mão esquerda os cavalos deverão ser aquecidas na mão direita. O inverso para
saltar a mão direita.
63
Pista 5 – Trabalho ao galope com varas cruzadas, em “X” e Oxer de 60cm.
Tempo de trabalho: 10 minutos
Obs. 1- A cada 3 voltas dar um descanso para o potro respirar.
As sessões de saltos deverão ser feitas alternadamente na mão direita e na mão esquerda.
2-Para saltar à mão esquerda os cavalos deverão ser aquecidos na mão direita. O inverso para
saltar à mão direita.
64
V - Saltos em Liberdade
Corredor de Saltos
Pode-se ser feito dentro de um picadeiro delimitando-o com varas e para flancos
simples.
Equipamento do cavalo
65
Cavalo equipado para saltar em liberdade
Armação da pista
Iniciar com um salto em “x” de 60 cm com sebe na frente, depois colocar um cavalete
na frente a 6.50m com uma vara de marcação no chão a 3.00m e assim sucessivamente
conforme detalhes abaixo.
Obstáculo em “x”
66
Os obstáculos da pista devem ser aumentados gradualmente durante as primeiras
semanas, para não sobrecarregar o trabalho e estragar sua auto-confiança. A cada três voltas dar
um descanso para o potro respirar, acariciando-o com voz suave.
Freqüência do salto em liberdade: Duas vezes por semana – nas duas mãos.
67
Exercício II
Pista à mão esquerda
Aquecimento na mão direita
Numero de voltas: 9 voltas
A cada 3 voltas dar um descanso para o potro “respirar”
Tempo aproximado: 10 min
Freqüência: 2 vezes por semana
Importante:
Os exercícios de salto devem ser feitos alternadamente saltando em pista à mão
esquerda e pista à mão direita.
Exercícios Avançados
Posteriormente podem ser feitas varias linhas de saltos, para os cavalos
aprenderem alongar ou encurtar seus lances de acordo com as distancias entre os
obstáculos.
68
Linhas de Saltos em Liberdade
O cavalo, como o homem, nasce com duas metades desiguais, uma mais forte do
que a outra, sendo geralmente o lado esquerdo mais fraco do que o direito.
A coluna vertebral não se apresenta “direita” isto é, reta no sentido lateral, mas
sim, encurvada ligeiramente para a direita ou para a esquerda, nascendo cavalos
encurvados à direita ou à esquerda.
69
A maioria dos cavalos tem a coluna encurvada à direita isto é tem a garupa
deslocada à direita, sendo o lado esquerdo “convexo” com os músculos distendidos
mais fraco do que o lado direito “côncavo” com os músculos contraídos
70
fora, fugindo à volta; nas voltas para o lado contrário, descai na espádua de dentro,
procurando encurtar a volta. O cavalo vira para o lado mais fraco “convexo” dos
músculos distendidos.
Encurvação à direita
A>B
Encurvação à esquerda
A>B
71
Cavalo Direito
Em Liberdade
Cavalo direito - tem paralelismo perfeito dos membros, isto é os membros posteriores
seguem na pista dos anteriores.
Correções:
72
Trabalho de guia com rédeas “Chambon
Duração 30 minutos
Trabalho montado
73
Nesse trabalho o cavaleiro deve observar:
§ Não atuar muito forte com a rédea direita “interna” pois dando muita flexão no
pescoço dificulta a marcha ativa para a frente.
§ Manter a marcha ativa para frente em linhas retas.
Rotações
Ação determinante de uma rédea significa que a posição do anterior é dada por
essa rédea, posição regulada, sempre pela rédea reguladora. Uma vez obtida a posição
que caracteriza a ação da rédea, o contato da mão do cavaleiro com a boca do cavalo
deve ser igual nas duas barras. É a prova de que a ação impulsiva do cavalo se exerce no
sentido do seu próprio eixo.
No trabalho de correção de uma assimetria, o galope desempenha um papel
muito importante pelo fato de ser uma andadura assimétrica. Assim, se a encurvação de
um cavalo é para a direita, o galope normal, curto ou concentrado para a esquerda
auxilia a corrigir a assimetria, especialmente se for empregado sobre o círculo.
Ao contrário, como o galope para direita favorece essa assimetria, o galope para
esta mão deve ser largo e executado encurvando o cavalo para esquerda, devendo a
rédea esquerda atuar por forma a colocar constantemente as espáduas à frente da garupa.
O trabalho a galope, por ser o mais difícil tanto para o cavalo como para o
cavaleiro, é o que exige maior preparação, não sendo conveniente utilizá-lo sem que
primeiro se executem corretamente a passo e trote os exercícios indicados.
Na correção da assimetria, a ação das ajudas das pernas é importante. Se o papel
da perna de posição se destaca no desbaste no trabalho de sujeição à ação da perna
isolada, o papel de impulsão da outra perna é decisivo no decorrer do trabalho corretivo
complementar. Obrigando a uma maior adução do posterior do lado onde a sua ação
impulsiva se faz sentir, ajuda a combater as resistências que o cavalo apresenta do lado
esquerdo e constitui, na marcha direta, o meio mais eficaz de correção da assimetria.
Trabalhando dessa forma com as rédeas numa mão, o cavalo é entalado entre as rédeas e
as curvaturas laterais do pescoço são dominadas mais facilmente.
No trote elevado, a mão com a qual se trota contribui igualmente para a correção
da assimetria. Trotando por exemplo na diagonal esquerda, essa diagonal trabalha mais
que a diagonal direita, desviando a garupa para o lado esquerdo.
Esse trabalho é ainda mais eficiente quando se trota em círculos à direita.
O que acabamos de expor é de tal maneira evidente que para um cavalo
acentuadamente assimétrico, o trote elevado é tão fácil sobre o lado da assimetria como
difícil sobre o outro lado.
O principio mantém-se quando se pretende galopar o cavalo para a mão que ele
recusa. Basta trotar com essa diagonal e alongar progressivamente o andamento.
Quando o cavalo não o puder conservar, será obrigado a galopar para a mão do lado
onde coloca a garupa, isto é, do lado sobre o qual trota o cavaleiro.
A correção da assimetria nunca deve ser perdida de vista no ensino.
“Auvergne” O homem de cavalos, com toda a perfeição da arte, passa a vida a
corrigir esta imperfeição.
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XII – Exercícios de Condução
Exercícios na Pista
Consiste em conduzir o cavalo montado nas diversa andaduras de passo, trote e galope,
com mudanças de velocidade e direção.
As pernas determinam o movimento e as mãos a direção, o trabalho de condução
inicialmente deve ser feito utilizando somente bridão grosso. Somente após o cavaleiro ter
adquirido o equilíbrio e a flexibilidade suficiente para não interferir na boca do cavalo, poderá
passar a usar o freio e bridão.
Para iniciar o passo, a barriga das pernas atuam por pressão, indo até os
batimentos dos calcanhares, enquanto as mãos, devem dar às duas rédeas um contato
suave e elástico igual.
Para passar do passo ao trote a ação das pernas deve aumentar até que o
movimento do trote esteja bem definido; as mãos, em contato elástico, sentirão esse
contato aumentar à medida que o trote se desenvolve.
Como a franqueza e a velocidade do movimento dependem diretamente de um
contato cada vez mais forte, no caso de o cavalo forçar a mão é necessário atuar e fazer
seguir essa ação de mão por uma perda momentânea de contato, recusando-lhe assim o
apoio que o cavalo procura.
Para passar do trote ao galope, ao aproximar-se do canto da pista o cavaleiro
aplica as ajudas para iniciar o galope “por perda de equilíbrio” até que o cavalo tome a
andadura de galope.
Meia Parada
É uma ação firme de baixo para cima sobre rédeas tensas e dedos fechados, seguida
rapidamente do relaxamento progressivo dos dedos e cedência das mãos.
O cavaleiro cede as pernas, diminuindo a pressão das mesmas sobre o ventre do cavalo,
relaxa as coxas, apóia o assento totalmente na sela, expira, e se necessário inclina o corpo
levemente para trás.
Mantendo simultaneamente as rédeas tensas com os dedos fechados até conseguir o
efeito desejado “o cavalo cede o maxilar abrindo a boca”, relaxando rapidamente os dedos
cedendo às mãos e acariciando o cavalo.
O efeito das mãos deve prevalecer sobre o das pernas, no entanto estas devem impedir
que a garupa se desloque à direita ou à esquerda, ou que o cavalo recue no caso de parar (alto).
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Os exercícios de condução que implicam mudança de andadura, velocidade e direção,
ajudam a ligar o cavaleiro ao cavalo e dão-lhe as primeiras noções do acordo das ajudas.
A ajuda da meia parada é uma ajuda preparatória, aplicada para atrair a atenção do
cavalo, antes de dar-lhe nova instrução.
Se o cavalo é preparado com uma meia parada, nunca se surpreenderá quando receba as
ajudas de um novo exercício. Isto assegura uma atuação suave.
O cavalo ademais estará preparado para o exercício seguinte pelo fato de que durante a
meia parada qualquer excesso de peso foi transferido aos posteriores, enquanto que a impulsão e
o equilíbrio foram melhorados.
Na posição clássica
Na posição desportiva
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Meia parada na posição desportiva - parte
superior do corpo para trás, sem sentar na sela
O cavalo deve seguir francamente para a frente mantendo a cadencia, sob a ação das duas
pernas de impulsão e cessão simultânea das rédeas diretas.
A melhor prova de ter sido atingido o objetivo, é a nitidez nos alongamentos e
encurtamentos, mantendo cadencia perfeita nas três andaduras ao passo, trote e galope, nas
meias paradas e no alto.
Caso contrario o treinador deverá usar ajudas mais severas do chicote no costado junto ás
botas, para o cavalo associar a ação do chicote com a pressão das pernas “impulsão”
Obs. Só iniciar o galope, após o cavalo estar bem equilibrado no passo e trote.
Exercícios para diminuir a velocidade
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Trabalho em zig-zague
O zig-zague principalmente ao trote com impulsão, obriga ao cavalo
procurar o “apoio” com a mão do cavaleiro à direita e esquerda
alternadamente efetuando pequenas voltas à direita e a esquerda.
A medida que o trabalho vai se aperfeiçoando convém ir fechando
as curvas sinuosas, seguindo com os apoios e trabalhando em linha
reta.
Esse trabalho flexibiliza as articulações, fortifica os tendões, a força
impulsiva e acalma o cavalo.
Descontração
Se o cavaleiro mantendo a impulsão, permitir o apoio alternado dos dois
lados, abrindo e fechando os dedos alternadamente das mãos direita e
esquerda, o cavalo obrigado a procurar o apoio mais longe, alonga e
abaixa o pescoço, flexionando a linha “superior” do pescoço, cernelha,
dorso, lombo e garupa com o focinho inclinado para frente até atingir a
altura dos joelhos.
Curva a direita
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Condução em linha curva “Rédea Contrária”
A cessão à perna pode ser executada sobre a diagonal ou meia diagonal do picadeiro. O
cavalo desloca-se com o corpo quase paralelamente ao lado maior do picadeiro, porém, com o
movimento das mãos sempre precedendo ao movimento dos pés, estes responsáveis para manter
a impulsão.
Ajudas
Trabalhando no picadeiro à mão esquerda, por exemplo, passando o canto do picadeiro
tomar a linha do meio, fazer uma meia volta e assim que o cavalo estiver com o corpo paralelo à
parede do picadeiro, iniciar o movimento de ceder à perna esquerda:
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Preparar o cavalo com uma meia parada e atrasar o ombro esquerdo, colocando assim
mais peso do corpo no assento do lado esquerdo;
Resultado: Mantendo tensão igual nas rédeas e forte impulsão das pernas, o cavalo se deslocará
lateralmente e para frente.
O movimento das mãos precede o dos pés, que são os responsáveis pela impulsão.
Assim, ao atingir a pista do lado maior do picadeiro a mão direita “exterior” será a primeira a
tocar na pista, antes que o pé exterior, estando assim mantida a impulsão.
O cavaleiro endireita o cavalo na pista, montando-o energicamente para frente, e logo
após deixa-o relaxar, alongando o pescoço e toda a coluna, agradando-o com batidas no
pescoço.
A cessão à perna pode também ser executada posteriormente ao longo da parede do
picadeiro. Neste caso o corpo do cavalo faz um ângulo com o sentido da marcha, nunca superior
a 30 graus ou em círculos com a garupa para fora.
81
Exercícios de Equitação Elementar
Entrar na pista pela linha do meio virar à esquerda seguindo os lados da pista.
Depois de ter andado 6m no lado maior o cavaleiro dirige-se pela diagonal da pista ao
outro lado, chegando também a 6m do canto do lado oposto, seguindo na outra mão
“mão direita”.
82
Fazer círculos de 20m no lado menor do picadeiro seguir pela pista do lado
maior e depois de ter andado 6m no lado maior o cavaleiro dirige-se pela diagonal da
pista ao outro lado, chegando também a 6m do canto do lado oposto, seguindo na outra
mão.
Cortar o picadeiro pela diagonal “nas duas mãos”.
83
Fazer serpentinas de três laços e posteriormente de mais laços.
Trabalhando na mão esquerda, cortar o picadeiro transversalmente até atingir o
lado oposto seguir na mão direita e cortar o picadeiro transversalmente até atingir o lado
oposto, seguir na mão esquerda.
Fazer círculos de 10m nos cantos da pista, meias voltas no meio do lado maior e
depois meias voltas invertidas
Exercícios no Exterior
· O Trabalho deverá ser feito utilizando bridão grosso, rédeas de abertura ou contrária “de
apoio” e as duas pernas de impulsão.
· Inicialmente o trabalho deve ser feito acompanhando um cavalo guia.
· Iniciar o trabalho no exterior em longas linhas retas ao passo natural, curvas amplas e zig-
zague, procurando manter um contato suave e elástico com a boca do cavalo “cavalo sobre
a mão”.
· Posteriormente alongar o passo, para flexibilizar as articulações, fortificar os tendões e
desenvolver a musculatura. Iniciar o trabalho ao passo em terrenos ondulados. As subidas
obrigam o cavalo a estender o pescoço e procurar o apoio com a mão do cavaleiro e nas
descidas a confiar no seu instinto, desenvolvendo assim sua musculatura e seu equilíbrio.
· Efetuar trote elevado e trote alongado em retas longas, tendo o cuidado de mudar de
diagonais varias vezes, e em trote curto sentado em pequenos trechos, passando depois ao
passo de repouso.
· Efetuar trote em trechos de aclives suaves, pois obriga o cavalo alongar e abaixar o pescoço
apoiando-se “sobre a mão” do cavaleiro e os posteriores estando num plano mais baixo que
os anteriores, são obrigados a ter uma distensão máxima melhorando a impulsão e a
musculatura dorso-lombar.
· Posteriormente efetuar o galope de trabalho, galope alongado e galope curto na posição de
assento leve.
· Efetuar longos trechos de galope alongado “cânter” iniciando com 500m e gradativamente
aumentando até atingir 2.000m, com velocidade de percurso de 350 m/min e 400 m/min.
· Passar obstáculos naturais, troncos , valetas, barrancos, subir e descer rampas.
· Acariciar o cavalo sempre que executar o trabalho com perfeição.
· Após o trabalho no exterior, voltar ao box sempre ao passo livre, com as rédeas soltas.
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Trabalho em Rampas
Correta Incorreta
Centro de gravidade do conjunto
· Para descer uma rampa: mãos junto ao pescoço, mantendo apoio constante e uniforme
com a boca do cavalo, corpo inclinado levemente para frente, apoiado nos estribos, pernas
ajustadas aproximadamente perpendiculares á inclinação do terreno.
Correto Incorreto
Centro de gravidade do conjunto
Saltos em Barranco
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XIII – Trabalho no Plano
São de grande utilidade para o aprendizado de cavalos novos de salto, assim como para
melhorar ou corrigir o desempenho de cavalos concursitas.
É igualmente de grande valia para o cavaleiro, que deve concentrar-se para manter
perfeita posição de “assento leve” ou assento livre “desportiva”, enquanto aprende a “sentir” a
amplitude e a impulsão do cavalo. O cavalo aprende a esperar tranquilamente a solicitação do
cavaleiro para executar o exercício em atitude relaxada, obediente e de cooperação. A grande
vantagem dos exercícios no plano em relação aos de salto é que podem ser executados
alternadamente sem impor grande esforço físico ao cavalo.
Exercício 1
Resultado:
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Exercício 2
Uma vara no centro da pista, com marca no centro, para indicar exatamente o ponto
onde o cavalo deve passar.
Correto Incorreto
Cavaleiro olhando para frente Cavaleiro olhando para
enquanto o cavalo olha a vara baixo a vara no chão
Resultado:
· Ajuda o cavaleiro visualizar de longe o meio da vara, olhar para frente na horizontal e
ao transpor a vara, olhar para onde vai se dirigir.
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Exercícios 3
Uma vara no centro da pista com quatro pontos de “foco” indicando a direção a seguir.
Resultado:
· Ajuda o cavaleiro manter a posição de assento livre
· Alterna o conceito de retidão e encurvatura do
cavalo, ambos necessários e de máxima importância
para qualquer concurso de salto
· Ajuda o cavaleiro aproximar-se do obstáculo em
linha inclinada.
Exercício 4
Duas varas em linha reta, distantes 15m de modo que a abordagem seja efetuada de
ambos os lados.
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Exercício 5
Colocar seis varas em distancias de trote de 1.30 a 1.50m em um circulo de 20m e 4 varas
em um circulo de 10m.
Exercício 6
Resultado:
89
Exercício 7
Trote na posição de assento livre “desportiva” cavaleiro olhando para frente na direção a seguir.
Antes de iniciar o treinamento sobre cavaletes, o potro deverá está bem musculado e
obedecendo perfeitamente as ajudas do cavaleiro.
Deve executar o passo, trote ou galope, sem aumentar a velocidade ou apoiar-se no
bocado, mas sim mantendo um contato suave e elástico com a mão do cavaleiro.
O treinamento sobre cavaletes deverá ser executado unicamente na posição de “assento
livre” ou dois pontos de pé sobre os estribos, inclusive na aproximação dos cavaletes. Caso
contrário, se a aproximação for feita em trote elevado ou sentado na posição “clássica” e o
cavaleiro ao passar sobre o primeiro cavalete inclinando o corpo para frente, desequilibrará o
cavalo fazendo que ele se apóie nas mãos. Nesse caso o cavalo tentando ficar debaixo do centro
de gravidade do cavaleiro, aumentará a velocidade, passando os cavaletes de forma irregular e
apressada.
90
Ao passar sobre os cavaletes o cavaleiro deve olhar para frente, nunca olhando para
baixo em direção aos cavaletes e distribuir seu peso sobre os calcanhares igualmente em ambos
os estribos para não interferir no equilíbrio do cavalo.
Posição na Sela
91
Exercício 01
Iniciar com duas varas distantes de 1.00m a 1.10m para passo e de 1.30m a 1.50m para
trote, acrescentando depois uma terceira e quarta vara no chão.
Posteriormente levantar as varas “cavaletes”.
1.30 - 1.50m
Resultado:
92
Exercício 2
Depois do cavalo passar bem a linha de quatro cavaletes colocar mais quatro varas em leque
para entrar nos cavaletes à direita e á esquerda.
Cavaleiro com o corpo inclinado para frente em Quatro cavaletes em linha reta.
posição de assento livre. Quatro cavaletes em leque.
Obs. Os exercícios devem ser feitos alternadamente nas duas mãos cortando a pista
pela diagonal ou linha do meio.
40m
2 1
5 varas a 1.50m
5 varas a 1.50m
4
3
93
Exercício ao trote
40m
1
3.00m 6.00m
20m
3.00m 9.00m
2
3 Galope
Trote
1.50m
2
Trote 6.00m
40m
94
O cavaleiro com as mãos ao lado do pescoço do cavalo deve acompanhar o
alongamento do pescoço, mantendo de inicio ao fim da linha, um contato uniforme,
suave e elástico com o bocado, nunca apoiando-se sobre o pescoço do cavalo.
É desejável que o cavaleiro segure as rédeas com o mesmo comprimento ao
longo de todo o percurso, seguindo com o movimento das mãos o alongamento do
pescoço, evitando deixar as rédeas deslizarem pelas suas mãos e segurando-as de novo,
para não dar trancos na boca do cavalo.
Se o cavalo pegar o bocado mais forte, o cavaleiro deverá ceder as rédeas
gradativamente e acalmar o cavalo com sua voz.
Somente executando os exercícios de uma linha de saltos de maneira correta,
teremos um cavalo relaxado, tranquilo, que se necessita ser impulsionado e não
desacelerado.
Exercício I
Exercício II
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Linhas de Salto
96
Exercício III Exercício IV
- Varas cruzadas com altura - Varas Cruzadas com altura de 0.80m a 1.00m
de 0.50m no centro. Oxer com largura de 0.60m a 1.00m.
Vertical com altura de 1.00m
Após saltar o ultimo obstáculo mantendo o mesmo ritmo de galope e depois ao trote retornar na mão
esquerda e repetir o exercício, retornando na mão direita.
Exercício V
Após saltar o ultimo obstáculo da linha o cavalo deve receber-se alternativamente à direita para passar
sobre a “vala” repetindo o exercício, receber-se na mão esquerda para passar sobre a tríplice.
97
Exercício de Salto e Maneabilidade
Trote
5.50m 8.50m
Trote
01
Passo
Trote 02
9.10m 6.10m
Galope
Passo
Linha 01
Saltos ao trote, passando ao passo e partindo ao galope.
Linha 02
Saltos ao galope, passando ao trote, passo e partindo ao galope.
Linha 03
Saltos ao galope, passando ao trote passo e Alto e Recuar “Rein-back”.
98
Pista de Salto ao Galope
06
02 13.40
22,00
05
Alto
03 Recuar
04
13.70m 6,70m
99
Pista de Adestramento
20m x 60m
Pista CCE
20m x 40m
100
Confederação Brasileira de Hipismo
Provas Oficiais de Cavalos Novos
I – Salto
II – Reprises de Adestramento
O Concurso Completo de Equitação compreende três provas distintas que se realizam em dias
separados, durante os quais o concorrente monta o mesmo cavalo com idade mínima de 04 anos.
· Prova de Adestramento
· Prova de Fundo – percurso de “Cross-Country”
· Prova de Saltos de Obstáculos
101
ADESTRAMENTO
Reprise para Cavalos Novos 4 anos
Picadeiro de 20mx 60m ou 20m x 40m realizada com bridão ao trote elevado a não ser onde
especificado de outra maneira.
Movimentos
1 AXC Entrada ao trote de trabalho sem alto.
2 C Pista à mão direita
3 CMBFA Trote de Trabalho
4 AXCH Serpentina de 2 laços
5 HK Alongar as passadas
6 KA Trote de trabalho
7 Entre A e F Passo médio
8 FXH Passo médio, deixar o cavalo alongar o pescoço
9 H Retomar as rédeas
10 Entre H e C Trote de trabalho
11 CB Trote de trabalho
12 BLE Semi círculo de 20 metros – trote sentado
13 Antes de E Galope de trabalho
14 EHCM Galope de trabalho
15 MF Alongar os lances
16 FA Galope de trabalho
17 Entre A e K Trote de trabalho
18 KXM Mudança de mão, alongando as passadas
19 M Trote de trabalho - sentado
20 Entre M e C Galope de trabalho
21 HM Semi círculo de 20m ao galope de trabalho
22 MCH Galope de trabalho
23 HK Alongar os lances
24 K Galope de trabalho
25 Entre K e A Trote de trabalho
26 AF Trote de trabalho
27 FK Semi círculo de 20m
28 FK Rédeas longas deixar o cavalo alongar o pescoço
29 K Retomar as rédeas
30 A Pela linha do meio
31 X Alto – Imobilidade - Saudação
Itens avaliados
102
ADESTRAMENTO
Reprise para Cavalos Novos 5 anos
Picadeiro de 20m x 60m realizada com bridão
Movimentos
1 A Entrada ao trote elevado
2 X Alto – Saudação, partir ao trote de trabalho
3 C Pista à mão direita
4 CB Trote de trabalho
5 BX Semi círculo de 10m para à direita
6 XE Semi círculo de 10m para à esquerda
7 VKAF Trote reunido
8 KXM Trote médio
9 H Trote de trabalho
Itens avaliados
Trote – Ritmo, flexibilidade, elasticidade, impulsão, oscilação do dorso, cobertura de terreno, disposição
para reunir-se.
Passo – Ritmo, descontração, atividade, transpiramento.
Galope – Ritmo, flexibilidade, elasticidade, equilíbrio natural, impulsão, disposição para reunir-se,
cobertura de terreno, tendência para elevar a atitude.
Submissão – Flexibilidade, contato, retidão, obediência, habilidade para auto sustentar-se.
Impressão geral – Potencial como cavalo de Adestramento – Padrões de treinamento baseado na “escala
de treinamento”
103
Concurso Completo de Equitação
Prova de Adestramento
Reprise de Cavalos Novos A (2010) idade mínima 04 anos
Pista 20m x 40m realizada com bridão – trote elevado ou sentado
Movimentos
1 A Entrada ao trote de trabalho sem alto
2 C Pista à direita
MXF Linha Quebrada
3 FA Trote sentado
Entre A e K Partir ao galope de trabalho no pé direito
4 E Circulo à direita de 20m
5 EHC Galope de trabalho
C Trote de trabalho
6 M Passo Médio
MB Passo Médio
7 BK Passo livre
KA Passo Médio
8 A Trote de trabalho
FXM Linha quebrada
9 MC Trote sentado
Entre C e H Partir ao galope de trabalho no pé esquerdo
10 E Círculo à esquerda de 20m
11 EKA Galope de trabalho
A Trote de trabalho
12 FXH Mudar de mão no trote de trabalho
13 C Círculo à direita de 20m, ao trote elevado, permitindo que o cavalo se alongue para frente e para
baixo.
Antes de C Encurtar as rédeas
14 B Semi círculo de 10m até X
X Tomar a linha do meio
G Alto, imobilidade, saudação
Movimentos
1 ANDADURAS: franqueza e regularidade
2 IMPULSÃO: desejo de mover-se para frente, elasticidade dos lances, descontração
do dorso e engajamento dos posteriores.
3 SUBMISSÃO: Atenção e confiança, harmonia, leveza e facilidade dos movimentos,
aceitação da embocadura, leveza do ante-mão.
4 CAVALEIRO: Posição e Assento: assento do cavaleiro e efeito das ajudas.
104
Bibliografia:
* Sistema de Doma
- Paulo Cunha “SENAR”
- Monty Roberts
* Adestramento do Cavalo
- Cel. Felix B. Morgado
* Arte de Saltar
- Jorge Mathias
* Das Dressurpferd
- Von Harry Boldt
105